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REPÚBLICA DE ANGOLA

GOVERNO DA PROVÍNCIA DE LUANDA


GABINETE PROVINCIAL DE EDUCAÇÃO E SAÚDE
ESCOLA DE SAÚDE CASTELO, LDA

TRABALHO DE PSICOLOGIA

A APRENDIZAGEM

Luanda, Maio de 2023


A APRENDIZAGEM

Trabalho apresentado a Escola de


Saúde Castelo Limitada como um
dos requisito de avaliação na
disciplina de Psicologia.

.
Elementos do grupo:
Nº. 5 – Angelina Candieiro
Nº. 7 – Auréa Miguel
Nº. 9 – Benvinda Cabaia
Nº. 11 – Cavanda Bernardo
Nº. 16 – Helga Marcelino
Nº. 23 – Maria Diabanza
Nº. 26 – Odeth de Assis
Nº. 28 – Rosa Viegas

O (A) DOCENTE
______________________________

Luanda, Maio de 2023


II

DEDICATÓRIA

À todos que com cede de aprender irão usar essa


pesquisa para adquirir conhecimento.
“Sábio Mestre”
III

AGRADECIMENTOS

À Deus, o Todo Poderoso. Pela dádiva da vida e por nos permitir viver experiências
incríveis ao lado daqueles que um dia serão os grandes nomes ramo de saúde em
Angola, o nosso muito obrigado.
Aos nos encarregados de educação, aos nossos professores, aos nossos amigos, aos
nossos colegas e outras pessoas que contribuiram de forma directa ou indirecta na
realização desse trabalho, o nosso muito obrigado.
ÍNDICE
DEDICATÓRIA ............................................................................................................... II

AGRADECIMENTOS ................................................................................................... III

INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 5

2. A APRENDIZAGEM ................................................................................................... 7

2.1. O PROCESSO DE APRENDIZAGEM ................................................................ 7

2.1.1. VERTENTE: COMPORTAMENTAL........................................................... 8

2.1.2. VERTENTE: COGNITIVA ........................................................................... 9

2.1.3. VERTENTE: HUMANISTA ....................................................................... 10

2.2. A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM ...................................................... 10

3. A VIDA E OBRA DE NJINGA MBANDI ................................................................ 11

3.1. DO NASCIMENTO A MORTE ......................................................................... 11

3.2. A MUDANÇA DE NOME.................................................................................. 12

3.3. AS BATALHAS DE NJINGA MBANDI ........................................................... 13

CONCLUSÃO ................................................................................................................ 14

BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................ 15
INTRODUÇÃO
A educação é um processo eminentemente social que habilita o homem a fazer parte de
uma determinada sociedade. Ela assegura a continuidade da espécie humana,
socializando o homem, ou seja, preparando-o para viver o seu tempo e o seu lugar.
A história tem mostrado que cada uma das diferentes organizações sociais,
caracterizadas por sua singular estrutura social, persegue os valores que garantem sua
perpetuação. Cada grupo social prepara seus membros para que possibilitem sua
continuidade, e a educação da juventude constitui-se em premissa indispensável ao
progresso da sociedade.

Em todas as etapas da evolução da sociedade, a essência da educação consiste em


transmitir às novas gerações o que interessa à sobrevivência da sociedade em uma dada
época histórica.

Os conhecimentos e os valores considerados úteis são transmitidos aos mais jovens


através da educação, seja de uma maneira difusa, informal - educação assistemática -
seja por meio de um sistema institucionalizado, especificamente criado para esse fim -
educação sistemática ou escolar.

Esse trabalho poderá ser executado com diferentes graus de competência e disposição,
com maior ou menor consciência de seu próprio papel, mas será sempre dependente das
concepções que o professor tenha da natureza dos seres humanos e das razões que os
induzem a determinados comportamentos, ou melhor, de sua visão do mundo, do
homem e da relação homem-mundo.

Essa visão será tanto mais delineada e coerente quanto mais o professor dispuser de
conhecimentos que embasem a sua prática educacional. Isso implica em que, ao lado do
domínio de conteúdos específicos de sua área de formação, o professor tenha
conhecimento das ciências que fundamentam a Educação, e de que são exemplos a
Filosofia, a Psicologia e a Sociologia.

Aqui apresentaremos a Rainha Njinga Mbandi, o maior símbolo da resistência africana


à colonização. Rainha do Ndongo, atual Angola, Nzinga Mbandi (1582-1663) entrou

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para a história como combatente destemida, exímia estrategista militar e diplomata
astuciosa. Ela chefiou pessoalmente o exército até os 73 anos de idade e era tão
respeitada pelos portugueses que Angola só foi dominada depois da sua morte, aos 82
anos.

Ela nasceu entre os africanos de língua bantu, os mesmos que, escravizados no Brasil,
criaram o samba e a capoeira. Seu povo está, portanto, na raiz da nossa identidade
nacional. A sociedade a que ela pertencia, no entanto, é bem pouco conhecida. Como se
a invasão lusitana não bastasse, o reino de Ndongo tinha que se defender dos ataques de
inimigos mais tradicionais: os jagas, um povo de guerreiros saqueadores.

Ainda assim, as guerras não eram a única dor de cabeça da heroína Nzinga Mbandi
(pronuncia-se inzinga imbandi). Ela também teve de aturar forte oposição interna por
ser mulher e ter como mãe uma escrava – mancha grave em sua ficha, já que todo o
poder, no reino, se baseava nas relações de parentesco. Nzinga fora criada pelo pai, o rei
Jinga Mbandi, para ser uma rainha guerreira.

Mas, quando ele morreu, em 1617, foi o irmão dela, Kia Mbamdi, quem assumiu o
trono. Começou, então, uma agitada luta pelo governo de Ndongo. Uma das primeiras
medidas de Kia foi matar o filho único de Nzinga, concorrente em potencial. Ela mesma
só virou rainha em 1624, após o assassinato de Kia durante uma das piores crises do
reino, quando o Ndongo rapidamente perdia terreno para os portugueses. É claro que
não faltaram más línguas para insinuar que teria sido Nzinga a responsável pela morte
do rei. Foi ele, seu próprio irmão, quem abriu as portas para a brilhante carreira
diplomática da rainha. Em meio à crise, Kia precisava de alguém capacitado para
negociar com os portugueses e resolveu pedir ajuda à irmã. Ela, então, partiu para
Luanda com a missão de negociar um acordo de paz com os invasores. Foi recepcionada
em grande estilo, com salvas de canhões, soldados perfilados e tapetes cobrindo toda a
extensão do trajeto. Mas, quando se encontrou com o governador, notou que havia
somente uma cadeira no recinto, sobrando para ela algumas almofadas no chão.

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2. A APRENDIZAGEM

Aaprendizagem pode ser definida como um processo de aquisição de novos


conhecimentos através de experiências vivenciadas e determinadas por fatores
endógenos e exógenos que resultam na modificação do comportamento humano e que
dependem de condições essenciais, tais como: mentais, físicas, sensoriais e sociais para
se desenvolverem.

A aprendizagem é um dos temas mais estudados pela Psicologia da Educação, pois


praticamente todo comportamento e todo conhecimento humanos são aprendidos.
Inúmeros são os autores que discutem as teorias da aprendizagem; assim, procuramos
selecionar os principais teóricos para o desenvolvimento deste artigo, dentre os
principais, aparecem Wallon, Piaget, Vygotsky e Skinner; após analisar os escritos e as
teorias de cada um deles, é notável perceber as enormes contribuições dadas por eles à
educação. As teorias da aprendizagem estabelecem relação com as ações pedagógicas e
refletem também sobre a maneira como as teorias estudadas questionam e se relacionam
criticamente

2.1. O PROCESSO DE APRENDIZAGEM

A atuação docente não pode ser desenvolvida adequadamente apenas pela aplicação de
um receituário de conselhos práticos.

O conhecimento do processo de aprendizagem permite ao professor analisar várias


alternativas, uma das quais será a melhor para uma dada situação. A decisão da
aplicação desse conhecimento será sempre do professor.

Existem diversas teorias sobre a natureza e as condições da aprendizagem, mas


nenhuma satisfatória em todos os seus aspectos. Também não existe uma teoria geral de
aprendizagem, que explique todas as espécies de aprendizagem que os indivíduos
podem manifestar.

A diversidade de teorias de aprendizagem resulta das divergências entre os psicólogos


quanto à interpretação e utilização de dados obtidos sobre aprendizagem, mesmo em
relação a evidências comuns.

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É oportuno esclarecer que, com poucas exceções, as assim chamadas teorias de
aprendizagem são generalizações de princípios de aprendizagem, ao invés de
generalizações de hipóteses comprovadas, o que permitiria a predição, caracterizando,
assim, uma teoria. Em realidade, são explicações resultantes de interpretações diversas
sobre a natureza humana; são tentativas de sistematizar e organizar o que é conhecido
sobre a aprendizagem.

As explicações tornam-se mais difíceis quando se considera que cada indivíduo


apresenta um diferente estilo de aprendizagem. Mais ainda, que há diferentes tipos de
aprendizagem para a diversidade de aprendizagens de um mesmo indivíduo. Por
exemplo: aprender a fazer uma anamnese é diferente de aprender a colher uma amostra
de sangue; aprender a resolver um problema difere da aprendizagem da interpretação de
gráficos; aprender a planejar um programa de vacinação não é o mesmo que aprender a
planejar a dieta de um diabético.

Um ponto importante a ser lembrado é que o processo de aprendizagem, embora


estudado isoladamente, sofre a influência de inúmeras variáveis. A aprendizagem da
pessoa é afetada pela atitude que tem para consigo mesma, por seu nível de ansiedade,
por fatores genéticos, por condições biológicas, por experiências passadas e presentes,
pelo ambiente sócio-cultural, etc.

Determinar como esses vários fatores interagem é quase impossível; daí a existência de
diferentes explicações para o processo de aprendizagem e que podem ser sintetizadas a
partir de três vertentes psicológicas.

2.1.1. VERTENTE: COMPORTAMENTAL


Os psicólogos dessa vertente ressaltam que suas conclusões sobre aprendizagem devem
ser emitidas com base em comportamentos observáveis. Há grande ênfase na
objetividade e nos aspectos que são claramente mensuráveis e definidos. Incluem-se
nesse grupo, entre outros, F.B. Skinner, Robert Thorndike, Clark Hull.

De modo geral, os psicólogos S-R, como são conhecidos, têm como centro de suas
explicações as respostas (R) do organismo a determinado estímulo, ou conjunto de
estímulos (S), bem como as condições que afetam esse relacionamento.
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O estímulo visual, auditivo, ou tátil, acarreta uma resposta intelectual, afetiva, ou
motora. Os padrões de respostas vão-se acumulando e se tornando mais complexos; a
aquisição de novas respostas, experiências anteriores e atuais se fundem em novas e
mais complexas formas de comportamento. Quando a aprendizagem ocorre, o indivíduo
enriquece seu repertório de tipos de comportamento, adquirido um novo, ou
modificando um já existente.
O ensino consiste em arranjar estímulos que reproduzem as respostas desejadas e em
reforçar essas respostas o mais imediatamente possível. Implica decidir
antecipadamente o que será aprendido, e organizar estímulos e reforços que levem o
aluno ao comportamento terminal predeterminado.

2.1.2. VERTENTE: COGNITIVA


Os psicólogos cognitivistas diferem marcadamente dos anteriores. Argumentam que
nem sempre é possível compreender o comportamento, restringindo-o a ações
observáveis. Distinguem-se, entre eles, Kurt Lewin, David Ausubel, Jerome Bruner e
Jean Piaget.

Procuram analisar o pensamento, mesmo não sendo possível sua medição de maneira
objetiva. Enfatizam os processos intelectuais e a forma de abordar problemas
complexos. Preocupam-se com a maneira de o Indivíduo adquirir compreensão de si
próprio e de seu ambiente.

Os tópicos de interesse para os psicólogos dessa vertente são os processos, tais como
resolução de problemas, tomada de decisões, processamento de informações e formação
de conceitos. Ensino, nessa concepção de aprendizagem, consiste em possibilitar ao
aluno a compreensão· de fatos conceitos e princípios, de tal modo que dela resultem as
espécies de aprendizagem desejadas.

Recomendam-se o trabalho em grupo e as discussões, possibilitando assim ao aluno


perceber novas relações de maneiras novas. Mais ainda, diversificar as situações de
aprendizagem, dando oportunidade ao aluno de trabalhar em assuntos selecionados por
ele próprio, e também permitir que explique suas respostas e conclusões4.

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2.1.3. VERTENTE: HUMANISTA
Os psicólogos dessa vertente valorizam o sujeito face à experiência de aprendizagem,
diferindo dos comportamentais, que se fundamentam em dados experimentais, e dos
cognitivos, que dão prioridade às estruturas mentais.

Concordam com os cognitivos quando afirmam que a observação de comportamentos


mensuráveis é restritiva e que a aprendizagem decorrente da associação de estímulos-
respostas pode ser limitada. Entretanto, diferem deles quando enfatizam o significado de
emoções; sentimentos, auto-realizações e relacionamento interpessoal.

Defendem que a aquisição de conhecimento e o desenvolvimento de habilidades


intelectuais e motoras devem ser acompanhadas do desenvolvimento afetivo, uma vez
que o comporta mento humano não pode ser dividido.

Como exemplos de psicólogos dessa vertente, citam-se Abraham Maslow, Carl Rogers
e Arthur Combs. O ensino, nessa concepção, estará voltado para o desenvolvimento das
potencialidades inatas do indivíduo, bem como para sua auto-realização. O professor
desempenha o papel facilitador, salientando-se a importância do relacionamento
professor-aluno. Cabe ao professor propiciar situações tais que o aluno,
simultaneamente, pense, sinta e, se possível, se envolva em uma atividade física, ao
invés de, separadamente, estudar conteúdo, desenvolver atitudes e treinar habilidades
motoras.

Além disso, o professor deverá auxiliar o aluno a clarificar seus valores e atitudes;
possibilitar o seu envolvimento em várias formas de auto-expressão e o ajudar a
compreender e expressar suas emoções, bem como a comunicar-se com os outros.

2.2. A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM

A aprendizagem é essencial para entender como os processos cognitivos são adquiridos


e maturados ao longo da vida. Isso é central na hora de criar intervenções para crianças
e adolescentes de forma a garantir um desenvolvimento pleno e saudável.

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Para os adultos, essa área da psicologia também tem grande importância. Isso porque,
como o cérebro já está maduro, os processos de aprendizagem são bastante diferentes
em comparação com as crianças. Dessa forma, a psicologia do desenvolvimento e da
aprendizagem evidencia a forma como esses processos ocorrem e fornece, inclusive,
diretrizes para potencializá-los.

3. A VIDA E OBRA DE NJINGA MBANDI

3.1. DO NASCIMENTO A MORTE

Nzinga nasceu entre 1581/82, anos após a chegada à região do navegador português
Paulo Dias de Novais (1560) e da fundação da cidade de Luanda (1575), em um
contexto de lutas e resistência contra a ocupação portuguesa. A partir de 1580, os
portugueses intensificaram o comércio de escravizados, entraram em guerra contra
o Ndongo e conquistaram toda a região. Filha de Ngola Mbande Kiluanji, rei
do Ndongo, mostrou-se exímia negociadora ao ser enviada pelo irmão, sucessor do rei
Ngola Mabande, à Luanda, um dos maiores centros de exportação de escravizados do
continente africano, a fim de negociar um tratado de paz que estabeleceria o respeito à
soberania do reino. Nzinga conhecia bem a língua e a cultura portuguesa, em virtude
dos contatos com missionários e comerciantes que passavam pelo Ndongo.

Apesar do período de paz que se seguiu à assinatura do tratado, os conflitos retornaram


com a substituição do vice-rei português por um sucessor que não respeitou os
compromissos assumidos. Com a morte de Ngola Mbande, seu irmão, Nzinga tornou-se
rainha; impôs sua autoridade aos chefes locais, conquistou o reino vizinho
de Matamba e tornou-se uma forte figura política na região.

Durante quatro décadas, Nzinga a Mbande representou a resistência do Ndongo e


permitiu atenuar os projetos portugueses na região, por meio de táticas de guerrilha e
espionagem, dirigindo operações militares, mas também por meio da diplomacia, uma
vez que era exímia negociadora. Fez alianças com o rei do Congo e com holandeses a
fim de defender o seu reino das ameaças portuguesas.

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A Rainha Nzinga morreu aos 82 anos, em 17 de dezembro de 1663 e, depois da sua
morte, a ocupação portuguesa acentuou-se para o interior do continente, visando o
comércio de viventes – o tráfico de escravizados.

3.2. A MUDANÇA DE NOME


O seu nome surge nos registros históricos três anos mais tarde, como uma enviada de
seu irmão, numa conferência de paz com o governador português de Luanda. Após de
anos de incursões portuguesas para capturar escravos, e entre batalhas intermitentes,
Nzinga negociou um tratado de termos iguais, converteu-se ao cristianismo para
fortalecer o tratado e adoptou o nome português de Dona Ana de Sousa.

No ano subsequente, entretanto, reiniciaram-se as hostilidades. As fontes divergem


quanto ao motivo:

Ngoli Bbondi teria se revoltado novamente, fazendo grandes ofensas aos portugueses e
derrotando as tropas do governador português João Correia de Sousaem 1621.

Dona Ana, entretanto, teria permanecido fiel aos portugueses, a quem teria auxiliado
por vingança ao assassinato, pelo irmão, de um filho seu. Tendo envenenado o irmão,
sucedeu-lhe no poder.

Tendo os termos do tratado sido rompidos por Portugal, Dona Ana pediu a seu irmão
para interceder e lutar contra a invasão portuguesa. Diante da recusa de seu
irmão, Nzinga, pessoalmente, formou uma aliança com o povo Jaga, desposando o seu
chefe, e subseqüentemente conquistando o reino de Matamba. Ganhou notoriedade
durante a guerra por liderar pessoalmente as suas tropas e por ter proibido as suas tropas
de a tratarem como "Rainha", preferindo que se dirigissem a ela como "Rei". Em 1635
encontrava-se disponível para formar uma coligação com os reinos
do Congo, Kassanje,Dembose Kissama.

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3.3. AS BATALHAS DE NJINGA MBANDI
Como soberana, rompeu os compromissos com Portugal, abandonando a
religião católica e praticando uma série de violências não só contra os portugueses, mas
também contra as populações tributárias de Portugal na região.

O governador de Angola, Fernão de Sousa, moveu-lhe guerra exemplar, derrotando-a


em batalha em que lhe matou muita gente e aprisionando-lhe duas irmãs, Cambe e
Funge. Estas foram trazidas para Luanda e batizadas, respectivamente com os nomes de
Bárbara e Engrácia, tendo retornado, em 1623, para Matamba.

A rainha manteve-se em paz por quase duas décadas até que, diante do plano de
conquista de Angola por forças da Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais,
percebeu uma nova oportunidade de resistir. Traída eventualmente pelos Jaga, formou
uma aliança com os holandeses que à época ocupavam boa parte da Região Nordeste
do Brasil. Com o auxílio das forças de Nzinga, os holandeses conseguiram ocupar
Luanda, de 1641 a 1648.

Em Janeiro de 1647, Gaspar Borges de Madureira derrotou as forças de Nzinga,


aprisionando sua irmã, D. Bárbara. Com a reconquista definitiva de Angola pelas forças
portuguesas de Salvador Correia de Sá e Benevides, retirou-se para Matamba, onde
continuou a resistir.

Em 1657, um grupo de missionários capuchinhos italianos convenceram-na a retornar à


fé católica, e então, o governador de Angola, Luís Martins de Sousa Chichorro, restitui-
lhe a irmã, que ainda era mantida cativa.

Em 1659, Dona Ana assinou um novo tratado de paz com Portugal. Ajudou a reinserir
antigos escravos e formou uma economia que ao contrário de outras no continente, não
dependia do tráfico de escravos.

Após a sua morte, 7000 mil soldados da Rainha Ginga, foram levados para o Brasil e
vendidos como escravos. Os portugueses passaram a controlar a área em 1671. Em
certas áreas, Portugal não obteve controle total até o século XX, principalmente devido
ao seu tipo de colonização, centrado no litoral.

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CONCLUSÃO
Em síntese, pode-se dizer a Aprendizagem é um processo de mudança de
comportamento obtido através da experiência construída por fatores emocionais,
neurológicos, relacionais e ambientais. Aprender é o resultado da interação entre
estruturas mentais e o meio ambiente.

Esta afirmação poderá redundar sem força argumentativa e nor permitiu


perceber que durante quatro décadas, Nzinga a Mbande representou a resistência do
Ndongo e permitiu atenuar os projetos portugueses na região, por meio de táticas de
guerrilha e espionagem, dirigindo operações militares, mas também por meio da
diplomacia, uma vez que era exímia negociadora.

Nzinga Mbandi desempenhou diferentes papéis durante sua trajetória: cristã, Ngola,
Tembanza, rainha de Matamba, etc. Buscamos compreender estes papéis face à disputa
pelo controle do Ndongo, em que os portugueses a destituíram do trono e instituíram um
novo rei em 1626, para isto, analisamos a questão da legitimidade e do poder feminino
no reino do Ndongo. Entendemos Nzinga como a principal líder da resistência contra a
presença portuguesa em Angola no período, pois além de dar asilo a centenas de
escravos fugidos dos portugueses, impediu feiras e desorganizou a cobrança dos
impostos.

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BIBLIOGRAFIA
MILLER, George - Ensino e aprendizagem nas escolas médicas São Paulo, Nacional,
1967, p. 60.

ROITMAN, Riva - Reflexões sobre o processo ensino-aprendizagem. Educação,


Brasília, 5[20]:62-4, abr/jun, 1976.

MATA, Inocência (Org.). Nzinga Mbandi: história, memória e mito. Lisboa: Edições
Colibri, 2012.

PANTOJA, Selma. Nzinga Mbandi: mulher, guerra e escravidão. Brasilia: Editora


Thesaurus, 2000.

PANTOJA, Selma. “Nzinga a Mbandi”. In: AKYEAMPONG, Emmanuel K.; GATES


JR., Henry Louis (dir). Dictionary of African Biography. Oxford University Press,
2012, v. 4, p. 527-528.

PARREIRA, Adriano. Economia e sociedade em Angola na época da Rainha Jinga.


Lisboa: Editorial Estampa, 1990.

PANTOJA, Selma. Jinga de Angola: a rainha guerreira da África. São Paulo: Todavia
Editora, 2019.

MATA, Inocência (Org.). Nzinga Mbandi: história, memória e mito. Lisboa: Edições
Colibri, 2012

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