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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

EEB. DOM ORLANDO DOTTI


Rua Irmão Tomaz 293 - Bairro Bom Jesus
CEP: 89504-670 Caçador – Santa Catarina
Fone/Fax: (49) 3561 5987 e 3561 5986
E-mail: eebdod@yahoo.com.br
Código INEP: 42072379

Artigo 2º da LDB: “A educação é direito de todos, dever da família e do Estado e terá


como base os princípios de liberdade e os ideais de solidariedade humana”

2022
2

Atualização/reformulação do PPP

Trabalho iniciado no 1º trimestre de 2022, o PPP foi atualizado e


reformulado de acordo com as legislações vigentes. Depois de concluído, foi
aprovado e submetido à aprovação pelos conselhos escolares e pela comunidade
Dotti em Assembleia Geral em 04 de fevereiro de 2022.
Mesmo sido aprovado pela Comunidade Escolar Dotti, diante do estado de
emergência devido à pandemia Covid-19 decretado pelo Conselho Estadual de
Educação de Santa Catarina, a nova atualização contem a inclusão do item nº 7 “O
funcionamento da escola na situação ou estado de emergência” e análise do
objetivo e missão da escola.
Através da reunião, a comissão de atualização e os membros de conselhos
escolares apreciaram-no para juntos validar o presente PPP.

Ata nº 01 /2022
“No dia quatro de fevereiro de dois mil e vinte e dois, reuniram-se, na escola, a comissão de
atualização do PPP e os demais professores”. A pauta da reunião foi a seguinte: 1) Acolhida e
contextualização do cenário sobre aulas, apresentação de gráficos da pesquisa do inicio do ano,
calendário escolar, organização e funcionamento da escola, registro no professor online, recreio
monitorado, Plancon, número de alunos da escola. 2) Validação do PPP atualizado com a inclusão de
leis relacionadas à situação ou estado de emergência como no caso da pandemia, reestudo do
objetivo e missão da escola nesses tempos de pandemia e acréscimo de orientações sobre as
adaptações nas avaliações de alunos com laudo. Depois de apreciado e analisado, o PPP atualizado
foi validado através da votação.

Participantes da comissão especial de atualização/reformulação e validação do


PPP – edição 2021
Irene Maria De Bortolo – Diretora Geral
Cassiano Rocha de Lara Picolotto - Assessor de direção
Renato Vogel - Assessor de direção
Jayann Batista de Araujo Tittoni – Comissão de atualização
Valmira Aparecida Moriggi - Comissão de atualização
Silvana Aparecida Gomes Regert - Comissão de atualização
João Paulo Smykaluk - Comissão de atualização
Roberto Manoel Goncalves Lins - Comissão de atualização
Zuleide Wharta Nora – Comissão de atualização
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ÍNDICE

ÍNDICE 3

1 APRESENTAÇÃO .................................................................................................................... 6

1.1 Características da instituição .........................................................................................6


1.2 Caracterização da clientela ............................................................................................6
1.3 Dados estatísticos dos resultados pedagógicos obtidos dos anos anteriores a 2018 . 7
1.3.1 Ensino Fundamental- Índice de Desenvolvimento da Educação Básica ....................................... 7
1.3.2 Ensino Médio- Quadro comparativo de resultados entre 2013 e 2018 do Exame Nacional do
Ensino Médio por Proficiências ou Competências ................................................................................................... 8
1.4 Comunicado sobre rendimentos escolares ....................................................................8
1.5 As estratégias para recuperação dos alunos com baixo rendimento ............................8
1.6 Resultados estatísticos obtidos no ano de 2018 ............................................................9
1.6.1 Quadro geral de Resultado do Processo Ensino-Aprendizagem .................................................. 9
1.7 O funcionamento da escola na situação ou estado de emergência. .......................... 10
1.7.1 Destacam-se para o efetivo execução da função social da escola pública ................................. 10
1.7.1.1 O disposto no artigo 205 da Constituição Federal, de 1988, indicando que a educação, direito
de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da
sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania
e sua qualificação para o trabalho; ....................................................................................................... 10
1.7.1.2 O artigo 227 da Constituição Federal reitera ser dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à
liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão; ........................................... 10
1.7.1.3 O artigo 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que dispõe que aos pais incumbe o
dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes,
a obrigação de cumprir e fazer cumprir as determinações judiciais; .................................................... 10

2 PAPEL DA ESCOLA ................................................................................................................10

2.1 Posicionamento político-pedagógico dos docentes e profissionais da educação ...... 11


2.2 Objetivo geral e identidades da E. E. B. Dom Orlando Dotti....................................... 12
2.2.1 Objetivo geral ............................................................................................................................ 12
2.3 Identidades .................................................................................................................. 12
2.4 Uso de uniforme .......................................................................................................... 12
2.5 Recreio Monitorado ..................................................................................................... 12
2.6 Frequência .................................................................................................................. 13
2.7 Infrequência ................................................................................................................. 13
2.8 Casos especiais de problemas de saúde.................................................................... 13

3 PAPEL DA FAMÍLIA ...............................................................................................................15

3.1 Direitos e Deveres da Família ..................................................................................... 15

4 PROPOSTA CURRICULAR ......................................................................................................16


4

4.1 Objetivos ..................................................................................................................... 16


4.2 Matriz curricular ........................................................................................................... 16
4.2.1 Fundamental I ........................................................................................................................... 16
4.2.2 Fundamental II .......................................................................................................................... 16
4.2.3 Ensino Médio ............................................................................................................................. 17
4.2.4 Conteúdos curriculares e sua adequação às diretrizes curriculares e padrões de qualidade .... 17
4.2.5 Metodologia de ensino .............................................................................................................. 18
4.3 Sistema de avaliação ensino-aprendizagem relação alunos/docente; relação
disciplina/docente .................................................................................................................................. 19
4.4 Critérios para o registro do rendimento semestral: Ensino Fundamental I ................. 20
4.5 Critérios para o registro da média semestral: Ensino Fundamental II e Ensino Médio
20
4.5.1 Provas ........................................................................................................................................ 20
4.5.2 Trabalhos ................................................................................................................................... 20
4.5.3 Competências socioemocionais ................................................................................................. 21
4.5.4 Campo Conselho de Classe ........................................................................................................ 21
4.5.5 Avaliação Diferenciada para Alunos de Laudo (sugestões) ....................................................... 21
4.6 Aprovação ou Reprovação do Aluno........................................................................... 22
4.7 Projetos pedagógicos .................................................................................................. 22

5 DIMENSÃO ADMINISTRATIVA ..............................................................................................24

5.1 Aspectos gerais da organização escolar: Horário de funcionamento ......................... 24


5.2 Formação acadêmica e profissional do corpo docente e diretivo ............................... 24
5.3 Condições de trabalho ................................................................................................ 24
5.4 Forma de atendimento aos alunos .............................................................................. 24
5.4.1 A matrícula ................................................................................................................................ 24
5.4.2 O acesso e a permanência do aluno na escola .......................................................................... 25
5.4.3 Os documentos .......................................................................................................................... 25
5.4.4 Alunos portadores de necessidades especiais ........................................................................... 25
5.4.5 Professores da Educação Especial ............................................................................................. 26
5.4.6 Atribuição da média trimestral e processo de adaptação de ensino aprendizagem aos alunos
portadores de necessidades especiais ................................................................................................................... 27
5.5 Atendimento educacional especializado ..................................................................... 28
5.6 Conselho de Classe .................................................................................................... 29
5.7 Proposta de Avaliação Institucional ............................................................................ 30
5.8 Conselho Deliberativo ................................................................................................. 30
5.9 Associação de Pais e Professores - APP ................................................................... 31
5.10 Grêmio Estudantil ........................................................................................................ 31

6 DIMENSÃO FINANCEIRA .......................................................................................................32

7 DIMENSÃO FÍSICA ................................................................................................................33

8 METAS, AÇÕES E RESPONSÁVEIS ..........................................................................................34

8.1 Dimensão Administrativa............................................................................................. 34


8.2 Dimensão Financeira .................................................................................................. 36
8.3 Dimensão Física .......................................................................................................... 36
5

8.4 Dimensão Pedagógica ................................................................................................ 37

9 AVALIAÇÃO FINAL E CONSOLIDAÇÃO DO PPP ......................................................................40

10 RECONHECIMENTO POR RUBRICA........................................................................................41

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................................................42

ANEXO I – RESULTADO COMPARATIVO DO SAGE ............................................................................................43

ANEXO II – REGIMENTO INTERNO ESCOLAR ....................................................................................................44

Normas da Escola ................................................................................................................................. 44


Indisciplina............................................................................................................................................. 46
Ato infracional ........................................................................................................................................ 47
Casos de violência ................................................................................................................................ 47
Responsáveis pelo registro das ocorrências (fatos) ............................................................................. 48
Ações a serem tomadas nos casos de atos de indisciplina .................................................................. 48
Ações a serem tomadas nos casos de atos infracionais ...................................................................... 49

ANEXO III – LEI Nº 9394/96 – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO NACIONAL ......................................51

Capitulo V da Educação Especial ......................................................................................................... 51

ANEXO IV – RESOLUÇÃO Nº 183, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2013 ....................................................................52

ANEXO V – PORTARIA N° 109 DE 07/02/2019 .................................................................................................54

ANEXO VI – RESOLUÇÃO CEE/SC Nº 100, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2016*........................................................56

ANEXO VII – CONSTITUIÇÃO FEDERAL .............................................................................................................62

ANEXO VIII – LEI DE DIRETRIZES E BASES- LEI Nº 9.394/1996...........................................................................65

ANEXO IX - ESTATUTO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE- ECA ..............................................................................69

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos
de: .......................................................................................................................................................................... 69
Art. 98.As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os direitos reconhecidos
nesta Lei forem ameaçados ou violados ................................................................................................................ 69
Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades pedagógicas, preferindo-se aquelas
que visem ao fortalecimento dos vínculos familiares e comunitários ................................................................... 69
Art. 102. ..........................................................................................................................................................70
Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as
seguintes medidas ................................................................................................................................................. 71
6

1 APRESENTAÇÃO

Seguindo as orientações do artigo 1º da LBD, este projeto político pedagógico


representa o resultado dos processos formativos de diversos segmentos da
comunidade escolar no ano de 2018. Portanto, é um documento que explana e
justifica toda ação política educacional e pedagógica da E. E. B. Dom Orlando Dotti.
Art. 1º. A educação abrange os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho,
nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e
organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
§ 1º. Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§ 2º. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e
à prática social (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional; Lei
nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996).

1.1 Características da instituição

A atual E. E. B. Dom Orlando Dotti resulta da aglutinação de duas escolas: a


Escola Básica Salgado Filho (criado por Decreto Lei nº 294 de 18/06/73 para o
funcionamento do 1º grau e Portaria 232 de 18/06/85 para o pré-escolar) e o Colégio
Estadual Dom Orlando Dotti (Portaria 330/8/SED/SC de 31/03/70 para o
funcionamento do ensino médio).
Essa aglutinação ocorreu através da Portaria 679 de 31/10/97 com a
transferência do Colégio Dom Orlando Dotti, que funcionava nas dependências da
escola particular Colégio Marista Aurora, para onde já funcionava a Escola Básica
Salgado Filho. Nessa aglutinação a denominação Escola Básica Salgado Filho foi
extinta. E assim, a “nova escola” passou a ser denominada de Escola de Educação
Básica Dom Orlando Dotti, preservando o nome do 1º bispo de Caçador, idealizador
e executor da implantação de primeiras instituições de ensino de 2º grau e superior
em nosso município.
A E.E.B. Dom Orlando Dotti situa-se no Bairro Bom Jesus, praticamente
centro da cidade, atende desde Ensino Fundamental I ao Ensino Médio nos
períodos matutino e vespertino; e no noturno, somente ensino médio.

1.2 Caracterização da clientela

A pesquisa “Perfil Socioeconômico dos Alunos” aplicada em abril de 2021


teve devolutiva da grande maioria dos estudantes, o que permite uma amostra
significativa na pesquisa quantitativa investigadora.
De acordo com a pesquisa, a clientela é caracterizada por diversas etnias
sendo: 27,9% são de origem europeia, 9,5% são de miscigenação euro-caboclo,
3,9% cabocla e 1,9% é da miscigenação euroasiática. A maior porcentagem ficou
com a opção “não sei” com 56,8%.
7

As religiões de maior número de seguidores são católicas e evangélicas.


A porcentagem de alunos que residem no Bairro Bom Jesus onde se situa a
E. E. B. Dom Orlando Dotti ou nos bairros vizinhos soma 30,5 %.
A análise da duração de residência à E. E. B. Dom Orlando Dotti a pé revelou
que: 47 % = até 10 minutos, 29,9% = até 20 minutos, 17,4 % = até 30 minutos, 4,1 %
= até 60 minutos, 1,6 % = até 120 minutos. Esta última percentagem de 1,6
corresponde aos alunos residentes no interior que utilizam transporte coletivo cedido
pela prefeitura.
34,6 % não utilizam nenhum tipo de transporte (bicicleta, carona, transporte
escolar, transporte coletivo) e vem a pé à E. E. B. Dom Orlando Dotti. Esses dados
revelam crescente número de procura a esta Escola por famílias que residem nos
interiores e em outros bairros mais distantes do Bairro Bom Jesus, onde 73,7 %
moram com seus pais biológicos.
79,8 % dos alunos só estudam e 20,2 % trabalham e contribuem com parcela
do salário para ajudar na vida econômica da família.
54,7 % das famílias possuem casa própria e outros 45,3 % estão pagando
para quitar ou moram de aluguel. A renda familiar é suficiente para ter acesso a
tecnologias como carro, TV, computador, celular com WhatsApp e internet.
Quanto ao nível de escolaridade, 35,8 % dos pais têm ensino médio ou
técnico concluído, 10,1% possuem graduação, 12,2% possuem pós-graduação
sendo destaque para 4 pais doutores (0,5 %) e 10 mestres (1,2 %).

1.3 Dados estatísticos dos resultados pedagógicos obtidos dos anos


anteriores a 2020
1.3.1 Básica Ensino Fundamental- Índice de Desenvolvimento da Educação
4ª série/ 5º ano 2009 2011 2013 2015 2017 2019
EEB DOM ORLANDO DOTTI 5,8 6,7 6,8 6,5 7,2 7,0
Meta nacional para a escola pública 5,1 5,5 5,7 6,0 6,2 6,7

8ª série / 9º ano 2009 2011 2013 2015 2017 2019


EEB DOM ORLANDO DOTTI 4,1 4,8 4,1 4,7 4,9 4.8

3º ano Ensino médio


EEB DOM ORLANDO DOTTI 4,7
Meta nacional para a escola pública
FONTE: http://ideb.inep.gov.br/resultado/ (acesso em 31 de março de 2022)
Obs.: Até a data de 31/03/2022, os resultados de 2020 não estão disponíveis no site do Inep.
8

1.3.2 Ensino Médio- Quadro comparativo de resultados entre 2013 e 2019


do Exame Nacional do Ensino Médio por Proficiências ou
Competências

MÉDIA
Alunos Alunos %
Ano Ling. e Ciências Ciências Média
Concluintes Particip. Part. Mat. Redação
Cód. Humanas Natureza Objetivas

2013 128 74 57,81 485 506 513 485 515 498

2015 147 107 73,0 508 486 572 479 545 511
2016 168 126 75,0 519 477 530 487 552 513
2018 146 82 56 533 518 568 492 507 528
2019 130 61 47 547 562 535 495 621 535
Fonte https://www.qedu.org.br/escola/225470-eeb-dom-orlando-dotti/enem (acesso: 31/março /2022)
Obs.: Em 2017, o número de alunos participantes não atingiu o mínimo estabelecido para a
divulgação dos resultados.

1.4 Comunicado sobre rendimentos escolares

Para os anos iniciais o instrumento utilizado será a avaliação descritiva,


processual e formativa dando ênfase às habilidades, competências e socialização.
Anos Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio: Através do portal
estudante on-line, as notas de provas e trabalhos, quando liberadas por professores,
são divulgadas aos pais e responsáveis durante o semestre. Essa implantação do
sistema estadual de informática permite aos pais exercerem seu dever de
acompanhar e avaliar o desempenho escolar individual de seus filhos o que é
expressa no artigo 2º da LDB “A educação é direito de todos, dever da família e do
Estado” antes do fechamento da média trimestral. Os casos preocupantes de
rendimento são comunicados à coordenação pedagógica pelos professores. Nesses
casos, os pais ou responsáveis são solicitados a comparecerem à escola para
orientação e registros de possíveis intervenções/soluções.
Ao término de cada trimestre, o boletim individual é impresso. A entrega de
boletins ocorre em dois momentos: em sala de aula para os alunos que tiveram
rendimentos acima de 6,0; e no outro com a presença de pais e
coordenação/direção para apresentação da ficha de ocorrências do aluno e ata do
conselho de classe. O repasse dos registros individuais aos pais/alunos será feito
até trinta dias após a entrega dos boletins.

1.5 As estratégias para recuperação dos alunos com baixo rendimento

As estratégias para recuperação dos alunos com baixo rendimento são:


recuperação paralela de conteúdo (obrigatória) e recuperação de nota da prova
9

através da aplicação de outra prova (obrigatória) prevalecendo sempre a maior nota


entre as duas provas para o efeito da obtenção da média trimestral.
Os casos de questões disciplinares e rendimentos baixos serão comunicados
através de: ficha de solicitação de comparecimento, ficha nominal de ocorrência,
telefone, comunicado por whatsapp e ata individual. Nesses casos as conversas
poderão envolver direção, orientação pedagógica, professores, pais (responsáveis)
e aluno. Além disso, observadas dificuldades como falta de domínio de tabuada e/ou
falta de leitura, não realização das atividades tempo escola e tempo casa, os
bilhetes serão enviados para os pais solicitando a participação da família no estudo
diário, acompanhar as atividades dos alunos (filhos) e casa. A participação efetiva
da família é fundamental. Perguntar o que o filho aprendeu na escola, qual o
conteúdo mais significativo, se tem alguma dificuldade e assim por diante, interagir e
acompanhar os estudos diariamente.

1.6 Resultados estatísticos obtidos no ano de 2022

Quantidade de retidos por nível e período


em 2022
E.E.B Dom Orlando Dotti

700
600
500
400
300
200
100
0
Total de Aprovados Reprovados
alunos
Anos Iniciais - Matutino 320 118 1
Anos Iniciais- Vespertino 202 0
Anos Finais - Matutino 604 283 39
Anos Finais - Vespertino 321 42
Ens. Médio- Matutino 343 238 29
Ens. Médio - Vespertino 105 16
Ens. Médio - Noturno 147 122 39

1.6.1 Quadro geral de Resultado do Processo Ensino-Aprendizagem


Total de
Segmento Aprovados Reprovados Transferidos Evasão
alunos
Anos Iniciais - Matutino 118 01 00 00
320
Anos Iniciais- Vespertino 202 00 00 00
10

Anos Finais - Matutino 283 39 00 01


604
Anos Finais - Vespertino 321 42 00 00
Ens. Médio- Matutino 238 29 00 00
343
Ens. Médio - Vespertino 105 16 05 02
Ens. Médio - Noturno 147 122 39 11 09
Total 1320 1154 126 16 12
Fonte: Censo E. E. B. Dom Orlando Dotti/2022.

1.7 O funcionamento da escola na situação ou estado de emergência.

Sendo decretada a situação ou estado de emergência pelo Conselho


Estadual de Educação de Santa Catarina- CEE, a Escola Dotti, sem perder suas
identidades e objetivo, seguirá as resoluções do CEE e as portarias da Secretaria de
Educação do Estado de Santa Catarina-SED para com o cumprimento da sua
função social.

1.7.1 Destacam-se para a efetiva execução da função social da escola pública:


1.7.1.1 O disposto no artigo 205 da Constituição Federal, de 1988, indicando que a
educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e
incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da
pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o
trabalho;

1.7.1.2 O artigo 227 da Constituição Federal reitera ser dever da família, da


sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão;

1.7.1.3 O artigo 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que dispõe que aos


pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-
lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir e fazer cumprir as
determinações judiciais;

2 PAPEL DA ESCOLA

A escola é um espaço vivo e democrático, privilegiado da ação educativa e


pedagógica que garante o acesso e a permanência ao ensino que venha atender as
11

necessidades atuais da sociedade. Sendo assim, a função social da escola é


promover:
a) Prática educativa com base nos princípios do trabalho;
b) Prática do respeito à diversidade, à pluralidade e aos direitos humanos
universais;
c) Prática do incentivo à pesquisa para a socialização de conhecimentos
cotidianos, sistematizado e tecnológico;
d) Prática da sustentabilidade social e ambiental;
e) Prática do desenvolvimento das 10 (dez) competências da Base Nacional
Curricular Comum.
Desta forma, os profissionais da Escola de Educação Básica Dom Orlando
Dotti entendem que a escola tem papel fundamental, não só na construção do
conhecimento cognitivo, mas também no desenvolvimento da formação humana
integral como consta na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Proposta
Curricular de Santa Catarina e Base Nacional Curricular Comum.

2.1 Posicionamento político-pedagógico dos docentes e profissionais da


educação
O posicionamento político-pedagógico da direção, dos docentes e
profissionais da educação desta unidade escolar baseia-se em:
“A educação integral é (...) uma estratégia histórica que visa
desenvolver percursos formativos mais integrados, complexos e
completos, que considerem a educabilidade humana em sua múltipla
dimensionalidade. (...) uma formação mais integral dos cidadãos
supõe considerar e reconhecer o ser humano como sujeito que
produz, por meio do trabalho, as condições de (re)produção da vida,
modificando os lugares e os territórios do viver, revelando relações
sociais, políticas, econômicas, culturais e socioambientais. (...) Assim,
os espaços de formação podem/devem se converter em lócus de
socialização de saberes, de estudo organizado dos acontecimentos,
de iniciação à pesquisa e de incentivo à leitura científica do mundo”.
(PROPOSTA CURRICULAR DE SANTA CATARINA, p. 26)

Portanto, destacam-se os quatro seguintes princípios para viabilizar a


educação de formação integral:
a) Gestão democrática e compartilhada como princípio administrativo;
b) Pesquisa, contextualização, comprometimento, competência e percurso
formativo como princípio pedagógico;
c) Trabalho, solidariedade, respeito à diversidade e à pluralidade, amor,
solidariedade, ética, estética, disciplina, humildade, democracia e resiliência como
princípio educativo.
12

d) Diversidade como princípio formativo.


“Os princípios de liberdade são a base da educação brasileira e têm
como horizonte três objetivos: a educação plena do educando, a sua
preparação para o exercício de cidadania e a sua qualificação para o
trabalho”. (SEMIER, Ricardo. Escola sem sala de aula, 2010. p.34)

2.2 Objetivo geral e identidades da E. E. B. Dom Orlando Dotti

2.2.1 Objetivo geral

Oportunizar ao aluno práticas educativas e pedagógicas fundamentadas em


Valores Humanos Universais, Ciência, Cultura, Tecnologia e Pesquisa para o
desenvolvimento dos processos de ensino-aprendizagem de qualidade e a formação
de cidadãos protagonistas de mudanças na sociedade contemporânea.

2.3 Identidades

a) Missão: Promover o processo de ensino aprendizagem de qualidade para a


apropriação e construção de conhecimentos aliados ao protagonismo juvenil e à
formação humana.
b) Visão: Ser uma escola de referência em Educação Básica de qualidade.
c) Valores: Amor, comprometimento, respeito, humildade, ética, estética,
disciplina, democracia, confiança, solidariedade e resiliência.

2.4 Uso de uniforme

Por entender que o uniforme é a única maneira rápida e eficaz de identificar


pessoas “estranhas” nas proximidades da escola, a Assembleia Geral de Pais em e
Professores em 2022 que aprovou por unanimidade o uso obrigatório de uniforme.
O objetivo principal é o aumento de segurança na escola. Sendo assim, o uso do
uniforme passa a ser um direito e um dever, com as consequências que disso
decorrem. Por outro lado, o aluno tem direito ao acesso ao ensino obrigatório e
gratuito, não podendo ser impedido de frequentar a escola pela roupa que está
usando como destaca o Estatuto da Criança e do Adolescente, artigo nº 18: “é dever
de todos zelar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo-o a salvo de
qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor”.
Portanto, sua cobrança será com o uso do bom senso.

2.5 Recreio Monitorado


O recreio será monitorado. De acordo com o Conselho Nacional de
Educação/CNE, no Parecer CEB nº 05/97, o recreio monitorado com a presença e
13

efetiva orientação de professores é efetivo trabalho escolar; não havendo recreio


monitorado, a duração de cada aula terá que ser de 48 minutos.

2.6 Frequência

De acordo com a Lei nº 9.394/1996, a frequência às aulas passou a ser


calculada em relação ao cômputo total da carga horária em vigor. Ou seja, de 100 %
(cem por cento) da carga horária anual, o aluno poderá faltar até 25 % (vinte e cinco
por cento) das aulas. Se ultrapassar este limite, estará reprovado no período letivo,
mesmo que tenha obtido o rendimento satisfatório. Dessa forma, a apuração da
frequência não se fará mais sobre a carga horária específica de cada disciplina.

2.7 Infrequência

As medidas que serão tomadas pela escola são:


a) Levantamento de conteúdos e trabalhos/provas não feitos que afetem
diretamente no processo aprendizagem do aluno;
b) Contato com os familiares para o diagnóstico da causa de infrequência e
busca de alternativas;
c) Comunicação ao sistema APOIA e às autoridades competentes (Conselho
Tutelar, ou Vara da Infância e Adolescente ou Ministério Público) para providências
cabíveis.

2.8 Casos especiais de problemas de saúde

a) A aluna gestante tem seus direitos garantidos nas Constituições Federal e


Estadual, no Estatuto da Criança e do Adolescente, Leis nº 6.202/1975 e nº
1.044/1969)
b) O aluno que, por motivo de saúde, ficar afastado de frequentar as aulas, a
partir de 30 (trinta) dias terá Atendimento Pedagógico Domiciliar desde que haja
autorização do processo encaminhado pela escola/CRE encaminha à SED/DIEB;
nesse caso, a carga horária a ser disponibilizada será de, no máximo, 20 (vinte)
horas semanais e será definida após a análise do processo. O aluno que precisa de
atendimento domiciliar deverá comprovar por laudo médico, com CID, no qual
deverá constar o tempo de afastamento especificando o motivo do afastamento.
c) A responsabilidade pelo controle e registro da frequência dos professores
autorizados a atuarem no atendimento domiciliar é de competência do gestor da
14

unidade escolar, o qual deverá ser registrado em instrumento próprio, contendo, a


cada dia de efetivo atendimento, a assinatura do pai ou responsável pelo educando;
d) O professor do atendimento domiciliar deverá agendar um dia da semana na
escola, para conversar com os professores das diferentes disciplinas, para
conhecimento dos conteúdos e atividades. Caso necessário mais um período em
situações de trabalhos mais específicos, programar com a direção da escola e
professores.
e) Nos casos em que o período de afastamento para tratamento de saúde for
inferior a 30 (trinta) dias, a família deverá comparecer à escola e solicitar à equipe
pedagógica as atividades semanais de cada disciplina, para que sejam
encaminhadas ao aluno e desenvolvidas por ele em sua residência. A coordenação
pedagógica poderá eleger um dia da semana para que o familiar traga as atividades
desenvolvidas e receba outras para levar ao aluno até que este esteja totalmente
recuperado e possa voltar a frequentar a escola.
f) Os alunos que passarem mal durante as aulas são conduzidos à secretaria ou
à sala de coordenação pedagógica podendo receber chá ou tratamento emergencial
de primeiros socorros. Não resolvendo, será comunicado ao responsável do aluno
por telefone. Nos casos em que requer’ cuidados maiores, o corpo de bombeiro é
acionado e comunicado à família.
15

3 PAPEL DA FAMÍLIA

Para uma educação de qualidade, a participação da família é de extrema


importância como consta na Lei de Diretrizes e Bases: “Art. 2º A educação, dever da
família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de
solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando,
seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. ”

3.1 Direitos e Deveres da Família

a) Manter e acompanhar os filhos na escola;


b) Zelar pela boa educação;
c) Participar das reuniões e assembleias, bem como das atividades promovidas
pela escola (obs.: Não podendo participar, justificar a ausência);
d) Observar agenda escolar e assinar os comunicados, provas e ficha de
desempenho individual do aluno;
e) Conversar com filhos sobre acontecimentos na escola;
f) Observar as atitudes e comportamentos dos filhos;
g) Comunicar observações comportamentos que julgar importante à direção ou
coordenação;
h) Comunicar ausência dos filhos à escola e receber orientações sobre o
andamento das aulas e realização de atividades avaliativas;
i) Acompanhar o estudo dos filhos. Isto significa que a família deve procurar,
juntamente com a escola, soluções para sanar dificuldades de aprendizagem e
comportamentais antes do fechamento de cada semestre. Esse acompanhamento
poderá ser feito acessando ao sistema estudante on-line para verificar agendamento
de atividades avaliativas (agendamento de provas e trabalhos por disciplina) e
rendimento escolar dos filhos.
j) Cobrar de seu filho (ou sua filha) o estudo, a leitura e a realização de tarefas e
pesquisas.
16

4 PROPOSTA CURRICULAR

A E.E.B. Dom Orlando Dotti seguirá os princípios do Percurso Formativo da


Proposta Curricular de Santa Catarina e as práticas cognitivas e socioemocionais da
Base Nacional Comum Curricular. Portanto apresenta como norte, o
desenvolvimento das habilidades e competências do (a): conhecimento;
Pensamento crítico e criativo; Repertório cultural; Comunicação; Cultura
digital; Trabalho e projeto de vida; Argumentação; Autoconhecimento e
autocuidado; Empatia e Responsabilidade e cidadania.

4.1 Objetivos

Desenvolver atividades envolvendo toda comunidade escolar para garantir a


transparência e atingir as metas estabelecidas, nos aspectos pedagógicos,
financeiros, administrativos e físicos de acordo com a legislação vigente.

4.2 Matriz curricular

Em todos os níveis de ensino, o plano de ensino de cada disciplina é


construído coletivamente por professores tendo como fundação teórica o percurso
formativo, formação integral dos alunos e o desenvolvimento das habilidades e
competências da BNCC.
4.2.1 Fundamental I
Número de aulas
Área de conhecimento Componente Curricular
semanais = 25
Língua Portuguesa 6
Linguagens Arte 2
Educação Física 3
Ciências Humanas Geografia 2
História 2
Ciências da Natureza Ciências 3
Matemática Matemática 6
Ensino Religioso Ensino Religioso 1

4.2.2 Fundamental II
Número de aulas
Área de conhecimento Componente Curricular
semanais = 26
Língua Portuguesa 4
Língua Estrangeira (Inglês) 3
Linguagens
Arte 2
Educação Física 3
História 3
Ciências Humanas
Geografia 3
Ciências da Natureza Ciências 3
Matemática Matemática 4
Ensino Religioso Ensino Religioso 1
17

4.2.3 Ensino Médio


Número de aulas
Área de conhecimento Componente Curricular
semanais = 25
Língua Portuguesa 3
Língua Estrangeira (Inglês) 2
Linguagens
Arte 2
Educação Física 2
História 3
Geografia 2
Ciências Humanas
Filosofia 1
Sociologia 1
Biologia 2
Ciências da Natureza Física 2
Química 2
Matemática Matemática 3

4.2.4 Novo Ensino Médio (1°ano)

Número de aulas
Área de conhecimento Componente Curricular
semanais = 25
Língua Portuguesa 2
Língua Estrangeira (Inglês) 2
Linguagens
Arte 2
Educação Física 2
História 2
Geografia 2
Ciências Humanas
Filosofia 2
Sociologia 2
Biologia 2
Ciências da Natureza Física 2
Química 2
Matemática Matemática 3

4.2.4 Conteúdos curriculares e sua adequação às diretrizes curriculares e


padrões de qualidade

De acordo com a Resolução nº 4 (BRASIL, 2010), a organização dos


conteúdos curriculares é assegurada a partir de:
a) Trabalho embasado conceitualmente, estruturado com materiais didático-
pedagógicos, rede física adequada, espaços internos e externo socioculturais;
b) Tempos e espaços curriculares ampliados e diversificados com a atuação de
profissionais da educação sob o propósito de construir coletivamente a escola de
qualidade social;
c) Abordagem didático-pedagógica que oriente o projeto político-pedagógico;
18

d) Matriz curricular compreendida como recurso propulsor de movimento,


dinamismo curricular e educacional;
e) Organização da matriz curricular que subsidie a gestão do currículo escolar;
f) Formas de organizar o trabalho pedagógico;
g) Criação de métodos didático-pedagógicos utilizando-se recursos tecnológicos de
informação e comunicação;
h) Constituição de rede de aprendizagem, entendida como um conjunto de ações
didático-pedagógicas.

Além disso, há temas transversais estabelecidos que devem ser


desenvolvidos de forma interdisciplinar. São eles:
No Ensino Fundamental: Resolução nº 7/2011, que fixa as diretrizes
curriculares nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, artigo nº 16,
define como temas transversais: Saúde, Direitos das Crianças e Adolescentes nos
moldes do ECA (Lei nº 8.069/1990 e Lei nº 11.525/2007; Direitos dos Idosos (Lei nº
10.741/2003, Estatuto do Idoso); Educação Ambiental (Lei nº 9.795/1999, Política
Nacional de Educação Ambiental); Educação para o Trânsito (Lei nº 9.503/1997, que
institui o Código de Trânsito Brasileiro); Educação Fiscal; Educação para as relações
étnico-raciais (Lei nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008).
No ensino Médio: resolução nº 2, de 30 de janeiro de 2012, que fixa as
diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Médio, artigo 10, parágrafo II, define
como temas transversais: Educação Alimentar e Nutricional (Lei nº 11.947/2009);
Processo de Envelhecimento (Lei nº 10.741/2003, estatuto do Idoso); Educação
Ambiental (Lei nº 9.795/1999, Política Nacional de Educação Ambiental); Educação
para o Trânsito (Lei nº 9.503/1997, código de Trânsito Brasileiro); educação em
Direitos Humanos (resolução nº 1/2012 e Decreto nº 7.037/2009, que institui o
programa Nacional de Direitos Humanos PNDH 3), Educação para as relações
étnico-raciais (Lei nº 10.639/2003 e nº 11.645/2008).

4.2.5 Metodologia de ensino

Metodologia de ensino a ser executada é o percurso formativo. De acordo


com PCSC 2014, o percurso formativo é processo constitutivo e constituinte da
formação humana que norteia a importância da história, cultura, contexto social,
linguagens, inteligência emocional, valores e virtudes, conhecimentos
sistematizados e conhecimentos cotidianos do sujeito (aluno) numa interação
intrapessoal e interpessoal.
“Vivendo em grupos os seres humanos desenvolvem a necessidade
de organizar as atividades práticas e a interagir constantemente. A
linguagem se desenvolve à medida que possibilita referir-se a objetos
e vivências. É por meio da linguagem que o ser humano desenvolve
19

as funções psicológicas superiores, tais como atenção, memória,


representação etc. e são estas funções que viabilizam a estruturação
da consciência, do pensamento humano e possibilitam operações
abstratas. A dimensão intrassubjetiva/intrapsicológica dos seres
humanos, assim, estrutura-se a partir das significações e dos
conceitos elaborados socialmente, libertando-os da ação prática
relacionada aos objetos, para a operação com representações e
conceitos. (...)” (p. 33. Proposta Curricular de Santa Catarina)

As estratégias de ensino aprendizagem estão relacionadas ao percurso


formativo da Proposta Curricular de Santa Catarina e às 10 (dez) competências da
BNCC. Portanto, “(...) é fundamental que as práticas pedagógicas a serem levadas a
efeito nas escolas considerem a importância do desenvolvimento de todas as
potencialidades humanas, sejam elas físicas/motoras, emocionais/afetivas,
artísticas, linguísticas, expressivo-sociais, cognitivas, dentre outras, contribuindo
assim para o desenvolvimento do ser humano de forma unilateral”. (PCSC, 2014,
p.31).

4.3 Sistema de avaliação ensino-aprendizagem relação alunos/docente;


relação disciplina/docente.
“A avaliação da aprendizagem constitui-se num processo de
acompanhamento dos sujeitos, de modo que forneça indicadores
para o aprimoramento do processo educativo”. Nesse sentido, “(...)
uma educação voltada à formação integral, as estratégias de
avaliação precisam dar conta de diagnosticar se as escolhas
metodológicas estão em consonância com tal formação, bem como
fornecer os subsídios para eventuais mudanças que precisem ser
feitas no percurso”. (PROPOSTA CURRICULAR, 2014)

Seguindo este pressuposto, serão realizadas as seguintes estratégias ao


longo do percurso formativo dos sujeitos:
a) A escuta dos interesses e de suas expectativas de aprendizagem;
b) A observação das manifestações, das expressões, representações e
relações, além do modo como estes compreendem e ocupam espaços e territórios;
c) A ampliação dos repertórios de conhecimentos relativos aos conceitos das
áreas e componentes curriculares;
d) O registro de seus avanços e limitações individuais e do processo coletivo.
Assim, ao longo do desenvolvimento das três etapas (diagnóstico, intervenção
e replanejamento), será considerada a sistematização, a elaboração e a apropriação
de conhecimentos, na forma de registros, relatos e outros instrumentos como
subsídios para a avaliação. Será considerado também o contexto atual de avaliação
externa: As provas Brasil, Olimpíada Brasileira de Matemática de Escolas Públicas,
Olimpíada de Língua Portuguesa, do PISA e do ENEM.
20

Os alunos portadores de alguma deficiência serão atendidos por professor


titular da disciplina e por 2º professor (Professor da Educação Especial) e terão
tratamento e avaliação assegurados por LEI Nº 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional - Capitulo V da Educação Especial.

4.4 Critérios para o registro do rendimento trimestral: Ensino Fundamental I

O instrumento utilizado será avaliação descritiva, processual e formativa


dando ênfase às habilidades, competências e socialização.

4.5 Critérios para o registro da média trimestral: Ensino Fundamental anos


finais e Ensino Médio
A nota trimestral no boletim será calculada tendo, no mínimo, 4 (quatro)
avaliações, sendo assim definidas: a) uma prova teórica individual sem consulta; b)
uma prova teórica individual de recuperação de nota da prova; c) um trabalhoa; d)
nota de competências socioemocionais.
4.5.1 Provas

Todos os alunos têm direito à recuperação de conteúdo e à recuperação de


nota da prova. A prova de recuperação será aplicada após a recuperação de
conteúdo, porém os alunos que obtiveram notas acima de 7,0 (sete) na(s) prova(s)
podem optar por não fazê-la. Nesse caso, deverão ocupar-se de uma boa leitura de
livros permanecendo em sala de aula. Em todas as disciplinas, a recuperação da
prova teórica deverá ser realizada através da aplicação de uma nova prova
individual e sem consulta. A prova deve conter questões diversificadas e
devidamente pontuadas (quanto vale cada questão), isto é, devem constar alguns
dos seguintes tipos de questões: contextualizadas, analíticas, interpretativas, de
comparação, de associação, objetivas, de aplicação de conhecimentos
sistematizados; de aplicação de conhecimentos cotidianos, atualizadas, subjetivas,
de completar e de síntese, diversificando também em níveis de dificuldades ao
critério do professor.

Obs.: A prova poderá ser substituída por projeto pedagógico (Ex.: aplicação de
metodologia ativa) mediante a discussão da importância desse projeto entre
professor(a) e direção/coordenação e o aval dos mesmos. Essa substituição só
poderá ser em 1(um) dos 2(dois) semestres.

4.5.2 Trabalhos
Os trabalhos serão realizados para desenvolver as habilidades, atitudes e
virtudes que contemplam as 10 competências da BNCC. Portanto, serão dois
trabalhos individuais com consulta ou em equipe, de maneira virtual seguindo as
21

determinações do PlanconEdu. Haverá recuperação de conteúdo, porém a nota de


trabalho não será recuperada considerando que o trabalho é feito em equipe e/ou
com consulta.

4.5.3 Competências socioemocionais

A nota de competências socioemocionais atende à exigência da


RESOLUÇÃO Nº 183 (artigo nº 5) de 19 de novembro de 2013 e a da BNCC (10ª
competência), e tem o mesmo peso de uma prova ou de um trabalho e sua
atribuição é da competência do professor da disciplina. Essa nota deve representar
o resultado da observação do professor quanto às atitudes, valores e organização
do caderno do aluno. Não há recuperação de nota para competências
socioemocionais.
Além das quatro (4) avaliações em cada trimestre, há um instrumento
chamadode campo “conselho de classe”.

4.5.4 Campo Conselho de Classe

É uma pontuação a ser acrescentada à média final dos trimestres e, no último


trimestre, à média anual. O “Campo Conselho de Classe” serve para ajustar a
discrepância observada entre a média final do semestre e o real nível de
apropriação de conhecimento. Para o critério da atribuição maior, menor ou não dos
pontos na disciplina, serão considerados a frequência dos (as): a) comentários e
depoimentos do aluno que enriqueceram o conhecimento da turma durante as aulas;
b) apresentação de raciocínio lógico, sistematizado e organizado, por escrito, na
resolução de exercícios de cálculos, contextualizados, analíticos e interpretativos; c)
habilidades motoras destacáveis durante as atividades físicas; d) criatividade ou
originalidade na produção de obras artísticas e textuais; e) clareza e segurança na
argumentação da resolução de situações problemas.

Obs.: Os resultados do simulado interno/externo, provas regionais, OCQ e OBMEP


poderão ser transformados em bonificação (máximo é 1,0 ponto) e acrescentados à
média final do semestre. Simulado: a todas as disciplinas; OCQ: somente para
Química; e OBMEP: somente para Matemática.

4.5.5 Avaliação Diferenciada para Alunos de Laudo (sugestões)

Os mesmos instrumentos de avaliação serão adotados. Porém, é essencial


observar o que consta no laudo, ajustando–os como:
a) Concedendo maior espaço de tempo;
22

b) Solicitando o auxílio do segundo professor na realização das


provas/trabalhos;
c) Realizando as avaliações em outro ambiente escolar (sair da sala de aula em
companhia do segundo professor);
d) Aumentando o tamanho das letras para deficientes visuais;
e) Realizando prova oral;
f) Fazendo a avaliação em 2 (dois) momentos, principalmente para alunos TDH,
espectro autista e deficiência mental;
g) Segundo professor auxiliando na leitura dos enunciados;
h) Utilizando imagens, jogos didáticos e materiais concretos.
i) Alunos que precisam de adaptação os segundos professores farão e
repassarão as notas para os demais professores;
j) Alunos que conseguem acompanhar segue o fluxo normal.

Obs.: A avaliação dos alunos portadores de laudo por Segundo Professor: Registro
na ficha individual, portfólio de fatos observados em sala de aula (semanal ou
quinzenal) e relatório pedagógico semestral.

4.6 Aprovação ou Reprovação do Aluno

A aprovação ou retenção do aluno obedecerá à Resolução n° 183, de 19 de


novembro de 2013 e o Artigo 7º da Portaria n° 109 de 07 de fevereiro de 2019.

“Art.6º Ter-se-ão como aprovados, quanto ao rendimento da


avaliação em todas as etapas e modalidades da Educação Básica, os
alunos que:
I - Obtiverem a média anual igual ou superior a seis (6) em todas as
disciplinas;
III - não será adotado exame final em nenhum ano ou série letiva na
Educação Básica, na Educação Profissional e na Educação de
Jovens e Adultos;
IV- Para efeito de cálculo do resultado de aprovação, em todas as
etapas e modalidades da Educação Básica e Profissional deve-se
aplicar a fórmula: Soma da média dos semestres ÷ 2 ˃ ou = 6
(seis);
V- Ter-se-ão como reprovados os alunos que obtiverem média final
inferior a 6 (seis). ”

4.7 Projetos pedagógicos

Além dos projetos estabelecidos nas leis federais e outros definidos por
professores em suas disciplinas, serão desenvolvidos anualmente e neste período
de pandemia (covid-19) de forma virtual e quando presencial respeitando o
23

distanciamento social de acordo com as normas do PlanconEdu sem aglomeração.


São este os projetos disciplinares e interdisciplinares desenvolvidos na escola:
Valores Humanos Universais, Projeto de Vida ( destaque ao protagonismo juvenil)
Gincana do Dia do Estudante, Festa Junina/Julina, Halloween, Sete de Setembro,
Dia das Mães, Dias dos Pais ( Dia de quem cuida de mim), sempre respeitando o
PlanconEdu. Esses projetos que envolvem toda a comunidade escolar podem ser
executados com a parceria de entidades como: Senac, Senai de Caçador, Polícia
Militar e Diretoria de Trânsito, Transporte e Segurança de Caçador (DITTESC).

4.8 Decreto autoriza volta as aulas 100% presenciais.

O decreto oficial nº 1.669, do Governo do Estado, estabelece o retorno de


100% dos estudantes às atividades presenciais nas instituições públicas e privadas
de ensino de Santa Catarina. A mudança, que vinha sendo estruturada desde
dezembro, será possível com o fim da exigência de distanciamento mínimo entre os
alunos nas salas de aula.

Válida para todas as instituições de ensino do território catarinense, a medida


foi decidida em conjunto por representantes das 14 entidades que formam o Comitê
Estratégico de Retomada das Aulas Presenciais, entre elas a Secretaria do Estado
da Educação (SED), Secretaria de Estado da Saúde (SES), Ministério Público de
Santa Catarina (MPSC), Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC), União Nacional
dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e Defesa Civil de Santa Catarina.

As demais exigências e medidas sanitárias de segurança para evitar o


contágio pela Covid-19, como o uso de álcool gel nas escolas, serão mantidas,
enquanto a necessidade de garantir ventilação cruzada nos ambientes escolares
será reforçada. A vacinação para profissionais da educação também segue sendo
obrigatória, e a impossibilidade de se submeter à vacinação deve ser comprovada
por laudo médico. A exceção são as gestantes, que podem continuar trabalhando de
forma remota.
24

[DIMENSÃO ADMINISTRATIVA

4.9 Aspectos gerais da organização escolar: Horário de funcionamento

Período matutino
Turno Início Término Recreio
Matutino 07h30 min 11h30 min Séries finais: 09h45min ~ 10h00min.
Ensino médio 09h45min ~ 10h00min.
Séries iniciais: 10h00min ~ 10h15min
Vespertino 13h 15 min 17h15 min Séries iniciais: 15h05min ~ 15h25min
Séries finais (até 8.º anos): 15h30min ~ 15h45min
9.º anos e ensino médio: 15h30min ~ 15h45min
Noturno 18h30min 22h00 min 19h50min ~ 20h00min

4.10 Formação acadêmica e profissional do corpo docente e diretivo

No setor diretivo e administrativo são 11, sendo todos efetivos na escola


Dotti. O quadro de professores varia de 65 a 75. Nesse universo, 36 são efetivos na
Escola Dotti e mais 03 efetivos de outras escolas que completam a carga horária.
Outros professores são Admitidos em Caráter Temporário (ACT) que se dividem em
professor da disciplina e 2º professores da Educação Especial.

4.11 Condições de trabalho

Os professores têm o direito de serem tratados com respeito por todos os


segmentos da escola criando ambiente harmonioso e sereno para o bom
desenvolvimento dos processos tanto educativos quanto pedagógicos. Os
professores que desejarem participar de um curso terão seus direitos assegurados
mediante a aprovação da direção e da CRE (Coordenadoria Regional de educação).
Quanto ao trabalho docente, cada professor pode imprimir provas sem limite
de cotas e contar ainda com cotas mensais para enriquecer suas aulas. Pode
também utilizar sua hora atividade de forma livre para seu aprimoramento
profissional.
Os materiais do dia a dia como pincel para quadro branco, giz e apagador são
fornecidos pela escola.
Aos aniversariantes do mês são homenageados com uma singela lembrança
e cartão de felicitações.

4.12 Forma de atendimento aos alunos


4.12.1 A matrícula

A matrícula do aluno se dá mediante a apresentação de seguintes


documentos à secretaria da escola:
25

a) Certidão de nascimento/casamento, carteira de identidade e CPF do (a)


aluno (a);
b) Carteira de identidade e CPF dos pais ou dos responsáveis;
c) Carteira de identidade de estrangeiro ou protocolo de registro no
Departamento da Polícia Federal;
d) Histórico escolar, exceto para o 1º ano do Ensino Fundamental;
e) Atestado de frequência, exceto para o 1º ano do Ensino Fundamental;
f) Certificado de conclusão de curso (quando for o caso);
g) Atestado de vacina ou declaração dos pais e/ou responsáveis do(a)
aluno(a), em dia com as vacinas, para todos os níveis de escolaridade (Portaria
Ministerial nº 597/2004, art. 5º, § 2º)
h) Comprovante de residência.

4.12.2 O acesso e a permanência do aluno na escola

O acesso e a permanência do aluno na escola, observado o princípio da


educação escolar gratuita, não podem estar condicionados à falta de material, de
uniforme escolar ou à contribuição financeira. Portanto, não poderão constituir
impedimento para que o aluno participe das atividades escolares (Lei Complementar
nº 170/1988, art. 5º, III e art. 81)
Havendo vaga na série/ano solicitada, a direção da Escola não poderá
recusar a matrícula, em qualquer circunstância.

Obs.: aluno (a) é considerado (a) apto (a) à matrícula na série/ano mediante a
apresentação do atestado de frequência ou histórico escolar.

4.12.3 Os documentos

Os documentos, tanto dos alunos quanto dos professores, são guardados em


pasta individual pela secretária e estará à disposição dos que necessitam deles. As
questões pedagógicas e justificativas de faltas são tratadas preferencialmente pela
coordenação pedagógica, porém podem ser tratadas junto à direção.

4.12.4 Alunos portadores de necessidades especiais

Os alunos portadores de necessidades especiais com laudo médico e


autorizados pela Fundação Catarinense de Educação Especial serão atendidos por
segundo professor de acordo com o Art. 1º do Projeto de Lei PL./0207.3/2013
conhecido como Lei Estadual do Segundo Professor.
26

As escolas públicas da rede estadual de ensino do Estado de Santa


Catarina ficam obrigadas a manter a presença do segundo professor
nas salas de aula que tiverem alunos com diagnóstico de: I-
deficiência múltipla associada à deficiência mental; II- deficiência
mental que apresente dependência em atividades de vida prática; III-
deficiência associada a transtorno psiquiátrico; IV- sérios
comprometimentos motores e dependência de vida prática; V-
transtorno invasivo do desenvolvimento com sintomatologia
exacerbada; VI- transtorno de déficit de atenção com
hiperatividade/impulsividade com sintomatologia exacerbada; VII-
deficiência visual; VIII- deficiência auditiva e X- deficiência motora.

Além desse PL./0207.3/2013, a Escola segue orientação da RESOLUÇÃO


CEE/SC Nº 100, de 13 de dezembro de 2016 que estabelece normas para a
Educação Especial no Sistema Estadual de Educação de Santa Catarina.

4.12.5 Professores da Educação Especial

Segundo Professor de Turma: Caracteriza-se pela atuação de um professor


para atender a turma como um todo, sem distinção, para melhor desenvolvimento da
prática pedagógica, ou seja, o professor não é somente do aluno com deficiência,
mas sim de toda a turma. Nas séries iniciais do ensino fundamental, tem como
função correger a classe com o professor titular, contribuindo com a proposição de
procedimentos diferenciados para qualificar a prática pedagógica. Nas séries finais
do ensino fundamental, e no ensino médio, terá como função apoiar, em função de
seu conhecimento específico e fazer as adaptações do conteúdo proposto pelo
professor regente.
Segundo Professor Bilíngue: Tem como objetivo atender a demanda da
escola e deverá mediar por meio da Língua Brasileira de Sinais/Libras o processo de
elaboração de conceitos científicos que compõem os conteúdos curriculares das
diversas disciplinas. Este professor tem papel fundamental nas séries finais do
ensino fundamental e ensino médio, pois o mesmo mediará para que o aluno se
aproprie do Português como segunda Língua. Para atuar na educação indígena
deve, ainda, ter fluência na língua de sua etnia.
Professor Bilíngue: deverá ser ouvinte ou surdo regente de turmas bilíngues
LIBRAS/ Português responsável pelo processo ensino aprendizagem dos educandos
matriculados nas séries iniciais do ensino fundamental e da educação de jovens e
adultos, preferencialmente com formação de nível superior na área da educação,
fluência comprovada através de exame de proficiência em ambas as línguas. Este
professor tem papel fundamental nas séries iniciais do ensino fundamental, pois vai
fazer com que o aluno se aproprie do Português como segunda Língua. Para atuar
na educação indígena deve, ainda, ter fluência na língua de sua etnia.
27

Professor Intérprete da LIBRAS: é um Professor ouvinte, com fluência em


LIBRAS comprovada por meio de exame de proficiência, com formação em tradução
e interpretação, LIBRAS/PORTUGUÊS/LIBRAS, sendo este responsável pela
interpretação de todas as atividades didáticas, pedagógicas e culturais, desenvolvida
na escola, de forma fiel, sem alterar as informações. Responsável também, por
reformular textos de uma dada língua com os meios de outra, através de um
processo interpretativo e comunicativo que se desenvolve em um contexto
educacional com a finalidade de tornar possível o processo de ensino aprendizagem
do surdo. Atua nas turmas mistas (com alunos surdos e alunos ouvintes) das séries
finais do ensino fundamental e ensino médio, bem como nas modalidades da EJA,
educação profissional e educação indígena. Observação: Este profissional não deve
substituir o professor regente.
Instrutor das LIBRAS: é um Professor ouvinte ou surdo, com fluência em
LIBRAS, comprovada por meio de exame de proficiência, preferencialmente com
formação de nível superior na área da Letras/Libras ou Letras/Língua Portuguesa e
que atua com o ensino da LIBRAS tem como função possibilitar à comunidade
escolar a aquisição e a aprendizagem da LIBRAS, para que todos possam se
comunicar com o aluno surdo. Este profissional deve atuar como professor do
SAEDE/AEE/MISTO, bem como capacitar a comunidade escolar e familiar para que
todos possam se comunicar com o aluno usuário da LIBRAS. Observação: Este
profissional não deve substituir o professor regente.
Os professores da Educação Especial não devem assumir integralmente o(s)
aluno(s) da educação especial, sendo a escola responsável por todos, nos
diferentes contextos educacionais: recreio dirigido/monitorado, alimentação, uso do
banheiro, segurança, etc.
Nesse sentido, estes professores, após sua contratação, receberão da
direção/coordenação pedagógica, em até 5 (cinco) dias úteis, o laudo diagnóstico e
o plano de ensino de cada disciplina de todas as áreas de conhecimento com as
atividades a serem desenvolvidas durante o referido ano letivo.

4.12.6 Atribuição da média trimestral e processo de adaptação de ensino


aprendizagem aos alunos portadores de necessidades especiais

A atribuição da média trimestral é da competência do professor titular da


disciplina juntamente com o segundo professor e a avaliação das atividades
escolares serão diferenciadas de acordo com o nível de necessidades especiais o
que é assegurada pela lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com deficiência (LBI –
Lei 13146/15). Essas dificuldades deverão ser informadas para o(a) professor(a)
titular da disciplina pela direção/coordenação pedagógica, durante o primeiro
28

trimestre ou até em um mês quando na transferência do aluno de outra escola, com


a apresentação do parecer pedagógico do aluno elaborado pelo segundo professor
contendo as dificuldades, as possibilidades e adaptações para com o mesmo.
Realizar adaptações curriculares relacionadas aos objetivos de
aprendizagem, adaptação de conteúdos e metodologias, adaptação
de materiais e adaptações do espaço físico e organização do tempo
para a avaliação, aos estudantes com deficiência, Transtorno do
Espectro autista/TEA, Transtorno do Déficit de Atenção e
Hiperatividade/TDAH e Altas Habilidades/Superdotação, que atendam
às características individuais, valorizando e atentando para as
potencialidades do estudante, quando se fizer necessário (Ofício
Circular nº 81/15 de março de 2017- SED- SCp. 5)

4.13 Atendimento educacional especializado

Atendimento Educacional Especializado compõem o Programa Pedagógico


da Política de Educação Especial do Estado de Santa Catarina, assim como os
demais cargos de Segundo Professor de Turma, Segundo Professor Bilíngue,
Professor Bilíngue, Professor Intérprete de Libras e Instrutor de Libras.
O Programa Pedagógico integra a Política de Educação Especial do Estado
de Santa Catarina, que foi elaborada pela Secretaria de Estado da Educação em
parceria com a Fundação Catarinense de Educação Especial, e referendada pela
Resolução/CCE nº 112/2006. Em âmbito nacional o Atendimento Educacional
Especializado é regulamentado pelo Decreto nº 6.571, de 18 de setembro de 2008.
O atendimento educacional especializado - AEE tem como função identificar,
elaborar e organizar recursos pedagógicos e de acessibilidade que eliminem as
barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades
específicas. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a formação dos
alunos com vistas à autonomia e independência na escola e fora dela.
O AEE é realizado, prioritariamente, na Sala de Recursos Multifuncionais da
própria escola. Os alunos autorizados a frequentar o AEE devem estar matriculados
no ensino regular e o atendimento será sempre no contraturno das aulas. Vale
ressaltar que o processo de integração desse aluno é avaliado e autorizado pela
Secretaria Estadual de Educação em Parceria com a Fundação Catarinense de
Educação Especial.
Considera-se público-alvo do AEE:
a) Alunos com deficiência: aqueles que têm impedimentos de longo prazo de
natureza física, intelectual, mental ou sensorial, os quais, em interação com diversas
barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em
igualdade de condições com as demais pessoas.
29

b) Alunos com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam


um quadro de alterações no desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento
nas relações sociais, na comunicação ou estereotipias motoras. Incluem-se nessa
definição alunos com autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett,
transtorno desintegrativo da infância (psicoses) e transtornos invasivos sem outra
especificação.
c) Alunos com altas habilidades/superdotação: aqueles que apresentam um
potencial elevado e grande envolvimento com as áreas do conhecimento humano,
isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotora, artes e
criatividade.

4.14 Conselho de Classe

A Resolução nº 183 aprovada em 19 de novembro de 2013, do Conselho


Estadual de Educação/SC, estabelece diretrizes operacionais para a avaliação do
processo ensino-aprendizagem e o Conselho de Classe, e determina nos seus
artigos 16, 17, 19 e 20:
Art. 16 - O Conselho de Classe é instância deliberativa integrante da
estrutura dos estabelecimentos de ensino e tem sob sua
responsabilidade:
I - A avaliação do processo ensino-aprendizagem desenvolvido pelo
estabelecimento de ensino e a proposição de ações para a sua
melhoria;
II - A avaliação da prática docente, no que se refere à metodologia,
aos conteúdos programáticos e à totalidade das atividades
pedagógicas realizadas;
III - A avaliação dos envolvidos no trabalho educativo e a proposição
de ações para a superação das dificuldades;
IV - A definição de critérios para a avaliação e sua revisão, quando
necessária;
V - Apreciar, em caráter deliberativo, os resultados das avaliações
dos alunos apresentados individualmente pelos professores;
VI - Decidir pela promoção ou retenção dos alunos.
Art. 17 - O Conselho de Classe será composto:
I - Pelos professores da turma;
II - Pela direção do estabelecimento de ensino ou seu representante;
III - Pela equipe pedagógica;
IV - Por alunos;
V - Por pais ou responsáveis, quando for o caso.
Parágrafo único. O funcionamento e a composição da representação
prevista nos incisos IV e V do Conselho de Classe será previsto no
Projeto Político Pedagógico.
Art. 19 - O Conselho de Classe poderá reunir-se extraordinariamente,
convocado pela direção do estabelecimento de ensino, por 1/3 (um
terço) dos professores ou dos pais, quando for o caso, ou dos alunos
da turma.
Art. 20 - Das reuniões do Conselho de Classe deverá ser lavrada ata,
em livro próprio, com assinatura de todos os presentes.
30

O Conselho de Classe na EEB. Dom Orlando Dotti será formado por


professores (presença obrigatória de 50 % mais 1); direção e equipe pedagógica
(presença obrigatória); alunos (todos para responder pré conselho e, apresentação
do resultado); e pais (presença facultativa). O conselho de classe será desenvolvido
em 4 (quatro) momentos diferenciados: a) pré-conselho online (Google Drive)
destinado a todos os alunos das turmas com autoavaliação e avaliação da turma
com o prazo para responder em até 7 (sete) dias; b) apresentação do resultado do
pré-conselho; c) diagnóstico do desempenho das competências e habilidades pela
equipe dos profissionais da educação; c) plantão pedagógico para repasse do
diagnóstico aos pais/responsáveis por todos os profissionais da educação.

Obs.: Autoavaliação dos alunos será aplicada até 15 (quinze) dias antes do término
do 1º semestre que será preenchida manualmente.

4.15 Proposta de Avaliação Institucional

Avaliação institucional é feita com a participação dos alunos, professores e


administrativo. A avaliação é feita em 4 (quatro) dimensões: infraestrutura, clima
organizacional, políticas pedagógicas e políticas de gestão e seu resultado será
divulgado na página do site da SED-SC.
<(https://app.powerbi.com/view?r=eyJrIjoiZWRhNmJhMTktMjUzMC00OGEzL
WE5OWItMWU1Y%20WQ1NWVjZGZmIiwidCI6ImExN2QwM2ZjLTRiYWMtNGI2OC
1iZDY4LWUzOTYzYTJlYzRlNiJ9)> no segundo semestre de cada ano letivo.

4.16 Conselho Deliberativo

O Conselho Deliberativo Escolar tem a finalidade de assegurar a participação


de todos os segmentos da comunidade escolar na gestão democrática, com funções
de caráter consultivo, normativo, deliberativo e avaliativo e visa promover o
fortalecimento da autonomia pedagógica, administrativa e financeira. O mandato tem
duração de 2 (dois) anos e a eleição é realizada em março nos anos ímpares. O
Conselho Deliberativo da Escola Dotti será formado por 16 (dezesseis) titulares e
mais diretor geral como membro nato totalizando 17 (dezessete) membros titulares
além de, pelo menos, 3 (três) suplentes em cada segmento:
a) estudantes,
b) pais/responsáveis legais por estudantes e,
c) servidores.
Suas funções estão no regimento interno do Conselho Deliberativo Escolar
que foi atualizado em agosto de 2019.
31

4.17 Associação de Pais e Professores - APP


É uma entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, regida pelo
Código Civil. Como uma instituição de direito privado, a Associação possui
autonomia para exercer direitos e contrair obrigações com seus recursos, sejam eles
provenientes, dentre outros, de doações/contribuições de pessoas físicas, de
entidades públicas ou privadas ou de subvenções de órgãos governamentais. O
Decreto 31.113 de dezembro de 1986 e a Constituição Federal do Brasil de 1988
amparam a condição de elaboração dos estatutos da Associação a partir da
realidade da escola. O estatuto da APP da Escola Dotti foi atualizado em 2017.
Nesse contexto, esse estatuto pode ser alterado sempre que for necessário, no
sentido de construir a autonomia da APP e da Unidade Escolar sempre com
deliberação em Assembleia Geral Extraordinária, especialmente convocada para a
aprovação das alterações do Estatuto.
Considerando que a APP não se limita apenas à diretoria, mas a todos os
associados, e é no exercício da Gestão Democrática que se criam canais para ir
além da simples representatividade.

4.18 Grêmio Estudantil

Após a aglutinação das duas escolas (Escola Básica Salgado Filho e Colégio
Estadual Dom Orlando Dotti), o Grêmio estudantil só foi reativado pelo, então
Professor de Sociologia e Filosofia, César Augusto dos Santos em 2012. O
professor César Augusto atuou como coordenador por 4 anos promovendo suas
atividades fundamentadas na LEI Nº 7.398, de 4 de novembro de 1985 até então
sem o nome específico para o Grêmio Estudantil. O nome “Grêmio Estudantil
Professora Michiko Okuyama” foi eleito em maio de 2014 entre as sugestões de
nomes apresentados pelos alunos da escola. Participaram nessa eleição direta os
alunos do Ensino Fundamental e os do Ensino Médio. A função e atuação bem
como organização do Grêmio estão registrados no Estatuto que foi elaborado pelo
Grêmio Estudantil e aprovado em 2017 na Assembleia Geral dos Estudantes da
Escola Dotti. Os membros do Grêmio Estudantil são eleitos bienalmente no mês de
junho e sempre nos anos pares. O(A) coordenadora do Grêmio Estudantil deve ser
professor(a) efetivo(a) 40h na Escola Dotti. As normas estão no estatuto dando
ênfase às funções sociais que são: a) cooperar no bom andamento da escola
apontando soluções e melhorias; b) desenvolver liderança na sociedade; c) aprender
o significado de ser protagonista de mudanças na sociedade; e) trabalhar em prol da
felicidade e bem estar de todos sem esperar vantagens pessoais, nem recompensas
financeiras.
32

5 DIMENSÃO FINANCEIRA

Para atender mais de 1500 alunos a Escola recebe anualmente do Governo


Federal, R$ 20,00 por aluno e R$ 80,00 por aluno portador de necessidades
especiais. O valor total da verba federal denominado PDDE chega a R$ 31.900,00
(sendo R$ 6.380,00 para o capital e R$ 25.520,00 para custeio). Já a verba estadual
do CPESC é de 22.500,00 para custeio e R$ 12.500,00 para a mão de obra. Os
valores das verbas federal e estadual somam R$ 66.900,00, mas não é suficiente
para manter o bom funcionamento pedagógico, pois fora as verbas o gasto médio
mensal a R$ 2.500,00. As promoções junto à APP e contribuições espontâneas
ajudam no orçamento, porém sem saldo positivo para casos emergenciais.
33

6 DIMENSÃO FÍSICA

A reconstrução da EEB Dom Orlando Dotti teve seu início em 2010. Em 2011,
já com problemas visíveis, foi apresentado um documento à Secretaria de
Desenvolvimento Regional de Caçador o que resultou em PARECER nº:
MPTC/4533/2011 e PROCESSO nº: RLA-10/00642213.
O valor total investido, de acordo com as informações da SDR de Caçador, foi
mais de R$ 6.000.000,00.
O tamanho da sala é de 64 m2 podendo comportar, de acordo com o Parecer
Técnico nº 27/2013/CIP/Gam, oficializado pelo Ministério Público de Santa Catarina
até 39 alunos, porém a perícia do Corpo de Bombeiros limitou, por segurança, até
35 alunos por sala.
O prédio de três pisos é composto de: a) térreo: secretaria conjugada à sala
de direção; sala de multimídia; sala de professores, sala de AEE; 3 salas de aula; 1
depósito; 1 cozinha; 1 refeitório; 1 banheiro masculino, 1 banheiro feminino e 1
banheiro de acessibilidade; 1 biblioteca; 2 bebedouros; 1 refeitório; b)1º andar: 11
salas de aulas; 1 sala de coordenação pedagógica ensino fundamental; 1 banheiro
masculino, 1 banheiro feminino e 1 banheiro de acessibilidade; 1 bebedouro; c) 2º
andar: 10 salas de aula; 1 banheiro feminino, 1 banheiro masculino e 1 banheiro de
acessibilidade; 1 laboratório de informática; 1 sala de coordenação pedagógica do
ensino médio e 1 bebedouro. O prédio possui andares e rampas para acessibilidade,
mas sem elevador.
Outro ambiente próximo ao ginásio esportivo está o auditório com capacidade
para 150 pessoas. Os três ambientes (prédio, ginásio e auditório) são construções
independentes e entre eles há pátios com corrimãos para acessibilidade que foram
instalados em janeiro de 2017. Além da entrada principal (fachada da escola), tem
outra entrada lateral para acessibilidade.
A biblioteca atende os alunos e professores nos dois períodos (matutino e
vespertino) e, à noite, quando solicitado. Em 60 % do espaço escolar e nas ruas
laterais, em 2016, foram instalados sensores e câmeras da empresa particular de
monitoramento que são mantidos pela APP.
34

7 METAS, AÇÕES E RESPONSÁVEIS

7.1 Dimensão Administrativa


a) Meta: Atingir, de 85 a 95 %, o nível de satisfação dos pais, professores e alunos no
atendimento da secretaria e no apoio às atividades pedagógicas.
Ação: Realizar reunião mensal da equipe administrativa para avaliação da qualidade de
atendimento.
Objetivo específico: Criar laços de confiança entre todos os segmentos da escola.

b) Meta: Garantir, no mínimo, 51 % dos professores e funcionários em eventos/encontros


da escola.
Ação: Expor, de maneira permanente, calendário escolar, na 1ª semana do referido semestre.
Objetivo específico: Acolher, todos, sem distinção, incentivando a participação em eventos
para formar Família Dotti

c) Meta: Atingir 100 % de devolução do repasse do diagnóstico (ata individual) aos alunos
em até 15 dias após a realização do conselho de classe semestral
Ação: Designar pessoas responsáveis
Objetivo específico: Informar sobre a situação do aluno.

d) Meta: Manter a porcentagem de 80 a 90 % de participação dos pais dos alunos dos


Anos Iniciais nas reuniões de entrega de boletins e conselho de classe
Ação: Designar professores e utilizar agenda escolar e bilhetes para comunicar a data e o
horário com até 3 dias de antecedência.
Objetivo específico: Cumprir o Art. 2 da Lei de Diretrizes e Bases – Lei 9394/96

e) Meta: Aumentar a porcentagem de participação dos pais dos alunos dos Anos Finais
para 40 a 50 % nas reuniões de entrega de boletins e Conselho de Classe participativo.
Ação: Designar professores e utilizar agenda escolar e bilhetes para comunicar a data e o
horário com até 3 dias de antecedência.
Objetivo específico: Cumprir o Art. 2 da Lei de Diretrizes e Bases – Lei 9394/96.

f) Meta: Aumentar a porcentagem de participação dos pais dos alunos do Ensino Médio
para 30 a 40 % nas reuniões de entrega de boletins e/ou Conselho de Classe participativo.
Ação: Designar professores e Grêmio Estudantil para comunicar a data e o horário com a
opção de utilizar a agenda escolar com até 7 dias de antecedência.
Objetivo específico: Cumprir o Art. 2 da Lei de Diretrizes e Bases – Lei 9394/96

g) Meta: Garantir, pelo menos, 50 % de participação de cada segmento (pais, professores


e alunos) na avaliação institucional.
Ação: Incentivar a participação dos pais, professores e alunos através da explicação de como
funciona O PROGRAMA PALMA DA MÃO da SED, e também no questionário elaborado no
formato google drive pela direção/coordenação.
Objetivo específico: Avaliar a eficiência da gestão escolar

h) Meta: Manter, para, no mínimo 40 integrantes na composição da Fanfarra do Dotti.


Ação: Convidar novos integrantes.
Objetivo específico: Manter a tradição da Fanfarra do Dotti.

i) Meta: Validar 100 % de adesão ao uso de uniforme para períodos matutino e


vespertino
35

Ação: Aprovar na Assembleia Geral em fevereiro de cada novo ano, o uso de uniforme.
Objetivo específico: Aumentar o nível de segurança impedindo a entrada de pessoas
estranhas ao ambiente escolar.

j) Meta: Zerar a ocorrência de bullying e consumo de produtos ilícitos na escola.


Ação: Incentivar a denúncia anônima.
Objetivo específico: Prevenir ações de combate a drogas e bullying.

k) Meta: Zerar a ocorrência de brigas nas dependências da escola


Ação: Incentivar à cultura da paz e do diálogo com palestras e atividades extraclasses.
Objetivo específico: Prevenir ações de combate à violência para criar ambiente de
convivência harmoniosa e segura

l) Meta: Diminuir, até 5 %, o número de alunos com chegadas tardias para a 1ª e 4ª aula.
Ação: Fiscalizar e registrar as chegadas atrasadas
Objetivo específico: Criar ambiente de compromisso com o funcionamento legal e eficácia da
Escola.

m) Meta: Garantir reuniões sistematizadas mensalmente com 90% dos membros da


equipe administrativa
Ação: Elaborar calendário trimestral de reuniões.
Objetivo específico: Criar momentos para reflexão.

n) Meta: Garantir reuniões sistematizadas semanalmente com 100 % dos membros da


direção.
Ação: Elaborar calendário semestral de reuniões.
Objetivo específico: Criar momento de reflexão.

o) Meta: Manter o Grêmio Estudantil, com, no mínimo, 8 membros.


Ação: Eleger um coordenador entre professores efetivos.
Objetivo específico: Proporcionar aprendizagem de protagonismo e de gestão democrática

p) Meta: Divulgar 100 % dos eventos culturais e sociais da escola com o uso de redes
sociais
Ação: Designar um responsável.
Objetivo específico: Divulgar eventos culturais e sociais para maior número de família.

q) Meta) Manter o site oficial da Escola Dotti (www.eebdomorlandodotti.com.br) com


100% de publicação de prestação de contas e plano unificado de ensino por disciplina e
série/ano.
Ação: Contratar um profissional e designar um responsável na escola para atualizar
informações.
Objetivo específico: Executar a gestão de transparência

Início: 07/01/2019 Fim: 22/12/2023


Público alvo: Comunidade Escolar
Recursos: Recursos humanos e materiais de expediente
Responsáveis pela ação: Equipe administrativa
36

7.2 Dimensão Financeira


a) Meta: Utilizar 100 % do Programa Dinheiro Direto para Escola (PDDE).
Ação: Identificar setores deficitários e materiais em falta em reuniões com Conselhos
Escolares: Conselho Deliberativo, APP e Grêmio Estudantil.
Objetivo específico: Aplicar precisamente, com a aprovação do Conselho Deliberativo, os
recursos para facilitar o trabalho docente e atividades pedagógicas.

b) Meta: Utilizar 100 % do cartão CPESC.


Ação: Identificar setores deficitários e materiais em falta em reuniões com Conselhos
Escolares: Conselho Deliberativo, APP e Grêmio Estudantil.
Objetivo específico: Aplicar precisamente, com a aprovação do Conselho Deliberativo, os
recursos para facilitar o trabalho docente e atividades pedagógicas.

c) Meta: Utilizar 90 a 95 % do dinheiro arrecadado pela APP deixando reserva para


emergências.
Ação: Definir o uso de dinheiro em reuniões com membros da APP.
Objetivo específico: Aplicar precisamente os recursos para criar condições favoráveis ao
desenvolvimento de atividades pedagógicas.

d) Meta: Arrecadar, no mínimo, R$ 5000,00, em cada semestre com a realização de


eventos e/ou ação entre amigos.
Ação: Formar comissão com a APP e Grêmio Estudantil.
Objetivo específico: Possibilitar a aquisição de materiais complementares para o bom
desenvolvimento de atividades pedagógicas.

e) Meta: Arrecadar com contribuição espontânea, no mínimo, R$ 500,00 em cada


semestre.
Ação: Consultar e aprovar a contribuição espontânea na Assembleia de Pais e Professores
no mês de fevereiro.
Objetivo específico: Possibilitar a aquisição de materiais destinados às atividades
pedagógicas e projetos

Início: 07/01/2019 Fim: 22/12/2023


Público alvo: Comunidade Escolar
Recursos: Verba federal, Verba estadual, Verba cartão e Verba da APP.
Responsáveis pela ação: Direção, Conselho Deliberativo, APP e Grêmio Estudantil.

7.3 Dimensão Física


a) Meta: Otimizar 100 % das 24 salas da Escola.
Ação: Avaliar a estrutura funcional das salas junto à comunidade escolar.
Objetivo específico: Propiciar ambiente favorável ao estudo.

b) Meta: Ampliar até 12 metros quadrados o espaço da secretaria.


Ação: Contratar mão de obra terceirizada com a aprovação do APP.
Objetivo específico: Criar um espaço específico para arquivo passivo.

c) Meta: Manter 60 % das dependências da escola com o sistema de monitoramento


associado a câmeras e sensores de segurança.
Ação: Contar com a APP, para continuar com o pagamento do monitoramento particular
37

Objetivo específico: Evitar o roubo, vandalismo e aumentar a segurança dentro e ao redor


da escola.

d) Meta: Transformar, pelo menos, 80 % das paredes (do refeitório e dos pátios) em
“quadros de arte” mantendo corrimãos de acessibilidade em bom estado
Ação: Elaborar projetos de “Pintura nas Paredes” com professores e Grêmio Estudantil e
avaliar o estado da estrutura dos corrimãos.
Objetivo específico: Criar ambiente harmonioso e de acessibilidade que evidencie a função
social da escola

Início: 07/01/2019 Fim: 22/12/2023


Público alvo: Comunidade Escolar
Recursos: Verba federal, Verba estadual, Verba da APP e a do Grêmio Estudantil
Responsáveis pela ação: Direção, Conselho Deliberativo, APP e Grêmio Estudantil.

7.4 Dimensão Pedagógica


a) Meta: Elaborar plano único de ensino por disciplina com 100 % dos professores do
Ensino Fundamental II e Ensino Médio no início do ano letivo.
Ação: Oportunizar estudo coletivo durante a primeira semana do curso de formação continuada
Objetivo específico: Possibilitar um planejamento para atender as exigências da BNCC e
PCSC

b) Meta: Elaborar plano único de ensino por série/ano com 100 % dos professores do
Ensino Fundamental I no início do ano letivo.
Ação: Oportunizar estudo coletivo durante a primeira semana do curso de formação continuada
Objetivo específico: Possibilitar um planejamento para atender as exigências da BNCC e
PCSC

c) Meta: Receber plano de ensino, em até 25 dias úteis após o início do ano letivo, de
100 % dos professores.
Ação: Divulgar o prazo de entrega na primeira semana pedagógica (fevereiro), e auxiliar na
elaboração do mesmo.
Objetivo específico: Conhecer a linha filosófica/pedagógica dos professores.

d) Meta: Elaborar modelo único de relatório mensal e semestral com 100 % dos professores
da Educação Especial.
Ação: Realizar periodicamente o encontro dos segundos professores de acordo com as
necessidades observadas/apontadas
Objetivo específico: Auxiliar e orientar na elaboração do relatório que atenda as exigências da
BNCC e PCSC.

e) Meta: Aumentar IDEB para entre 7,3 e 7,5 nos Anos Iniciais e entre 5,3 a 5,5 nos Anos
Finais do Ensino Fundamental
Ação: Acompanhar o desenvolvimento das aulas e orientar em comparação ao plano de
ensino.
Objetivo específico: Conhecer a prática pedagógica e educativa dos professores.

f) Meta: Aumentar a participação dos alunos do Ensino Médio no ENEM para entre 60 e
75 %.
Ação: Formar comissão de simulado “Caminho do ENEM” aos alunos do Ensino Médio e
aplica-lo no segundo trimestre.
Objetivo específico: Preparar os alunos para ENEM e conhecer o nível de aprendizagem de
38

alunos do Ensino Médio.

g) Meta: Continuar o estudo da Base Nacional Comum curricular (BNCC), Proposta


Curricular de Santa Catarina (PCSC) e Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental do Território Catarinense com 100 % dos professores da Escola nos cursos de
formação continuada.
Ação: Incentivar o estudo contínuo da Base Nacional Comum curricular (BNCC), Proposta
Curricular de Santa Catarina (PCSC) e Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino
Fundamental do Território Catarinense.
Objetivo específico: Ajustar os métodos e processos de ensino aprendizagem à Base
Nacional Comum curricular (BNCC), Proposta Curricular de Santa Catarina (PCSC) e
Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense tendo
compreensão da Educação Integral e percurso formativo.

h) Meta: Manter 15% do número total de professores como participantes nas comissões
de eventos e projetos.
Ação: Incentivar a participação dos professores na formação de comissões.
Objetivo específico: Viabilizar maior envolvimento dos professores em cada atividade
extracurricular.

i) Meta: Manter, no mínimo, 10 pessoas, entre professores, pais e alunos, envolvidos


como membros oficiais do NEA e NEPRE.
Ação: Incentivar a participação dos professores, coordenadores, alunos e/ou pais através da
divulgação e explicação de funcionamento desses núcleos..
Objetivo específico: Viabilizar maior envolvimento dos alunos e/ou pais.

j) Meta: Utilizar, pelo menos, 2 instrumentos de comunicação on-line no aviso das


atividades entre professores e Escola.
Ação: Designar 3 pessoas responsáveis para comunicação pedagógica.
Objetivo específico: Melhorar a qualidade de comunicação.
k) Meta: Criar o clube da matemática com 20 a 30 alunos em cada segmento: Anos
Finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Ação: Reunir os professores de matemática para definição da periodicidade e funcionamento
do clube.
Objetivo específico: Oportunizar mais um momento de aprendizagem diferenciada.

l) Meta: Criar Coral Infanto Juvenil com, no mínimo, 20 integrantes.


Ação: Reunir com coordenadores e professores para estudo definição da periodicidade e
funcionamento do coral.
Objetivo específico: Estimular gosto pela música e valorizar habilidades vocais

m) Meta: Promover encontros semestrais de professores por área de conhecimentos com


80 % dos professores.
Ação: Elaborar calendário de encontros.
Objetivo específico: Possibilitar a troca de experiências e compartilhamento de ideias.

n) Meta: Incentivar anualmente a participação de, pelo menos, 3 professores como


autores/orientadores de projetos em concursos/ olimpíadas municipais, estaduais e nacionais.
Ação: Divulgar os eventos e oferecer condições para sua execução.
Objetivo específico: Oportunizar momentos de novas aprendizagens tanto para professores
quanto para alunos.

o) Meta: Manter o site oficial da Escola Dotti (www.eebdomorlandodotti.com.br) com 100


39

% de publicação de prestação de contas e plano unificado de ensino por disciplina/ano.


Ação: Contratar um profissional ou técnico em informática e designar uma pessoa da escola
para atualizar informações.
Objetivo específico: Executar a gestão de transparência.

p) Meta: Atualizar anualmente o Projeto Político Pedagógico com 100 % dos


representantes de segmentos: professores da cada área de conhecimento, professor da
Educação Especial, alunos e pais.
Ação: Formar comissão de atualização do Projeto Político Pedagógico
Objetivo específico: Fortalecer a gestão democrática a partir da análise da realidade escolar.

Início: 07/01/2019 Fim: 22/12/2023


Público alvo: Comunidade Escolar
Recursos: Humanos, materiais de expediente e tecnológica.
Responsáveis pela ação: Todos os segmentos da escola e GERED
40

8 AVALIAÇÃO FINAL E CONSOLIDAÇÃO DO PPP

Avaliação final foi feita através da leitura e análise completa deste documento
por membros do Conselho Deliberativo, APP, dirigente do Grêmio Estudantil,
professores e funcionários da Escola. Sua consolidação foi assegurada pela
aprovação por ser um documento fiel que norteia toda ação política educacional e
pedagógica da E. E. B. Dom Orlando Dotti. E para dar legalidade a esse documento,
assinam:

Irene Maria de Bortolo


Diretora Geral
Membro nato do Conselho Deliberativo

Cassiano Rocha de Lara Picolotto Renato Vogel


Organizador do PPP Assessor de Direção
Assessor de Direção

Silvana Aparecida Gomes Regert Márcio Airton de Souza


Revisora textual e ortográfica Presidente da APP
Professora de Língua Portuguesa

Valmira Moriggi Zuleide Wharta Nora


Presidente do Conselho Deliberativo Comissão de atualização
Segmento: Professores

João Paulo Smykaluk Roberto Gonçalves Lins


Comissão de atualização Comissão de Atualização

Gabriela Castanheira Bruna Witiuk Voleinik


Segmento: Alunos Presidente do Grêmio Estudantil
Conselho Deliberativo
41

9 RECONHECIMENTO POR RUBRICA

A validade desse PPP na íntegra será dada, além das assinaturas na página
anterior, pela rubrica em todas as páginas dos seguintes representantes:

Segmento: Conselhos Escolares - Pais

MARCIO AIRTON DE SOUZA VALMIRA MORIGGI


APP - Presidente CD - Presidente

Segmento: Conselhos Escolares - Professores

ZULEIDE WHARTA NORA ADRIANA APARECIDA DENIZ SANCHES


APP - Secretária CD- Secretária

Segmento: Comissão de atualização

JOÃO PAULO SMYKALUK- Profº ROBERTO MANOEL GONCALVES LINS- Profº

Segmento: Conselho escolar - Grêmio estudantil

BRUNA WITIUK VOLEINIK LUCAS CARLOS DE MARIA DEITOS

Segmento: Conselhos Escolares- Alunos

GABRIELA POOTER CASTANHEIRA- CD ARTUR CANFIL – GRÊMIO ESTUDANTIL


42

REFERÊNCIAS

Base Nacional Comum Curricular – BNCC – Ministério da Educação


http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_sit
e.pdf (novo acesso 03/05/2020)

BRASIL, Ministério da Educação. PDE/SAEB: Plano de Desenvolvimento da


Educação. Brasília: MEC, SEB; INEP, 2008.

Currículo Base da Educação Infantil e do Ensinos Fundamental do Território


Catarinense- CEE. 2019

OFÍCIO CIRCULAR nº 81/15 de março de 2017, Florianópolis, Secretaria do Estado


de Educação.

ORIENTAÇÕES: organização e funcionamento das unidades escolares de


educação básica e profissional da rede pública estadual, para o ano letivo
2014.Florianópolis, Janeiro/2014.

ORIENTAÇÕES: organização e funcionamento das unidades escolares de


educação básica e profissional da rede pública estadual, para o ano letivo
2015/2016. Florianópolis, Janeiro/2015.

LEI de DIRETRIZES e BASES da EDUCAÇÃO NACIONAL (Lei 9394/96), Brasília,


Imprensa Nacional 2006.

LIBÂNEO, José Carlos. Educação Escolar, Políticas, Estruturas e Organização.


2ª ed. São Paulo, 2005.

PORTARIA Nº 183, de 19 de novembro de 2013.

Projeto Político Pedagógico, Escola Estadual Dom Orlando Dotti. Caçador, 2019.

SANTA CATARINA. Governo do Estado. Secretaria de Estado de Educação.


Proposta Curricular de Santa Catarina 2014

SANTA CATARINA. SED, Entidade de Gestão Democrática Escolar: diretrizes4,


Florianópolis, 2002.

SANTA CATARINA. Secretaria de Estado da Educação. Avaliação: As avaliações de


larga escala e suas contribuições ao processo de ensino e aprendizagem.
Florianópolis: SED, 2014

SANTA CATARINA. Conselho Estadual de Educação. Proposição de novos rumos


para a qualidade da educação em Santa Catarina: visão do CEE sobre a
avaliação da OCDE. DIOESC: Florianópolis.

SEMIER, Ricardo. Escola sem sala de aula, Parirus, 3ª edição, Campinas, São
Paulo, 2010
43

ANEXO I – RESULTADO COMPARATIVO DO SAGE

A SAGE-SC possibilita avaliar a atuação da gestão escolar por meio da coleta


de dados sobre as várias dimensões da escola, trazendo subsídios para a gestão e
a comunidade escolar entenderem os “avanços e entraves, para intervir, agir,
problematizar, interferir e redefinir os rumos e caminhos a serem percorridos”.
(Proposta Curricular de SC, 1998, p. 30).
Neste sentido, a Escola Dotti apresentou por dois anos consecutivos uma
melhora gradual da nota obtida no SAGE-SC, onde é possível identificar um
aumento de cerca de 20% com relação à média estadual.

Nota obtida em 2017 Nota obtida em 2018 Nota obtida em 2021


Especificação
(refere-se à gestão 2016) (refere-se à gestão 2017) (refere-se à gestão 2020)

Dotti 242 (nível 6) 252 (nível 6) 241 (nível 6)

Município 203 (nível 5) 218 (nível 5) 214 (nível 5)

Regional 203 (nível 5) 219 (nível 5) 219 (nível 5)

Estado 200 (nível 5) 209 (nível 5) 215 (nível 5)


44

ANEXO II – REGIMENTO INTERNO ESCOLAR

É um conjunto de normas, direitos, deveres e ações que tem base nos valores da
escola: amor, comprometimento, respeito, humildade, ética, estética, disciplina, democracia,
confiança, solidariedade e resiliência para proporcionar um espaço democrático de
socialização de saberes a todos os segmentos da comunidade escolar e assim atender à
exigência da Constituição Federal (em seu Art. 205), Estatuto da Criança e do Adolescente
(em seu Art. 53) e Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promovendo a
CULTURA DA PAZ. Para tanto, a E.E.B. Dom Orlando Dotti estabelece as seguintes normas
para evitar atos de indisciplina, incivilidade e falta de urbanidade.

Normas da Escola

a) Respeitar as pessoas (colegas, professores, funcionários) e cooperar para criação de


um ambiente harmonioso e propício para o estudo. É preciso pensar holisticamente,
colaboração e cortesia para harmonia no ambiente escolar;
b) O aluno deve cumprir os horários rigorosamente tanto o de chegada como o de
saída. Ao primeiro sinal para o início da 1ª e 4ª aula, os alunos deverão dirigir-se
imediatamente para a sala. Há tolerância de 5 (cinco) minutos apenas para a 1ª aula;
excedendo esse tempo e não tendo justificativa, o aluno perderá a 1ª aula aguardando o
início da 2ª aula na biblioteca. A fala “perdi a hora” não justifica o atraso. A partir da 2ª
chegada atrasada na mesma semana e 3 chegadas atrasadas no mesmo mês, o aluno
levará advertência escrita para receber orientações em casa.
c) Uso obrigatório da camiseta do Dotti para todos os alunos do turno matutino e o do
vespertino. O ideal seria o uso do uniforme completo (camiseta, moletom, calça jeans
tradicional/calça preta ou bermuda até o joelho). Não tendo condições, a família deverá
procurar a direção. Não é permitido o uso de roupas extravagantes ou curtas demais em
desacordo com o ambiente escolar, isto é, desfile de modas.
d) Zelar pela limpeza e conservação da escola em todos os ambientes (salas, paredes,
carteiras, corredores, pátio, refeitório, banheiro, cortinas, entre outros). Cuidar da limpeza e
do patrimônio público é questão de educação e sabedoria.
e) O aluno deverá ser assíduo às aulas e participar das atividades desenvolvidas pela
Unidade Escolar.
f) Faltas devido a problemas de saúde ou questões familiares deverão ser
comunicadas à escola em até 48 horas úteis. A comunicação poderá ser feita por telefone,
porém é indispensável a apresentação por escrita para comprovar e justificar a(s) falta(s)
que será anexada à ficha individual do aluno. Faltas excessivas sem justificativas, 5 (cinco)
dias consecutivos ou 7 (sete) dias intercalados no mês, a escola entrará em contato com a
família por telefone ou ligará até para o local de trabalho dos pais/responsáveis. Não tendo
45

sucesso, essas faltas serão comunicadas ao Conselho Tutelar e Aviso Por Infrequência
do Aluno (APOIA on-line).
g) Quanto à(s) prova (a) atrasada(s) ou trabalho(s), a comunicação da falta dos alunos
pela família já caracteriza a solicitação dessas atividades avaliativas, porém no primeiro dia
de retorno à escola, o aluno deverá procurar e apresentar atestado/justificativa por escrito à
DIREÇÃO e ao PROFESSOR. Caso contrário, perderá o direito de fazer essas avaliações.
h) Entradas tardias ou saídas antecipadas só serão permitidas mediante a solicitação
dos pais/responsáveis na agenda ou no caderno e com o consentimento da Direção ou
Coordenação Pedagógica.
i) Durante o período de aula, os alunos deverão permanecer em sala. A ausência do
aluno em sala de aula será considerada gazeta, comunicada à família e será dada a
advertência escrita. O sinal é para o deslocamento somente do professor.
j) Não é permitido aglomeração de alunos na porta da sala.
k) Encapar, zelar e devolver os livros didáticos no final do ano letivo ou quando mudar
de escola. Zelar também pelo bom estado dos livros/revistas da biblioteca e devolvê-los
dentro do prazo estabelecido.
l) Respeitar colegas e professores e cooperar para criação de um ambiente
harmonioso e propício para o estudo.
m) Não utilizar celular e outros aparelhos eletrônicos. A lei estadual 14.363/25/01/2008
proíbe o uso de aparelhos celulares e eletrônicos. Portanto, a escola não se
responsabilizará pela perda/dano dos mesmos.
n) O uso de celular e aparelhos eletrônicos é permitido para fins pedagógicos mediante
a orientação/autorização do professor da disciplina.
o) Manter a cabeça descoberta (sem capuz ou boné).
p) Ao sinal do recreio o aluno deverá descer para a área de convivência. Não poderá
permanecer em sala de aula, nem nos corredores durante esse período.
q) Os alunos poderão permanecer na escola somente no seu horário de aula, exceto
quando for necessário o uso da biblioteca, do laboratório de informática e auditório. Nesses
casos, haverá horário específico, determinado pela bibliotecária, direção ou professor
responsável.
r) Não mexer nas mochilas de outros sem a permissão de mesmos. Cada aluno deverá
cuidar de seus materiais e pertences. A escola não se responsabilizará pela perda ou
“sumiço” de materiais ou pertences.
s) Não compartilhar garrafas de água, nem copos. Cada aluno deverá trazer sua
garrafa de água de casa para evitar transmissão de gripe e outras doenças.
46

t) Não se sentindo bem, o(a) aluno(a) deverá comparecer na secretaria e comunicar à


equipe administrativa para receber devidos cuidados. Dependendo da situação, a equipe
avisará os pais/responsáveis para vir buscá-lo(a).
u) O professor e colegas de sala deverão comunicar imediatamente à equipe
administrativa caso alguém venha se machucar/desmaiar durante a aula. A equipe avisará
os pais/responsáveis e acionará bombeiro.
v) Não é permitido o namoro no ambiente escolar.
w) Trabalhos escolares fora da escola: No ensino fundamental não é solicitado trabalho
em grupo para realizar fora do ambiente escolar. Caso precise, os pais/responsáveis serão
comunicados pelo(a) professor(a) por escrito. No ensino médio poderá ser solicitado com o
intervalo de, no mínimo, uma semana de antecedência.
x) Revisão de nota de provas/trabalhos/boletim: A revisão será atendida mediante a
apresentação da prova/trabalho corrigida(o) num período de até 5 (cinco dias) úteis após a
divulgação da nota ou devolução dessa atividade avaliativa. O aluno deverá primeiramente
conversar com o professor titular da disciplina. Não resolvendo poderá procurar a
coordenação ou direção. Para tanto, os alunos devem guardar todas as atividades
avaliativas.
y) É proibido trazer baralhos (truco, canastra, poker e outros).
z) Todos os alunos devem cumprir com o seu direito à educação e à aprendizagem.

Obs.: No primeiro dia de aula, essas normas são explicadas pelos professores, além de
estar no contrato didático efetuado na ocasião da matrícula. Mesmo assim, o não
cumprimento deste regimento interno escolar (normas) pode decorrer de desobediência
ofensiva ou desconhecimento, provocado pelo caos dos comportamentos ou pela
desorganização das relações. Nesses casos, o aluno indisciplinado não tem o propósito de
ameaçar, desrespeitar ou ofender ninguém.

Indisciplina

A indisciplina representa falta de respeito, de comprometimento e de limites que


comprometem convívio social, o bom andamento das aulas e harmonia do ambiente escolar.
Alguns exemplos de indisciplinas:
a) Atrapalhar o andamento da aula (conversa excessiva, brincadeiras ou não ficar no
lugar).
b) Usar indevidamente o celular durante a aula.
c) Não fazer atividades em sala de aula.
d) Sair frequentemente da sala de aula.
e) Chegar constantemente atrasado para a 1ª aula.
f) Chegar constantemente atrasado para a 4ª aula, após o término do recreio.
g) Namorar no ambiente escolar.
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h) Não fazer tarefas.


i) Esquecer de trazer material escolar (livros, cadernos e outros).
j) Não trazer vestimenta adequada para a aula de Educação Física.
k) Não usar o uniforme da Escola Dotti (resiste a não usar).

Ato infracional

De acordo com o Art. 103 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA): “Conduta


prevista como crime ou contravenção penal praticada por criança ou adolescente”. Assim,
toda infração prevista no Código Penal, na Lei de Contravenção Penal e Leis Penais
esparsas (ex. Lei de tóxico, porte de arma), quando praticada por uma criança (até 12 anos)
ou adolescente (de 13 até 17 anos), corresponde a um ato infracional.
Um ato infracional pode ser de menor potencial ofensivo (perturbar, injuriar,
desrespeitar); ou grave potencial ofensivo (furtar, lesionar, portar arma, entre outros).
Uma ofensa verbal dirigida ao professor pode ser caracterizada como ato de
indisciplina. No entanto, quando a ofensa significa ameaça, injúria ou difamação constitui ato
infracional.
Alguns exemplos de atos infracionais:
a) Desacato aos diretores, aos professores e funcionários; dano intencional ao
patrimônio da escola (artigo nº 163 da Lei 13531 de 07/12/2017).
b) Ameaça oral e escrita, bullying.
c) Lesão corporal, porte e uso de entorpecentes e produtos/objetos ilícitos.
d) Trazer caneta laser ou outros objetos similares.
e) Trazer armas (mesmo sendo brinquedo), material explosivo ou que atente contra a
integridade física, moral ou emocional de quem que seja.
f) Expor colegas, funcionários ou professores da escola a situações vexatórias.
g) Distribuir publicações sem conhecimento e autorização da direção.
h) Retirar ou falsificar documentos escolares ou assinaturas em qualquer documento
escolar.
i) Empregar meios fraudulentos nas atividades avaliativas.
j) Receber pessoas alheias ao funcionamento da escola sem prévia autorização da
direção.
k) Trazer baralho e/ou jogar truco, poker em qualquer espaço da escola.

Casos de violência

Os casos de violência verbal, os alunos envolvidos são chamados/levados pela


direção/coordenação para reflexão e orientação. Sendo violência física, a presença dos
pais/responsáveis é solicitada por telefone pela direção/coordenação. Em concordância ao
ECA, a averiguação dos fatos é feita individualmente (por aluno) na presença de seus
pais/responsáveis com ampla defesa. Depois de feita averiguação de todos os envolvidos,
48

será registrado os depoimentos dos alunos, o dos pais/responsáveis, suas reflexões e as


orientações da escola para a cultura da paz. Uma das orientações da direção será troca de
turma ou de turno. Nos casos graves, além da troca de turmas ou de turno, os
pais/responsáveis são orientados para registrar boletim de ocorrência e/ou policial militar é
chamada pela direção da escola. Esses registros são comunicados à comissão de Núcleo
de Educação e Prevenção- NEPRE da Escola Dotti que registrará no Sistema NEPRE
Online.

Responsáveis pelo registro das ocorrências (fatos)

Os responsáveis pelo registro das ocorrências gerais são direção, coordenações


pedagógicas e coordenadores do NEPRE.
Em sala de aulas, os professores, com a ajuda dos alunos representantes, devem
registrar na ficha individual do aluno quaisquer ocorrências que atrapalhem o bom
andamento das aulas e harmonia do ambiente escolar. Essas fichas compõem o caderno de
classe que registrará também a frequência dos alunos na 1ª e 2ª aula do dia. A cada 5
(cinco) registros, a coordenação fará outro registro na ficha pedagógica/disciplinar do aluno
solicitando, por telefone, o comparecimento da família na escola para esclarecimentos. Esta
solicitação para pais/responsáveis pode ser feita por comunicado com a assinatura da
ciência do referido aluno. Mesmo assim, não tendo retorno, desde que a escola tenha
condições financeiras, pois uma carta registrada custa R$ 7,50, uma carta registrada será
enviada à residência do aluno. Sem ou com a carta registrada, o fato será comunicado ao
Conselho Tutelar. A coordenação do Ensino Fundamental fará os mesmos procedimentos a
cada 8 ocorrências.
Todos da escola sejam diretores, professores, funcionários, alunos ou
pais/responsáveis são responsáveis pelo fortalecimento da escola pública de qualidade.
Portanto, todos devem comunicar quaisquer fatos que caracterizem atos de indisciplina,
incivilidade e falta de urbanidade à coordenação pedagógica ou à direção.

Ações a serem tomadas nos casos de atos de indisciplina

Recebendo comunicado, a coordenação pedagógica ou a direção tomará as


seguintes medidas com o intuito de promover formação integral do aluno indisciplinado ou
infrator prevalecendo sempre o bom senso:
1ª medida: escuta da fala dos envolvidos, conversa com envolvidos para a
averiguação dos fatos relatados e, sendo devidamente comprovada a veracidade dos
mesmos, orientações em forma de reflexão para reforçar seus direitos e deveres (isso inclui
a ser respeitado e respeitar também as normas da escola) e aprender a promover cultura da
paz.
2ª medida: (reincidência envolvendo os mesmos alunos), escuta da fala dos
envolvidos, conversa com envolvidos para a averiguação dos fatos relatados e, sendo
devidamente comprovada a veracidade dos mesmos, orientações em forma de reflexão para
reforçar seus direitos e deveres (isso inclui a ser respeitado e respeitar também as normas
49

da escola), aprender a promover cultura da paz será dada a advertência (notificação escrita)
com solicitação de comparecimento de pais ou responsáveis à escola.
3ª medida: (reincidência envolvendo os mesmos alunos), escuta da fala dos
envolvidos, conversa com envolvidos para a averiguação dos fatos relatados e, sendo
devidamente comprovada a veracidade dos mesmos, será dada a outra advertência
(notificação escrita) com solicitação de comparecimento dos pais/responsáveis e registro no
livro de ata.
4ª medida: (reincidência envolvendo os mesmos alunos), escuta da fala dos
envolvidos, conversa com envolvidos para a averiguação dos fatos relatados e, sendo
devidamente comprovada a veracidade dos mesmos, será dada a outra advertência
(notificação escrita) com solicitação de comparecimento dos pais/responsáveis, registro no
livro de ata e estudo individual dirigido na escola com a ciência dos responsáveis;
5ª medida: (reincidência envolvendo os mesmos alunos), escuta da fala dos
envolvidos, conversa com envolvidos para a averiguação dos fatos relatados e, sendo
devidamente comprovada a veracidade dos mesmos, será solicitado o comparecimento dos
pais/responsáveis, solicitada a presença do Conselho Tutelar e membro(s) do Conselho
Deliberativo para comunicar as 5 (cinco) ocorrências anteriores. A quinta ocorrência será
registrada no livro de ata junto ao Conselho Tutelar e Conselho Deliberativo. Na hipótese de
impossibilidade de comparecimento do Conselho Tutelar, o fato será comunicado por
telefone e uma cópia da ata será encaminhada ao Conselho Tutelar.
6ª medida: (reincidência envolvendo os mesmos alunos), escuta da fala dos
envolvidos, conversa com envolvidos para a averiguação dos fatos relatados e, sendo
devidamente comprovada a veracidade dos mesmos, será solicitado o comparecimento dos
pais/responsáveis, solicitada a presença do Conselho Tutelar e membro(s) do Conselho
Deliberativo para comunicar as 6 (seis) ocorrências anteriores. A sexta ocorrência será
registrada no livro de ata junto ao Conselho Tutelar e Conselho Deliberativo. Caberá ao
Conselho Deliberativo a decisão de aplicar ou não a transferência involuntária de acordo
com a Portaria nº 1064 de 17 de abril de 2018 (Capítulo III- art. nº 7 e 8, e Capítulo IV- artigo
9 e 10). Na hipótese de impossibilidade de comparecimento do Conselho Tutelar, o fato será
comunicado por telefone e a cópia da decisão do Conselho Deliberativo e a da ata serão
encaminhadas ao Conselho Tutelar.

Obs.: Em todas as instâncias dessas medidas, como uma das soluções, a direção poderá
sugerir aos pais/responsáveis a mudança de turma ou de turno do aluno. Eventualmente,
atendendo ao pedido dos professores, poderá emitir ata coletiva no intuito de conscientizar
todos os alunos para importância do saber conviver, da seriedade e do estudo diário. Nesse
caso, todos os alunos, mesmo aqueles dedicados e respeitosos, assinam como integrantes
da turma, pois a escola entende que a construção de um ambiente propício para
aprendizagem na sala de aula é a responsabilidade de todos os alunos da turma.

Ações a serem tomadas nos casos de atos infracionais

De acordo com o tipo de infração cometida, o aluno será sancionado de acordo com
os artigos nº 101 e 112º da Lei Nº 8.069/90 (ECA) ou com Lei 13531 de 07 de dezembro de
2017 (código penal) e será aplicada diretamente a 2ª ou 3ª medida estabelecida.
50

O aluno que cometer ato infracional grave devidamente comprovado (porte ou uso de
produtos ilícitos e ameaças a integridade física), os pais e Conselho Tutelar ou Polícia são
chamados para registro de boletim de ocorrência. Além disso, uma conversa de orientação e
reflexão é feita com todos os presentes para conduzir o aluno aos valores como respeito,
amor, disciplina, ética, solidariedade, democracia e cultura da paz. Também será explicado
sobre a transferência involuntária de acordo com capítulo III da portaria n/1122 de
19/06/2019 DOE nº 21.042 de 25/07/2019. Essa conversa é registrada no livro de ata e
assinada por todos com o comprometimento do aluno em mudar de atitude/comportamento.
Também como uma das soluções, a direção poderá sugerir aos pais/responsáveis a
mudança de turma ou de turno do aluno.
Mesmo assim, na reincidência do ato infracional grave, o que prova que esgotou
todas as possibilidades de intervenção educativa, caberá ao Conselho Deliberativo decidir a
aplicação ou não da transferência involuntária com a ciência dos pais/responsáveis e
direção.
A transferência involuntária também será aplicada pelo Conselho Deliberativo
quando constada a grave ameaça da integridade física ou psicológica a um aluno como, por
exemplo, vítima de bullying.
A transferência involuntária será registrado segundo o modelo disponibilizado pela
Secretaria de Educação do Estado, assinado pelo diretor(a) geral, Conselho Deliberativo,
pais/responsável do aluno e aluno.
Obs.: Serão registrados no NEPRE online, todas as medidas tomadas para evitar
reincidência de atos de indisciplina, violência e infracional. Exceto notificação verbal, todas
as demais notificações (advertências) deverão ser devolvidas com a assinatura dos
responsáveis em dois dias úteis. A não devolução dessas notificações implicará no outro
registro na ficha individual pedagógica do aluno. Mesmo assim não tendo devolução das
advertências devidamente assinadas, a coordenação ou direção ligará à família. Não
conseguindo notificar a família, a escola mandará uma carta registrada à residência do
aluno e mandará uma cópia ao Conselho Tutelar.
51

ANEXO III – LEI Nº 9394/96 – LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO


NACIONAL

Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.

Capitulo V da Educação Especial

Art. 58 Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade
de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para
educandos portadores de necessidades especiais.
§1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular,
para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.
§2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for
possível a sua integração nas classes comuns do ensino regular.
§3º A oferta da educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa
etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.
Art. 59 Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades
especiais:
I – currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos,
para atender às suas necessidades;
II – terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido
para a conclusão do ensino fundamental, em virtude de suas deficiências, e aceleração para
concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;
III – professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para
atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a
integração desses educandos nas classes comuns;
IV – educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva integração na vida em
sociedade, inclusive condições adequadas para os que não revelarem capacidade de
inserção no trabalho competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, bem
como para aqueles que apresentam uma habilidade superior nas áreas artística, intelectual
ou psicomotora;
V – acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais suplementares
disponíveis para o respectivo nível do ensino regular.
Art. 60 Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabelecerão critérios de
caracterização das instituições privadas sem fins lucrativos, especializadas e com atuação
exclusiva em educação especial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público.
Parágrafo único. O Poder Público adotará, como alternativa preferencial, a
ampliação do atendimento aos educandos com necessidades especiais na própria rede
pública regular de ensino, independentemente do apoio às instituições previstas neste
artigo.
52

ANEXO IV – RESOLUÇÃO Nº 183, DE 19 DE NOVEMBRO DE 2013

Estabelece diretrizes operacionais para a avaliação do processo


ensino-aprendizagem nos estabelecimentos de ensino de Educação
Básica e Profissional Técnica de Nível Médio, integrantes do Sistema
Estadual de Educação.

O PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE SANTA


CATARINA, no uso de suas atribuições, considerando o disposto na Lei Nacional nº 9394,
de 20 de dezembro de 1996, que fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, e na Lei
Complementar Estadual nº 170, de 07 de agosto de 1998, que dispõe sobre o Sistema
Estadual de Educação, e tendo em vista o deliberado na Sessão Plenária do dia 19 de
novembro de 2013, por meio do Parecer nº 295,
RESOLVE:
CAPÍTULO I Da Avaliação
Art. 1 A avaliação do processo ensino aprendizagem, de responsabilidade do
estabelecimento de ensino, seguirá as diretrizes estabelecidas na presente Resolução.
Art. 2 A avaliação do processo ensino aprendizagem considerará, no seu exercício,
os seguintes princípios:
I - Aperfeiçoamento do processo ensino aprendizagem.
II - Aferição do desempenho do aluno quanto à apropriação de conhecimentos em
cada área de estudos e o desenvolvimento de competências.
Art. 3 A avaliação do rendimento do aluno será contínua e cumulativa, mediante
verificação de aprendizagem de conhecimentos e do desenvolvimento de competências em
atividades de classe e extraclasse, incluídos os procedimentos próprios de recuperação
paralela.
Art. 4 A avaliação do rendimento do aluno será atribuída pelo professor da série/ano,
da disciplina ou componente curricular, apreciada pelo Conselho de Classe.
Art. 5 A verificação do rendimento escolar basear-se-á em avaliação contínua e
cumulativa, a ser expressa em notas, conceito descritivo ou outra espécie de menção
constante no Projeto Político Pedagógico, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre
os quantitativos e os resultados obtidos durante o ano letivo preponderarão sobre os de
exames finais, caso estes sejam previstos no Projeto Político Pedagógico.
§ 1º É facultado ao estabelecimento de ensino proceder o registro em mais de uma
das modalidades previstas no caput deste artigo.
§ 2º O Projeto Político-Pedagógico atenderá às diretrizes emanadas desta
Resolução, no tocante a critérios de avaliação e percentual mínimo para aprovação ou
obtenção do conceito de competência desenvolvida;
§ 3º Quando a avaliação for expressa em conceito, o Projeto Político Pedagógico
deverá estabelecer a equivalência em notas, para conversão em caso de transferência de
séries/anos em curso para unidades de ensino que adotam a nota.
§ 4º Na apreciação dos aspectos qualitativos deverão ser considerados a
compreensão e o discernimento dos fatos e a percepção de suas relações; a aplicabilidade
53

dos conhecimentos; as atitudes e os valores, a capacidade de análise e de síntese, além de


outras competências comportamentais e intelectivas, e habilidades para atividades práticas.
Art. 6 O Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de ensino deverá explicitar
a forma do atendimento ao disposto no artigo 5º, estabelecendo as expectativas de
aprendizagem que devem ser alcançadas em cada ano do itinerário formativo dos alunos,
bem como especificar instrumentos e critérios para a avaliação e a frequência de sua
aplicação, para o alcance dos resultados parciais e finais.
§ 1º Os estabelecimentos de ensino deverão oferecer, a título de recuperação
paralela de estudos, novas oportunidades de aprendizagem, sucedidas de avaliação,
quando verificado o rendimento insuficiente, nos termos do estabelecido no caput do art. 6º,
durante os bimestres ou trimestres, antes do registro das notas ou conceitos bimestrais ou
trimestrais.
§ 2º Para atribuição de nota ou conceito resultante da avaliação das atividades de
recuperação paralela de estudos, previsto no parágrafo anterior, deverá ser utilizado o
mesmo peso da que originou a necessidade de recuperação, prevalecendo o resultado
maior obtido.
§ 3º As atividades referentes ao cumprimento do § 2º e do § 4º deste artigo deverão
ser planejadas pelos professores, juntamente com a coordenação pedagógica (ou
equivalente) da escola.
§ 4º O Projeto Político Pedagógico deverá prever adequações curriculares e adoção
de estratégias, recursos e procedimentos diferenciados, quando necessário, para a
avaliação da aprendizagem dos alunos com necessidades especiais, em atendimento à
Resolução específica deste Conselho.
§ 5º O professor deverá registrar no Diário de Classe, além das atividades regulares,
as atividades de recuperação de estudos, e seus resultados, bem como, a frequência dos
alunos.
Art. 7 Ter-se-ão como aprovados, quanto à assiduidade, os alunos de frequência
igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) das horas de efetivo trabalho escolar.
54

ANEXO V – PORTARIA N° 109 DE 07/02/2019

O SECRETÁRIO DE ESTADO DA EDUCAÇÃO, no uso das


atribuições de lhe são conferidas pelo inciso III do art. 74 da
Constituição do Estado de Santa Catarina, pelo inciso I do art. 7º da
Lei Complementar nº 381, de 07 de Maio de 2007 e de conformidade
com o disposto na Lei Federal nº 9394, de 20 de dezembro de 1996,
que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, a
Resolução CNE/CEB 04/2010, a lei 12.796, de 04 de abril de 2013, a
Lei Complementar 170, de 07 de agosto de 1998, que dispõe sobre o
Sistema Estadual de Educação e Resolução CEE/ SC nº 183/2013 de
19 de novembro de 2013, que estabelece diretrizes para a avaliação
do processo ensino-aprendizagem nos estabelecimentos de ensino
de Educação Básica, integrantes do Sistema Estadual de Educação.

RESOLVE:
Art. 1 Regulamentar a implantação da sistemática de avaliação e registro dos
resultados do rendimento no Sistema de Gestão Educacional de Santa Catarina - SISGESC
com vistas ao cumprimento dos artigos 5º e 6º Resolução CEE/SC 183/2013.
Art. 2 A sistemática de avaliação e os registros dos resultados do rendimento da
avaliação no SISGESC serão trimestrais.
Art. 3 A unidade escolar deverá constar no seu Projeto Político -Pedagógico/PPP o
que prevê na Resolução CEE/SC 183/2013 e nesta Portaria, adotando processos avaliativos
da aprendizagem do estudante que abranjam conceitos/conteúdos, habilidades e
competências articuladamente nas diferentes áreas do conhecimento.
Art. 4 A avaliação da aprendizagem do estudante deverá ser registrada no diário de
classe do professor ou documentos equivalentes, impressos ou on-line, incluídos os
procedimentos de recuperação paralela.
§1º Entende-se por recuperação paralela a retomada pedagógica dos
conceitos/conteúdos não apropriados pelo estudante em determinado período letivo, sendo
de responsabilidade da escola e do professor da área do conhecimento ou da disciplina
escolar fazer constar no planejamento (replanejamento).
§2º Os estabelecimentos, de ensino deverão oferecer, a título de recuperação
paralela, novas oportunidades de aprendizagem, sucedidas de avaliação, quando verificado
o rendimento insuficiente, durante o período das aulas, antes do registro das notas ou
conceitos trimestrais.
§3º Para atribuição de nota ou conceito, resultante da avaliação das atividades de
recuperação paralela, deverá ser utilizado o mesmo peso da que originou a necessidade de
recuperação, prevalecendo o resultado maior obtido.
§4° O professor deverá registrar no Diário de Classe e ou no sistema Professor
Online, além das atividades regulares, as atividades de recuperação de estudos e seus
resultados, bem como, a frequência do aluno.
Art. 5 Caberá ao Conselho de Classe a decisão final a respeito da avaliação da
aprendizagem e rendimento do estudante, devendo ser registrado no SISGESC ao final de
cada trimestre.
55

§ 1º O Conselho de Classe é composto pelos professores da turma, pela direção do


estabelecimento ou seu representante, pela equipe pedagógica da escola, pelos estudantes
e pelos pais ou responsáveis, quando for o caso.
§ 2º A representação do Conselho de Classe deverá ser de, no mínimo, 51% dos
participantes e o resultado deverá ser registrado em ata.
Art. 6 O registro do resultado da avaliação será expresso de forma numérica, de um
(1) a dez (10), com fração de 0,5.
§ 1º Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (EF), o registro da avaliação será
descritivo, no decorrer do ano letivo, e transformado em valores numéricos quando o
estudante se transferir, caso seja necessário.
§ 2º Nos primeiros, segundos e quartos anos dos Anos Iniciais do EF, será registrada
apenas a frequência anual e, se o aluno atingir o estabelecido na legislação,
automaticamente o Sistema registrará AP (aprovado).
§ 3º Nos terceiros e quintos anos dos Anos Iniciais do EF registrar-se-á no Sistema
uma expressão numérica de um (1) a dez (10), ao final do último semestre letivo, com
parâmetro para retenção à expressão numérica inferiores a seis (6).
§ 4º O registro citado no parágrafo anterior, no terceiro ano, observará a
aprendizagem ao longo do primeiro, segundo e terceiro ano; no quinto ano, observará a
aprendizagem do quarto e do quinto ano.
Art.7 Ter-se-ão como aprovado, quanto ao rendimento da avaliação em todas as
etapas e modalidades da Educação Básica, o aluno que:
I. Obtiver a média anual igual ou superior a seis (6) em todas as disciplinas;
II. Obtiver a média semestral igual ou superior a 6 (seis) em todas as disciplinas, na
Educação de Jovens e Adultos e, também, no caso dos cursos técnicos
subsequentes/concomitantes ofertados nos CEDUPs e EEBs;
III. não será adotado exame final em nenhum ano ou série letiva na Educação
Básica, na Educação Profissional e na Educação de Jovens e Adultos;
IV. para efeito de cálculo do resultado de aprovação, em todas as etapas e
modalidades da Educação Básica e Profissional deve-se aplicar a fórmula: Soma da média
dos trimestres ÷ 3 ˃ ou = 6 (seis);
V. ter-se-ão como reprovado o aluno que obtiver média final inferior a 6 (seis).
Art. 8 O processo de avaliação da aprendizagem e o registro da avaliação no
SISGESC - Sistema de Gestão Educacional de Santa Catarina - reger-se-á por esta
Portaria.
Art. 9 Ficam revogadas as portarias 189/2017 de 09/02/2017 e 2890/2018 de
29/11/2018
Art. 10 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

NATALINO UGGIONI
Secretário de Estado da Educação de Santa Catarina
56

ANEXO VI – RESOLUÇÃO CEE/SC Nº 100, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2016*

Estabelece normas para a Educação Especial no Sistema Estadual


de Educação de Santa Catarina.

*Alterada pela Resolução CEE/SC Nº 26, de 19 de março de 2019 e pela Resolução


CEE/SC Nº 037, de 09 de abril de 2019.

O PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE SANTA


CATARINA, no uso de suas atribuições, de acordo com o inciso XII do artigo 10, do
Regimento Interno deste Conselho, considerando o disposto na Constituição Federal; na
Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de setembro de 2001, que institui as Diretrizes Nacionais
para a Educação Especial na Educação Básica; no Decreto n° 3.956, de 08 de outubro de
2001, que promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de
Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência; na Lei n° 12.870, de 12 de
janeiro de 2004, que dispõe sobre a Política Estadual para Promoção e Integração Social da
Pessoa Portadora de Necessidades Especiais; no Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de
2004, que regulamenta as Leis nº 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de
atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida; no Decreto nº 6.949, de 25
de agosto de 2009, que promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas
com Deficiência e seu Protocolo Facultativo; na Resolução CNE/CEB n° 4, de 2 de outubro
de 2009, que institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado
na Educação Básica, modalidade Educação Especial; no Decreto nº 7.612, de 17 de
novembro de 2011, que institui o Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência
– Plano Viver Sem Limite; na Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, que aprova o Plano
Nacional de Educação – PNE; na Lei nº 13.146, de 06 de julho de 2015, que institui a Lei
Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) e na
Lei nº 16.794, de 14 de dezembro de 2015, que aprova o Plano Estadual de Educação
(PEE) para o decênio 2015-2024 e no Parecer CEE/SC nº 254,

RESOLVE:
Art. 1 Entende-se por educação especial, para os efeitos desta Resolução, a
modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino
para o atendimento das necessidades educacionais especiais de alunos com deficiência,
transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção/hiperatividade e altas
habilidades/superdotação.
§ 1º O Serviço de Estimulação Essencial (0 a 6 anos), o Atendimento Educacional
Especializado (6 a 17 anos), o Serviço Pedagógico Específico (6 a 17 anos) e a Educação
Profissional – Iniciação para o trabalho – Pré-qualificação (14 a 17 anos) poderão ser
prestados por instituições conveniadas com a FCEE ou nos casos por ela autorizados.
57

§ 2º Alunos com deficiência são aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza
física, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as
demais pessoas.
I - Alunos com deficiência auditiva são aqueles com perda parcial ou total, congênita ou
adquirida, da capacidade auditiva de acordo com os graus abaixo relacionados:
a) leve: perda auditiva de 25 a 40 dB;
b) moderada: perda auditiva de 45 a 60 dB;
c) severa: perda auditiva de 65 a 90 dB;
d) profunda: perda auditiva acima de 95 dB;

II - Alunos com deficiência visual são aqueles que apresentam redução ou perda total da
capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor correção óptica.
- deficiência visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor
olho, com melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e
0,05, no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da
medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60°; ou a ocorrência
simultânea de quaisquer das condições anteriores;
III - Alunos com deficiência física são aqueles que apresentam alteração completa ou parcial
de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função
física, apresentando-se sob a forma de paraplegia, paresia, monoplegia, monoparesia,
tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação
ou a ausência de membros, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade
congênita ou adquirida, exceto as deformidades estéticas e as que não produzam
dificuldades para o desempenho de funções;
IV - Alunos com deficiência múltipla são aqueles que apresentam associação de duas ou
mais deficiências primárias associadas;
V - Alunos com surdocegueira são aqueles que apresentam perdas visual e auditiva
concomitantemente. Essa condição leva o aluno surdocego a ter necessidade de formas
específicas e singulares de comunicação para ter acesso ao currículo; e
VI - Alunos com deficiência intelectual são aqueles que apresentam déficits funcionais, tanto
intelectuais quanto adaptativos, nos domínios conceitual, social e prático, com início no
período do desenvolvimento.
§ 3º Alunos com transtorno do espectro autista caracterizam-se por apresentar
déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos,
incluindo déficits na reciprocidade social, em comportamentos não-verbais, de comunicação
usada para interação social e em habilidades para desenvolver, manter e compreender
relacionamentos. Além dos déficits na comunicação social, o diagnóstico do transtorno do
espectro autista requer a presença de padrões restritos e repetitivos de comportamento,
interesses ou atividades.
58

§ 4º Alunos com transtorno do déficit de atenção/hiperatividade caracterizam-se por


apresentar níveis prejudiciais de desatenção, desorganização e ou
hiperatividade/impulsividade.
Desatenção/desorganização envolvem incapacidade em permanecer em uma tarefa,
aparência de não ouvir e perda de materiais em níveis inconsistentes com a idade ou nível
de desenvolvimento.
Hiperatividade/impulsividade implicam atividade excessiva, inquietação,
incapacidade de permanecer sentado, intromissão em atividades de outros e incapacidade
de aguardar – sintomas que são excessivos para a idade ou nível de desenvolvimento.
§ 5º Alunos com altas habilidades/ superdotação demonstram potencial elevado em
qualquer uma das seguintes áreas, isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica,
liderança, psicomotricidade e artes, além de apresentar grande criatividade, envolvimento
na aprendizagem e realização de tarefas em áreas de seu interesse.
Art. 2 As mantenedoras das escolas de educação básica do Sistema Estadual de
Ensino deverão disponibilizar Serviços Especializados em Educação Especial, quando
necessário:
§ 1° Atendimento em Classe - AC, caracterizado pela intervenção do profissional da
educação especial no mesmo período de frequência no ensino regular dos alunos
especificados nesta Resolução.
I - Intérprete da Libras – disponibilizado aos alunos com surdez usuários da Libras, com
fluência na Libras;
II - Professor Bilíngue - disponibilizado aos alunos com surdez usuários da Libras como 1ª
língua, sem fluência;
III - Guia Intérprete - disponibilizado para alunos com surdocegueira;
IV - Segundo Professor de Turma - disponibilizado nas turmas com matrícula e frequência
de alunos com diagnóstico de deficiência intelectual, transtorno do espectro autista e/ou
deficiência múltipla que apresentem comprometimento significativo nas interações sociais e
na funcionalidade acadêmica. Disponibilizado também nos casos de deficiência física que
apresentem sérios comprometimentos motores e dependência em atividades de vida prática;
V - Instrutor da Libras - disponibilizado para atender os alunos com surdez no atendimento
educacional especializado e realizar cursos de formação em Libras para a comunidade;
VI - Profissional de Apoio Escolar – disponibilizado aos alunos com deficiência ou transtorno
do espectro autista com baixa funcionalidade, que requeiram apoios muito substancial nas
atividades de alimentação, higiene, cuidados clínicos e locomoção; e
VII - Atendimento Educacional Especializado (AEE), disponibilizado na rede regular de
ensino, no contra turno, com o objetivo de complementar ou suplementar o processo de
aprendizagem dos alunos especificados nesta Resolução, não configurando como ensino
substitutivo nem como reforço escolar.
§ 2° As diretrizes de funcionamento dos serviços especializados em educação
especial são estabelecidas pela Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e
pela Secretaria de Estado da Educação (SED).
59

§ 3º A implantação dos serviços especializados em educação especial nas escolas


da rede pública estadual de ensino dependerá de parecer da Fundação Catarinense de
Educação Especial (FCEE) e da Secretaria de Estado da Educação (SED).
§ 4º A assessoria e a supervisão dos serviços especializados em educação especial
implantados na rede pública estadual de ensino devem ser realizadas pela Fundação
Catarinense de Educação Especial e pela Secretaria de Estado da Educação.
I - A Fundação Catarinense de Educação Especial e a Secretaria de Estado da Educação
são oficialmente responsáveis, na forma da legislação vigente, inclusive com outras
instituições, pela capacitação permanente dos profissionais que atuam nas escolas da rede
pública estadual de ensino.
Art. 3 As escolas de educação básica do Sistema Estadual de Ensino deverão,
quando previsto em seu Projeto Político Pedagógico, adotar as seguintes medidas:
§1º conceder certificação à conclusão de Ensino Fundamental e Médio aos alunos
que não atingiram as competências previstas na Lei de Diretrizes e Base da Educação
Nacional para estas etapas. Os procedimentos para concessão desta certificação devem
atender as seguintes diretrizes:
- aplicar-se somente aos alunos com deficiência intelectual e transtorno do espectro autista
(TEA), com idade mínima de 15(quinze) anos, que tenham frequentado, no mínimo de
9(nove) anos de escolarização para o ensino fundamental e com idade mínima de 17
(dezessete) anos que tenham frequentado, no mínimo, 12 (doze) anos de escolarização
para o ensino médio obrigatórios;
- a avaliação de desempenho escolar dos alunos citados no inciso I deve ser registrada
periodicamente, durante todo o processo de escolarização na Educação Básica, de forma
descritiva nos moldes do ANEXO I - Modelo de Avaliação Descritiva. A partir do 6º Ano do
Ensino Fundamental, além do relatório descritivo, a escola poderá adotar também o modelo
de registro de avaliação do desempenho escolar conforme estabelece o Projeto Político
Pedagógico.
- comprovação descritiva de que, ao longo do processo de escolarização, tenham sido
esgotados os recursos para o acesso do aluno ao currículo escolar, com aprendizagem, tais
como:
a) assessoramento da SED e da FCEE (presencial ou a distância);
b) identificação e eliminação de barreiras, entendidas como qualquer entrave,
obstáculo, atitude ou comportamento que limite ou impeça a participação do aluno;
- o Núcleo de Educação Especial/equipe gestora, quando houver, previsto no § 3° deste
artigo, emitirá parecer sobre a possibilidade de certificação de terminalidade específica;
- o Conselho de Classe, do qual deverá participar também, integrantes do Núcleo de
Educação Especial da escola, quando houver, e professores da Educação Especial, decidirá
sobre a certificação de terminalidade específica;
- a certificação deve conter relato descritivo das competências desenvolvidas pelo aluno
durante sua permanência na Educação Básica, registradas no histórico escolar, conforme
ANEXOS II e III, podendo a escola apontar, à parte, para alternativas de aprendizagem ao
longo da vida, dentre estas os cursos de qualificação profissional, a inserção no mundo do
60

trabalho, seja ele competitivo ou protegido, bem como, encaminhamento para instituições
especializadas.
§2º Promover o avanço nos cursos ou anos, por classificação, sempre que se
constatarem altas habilidades ou atendimento pessoal das expectativas de aprendizagem,
correspondentes a todas as disciplinas ou áreas de conhecimento oferecidas no ano ou
curso em que o aluno estiver matriculado.
§3º criar, quando couber, um núcleo de educação especial, formado pelos
professores dos serviços especializados e equipe pedagógica da escola, com o objetivo de
atender das questões pertinentes a essa modalidade.
Art. 3 A. As escolas de educação básica do Sistema Estadual de Ensino devem
prever em seu Projeto Político Pedagógico os recursos de acessibilidade ao currículo
escolar, cabendo aos professores do Atendimento Educacional Especializado a
responsabilidade pela orientação técnica e pedagógica necessárias à sua utilização no
processo de ensino e aprendizagem.
Art. 4 Compete ao Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina (CEE/SC) o
credenciamento de Centros de Atendimento Educacional Especializado e sua autorização
para oferta de Atendimento Educacional Especializado (AEE) aos alunos que integram o
público da Educação Especial.
§ 1º O pedido de credenciamento de Centros de Atendimento Educacional
Especializado e de autorização para oferta deverá ser instruído mediante apresentação dos
seguintes documentos:
I - Requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Estadual de Educação, subscrito pelo
responsável pela instituição mantenedora e/ou responsável legal;
II - Dados de identificação da instituição mantenedora e do Centro de Atendimento
Educacional Especializado:
a) nome da instituição mantenedora e do Centro de Atendimento Educacional
Especializado (conforme dados contidos no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica /CNPJ e
Contrato Social), endereço completo, telefone, e-mail;
b) cópia do comprovante de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ)
da instituição mantenedora;
- Aspectos Jurídicos:
a) laudos técnicos expedidos pelos órgãos de Vigilância Sanitária, Corpo de Bombeiros
e Alvará Municipal de Funcionamento, ou comprovante de protocolo dos mesmos. O
Estabelecimento não poderá iniciar suas atividades sem os devidos laudos técnicos, que
deverão ser afixados em local visível e acessível ao público, mantendo-os sempre
atualizados.
- Aspectos Físicos:
a) memorial descritivo das condições físicas, ambientais e mobiliários;
b) comprovação das condições de acessibilidade nos termos da legislação vigente.
V- Aspectos Pedagógicos:
61

Projeto Político Pedagógico contendo o Plano de Atendimento Educacional


Especializado em conformidade com as Diretrizes Operacionais para o Atendimento
Educacional Especializado (AEE), na Educação Especial;
Termo de compromisso subscrito pelo representante legal da instituição
mantenedora quanto à atuação de profissionais habilitados para o exercício das funções
técnico-administrativa e docente;
Relação dos materiais didáticos, recursos pedagógicos e de acessibilidade e
equipamentos específicos para a oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE);
§ 1º O credenciamento a que se refere o caput contempla instituições públicas e
privadas comunitárias, confessionais ou filantrópicas sem fins lucrativos, com atuação
exclusiva em Educação Especial;
§ 2º O pedido de credenciamento e autorização, a que se refere o caput, deverá
conter Parecer favorável para funcionamento emitido previamente pela Fundação
Catarinense de Educação Especial (FCEE);
§ 3º Compete à Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) o
assessoramento, capacitação e a supervisão dos Centros de Atendimento Educacional
Especializado.
Art. 5 A frequência exclusiva de alunos com idade de 06 (seis) a 17 (dezessete)
anos em Centros de Atendimento Educacional Especializados e/ou instituições conveniadas,
é autorizada, apenas, nos casos de alunos com deficiência intelectual e transtorno do
espectro autista, ambos com baixa funcionalidade:
I. Os alunos de que trata este Artigo poderão frequentar exclusivamente Centros de
Atendimento Educacional Especializados ou instituições conveniadas, apenas quando o
laudo emitido por equipe multiprofissional prescrever que a permanência no ensino regular
importa em graves prejuízos ao aluno, ouvido este, sua família e equipe pedagógica da
escola, devendo a Fundação Catarinense de Educação Especial aprovar esse
entendimento.
Art. 6 As Escolas da Rede Pública e Privada do Sistema de Ensino de Santa
Catarina têm até 90 dias para realizarem as devidas atualizações em seu Projeto Político
Pedagógico (PPP) naquilo que julgarem necessário para estarem sob os auspícios da
presente Resolução, sem prejuízo ao conjunto das demais regulamentações desta.
Parágrafo único: aos alunos com deficiência intelectual e transtorno do espectro
autista (TEA), matriculados nas escolas de educação básica do sistema estadual de ensino
anteriormente a data da publicação desta resolução poderá ser aplicada a terminalidade
específica conforme disposto no Art.3º, § 1º, Incisos I e IV.
Art. 7 Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 8 Fica revogada a Resolução CEE/SC nº 112/2006 e demais disposições em
contrário.

Florianópolis, 13 de dezembro de 2016.

Oswaldir Ramos
62

Presidente do Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina


ANEXO VII – CONSTITUIÇÃO FEDERAL

CAPÍTULO III Da Educação, da Cultura e do Desporto


SEÇÃO I Da Educação

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos
seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o
saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de
instituições públicas e privadas de ensino;
IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei,
planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e
títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela EC n. 53/2006)
VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;
VII – garantia de padrão de qualidade;
VIII – piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar
pública, nos termos de lei federal. (Incluído pela EC n. 53/2006)
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalhadores considerados
profissionais da educação básica e sobre a fixação de prazo para a elaboração ou
adequação de seus planos de carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios. (Incluído pela EC n. 53/2006)
Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de:
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram
acesso na idade própria; (Redação dada pela EC n. 59/2009)
II – progressiva universalização do ensino médio gratuito; (Redação dada pela EC n.
14/1996)
III – atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência,
preferencialmente na rede regular de ensino;
IV – educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de
idade; (Redação dada pela EC n. 53/2006)
63

V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,


segundo a capacidade de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio
de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde. (Redação dada pela EC n. 59/2009)
§ 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo.
§ 2º O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público, ou sua oferta
irregular, importa responsabilidade da autoridade competente.
§ 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental,
fazer- -lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à
escola.
Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de maneira a
assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais e artísticos,
nacionais e regionais.
§ 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá disciplina dos horários
normais das escolas públicas de ensino fundamental.
§ 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua portuguesa,
assegurada às comunidades indígenas também a utilização de suas línguas
maternas e processos próprios de aprendizagem.
Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em
regime de colaboração seus sistemas de ensino.
§ 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Territórios, financiará as
instituições de ensino públicas federais e exercerá, em matéria educacional, função
redistributiva e supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades
educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica
e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios; (Redação dada pela
EC n. 14/1996)
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação
infantil. (Redação dada pela EC n. 14/1996)
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no ensino fundamental
e médio. (Incluído pela EC n. 14/1996)
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios definirão formas de colaboração, de modo a assegurar a
universalização do ensino obrigatório. (Redação dada pela EC n. 59/2009)
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino regular. (Incluído
pela EC n. 53/2006)
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas públicas, podendo ser
dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei,
64

que: I – comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros


em educação;
II – assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária,
filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas
atividades.
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados a bolsas de estudo
para o ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrarem
insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede
pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a
investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e fomento à inovação
realizadas por universidades e/ou por instituições de educação profissional e
tecnológica poderão receber apoio financeiro do Poder Público. (Redação dada pela
EC n. 85/2015)
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de duração decenal, com
o objetivo de articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e
definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a
manutenção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas e
modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos das diferentes
esferas federativas que conduzam a: (Redação dada pela EC n. 59/2009)
I – erradicação do analfabetismo;
II – universalização do atendimento escolar;
III – melhoria da qualidade do ensino;
IV – formação para o trabalho;
V – promoção humanística, científica e tecnológica do País;
VI – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como
proporção do produto interno bruto. (Incluído pela EC n. 59/2009)
65

ANEXO VIII – LEI DE DIRETRIZES E BASES- LEI Nº 9.394/1996

Lei no 9.394/1996 Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. O


PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu
sanciono a seguinte Lei:
TÍTULO I – Da Educação
Art. 1o A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa,
nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações
culturais.
§ 1o Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,
predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
§ 2o A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática
social. TÍTULO II – Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
Art. 2o A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de
liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
Art. 3o O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a
arte e o saber;
III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância;
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;
VII – valorização do profissional da educação escolar;
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legislação dos
sistemas de ensino;
IX – garantia de padrão de qualidade;
X – valorização da experiência extraescolar;
XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais;
XII – consideração com a diversidade étnico-racial;
TÍTULO III – Do Direito à Educação e do Dever de Educar
66

Art. 4o O dever do Estado com educação escolar pública será efetivado mediante a
garantia de:
I – educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de
idade, organizada da seguinte forma: a) pré-escola; b) ensino fundamental; c) ensino
médio;
II – educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de idade;
III – atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com deficiência,
transtorno os globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação,
transversal a todos os níveis, etapas e modalidades, preferencialmente na rede
regular de ensino;
IV – acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que
não os concluíram na idade própria;
V – acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística,
segundo a capacidade de cada um;
VI – oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;
VII – oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e
modalidades adequadas às suas necessidades e disponibilidades, garantindo-se
aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola;
VIII – atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio
de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde;
IX – padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e
quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do
processo de ensino-aprendizagem;
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais
próxima de sua residência a toda criança a partir do dia em que completar 4 (quatro)
anos de idade;
Art. 5o O acesso à educação básica obrigatória é direito público subjetivo, podendo
qualquer cidadão, grupo de cidadãos, associação comunitária, organização sindical,
entidade de classe ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público,
acionar o poder público para exigi-lo.
§ 1o O poder público, na esfera de sua competência federativa, deverá:
I – recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade escolar, bem como
os jovens e adultos que não concluíram a educação básica;
II – fazer-lhes a chamada pública;
III – zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola.
§ 2o Em todas as esferas administrativas, o Poder Público assegurará em primeiro
lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos termos deste artigo, contemplando em
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seguida os demais níveis e modalidades de ensino, conforme as prioridades


constitucionais e legais.
§ 3o Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo tem legitimidade para
peticionar no Poder Judiciário, na hipótese do § 2o do art. 208 da Constituição
Federal, sendo gratuita e de rito sumário a ação judicial correspondente.
§ 4o Comprovada a negligência da autoridade competente para garantir o
oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser imputada por crime de
responsabilidade.
§ 5o Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de ensino, o Poder Público
criará formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino,
independentemente da escolarização anterior.
Art. 6o É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula das crianças na
educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de idade.
Art. 7o O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:
I – cumprimento das normas gerais da educação nacional e do respectivo sistema
de ensino;
II – autorização de funcionamento e avaliação de qualidade pelo Poder Público;
III – capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto no art. 213 da
Constituição Federal.
CAPÍTULO II – Da Educação Básica SEÇÃO I – Das Disposições Gerais
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver o educando, assegurar-
lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe
meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores.
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries anuais, períodos
semestrais, ciclos, alternância regular de períodos de estudos, grupos não seriados,
com base na idade, na competência e em outros critérios, ou por forma diversa de
organização, sempre que o interesse do processo de aprendizagem assim o
recomendar.
§ 1o A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de
transferências entre estabelecimentos situados no País e no exterior, tendo como
base as normas curriculares gerais.
§ 2o O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais, inclusive
climáticas e econômicas, a critério do respectivo sistema de ensino, sem com isso
reduzir o número de horas letivas previsto nesta Lei.
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de
acordo com as seguintes regras comuns:
I – a carga horária mínima anual será de oitocentas horas para o ensino fundamental
e para o ensino médio, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo
trabalho escolar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver;
68

II – a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a primeira do ensino


fundamental, pode ser feita:
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase
anterior, na própria escola;
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas;
c) independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela
escola, que defina o grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita
sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo
sistema de ensino;
III – nos estabelecimentos que adotam a progressão regular por série, o regimento
escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a
sequência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino;
IV – poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de séries distintas, com
níveis equivalentes de adiantamento na matéria, para o ensino de línguas
estrangeiras, artes, ou outros componentes curriculares;
V – a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período
sobre os de eventuais provas finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; c)
possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do
aprendizado; d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período
letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas
instituições de ensino em seus regimentos;
VI – o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu
regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigida a frequência
mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação;
VII – cabe a cada instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações de
conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as
especificações cabíveis.
§ 1o A carga horária mínima anual de que trata o inciso I do caput deverá ser
ampliada de forma progressiva, no ensino médio, para mil e quatrocentas horas,
devendo os sistemas de ensino oferecer, no prazo máximo de cinco anos, pelo
menos mil horas anuais de carga horária, a partir de 2 de março de 2017.
§ 2o Os sistemas de ensino disporão sobre a oferta de educação de jovens e
adultos e de ensino noturno regular, adequado às condições do educando, conforme
o inciso VI do art. 4o .
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ANEXO IX - ESTATUTO DE CRIANÇA E ADOLESCENTE- ECA

Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao


Conselho Tutelar os casos de:
I - maus-tratos envolvendo seus alunos;
II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos
escolares;
III - elevados níveis de repetência.

Art. 98.As medidas de proteção à criança e ao adolescente são aplicáveis sempre que os
direitos reconhecidos nesta Lei forem ameaçados ou violados:
I - por ação ou omissão da sociedade ou do Estado;
II - por falta, omissão ou abuso dos pais ou responsável;
III - em razão de sua conduta.

Art. 100. Na aplicação das medidas levar-se-ão em conta as necessidades


pedagógicas, preferindo-se aquelas que visem ao fortalecimento dos vínculos
familiares e comunitários.
Parágrafo único. São também princípios que regem a aplicação das
medidas: (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
I - condição da criança e do adolescente como sujeitos de direitos: crianças e
adolescentes são os titulares dos direitos previstos nesta e em outras Leis, bem
como na Constituição Federal; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
II - proteção integral e prioritária: a interpretação e aplicação de toda e qualquer
norma contida nesta Lei deve ser voltada à proteção integral e prioritária dos direitos
de que crianças e adolescentes são titulares; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
III - responsabilidade primária e solidária do poder público: a plena efetivação dos
direitos assegurados a crianças e a adolescentes por esta Lei e pela Constituição
Federal, salvo nos casos por esta expressamente ressalvados, é de
responsabilidade primária e solidária das 3 (três) esferas de governo, sem prejuízo
da municipalização do atendimento e da possibilidade da execução de programas
por entidades não governamentais; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
IV - interesse superior da criança e do adolescente: a intervenção deve atender
prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo
da consideração que for devida a outros interesses legítimos no âmbito da
pluralidade dos interesses presentes no caso concreto; (Incluído pela Lei nº 12.010,
de 2009)
V - privacidade: a promoção dos direitos e proteção da criança e do adolescente
deve ser efetuada no respeito pela intimidade, direito à imagem e reserva da sua
vida privada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
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VI - intervenção precoce: a intervenção das autoridades competentes deve ser


efetuada logo que a situação de perigo seja conhecida; (Incluído pela Lei nº 12.010,
de 2009)
VII - intervenção mínima: a intervenção deve ser exercida exclusivamente pelas
autoridades e instituições cuja ação seja indispensável à efetiva promoção dos
direitos e à proteção da criança e do adolescente; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)
VIII - proporcionalidade e atualidade: a intervenção deve ser a necessária e
adequada à situação de perigo em que a criança ou o adolescente se encontram no
momento em que a decisão é tomada; (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
IX - responsabilidade parental: a intervenção deve ser efetuada de modo que os pais
assumam os seus deveres para com a criança e o adolescente; (Incluído pela Lei nº
12.010, de 2009)
X - prevalência da família: na promoção de direitos e na proteção da criança e do
adolescente deve ser dada prevalência às medidas que os mantenham ou
reintegrem na sua família natural ou extensa ou, se isso não for possível, que
promovam a sua integração em família adotiva; (Redação dada pela Lei nº 13.509,
de 2017)
XI - obrigatoriedade da informação: a criança e o adolescente, respeitado seu
estágio de desenvolvimento e capacidade de compreensão, seus pais ou
responsável devem ser informados dos seus direitos, dos motivos que determinaram
a intervenção e da forma como esta se processa; (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)
XII - oitiva obrigatória e participação: a criança e o adolescente, em separado ou na
companhia dos pais, de responsável ou de pessoa por si indicada, bem como os
seus pais ou responsável, têm direito a ser ouvidos e a participar nos atos e na
definição da medida de promoção dos direitos e de proteção, sendo sua opinião
devidamente considerada pela autoridade judiciária competente, observado o
disposto nos §§ 1º e 2º do art. 28 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)

Art. 102.
As medidas de proteção de que trata este Capítulo serão acompanhadas da
regularização do registro civil.
§ 1º Verificada a inexistência de registro anterior, o assento de nascimento da
criança ou adolescente será feito à vista dos elementos disponíveis, mediante
requisição da autoridade judiciária.
§ 2º Os registros e certidões necessários à regularização de que trata este artigo são
isentos de multas, custas e emolumentos, gozando de absoluta prioridade.
§ 3º Caso ainda não definida a paternidade, será deflagrado procedimento
específico destinado à sua averiguação, conforme previsto pela Lei no 8.560, de 29
de dezembro de 1992. (Incluído pela Lei nº 12.010, de 2009)
§ 4º Nas hipóteses previstas no § 3º deste artigo, é dispensável o ajuizamento de
ação de investigação de paternidade pelo Ministério Público se, após o não
comparecimento ou a recusa do suposto pai em assumir a paternidade a ele
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atribuída, a criança for encaminhada para adoção. (Incluído pela Lei nº 12.010, de
2009)
§ 5º Os registros e certidões necessários à inclusão, a qualquer tempo, do nome do
pai no assento de nascimento são isentos de multas, custas e emolumentos,
gozando de absoluta prioridade. (Incluído dada pela Lei nº 13.257, de 2016)
§ 6º São gratuitas, a qualquer tempo, a averbação requerida do reconhecimento de
paternidade no assento de nascimento e a certidão correspondente. (Incluído dada
pela Lei nº 13.257, de 2016)
VER ARTIGO SEGUINTE

Art. 112. Verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá


aplicar ao adolescente as seguintes medidas:
I - advertência;
II - obrigação de reparar o dano;
III - prestação de serviços à comunidade;
IV - liberdade assistida;
V - inserção em regime de semi-liberdade;
VI - internação em estabelecimento educacional;
VII - qualquer uma das previstas no art. 101, I a VI.
§ 1º A medida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade decumpri-
la, as circunstâncias e a gravidade da infração.
§ 2º Em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de
trabalho forçado.
§ 3º Os adolescentes portadores de doença ou deficiência mental receberão
tratamento individual e especializado, em local adequado às suas condições.

Art. 114. A imposição das medidas previstas nos incisos II a VI do art. 112 pressupõe a
existência de provas suficientes da autoria e da materialidade da infração, ressalvada a
hipótese de remissão, nos termos do art. 127.
Parágrafo único. A advertência poderá ser aplicada sempre que houver prova da materialidade
e indícios suficientes da autoria.
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REFERÊNCIAS

Orientação pedagógica para trabalho com Projeto de Vida enquanto componente


curricular.

Diretrizes para elaboração de material pedagógico – material disponível na intranet


da SED- SC.

<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/implementacao/praticas/caderno-de-
praticas/aprofundamentos/200-projeto-de-vida-ser-ou-existir>. Acesso em 03 fev.
2020.

<https://midiasstoragesec.blob.core.windows.net/001/2018/03/caderno-
pv_professor_em.pdf>. Acesso em 03 fev. 2020.

<http://extranet.sed.sc.gov.br/index.php/downloads/digr/formacao-continuada-de-
professores-da-educacao-basica-descentralizada-fevereiro-de-2020/materiais-para-
a-formacao/ensino-medio/1276-manual-orientacao-pedagogica-para-projeto-de-
vida/file >. Acesso em 03 fev. 2020.

<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-
content/uploads/2018/11/7._Orienta%C3%A7%C3%B5es_aos_Conselhos.pdf >
Acesso em 27 jan.2020.

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