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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

O papel das finanças públicas na integração económica (vantagens e desvantagens)

Ernestina Rosa Ernesto Chinunga


Código: 708209180

Curso: Licenciatura em Administração Pública


Disciplina: Finanças Públicas
Ano de Frequência: 3º

Docente: Fátima

Nampula, Julho de 2022

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organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.0
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, 1.0
espaçamento entre
linhas

Normas APA 6ª  Rigor e coerência


Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referências
bibliografia bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice
Introdução ........................................................................................................................................ 5
1. O papel das finanças públicas na integração económica.......................................................... 6
1.1. Delineamento dos principais conceitos .................................................................................... 6
1.1.1. Finaças públicas ................................................................................................................ 6
1.1.2. Integração económica ....................................................................................................... 6
1.2. Caracterização das finanças públicas ....................................................................................... 7
1.2.1. As receitas públicas .......................................................................................................... 7
1.2.2. Despesas públicas ............................................................................................................. 8
1.2.3. Funções das finanças públicas .......................................................................................... 9
1.3. Vantagens e desvantagens da integração económica ............................................................. 10
1.3.1. Vantegens ........................................................................................................................ 10
1.3.2. Desvantagens .................................................................................................................. 12
Conclusão ...................................................................................................................................... 13
Referências bibliográficas ............................................................................................................. 14

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Introdução

Conforme destaca Matias-Pereira (2010), as Finanças Públicas de um país estão orientadas para a
gestão das operações relacionadas com a receita, a despesa, o orçamento e o crédito público.
Dentre as suas preocupações principais estão a obtenção, distribuição, utilização e o controlo dos
recursos financeiros do Estado. É nesta perspectiva que o presente trabalho tem como objectivo
analisar o papel das finanças públicas na integração económica. Para alcançar o objectivo
proposto, foram traçados os seguintes objectivos específicos: (i) apresentar os conceitos de
finanças públicas e integração económica; (ii) caracterizar as finanças públicas; e (iii) descrever
as vantagens e desvantagens da integração económica.

Este trabalho é importante na medida em que contribui através de subsídios teóricos acerca do
tema em destaque.

A metodologia usada para a elaboração do trabalho foi a consulta bibliográfica e de artigos


retirados em fontes cibernéticas, onde todas obras e artigos usados estão devidamente citados no
interior do trabalho e apresentados na última página do trabalho.

Reconhecendo que em ciência nenhum trabalho é estanque, por isso, espera-se a apreciação
crítica desta edição para que as próximas possam se revestir de melhorias.

Para facilitar a compreensão dos conteúdos deste trabalho, organizamo-lo iniciando com a
introdução, desenvolvimento do assunto em destaque, conclusão e por fim apresentamos as
referências bibliográficas.

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1. O papel das finanças públicas na integração económica
1.1. Delineamento dos principais conceitos
1.1.1. Finaças públicas

De acordo com Arcanjo & Santos (2005), finanças públicas é a globalidade de todos os processos
e respectivas operações de planeamento, execução e administração financeira do Estado que
garantam a captação, mobilização, alocação, controlo e registo dos recursos públicos (internos e
externos) e a sua aplicação em programas, actividades ou património de Instituições dos Sectores
Público e Privativo do Estado, incluindo o respectivo controlo e prestação de contas, com vista à:

 Prossecução de fins de interesse público ou privativo do Estado;


 Satisfação de necessidades colectivas (imediatas e mediatas); e
 Promoção do crescimento económico inclusivo, em prol do desenvolvimento integrado
local, regional e nacional.

As Finanças Públicas tem um papel importante na sociedade, pois o Estado para cumprir as suas
funções que é promover o bem-estar da sociedade precisa realizar gastos públicos e estes gastos
devem ser custeados pela receita pública. Para tanto, a actividade financeira do Estado implica no
desempenho das actividades políticas, sociais, económicas e administrativas, consistindo em
obter, criar, gerir e despender.

Dessa forma, o conceito de finanças públicas abordado por Matias-Pereira (2012, p.113), pode
nos esclarecer melhor, quando diz:

As finanças públicas de um país (...) estão orientadas para a gestão das operações
relacionadas com a receita, despesa, o orçamento e o crédito público. Preocupa-se,
portanto, com a obtenção, distribuição, utilização e controlo dos recursos financeiros do
Estado. Registe-se que a arrecadação dos tributos decorre de uma manifestação do poder
de império do Estado, impondo obrigações pecuniárias à, retirando-lhes parte da riqueza
produzida, com vista a realizar a atividade financeira. A actividade financeira é
desempenhada pela obtenção de receitas, pela administração do produto arrecadado e,
ainda, pela realização de dispêndios e despesas.

1.1.2. Integração económica

O termo integração económica aparece no pós segunda guerra mundial, ainda que com um
significado diferente daquele que hoje se lhe reconhece. Na época, segundo Silva & Rego (1991),
“integração económica” designava:
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as relações económicas entre os diversos países, desde os fluxos comerciais, aos dos
factores de produção (capital e trabalho), ou mesmo à própria cooperação internacional,
que começava, então, a assumir algum significado. É apenas a partir de 1950, com o
trabalho pioneiro de J. Viner, que a “integração económica” passa a designar, tal como
actualmente, “(...) o processo voluntário de crescente interdependência de economias
separadas e a sua fusão em regiões mais largas que as correspondentes às fronteiras
nacionais dos países cujas economias se integram”.

Na realidade, distinguem-se três níveis de integração económica: integração nacionalintegração


económica de regiões dentro das fronteiras nacionais (do próprio país); integração económica
internacional- que diz respeito à integração económica de diversas economias (países) num
espaço económico mais alargado, que ultrapassa as fronteiras nacionais; e, integração universal-
significando a integração de todas as nações do mundo num único espaço económico (à escala
mundial).

1.2. Caracterização das finanças públicas

As finanças públicas referem-se à aquisição e utilização de meios financeiros por entidades


públicas. Dizem respeito às receitas e despesas do Estado e dos Municipios.

1.2.1. As receitas públicas

Existem várias modalidade de receitas públicas, cuja apresentação sob várias perspectivas ou
critérios se torna útil, pois que permite evidenciar algumas das susas características distintas.
Assim, e entre vários critérios classificativos possíveis distinguem-se, tendo em atenção a sua
natureza económica, as receitas correntes das receitas de capital; quanto ao seu gra de
efectividade, diferenciam-se as receitas efectivas com carácter definitivo, das receitas não-
efectivas, que ao contrário, terão que ser rembolsadas; e, finalmente, quanto à respectiva
coercividade, distinguem-se as receitas em função da sua natureza e carácter obrigatório ou
facultativo que o seu pagamento reveste.

De acordo com Arcanjo e Santos (2005) caracterizam-se seis principais modalidade de receita
pública:

 Receitas fiscais ou impostos são prestações pecuniárias de netureza corrente, definidas,


com carácter coercivo e unilateral, porque não tem contrapartida imediata e directa para

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quem paga, de que são beneficiários o Estado, uma Autarquia local, outros níveis de
governo ou outro ente público.
 Receitas parafiscais ou contribuições sociais são tal como os impostos, pagamentos de
natureza obrigatória e de carácter corrente, mas deles diferenciando na medida em que
tem como contrapartida uma prestação social futura em favor do respectivo beneficiário.
 Receitas patriminiais são as receitas efectivas provenientes do património mobiliário e
imobiliário do Estado, podendo assumir carácter corrente ou extraordinário.
 Taxas, licenças e preços são prestações pecuniárias, efectivas, de carácter corrente, e de
natureza bilateral, porque pressupõem uma contrapestação específica por parte do serviço
público que as cobra.
 Multas, penalidade e coimas são pagamentos efctuados pelos particulares ao Estado e
outros entes públicos, que tem a natureza de penalização/compensação por infração a um
regulamento ou outra disposição legal.
 Receitas creditícias ou emprtimos são receitas resultantes da contracção de dívidas por
parte do Estado, Autarquias locais e outros entes públicos junto dos particulares e demais
entidade financiadoras nacionais e estrangeiras e de natureza não-efectiva.

1.2.2. Despesas públicas

A despesa pública é considerada em termos genéricos, como um factor importante para a


promoção do crescimento económico e do bem-estar social. Por outro lado, um nível reduzido de
despesa pública significa que serão necessárias menos receitas públicas para obter o equilibrio
das contas públicas, o que significa também menos importos e uma maior contribuição para
estimular o crescimento e o emprego.

A despesa pública é também uma variável cheve no que diz respeito a sustentabilidade das
finanças públicas no desenvolvimento. Nesse sentido, um controlo rigoroso e eventuais reduções
da despesa pública, quando possível, são importantes para estabelecer o equilibrio entre um
menor endividamento público, menos impostos e o financiamento do investimento público em
áreas chaves da economia.

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Dessa forma, em termos gen’ericos, seria pertinente redireccionar a despesa pública no sentido de
aumentar a acumulação de capital (fisico e humano) e ainda apoiar a investigação,
desenvolvimento e a inovação.

1.2.3. Funções das finanças públicas


 Função alocativa ou afectação: é a provisão de bens e serviços públicos, a correcção do
comportamento dos agentes económicos através de impostos ou de subsídios para que
incorporem os efeitos externos das suas actividades e, finalmente, a regulação de certas
actividades produtivas. A função alocativa relaciona-se à afectação de recursos por parte
do governo a fim de oferecer bens públicos (exemplo rodovias, segurança), bens semi-
públicos ou meritórios (exemplo educação e saúde), desenvolvimento (exemplo produção
de energia);
 Função distributiva: visa a distribuição de rendimento e da riqueza com vista a adequá-la
a uma norma distributiva considerada mais desejável quer na provisão em espécie de
certos bens e serviços com vista a contribuir para uma maior igualdade de oportunidade. É
a redistribuição de rendas realizada através das transferências, dos impostos e dos
subsídios governamentais. Um bom exemplo é o destino de parte dos recursos
provenientes de tributação ao serviço público de saúde, serviço o qual é mais utilizado por
indivíduos de menor renda.
 Função estabilizadora: coloca-se ao nível macroeconómico, contribuindo para um
crescimento sustentado da economia, para níveis de emprego elevados, para a estabilidade
de preços e para um equilibrio de contas externas, dada a incapacidade do mercado
assegurar o alcance de tais objectivos. Por exemplo, em caso de ocorrência de inflação o
Estado; em caso de desvalorizaçãoda taxa de câmbio, etc.).
 Função desenvolvimento: é o sustento financeiro que o Estado concede aos programas de
desenvolvimento. O Estado financia projectos que ajudam ao desenvolvimento das
comuniades e do país em geral. Por exemplo, construção de infraestruturas como estradas,
pontes, barragens, sistemas de irrigação, distribuição de água e energia).

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1.3. Vantagens e desvantagens da integração económica
1.3.1. Vantegens

A literatura sobre as vantegens da integração económica é extensa em quase todas as vertentes


que defendem projectos integracionistas, mesmo as de cunho mais liberal.

Como lembra Guimarães (2005), a “integração regional não pode ser exclusivamente comercial
e passiva, mas deve ser parte de uma vigorosa estratégia comum de desenvolvimento”. A
concepção de desenvolvimento conjunto aqui adoptado baseia-se em um processo de interacção
fundamentada na percepção de que países de uma mesma região enfrentam problemas
económicos e sociais muitas vezes similares e algumas vezes justa-postos, além de, enquanto
países periféricos, se depararem com a mesma geopolítica global que implica na sua inserção
externa desfavorável. Neste sentido, devido a tais similaridades, a ideia de um projecto conjunto
de desenvolvimento é uma tentativa de resposta a sua inserção em uma divisão internacional do
trabalho que lhes prejudica.

A inserção internacional também é essencial para explicar a taxa potencial de crescimento,


devido à existência da restrição externa. Dessa forma, o país pode ser privado de algumas formas
de financiamento e/ou de expansão das suas exportações.

Gilpin (2001) também lembra que os Estados subdesenvolvidos, inseridos então em um sistema
assimétrico, que queiram mudar sua condição de vulnerabilidade e de dependência não podem
deixar de desafiar as regras impostas pelas potências. A integração, portanto, poderia servir como
um mecanismo de convergência estrutural.

Neste ponto, se está de acordo com a visão de que os efeitos propulsores do comércio
internacional são muito mais fracos do que os regressivos (Myrdal, 1960). Ou seja, de acordo
com a visão de Myrdal, as livres forças de mercado tendem a acentuar a situação em que um país
ou uma região se encontram. É através dessa discussão que Myrdal adentra a questão da causação
cumulativa, que seria a ideia que efeitos regressivos levam a desequilíbrios sucessivos que
tendem a se sobrepor, causando mais efeitos regressivos. O mesmo ocorre, em direção inversa,
com os efeitos propulsores. Sob a óptica de Myrdal, portanto, devemos entender o
subdesenvolvimento como uma sequência de desequilíbrios. Dessa forma, percebe-se que o bloco

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de integração pode ser um instrumento de tentativa de reversão destes efeitos regressivos,
mudando a inserção de “soma zero” imposta pelo Sistema Internacional, para somar forças no
âmbito da região.

Como lembra Gilpin (2001), portanto, “a busca por autonomia nacional envolve a inevitável
colisão entre a lógica do mercado e a lógica do Estado”. A integração regional, então, quando
vista sob a óptima económica, pode ser um instrumento interessante de criação de comércio, a
qual seria derivada dos fluxos intra-bloco, podendo inclusive incentivar a industrialização dos
Estados, via efeito aprendizagem‟.

Além disso, os produtos comercializados na região tendem a ser mais intensivos em tecnologia
do que os exportados para o resto do mundo (Gonçalves, 2004), permitindo, portanto, uma
redução da vulnerabilidade externa, o que pode propiciar a diversificação da estrutura produtiva
nacional. Nesta lógica, é possível que haja também spill over de P&D, devido à maior interacção
económica entre os países membros- o que seria especialmente importante para os países
menores ou menos desenvolvidos. Neste sentido, adopta-se a ideia de Medeiros (2008) de
“comércio estratégico”, segundo a qual a regionalização possibilitaria a industrialização devido à
“expansão dos mercados nacionais e do comércio intrarregional” e requereria “cooperação
especial entre os países da região de forma a estabelecer as políticas comuns e os investimentos
em infraestrutura e a compensar, sobretudo, os desequilíbrios intrarregionais”. Como lembra
Gonçalves (2004):

Os benefícios da integração podem ainda ser extensivos ao conjunto do sistema


económico de cada país, uma vez que o próprio aumento do volume de transações
demanda ajustes em termos institucionais e de infraestrutura. Assim, a integração regional
tem sido vista como uma ferramenta adicional de reforço aos processos de reforma interna
que buscaram elevar a competitividade das economias em desenvolvimento.
Além destes possíveis ganhos económicos mais imediatos, é importante ter em mente a ideia de
List que uma nação não deve se preocupar apenas com a acumulação de riqueza imediata, mas
deve pensar em desenvolver suas forças produtivas (List apud Couto, 2013). No mesmo sentido,
como lembra Hans Singer, mais importante do que o stock de riqueza é a capacidade de criação
de riqueza (Ho, 2012). Assim, “ainda que algum sacrifício fosse necessário em termos de ganhos
materiais imediatos, deveria se investir em cultura, habilidade profissional e força de produção”
(Couto, 2013). Destarte, desenvolvimento económico inclui aumentar os bens tangíveis, mas
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também os intangíveis- a exemplo de saúde, educação, cooperação social, eficiência
governamental, instituições, etc. (Singer apud Ho, 2012). Dessa forma, a integração não pode ser
pensada somente como um instrumento de vantagens instantâneas, e sim inserida em um projeto
maior que englobe o desenvolvimento nacional e o desenvolvimento conjunto do bloco, podendo,
então, se considerar que a política externa é passível de ser subordinada a uma estratégia de
desenvolvimento nacional (Couto, 2013).

1.3.2. Desvantagens

Segundo Krugman & Obstfeld (1999), a integração económica também apresenta desvantagens
associadas à maior influência das economias mais desenvolvidas no comércio, aos custos dos
desvios de comércio e ainda aos efeitos das políticas econômicas domésticas sobre os demais
países-membros.

 Geração de conflitos quando existem assimetrias económicas e sociais muito acentuadas


entre os países que compõem o bloco comercial.
 Desvio comercial e diminuição da soberania. Padrões não aprovados pelos cidadãos do
país devem ser cumpridos.
 As economias podem ter um forte impacto no emprego e no crescimento económico,
sendo inundadas com produtos e mão de obra estrangeiras.
 Aumento no curto prazo da concorrência interna com produtos e empresas nacionais.
 Aumento de assimetrias devido a diferenças nas economias de escala.
 Pode haver uma predominância negativa do fluxo comercial sobre os setores produtivos.

As desvantagens nesta fase de integração podem ocorrer quando haja desequilíbrios de


desenvolvimento económico entre os Estados membros. A tendência nesta situação, será a de
mão-de-obra se deslocar para os países se ofereça mais oportunidades de empregos e de melhores
remunerações.

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Conclusão

Após a elaboração do trabalho e feita uma análise minuciosa, conclui-se que as finanças públicas
são compostas pelas políticas que instrumentam o gasto público e os impostos. É desta relação
que irá depender a estabilidade econômica do país e a sua entrada em défice ou excedente. As
finanças públicas são de estrema importância para a integração económica, porque são uma
componente do sistema económico que contribui directamente para a criação do rendimento e da
riqueza através da errecadação de receitas para alocar nos diversos sectores da econimia.

O Estado é o responsável pelas finanças públicas. O principal objectivo estatal através das
finanças públicas é o fomento da plena ocupação e o controlo da demanda agregada. O Estado
intervém portanto nas finanças através da variação da despesa pública e dos impostos. A despesa
pública é o investimento que realiza o Estado em vários projetos de interesse social. Para poder
concretizar os investimentos, isto é, manter a despesa pública, as autoridades devem assegurar-se
de arrecadar impostos, os quais são pagos por todos os cidadãos e pelas empresas de uma nação.

Além de vermos as finanças públicas como estabilizadoras da economia, também são


impulsionadoras do desenvolvimento e afectam directamente no desenvolvimento do capital
humano, a provisão de infra-estruturas básicas, a manuntenção da segurança e a reconstrução de
um sistema de justiça social.

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Referências bibliográficas

Arcanjo, Manuela & Santos, José Carlos G. (2005). Economia e Finanças Públicas. Porto:
Escolar Editora.

Couto, Leandro (2013). Desenvolvimento, Integração e Assimetrias: Caminhos e


descaminhos da aproximação regional na América do Sul. Brasília: Fundação João
Mangabeira.

Gilpin, R. (2001). Economia Política Global: Entendendo a ordem económica internacional.


Princepton, Jornal Universitário.

Gonçalves, Reinaldo. et al. (2004). Economia internacional: teoria e experiência brasileira.


Rio de Janeiro: Campus e Elsevier.

Guimarães, S. Pinheiro (2005). Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes. Rio de Janeiro:
Contraponto.

Krugman, P. R. & Obstfeld, M. (1999). Economia internacional: teoria e política. Săo Paulo,
Makron Books.

Matias-Pereira, José (2012). Finanças Públicas (6ª edição). São Paulo: Atlas.

Silva, Anibal Cavaco & Neves, Da João César (1992). Finanças Públicas e Política
Macroeconómica. Lisboa: Mc Graw Hill.

Silva, A. Neto e Rego, Luís (1991). Teoria e Prática da Integração Económica. Porto: Porto
Editora.

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