Você está na página 1de 19

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A Influencia da Personalidade Humana para o Relacionamento Saudáveis Entre os


Casais em Moçambique”

Manuel Lucas Mondlane

Código:708221385

Curso: Licenciatura em Ensino de Matemática


Disciplina: Habilidades da Vida, Saúde Sexual e
Reprodutiva, Género e HIV-Sida
Ano de Frequência: 2o
Docente: Jonito João Anguacheiro

Milange, Setembro, 2023

i
Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
1.0
Introdução objectivos
 Metodologia
adequada ao
2.0
objecto do
trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
Conteúdo académico 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência
/ coesão textual)
Análise e
 Revisão
discussão
bibliográfica
nacional e
2.0
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referência
bibliografia s bibliográficas

ii
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
________________________________________________________________________

iii
Índice
1.1. Delimitação e enquadramento do tema.......................................................................6

1.2. Objectivos do trabalho................................................................................................6

1.2.1. Objectivo geral........................................................................................................6

1.2.2. Objectivos Específicos............................................................................................6

1.3. Metodologia do trabalho.............................................................................................6

2. A Influencia da Personalidade Humana para o Relacionamento Saudáveis Entre os


Casais em Moçambique.........................................................................................................7

2.1. Conceito de Personalidade..........................................................................................7

2.2. Etapas do desenvolvimento da personalidade.............................................................7

2.2.1. Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Freud................................7

2.3. Os Tipos de Temperamento......................................................................................10

2.4. As Capacidades Humanas.........................................................................................11

2.5. Os pilares de auto-estima e auto-confiante...............................................................11

2.6. Os Pilares Psicológicos da Autoconfiança................................................................13

2.7. As formas como a personalidade influencia na resolução de conflitos.....................15

2.8. A relação existente entre o género e personalidade..................................................17

3. Conclusão......................................................................................................................18

4. Referências Bibliográficas............................................................................................19

4
1. Introdução
Para responder à problemática, o objectivo geral consiste em analisar a contribuição da
personalidade no processo de ensino/aprendizagem. Neste trabalho mostra-se um pouco da
personalidade, suas características, formação, estruturas e também dos aspectos da
personalidade. Pode-se ver que nem sempre a personalidade é normal, tendo assim as
vezes algumas anomalias, precisando de tratamentos específicos. Tem-se uma ideia
melhor, do que seria a personalidade de cada ser humano, como ela se desenvolve, em que
período isso ocorre. O trabalho está estruturado de seguinte forma: Introdução,
Desenvolvimento, Conclusão e Bibliografia.

5
1.1. Delimitação e enquadramento do tema
O presente estudo enquadra-se no âmbito da formação em licenciatura em Ensino de
Matemática pela UCM - IED. Trata - se de um trabalho de campo da cadeira de
Habilidades da Vida, Saúde Sexual e Reprodutiva, Género e HIV-Sida.

1.2. Objectivos do trabalho


Constituem-se objectivos para este trabalho os seguintes:

1.2.1. Objectivo geral


 Compreender a Influencia da Personalidade Humana para o Relacionamento
Saudáveis Entre os Casais em Moçambique”.

1.2.2. Objectivos Específicos


 Definir o conceito da personalidade e as suas fases do seu desenvolvimento;
 Identificar diferentes tipos de temperamento;
 Identificar as principais capacidades humanas;
 Explicar os pilares de auto- estima e auto-confiante
 Descrever as formas como a personalidade influencia na resolução de conflitos.

1.3. Metodologia do trabalho


Para a realização deste trabalho optou-se pelo método dedutivo. Concernente a abordagem
do problema valorizou-se a abordagem qualitativa, isto é, descrever o fenómeno em estudo
qualitativamente, descreveu-se as opiniões levantadas permitindo melhor compreensão dos
resultados. Trata-se de uma pesquisa descritiva que optou também pela pesquisa
bibliográfica.

6
2. A Influencia da Personalidade Humana para o Relacionamento Saudáveis
Entre os Casais em Moçambique

2.1. Conceito de Personalidade


Parece que em Psicologia os conceitos usados não são consensuais, isso seria exagerado,
mas é certo que estes conceitos são mais debatidos, e por isso não constituem crise
científica pelo contrário revelam o quanto os profissionais desta área estão trabalhando.

O temo personalidade “vem do latim persona que originalmente significava máscara”


(Cardoso, Frois & Fachada, 1993, p. 370). Esta visão serviu para definir personalidade do
ponto de vista externo. Mais tarde o conceito de personalidade passou a referir as
qualidades que estão por detrás da máscara, ou seja, as qualidades íntimas e pessoais do
indivíduo.

Neste sentido Pestana & Páscoa (1995) entendem por personalidade ao conjunto
estruturado das características inatas (herdadas), das aquisições do meio (sociocultural), e
da história das experiências vividas (desenvolvimento) que organizam e determinam o
comportamento do indivíduo.

A definição destes autores dispensa o esclarecimento dos elementos importantes no


desenvolvimento da personalidade, pois ficou claro que o meio, a herança, e as
experiências vividas constituem factores preponderantes na compreensão da totalidade do
indivíduo.

2.2. Etapas do desenvolvimento da personalidade


As duas teorias da personalidade mais conhecidas que enfatizam nas diferentes etapas que
moldam seu desenvolvimento são, por um lado, a teoria de Sigmund Freud e, por outro
lado, a teoria de Erik Erikson. Elas são explicadas a seguir.

2.2.1. Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Freud


De acordo com a teoria da personalidade de Freud, o desenvolvimento da personalidade é
dividida em cinco etapas ou fases que são identificadas com as zonas erógenas, os órgãos
nos quais o prazer sexual, a energia e a libido das pessoas são focalizados (Cardoso; Frois;
Fachada,1993).

7
Além disso, cabe destacar que, devido à experiência de algum trauma, uma fixação ou
uma regressão pode ocorrer no processo de desenvolvimento, portanto, se ocorrer uma
alteração em uma das etapas específicas, a personalidade da pessoa será determinada por
isso. As etapas de Freud são:

 Etapa oral (0-1 ano)

É a primeira etapa do desenvolvimento que começa no nascimento e dura até o primeiro


ano de vida das pessoas. Nesta etapa ou fase, o prazer é encontrado na boca e é obtido com
actividades de sucção, de chupar, de comer ou de morder. Normalmente é relacionada com
o ato de mamar, morder objectos, entre outros.

A correcta evolução dessa etapa depende das experiências agradáveis e seguras que
as crianças experimentam durante esse período. Assim, segundo Freud, um grande
exemplo de trauma vivenciado nessa situação que pode provocar uma fixação
nessa etapa é o fato de interromper a amamentação antes do previsto ou amamentar
por mais tempo que o necessário. Os resultados de uma fixação nessa etapa podem
ser vícios em tabaco, roer as unhas, entre outros (Cardoso; Frois; Fachada, 1993,
p. 91).
 Etapa anal (1-3 anos)

Essa etapa começa ao um ano e termina aos 3 anos. É caracterizada por ser a etapa na qual
a fonte de prazer é encontrada no ânus, portanto, está relacionada com actividades
agradáveis do controlo dos esfíncteres (incluindo também a bexiga), como reter e/ou
expulsar fezes. Segundo Freud, nessa etapa podem surgir dois inconvenientes se a
evolução adequada não for seguida: por um lado, as crianças podem apresentar uma grande
retenção de fezes, levando a constipação e, consequentemente, desenvolver um carácter
teimoso. Por outro lado, as crianças podem se rebelar e expulsar as fezes em momentos
inoportunos e, consequentemente, desenvolver um carácter mais destrutivo.

 Etapa fálica (3-6 anos)

A terceira etapa do desenvolvimento, de acordo com Freud, começa aos 3 anos e termina
aos 6 anos, e a fonte de prazer é focada nos órgãos genitais (no caso da mulher, no clitóris,
comparada à etapa clitoridiana). Essa etapa está relacionada com o prazer que as crianças
sentem com o exibicionismo dos seus genitais e o interesse pelos genitais do sexo oposto e
o próprio. No início dessa etapa, as pessoas mostram um grande interesse autoerótico, mas
com o passar do tempo, o foco de interesse muda para os pais, levando em consideração o
complexo de Édipo.

8
Assim, o complexo de Édipo é caracterizado pela busca de satisfação no progenitor
do sexo oposto, embora também apareça um interesse para o progenitor do mesmo
sexo, em relação à superar sua rivalidade. É comum que as crianças, nessa etapa,
busquem contacto corporal, carícias, se masturbem ou criem fantasias em relação
ao que as pessoas mais velhas fazem. No entanto, chega um momento em que o
complexo de Édipo entra em um estado de liquidação, onde pequenas diferenças
são encontradas entre meninos e meninas (Cardoso; Frois; Fachada, 1993, p. 99).

Por um lado, no caso dos meninos, a hostilidade que mostram em relação ao pai,
concebido como um rival, e o interesse sexual pela mãe fazem com que o menino espere
ser castigado com a castração. Além disso, as fantasias de castigo não satisfeitas podem
provocar sintomas neuróticos na personalidade do menino. E é nessa fase do complexo de
Édipo em que o menino se identifica com o pai e quer adoptar sua imagem, a agressividade
rival desaparece e perde o interesse pelo falo.

 Etapa de latência (5-12 anos)

Essa etapa começa aos cinco anos e termina aos doze, a idade aproximada em que a
puberdade começa. Nessa etapa, os impulsos sexuais permanecem adormecidos, ou seja,
há uma supressão temporal do instinto sexual nas crianças durante esse período. Nesse
sentido, essa etapa é caracterizada por não ter uma área específica onde o prazer está
focalizado.

 Etapa genital (puberdade e maturidade)

Essa é a última etapa do desenvolvimento, segundo Freud, e é acompanhada por mudanças


físicas, psíquicas e emocionais próprias da idade. A zona erógena na qual o prazer é
focado é novamente os genitais, embora, neste caso, as pessoas já tenham a capacidade de
expressar a sexualidade em função do consenso e do vínculo com as outras pessoas. Em
outras palavras, poderíamos dizer que se trata da sexualidade adulta e madura. Essa etapa é
caracterizada pelo surgimento, novamente, dos interesses sexuais e de satisfação,
actividades sexuais começam e a organização e a maturidade sexual são produzidos
(Grossi, 2013). Além disso, a identidade sexual das pessoas é reafirmada. Finalmente, cabe
destacar que nessa etapa são desencadeados aspectos como a amabilidade, afectuosidade,
receptividade, segurança, aptidão, capacidade de compreensão e apreciação do bem-estar
dos outros, a inclinação para colaborar com outras pessoas.

9
2.3. Os Tipos de Temperamento

Antes de começar a explicar cada um deles, é importante falar que não necessariamente
temos apenas um temperamento. Podemos ter traços de outros, mas, geralmente, um deles
impera em nossa personalidade (Cardoso; Frois; Fachada, 1993).

Outra coisa importante é: não fique apontando o temperamento de outra pessoa e não use
isso como forma de menosprezar ou recriminar alguém.

Os temperamentos podem ser trabalhados em cada um de nós com uma boa dose de
autoconhecimento.
 Sanguíneo
A pessoa que tem o temperamento sanguíneo é caracterizada por ser mais extrovertida e
optimista.

São pessoas alegres, esperançosas, calorosas, amáveis e simpáticas. De modo geral são
explosivas, instáveis emocionalmente, impulsivas e até egoístas.

Sabe aquele seu amigo que tem uma certa dificuldade de ficar quieto? Que está sempre
fazendo uma piada ou que te interrompe sempre que você está falando? Então, essas são
características de um sanguíneo.

 Colérico
Pessoas com temperamento colérico são mais explosivas e agressivas do que as demais.

São pessoas dominadoras, ambiciosas, determinadas, impulsivas, comandam e lideram e


são bons planejadores. Em algumas situações são intolerantes, egocêntricos e impacientes.
 Fleumático
Sabe aquela pessoa que faz de tudo para evitar um conflito? Então, essa é uma das
características de um fleumático.
São pessoas dóceis, pacíficas, sonhadoras, positivas e disciplinadas. Geralmente essas
pessoas são confiáveis e equilibradas.

10
 Melancólico
O temperamento mais profundo é o melancólico. Os melancólicos são sensíveis em suas
emoções, são pessoas detalhistas, que gostam de ficar mais quietinhas.

Possuem dificuldade de expor as suas emoções e sentimentos, são fiéis e desconfiados. São
pessoas leais, sensíveis e dedicadas.

2.4. As Capacidades Humanas


O ser humano é dotado de tipos de capacidades: as capacidades requisitadas, as
capacidades existentes e as capacidades acessadas. E é esse conjunto de capacidades, bem
como a interacção entre elas, que nos garante uma actuação assertiva, especialmente nos
momentos de adversidade.

 Física: saúde, vigor, destreza, força muscular, agilidade, coordenação, rapidez e


precisão.
 Intelectual: aptidão para compreender, aprender e ter discernimento (ou saber
diferenciar), força e agilidades intelectuais, habilidades analíticas, julgamento e
engenhosidade.
 Morail: energia, firmeza, coragem de aceitar as responsabilidades, iniciativa,
decisão, tacto e dignidade.
 Cultura geral: conhecimentos variados que não são exclusivamente da função
exercida.
 Conhecimentos especiais: relativos unicamente a função exercida, seja ela técnica,
comercial, financeira, administrativa.
 Experiência: conhecimento resultante da prática das funções, adquirido na
vivência de problemas reais e na própria realização de trabalho.

2.5. Os pilares de auto-estima e auto-confiante


 Os pilares da auto-estima

A teoria dos pilares da auto-estima é uma ideia de dois psicólogos e pesquisadores


alemães, Friederike Potreck-Rose e Gitta Jacob, detalhada num livro de autoria da dupla
publicado em 2006, “Auto-devoção, Autoconfiança, Auto-aceitação — Intervenções
Psicoterapêuticas para Construir a Auto-estima.

11
 1 – Auto-aceitação
Auto-aceitação é aceitar as suas imperfeições e os seus defeitos, mas também valorizar
suas qualidades e pontos fortes e positivos. Ou seja, é olhar para si e pensar: sou assim e
dessa forma, e tudo bem. Isso não significa que devemos nos contentar com o que pode ser
mudado e melhorado.

Na verdade, significa apreciar também o seu processo de melhora e a sua caminhada, até
finalmente chegar ao seu destino. É, de maneira resumida, estar satisfeito consigo,
respeitando quem você é e não perdendo tempo demais pensando: “Queria ser diferente ou
de determinado jeito”.

 Autoconfiança
Autoconfiança é a capacidade de acreditar em si mesmo, de crer que é capaz de conseguir
um bom desempenho, por acreditar em suas capacidades. E isso pode ser aplicado em
várias situações: acreditar que pode conseguir aquela vaga de emprego, que pode
construir um relacionamento saudável, que é possível mudar e melhorar.
Ser auto-confiante não significa ser arrogante, isto é, acreditar que é incrível e
invulnerável, capaz de conseguir tudo aquilo que quiser. É, na verdade, analisar seus
pontos fortes e fracos e, mesmo assim, chegar à conclusão de que é possível.

 Autorresponsabilidade
Feliz ou infelizmente, nem todos os aspectos da nossa vida estão nas nossas mãos.
Muitas vezes, não é nossa culpa uma demissão, o término de um relacionamento, o
fim de uma amizade, uma doença, o afastamento de uma pessoa querida… Mas o
que fazemos com o que fazem connosco é nossa responsabilidade (Grossi, 2013, p.
183).

Isso não significa que você não deva se permitir sofrer ou se enxergar como vítima de uma
situação. Na verdade, significa que você precisa assumir a sua responsabilidade para
consigo e reflectir a respeito do que vai fazer com as situações que lhe acontecem. Você
ajuda a construir as consequências do que te afecta.

 Competência social
Por mais que você aprecie o silêncio, a solidão e os seus momentos consigo, somos seres
humanos. Ou seja, somos seres sociais. Construir relações saudáveis é parte de nossas

12
vidas, sejam relacionamentos afectivos e amorosos, familiares, de amizade ou mesmo
profissionais.

Portanto ser capaz de construir essa rede de relações está directamente relacionado com a
nossa auto-estima, porque, querendo ou não, recebemos validações externas a respeito de
quem somos, geralmente vindas das pessoas que amamos e que fazem parte da nossa
caminhada.

 Melhorar? Para si
Por fim, quase toda reflexão e auto-análise termina com conclusões a respeito do que é
preciso melhorar e de como é possível evoluir. Mas uma coisa deve ficar clara para você,
para que a sua auto-estima não seja bagunçada pelas expectativas, demandas e pressões
externas.

E o que deve ficar claro é: mudar? Só se for para você! Isso significa que qualquer
conceito como mudança, desenvolvimento e evolução devem vir daquilo que você acredita
que é bom para si, não do que os outros projectam e esperam de você. Melhore sempre,
sim, mas melhore pensando no que você acha bom.

2.6. Os Pilares Psicológicos da Autoconfiança


 Positividade
Inegavelmente, um padrão comum em homens inseguros é a negatividade. Em outras
palavras, sempre acha que fracassará antes mesmo de começar algo.
E se este for o seu caso, quando você se foca no que pode dar errado, perde toda a energia
e motivação para continuar, uma vez que justamente o que nos motiva é o desejo de
conseguir aquilo que desejamos muito (Bem, 1981).
Então, quando acha que as chances de falhar são muito altas, você está, na verdade, se
focando em conseguir um fora, e não em sair com uma gata. Isso nem de longe é algo que
possa te motivar.
Portanto, quando chegar em uma mulher, mentalize o sucesso, ou seja, que conseguirá o
telefone ou que irá beijá-la. Isso sim potencializará sua energia mental e irá motivá-lo para
a acção.

13
 Convicção
Muito se fala sobre o poder do pensamento positivo. No entanto, de nada adianta a
mentalização, se os pensamentos positivos forem superficiais. Por isso, é fundamental que
você acredite com total convicção naquilo que está pensando (Bem, 1981).
Só para ilustrar, mesmo que pense agora que é um “homem irresistível para as mulheres”.
Mas se pensa que não é verdade, então ficará inseguro diante de uma gata.
Portanto, você precisa antes passar por um processo de mudança.
Portanto, modifique aquilo que faz você pensar negativamente, instalando novas crenças
positivas. E saiba que investir em seu visual e em seu desenvolvimento pessoal ajuda
muito a aumentar a convicção sobre as próprias capacidades.

Uma lista de acções para aumentar a sua convicção:


 Faça uma lista de qualidades e tome consciência e a releia todos os dias;
 Desvie-se de seus pensamentos quando forem autodepreciativos;
 Pratique tácticas de relaxamento como mindfulness, ioga, etc.
 Lembre-se sempre de experiências positivas;
 Fique feliz com as pequenas vitórias diárias.

 Consciência de capacidade
Se você chegar hoje em uma mulher, poderá imaginar que não tem assuntos para conversar
com ela e cometerá os mesmos erros de antes. Por isso, as chances de falhar são muito
altas.
Como resultado, terá pouca motivação para chegar nas mulheres, pois é como fazer uma
prova sem ter estudado: sente-se inseguro por achar que as chances de fracassar são altas
(Bem, 1981).
Por outro lado, quando você evolui internamente, muda o seu visual e aprende como
conversar e a se comportar com as mulheres: terá alta capacidade de conquistá-las.
Isso ocorre devido ao fenómeno chamado de “consciência de capacidade”: quanto mais
você aprende e desenvolve habilidades sobre algo, mais confiança sente para realizar
acções sobre esse tema.

14
 Foco no desenvolvimento pessoal
Grande parte dos homens falham com as mulheres porque estão exclusivamente focados no
resultado. De fato, esses caras não avaliam todo o processo de aprendizado e
desenvolvimento, por isso se desmotivam quando começa a dar errado.
E vai dar errado.
Por outro lado, vencedores focam suas energias no desenvolvimento pessoal, eles sabem
que no início vão falhar, mas que a falha faz parte do processo de aprendizado e que sem
ela não evoluem.
E isso se aplica inclusive a você.
Será rejeitado, falhará em relacionamentos e cometerá muitos erros antes alcançar o
sucesso. Aliás, se não se acostumar a lidar com o fracasso como algo momentâneo e
natural, dificilmente conseguirá alçar voos altos.

 Abundância
Sempre haverá uma nova oportunidade, por isso não tenha medo de se arriscar e de
perder. Saiba que homens que pensam de forma escassa demoram a agir por
esperarem o momento perfeito, uma vez que para eles a oportunidade sempre é
vista como única. Um vencedor não tem medo de falar uma bobagem com a
mulher desejada, que pode rejeitá-lo por isso. Porque se isso acontecer, o Alpha
saberá que existirão muitas outras mulheres para tentar novamente (Bem, 1981, p.
11).

Então, pense de forma abundante: não tenha medo de errar, pois haverá outras
oportunidades de tentar novamente.
Recapitulando, os processos mentais para elevar a sua autoconfiança a um nível Alpha:
 Pense de forma abundante, que o universo te proporciona inúmeras possibilidades;
 Tenha convicção de que é um homem interessante, passe a acreditar mais no seu
potencial;
 Foque-se no seu desenvolvimento, e entenda que mesmo falhando você se
desenvolve;
 Evolua para ter consciência da própria capacidade de conquistar mulheres;
 Mantenha seu foco no resultado positivo, naquilo que deseja.

2.7. As formas como a personalidade influencia na resolução de conflitos

15
 Mediação

Diferentemente da conciliação, o agente terceiro não tem participação activa na mediação.


O mediador apenas estabelece um diálogo entre as partes para que elas, por si mesmas,
cheguem a um acordo. Embora o processo todo seja informal, o papel do mediador é
garantir que ele discorra de maneira organizada e efectiva. Mais uma vez, ambas as partes
saem ganhando ao final, e ainda economizam com os trâmites judiciais.

 Autocomposição

Nesse caso, o acordo é firmado pelas próprias partes — a figura do conciliador ou


mediador pode estar presente, mas não é imprescindível. A proposta, apresentada por uma
ou ambas as partes, consiste em um meio-termo, onde cada um cede um pouco, de modo
que todos saiam satisfeitos.

Esse método se diferencia dos demais pelo protagonismo exclusivo das partes envolvidas.

 Arbitragem

Nesse caso, as partes, de certa forma, “terceirizam” a solução do conflito. Ambas desejam
chegar a um acordo, no entanto, para isso, elegem uma pessoa ou instituição que atuará na
mediação. As decisões são especializadas e, inclusive, algumas são propostas com base em
experiências anteriores. Embora seja uma forma de solução sem chegar à Justiça, existem
contratos e normas que regem todo o processo.

Embora os métodos de solução de conflitos sejam formas de solucionar discordâncias sem


recorrer à Justiça, o juiz, o advogado e demais profissionais do direito também podem
estimular a sua aplicação.

Existem, inclusive, especialistas nesse ramo de actuação, mas, para isso, há uma formação
específica: o F, no qual você aprende a lidar com a questão e aplicar esses e outros
métodos para que as partes cheguem a um acordo.

16
2.8. A relação existente entre o género e personalidade
Os Direitos da Personalidade são irrenunciáveis e intransmissíveis, haja vista que são
ferramentas para que o indivíduo possa promover a defesa de sua identidade e dignidade.
Já os estudos acerca da Identidade de Género ampliaram a visão de indivíduo, e, com isso,
trouxeram à tona a complexidade do que realmente significa ser um sujeito de direito.
Neste sentido, apesar de toda uma evolução do direito em combater o preconceito, assim
como a existência de teorias que desmistificam as transidentidades, estas ainda navegam à
margem da sociedade (Carter, 2014). Como exemplo desta realidade, está a sua
patologização pela Comunidade Médica.

17
3. Conclusão
As pessoas, geralmente, reconhecem a personalidade uma das outras através dos
comportamentos que são exibidos, com grande frequência, por elas. A sociedade, ao
observar o comportamento das pessoas, pode aprová-lo ou desaprová-lo, implicando em
um controle social (membros considerados desapropriados sofrem profundas repressões).

Podemos perceber que a sociedade, portanto, é a maior influenciadora da personalidade,


pois ela força seus membros, que são considerados desapropriados, a mudarem seus
hábitos e comportamentos, a fim de enquadrá-los em seus padrões e regras.

Ao desempenhar papéis aceitos pela sociedade, as pessoas podem estar anulando sua
verdadeira personalidade, que mostra por que, hoje em dia, os indivíduos sentem tanta
dificuldade de encontrar seu verdadeiro eu. Porém, vale lembrar que o homem também é a
sociedade e que ele também a mantém e determina.

18
4. Referências Bibliográficas

Bem, SL (1981). Teoria do esquema de género: um relato cognitivo da tipagem sexual.


Revisão psicológica, 88 (4), 354-364.

Cardoso, A.; Frois, A.; Fachada, O. (1993). Rumos da Psicologia. Lisboa, Edições Rumo.

Carter, M. (2014). Socialização de género e teoria da identidade. Ciências Sociais , 3,


242-263. doi: 10.

Davidoff, L. (2001). Introdução à Psicologia. 3 ed. São Paulo: Artmed.

Grossi, M. P. (2013). «Identidade de género e sexualidade». Consultado.

Lindsey, L. (2005). Papéis de género: uma perspectiva sociológica. Nova Jersey: Pearson
Prentice Hall.

Pestana, E.; Páscoa, A. (1995). Dicionário Breve de Psicologia. Lisboa: Editora Presença.
.

19

Você também pode gostar