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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Turma: N

Tema: Introdução ao estudo da História das Sociedades

Nome: Rute Félix Calisto


Código do Estudante: 708220367

Curso: Lic. Em ensino de História


Disciplina: História das Sociedades
Ano de frequência: 1o Ano
Docente: Bruno Mediante

Quelimane, Agosto de 2022

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Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura  Discussão 0.5
organizacionais
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índic

e
1. Introdução..................................................................................................................5

1.1. Objectivos...................................................................................................................5

1.2. Objectivo geral...........................................................................................................5

1.3. Objectivo específicos..................................................................................................5

1.4. Metodologia................................................................................................................5

2. Conceito de Sociedade...............................................................................................6

2.1. Conceito de Cultura................................................................................................6

2.2. Noção de Grupo Social e sua Natureza..................................................................6

2.3. Características dos Grupos sociais.........................................................................7

3. Padrões Culturais.......................................................................................................8

3.1. Elementos de uma Cultura......................................................................................9

3.2. Classificação de Padrões Culturais.........................................................................9

3.3. Modelo cultural por definição:...............................................................................9

3.4. Modelo cultural por dimensão:.............................................................................10

3.5. Modelo cultural por evolução...............................................................................10

3.6. Modelo cultural por perfil....................................................................................10

3.7. Modelo Cultural para sua Orientação...................................................................10

4. Tipos de cultura........................................................................................................11

4.1. Cultura organizacional..........................................................................................11

4.2. Cultura popular.....................................................................................................11

4.3. Cultura erudita......................................................................................................11

4.4. Cultura de massa...................................................................................................11

4.5. Cultura corporal....................................................................................................12

4.6. Cultura material....................................................................................................12

4.7. Conceitos básicos dentro do Contexto Cultural...................................................12

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4.8. Os níveis de Cultura.............................................................................................13

5. Processo de Surgimento do Homem........................................................................14

5.1. A Expansão...........................................................................................................14

6. Lugar da História Social e Cultural nas Ciências Sociais........................................14

6.1. A História Social e a Demografia.........................................................................14

6.2. A História Social e a Geografia Humana.............................................................15

6.3. A História Social com a Etnologia.......................................................................15

6.4. História social e a economia.................................................................................15

6.5. História social com a sociologia...........................................................................15

6.6. História social com ciências políticas...................................................................15

6.7. A Interdisciplinaridade das Ciências Sociais.......................................................16

7. Conclusão.................................................................................................................17

8. Referência Bibliográfica..........................................................................................18

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1. Introdução

O presente trabalho aborda sobre Introdução ao estudo da História das Sociedades.


A vida em sociedade é condição necessária à sobrevivência da espécie humana. É neste
sentido que os seres humanos organizam-se de muitas maneiras para poderem viver e
trabalhar juntos dentro da sociedade. Os grupos sociais correspondem às relações
estabelecidas entre duas ou mais pessoas. Segundo a sociologia, é uma forma de
interacção que visa alcançar objectivos e interesses em comum. Também caracteriza-se
pela sensação de identidade, na qual é criada por meio da convivência. Processo de
surgimento do Homem terá provavelmente começado durante a Era Primária, quando
certos vertebrados, tendo desenvolvido pulmões, abandonaram o seu habitat – o mar – e
deslocaram-se para a terra firme, onde deram origem a animais mais complexos, como
os répteis e as aves.

1.1. Objectivos

1.2. Objectivo geral


 Compreender sobre a Introdução ao estudo da História das Sociedades.

1.3. Objectivo específicos

 Definir o conceito de Sociedade e Cultura;


 Descrever a Noção de Grupo Social e sua Natureza;
 Identificaras características dos Grupos sociais;
 Definir Padrões Culturais;
 Explicar Processo de Surgimento do Homem;
 Explicar o Lugar da História Social e Cultural nas Ciências Sociais.

1.4. Metodologia
A metodologia opcionada para a realização deste trabalho foi o método descritivo, esta
opção justifica-se porque o método escolhido permite fazer uma descrição clara e
flexível em relação as ideia que foram reunidas no presente trabalho. O tipo de pesquisa
a ser realizada neste trabalho foi classificado como sendo uma pesquisa bibliográfica,
isto porque deve-se a pesquisa em mãos a consulta de várias fontes bibliográficas,
manuais e artigos pela internet.

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2. Conceito de Sociedade

Para a sociologia, uma sociedade (do termo em latim societăs, que significa
"associação") é um grupo de indivíduos se relacionando, a fim de conseguir e preservar
seus objectivos comuns. Os objectivos comuns, compartilhados pelos membros da
sociedade, são os próprios objectivos da sociedade, ou seja, o bem comum.
Não é um grupo qualquer, mas é um grupo soberano de indivíduos, não dependendo de
forças externas, onde existe uma rede (sistema) total e abrangente de relacionamentos,
na qual todos os seus indivíduos e comunidades membros estão interligados. Uma
sociedade é composta por membros que compartilham um princípio fundamental, geral,
vinculando todos, dentro do grupo, a uma mesma finalidade (o bem comum).

Sociedade é conjunto de pessoas que vivem em estado gregário, ou é o conjunto de


indivíduos unidos pelas leis comuns para atingirem um fim determinado.

2.1. Conceito de Cultura

Segundo Tolosana (2007), a cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento,
as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades
adquiridos pelo homem como membro da sociedade.

Cultura é um sistema complexo de códigos e padrões partilhados por uma sociedade ou


um grupo social e que se manifesta nas normas, crenças, valores, criações e instituições
que fazem parte da vida individual e colectiva dessa sociedade ou grupo. (In Dicionário
da Língua Portuguesa, 2004, p.458).

Sociedade humana é o conjunto de grupos sociais, compostos de pessoas unidas por


laços de interdependência e sociabilidade, cujo comportamento predominante é
regulado por uma estrutura social dinâmica resultante das acções dos vários
agrupamentos que a constituem, especialmente dos mais poderosos ou influentes.

2.2. Noção de Grupo Social e sua Natureza

Os grupos sociais correspondem às relações estabelecidas entre duas ou mais pessoas.


Segundo a sociologia, é uma forma de interacção que visa alcançar objectivos e
interesses em comum. Também caracteriza-se pela sensação de identidade, na qual é
criada por meio da convivência (Tolosana, 2007).

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Segundo Fichter, os grupos sociais formam uma colectividade identificável, estruturada,
contínua de pessoas sociais que desempenham papéis recíprocos, segundo determinadas
normas, interesses e valores sociais, para a consecução de objectivos comuns

Geralmente quando falamos de grupo, automaticamente querem indicar uma junção de


pessoas que ocupam determinado lugar. Esta definição seria muito limitada para o
grupo social em termos concretos e apelando a análise de vários sociólogos; pelo que
podemos dizer que o grupo social é a reunião de duas ou mais pessoas associadas pela
interacção e, por isso capazes de realização de acção conjunta visando atingir um
objectivo comum. Ao longo da vida o indivíduo participa de vários grupos sociais.

2.3. Características dos Grupos sociais

As principais características dos grupos sociais são: Pluralidade de indivíduos: precisa


haver mais de uma pessoa num grupo. Interacção social: os membros do grupo
interagem entre si. Organização: precisa haver uma certa ordem no grupo.

Entre as principais características da cultura, podemos destacar:

 Mecanismo adaptativo: significa que os indivíduos são capazes de mudar seus


hábitos para se adaptarem ao meio onde vivem, o que produz manifestações e
mudanças culturais;

 Mecanismo cumulativo: as gerações mais antigas transmitem esse conjunto de


conhecimentos às gerações seguintes, criando uma continuidade dos costumes
naquele grupo. Nessa transmissão, a cultura perde alguns elementos, mas
incorpora outros aspectos, sendo transformada;

 Transformação permanente: a cultura não é estática, pois é influenciada por


novos hábitos e maneiras de pensar que surgem com o desenvolvimento do ser
humano e da própria sociedade.

A maioria dos autores destaca como características dos grupos sociais as seguintes:
identificação, estrutura social, papéis individuais, relações recíprocas, normas
comportamentais, interesse e valores comuns, finalidade social e permanência.

 Identificação: o grupo deve ser identificado como tal pelos seus membros e
pelos elementos de fora. As pessoas envolvidas devem ter consciência de que
são membros do grupo.

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 Estrutura social: No grupo cada componente ocupa uma posição relacionada
com a posição dos demais.
 Papéis individuais: constituem a condição essencial para a existência do grupo
e sua permanência como tal, pois cada um dos seus membros tem uma
participação determinada;
 Relações recíprocas: As pessoas que constituem um grupo devem interagir
mutuamente de modo directo e indirecto;
 Normas comportamentais: são certos padrões, escritos ou não que orientam a
acção dos componentes do grupo e determinam a forma de desempenho do seu
papel;
 Interesses e valores comuns: o que é considerado bom, desejável, aceite e
compartilhado pelos membros do grupo. Os membros unem-se em torno de
certos princípios e valores, para atingir um objectivo de todo o grupo. Existe de
algum modo uma interdependência – o que acontece para um afecto o outro. Os
indivíduos envolvidos em um grupo devem procurar alcançar os objectivos
estabelecidos;
 Finalidade social: é a razão de ser e do objectivo do grupo (ex. económica,
religiosa, cultural, filantrópica, corporativa, etc.);
 Permanência: Para que um grupo seja considerado como tal, é necessário que a
interacção entre os membros se prolongue durante determinado período de
tempo (semanas, meses ou anos). Ex. Comícios, espectáculos, greves, etc.

3. Padrões Culturais

Para Gilbert (1997), padrão cultural é um modo repetido, uma norma, uma regra de
comportamento estabelecido por uma determinada sociedade. É uma maneira comum
que os indivíduos de determinada sociedade normalmente se servem para os
relacionamentos sociais.

Conjunto de normas de comportamento estabelecida pela sociedade. Ou seja, é a soma


total das actividades actos, ideias, objectos de um grupo ajustado pelos diversos traços e
complexidades de uma sociedade.

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3.1. Elementos de uma Cultura

Qualquer cultura ou subcultura contém três elementos: o símbolo, mitos e rituais.

 Símbolo é qualquer realidade que pelo seu próprio dinamismo ou força conduz
ou guia em direcção. O símbolo tem duas qualidades particulares: de dar um
sentindo porque o símbolo transmite uma mensagem a respeito de algo; este
pode causar uma reacção de sentimentos positivos ou negativos;
 Mito são símbolos na forma narrativa – por exemplo, a estória da criação no
livro Génesis. Estas são estórias ou tradições que buscam de maneira
imaginativa e simbólica, apresentar uma verdade fundamental sobre o mundo e a
vida humana;
 Rituais são as maneiras visíveis de representar ou dramatizar o mito e estes são
muitos e variáveis, assim como as necessidades humanas.

É por isso que as características da cultura indicam que: é aprendida, transmitida e


proporciona satisfação.

Mais especificamente, podemos afirmar que:

 A cultura é aprendida. Como resulta da interacção entre indivíduos, os


aspectos culturais de cada grupo são aprendidos através da socialização.
 A cultura é transmitida. O acúmulo de experiências e aspectos culturais de
uma comunidade são transmitidos de geração em geração, ampliam e integram
as pessoas.
 A cultura proporciona satisfação. Satisfaz a auto-estima tanto da pessoa que
entrega seus valores de identidade quanto da comunidade, que a recebe e se
compromete a consolidar esse sistema social.

3.2. Classificação de Padrões Culturais

Essas normas são constituídas de acordo com os costumes e hábitos de uma região,
cidade ou país e podem ser classificadas: por definição, dimensão, evolução, perfil,
orientação.

3.3. Modelo cultural por definição:

 Temático: Entidade social, religiosa ou comercial

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 Transcendental: Eles resolvem situações de adaptação ao ambiente e
convivência.
 Mental: Eles proíbem pressões, impulsos e diferenciam as pessoas das outras.
 Estrutural: inter-relaciona ideias e comportamentos modelados.
 Simbólico: símbolos comuns compartilhados por várias sociedades.
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3.4. Modelo cultural por dimensão:

 Global: abrange comportamentos comuns em sociedades internacionais.

 Total: Integrado pela soma dos aspectos específicos de uma mesma sociedade.

 Específico: implica os comportamentos compartilhados por um grupo que se


junta à cultura geral e tem diferenças.

3.5. Modelo cultural por evolução

 Primitivo: Apresenta baixo nível de desenvolvimento técnico.

 Civilizado: Existem factores que impulsionam o desenvolvimento da sociedade.

 Analfabetos ou pré-alfabéticos: Seu tipo de comunicação é verbal e falada


porque eles não adquiriram leitura ou escrita.

 Alphabeta: por sua interacção, a leitura e a escrita são incorporadas ao idioma.

3.6. Modelo cultural por perfil

 Sensível: É apresentado através dos sentidos, utilizando esses recursos para


interacção.

 Racional: aplique a razão em seus padrões e apresente produtos óbvios.

3.7. Modelo Cultural para sua Orientação

 Pós-configurativa: é geracional, tirada dos ancestrais e ocorre especificamente


entre os povos primitivos; é uma cultura que busca no passado seus guias de
comportamento para repeti-la no presente.

 Configurativo: é actualizado, não procura o passado, mas destaca o


comportamento dos contemporâneos. As pessoas imitam os padrões de
comportamento que copiam da geração actual.

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 Prefigurativo: projecta novos modelos a serem seguidos em situações futuras,
inovando com novas normas e comportamentos aceitos para uma nova geração,
mesmo que não sigam completamente o modelo dos pais, mas o tomem como
pano de fundo.

4. Tipos de cultura

O fato de a cultura estar presente em tantas áreas do conhecimento a torna muito ampla.
É por isso que, para estudá-la de uma maneira mais profunda, é importante subdividi-la.
Fizemos uma rápida descrição sobre os tipos de cultura para ajudá-lo a entender essas
diferenças.

4.1. Cultura organizacional

É o conjunto de valores praticados por uma empresa ou organização. Ela define quais
são os comportamentos aceitáveis e compatíveis com a missão e propósito do negócio.
Também é chamada de cultura corporativa.

4.2. Cultura popular

Nasce espontaneamente a partir do povo. São manifestações que reflectem a identidade


cultural e os valores de uma comunidade.

4.3. Cultura erudita

Diferente da cultura popular, a erudita é baseada em estudos, análises críticas e


elaboração técnica apurada. Devido às suas características, tem maior aceitação entre as
elites sociais e económicas, bem como os intelectuais.

4.4. Cultura de massa

Trata-se de um termo muito usado pelos filósofos da Escola de Frankfurt, que define as
manifestações criadas com objectivo puramente comercial, gerando produtos de
consumo que atendem aos interesses da Indústria Cultural.

Segundo esses filósofos, ela tem o efeito de adormecer a consciência da maioria da


população (a massa), dificultando a formação do espírito crítico e promovendo a
alienação.

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4.5. Cultura corporal

Envolve o estudo do comportamento físico dos seres humanos e como eles manifestam
os valores culturais de um grupo. Analisa práticas como as danças, jogos,
comportamento sexual, festividades e até mesmo a medicina praticada pela sociedade
em questão.

4.6. Cultura material

A cultura material estuda as relações entre a cultura de um povo e os objectos que ele
produz. Envolve conhecimentos nas áreas de Arqueologia, Antropologia, História da
Arte, Arquitectura, Literatura, Museologia, entre outras. Essa cultura é muito importante
para a preservação desse património.

4.7. Conceitos básicos dentro do Contexto Cultural

 Subcultura: são as diferenças significativas que aparecem no interior da cultura.


 Enculturação: é um conceito sociológico que refere-se ao processo de
aprendizagem cultural. Processo pelo qual o indivíduo é inserido em sua cultura.
 Aculturação: entende-se como o encontro de uma cultura com a outra ou
encontro de culturas.
 Dominação cultural: tem várias designações – transculturação, imperialismo
cultural, alienação cultural. Todos estes termos expressam a ideia de uma cultura
dominando outra ou várias culturas.
 Inculturação: podemos definir a Inculturação como um diálogo contínuo entre
fé e cultura ou culturas.
 Choque cultural: é quando imerso numa cultura ou ambiente diferente o
indivíduo poderá se sentir desorientado, incerto, fora do lugar e até mesmo em
pânico.
 Etnocentrismo: referir-se a tendência de assumir que a própria cultura ou modo
de viver é superior a de outras. O Etnocentrismo vê seu próprio grupo como
centro e ponto de definição de cultura.
 Pluralismo cultural: a dificuldade de definir cultura acaba gerando a descoberta
do pluralismo cultural, onde a diferentes maneiras de servir-se, das coisas, de
expressar-se, de praticar a religião, de estabelecer as leis e instituições jurídicas,
de cultivar as artes e a beleza.

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 Cultura material: consiste em todo o tipo de utensílios, ferramentas,
instrumentos, máquinas, etc., utilizados por um grupo social. Por exemplo: a
grande maioria do povo moçambicano come farinha de milho como alimento
básico, e grande parte das pessoas dormem em esteiras e muitas das suas casas
são construídas em material local (estacas, barro, caniço ou palmeiras).
 Cultura não material: abrange todos os aspectos não materiais da sociedade,
tais como: regras morais, religião, costumes, ideologias, ciências, etc. Por
exemplo: a maioria da população moçambicana faz cerimónias em respeito aos
seus antepassados falecidos, não há pena de morte na legislação moçambicana e
embora proibido por lei, o regionalismo é bastante evidente no país.

4.8. Os níveis de Cultura

Fig.1: Os níveis de Cultura

Fonte: Manual de Ensino a distancia UCM – História das sociedades

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5. Processo de Surgimento do Homem

Processo de surgimento do Homem terá provavelmente começado durante a Era


Primária, quando certos vertebrados, tendo desenvolvido pulmões, abandonaram o seu
habitat – o mar – e deslocaram-se para a terra firme, onde deram origem a animais mais
complexos, como os répteis e as aves. Na Era Secundária predominaram na Terra os
anfíbios e os répteis, alguns enormes, como os dinossauros. Possivelmente, os répteis de
dimensões menores e de sangue quente deram origem os mamíferos propriamente ditos,
que predominavam na natureza durante a Era Terciária.

5.1. A Expansão

Por volta de 100 000 a.n.e, com o fim da última era glacial ocorreram profundas
alterações climáticas e ambientais que estimularam a migração de animais e seres
humanos. Foi assim que os homens primitivos, surgidos em África, foram ocupando,
ainda que de maneira dispersa, as diversas regiões do Globo: da África à Europa, da
Ásia à Austrália.

Vestígios fósseis indicam a existência, há cerca de 500 mil anos, do Homo erectus, a
partir do qual evoluiu o Homem actual. A sua evolução física contribuiu para que
houvesse mudanças de comportamento, as quais levaram a alterações anatómicas, num
lento processo que culminou no Homo sapiens, espécie a que pertencemos.

O fim da última era glacial, por volta de 100 000 a.n.e, trouxe profundas alterações
climáticas e ambientais que estimularam a migração de animais e seres humanos.
Possibilitando que os homens primitivos, surgidos em África, foram ocupando, ainda
que de maneira dispersa, as diversas regiões do Globo: da África à Europa, da Ásia à
Austrália.

6. Lugar da História Social e Cultural nas Ciências Sociais


6.1. A História Social e a Demografia

Se olharmos agora para a revolução industrial com os olhos da demografia, rapidamente


verificaremos que ao contrário de que Malthus profetizava, a mecanização e
modernização da agricultura fizeram com que a produção aumentasse exponencialmente
e não aritmeticamente (como previa Malthus), o que teve como consequências a
melhoria dos hábitos alimentares, a redução das taxas de mortalidade e o aumento do
ritmo de crescimento da população mundial.

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6.2. A História Social e a Geografia Humana

A interdependência destas duas ciências dá-nos a visão de como foram importantes para
a consolidação do capitalismo, a profunda restauração do regime e a distribuição da
propriedade rústica das quais resultam, o aumento da produtividade agrícola a um ritmo
e a uma escala até então desconhecidos, o despovoamento dos campos e a consequente
aglomeração urbana, que é o mesmo que dizer mão-de-obra abundante nas cidades.

6.3. A História Social com a Etnologia

A etnologia cultural estuda os usos e costumes dos povos ou etnias integradas no seu
contexto natural; dá-nos a conhecer que outras sociedades ou etnias teriam solucionado
problemas idênticos dos nossos de maneiras diferentes, provocando assim que as nossas
soluções não são únicas nem provavelmente são as melhores.

6.4. História social e a economia

Se o nosso ângulo de visão for a economia, podemos constatar que o poderio marítimo
da Inglaterra (ou Grã-Bretanha se quisermos ser abrangentes) era enorme no século
XVIII e possibilitou a circulação de capitais que gerou uma classe média significativa,
acelerou a revolução agrícola, criou a Banca e companhias de seguros a níveis únicos a
escala mundial; em suma, algum dos factores determinantes da revolução industrial.

6.5. História social com a sociologia

A sociologia mostra-nos que o facto de o capital se encontrar maioritariamente nas


mãos de grupos de negociantes e fabricantes, a quem uma longa experiência tinha
dotado de sólidos hábitos de investimento e risco, foi determinante para o êxito da
revolução industrial.

6.6. História social com ciências políticas

Do exemplo da Grã-Bretanha com a revolução de 1688, a política de consolidação da


unidade nacional e o papel do parlamento. Este era constituído pela nobreza, grandes
proprietários e alta burguesia; mas a ideologia dominante era a burguesia. Assim foi
possível ao parlamento determinar o regime de patentes decisivos na inovação técnica,
dinamizar a construção de estradas, canais, emparcelamento agrícola, a vedação das
terras.

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6.7. A Interdisciplinaridade das Ciências Sociais

A aplicação das técnicas quantitativas à História revela as possibilidades que a


interdisciplinaridade pode oferecer à ciência. Ao utilizar métodos e conceitos de outras
Ciências Sociais a História pode alargar significativamente o seu campo de acção, ao
mesmo tempo que, mercê de recursos provenientes da Economia, Sociologia, Geografia,
Antropologia, Linguística, Psicanálise ou Informática entre outras, pode ampliar o seu
corpo de conceitos de forma a elaborar novos modelos de interpretação.

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7. Conclusão

Após o desenvolvimento do trabalho cheguei a conclusão que a cultura é um sistema


complexo de códigos e padrões partilhados por uma sociedade ou um grupo social e que
se manifesta nas normas, crenças, valores, criações e instituições que fazem parte da
vida individual e colectiva dessa sociedade ou grupo. Sociedade humana, é o conjunto
de grupos sociais, compostos de pessoas unidas por laços de interdependência e
sociabilidade, cujo comportamento predominante é regulado por uma estrutura social
dinâmica resultante das acções dos vários agrupamentos que a constituem,
especialmente dos mais poderosos ou influentes.

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8. Referência Bibliográfica

Barata, Óscar Soares (2002), Introdução às Ciências Sociais, Vol 1 e 2 Viseu, Bertrand
Editora, 10ª edição;

Bernardi, bernardo (1978), Introdução aos estudos etnoantropológicos, Lisboa, edições


70;

Cruz, M. Braga da (2001), Teorias Sociológicas. Os fundadores e os clássicos


(Antologia de textos) I Vol, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 3ª edição;

Giddens, Anthony (2001), Modernidade e identidade Pessoal, Oeiras, Celta Editores;

Gilbert, J. (1997). Introdução à sociologia. Santiago do Chile, Edições LOM

Padrões culturais do ser humano. Recuperado de: prezi.com

Padrões culturais. Recuperado de: es.calameo.com

Padrões culturais. Recuperado de: laestrella.com.pa.

Tolosana, C. (2007). Introdução à antropologia social e cultural. Edições Akal Madrid

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