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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância


Centro de Recurso de Maputo

Tema: Saúde Sexual e Reprodutiva


Dora Aldone Cambaco
708214240

Curso: Licenciatura em Ensino de História


Trabalho de 1:
Habilidade de Vida, Saúde Sexual e Reprodutiva Gênero e Hiv-sida,
Ano de frequência: 2º ano.

Maputo, Outubro, 2022

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Índice
Critérios de avaliação (disciplinas teóricas) ............................................................................ 2

1.Introdução .................................................................................................................................... 7

2.Metodológicas ............................................................................................................................. 8

2.1.Objectivos ............................................................................................................................. 8

2.1.1.Gerais ............................................................................................................................. 8

2.2.2.Especificos ...................................................................................................................... 8

3.Conceituar Sexo e género sexualidade Igualdade de género ................................................... 9

4.Processo de desenvolvimento de sexualidade: mudanças físicas e psicológicas ..................... 9

4.1.Mudanças Fisicas ................................................................................................................ 10

4.2.Mudanças Psicológica ......................................................................................................... 11

5. Método do planeamento familiar (PF) .................................................................................... 12

5.1.Métodos Naturais ............................................................................................................... 13

5.2.Métodos de Barreira........................................................................................................... 13

5.3. Métodos Hormonais .......................................................................................................... 14

5.4.Método Mecânico............................................................................................................... 14

5.5.Esterilização ........................................................................................................................ 15

6.As vantagens e desvantagens do PF ......................................................................................... 15

6.1.Vantagens ........................................................................................................................... 15

6.2.Desvantagens ...................................................................................................................... 16

7.Os valores socio-culturais influenciam a saude sexual e reprodutiva ..................................... 16

8.Conclusão ................................................................................................................................... 18

9.Referências ................................................................................................................................. 19
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Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
 Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
2
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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1.Introdução

Em nossa sociedade, durante muito tempo ser mãe era o eixo da vida da mulher. Desenvolver suas
capacidades e ter prazer não era importante. Com a descoberta e o uso de meios de evitar os filhos, a
mulher passa a poder decidir sobre seu próprio corpo e sua sexualidade, tendo formas de pensar,
planejar, sentir e viver o ato de ter filhos.

Em alguns paises , evitar filhos é uma tarefa assumida, quase exclusivamente, pelas mulheres; os ho-
mens geralmente associam a diminuição de sua potência sexual ao uso de algum método para evitar
filhos, além de muitas vezes acreditarem que como são as mulheres que engravidam, elas é que devem
cuidar para que isto não aconteça, esquecendo que eles fazem parte do processo de procriação.

Hoje, a grande maioria das mulheres estao laqueada ou usa pílulas. Em 1984, o Ministério da Saúde
elaborou o Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher (PAISM) e, em 2008, a Política
Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), que recomendam aos serviços de saúde a
implantação da atividade de planejamento familiar oferecendo todos os meios de evitar ou de ter filhos
garantindo que o casal possa fazer uma opção livre e consciente, escolhendo o método que melhor
responde às suas necessidades.

Conhecer as diversas fases pelas quais a criança passa até chegar à adolescência, contribui para
demonstrar que a sexualidade é algo que está presente em nossas vidas desde a primeira infância
(FREUD,1996).

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2.Metodológicas

A identificação das estratégias metodológicas não é mais do que a escolha de pro-cedimentos sistémicos
que permitam a descrição e explicação de um determinado fenóme-no, ao qual subjaz um corpo de
conhecimentos, onde se ligam técnicas, elementos teóricos e epistemológicos, de modo, a delinear e
operacionalizar a aproximação à problemática em estudo.

Entende-se por método, como o conjunto de regras que elegemos num determinado contexto para se
obter dados que nos auxiliem nas explicações ou compreensões dos cons-tituintes do mundo.
Metodologia é o caminho do pensamento e a prática exercida na abor-dagem da realidade (Yin, 2003).

Para que um método de pesquisa tenha seu emprego adequado, é preciso sabermos se ele responderá aos
objetivos da investigação científica que queremos empreender (Yin, 2003).

2.1.Objectivos

2.1.1.Gerais
 Descrever as vantagens e desvantagens do PF.

2.2.2.Especificos
 Explicar como os valores socio-culturais influenciam a saude sexual e reprodutiva
 Identificar os método do planeamento familiar
 Conceituar . Sexo e género sexualidade Igualdade de género .

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3.Conceituar Sexo e género sexualidade Igualdade de género

Sexo é um todo que caracteriza as pessoas: na estrutura corporal, na maneira de sentir, no emocional, na
maneira de gostar, isto é, no afetivo no comportamento. Sexo é existência não é opção, no sentido de
que herdamos uma carga genética que nos deu uma forma sexuada masculina ou feminina que não
pudemos esquecer. O comportamento sexual passa por um aprendizado e poderá ser opcional. Mas o
sexo masculino e feminino é existência não escolhido. Simplesmente se é homem ou mulher. (Souza,
1991, p. 13).

sexualidade “é um conjunto de características que definem o sexo de uma pessoa. Conjunto de


fenômenos psíquicos que perneiam a vida de uma pessoa, gerados pelo próprio corpo e sua relação com
a sociedade” (Dicionário Escolar da Academia Brasileira de Letras, 2011).

Igualdade de género define se em busca de igualdade entre os membros dos dois gêneros humanos,
homens e mulheres, derivado de uma crença uma injustiça, existente em diversas formas de desigualdade
entre os sexos.

4.Processo de desenvolvimento de sexualidade: mudanças físicas e psicológicas

Segundo Freud a sexualidade está ligada ao ato de ter prazer e que este prazer se dá através da
estimulação de zonas erógenas, “trata-se de uma parte da pele ou da mucosa em que certos tipos de
estimulação provocam uma sensação prazerosa de determinada qualidade” (FREUD, 1996, p. 176).

Para ele a estimulação dessas zonas erógenas na criança é diferente da apresentada na adolescência,
quando a criança começa a transferir para o próximo esse prazer que antes se resumia a estímulos de
partes do próprio corpo de si para si, sem a influência de outro sujeito a não ser ela própria. Sendo assim,
estabeleceu três fases pela qual a criança vai transferindo sua zona erógena: fase oral, fase anal e fase
fálica.

Na fase oral o prazer do bebê está relacionado ao ato de sugar, chamado por Freud de “chuchar”. Não é
difícil entender que o ato de mamar seja para o bebê algo que lhe traz prazer, pois é através desse ato que
sua principal necessidade é atendida, que é a alimentação. Seguida da amamentação, por ser uma zona
que lhe dá prazer, a criança nesta fase leva tudo à boca. Esta fase geralmente vai até um ano de idade.

Após os 6 anos a criança já tem a sua sexualidade resolvida e passa por um período chamado de “período
de latência”, onde a criança tem mais interesse por fatos e pessoas. Nesse período a criança já estabelece

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vínculos com seus colegas, sendo importante que tanto os pais quanto os educadores tirem todas as suas
dúvidas.

A criança de 6 a 10 anos tem interesse maior por fatos, pessoas, aprendizagem. Há uma
ampliação de conhecimentos (...). Os conflitos psíquicos abrandam-se. A família deverá
aproveitar este grande momento educativo em que a criança está com os canis abertos para
aceitar normas, conviver com outras pessoas e educar-se socialmente. Permitir que ela tenha
contato com outras crianças. Dar afeto, carinho e cuidar de sua saúde. O desenvolvimento da
sociabilidade evitará a timidez. (SOUZA, 1991, p. 99).

Após esse período vem a puberdade, que vai dos 10 aos 19 anos aproximadamente. Com a chegada da
puberdade introduzem-se as mudanças que levam a vida sexual infantil a sua configuração normal
definitiva. Até esse momento a pulsão sexual era predominantemente autoerótica; agora, encontra o
objeto sexual. Até ali, ela atenuava partindo de pulsões e zonas erógenas distintas que, independendo
uma das outras, buscavam um certo tipo de prazer como alvo sexual exclusivo.

4.1.Mudanças Fisicas

As mudanças mais visíveis são denominadas características sexuais secundárias, exis-tindo outras menos
percetíveis conhecidas como características primárias (por exemplo, as alterações hormonais).

As mudanças ocorridas no sistema hormonal são responsáveis por alterações marca-das ao nível da
forma e aparência corporais durante a puberdade (Goossens, 2006).

Em contraste, com a relativa semelhança corporal entre géneros até este período, a pu-berdade evidencia
aspetos diferenciais marcantes.

Por um lado, os rapazes apresentam crescimento do pénis, dos testículos e do escroto, bem como o
aparecimento de pilosidade, barba, alterações da voz, primeira ejaculação e musculatura. O odor corporal
tende a acentuar-se e a pele adquire mais células sebáceas e, consequentemente, acne.

Enquanto as mudanças genitais tendem a surgir simultaneamente nas raparigas e nos rapazes, estes
apresentam um crescimento mais abrupto e tardio no que concerne à estatu-ra, assim como outros
indicadores pubertários visíveis (por exemplo, a barba e a voz).

Por sua vez, nas raparigas, as características sexuais parecem surgir gradualmente.

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De início, surge uma elevação mamária, seguida do crescimento de pêlos púbicos. Nes-ta primeira fase,
inicia-se o processo de distribuição de gordura pelo corpo, denotando o início da silhueta feminina.

Posteriormente, os órgãos genitais sofrem igualmente alterações, nomeadamente ao nível do aumento do


útero, vagina, clitóris e lábios vaginais. A estatura desenvolve-se nesta fase e vai progredindo ao longo
da puberdade, diminuindo a partir da primeira menstruação, que ocorre numa fase avançada da
puberdade (Goossens, 2006).

Segundo (Flammer, 1996) as alterações biológicas só fazem sentido se compreendidas em interação com
outros fatores, uma vez que nenhum consegue predizer todo o compor-tamento do adolescente por si só.

Por sua vez, nas raparigas, as características sexuais parecem surgir gradualmente.

De início, surge uma elevação mamária, seguida do crescimento de pêlos púbicos. Nes-ta primeira fase,
inicia-se o processo de distribuição de gordura pelo corpo, denotando o início da silhueta feminina.

4.2.Mudanças Psicológica

Os aspetos psicológicos e socioculturais associados à puberdade devem ser enquadrados numa


determinada cultura, numa época particular.

O momento em que a puberdade tem lugar, varia bastante visto que esta está associa-da a fatores de
ordem ambiental e genéticos (Sprinthall & Collins, 2003).

Ainda de acordo com outro autor Steinberg (1999) o impacto da puberdade na autoima-gem do
adolescente e no humor poderá ser relativamente discreto, mas por seu lado, o pro-cesso de maturação
física, adecta o desenvolvimento social e emocional do adolescente de forma mais importante.

Uma maturidade mais precoce ou mais tardia tem reflexos diferentes nos rapazes e nas raparigas, estando
associada a maturidade mais precoce, a aspetos mais positivos para os rapazes do que para as raparigas.

Os rapazes que maturam mais cedo tendem a ser mais populares, a ter autoconceitos mais positivos e a
ser mais autoconfiantes, comparativamente com os que maturam mais tarde. Por outro lado, as raparigas
que maturam mais cedo podem sentir-se desconfortáveis e desajeitadas com a sua nova imagem
(Steinberg, 1999).

Com a puberdade, mais precoce ou mais tardia, surge uma nova etapa na sexualidade dos seres humanos.

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À medida que a maturidade sexual avança, verifica-se um maior interesse pelo ritual do namoro
(Connolly , et al.,1999) e o iniciar a atividade sexual.

Estes processos fazem parte da sexualidade do adolescente, sendo eu mais uma vez o questão do timing,
parece uma questão importante, nomeadamente no que diz respeito ao início da atividade sexual. Este
timing parece estar associado a questões biológicas (surgi-mento da puberdade), sociais (por exemplo, as
normas dos pares e de outros grupos rele-vantes, como a família) e psicológicos (como por exemplo as
competências para lidar com estas mudanças e acontecimentos) (Graber et al., 1991).

Na literatura, tem-se assistido a uma nova questão que tem a ver com uma nova preo-cupação,
designadamente a entrada na vida sexual em idades precoces.

Na base desta questão estão vários aspetos tais como, o facto dos adolescentes que estão nesta situação
se encontram em maior risco para face às infeções sexualmente transmissíveis e gravidez na
adolescência (Graber et. al.,1991).

Outros autores têm vindo a defender através dos seus estudos, que o fator do adoles-cente iniciar a sua
atividade sexual em idades precoces têm mais probabilidade de se en-volverem em outros
comportamentos que podem comprometer o seu desenvolvimento posi-tivo (Anteghini, Fonseca, Ireland
& Blum, 2001; Liu et al.,2006).

Frade et al. (2010) explicam que a sexualidade tem percalços, uns evitáveis outros ine-vitáveis e que
outros resultam da própria complexidade dos adectos com elas relacionadas, das expectativas e
frustrações, dos amores e desamores e da forma como foram vivencia-dos desde criança, os aspetos
relacionados com o estabelecimento de relações diferentes, com a descoberta dos outros, com as
modificações corporais, etc.

5. Método do planeamento familiar (PF)

Planeamento familiar É o direito à informação, à assistência especializada e acesso aos recursos que
permitam optar livre e conscientemente por ter ou não filhos, o número, o espaçamento entre eles e a
escolha do método anticoncepcional mais adequado, sem coação.

os métodos São as formas utilizadas pelas mulheres/ homens/casais para evitar ou promover uma
gravidez. Alguns métodos servem somente para evitar filhos, outros sevem para ajudar a mulher a
engravidar.

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5.1.Métodos Naturais

São aqueles que o casal ou a pessoa pode utilizar para evitar ou obter uma gravidez, identificando o
período fértil da mulher.

 O muco varia de aparência em cada período do ciclo menstrual. Aprendendo essas diferenças, é
possível saber qual é o período fértil. O aspecto do muco é mais importante do que a quantidade.
O que interessa é se ele é pastoso, líquido, elástico, ou se não aparece.

 Através da tabela, a mulher é capaz de descobrir a época do mês em que está no período fértil.
Tabelas prontas não são seguras. A tabela de uma mulher não serve para outra, pois cada uma
tem um ciclo menstrual diferente. É importante ter um calendário para marcar, a cada mês, o
início do ciclo menstrual.

 O método da temperatura ajuda a conhecer a época do ciclo menstrual em que a mulher pode
ficar grávida (período da ovulação). Ele é feito através da tomada da temperatura do corpo. O
corpo feminino sofre uma alteração de temperatura no período da ovulação, ou seja, no período
fértil.

5.2.Métodos de Barreira

São aqueles que evitam a gravidez impedindo a penetração dos espermatozoides no útero.

 A camisinha é um método para ser usado pelo homem, no momento da relação sexual,
constituída de borracha bem fina, porém resistente, impedindo que os espermatozóides penetrem
na vagina da mulher e serve também para prevenir as DST/AIDS.

 O diafragma é uma capa de borracha ou silicone, que a mulher coloca, na vagina, antes da relação
sexual, tapando, assim, o cólo do útero. Ele evita a gravidez, impedindo que os espermatozoides
penetrem no útero. Deve ser usado com um espermaticida, para garantir maior segurança.

 Espermaticidas são produtos para serem colocados na vagina antes da relação sexual. Eles
impedem que os espermatozoides penetrem no útero, evitando assim, a gravidez. Os
espermaticidas podem ser usados sozinhos, porém são mais seguros quando usados juntos com
outros métodos (camisinha, diafragma, tabela). Existem vários tipos: cremes, geleia, tabletes ou
óvulos.

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5.3. Métodos Hormonais

 As pílulas anticoncepcionais podem ter uma composição combinada (estrógeno + progestógeno)


ou simples (apenas progestógeno). Elas impedem a ovulação, evitando assim a gravidez. Existem
diferentes tipos de pílulas, as mais usadas vêm em cartelas com 21 comprimidos. A pílula só faz
efeito se tomada corretamente.

 As pílulas anticoncepcionais de emergência podem ser tomadas a qualquer momento até cinco
dias após o sexo desprotegido. Quanto antes elas forem ingeridas após o sexo desprotegido,
maior será a sua eficácia.

 Os injetáveis mensais contêm dois hormônios - um progestógeno e um estrógeno – semelhantes


aos hormônios naturais progesterona e estrógeno. Os anticoncepcionais injetáveis de “acetato de
medroxiprogesterona de depósito” (AMPD – aplicação trimestral) e “enantato de noretisterona”
(NET-EM aplicação mensal) contêm, cada um, um progestógeno similar ao hormônio natural
progesterona. Não contêm estrógeno e, por isso, podem ser usados durante toda a amamentação e
por mulheres que não podem utilizar métodos com estrógeno.

 Anel Vaginal Combinado trata-se de um anel flexível que é inserido na vagina, liberando
continuamente dois hormônios, um progestógeno e um estrógeno, de dentro do anel. Os
hormônios são absorvidos através da parede da vagina indo diretamente para a corrente
sanguínea. O anel é mantido no lugar por três semanas, depois é retirado durante a quarta
semana. Na quarta semana, a mulher habitualmente ficará menstruada.

 Implantes são pequenas cápsulas ou hastes plásticas, cada uma do tamanho aproximado de um
palito de fósforo, que liberam um progestógeno. Um profissional devidamente treinado para este
fim realiza um pequeno procedimento cirúrgico para inserir os implantes sob a pele no lado de
dentro do antebraço da mulher. Não contêm estrógeno e, por isso, podem ser utilizados durante
toda a amamentação e por mulheres que não podem utilizar métodos com estrógeno. Sua duração
pode variar de três a cinco anos, dependendo de sua formulação.

5.4.Método Mecânico

O dispositivo intra uterino – DIU – é um dispositivo feito de um plástico especial, que vem enrolado por
um fio de cobre bem fino. Este aparelho é colocado através da vagina dentro do útero da mulher. Apenas
o médico pode colocar o DIU. A época ideal para a colocação do DIU é durante ou logo após a
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menstruação. O DIU tem um tempo de validade (cerca de seis a dez anos), dependendo do tipo.Depois
desse tempo, ele deve ser retirado ou trocado.

5.5.Esterilização

Além dos métodos recomendados pelo Ministério da Saúde, existem formas de evitar definitivamente a
gravidez através de cirurgia. Pode ser feita no homem ou na mulher. No homem chama-se vasectomia e
na mulher laqueadura (amarração ou ligadura de trompas).

Segundo a resolução presente na Lei nº 9.263/96 de 12 de Janeiro de 1996, como exposto no Art. 10. –
Somente é permitida a esterilização em:

• Homens e mulheres com capacidade civil plena;

• Maiores de vinte e cinco anos de idade ou, pelo menos, com dois filhos vivos;

• Prazo mínimo de sessenta dias entre a manifestação da vontade e o ato cirúrgico, período no qual será
propiciado acesso a serviço de regulação da fecundidade, incluindo aconselhamento por equipe
multidisciplinar, visando desencorajar a esterilização precoce.

6.As vantagens e desvantagens do PF

6.1.Vantagens

-A mulher não tem de pensar todos os dias na contracepção. Para além disso a mulher pode aderir a um
sistema de alerta sms, gratuito, para ser avisada do dia de colocação e remoção do anel;

-As hormonas contidas no anel não são absorvidas pelo aparelho digestivo, o que permite que a eficácia
do método não seja posta em causa em caso de vómitos ou diarreia;

-É um método reversível: a mulher retoma à fertilidade inicial após retirar o anel;

-Períodos mais regulares;

-Diminuição de dores menstruais.

-Não faz mal à saúde; oferece grande segurança quando usado corretamente.

-É um método de alta eficácia; pode ser usado por longos períodos, até a menopausa; a fertilidade retorna
logo após a sua remoção.

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6.2.Desvantagens

*Tal como em outros métodos hormonais, algumas mulheres podem apresentar efeitos secundários, tais
como náuseas, vómitos ou hemorragia vaginal;

*Não protege das IST (Infecções Sexualmente Transmissíveis).

*Muitas pessoas se queixam de que o método interfere na relação sexual, mas a camisinha pode ser
usada como um meio de aproximar e estimular a intimidade entre os parceiros.

*Não protege contra as IST/HIV/AIDS; pode desencadear a doença inflamatória pélvica em algumas
mulheres.

7.Os valores socio-culturais influenciam a saude sexual e reprodutiva

Os valores sociais e culturais são grandemente associados com vários processos de vida do ser humano.
Está presente em contextos políticos, gestores e inclusive na perspectiva de saúde e doença. A
disparidade de fatores levou ao desenvolvimento de diferentes estratégias para permitir uma maior
equidade na assistência à saúde (TORRES, 2010).

As características socio-culturais encontraram um campo fértil no que tange a aplicações e adequações


necessárias para o campo da saúde coletiva. São formas de conhecimento que auxiliam na interpretação e
questionamentos inseridos na antropologia política e voltada a área da saúde (MATEUS, 2005).

A saúde mental também é um campo que sofre bastante influência desses aspectos culturais. Doenças
como esquizofrenia em que as manifestações da doença são um pouco mais exacerbadas, um pré
julgamento de condutas é comum na prática social e inclusive na assistência à saúde que é prestada
(MATEUS, 2005; BONFIM, 2013).

O termo medicina social usado na Europa na segunda metade do século XIX é precursora da ideia de
promoção da saúde (SUNDARAM, 2016). Emerge um novo paradigma: a ideia de que a saúde é
produzida socialmente (DUARTÉ-VÉLES, 2010). Assim, a promoção da saúde está relacionada a um
conjunto de valores: democracia, participação, parceria, desenvolvimento, justiça social e cidadania
(RUTTER, 2015).

Os problemas de origem cultural estão mais prevalentes na população feminina. É um fato verificado
principalmente quando se trata de sexualidade e outros aspectos íntimos em que o desconforto para

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abordar tais assuntos, fazendo com que a expressão de sentimentos se torne limitada, o que acaba
prejudicando a abordagem integral da pessoa (HIGASHI, 2013; SUNDARAM, 2016).

A religião é um outro fator de bastante relevância nesse contexto. A religião e vínculos familiares em
que prevalecem aspectos sociais e culturais característicos, auxiliam no processo de enfrentamento de
determinadas doenças e situações mais críticas. Diante de culturas e religiões mais restritas a aceitação
de mudanças, essa adaptação não ocorre de uma maneira linear, prejudicando o modo como o indivíduo
se insere no campo de enfrentamento (BANNING, 2009; DAGSVOLD; ROSTAIN, 2015).

São influências que também repercutem em doenças crônicas, como o diabetes mellitus. Nesse aspecto,
o subjugamento de diretrizes preventivas para as doenças impacta negativamente na saúde dos sujeitos
pelo fato de não reconhecerem alguns fatores determinantes como influentes na sua saúde
(NICOLAISEN, 2009; SAGBAKKEN, 2013; FERNANDEZ, 2014).

Aspectos preventivos que se tornam prejudicados também ocorre em doenças sexualmente


transmissíveis como pelo HIV. Não somente a esse aspecto fica restrito, a procura pelo diagnóstico e
tratamento se tornam prejudicados pelas mesmas concepções culturais e de julgamento prévio que
envolta boa parte da sexualidade humana (TORRES, 2010; NAKIMULI-MPUNGU, 2014).

Esses aspectos socioculturais estão inseridos em diversas áreas da saúde principalmente naquelas mais
estigmatizadas pela sociedade tais como infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) e
doenças mentais (MATEUS, 2005; TORRES, 2010). A compreensão desses fatores envolvidos pode
levar a melhores desfechos em relação a direcionamento em saúde e inclusive no próprio tratamento
(MATEUS, 2005).

Alguns aspectos socioculturais na sociedade são verificados em populações de menor densidade como a
população indígena. Assim como em meados de 1904 quando aspectos relacionados a vacinação eram
debatidos, algumas representações sociais ainda precisam ser consideradas, por exemplo, em tribos
indígenas em que é necessária uma abordagem multidisciplinar para tentar inserir conceitos e vivências
não culturais (GARNELO, 2011).

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8.Conclusão

O Planejamento Familiar é de responsabilidade multidisciplinar, sendo de importância fundamental um


bom aconselhamento. As pessoas são diferentes entre si bem como as situações em que vivem tanto
quanto as necessidades de ajuda que manifestam. O melhor aconselhamento é aquele que atende ao perfil
individual, respeitando a liberdade individual sem violar o princípio ético básico da autonomia.

Após os 6 anos a criança já tem a sua sexualidade resolvida e passa por um período chamado de “período
de latência”, onde a criança tem mais interesse por fatos e pessoas. Nesse período a criança já estabelece
vínculos com seus colegas, sendo importante que tanto os pais quanto os educadores tirem todas as suas
dúvidasA criança de 6 a 10 anos tem interesse maior por fatos, pessoas, aprendizagem. Há uma
ampliação de conhecimentos (...). Os conflitos psíquicos abrandam-se. A família deverá aproveitar este
grande momento

educativo em que a criança está com os canis abertos para aceitar normas, conviver com outras pessoas e
educar-se socialmente. Permitir que ela tenha contato com outras crianças. Dar afeto, carinho e cuidar de
sua saúde. O desenvolvimento da sociabilidade evitará a timidez. (SOUZA, 1991, p. 99).

Após esse período vem a puberdade, que vai dos 10 aos 19 anos aproximadamente. Com a chegada da
puberdade introduzem-se as mudanças que levam a vida sexual infantil a sua configuração normal
definitiva. Até esse momento a pulsão sexual era predominantemente autoerótica; agora, encontra o
objeto sexual. Até ali, ela atenuava partindo de pulsões e zonas erógenas distintas que, independendo
uma das outras, buscavam um certo tipo de prazer como alvo sexual exclusivo. Agora surge um novo
alvo sexual para

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9.Referências

Aníbal Fagundes, Ellen Hardy. Ética Médica e Planejamento Familiar no Brasil. Disponível em:
http://www.portalmedico.org.br/revista/ bio2v4/eticamed.html Acesso em: junho 2010 [Links]

Connolly, J.; Craig,W.; Goldberg, A. & Debra Pepler (1999). Conceptions of Cross-Sex Friendships and
Romantic Relationships in Early Adolescence. Journal of Youth and Adolescence, 28 (3), 219-251.

Graber, J.A., & Petersen, A.C.(1991). Cognitive changes at adolescence: Biological perspective. In K.
R. Gobson, & A. C. Petersen (Eds.), Brain maturation and cognitive development (p. 227-253).
Hillsdale, NJ: Lawrence Erlbaum Associates, Inc.

Planejamento Familiar: Um Manual Global para Profissionais e Serviços de Saúde. Projeto INFO –
Disponível em: http://www.infoforhealth.org/ globalhandbook/remindersheets/portuguese. shtml Acesso
em: junho 2010 [Links]

SOUZA, Hálida P. de. Convivendo com seu sexo: pais e professores. São Paulo: Paulinas, 1991.

Steinberg, L. (1999). Adolescence (5th ed.). New York: McGraw-Hill.

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