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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Trabalho de campo – I (Actividades)

Benedito António Fernando. - Código: 708210685

Curso: Licenciatura em ensino de Matemática


Disciplina: Praticas Pedagógicas I
Ano de frequência: 1º
Turma: C

Nampula, novembro, 2021


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação do Subtot
máxima tutor al
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
 Discussão 0.5
s
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(indicação clara do 1.0
ploblema)
 Descrição dos 1.0
Introdução
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo
cuidada, coerência/
coesão textual)
Analise e
discussão  Revisão 2.0
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração de dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
práticos
 Paginação, tipo e 1.0
Aspectos tamanho de letras,
gerais parágrafos,
Formatação espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência 4.0
Referencias. 6ª edição em das citações/
Bibliográficas bibliografia referencias
bibliográficas
Folha de Feedback
Folha para recomendações de melhoria:
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Índice
introdução...............................................................................................................................................5
1. Posicionamento de Andressa Wiebusch1 Valderez Marina Do Rosário Lima no seu artigo no que
diz respeito a inovação nas práticas pedagógicas no ensino superior como possibilidades para
promover o engajamento acadêmico......................................................................................................6
2. Função do docente e discente no ensino a distância.......................................................................6
2.1. Função do docente...........................................................................................................................6
2.1.1. Funções específicas de docentes no ensino a distância.................................................................7
2.3. Função do discente..........................................................................................................................7
3. A importância do conhecimento das leis e regras dos estabelecimentos escolares na melhoria do
relacionamento e da qualidade profissional docente...............................................................................8
4. Diferença entre educação, formação e instrução.............................................................................8
Educação................................................................................................................................................8
Formação................................................................................................................................................8
Instrução.................................................................................................................................................8
5. Princípios do sistema nacional de educação em moçambique........................................................9
6. Exemplos a retirar do sistema educativo de moçambique que justificam a impotência da formação
continua da educação............................................................................................................................11
6.1. Principais constatações que incapacitam a formação continuam na educação...............................11
conclusão..............................................................................................................................................13
bibliografia...........................................................................................................................................14
Introdução
O presente trabalho dá-nos uma reflexão sobre a importância de inovações nas práticas
pedagógicas no ensino superior, nele serão encontrados assuntos relacionados as funções de
docente e discente no ensino a distância, importância do conhecimento das leis e regras dos
estabelecimentos escolares na melhoria do relacionamento e da qualidade profissional
docente, princípios do Sistema Nacional de Educação bem como impotência do sistema
educativo de Moçambique na formação continua da educação. A educação moçambicana tem
passado nas últimas décadas por muitas mudanças cujos avanços se observam nas reformas
curriculares de ensino primário e capacitação de professores. A estes aspectos, juntam-se: a
ampliação da rede escolar; implementação de sistema de ensino organizado por ciclos de
aprendizagem; introdução dos saberes locais no currículo do ensino básico; esforços
envidados para integrar a grande variedade de programas de formação de professores em
exercício (continua); a distribuição gratuita do livro escolar e a abolição das propinas
escolares, que são grandes esforços que o governo moçambicano faz para garantir o direito a
educação para todos os cidadãos.

O trabalho esta organizado em páginas onde foram abordadas de forma detalhadas as


actividades propostas.

O método de pesquisa utilizada neste trabalho foi a revisão bibliográfica, realizando-se uma
busca no site Google Académico, Biblioteca Digital de diversas universidades e em livros da
área especifica de conhecimento sobre práticas pedagógicas.

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1. POSICIONAMENTO DE ANDRESSA WIEBUSCH1 VALDEREZ MARINA DO
ROSÁRIO LIMA NO SEU ARTIGO NO QUE DIZ RESPEITO A INOVAÇÃO
NAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS NO ENSINO SUPERIOR COMO
POSSIBILIDADES PARA PROMOVER O ENGAJAMENTO ACADÊMICO.

Andressa Wiebusch1 Valderez Marina do Rosário Lima indica no seu artigo que no ensino
superior, com as mudanças globais, o avanço das tecnologias e o acesso ao conhecimento,
faz-se necessária uma inovação na forma de ensinar, mudanças paradigmáticas para motivar e
instigar o interesse dos estudantes universitários em aprender, para que tenham um
engajamento acadêmico na sua instituição de ensino. Além disso, rupturas com as práticas de
ensino tradicionais, superando a resistência da gestão, dos docentes e discentes.

Ao problematizar a inovação, é preciso compreender os entornos políticos e econômicos


que potencializam que a instituições de ensino desenvolvam práticas inovadoras com
responsabilidades sociais, culturais e éticas, almejando uma qualidade no ensino. Nessa
perspectiva, no ensino universitário, as práticas pedagógicas inovadoras podem potencializar
a aprendizagem e o engajamento acadêmico, engloba, sobretudo, as dimensões afetiva,
comportamental e cognitiva dos indivíduos que, quando mobilizadas conjuntamente,
permitem o envolvimento efetivo dos estudantes com o meio e as atividades acadêmicas,
gerando, de fato, o engajamento

2. FUNÇÃO DO DOCENTE E DISCENTE NO ENSINO A DISTÂNCIA

2.1. Função do docente


Existem muitas denominações para a função de docente, porque na EAD, nem sempre o
autor do conteúdo é o que irá acompanhar e direcionar o conteúdo aos alunos, o que se
destaca é que o docente assume diversas funções: seja ela pedagógica, gerencial, social e
técnica, pois aqui ele tem o desafio de integrar o aluno ao tecnológico, o individual ao social e
grupal, buscando desenvolver as competências individuais através de um trabalho
colaborativo, promovendo a interatividade, para dar sustentação ao conjunto de aprendizagens
pretendidas. Segundo Guarezi (2012, p. 122)  
Nos cursos a distância, cabe ao docente promover o exercício da interatividade e da
colaboração, incentivando o intercâmbio de experiências entre os alunos,
privilegiando e reforçando a comunicação em grupos, em respeito às diferenças
individuais. A construção do conhecimento deverá ocorrer pela integração dos
conteúdos à prática, com apoio motivacional dos tutores, por meio do estímulo para o
estudo, da autoavaliação e da valorização dos resultados obtidos.  

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Segundo Maia (2007, p. 90)
O docente é responsável por gerar um senso de comunidade na turma que conduz, e
por isso deve ter um elevado grau de inteligência interpessoal. Nessas circunstâncias
ele desempenha um papel social, e para isto deve conhecer o máximo possível de seu
público alvo. Uma das funções mais importantes do tutor é dar feedback constante a
seus alunos. Em sala de aula, é possível dar feedback automático para os alunos [...],
já à distância o aluno se sente mais abandonado, e os canais são reduzidos, portanto o
feedback do docente torna-se um elemento crítico para reforçar o aprendizado.

2.1.1. Funções específicas de docentes no ensino a distância


 Actuar da instituição, mediando o processo pedagógico junto a estudantes
geograficamente distantes;
 Esclarecimento de dúvidas através de fóruns de discussões do Ambiente Virtual de
Ensino e aprendizagem, pelo telefone ou qualquer outro recurso interativo
disponibilizado pela instituição;
 Manter regularidade de acesso ao Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem e
responder as solicitações dos estudantes;
 Promover espaços de construção colectiva de conhecimentos entre estudantes, via
Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem;
 Selecionar material de apoio e sustentação teórica aos conteúdos.
 Fomentar a pesquisa e acompanhar os estudantes nos processos formativos, incluindo
o uso das tecnologias potencializadas em ambientes virtuais multimídias e interativos
disponíveis.

2.3. Função do discente


Compreender a função do estudante na modalidade de ensino a distância é focar a figura do
estudante que utiliza outros mecanismos de aprendizagem, sobretudo muita leitura e diálogo
(pessoalmente ou virtual) com colegas das turmas e docentes. Alem disto, pode-se
compreende-lo como um eterno pesquisador, o protagonista de seu fazer-aprendizado.

Portanto o papel do estudante no ensino a distância é de responsabilidade e


comprometimento, uma vez que o mesmo devera estudar, pesquisar, interpretar e
autogerenciar o seu aprendizado participando activamente na construção do seu próprio
conhecimento. Contudo o estudante devera organizar-se de maneira que estude sempre, e não
quando quiser e puder, ou seja, cabe ao estudante seguir uma rotina de estudos que inclua
leituras obrigatórias e complementares, acesso e interação nos fóruns, chats com os docentes e
colegas.
7
3. A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DAS LEIS E REGRAS DOS
ESTABELECIMENTOS ESCOLARES NA MELHORIA DO
RELACIONAMENTO E DA QUALIDADE PROFISSIONAL DOCENTE

Viega (2005) sustenta que:

“As instituições são reguladas por políticas, regulamentos, normas e procedimentos de modo
a que se estabeleça um limite entre as necessidades individuais, colectivas e institucionais” (P.
75). Ainda de acordo com Viega “Estas ferramentas servem de mecanismos para
“padronizar” as formas de agir de diferentes actores em determinadas instituições” (2005, P.
76).

O conhecimento e aplicação das leis e regras escolares tem função primordial de normatizar
o funcionamento interno do estabelecimento educacional e regulamentar todo o trabalho
pedagógico, administrativo e institucional com base nas disposições previamente estudadas e
implementadas para cumprimento de todos os envolvidos nas actividades escolares. O
descumprimento dessas leis e regras estabeleceria uma actividade académica com muita
dificuldade e uma educação sem valores. Por este motivo essas leis e regras estabelecidas nas
escolas devem ser conhecidos pelos alunos e professores pois estabelecem normas de
cumprimentos de horários pré-estabelecidos, quais as condutas não são admissíveis e suas
sanções correspondentes, normas de higienes, assim como regras de comportamento geral
entre a relação professor e aluno.

4. DIFERENÇA ENTRE EDUCAÇÃO, FORMAÇÃO E INSTRUÇÃO

Educação
A educação é um processo formativo continuo direcionado para um individuo ou grupo
deles inseridos na família, na comunidade ou em instituições socio-profissionais, para o
desenvolvimento das capacidades físicas, intelectuais e morais do ser humano visando a sua
integração social.

Formação
Formação é um processo de desenvolvimento individual destinado a adquirir ou aperfeiçoar
capacidades.

Instrução

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Quando falamos de instrução, nos referimos ao processo de aquisição de conhecimento que
geralmente leva ao desenvolvimento de habilidades e hábitos na pessoa que adquire. Por meio
da instrução, treinamento é fornecido para quer o individuo seja capaz de realizar um tipo de
trabalho específico.

5. PRINCÍPIOS DO SISTEMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO EM MOÇAMBIQUE

Segundo Lei no 18/2018 de 28 de dezembro artigo 3, o Sistema Nacional de Educação


orienta-se pelos seguintes princípios gerais:

a) Educação, cultura, formação e desenvolvimento humano equilibrado e inclusivo é


direito de todos moçambicano;

Sistema educativo é inclusivo quando respeita as diferenças entre os indivíduos a vários


níveis, incluindo a nível de saúde, e permite que as suas estruturas atendam às necessidades de
todos. Portanto este princípio permite que todas as crianças tenham a oportunidade de
concluir o Ensino Primário inclusivo e de qualidade. Este princípio assegura o acesso
equitativo e inclusivo à educação de jovens e adultos que não tenham tido oportunidade de
efectuar os estudos na idade certa, proporcionando-lhes formação científica geral que confira
competências necessárias para o seu desenvolvimento integral.

b) Educação como direito e dever do estado;

A educação é um direito fundamental de cada cidadão, um instrumento para a formação e a


integração do indivíduo na sociedade, bem como um factor indispensável para a continuação
da construção de uma sociedade e para o combate à pobreza. Com a educação o cidadão pode
vislumbrar uma vida livre da pobreza e ter mais participação na sociedade, por meio da
qualificação para o trabalho.

O dever do Estado a educação será efetivado mediante a garantia de um atendimento ao


educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de
material didático escolar, distribuição gratuita de livros escolares e expansão de rede escolar e
eliminação de taxas de matrículas.

c) Promoção da cidadania responsável e democrática, da consciência patriótica e dos


valores da paz, diálogo, família e ambiente;

Promover o acesso à cidadania é empoderar o cidadão a fim de que seja conhecedor de seus
direitos e deveres, podendo promover mudanças na sociedade e contribuir para a efetivação
9
dos direitos e deveres preconizados na lei. Os cidadãos devem ter o sentimento de orgulho,
amor, devolução e devoção à pátria, respeitar os símbolos nacionais (bandeira nacional, hino
nacional, patrimónios material e imaterial), e que, independentemente da religião ou filiação
partidária, promova uma cultura de paz e diálogo. Este princípio possibilita a formação
cidadãos com conhecimentos, habilidades, valores culturais, morais, cívicos e patrióticos
capazes de contribuir para o desenvolvimento de uma sociedade coesa e adaptada ao mundo
em constante transformação.

d) Promoção da democratização de ensino, garantindo o direito a uma justa e efectiva


igualdade de oportunidades no acesso escolar dos cidadãos;

Este principio responde aos desafios relacionados com a eficiência interna do Sistema
Nacional de Educação (promovendo a redução dos rácios alunos-professor, da repetição e do
abandono escolar); a igualdade de oportunidades no acesso e retenção (a nível de género,
condição socioeconómica, localização geográfica e necessidades educativas especiais); a
provisão de infraestruturas e equipamentos escolares inclusivos para todos os alunos e
resilientes aos efeitos dos desastres naturais; a implementação do Programa de Alimentação
Escolar; a expansão da modalidade do ensino à distância; o desenvolvimento de parcerias para
a diversificação da oferta educativa; e a introdução de medidas de incentivo à demanda da
educação, envolvendo as famílias e a comunidade escolar.

e) Organização e promoção do ensino, como parte integrante da acção educativa, nos


termos definidos na constituição da República, visando o desenvolvimento sustentável,
preparando integralmente o Homem para intervir activamente na vida política,
económica e social

O sistema educativo sofre de algumas reformas e modificação para torna-lo mais relevante,
no sentido de responder as diferentes demandas socioculturais, económicas e política. A
promoção de ensino é uma forma de universalizar o acesso e promover a equidade da
educação para todos, melhorando a sua qualidade e reduzindo as desigualdades sociais e as
disparidades de género, através de criação de oportunidades para a participação de todos, em
particular, dos grupos minoritários em desvantagem social e incentivando uma participação
deles. Desenvolvendo políticas contextualizadas de apoio a educação básica integrada nos
sectores social, cultural, ambiental e económico necessários a satisfação das necessidades
básicas de aprendizagem, essenciais para o desenvolvimento individual e social.

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f) Laicidade e o apartidarismo do SNE;

O sistema educativo moçambicano é baseado no laicismo que se caracteriza por ser um


ensino desvinculado da educação da igreja ou sem religião. Considerando e respeitando as
opções religiosas dos alunos e suas famílias, sem se prender a critérios estatísticos das
religiões dominantes.

O Sistema Nacional de Educação organiza o processo educativo sem influencias de partidos


políticos, ou seja, o ensino não pertence a nenhum movimento partidário ou partido político,
dessa forma dá oportunidades ao acesso a todos cidadãos independentemente do seu partido
político.

g) Justiça social, não discriminação e participação;

Este princípio pressupõe que haja justiça social, no sentido de resolver situações de
desigualdades e exclusão social entre os cidadãos. Este princípio proíbe a descriminação em
razão, designadamente, do sexo, raça, cor ou origem étnica ou social, língua e religião.

h) Responsabilização e prestação de contas.

Responsabilização e prestação de contas é um dos princípios do Sistema Nacional de


Educação e esta relacionado a obrigação de empenhar-se com critério de zelo e responder
pelas próprias acções.

6. EXEMPLOS A RETIRAR DO SISTEMA EDUCATIVO DE MOÇAMBIQUE QUE


JUSTIFICAM A IMPOTÊNCIA DA FORMAÇÃO CONTINUA DA EDUCAÇÃO.

Nascimento (1995) compreende que formação continuada

É algo que ocorre após uma formação inicial para melhorar as qualificações pessoais,
sendo também toda e qualquer actividade de formação do professor que está atuando
no estabelecimento de ensino, [...], incluindo-se aí os diversos cursos de
especialização e extensão oferecidos pelas instituições de ensino superior e todas as
atividades de formação propostas pelos diferentes sistemas de ensino. (nascimento,
2003, p. 70).

Mesmo havendo significativas melhorias dos serviços de educação em Moçambique, ainda


persiste problemas de eficiência do sistema educativo que incapacitam a formação continua
na educação. De acordo com MINED (Op. Cit.)

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6.1. Principais constatações que incapacitam a formação continuam na educação
 A existência de vários modelos de formação de professores dificulta a concepção de
programas de formação continua de professores em exercício que respondam às
necessidades reais de cada tipo de professores existentes no País. O exemplo disso é o
PDPC (Programa de Desenvolvimento Profissional Contínuo), cujos materiais
beneficiam apenas os professores que leccionam as 1ª, 2ª e 3ª classes, como se os
outros não necessitassem deste tipo de programa.
 Verifica-se pouca clareza sobre os conteúdos abordados durante as sessões de
capacitação de professores, o que não permite atribuir dimensão pedagógica nem
profissional às acções realizadas e dificulta o desenvolvimento de pacotes de formação
que influenciem o desenvolvimento profissional dos beneficiários.
 Há também fraca relação entre a formação continua e a carreira docente, o que impede
o desenvolvimento profissional dos professores.
 Há percepção de que a quantidade de módulos, actualmente estudados no modelo
10ª+2 via ensino à distância, é elevada e os seus instrumentos de monitoria e avaliação
carecerem de revisão.
 Regista-se ausência de um sistema aprovado de formação continua em exercício de
professores do Ensino Secundário.
 Não há revisão dos módulos universitários.
 O fraco domínio de uso das TIC´s contribui para desistência de alguns discentes nos
cursos de modelo híbrido, face a esta dificuldade as universidades devem criarem
mecanismo de capacitações dos discentes em matérias de uso de tecnologias para o
ensino.

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Conclusão
Neste trabalho abordou-se assuntos relacionados as inovações de práticas pedagógicas no
ensino superior, função do docente e discente no ensino a distância princípios de Sistema
Nacional de Educação e concluiu-se que a inovação no ensino superior depende de diversos
fatores, desde o apoio institucional até o conhecimento docente sobre o entendimento de
práticas inovadoras. Nas instituições de ensino, é preciso promover capacitações para o
aperfeiçoamento pedagógico e para estimular os docentes a propor inovações pedagógicas na
sala de aula. O governo deve criar acções de formação continuada de professores a nível das
Zonas de Influencia Pedagógicas (ZIP) com objectivo de contribuir para a articulação de um
modelo de formação continuada que valorize o espaço escolar e permanente exercício de
reflexão-acção-reflexão como elemento crucial na formação continuada do professor e
consequentemente, na melhoria da qualidade de ensino em Moçambique.

Este trabalho foi muito importante para o aprofundamento dos temas e aperfeiçoamento de
competências de investigação, organização de trabalhos académicos.

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Bibliografia
NÓVOA, António. Concepções e práticas de formação continuada de professores: In: Nóvoa
A. (org.). Formação continuada de professores: realidade e perspectivas. Portugal:
Universidade de Aveio, 1991

Lei. No 18/2018, Sistema Nacional de Educação, Moçambique, Boletim da República no 19


(série 1), 28 de dezembro de 2018.

MINED. Plano Estratégico de Educação 2020 – 2029. Maputo, Maio de 2020

MINEDH (2017) Estrategia Para a Educacao Inclusiva e Desenvolvimento de Criancas com


Deficiencia 2018-2027. Departamento de Educacao Especial. Maputo

Inovação nas práticas pedagógicas no Ensino Superior: possibilidades para promover o


engajamento acadêmico disponível em: <http://www.portal.ucm.ac.mz Acesso em: 29 out.
2021.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática. Editora Alternativa:
Goiânia, 2004.

MAIA. Philippe. A Prática Reflexiva no Ofício de Professor: Profissionalização e Razão


Pedagógica. Porto Alegre, Artmed, 2007

NASCIMENTO, Manuel. O professor e a escola. Perspectiva organizacionais. Editora


McGraw-Hill, Lisboa, 1995

TUMBO, Luís João e ERNESTO, Jaime. Psicopedagogia Modulo-01: Curso de Formação de


professores Primários do EP1 em exercício. 1ª Edição, Maputo: IAP. 1996.

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