Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Disciplina: Psicolinguística
Ano de Frequência: 4o
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________________
Índice
Introdução ...................................................................................................................................5
Conclusão ................................................................................................................................. 12
Referências Bibliográficas......................................................................................................... 13
Introdução
De referir que leitura é a habilidade que proporciona autonomia, segundo as DCEs, (2008),
favorece o desenvolvimento de uma atitude crítica que leva o aluno a perceber o sujeito presente
nos textos e, ainda, tomar uma atitude responsiva diante deles.A leitura favorece a remoção das
barreiras educacionais de que tanto se fala, concedendo oportunidades mais justas de educação
principalmente através da promoção do desenvolvimento da linguagem e do exercício
intelectual, e aumenta a possibilidade de normalização da situação pessoal de um indivíduo.
Para a realização deste estudo recorreu-se a abordagem teórica metodológica, onde a mesma foi
pautada em uma pesquisa qualitativa, com caráter bibliográficoem matérias ligadas a leitura e a
escritaque consistiu na consulta de documentos publicados e não publicados, obras e artigos
(livros, trabalhos científicos) relacionados com o tema em estudo e local de pesquisa, foram
ainda consultados artigos e obras literárias sobre o mesmo tema na internet.
1. Revisão de Literatura
A compreensão da leitura e da escrita não se dá de forma isolada, não é algo trazido em seus
aspectos biológicos, mas construído em suas relações sociais, em sua relação com o(s)
outro/outros e com os conhecimentos. É, pois, na troca de experiências que se possibilita a
aprendizagem e a aquisição da escrita, o acesso ao mundo simbólico. O papel da escola é dar a
essas crianças, em um contexto sistemático, possibilidades para que elas possam se desenvolver,
pois devemos olhar as crianças não apenas em suas dificuldades, mas “o que temos que buscar
são as forças positivas do defeito, dirigindo-nos para alcançar o que é socialmente valorizado,
construindo assim a autoestima perdida ou não estabelecida” (Padilha, 1997, p. 33).
Vygotsky (1997) faz ácida crítica à maneira formal e mecânica a respeito do ensino da escrita. O
ensino tem de ser organizado de forma que a leitura e a escrita se tornem necessárias às crianças.
Se for usado apenas para escrever congratulações oficiais para membros da diretoria escolar ou
para qualquer pessoa que o professor julgar interessante (e sugerir claramente para as crianças),
então o exercício da escrita passará a ser puramente mecânico, e logo poderá entediar as
crianças, pois suas atividades não se expressarão em sua escrita e suas personalidades não
desabrocharão. A leitura e a escrita devem ser algo de que a criança necessite.
A leitura e a escrita vão além de mero conhecimento formal, sua aquisição possibilita a
compreensão acerca dos fatos, das pessoas, do mundo, mas esse aprender precisa ser usado,
praticado para poder ganhar sentido, valor, significado. Não se pode ensinar a escrita para a
criança como algo sem importância, desprovido de significado, como uma maneira de copiar
palavras, formar frases apenas, sem mostrar a sua importância e indispensavelmente sem fazer
ligação com a realidade. A leitura/escrita.
A leitura e a escrita vão além de mero conhecimento formal, sua aquisição possibilita a
compreensão acerca dos fatos, das pessoas, do mundo, mas esse aprender precisa ser usado,
praticado para poder ganhar sentido, valor, significado. Não se pode ensinar a escrita para a
criança como algo sem importância, desprovido de significado, como uma maneira de copiar
palavras, formar frases apenas, sem mostrar a sua importância e indispensavelmente sem fazer
ligação com a realidade. A leitura/escrita.pelas crianças como algo sem importância, sem
significado para sua vida, afastando-as cada vez mais do processo de aquisição da leitura e da
escrita.
A leitura é uma relação dinâmica de aprendizado do mundo, de sua realidade é, o que deveria
permear toda a educação escolar, pois o aluno ao trabalhar um texto em sala, o faz tão
rapidamente que o resultado é a sua não participação quando indagado sobre o que leu. Dessa
forma, o professor arca com à responsabilidade de explicar ao aluno o que o texto referenciava,
acarretando a interpretação unicamente do professor. Nesse sentido expõem (Freire, 2005, p.29).
Desde o começo, na prática democrática e crítica, a leitura do mundo e a leitura da palavra estão
dinamicamente juntas. O comando da leitura e da escrita se dá a partir de palavras e de temas
significativos à experiência comum dos alfabetizandos e não de palavras e de temas apenas
ligados à experiência do educador.
A crítica que foi feita desde os anos 60, surgiu nos países desenvolvidos, quando detectaram o
analfabetismo funcional; situação em que o indivíduo passa pela escola e tem contato com o
código, mas não o utiliza na prática como instrumento de inserção social. Trabalhos foram
desenvolvidos buscando novos processos de alfabetização. A partir desses trabalhos surge uma
nova concepção de escrita, que enfatiza o seu caráter simbólico, entendendo-a como um sistema
de signos, cujo significado é determinado histórica e culturalmente.
Leite (2001), considera que a mais importante utilização da escrita em sala é a que corresponde
àquela utilizada nas práticas sociais, como, por exemplo, o texto, trecho falado ou escrito que
possibilita a identificação de unidade de sentido numa situação discursiva. A primeira implicação
ocorre com o planejamento de atividades, que devem também desenvolver a linguagem oral. Em
segundo lugar, deve-se entender que o texto não se constitui pelo tamanho, mas pelo sentido
construído pelo leitor. Em terceiro, o texto deve implicar o domínio dos diversos gêneros, orais
ou escritos, que correspondem aos usos sociais.
As obras de Paulo Freire são importantes referenciais teóricos, para entender que o processo
educativo deve possibilitar o desenvolvimento da consciência ingênua em direção à consciência
crítica. Essa mudança, que ocorre através do exercício da reflexão crítica da realidade social, o
autor denominou de conscientização.
Vygotsky (2000) defende que se deve entender a leitura e a escrita como um sistema simbólico
equivalente à linguagem oral. É necessário ajudar a criança a internalizar esse novo tipo de
linguagem, e não somente ensinar-lhe a parte mecânica do processo. A criança consegue
desenvolver a linguagem falada "naturalmente" no contato com os adultos e outras crianças mais
velhas. Contudo, a linguagem escrita necessita de um treinamento artificial para se desenvolver,
principalmente um treinamento motor. Esse treinamento exige um esforço muito grande por
parte do professor e do aluno, correndo-se o risco do ensino ficar fechado em si mesmo,
deixando a linguagem escrita viva num segundo plano, como ocorre no modelo tradicional.
A escrita é, normalmente, imposta às crianças pelos professores, que, na maioria das vezes, não
levam em conta as necessidades das crianças, nem suas atividades. Como um aluno que
desenvolve a habilidade motora para tocar um instrumento e ao mesmo tempo ler a partitura, mas
sem conseguir se envolver com a essência da música. O foco na mecânica da escrita causa
problemas não só no ensino com também na abordagem teórica desse problema (ensinar a
escrita). Ao considerar a escrita como uma complicada habilidade motora, se esquece que, na
verdade, ela é um tipo de linguagem, um sistema de símbolos e signos com características
próprias. O mais importante é que o domínio desse sistema por parte das crianças é fundamental
para seu desenvolvimento cultural na sociedade letrada.
Fica claro que não se pode alcançar o desenvolvimento da linguagem escrita na criança de forma
puramente mecânica e externa. O domínio dessa linguagem, pela criança, é o ápice de um longo
processo de desenvolvimento de funções comportamentais complexas. Para se entender como
esse processo acontece, faz-se necessário estudar toda a história do desenvolvimento dos signos
nas crianças, investigar de forma científica a pré-história da linguagem escrita, mostrar o que
leva uma criança a escrever, mostrar os pontos importantes pelos quais esse desenvolvimento
passa e qual sua relação com o aprendizado escolar.
Os gestos da criança são um tipo de signo visual muito forte e é nele que se encontra a semente
da escrita. Vygotsky esclarece que se percebe a presença dos gestos nos primeiros rabiscos, nas
brincadeiras e nos desenhos das crianças. São eles, os gestos, que darão significado aos rabiscos,
às brincadeiras e aos desenhos. As crianças utilizam a dramatização para representar os
"desenhos" que fazem, ainda, como rabisco; os traços que elas fazem são apenas um suplemento
visual para a representação gestual. Por exemplo, quando fazem um desenho do pular, as
crianças fazem o gesto do "lápis pulando", assim ela vai marcando pontos no papel. O que
importa nesse estágio são os gestos, eles é que representam o pulo. Nesse momento, as crianças
não desenham, elas apenas indicam o que querem dizer, e o lápis apenas fixa esse registro.
É nessa fase que traços se tornam símbolos mnemotécnicos que podem ser considerados os
primeiros percussores da escrita. Na fase seguinte, a criança substitui esses traços por pequenas
figuras e desenhos que, em um momento posterior, serão substituídos por signos. É nesse
momento, geralmente na escola, que as crianças se dão conta de uma coisa muito importante:
além de desenhar as coisas, também podemos desenhar a fala.
O ato de ler é concebido como um processo interativo entre autor e leitor, mediado pelo texto,
envolvendo conhecimentos (de mundo, de língua) por parte do leitor, para que haja
compreensão. Ou seja, a leitura não é um processo mecânico e o leitor não é um elemento
passivo, como costumam concebê-los na escola. No processo de leitura, o leitor realiza um
trabalho ativo de construção do significado. Ler, portanto, não é apenas extrair informações; é,
antes de tudo, compreender e negociar sentidos. Esse trabalho de co-construção do sentido torna-
se possível porque o texto não é algo fechado em si mesmo (Santos, 2002b, p. 3).
Conclusão