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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Actividade II

Helena Avelino Tiago

Código: 708212849

Curso: Educação Física


Disciplina: Bases de Educação
Física Especial
Ano de frequência: 1º

Nampula, Junho de 2022

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Folha de Feedback

Folha de Feedback
Classificação
Nota
Categorias Indicadores Padrões Pontuação do Subtota
máxima tuto l
r
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
2.0
Conteúdo (expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e  Revisão
discussão bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Referência Normas APA  Rigor e coerência
s 6ª edição em das
4.0
Bibliográfi citações e citações/referências
cas bibliografia bibliográficas

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Recomendações de melhoria:

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Conteúdo
Folha de Feedback....................................................................................................................1
Recomendações de melhoria:.......................................................................2_Toc105312498
1. Introdução...........................................................................................................4

1.1. Objectivos...............................................................................................................4

1.1.1. Objectivo Geral...................................................................................................4

1.1.1. Objectivos Específicos.............................................................................................4


1.2. Metodologia.................................................................................................................5
2. Revisao Literaria.......................................................................................................6

2.1. Deficiência Mental.................................................................................................6

2.2. Metodologias Basicas para a aula de educacao fisica em individuos com


retardado mental................................................................................................................7

2.3. Transtorno de Conduta e identifique os factores de risco mais importantes para o


seu desenvolvimento.........................................................................................................8

2.3.1. Os principais sintomas presentes são:.......................................................................8


2.4. diagnostico de transtorno de conduta............................................................................8
2.6. Os tipos de Deficiência auditiva e estratégias para o ensino de Educação Física a
indivíduos portadores de Deficiência auditiva................................................................10

2.7. Perda auditiva neurossensorial....................................................................................11


2.11. Estratégias a ter em conta para desenvolver um programa de Educação Física
para deficiente físico........................................................................................................13

2.12. a deficiência e a principais modalidades a praticar...........................................15

2.13. Desigualdade e Diferença.......................................................................................16


2.14. Educação Especial, Educação Inclusiva e os princípios da aprendizagem
especial. 17

2.14.1. Educação Inclusiva...........................................................................................17

2.14.2. Princípios da educação Inclusiva......................................................................18

3. Conclusão................................................................................................................20

4. Referencias Bibliográficas.......................................................................................21

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1. Introdução

O presente trabalho visa abordar alguns aspectos relacionados com bases educativas
especiais. Na nossa sociedade contemporâneo têm-se uma nova Educação Física
fundamentada na inclusão social e nos princípios da Educação Especial que muito
transformou-se a partir do século XX, sendo capaz de transformar os valores vigentes
estagnados, que atenda a diversidade dos homens, que solidifique o partilhar e cooperar
nas relações sociais, sem ostentar a caridade, mas o respeito às particularidades;
possibilitar a sociedade a convivência respeitando os limites, desenvolvendo um
cidadão mais sociável numa sociedade tão exclusiva, com a certeza de que se está
trabalhando para minimizar a discriminação em busca dos direitos humanos, onde a
responsabilidade é de todos, sendo de vital importância para a inclusão dos especiais no
mercado de trabalho, desempenhando seu papel para o verdadeiro exercício de
cidadania.

1.1. Objectivos
Para Marconi & Lakatos (2002:24) “toda pesquisa deve ter um objetivo determinado
para saber o que se vai procurar e o que se pretende alcançar.

1.1.1. Objectivo Geral


Para Andrade (2009) o objetivo geral está ligado ao tema de pesquisa.

 Conhecer a Bases da educação Especial;

1.1.1. Objectivos Específicos


De acordo com Marconi & Lakatos (2003:219) os objetivos específicos “apresentam
caráter mais concreto. [...], permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro,
aplicá-lo a situações particulares.

 Descrever a deficiência mental e os seus niveis.


 Perceber sobre a educação especial, inclusiva e os princípios da educação
Inclusiva.
 Explicar anatomicamente o ouvido;

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1.2. Metodologia
Gil (2008) diz que metodologia descreve os procedimentos a serem seguidos na
realização da pesquisa. Para se realizar a pesquisa vou recorrer numa leitura
interpretativa de obras diversas que abordam o assunto e usarei alguns artigos
disponibilizados na internet.

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2. Revisao Literaria

2.1. Deficiência Mental

Segundo a AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental) e DSM-IV (Manual


Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), pode-se definir deficiência mental
como o estado de redução notável do funcionamento intelectual inferior à média,
associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo:
comunicação, cuidados pessoais, competência doméstica, habilidades sociais, utilização
dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e
trabalho.

Segundo critérios das classificações internacionais, o início da Deficiência Mental deve


ocorrer antes dos 18 anos, caracterizando assim um transtorno do desenvolvimento e
não uma alteração cognitiva como é a Demência.

É preciso que haja vários sinais para que se suspeite de deficiência mental. Um único
aspecto não pode ser considerado como indicativo de qualquer deficiência.

A deficiência mental pode ser caracterizada por um quociente de inteligência (QI)


inferior a 70, média apresentada pela população, conforme padronizado em testes
psicométricos ou por uma defasagem cognitiva em relação às respostas esperadas para a
idade e realidade sociocultural, segundo provas, roteiros e escalas, baseados nas teorias
psicogenéticas.

1.1. Segundo Tembe (2002), pode haver problemas relacionados ao


equilíbrio, coordenação, locomoção, ansiedade, perturbações de personalidade,
falta de autocontrole e outros e a deficiência é dividida em níveis, a saber:
 Limite ou boderline que apresenta um pequeno atraso na aprendizagem,
 Ligeiro que apresenta um atraso mínimo nas áreas receptivo-motoras,
 Moderado que apresenta dificuldades em leitura, escrita e cálculos,
 Severo que apresenta problemas psicomotores e profundo que apresenta
significativamente problemas sensório-motores e de comunicação.

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Para diagnosticar a deficiência mental, deve-se analisar o indivíduo em sua totalidade,
ou seja, estudar todo o seu organismo e suas funções, além do seu comportamento e
suas relações.

2.2. Metodologias Basicas para a aula de educacao fisica em individuos


com retardado mental

Por se tratar de problemas, Gorgatti & Costa (2005) citam que as deficiências podem
ser: mentais, físicas, visuais ou auditivas isoladas, mas é freqüente a deficiência
combinada, principalmente quando a causa delas abalou o sistema central, que controla
todo mecanismo neuromotor do homem.

É importante o conhecimento de tais problemas, pois, independente da escolha de


atuação do profissional da área, haverá sempre a possibilidade de se trabalhar com
pessoas que têm deficiência, seja em escolas regulares, academias, clubes, colônias de
férias, enfim, em qualquer lugar.

Portanto, os deficientes mentais, segundo Diament e Cypel (1996), são aqueles que
possuem uma inteligência insuficientemente desenvolvida; ele é incapaz de competir
com igualdade com seus companheiros ditos "normais"; não conseguem cuidar de si
próprio com independência; possui um vocabulário limitado com aprendizagem lenta;
apresenta dificuldade na compreensão das explicações e informações.

Quando se trabalha com deficientes mentais, algumas dicas, segundo Strapasson (2006),
devem ser respeitadas, como: demonstrar o exercício ou a atividade após explicação do
mesmo, assim os alunos recebem duas fontes de informação; iniciar com exercícios de
fácil execução e aumentar o grau de dificuldade gradativamente, favorecendo situações
de sucesso; incentivar o auxílio dos alunos como monitores e ajudantes de turma,
favorecendo a independência, a autonomia e a cooperação.

O êxito proporcionado nas aulas de EF gera um sentimento de satisfação e competência,


mas experiências sucessivas de fracasso e frustração acabam por gerar uma sensação de
impotência que, num limite extremo, inviabiliza a aprendizagem. (PARÂMETROS
CURRICULARES NACIONAIS, 1997).

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2.3. Transtorno de Conduta e identifique os factores de risco mais
importantes para o seu desenvolvimento.
O transtorno de conduta é caracterizado por comportamento antissocial persistente com
violação de normas ou direitos individuais. Os comportamentos disruptivos ocorrem em
casa, escola e/ou comunidade.

2.3.1. Os principais sintomas presentes são:


Agressão a pessoas e animais

 Perseguir, atormentar, ameaçar ou intimidar os outros


 Iniciar lutas corporais
 Usar “armas” que podem causar ferimentos
 Ser fisicamente cruel com as pessoas
 Ser fisicamente cruel com animais, ferindo-os
 Roubar ou assaltar, confrontando a vítima
 submeter alguém a atividade sexual forçada

Destruição de propriedade

 Iniciar incêndio com a intenção de provocar sérios danos


 Destruir propriedade alheia deliberadamente

Falsidade ou Furto

 Arrombar e invadir casa, prédio, carro


 Mentir e enganar para obter ganhos materiais ou favores para fugir de
obrigações
 Furtar objetos de valor

Violações graves de regras

 Passar a noite fora, apesar da proibição dos pais


 Fugir de casa pelo menos duas vezes
 Faltar a escola sem motivo

2.4. diagnostico de transtorno de conduta


O diagnóstico de transtorno de conduta aplica-se a indivíduos com idade inferior a 18
anos e requer a presença de pelo menos 3 (três) desses comportamentos nos últimos 12
meses e de pelo menos um comportamento antissocial nos últimos seis meses.

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Os fatores de risco para o desenvolvimento deste transtorno podem ser:

Temperamentais: Temperamento infantil de difícil controle e inteligência abaixo da


média;

Ambientais: Rejeição e negligência familiar, disciplina agressiva, abuso físico ou


sexual, criminalidade parental (exposição à violência);

Genéticos e fisiológicos: pais biológicos, adotivos ou irmãos com o transtorno.


Diferenças estruturais e funcionais em regiões do cérebro associadas à regulação e ao
processamento do afeto;

Modificadores do curso: Persistência em casos de subtipo com início na infância e


“com emoções pró-sociais limitadas”. Comorbidade com TDAH e Abuso de
Substâncias.

2.5. Prognóstico e Tratamento

Independente da modalidade de tratamento, o prognóstico é muito reservado. O


tratamento tem como objetivo reconstruir a consciência e o superego por meio de um
trabalho intensivo com os pais para estabelecer uma estrutura consistente, livre de
corrupção e dirigida a um vínculo com o terapeuta.

Devem ser tomadas medidas de proteção para o indivíduo, para a família e para a
sociedade. Também deve-se verificar sintomas farmacologicamente tratáveis (TDAH,
impulsos, episódios psicóticos). Em muitos casos se faz necessária a internação como
forma de proteção para o indivíduo e para as pessoas ao seu redor.

As intervenções existentes englobam terapia de apoio para a família com o intuito de


trabalhar a sobrecarga de raiva e desesperança. Estes sentimentos ao serem captados
pela criança/adolescente podem fazer com que o quadro piore. Existe uma tendência da
família a negar a gravidade do quadro e deve-se capacitá-los para o estabelecimento
firme e consistente de limites. (DUARTE, 2003)

Caso existam irmãos, deve-se limitar o contato até que consiga interagir de forma não-
agressiva. Mediante uma situação de roubo os familiares devem estimular a
devolução/reparação enfatizando a seriedade desta atitude. A família deve estar atenta
aos comportamentos e resultados (ex.: se fez ou não a tarefa de casa) como medida para
prevenir a presença de mentiras e tentativas de manipulação.

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Os sinais de arrependimento devem ser demonstrados e não apenas expressado
verbalmente de forma mecânica (Pedido de desculpas). Quando detectado na infância a
Ludoterapia pode facilitar a canalização das fantasias agressivas e sádicas por meio do
brinquedo e desenhos. Desta forma, o terapeuta auxilia na diminuição da expressão em
comportamentos agressivos dirigidos aos amigos, pais e/ou familiares.

2.6. Os tipos de Deficiência auditiva e estratégias para o ensino de


Educação Física a indivíduos portadores de Deficiência auditiva.

A deficiência auditiva, é a perda total ou parcial da audição e para se comunicarem,


utilizam a Língua Brasileira de Sinais-LIBRAS. (GORGATTI; COSTA, 2005).

O nível de audição pode ser medido em decibéis (dB), unidade de avaliação de


intensidade dos sons. A audição normal situa-se em zero dB e são consideradas
significativas as perdas acima de 30 dB. A partir daí é recomendado o uso de aparelhos
de amplificação sonora. Quanto maior o número de decibéis necessários para que uma
pessoa possa responder aos sons, maior a perda auditiva. A adaptação do ouvido ao
aparelho e a resposta aos estímulos sonoros poderão caracterizar a criança como
deficiente auditiva (a que discrimina o som de uma fala graças ao uso do aparelho) ou
como surda (a que não compreende os sons de uma fala, apesar do uso do aparelho).
(GORGATTI; COSTA, 2005).

De acordo com Strapasson (2006), a EF para deficientes auditivos deve: ter


demonstrações práticas das atividades; o professor deverá ter noção de LIBRAS; deve
falar sempre de frente para o aluno e falar devagar para que ele possa fazer a leitura
labial; utilizar bandeiras ou sinais visuais ao invés de apitos.

    Portanto, nas atividades adaptadas, deve-se respeitar as capacidades de cada um, nas
diferenças e limitações proporcionando melhor desenvolvimento motor, intelectual,
social e afetivo.

A área da Educação Física Adaptada é fascinante, cheia de


possibilidades na qual o professor deve ser bom. Não dá para
dar uma bola para eles brincarem, temos que orientar a

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brincadeira, porque se dermos a bola, muitas vezes eles não
sabem nem o que fazer com ela. (STRAPASSON, 2006, p. 17).

Assim a deficiência auditiva pode ser congênita ou adquirida. A congênita ocorre no


nascimento, tendo como principais causas as doenças durante a gestação, como por
exemplo, rubéola ou toxoplasmose. Também pode advir de problemas durante o parto
ou de herança genética.

Portanto a surdez adquirida pode ser provocada por diversas doenças, pelo
envelhecimento natural, ou mesmo, por exposição contínua a ruídos muito altos. A
nossa capacidade auditiva começa a declinar em torno dos 40 anos de idade e esse
processo continua gradativamente. Quando atingimos os 80 anos, há uma queda
significativa, sendo essa deficiência conhecida como presbiacusia.

A deficiência auditiva ocorre quando a habilidade em ouvir fica reduzida. Além das
causas já citadas, ela pode ser provocada também por outros fatores, como:

 alcoolismo e tabagismo;
 colesterol alto;
 danos no ouvido;
 doenças e infecções;
 efeitos colaterais de medicamentos;
 entupimento no ouvido;
 exposição a ruídos;
 fatores genéticos;
 lesões na cabeça;
 malformações congênitas;
 tumores na cabeça.

Embora alguns tipos de perda de audição não tenha cura, ela pode ser restabelecida em
diferentes graus com o uso de aparelhos auditivos

2.7. Perda auditiva neurossensorial


Segundo DUARTE, 2003. Essa alteração é causada por lesão no ouvido interno e/ou
nervo auditivo. Nesse caso, as células nervosas responsáveis pela transmissão de
mensagens sonoras ao cérebro ficam impedidas de efetuar o transporte dos estímulos.
Em geral, essa perda ocorre por exposição a sons e ruídos contínuos, por períodos
prolongados e em intensidades elevadas. Por esse motivo, é importante utilizar
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protetores auditivos em ambientes com ruídos intensos. Da mesma forma, é
aconselhável evitar volumes altos ao utilizar fones de ouvido e ao ouvir rádios e
televisões.

A perda auditiva neurossensorial pode ser provocada, ainda, por doenças, como a
meningite, a caxumba e a doença de Ménière (distúrbio no ouvido interno), entre outras,
que afetam as células neuronais, bem como, pelo uso de determinados medicamentos
ou, ainda, por fatores genéticos.

Com essa perda auditiva, o paciente tem dificuldade em processar a informação sonora.
Em geral, é difícil de ser revertida e curada, já que envolve a perda permanente de
células neurotransmissoras. Nesse caso, os pacientes podem se beneficiar com o
tratamento por meio da utilização de aparelhos auditivos ou implantes cocleares que
restabelecem a função auditiva, alcançando níveis bem próximos da normalidade.

2.8. Perda auditiva condutiva

A perda auditiva condutiva se refere a qualquer problema no ouvido externo ou médio,


que interfira na condução adequada do som. Em geral, é de grau leve ou moderado, com
variações de 25 a 65 decibéis.

Ela ocorre quando há um bloqueio ou um dano nas partes móveis do ouvido, como
membrana timpânica, ossículos (martelo, bigorna e estribo), que vibram em resposta aos
sons. Algumas lesões ou doenças podem anular a capacidade de vibração, impedindo a
recepção das informações sonoras. Em alguns casos, ela pode ser temporária — o
acúmulo de cera e as doenças infecciosas são as principais causas desse tipo de surdez.
Com um bom diagnóstico e um tratamento adequado, o paciente tem grande
probabilidade de recuperar a audição.

Para as perdas auditivas permanentes, como as causadas por perfuração do tímpano, os


tratamentos podem ser realizados com aparelho auditivo ou implante de ouvido médio.

2.9. Perda auditiva mista

Essa alteração é uma combinação da perda auditiva neurossensorial com a condutiva,


que ocorre como resultado de lesão no ouvido interno e externo ou médio. Tem como
principais causas as infecções no ouvido, o uso de alguns medicamentos, as perfurações

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do tímpano, entre outras. Os tratamentos podem incluir medicamentos, aparelhos
auditivos, cirurgia ou implantes de ouvido médio.

2.10. Alteração da função auditiva central

A disfunção auditiva central é um distúrbio da audição em que há um impedimento na


habilidade de analisar e/ou interpretar padrões sonoros. A avaliação audiológica do
sistema nervoso auditivo central (SNAC) é altamente complexa, já que as causas podem
não estar relacionadas diretamente com os ouvidos.

2.11. Estratégias a ter em conta para desenvolver um programa de


Educação Física para deficiente físico.

Por desconhecimento, receio ou mesmo preconceito, a maioria das pessoas com


deficiência foram e são excluídas das aulas de Educação Física (EF). A participação
nessa aula pode trazer muitos benefícios a essas crianças, particularmente no que diz
respeito ao desenvolvimento das capacidades afetivas, de integração e inserção social.
(PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS, 1997).

    As escolas especiais, como as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais


(APAE), dividem a EF em:

 EF Escolar para a Educação Infantil (0 a 6 anos) 1ª fase;

 EF Escolar para o Ensino Fundamental e Educação Profissional para os Ciclos


de:

 Escolarização Inicial (7 a 14 anos) 2ª fase;

 Escolarização e profissionalização (acima de 14 anos) 3ª fase.

    A formação de turmas para o atendimento em EF, proposta pela APAE Educadora
(projeto escolar), deverá observar, além da idade cronológica do aluno para a inserção
nas respectivas fases, o seu padrão funcional que é a capacidade de compreensão dos
estímulos e de execução dos movimentos propostos. (TIBOLA,
2001, apud GORGATTI; COSTA, 2005).

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    Nas fases II (Escolarização Inicial) e III (Escolarização e Profissionalização), há três
níveis de atuação da EF (nível I, II e III) e para a inserção do aluno dever-se-á
considerar suas condições físicas momentâneas. (TIBOLA, 2001, apud GORGATTI;
COSTA, 2005).

Nível I:

Estimulação motora; desenvolvimento do sistema motor global por meio da estimulação


das percepções motoras, sensitivas, e mental com experiências vividas do movimento
global; desenvolvimento dos movimentos fundamentais.

Nível II:

Estimulação das habilidades básicas; melhoria da educação e aumento da capacidade de


combinação dos movimentos fundamentais; desenvolvimento de atividades coletivas,
visando à adoção de atitudes cooperativas e solidárias sem discriminar os colegas pelo
desempenho ou por razões sociais, físicas, sexuais ou culturais.

Nível III:

Estimulação específica e iniciação esportiva; aprendizagem e desenvolvimento de


habilidades específicas, visando à iniciação esportiva; treinamento de habilidades
esportivas específicas, visando à participação em treinamento e competições.

    Entende-se que na EF Adaptada deve ser mantida a integridade das atividades e


promovida a maximização do potencial individual, uma vez conhecidas às metas do
programa, convém modificá-las, apenas quando necessário, sempre respeitando as
metas previamente determinadas, assegurando que as atividades sejam um desafio à
todos os participantes e, sobretudo, que seja valorizada a diferença. (GORGATTI;
COSTA, 2005).

    Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997, p. 85) citam que:

A Educação Física para alcançar todos os alunos deve tirar


proveito dessas diferenças ao invés de configurá-las como
desigualdades. A pluralidade de ações pedagógicas pressupõe
que o que torna os alunos diferentes é justamente a capacidade
de se expressarem de forma diferente.

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 O processo de ensino aprendizagem, a respeito dos conteúdos escolhidos deve
considerar as características dos alunos em todas as suas dimensões (cognitivas,
corporais, afetiva, ética, estética, de relação inter pessoal e inserção social). Não se
restringe a simples exercícios de certas habilidades corporais e exercê-las com
autonomia de maneira social e culturalmente significativa.

  Para Gorgatti & Costa (2005), é importante focalizar o desenvolvimento das


habilidades, selecionando atividades apropriadas, providenciando um ambiente
favorável à aprendizagem encorajando a auto-superação, a todos os participantes da EF
Adaptada.

 Concordamos com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1997), quando ele diz que a
EF deve oportunizar à todos os alunos, independente de suas condições
biopsicossociais, o desenvolvimento de suas potencialidades de forma democrática e
não seletiva, visando o seu aprimoramento como seres humanos. Nesse sentido, cabe
assinalar que os alunos com deficiência não podem ser privados das aulas de EF.

2.12. a deficiência e a principais modalidades a praticar.

Nº Tipo de deficiência Modalidade a praticar


01 Deficiência Visual Ginástica acompanhada
02 Deficiência mental Voleibol, corrida, ginástica, futebol
03 Deficiência auditiva Ginástica
04 Deficiência de fala Ginástica, corrida, desportos
05 Deficiência fisica Caminhadas, jogos como xadrez,

2.13. Anatomia do Ouvido

Os nossos ouvidos são muito mais do que só experimentar o prazer de escutar a sua
música favorita, ou os pássaros cantando pela manhã. Na verdade, manter o equilíbrio
pode ser tão importante quanto ouvir, permitindo-nos ficar de pé, correr e dançar!

O ouvido (orelha) é dividida em três partes; a orelha externa, a orelha média e a orelha
interna. Neste artigo nós vamos ajudá-lo a abordar a anatomia da orelha da forma mais
eficiente possível, utilizando o belo conteúdo do Kenhub.

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eletrônicos utilizados dentro ou atrás da orelha. Eles têm a função de emitir sons mais
altos para que pessoas com perda auditiva possam ouvir, se comunicarem e participarem
ativamente de atividades cotidianas. Popularmente chamados de “aparelhos para
surdez”, esses dispositivos possuem – atualmente – tecnologia que permite amplificar
sons de fala ao mesmo tempo em que filtram ruídos do ambiente, tornando a
comunicação mais clara.
 Para que servem os aparelhos auditivos?
Os aparelhos auditivos melhoram a qualidade de audição de pacientes com perda
auditiva. Consequentemente, trazem mais autonomia, melhoram a saúde, promovem a
socialização e dão mais qualidade de vida a pessoas com problemas de audição.
 Quem deve usar aparelho auditivo?
Os aparelhos auditivos devem ser indicados por um médico otorrinolaringologista para
pacientes com perda auditiva, seja ela por desgaste do sistema auditivo ou por alguma
doença (congênita ou adquirida) que dificulte a audição. Entre esses problemas, os mais
comuns são: sequelas de otite crônica; alterações estruturais causadas por doenças ou
traumatismos; danos causados às células dos ouvidos por excesso de ruídos;
degeneração celular em função da idade (presbiacusia); tumores.
Qualquer perda auditiva deve ser avaliada pelo otorrinolaringologista. O médico, com
auxílio de exames, é capaz de avaliar o tipo de surdez e indicar ou não o uso e aparelho
auditivo e qual tipo. Há casos em que é necessário o uso de algum medicamento e,
ainda, casos em que seja preciso realizar intervenção cirúrgica.

2.13. Desigualdade e Diferença.

Desigualdade social é a diferença econômica que existe entre determinados grupos de


pessoas dentro de uma mesma sociedade. Isto se torna um problema para uma região ou
país quando as distâncias entre as rendas são muito grandes dando origem a fortes
disparidades. Em tese, sempre haverá desigualdade social, pois é impossível que cada
um tenha exatamente as mesmas quantidades de bens materiais. Causas Inúmeras são as
causas que aumentam a distância entre ricos e pobres. As mais comuns estão: Má
distribuição de renda Má administração dos recursos Lógica de acumulação do mercado
capitalista (consumo, mais-valia) Falta de investimento nas áreas sociais, culturais,
saúde e educação.
Falta de oportunidades de trabalho Corrupção Consequências. Se um país não consegue

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atender as necessidades básicas de grande parte de seus cidadãos, tampouco irá
prosperar de forma equitativa. Umas das consequências mais graves são a pobreza, a
miséria e a favelização. Ademais, a desigualdade social traz: Fome, desnutrição e
mortalidade infantil,
Aumento das taxas de desemprego Grandes diferenças entre as classes sociais
Marginalização de parte da sociedade Atraso no progresso da economia do país
Aumento dos índices de violência e criminalidade.

2.14. Educação Especial, Educação Inclusiva e os princípios da aprendizagem


especial.

Educação Especial, segundo a Lei de Diretrizes e Bases da Educação nacional - lei


9394/96, é a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede
regular de ensino para educandos que por possuírem necessidades próprias e diferente
dos demais alunos no domínio das aprendizagens curriculares correspondentes a sua
idade, requer recursos pedagógicos e metodologias educacionais específicas e adaptadas
para que possam apropriar-se dos conhecimentos oferecidos pela escola. As diferenças
ocorrem em função de altas habilidades, condutas típicas, deficiência física motora,
visual, auditiva, mental, bem como condições de vida material precária.

2.14.1. Educação Inclusiva

O conceito de educação inclusiva surgiu a partir de 1994, com a Declaração de


Salamanca. A ideia é que as crianças com necessidades educativas especiais sejam
incluídas em escolas de ensino regular. O objetivo da inclusão demonstra uma evolução
da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras por
apresentar alguma espécie de deficiência. Do ponto de vista pedagógico esta integração
assume a vantagem de existir interação entre crianças, procurando um desenvolvimento
conjunto. No entanto, por vezes, surge uma imensa dificuldade por parte das escolas em
conseguirem integrar as crianças com deficiências devido à necessidade de criar as
condições adequadas.

A inclusão é uma inovação que implica um esforço de modernização e reestruturação


das condições atuais da maioria de nossas escolas, ao assumirem que as dificuldades de

17
alguns alunos não são apenas deles, mas resultam em grande parte do modo como o
ensino é ministrado e de como a aprendizagem é concebida e avaliada (MANTOAN,
2006). Mantoan (2006) ainda ressalta que desse modo, a inclusão implica mudanças;
questiona não somente as políticas e a organização da educação especial e da regular,
mas também o próprio conceito de integração. Ela implica mudanças de perspectiva
educacional, porque não atinge apenas os alunos com deficiência e os que apresentam
dificuldade de aprender, mas todos os demais, para que obtenha sucesso na corrente
educativa geral. A inclusão é uma provocação, cuja intenção é melhorar a qualidade do
ensino das escolas, atingindo a todos que fracassem em suas salas de aula (MANTOAN,
2006).

O termo educação inclusiva supõe a disposição da escola de atender a diversidade total


das necessidades dos alunos nas escolas comuns. Por isso, a inclusão pressupõe uma
escola que se ajuste a todas as crianças, em vez de esperar que uma determinada criança
com deficiências se ajuste a escola. Mas, acima de tudo, é necessário que se entenda que
a escola tem a tarefa de ensinar aos alunos a compartilharem o saber, os sentidos das
coisas, as emoções; a discutir e a trocar experiências e pontos de vista.

De acordo com RIPPEL & SILVA (2003), neste sentido, a escola tem um compromisso
primordial e insubstituível: introduzir o aluno no mundo social, cultural e científico; e
isto é direito incondicional de todo o ser humano, independente de padrões de
normalidade estabelecidos pela sociedade ou pré-requisitos impostos pela escola. A
Educação Inclusiva implica em mudança de paradigma que visa uma educação
transformadora em benefício de todos. Alunos com desempenhos diferentes alcançarão
o mesmo objetivo na sala de aula, que é a aprendizagem

2.14.2. Princípios da educação Inclusiva

Princípio da normalização consiste em proporcionar às pessoas com necessidades


especiais, as mesmas condições e oportunidades sociais, educacionais e profissionais,
assim como para qualquer outra pessoa, bem como o respeito que deve existir para com
as diferenças de qualquer pessoa, respeitando-se a individualidade de cada um
(AGUIAR, 2001).

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A ideia de normalização traz em seu bojo dupla mensagem: “[...] uma referente às
condições de vida (meios) e outra à forma de viver (resultados)” (BRASIL -
SEESP/MEC , 1994 p.13). O princípio da integração visa o estabelecimento de
condições que facilitem a participação da pessoa PNEE na sociedade, obedecendo aos
valores democráticos de igualdade, participação ativa e respeito a direitos e deveres
socialmente estabelecidos. O princípio da integração, muito estudado por três décadas
(1960 até 1990) abrange todo o processo educativo. Integrar não é apenas colocar a
pessoa com necessidades educacionais especiais em qualquer grupo, consiste na
aceitação naquele que se insere. O ideal de integração ocorre em níveis progressivos
desde a aproximação física, funcional e social até a institucional. As diferenças
individuais são valorizadas e respeitadas no princípio da individualização.
Individualizar o ensino significa atender às necessidades de cada um, dar o que cada um
precisa para seu desenvolvimento pleno. A individualização pressupõe, portanto, a
adequação do atendimento educacional a cada um, respeitando seu ritmo e
características pessoais.

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3. Conclusão

A autora conclui os seguintes aspectos: O conceito de educação inclusiva surgiu a partir


de 1994, com a Declaração de Salamanca. A ideia é que as crianças com necessidades
educativas especiais sejam incluídas em escolas de ensino regular. O objetivo da
inclusão demonstra uma evolução da cultura ocidental, defendendo que nenhuma
criança deve ser separada das outras por apresentar alguma espécie de deficiência.

A deficiência intelectual corresponde a um funcionamento intelectual significativamente


abaixo da média.

A deficiência intelectual esta relacionada com a capacidade de aprender dos alunos e,


infelizmente, esta diferença entre aprendizados conduz ao preconceito em salas de aulas
pelos outros alunos considerados normais ou regulares.

A deficiência auditiva pode ser congênita ou adquirida. A congênita ocorre no


nascimento, tendo como principais causas as doenças durante a gestação, como por
exemplo, rubéola ou toxoplasmose. Também pode advir de problemas durante o parto
ou de herança genética

A Educação Especial é um tema polémico e tem sido um terreno fértil para o


aparecimento de polémicas, modismos e inovações na escola, com propostas
pedagógicas motivando melhoria da qualidade de vida escolar e social das pessoas com
deficiência. Neste envolvimento, estão educadores comprometidos com a causa da
educação especial e inclusiva e pessoas diretamente ligadas às pessoas com deficiências.

O conceito de educação inclusiva surgiu a partir de 1994, com a Declaração de


Salamanca. A ideia é que as crianças com necessidades educativas especiais sejam
incluídas em escolas de ensino regular. O objetivo da inclusão demonstra uma evolução
da cultura ocidental, defendendo que nenhuma criança deve ser separada das outras por
apresentar alguma espécie de deficiência.

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4. Referencias Bibliográficas
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