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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de educação à Distância

Critérios Primários da investigação Científica

Nome de Estudante: Fátima Abdala

Código: 708233077

Curso: Biologia
Disciplina: MIC I
Ano de Frequência: 1º ano

Pemba, Maio de 2023

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Folha de Feedback

Folha de Feedback
Classificação
Nota
Pontuaç
Categorias Indicadores Padrões do Subtota
ão
tuto l
máxima
r
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos
 Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
s  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
Conteúdo académico (expressão
2.0
escrita cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Referência Normas APA
 Rigor e coerência das
s 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográfi citações e
bibliográficas
cas bibliografia

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Recomendações de melhoria:

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Índice
Folha de Feedback ........................................................................................................ 1

Recomendações de melhoria: ....................................................................................... 2

1. Introdução.................................................................................................................. 5

1.1. Objectivo Geral .................................................................................................. 5

1.2. Objectivos Específicos ....................................................................................... 5

1.3. Metodologia ....................................................................................................... 5

2. Revisao teorica .......................................................................................................... 6

2.1. Critérios Primários da investigação Científica ...................................................... 6

a) Escolha do tema ........................................................................................................ 6

b) Formulação do problema (questão da pesquisa) ....................................................... 6

c) Revisão da literatura (pesquisa bibliográfica) ........................................................... 6

d) Determinação dos objectivos .................................................................................... 6

e) Elaboração do projecto de pesquisa .......................................................................... 6

2.2. Tipos de Conhecimento ..................................................................................... 7

a) Conhecimento empírico......................................................................................... 7

b) Conhecimento científico ........................................................................................ 7

c) Conhecimento filosófico ....................................................................................... 8

d) Conhecimento religioso ......................................................................................... 9

2.3. Diferença entre Ficha bibliográfica, Temática e leitura ........................................ 9

a) Fichas bibliográficas ................................................................................................. 9

b) Fichas de leitura ...................................................................................................... 10

c) Fichas temáticas ...................................................................................................... 11

2.4. Método qualitativo, quantitativo e princípios de investigação ............................ 12

2.4.1. Abordagem Quantitativa .............................................................................. 12

2.4.1.1. Características gerais da abordagem Quantitativa: ................................... 12

2.4.2. Pesquisa Qualitativa ..................................................................................... 13

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2.5. Citações e sua importancia num trabalho cientifico ............................................ 14

2.6. Os princípios da ética e sua importância numa investigação científica .................. 16

3. Conclusão ................................................................................................................ 18

4. Referencias Bibliográficas ...................................................................................... 19

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1. Introdução
O presente trabalho tem como tema os critérios primários da investigação científica.
Portanto mostrar os aspectos metodológicos da organização estrutural de um protocolo
de pesquisa científica, assim como, discutir os diferentes tipos de pesquisa e as linhas
gerais para o desenvolvimento de um projecto científico. Tipos de conhecimento, a
diferença entre ficha bibliográfica, de leitura e temática são conteúdos avançados nesta
cadeira. A organização deste estudo, fez-se criterioso levantamento bibliográfico na
literatura científica, a partir da compilação de trabalhos publicados em revistas, livros
especializados.

1.1.Objectivo Geral

Para Andrade (2009) o objetivo geral está ligado ao tema de pesquisa.

 Compreender os critérios primários da investigação científica;

1.2.Objectivos Específicos
De acordo com Marconi &Lakatos (2003, P.219) os objetivos específicos “apresentam
caráter mais concreto. [...], permitindo, de um lado, atingir o objetivo geral e, de outro,
aplicá-lo a situações particulares. ” Portanto, os objetivos específicos são o
desmembramento do objetivo geral, facilitando o percurso da pesquisa

 Diferenciar as fichas bibliográficas, ficha de leitura e ficha temática;


 Classificar e diferenciar as pesquisas
 Identificar e diferentes tipos de conhecimento;

1.3.Metodologia
Gil (2008) diz que metodologia descreve os procedimentos a serem seguidos na
realização da pesquisa. Para se realizar a pesquisa vou recorrer numa leitura
interpretativa de obras diversas que abordam o assunto e usarei alguns artigos
disponibilizados na internet.

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2. Revisao teorica

2.1.Critérios Primários da investigação Científica

a) Escolha do tema
Gil (2008), É o primeiro passo para a definição do protocolo de pesquisa. O pesquisador
deverá perguntar: “O que, de fato, quero estudar?”. Respondida a pergunta, só então
estará apto para prosseguir com a questão da pesquisa. O tema corresponde a um
aspecto geral sobre uma área de interesse de determinado assunto que se deseja estudar.

b) Formulação do problema (questão da pesquisa)


Uma vez seleccionado o tema, a definição do problema é o passo seguinte e de sua
correcta formulação, dependerá o sucesso da pesquisa. Lembre sempre: todos os
procedimentos propostos para a realização da pesquisa deverão ser planejados no
sentido de solucionar ou esclarecer o problema proposto.

c) Revisão da literatura (pesquisa bibliográfica)


É através da revisão ampla da literatura que o pesquisador passará a conhecer a respeito
de quem escreveu, o que já foi publicado, quais aspectos foram abordados e as dúvidas
sobre o tema ou sobre a questão da pesquisa proposta.

d) Determinação dos objectivos


Esta parte mostra qual, ou quais são as intenções do pesquisador em relação ao tema
proposto. É aqui onde será informada a proposta da pesquisa, ou seja, quais os
resultados pretendidos ou quais as contribuições que a pesquisa irá proporcionar ao
conhecimento científico. Tradicionalmente, os projectos de pesquisa contemplam dois
tipos de objectivo: os gerais e os específicos. Ambos sintetizam o que o investigador
pretende esclarecer e devem ser coerentes com o problema proposto e com a
justificativa fornecida.

e) Elaboração do projecto de pesquisa


A elaboração do projecto corresponde à etapa mais importante e de maior complexidade
da pesquisa, pois, do correcto delineamento (desenho) depende o sucesso na obtenção

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das respostas esperadas pela questão da pesquisa. Delinear uma pesquisa é, em última
análise, planejar a realização de sua parte científica operacional, tanto experimental
como observacional; ou seja, é escrever correctamente um projecto onde estarão
previstas todas as etapas de sua realização.

2.2.Tipos de Conhecimento

a) Conhecimento empírico
De acordo com Mendes (2011), o conhecimento empírico, popular, vulgar ou senso
comum é aquele conquistado através do acaso, após o conhecimento obtido ao acaso,
após inúmeras tentativas, ou seja, o conhecimento adquirido através de acções não
planejadas: Exemplo: A chave está emperrando na fechadura e, chave está
emperrando na fechadura e, de tanto experimentarmos abrir a porta, de tanto
experimentarmos abrir a porta, acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho
acabamos por descobrir (conhecer) um jeitinho de girar a chave sem emperrar.

Assim finalmente segundo Mendes (2011), este conhecimento é falível e inexacto,


pois conforma com a aparência e com o que se ouviu dizer a respeito do objecto. Em
outros, não permite a formulação de hipóteses sobre a existência fenómenos situadas
além das percepções objectivas.

b) Conhecimento científico
Soares (2010, p. I) o conhecimento científico é concreto e real, isso devido ao fato do
mesmo lidar com as ocorrências ou fatos da realidade. Assim o mesmo constitui um
conhecimento contingente, pois suas proposições ou hipóteses têm sua veracidade ou
falsidade conhecida através da experiência e não apenas pela razão, como ocorre no
conhecimento filosófico.
Porém, o conhecimento científico também pode ser considerado sistemático, já que se
trata de um saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias (teoria) e não
conhecimentos dispersos e desconexos. Entretanto este conhecimento possui em seu
bojo como característica a verificabilidade, pois suas afirmações pertencem ao âmbito
da ciência.
Assim segundo Soares (2010, p. I) ensina que o conhecimento científico está
configurado da seguinte maneira:

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 Real, factual - lida com ocorrências, fatos, isto é, toda forma de existência que
se manifesta de algum modo.

 Contingente - suas proposições ou hipóteses têm a sua veracidade ou falsidade


conhecida através da experimentação e não pela razão, como ocorre no
conhecimento filosófico.

 Sistemático - saber ordenado logicamente, formando um sistema de ideias


(teoria) e não conhecimentos dispersos e desconexos.

 Verificáveis - as hipóteses que não podem ser comprovadas não pertencem ao


âmbito da ciência.

 Falível - em virtude de não ser definitivo absoluto ou final.

 Aproximadamente exactas novas proposições e o desenvolvimento de novas


técnicas podem reformular o acervo de teoria existente.

 Todavia, apesar da separação "metodológica" entre os tipos de conhecimento


popular, filosófico, religioso e científico, no processo de apreensão da
realidade do objecto, o sujeito cognoscente pode penetrar nas diversas áreas de
conhecimento.

c) Conhecimento filosófico
Em relação ao conhecimento filosófico ele é valorativo, pois o mesmo consiste suas
hipóteses não poderão ser submetidas à observação. Por este motivo, o conhecimento
filosófico classifica como não verificável, já que os enunciados das hipóteses
filosóficas, não podem ser confirmados nem refutados. Portanto, o mesmo também
destaca como racional, em virtude de consistir num conjunto de enunciados
logicamente correlacionados.
Assim Soares (2010), descreve que o mesmo possui característica de sistemático, pois
suas hipóteses almejam a uma representação coerente da realidade estudada, numa
tentativa de apreendê-la em sua totalidade. Por último, ele pode ser considerado
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como infalível e exacto, devido ao fato de que, anseia a busca da realidade capaz de
abranger todas as outras, quer na definição do instrumento capaz de apreender a
realidade, seus postulados, assim como suas hipóteses, não são submetidos ao decisivo
teste da observação.

d) Conhecimento religioso
Portanto, um dos itens do conhecimento é o religioso, isto é, teológico. Segundo
Soares (2010), este conhecimento se fundamenta em doutrinas que contêm teorias
sagradas, por terem sido reveladas pelo sobrenatural e, por esse motivo, tais verdades
são consideradas infalíveis e indiscutíveis; é um conhecimento sistemático do mundo
como obra de um criador divino; suas evidências não são verificadas: está sempre
implícita uma atitude de fé perante um conhecimento revelado.
Assim o conhecimento religioso ou teológico segundo o autor:
[...] parte do princípio de que as "verdades" tratadas são infalíveis e
indiscutíveis, por consistirem em "revelações" da divindade. A adesão das
pessoas passa a ser um ato de fé, pois a visão sistemática do mundo é
interpretada como decorrente do ato de um criador divino, cujas evidências,
não são postas em dúvida nem sequer verificáveis.

2.3.Diferença entre Ficha bibliográfica, Temática e leitura

a) Fichas bibliográficas

Fernão & Manjate (2010), a ficha bibliográfica "base" é a organizada por autor. Cada
livro que se identifica dedica-se uma ficha. Arrumam-se as fichas numa pequena caixa,
ou entre dois cartões unidos por dois elásticos largos, um que passe pelos lados e o
outro pelas partes superior e inferior.

Na parte superior direita da ficha deve-se colocar a cota da Biblioteca em que a


referenciámos, e do lado esquerdo para o que é que nos pode servir - para a introdução,
para um capítulo, ou subcapítulo, e assim por diante.

As fichas bibliográficas são arrumadas em dois tipos de ficheiros:

1) O ficheiro bibliográfico, que registará todos os livros que se deverão procurar, e não
apenas os que se tenham encontrado e lido;

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2) O ficheiro de leitura, que compreende fichas dedicadas a livros, e artigos, que se
leram efectivamente.

b) Fichas de leitura

Fernão & Manjate (2010), são as fichas mais correntes e de facto as


mais indispensáveis. São as fichas em que se anotam com precisão todas as referências
bibliográficas de um livro ou de um artigo, se escreve o seu resumo, se transcrevem
algumas citações mais importantes, se escreve uma apreciação ou observações de
leitura.

Todas as fichas são realizadas de acordo com uma regra geral: devem conter uma única
ideia ou a discussão de uma ideia, e conter informação de uma única fonte.

O formato pode ser um qualquer, mas o A5 como base parece-me o melhor; não é
grande nem é muito pequeno, e é um formato fácil de encontrar. Há os cadernos e os
blocos de apontamentos, e quando só temos folhas A4 à mão é fácil de criar - é só
dividir ao meio, não é verdade! O papel em que se escreve não deve ser muito leve,
sendo que o mínimo deve ser o de 80 gr/m2, para não se estragar ou rasgar facilmente, e
permitir a utilização dos mais diversos meios de escrita - esferográficas, canetas de tinta
permanente, marcadores, lápis -, sem borrar.

O exemplo mostrado, que é uma ficha de citações não é obrigatório, mas as fichas
devem incluir sempre 4 zonas, que neste exemplo estão separadas por linhas

i. Zona de citação bibliográfica básica,


ii. Zona que remete para o plano de trabalho,
iii. Zona de transcrição, que é a área maior,
iv. Zona de notas, ou melhor, área onde eventualmente podem ser escritas notas .

Reparem que as notas estão colocadas na parte de cima e do lado direito da ficha,
porque são as zonas mais visíveis quando necessitar-mos de as folhear.

Gil (2008), o método normal de fichar um livro, ou um artigo que se está a ler, ou que
se leu, passa normalmente por 5 passos:

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i. Indicações bibliográficas precisas, bastante mais completas do que as da ficha
bibliográfica, descrevendo claramente o livro - se tem ilustrações, índice, o
número de páginas, tamanho, a edição, se se souber de outras, etc.;
ii. Informações sobre o autor, quando não é muito conhecido;
iii. Resumo do livro, que pode ser breve ou longo;
iv. Citações extensas, sempre entre «aspas», dos trechos que se pensa vir a citar,
com indicação precisa e clara da, ou das, páginas;
v. Comentários pessoais, entre [ parênteses rectos ], para não haver qualquer
possibilidade de confusão com as citações;

c) Fichas temáticas

Torres (1980), há quem lhes chame «fichas ideográficas». São fichas que se destinam a
servirem de apontamentos pessoais, transcrição de passagens e de anotação de ideias
próprias que surgem provocadas pela leitura.

Caracterizam-se por terem um assunto como cabeçalho, que é criado de acordo com o
plano de estudo, ou de acordo com uma lista de assuntos pré-existente, como seja a
CDU - Classificação Decimal Universal.

Servem para serem agrupadas por temas, e podermos assim saber facilmente o que
lemos sobre um determinado assunto. O conjunto das fichas temáticas cria um ficheiros
de ideias que pode ser organizado das maneiras mais variadas.

Assim, numa tese sobre a História do Exército, podemos ter fichas sobre o Corpo de
oficiais, a Artilharia, a Engenharia, os Hospitais, o material médico, a legislação; mas
também poderemos querer organizar as fichas de uma maneira cronológica, e organizá-
lo por períodos, para nos apercebermos da evolução diacrónica da instituição militar,
dos períodos de maior ou menor actividade legislativa, etc., etc. Por isso é bom tentar
dar uma data à ficha temática.

Nestas fichas, é preciso, aqui mais do que nunca, ter cuidado em notar bem o que é
citação (entre aspas " ") do que é escrito por nós (parênteses rectos [ ]).

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2.4.Método qualitativo, quantitativo e princípios de investigação

2.4.1. Abordagem Quantitativa


A pesquisa quantitativa é caracterizada pelo uso da quantificação, tanto na colecta
quanto no tratamento das informações, utilizando-se de técnicas estatísticas
(RICHARDSON, 1999).
Objectiva a aquisição de resultados que evitem possíveis distorções de análise e
interpretação e que possibilitem a maximização da margem de segurança (DIEHL,
2004).
De modo geral, a pesquisa quantitativa é passível de ser medida em escala numérica
(ROSENTAL & FRÉMONTIER-MURPHY, 2001).
A colecta de dados é realizada através de questionários que apresentam variáveis
distintas, cujas análises são geralmente apresentadas através de tabelas e gráficos
(FACHIN, 2003).
Nesse tipo de pesquisa, a representação dos dados ocorre através de técnicas quânticas
de análise, cujo tratamento objectivo dos resultados dinamiza o processo de relação
entre variáveis (MARCONI; LAKATOS, 2011).
Este método é frequentemente aplicado nos estudos descritivos, que procuram descobrir
e classificar a relação entre variáveis, os quais propõem descobrir as características de
um fenómeno. Nesse tipo de pesquisa, identificam-se primeiramente as variáveis
específicas que possam ser importantes, para posteriormente explicar as complexas
características de um problema (RICHARDSON, 1999).
Para tanto, o pesquisador utiliza-se de “alegações pós-positivistas para o
desenvolvimento de conhecimento.
A objectividade, obtenção de dados mensuráveis e técnicas estatísticas de análise
permitem a generalização dos resultados para toda a população em estudo (LAKATOS
& MARCONI, 2011).

2.4.1.1.Características gerais da abordagem Quantitativa:


 Busca descrever significados que são considerados como inerentes aos objectos e
actos, por isso é definida como objectiva;
 Tem como característica permitir uma abordagem focalizada e pontual e estruturada,
utilizando-se de dados quantitativos;
 A colecta de dados quantitativos se realiza através da obtenção de respostas
estruturadas;

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 As técnicas de análise são dedutivas (isto é, partem do geral para o particular) e
orientadas pelos resultados. Os resultados são generalizáveis.

2.4.2. Pesquisa Qualitativa


A pesquisa qualitativa pode ser definida como a que se fundamenta principalmente em
análises qualitativas, caracterizando-se, em princípio, pela não utilização de
instrumental estatístico na análise dos dados.
Deste modo, não é apenas a “pesquisa não quantitativa”, tendo desenvolvido sua
própria identidade. Assim, visa entender, descrever e explicar os fenómenos sociais de
modos diferentes, através da análise de experiências individuais e grupais, exame de
interacções e comunicações que estejam se desenvolvendo, assim como da investigação
de documentos (textos, imagens, filmes ou músicas) ou traços semelhantes de
experiências e integrações (FLICK, 2009).
De acordo com Richardson (1999), os estudos que empregam uma metodologia
qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a
interacção de certas variáveis, assim como compreender e classificar processos
dinâmicos vivenciados por grupos sociais. As técnicas qualitativas focam a experiência
das pessoas e seu respectivo significado em relação a eventos, processos e estruturas
inseridos em cenários sociais (SKINNER, TAGG & HOLLOWAY, 2000).
O enfoque qualitativo caracteriza-se pelo fato do pesquisador ser o instrumento-chave, o
ambiente ser considerado fonte directa dos dados e não requerer o uso de técnicas e
métodos estatísticos (GODOY, 1995).
Também possui carácter descritivo, cujo foco não consiste na abordagem, mas sim no
processo e seu significado, ou seja, o principal objectivo é a interpretação do fenómeno
objecto de estudo (SILVA & MENEZES, 2005).
Dentre as metodologias de pesquisa que apresentam abordagem qualitativa, o estudo de
caso, a etnografia e a pesquisa documental configuram-se como aqueles comummente
utilizados, apesar de sua flexibilidade não excluírem outras possibilidades de
estratégias. O resultado de uma pesquisa qualitativa compreende o entendimento mais
profundo de uma realidade com o objectivo de desenvolver teorias empiricamente
fundamentadas (FLICK, 2009).
Deste modo, o pesquisador qualitativo procura assegurar ao leitor que o propósito da
investigação não é alcançar a generalização, mas fornecer exemplos situacionais à
experiência do leitor (STAKE, 2011).

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A metodologia qualitativa “atravessa disciplinas, campos e temas” e envolve o uso e
colecta de uma variedade de materiais empíricos (DENSYN & LINCOLN, 2006).
Assim, a pesquisa qualitativa caracteriza-se por ser “interpretativa, baseada em
experiências, situacional e humanística”, sendo consistente com suas prioridades de
singularidade e contexto (STAKE, 2011).

Análise qualitativa de dados é um fenómeno recentemente retomado, que se caracteriza


por ser um processo indutivo que tem como foco a fidelidade ao universo de vida
quotidiano dos sujeitos, estando baseada nos mesmos pressupostos da chamada pesquisa
qualitativa.

Segundo André (1983) ela visa apreender o carácter multidimensional dos fenómenos
em sua manifestação natural, bem como captar os diferentes significados de uma
experiência vivida, auxiliando a compreensão do indivíduo no seu contexto.
Porém, há uma dificuldade imediata: a não existência de procedimentos apropriados
devidamente descritos na literatura o que torna o pesquisador inseguro na delimitação
de critérios e passos metodológicos.
André (1983) propôs uma modalidade que chamou "Análise de Prosa" definida como
sendo:
"uma forma de investigação do significado dos dados qualitativos onde tópicos
e temas vão sendo gerados a partir do exame dos dados e sua contextualização
no estudo, sendo preciso que estes tópicos e temas sejam frequentemente vistos,
questionados e reformulados, na medida em que a análise se desenvolve, tendo
em vista os princípios teóricos e os pressupostos da investigação"

2.5.Citações e sua importancia num trabalho cientifico

A citação é a menção no trabalho de uma informação retirada de alguma outra fonte,


visando maiores esclarecimentos do assunto tratado ou para reforço da ideia do autor.
Pode ser directa, indirecta, mista ou citação de citação.

A citação é uma parte obrigatória de qualquer trabalho académico. E sua importância é


na justificativa do argumento elaborado, de maneira a utilizar um arcabouço teórico
levantado sobre o tema. Um trabalho com boas e correctas citações é de extrema
relevância.
A importância da citação em um trabalho académico se dá pelo fato de que por meio de

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referências pode - se tronar o trabalho mais confiável, uma vez que o trabalho estará se
baseando em literaturas e projectos que já foram testados e comprovados suas
respectivas validades.

Além disso, o fato de referenciar trabalhos leva ao desenvolvimento do trabalho, o que


enriquece o conteúdo do trabalho.

Dessa forma, por meio da referenciação pode - se também fazer com que trabalhos
sejam mais aceitos em eventos académicos.

Citação Directa: Transcrição textual de parte da obra do autor consultado. Indicar a data
e a página.

Exemplo: Deve-se indicar sempre, com método e precisão, toda documentação que
serve de base para a pesquisa, assim como ideias e sugestões alheias inseridas no
trabalho. (CERVO & BERVIAN, 1978,p. 97).

Citação Indirecta: Texto baseado na obra do autor consultado, consistindo em


transcrição não textual da(s) ideia(s) do autor consultado. Indicar apenas a data, não
havendo necessidade de indicação da página.

Exemplo: Ainda, Marques (1995) a condição juvenil era identificada com os juvenis
universitários, filhos das classes médias, mas a maioria da juventude brasileira não era
visível e os estudos sobre esta juventude ou tratavam da sua marginalidade ou das suas
relações com o trabalho/desemprego.

Citação de Citação: transcrição directa ou indirecta de um texto em que não se teve


acesso ao original, ou seja, retirada de fonte citada pelo autor da obra consultada.

Indicar o autor da citação, seguido da data da obra original, a expressão latina “apud”, o
nome do autor consultado, a data da obra consultada e a página onde consta a citação.
Exemplo:

Citações curtas e inseridas no parágrafo:

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“O homem é precisamente o que ainda não é. O homem não se define pelo que é, mas
pelo que deseja ser”. (GOMENSORO DE SÁNCHEZ, 1963 apud SALVADOR, 1977,
p. 160).

Segundo o autor (SILVA, 1983 apud ABREU, 1999, p. 3) diz ser “[...] a educação
compreende desde[...]”

• Citações longas e destacadas no recuo de 4 cm.

[...] com realidades como pobreza, menor, escolaridade, menor acesso a oportunidades
laborais, maior chance de sofrer exploração no trabalho, desemprego, alcoolismo,
dificuldades na família e/ou na escola entre outras tantas problemáticas as quais jovens
de classe média. (FERNANDES apud RACOVSCHIK, 2002, p. 2).

2.6. Os princípios da ética e sua importância numa investigação científica

A ética em pesquisa se baseia nos três princípios fundamentais abaixo:

 Respeito pelas pessoas


 Beneficência
 Justiça

Estes princípios são considerados universais são aplicáveis em qualquer lugar do


mundo. Estes princípios não têm fronteiras nacionais, culturais, legais ou económicas.
Todas as partes envolvidas em estudos de pesquisa com humanos devem entender e
seguir esses princípios.

Embora estes princípios sejam universais, a disponibilidade dos recursos necessários


para manter estes princípios durante todo o processo de pesquisa não é universal, nem
distribuída equitativamente. Por exemplo, os recursos financeiros disponíveis para um
comitê de ética ou um conselho consultivo comunitário podem ser limitados. Entretanto,
esses princípios devem guiar o pensamento e comportamento de todos os indivíduos
envolvidos no planejamento, condução e patrocínio da pesquisa que envolva
participantes humanos, independente das limitações.

Respeito pelas pessoas

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Respeito pelas pessoas é um dos princípios fundamentais da pesquisa: é o
reconhecimento de uma pessoa como um indivíduo autónomo, único e livre. Significa
também o reconhecimento de que cada pessoa tem o direito e a capacidade de tomar
suas próprias decisões. O respeito a uma pessoa assegura que a dignidade seja
valorizada.

Os indivíduos devem ter poderes para tomar decisões livremente e receber todas as
informações necessárias para tomar as decisões correctas. Conduzir um projecto de
pesquisa quando alguns dos participantes em potencial não têm o direito ou a
capacidade de tomar uma decisão é uma violação da ética em pesquisa e dos direitos
humanos básicos. Os representantes comunitários podem ajudar a reconhecer o processo
exclusivo de tomada de decisão dos indivíduos e das comunidades, e sugerir a melhor
forma de delegar aos participantes o poder de tomar decisões voluntárias

Beneficência

Beneficência vem do Latim, e significa "fazer o bem às pessoas envolvidas". Não


causar danos é o padrão deste princípio.

As pessoas frequentemente usam beneficência como sinónimo de respeito pelas


pessoas, ou justiça. Entretanto, somente este princípio envolve actos de bondade ou
beneficência que vão além da simples obrigação.

O Princípio da beneficência torna o investigador responsável pelo bem-estar físico,


mental e social do participante da pesquisa.

Os representantes comunitários podem dar opiniões para assegurar que os benefícios


para o participante da pesquisa sejam óptimos, enquanto os riscos estejam reduzidos a
um mínimo. O compromisso de evitar riscos ou de reduzi-los o máximo possível
também é referido como não-maleficência, baseada na promessa clássica da profissão
médica de "antes de mais nada, não cause danos". Os riscos para uma pessoa
participando em um estudo de pesquisa precisam ser comparados com os benefícios
potenciais e o conhecimento a ser adquirido.

Além dos benefícios e riscos para os indivíduos, recentemente vem se dando atenção a
possíveis benefícios ou riscos para as comunidades onde a pesquisa será conduzidos.

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3. Conclusão
O conhecimento surge a partir da necessidade do homem em compreender a realidade.
É resultado da interacção com o meio em que vive. Dependendo da circunstância na
qual o sujeito adquire o saber, podemos reconhecer os seguintes tipos de conhecimento:
empírico, científico, religioso (teológico), filosófico e tácito. Portanto, é notório que a
ciência como forma de conhecimento pode suprir o conhecimento dito confiável,
desde que testadas e analisadas devidamente.

As fichas de leitura, bibliográfica e temática reconhecem o trabalho de estudiosos


anteriores e fornecem um modo confiável de localizá-lo.
A ficha de leitura, bibliográfica e temática garante a confiabilidade e a qualidade técnica
e científica do trabalho. Em outras palavras, dá a certificação de que o trabalho possui
um embasamento teórico e científico firme. Para entender melhor, é só você pensar que
autores renomados dão credibilidade à produção académica.
A abordagem qualitativa segundo o olhar da Pragmática da Linguagem fica bem mais
enriquecida e plena de detalhes, considerando o contexto em que a pesquisa ocorreu, os
viesses do investigador, história de vida dos participantes, as intenções dos envolvidos e
aspectos que nem sempre estão alocados na ponta do iceberg da Linguagem.
As características essenciais da pesquisa qualitativa, percebe-se que esse processo de
levar em consideração o iceberg inteiro (sintaxe, semântica e pragmática) se faz
necessário em todas as etapas da abordagem qualitativa: desde a pergunta de pesquisa,
passando pela ‘colecta de dados’ até a interpretação dos ‘dados’ e confecção do
relatório final.

Os princípios éticos pesquisas em saúde são conduzidas de acordo com 3 princípios


universais: Respeito pelas pessoas, Beneficência e Justiça

Os investigadores precisam trabalhar para o bem-estar das populações que participam


em seus estudos. Esses princípios foram criados para proporcionar orientação e
assegurar que o bem-estar de cada participante seja sempre considerado. Os
representantes comunitários devem entender esses princípios de ética em pesquisas, e
como aplicá-los em suas comunidades

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4. Referencias Bibliográficas
ANDRADE, M.M. (2009). Introdução à Metodologia do Trabalho Científico:
Elaboração de Trabalhos na Graduação. 9. ed. São Paulo: Atlas.
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