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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

A IMPORTÂNCIA DA METODOLOGIA DE INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA PARA


ESTUDANTES, NO CONTEXTO UNIVERSITÁRIO

Benedito António Fernando – Código: 708210685

Curso: Licenciatura em ensino de Matemática


Disciplina: Metodologias de Investigação Científica I
Ano de frequência: 1º
Turma: C

Nampula, novembro, 2021


Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação do Subtot
máxima tutor al
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacionai
 Discussão 0.5
s
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(indicação clara do 1.0
ploblema)
 Descrição dos 1.0
Introdução
objectivos
 Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
 Articulação e
domínio do discurso
académico
(expressão escrita 2.0
Conteúdo
cuidada, coerência/
coesão textual)
Analise e
discussão  Revisão 2.0
bibliográfica
nacional e
internacionais
relevantes na área de
estudo
 Exploração de dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos 2.0
práticos
 Paginação, tipo e 1.0
Aspectos tamanho de letras,
gerais parágrafos,
Formatação espaçamento entre
linhas
Normas APA  Rigor e coerência 4.0
Referencias. 6ª edição em das citações/
Bibliográficas bibliografia referencias
bibliográficas
Folha de Feedback
Folha para recomendações de melhoria:
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Índice
Introdução..............................................................................................................................................5
1. Iniciação científica na formação dos universitários...................................................................6
1.2. Contribuição de metodologia científica na construção do conhecimento científico.............6
2. A importância de Metodologias de Investigação Científica para o estudante, no contexto
universitário..........................................................................................................................................8
2.1. Importância da disciplina para os discentes................................................................................8
3. Estratégias de leitura, análise e interpretação de textos na universidade..............................10
Leitura na universidade.....................................................................................................................10
3.1. Estratégias de leitura...................................................................................................................11
3.2. Analise de texto............................................................................................................................12
3.3. A importância da leitura para a construção de conhecimento científico................................14
3.3.1. Finalidade de leitura.................................................................................................................14
Conclusão.............................................................................................................................................15
Referência bibliográfica.......................................................................................................................16
Introdução
O presente trabalho nos traz uma reflexão sobre a importância da metodologia de investigação
científica para estudantes, no contexto universitário. O impacto da chegada ao Ensino
Superior é sentido em diversos aspectos, e o campo da pesquisa acadêmica é setor de maior
repercussão. Obrigatória em todos os cursos, a metodologia científica é fundamental para todo
percurso da vida acadêmica dos estudantes que cursam no Ensino Superior. A disciplina de
Metodologia Investigação Científica nas universidades é essencial para o processo de
construção do conhecimento, pois é nesta hora que os académicos precisam estimular a
capacidade de interpretação, pois a realização de pesquisas proporciona algo muito além da
mera cópia e do repasse de conhecimentos já existentes, é através da pesquisa que se constrói
novos conhecimentos, aprimorando a capacidade de interpretação e elaboração de um
trabalho de conclusão de curso em sua área de formação. Com o objetivo de solucionar
problemas propostos, a pesquisa acadêmica tem seus pressupostos na metodologia científica e
em normas devidamente rígidas e controladas.

Dessa forma o objetivo deste trabalho é apresentar importância da metodologia de


investigação científica para estudantes, no contexto universitário e compreender quais as
estratégias de leitura, análise e interpretação de textos na universidade.

O método de pesquisa utilizada neste trabalho foi a revisão bibliográfica, realizando-se uma
busca no site Google Académico, Biblioteca Digital de diversas universidades e em livros da
área especifica de conhecimento sobre metodologia científica.

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1. Iniciação científica na formação dos universitários

A iniciação científica é considerada uma actividade importante nas instituições de ensino


superior, pois incentiva ao estudante de graduação à pesquisa, colocando-o, desde cedo, em
contacto directo com as actividades científicas, formando, assim, o futuro investigador.
Segundo Silva e Cabrero (1998, p. 190):

A iniciação científica deve fazer parte integrante da política de pesquisa das


instituições de ensino superior, pois é considerada um instrumento básico de formação
que permite introduzir os estudantes de graduação, potencialmente mais promissores,
na pesquisa científica, sob orientação de pesquisadores qualificados .
Esse processo formativo alicerça-se no princípio de que o iniciante deve aprender a fazer a
investigação praticando-a, com a possibilidade de compreender e empreender o próprio
caminho da ciência, tendo claro que a pesquisa como indagação e principalmente construção
do real constitui a atividade fundamental que alimenta a ciência (DAMASCENO, 1999).

Segundo Maccariello, Novicki e Castro (1999), que analisaram o processo de formação de


novos pesquisadores na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, os estudantes entendem
que a Iniciação Científica é importante para o enriquecimento teórico-prático da formação
acadêmica e para uma melhor capacitação, propiciada por sua participação em atividade de
pesquisa, tendo em vista o ingresso em cursos de pós-graduação, a elaboração de projetos de
estudos, a apresentação de trabalhos em seminários e a publicação de artigos.

Assim, segundo esses autores, a Iniciação Científica contribui para uma ação integrada e
multidisciplinar na medida em que pode haver uma integração entre profissionais, docente e
estudantes de diferentes áreas do conhecimento, em torno de projetos de pesquisas que
exigem o rompimento de barreiras, além de permitir a produção de conhecimentos
comprometidos com o avanço das ciências e articulados aos problemas sociais e que afetem a
população.

1.2. Contribuição de metodologia científica na construção do conhecimento científico

O conhecimento dos métodos que auxiliam na elaboração do trabalho científico. Para


Severino (2000, p. 18), Metodologia seria:

[...] um instrumental extremamente útil e seguro para a gestação de uma postura


amadurecida frente aos problemas científicos, políticos e filosóficos que nossa
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educação universitária enfrenta. [...] São instrumentos operacionais, sejam eles
técnicos ou lógicos, mediante os quais os estudantes podem conseguir maior
aprofundamento na ciência, nas artes ou na filosofia, o que, afinal, é o objetivo
intrínseco do ensino e da aprendizagem universitária.

Frente a essa afirmativa há a necessidade de sistematizar o conhecimento científico, pois a


partir disso a metodologia começa a ser instituída e atrela a pesquisa o seu pleno
desenvolvimento. Nesse sentido, Severino (2000) diz que a pesquisa assume três dimensões
na Universidade:

De um lado, tem uma dimensão epistemológica: a perspectiva do conhecimento. Só se


conhece construindo o saber, ou seja, praticando a significação dos objetos [...]
assume ainda uma dimensão pedagógica: a perspectiva decorrente de sua relação com
a aprendizagem. Ela é mediação necessária e eficaz para o processo de
ensino/aprendizagem. Só se aprende e só se ensina pela efetiva prática da pesquisa.
Mas ela tem ainda uma dimensão social: a perspectiva da extensão [...]. (SEVERINO,
2000, p. 26).
A produção do conhecimento científico exige algumas regras/métodos imprescindíveis para
o seu sucesso, o que a Metodologia Científica explica detalhadamente. Um produto
acadêmico não nasce do vazio e muito menos deve ser escrito de qualquer forma. Além do
passo-a-passo científico (problema, objeto, fontes, recorte temporal, metodologia, aporte
teórico, debate historiográfico, entre outros), a escrita tem que ser clara e acadêmica.

Na maioria dos trabalhos acadêmicos geralmente utiliza-se a pesquisa bibliográfica,


complementada com tema e dos objetivos da pesquisa, sendo esta parte redigida em texto
contínuo, isto é, não deve apenas apresentar os tópicos, mas explicitar conceitualmente a
pesquisa que se pretende realizar.

Segundo Libânio (2001, p. 39):

O primeiro objetivo da disciplina de Metodologia Científica é resgatar em nossos


alunos a capacidade de pensar. Pensar significa passar de um nível espontâneo,
primeiro e imediato a um nível reflexivo, segundo, mediado. O pensamento pensa o
próprio pensamento, para melhor captá-lo, distinguir a verdade do erro. Aprende-se a
pensar à medida que se souber fazer perguntas sobre o que se pensa.

No conhecimento científico, o pensar deve ser sistemático, verificando uma hipótese (ou
conjunto de hipóteses), atribuindo o rigor na utilização de métodos científicos. Dessa forma, o
trabalho científico configura-se na produção elaborada a partir de questões específicas de
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estudo. De acordo com o especialista Galliano (1986, p. 26), “ao analisar um fato,
conhecimento científico não apenas trata de explicá-lo, mas também busca descobrir suas
relações com outros fatos e explicá-los”.

2. A importância de Metodologias de Investigação Científica para o estudante, no


contexto universitário
“A investigação científica é um processo importante para a aquisição e a produção do
conhecimento. Ela possibilita ao pesquisador compreender o mundo em que vive. É por meio
da pesquisa que se realiza a investigação científica” (RODRIGUES, 2006, p.88). A pesquisa
está sempre presente na universidade, devido a uma relação fundamentada envolvendo o
desenvolvimento das mesmas, seja no âmbito das ciências humanas, sociais, exatas ou
biólogicas. Dessa forma, o ato de pesquisar está inserido na vida estudante, sendo inovador ou
não, auxiliando na definição e formação de um perfil profissional.

Tratando-se da metodologia científica, podemos classificá-la como um caminho a ser


seguido por meio de métodos e procedimentos padronizados para a aquisição de um resultado
definido ou inovador. “Etimologicamente, a palavra metodologia vem do grego metá, que
significa ‘na direção de’, hodós, que significa ‘caminho’, e logos, que significa ‘estudo”
(RODRIGUES, 2006, p.19), daí podemos concluir que é o estudo crítico dos métodos
utilizados e determinados pelo pesquisador, de acordo com suas intenções e análises.
Podemos compreender que a metodologia científica é uma aliada a vários meios de suporte
para a realização de uma pesquisa científica. Então, o conhecimento científico é construído
pela investigação científica, que para ser obtida, precisa da aplicação de uma linha pesquisa
seguindo um determinado processo metodológico.

2.1. Importância da disciplina para os discentes


O primeiro dia de aula, na disciplina de Metodologia Científica, desperta a curiosidade de
muitos estudantes. Eles querem saber o que é Metodologia Científica, qual é sua importância
para o curso que estão fazendo e qual é o objectivo da disciplina. Procurando não ser prolixo e
polemizar sobre essas questões, é possível explica-las de maneira clara e objectiva, apesar de
os profissionais que leccionam ou escrevem sobre Metodologia Científica terem, muitas
vezes, pontos de vista diferenciados sobre a disciplina.

A disciplina de metodologia científica nas universidades é essencial para o processo de


construção do conhecimento, pois é nesta hora que os académicos precisam estimular a
capacidade de interpretação, pois a realização de pesquisas proporciona algo muito além da

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mera cópia e do repasse de conhecimentos já existentes, é através da pesquisa que se constrói
novos conhecimentos, aprimorando a capacidade de interpretação e elaboração de um
trabalho de conclusão de curso em sua área de formação. Descobrindo-se a verdade sobre
determinados fatos e buscar-se soluções para a resolução contribuindo assim para o
crescimento das várias ciências, bem como o desenvolvimento da conduta humana. Nas
palavras de Ximenes (2000, P. 328), o acadêmico é “aquele que aprende”, tal afirmativa nos
leva a refletir sobre a importância da elaboração de trabalhos científicos, papel esse
fundamental das universidades de incentivar e proporcionar condições favoráveis ao
desenvolvimento de pesquisa, despertando a capacidade de senso critico, de questionar e não
apenas aceitar os fatos como são impostos pela sociedade.

Partindo da ideia que a metodologia científica é fundamental para a formação acadêmica e


para a formação do profissional afim dele ser competitivo dentro de uma sociedade que busca
profissionais capacitados, a metodologia científica deve ser vista como elemento fundamental
para o desenvolvimento da sociedade que deve adequar-se as novas tendências da época. A
participação de eventos de natureza científica pode ser uma arma para auxiliar a produção do
conhecimento de um pesquisador, Longary e Beuren (2006, P. 33) comentam que:

“Os eventos científicos representam a possibilidade de determinada comunidade


acadêmica promover a troca de conhecimentos, demonstrar suas pesquisas em
andamento, bem como os novos avanços na área. Trata-se, portanto, de oportunidades
ímpares para que o estudante tenha contato direto com outros estudantes,
pesquisadores e professores e suas pesquisas”.

Nas universidades, os estudantes passam a ter contato com o mundo científico de uma
maneira clara e direta. A necessidade de produção de uma monografia ou artigo científico é
quase obrigatória aos estudantes. Contudo, muitos dos mesmos encontram inúmeras
dificuldades na hora de produzir um trabalho, tais empecilhos vão desde a elaboração do tema
até a conclusão final dos resultados obtidos. O baixo rendimento dos estudantes no
entendimento e na escrita acadêmica deve-se a alguns fenômenos pré-universitários como, por
exemplo, a baixa qualidade na formação dos novos discentes, a falta de curiosidade e
questionamentos para a exploração das áreas de conhecimento e a própria defasagem no
conhecimento para a construção de projetos propostos pela instituição.

Metodologia Científica é Ministrada na maioria das vezes nos primeiros semestres nos
cursos de graduação, tem como função auxiliar os estudantes na construção de trabalhos
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acadêmicos dos mais variados tipos, pois os fazem compreender desde aspectos estruturais
dos trabalhos (formatação e normalização) aos conteúdos abordados em cada seção dos
mesmos, pois o não conhecimento deste arsenal científico pode trazer complicações para todo
um sistema, por conta de ser uma disciplina que trabalha com os novos estudantes ou seja, os
futuros pesquisadores.

O saber acadêmico amparado pela metodologia e suas regras faz o estudante pensar, criar e
entender a pesquisa. E pela pesquisa que se consegue impregnar a conexão entre técnicas e
conhecimentos de forma criativa, e fazer da criatividade a base de desenvolvimento da
educação universitária em sua plenitude. Uma Universidade destituída de emulações criativas
limita-se à condição de mera repetidora daquilo que outros centros já elaboraram.
(BORNHEIM, 1993).

A Metodologia de Investigação Científica como disciplina na universidade se faz


necessária, pois, a universidade é uma instituição comprometida em ampliar o saber do
sujeito, bem como da sociedade e da Humanidade. A metodologia auxilia e orienta o
universitário nas normas de investigação para tomar decisões oportunas na busca do saber e
na formação crítica e hábitos necessários a investigação científica. O uso de processos
metodológicos permitirá ao estudante desenvolver o silogismo e criatividade (CERVO &
BERVIAN, 2002). A metodologia científica fornece aos estudantes um instrumental
indispensável para que sejam capazes de atingir os objetivos da academia, que são o estudo e
a pesquisa em qualquer área.

A prática reflexiva é bastante difundida no campo das discussões, e incorporada a textos e


documentos de forma quase integral e totalizadora (CAMPOS, DINIZ, 2004). Em meio às
mudanças educacionais o processo formativo de professores reflexivos pode ser caracterizado
de duas formas: pedagógica e acadêmica, que correspondem respectivamente a processos que
conduzem ao exercício profissional, e a estudos específicos a nível científico sobre um tema
(MIARALET, 1991).

3. Estratégias de leitura, análise e interpretação de textos na universidade

Leitura na universidade
A habilidade de leitura representa uma maneira de proporcionar ao acadêmico universitário
um meio para sua evolução no conhecimento, sendo que os estudantes que possuem

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dificuldades em leitura consequentemente terão dificuldades com os distintos conteúdos que
possui o currículo acadêmico. Todavia, a função da leitura no universo universitário está
relacionada às necessidades de natureza intelectual, estética e de auto-atualização. Para tanto,
o estudante que tem boa maturidade enquanto leitor também apresentará interesse próprio
sobre algum assunto, além de prazer em ler (OLIVEIRA; SANTOS, 2004).

3.1. Estratégias de leitura


Para que possamos, enquanto leitores de um texto, coletar informações, verificando a validade
de tais informações, comparando-as ao seu conjunto de referências, procurando argumentos
ou outras informações para sustentar nossas posições, é preciso que estabeleçamos alguns
passos a serem dados no alcance desse nível desejável de leitura (ABAURRE; PONTARA;
FADEL, 2003, p. 289-291). São eles:

1º PASSO: Delimitar a unidade de leitura (seleção) - O primeiro passo a ser tomado pelo
leitor é o estabelecimento da unidade de leitura, que é o setor do texto que forma uma
totalidade de sentido. Podemos considerar um capítulo, uma seção ou qualquer outra
subdivisão. Ou seja, o autor se atém apenas a parte do conteúdo que lhe interessa.

2º PASSO: Identificar o tema do texto - Esse passo nos indica que precisamos fazer as
seguintes perguntas ao texto: do que trata o texto? qual seria o seu foco principal (assunto em
torno do qual as informações se organizam)? qual o grau de conhecimento que tenho sobre
esse tema: alto (que me permita avaliar o que dito no texto a ser lido), médio (posso obter
informações ainda ignoradas) ou baixo (em que é difícil julgar a qualidade das informações
oferecidas pelo texto?).

3º PASSO: Localizar o texto no tempo e no espaço - Nesse passo, devemos perguntar ao


texto: quem é o seu autor? quando o escreveu? quais as condições da época em que produziu
sua obra? quais as principais características de seu pensamento? quais as influências que
recebeu e também exerceu?

4º PASSO: Elaborar uma síntese do texto - Nesse passo, será exigido que o leitor faça uma
seleção e uma organização dos elementos mais importantes do texto, estabelecendo um
critério de relevância (o que é mais importante? o que é menos importante?).

5º PASSO: Organizar as próprias ideias com relação aos elementos relevantes - Nesse ponto,
é preciso um posicionamento do leitor que decorrerá da avaliação do que foi dito com base
nos critérios que se resolveu adotar para a elaboração da síntese. É importante verificar os

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conhecimentos prévios que se já possui sobre o tema. Com base nesses conhecimentos, adota-
se uma posição em relação às novas informações: concorda com elas? discorda delas? por
quê?

6º PASSO: Demonstrar capacidade para interpretar dados e fatos apresentados - Agora, a


partir das relações estabelecidas, o leitor deverá construir uma resposta para a seguinte
pergunta: que sentido faz o que eu acabei de ler?

7º PASSO: Elaborar hipóteses explicativas para fundamentar sua análise das questões
tematizadas no texto - O leitor deve procurar uma explicação para a razão de elas serem o que
são. A elaboração das hipóteses explicativas para o conjunto de informações obtidas pela
leitura do texto vai além do que foi dito pelo autor e permite que se construa um novo
conhecimento acerca da questão tematizada. Estamos, pois, diante da conclusão do processo
de leitura e construção de sentido do texto, isto é, a apropriação do texto lido pelo leitor.

Todos esses passos sugeridos para a garantia de uma boa leitura podem ser sintetizados nos
cinco elementos que todo leitor deve identificar num texto. Ei-los:

i) TEMA – ideia central ou assunto tratado pelo autor, o fenômeno que se discute no
decorrer do texto;
ii) PROBLEMA – aquilo que “provocou” o autor, isto é, pode ser visto como o
questionamento de motivação do autor;
iii) TESE: a ideia de afirmação do autor a respeito do assunto. O que o autor fala sobre
esse tema? Que posição assume, que ideia defende? O que quer demonstrar?
iv) OBJETIVO – a finalidade que o autor busca atingir. O objetivo pode estar implícito ou
explícito no texto;
v) IDEIAS CENTRAIS – ideias principais do texto. A cada parágrafo podemos
selecionar ideias centrais ou secundárias.

3.2. Analise de texto


Consultando o dicionário observa-se que a definição da palavra análise, significa
“decomposição de um todo em suas partes constituintes; exame de cada parte do todo”
(BUENO, 1996, p. 50).

Para Lakatos e Marconi (2001, p. 23), “analisar é, [...], decompor um todo em suas partes, a
fim de poder efetuar um estudo mais completo. Porém, o mais importante não é reproduzir a
estrutura do plano, mas indicar os tipos de relações existentes entre as idéias expostas.

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Analisar significa decompor um texto em partes para facilitar sua interpretação.

De acordo Santos (2001, p. 26), a análise “se prende ao fim ou objetivo a que se destina o
estudo; desenvolve-se pela explicação, descrição, avaliação”.

Andrade (2006, p. 23, grifo nosso) aponta para três tipos de análise:

 Análise textual - leitura que tem por objetivo uma visão global, assinalando: estilo,
vocabulário, fatos, doutrinas, época, autor, ou seja, um levantamento dos elementos
importantes do texto. Nessa etapa, é preciso que o leitor busque esclarecimentos para
melhor compreensão do texto: a) dados a respeito do autor do texto (busca que
fornecerá elementos úteis para uma elucidação das ideias expostas no texto); b) estudo
do vocabulário (levantamento dos conceitos e dos termos fundamentais para a
compreensão do texto); c) esquematização do texto (que permitirá apresentar uma
visão do conjunto da unidade); e d) resumo do texto com as ideias mais relevantes.
 Análise temática – apreensão de conteúdo ou tema, isto é, identificação da idéia
central e das secundárias, processos de raciocínio, tipos de argumentação, problemas,
enfim, um do pensamento do autor. É aqui que fazemos uma série de perguntas ao
texto, como: de que fala o texto? como o texto está problematizado? qual dificuldade
deve ser resolvida? qual problema a ser solucionado? como o autor responde à
dificuldade, ao problema levantado? que ideias paralelas (secundárias) são
apresentadas ao tema central?
 Análise interpretativa – demonstração dos tipos de relações entre as idéias do autor
em razão do contexto científico e filosófico de diferentes épocas; análise crítica ou
avaliação; discussão e julgamento do conteúdo do texto. Nessa etapa, que é a mais
difícil e delicada, o leitor deve: a) situar o texto no contexto da vida e da obra do autor,
assim como no contexto da cultura de sua especialidade, tanto do ponto de vista
histórico, quando do ponto de vista teórico; b) associar as ideias do autor com outras
ideias relacionadas à mesma temática; c) exercer uma atitude crítica diante das
posições do autor em termos de validade dos argumentos empregados, originalidade
do tratamento dado ao problema que está sendo discutido, profundidade da análise do
tema, alcance de suas conclusões e consequências e apreciação e juízo pessoal das
ideias defendidas. Essa estratégia é também chamada de leitura crítica; d)
problematização: trata-se da discussão do texto; é o levantamento e debate de questões

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explícitas ou implícitas no texto; e e) síntese pessoal: é a reelaboração da mensagem
com base na reflexão pessoal.

Além destes três tipos de análise Severino (apud LAKATOS; MARCONI, 2001, p. 28)
apresenta a problematização e a síntese pessoal:

 Problematização – levantamento dos problemas e discussão.


 Síntese pessoal – reunião dos elementos de um todo, após reflexão.

A síntese “consiste na exposição abreviada de uma sucessão de acontecimentos, das


características gerais de alguma coisa, tendente a favorecer uma visão global” (LAKATOS;
MARCONI, 2001, p. 29).

3.3. A importância da leitura para a construção de conhecimento científico


A leitura só será proveitosa se o leitor conseguir compreender o que foi lido, sendo capaz de
discutir seu conteúdo. Mas uma boa leitura esta associada às boas condições ambientais as
quais o leitor esta submetido. É de suma importância que o leitor tenha um ambiente
agradável para realizar a leitura.

3.3.1. Finalidade de leitura


As finalidades da leitura estão relacionadas com as diversas modalidades de leitura. Em
alguns momentos, lemos com o objetivo:

a) aprender a ler e a selecionar o mais importante dentro do que está sendo lido;
b) reconhecer a organização e estrutura do material bibliográfico;
c) interpretar o texto, acostumando-se com as idéias, estilos e vocabulários;
d) alcançar níveis mais profundos de compreensão;
e) reconhecer o valor do material, separando o importante do secundário;
f) estar apto a distinguir fatos, hipóteses e problemas;
g) encontrar as idéias principais e as secundárias;
h) entender como as idéias se relacionam;
i) identificar as conclusões e as bases que as fundamentam.

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Conclusão
Neste trabalho abordou-se a importância da Metodologia de Investigação Científica para o
estudante no contexto e concluiu-se que Metodologia Científica é um conhecimento que o
estudante necessita ter para adquirir o hábito de estudar, ler e escrever, pois, o mesmo precisa
de aprender pesquisar e fazer seus próprios trabalhos. As regras e passos metodológicos que
são ensinados na universidade visam, portanto, a inserção do estudante no mundo acadêmico-
científico desenvolvendo nele hábitos que o acompanharão por toda a sua vida, como o gosto
pela leitura e o espírito crítico maduro e responsável. A disciplina de Metodologia
Investigação Científica ajuda os estudantes na experiência de sentirem-se cidadãos, livres e
responsáveis e os auxilia a administrar suas emoções, a exercitar o bom senso e a enfrentar
desafios na conquista de suas metas.

Este trabalho foi muito importante para o aperfeiçoamento de competências de investigação,


selecção e organização de informações académicas.

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Referência bibliográfica

SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 21ª ed. São Paulo:Cortez, 2000.

XIMENES, Sérgio. Minidicionário Ediouro da Língua Portuguesa. 2ª. ed. São Paulo:
Ediouro, 2000.

LIBÂNIO, J. B. Introdução à vida intelectual. São Paulo: Loyola, 2001.

SILVA, R. C. e CABRERO, R. C. (1998). Iniciação Científica: Rumo à PósGraduação,


Educação Brasileira, v.20, n.40, Brasília.

ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho científico. 4ª. ed.
São Paulo: Atlas, 1999.

PAULINO, Graça et al. Tipos de texto, modos de leitura. Belo Horizonte: Formato, 2001.

LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Pesquisa bibliográfica. Metodologia do trabalho


científico. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2001

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