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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema: Resolução de Exercicios Práticos

Nome do estudante: Dora Armando Matola Código do estudante: 708200759

Curso: Licenciatura em Ensino de Português

Disciplina: Direito Constitucional

Código da disciplina: AD0298

Docente: Dr. Crimildo Manhique

Ano de Frequência: 2º

Maputo, Maio de 2021


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Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtotal
máxima tutor
Capa 0,5
Índice 0,5
Introdução 0,5
Aspectos
Discussão 0,5
Estrutura organizacionais Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização
(Indicação clara do 1,0
problema
Descrição dos 1,0
Introdução
objectivos
Metodologia adequada 2,0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2,0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual
Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacionais 2,0
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2,0
Conclusão Contributos teóricos 2,0
práticos
Aspectos Paginação, tipo e
gerais Formatação tamanho de letra, 1,0
parágrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª Rigor e coerência das
Referências edição em citações/referências
Bibliográfic citações e bibliográficas 4,0
as bibliografia
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice

Introdução...................................................................................................................................5

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1. Direito Constitucional público e privado.............................................................................6

1.1. Direito Constitucional é um ramo de Direito pública..................................................6

1.2. Direito Constitucional é uma estrutura fundamental do estado...................................7

2. Diferença entre Direito Constitucional Geral e Constitucional Particular..........................7

3. Diferença entre Direito Constitucional e Constituição........................................................7

4. Diferença entre Direito Publico e Privado...........................................................................8

5. Fontes de direito, em sentido técnico jurídico.....................................................................8

6. As principais fontes de Direito Constitucional....................................................................8

7. Os significados....................................................................................................................8

8. Diferença entre Constituição rígida e flexibilidade.............................................................9

9. Diferença Rigidez da Constituição, poder Constituinte e garantia da Constituição............9

10. Diferença entre poder Constituinte e poder de revisão....................................................9

11. Diferença entre às maiorias deliberativas e limites quanto ao titular do poder de revisão
..........................................................................................................................................9

12. Normas Constitucionais da CRM..................................................................................10

Introdução

O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Direito Constitucional, visando satisfazer o


questionário sobre o direito.

De referir que o Direito é mais do que o conjunto de regras impostas pelo Estado, pois não se
pode negar a existência de regras informais que se desenvolvem, paralelamente, em cada
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grupo social, suprindo sua necessidades características, em reposta às condutas reiteradamente
praticadas. São os costumes que imperam na ordem internacional e comercial, regendo
importantes e vultosos contratos. Quer seja positivado pelas leis escritas, quer seja costumeiro
ou não escrito, o Direito surge para atender às necessidades do ser humano, dentro de
determinada sociedade, o que lhe atribui as características de uma ciência social a serviço do
homem. Como o Direito Publico do Estado de direito se constrói tendo em conta a
necessidade de proteção jurídica dos particulares nas suas relações com o poder, o princípio
da segurança jurídica desdobra ˗ se em uma dupla dimensão.

Quanto aos aspectos metodológicos, importa descatar que, para a elaboração do presente
trabalho, baseamo-nos na pesquisa bibliográfica, onde trouxemos interpretações sólidas e
fundamentadas por diferentes autores de destaque que debruçaram sobre o tema em alusão e
também recorrei a pesquisa documental, para recolher informações em diversos relatórios,
monografias e teses de doutoramento.

1. Direito Constitucional público e privado

Na Modernidade, a esfera pública é o lugar de excelência do Estado e conforma relações de


interesse publico entre os diversos actores. Por outro lado, em razão da moralidade liberal ˗
individual que se consolida com a ascensão da classe burguesa capitalista, a esfera privada
ganha grande relevância nesse período. A esfera privada se torna o espaço do individuo, de
sua intimidade, do exercício de sua autonomia da vontade, é uma esfera de liberdade na qual o
Estado não deve intervir. No Estado Liberal, a separação entre esfera pública e privada é
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profunda. Nosso interesse na dicotomia é meramente didático e representa uma tipologia
clássica do direito para explicar relações jurídicas, considerando três critérios os sujeitos da
relação o objecto da relação jurídica e natureza. Em função dos sujeitos da relação jurídica,
será de direito público se houver a participação do estado ou outra pessoa jurídica de direito
público.

Sendo as partes da relação jurídica particulares (pessoas físicas e/ou jurídicas), a regulação
jurídica é de natureza privada. Exemplos de situações regulares pelo direito privado: contrato
de compra e venda de bem imóvel entre duas pessoas físicas. Contrato de financiamento de
carro entre um individuo e o banco. Exemplos de situações regulares pelo direito público:
desapropriação de bem imóvel pelo Estado mediante o pagamento de indemnização ao
particular para construção de uma escola.

1.1. Direito Constitucional é um ramo de Direito pública

O Direito Constitucional é um ramo especial do direito público interno, cujo estudo pressupõe
a correcta compreensão das suas especificidades, sobretudo enquanto "estatuto normativo do
político". Quer isto dizer que não se trata de um ramo do direito que procura regular as
relações jurídicas entre os particulares ou entre os particulares e o poder publico, nem entre os
Estados ou os Estados e as entidades com personalidade jurídica à luz do direito internacional,
mas sim disciplinar o próprio modo de exercício do poder pelos órgãos do Estado,
assegurando a validade dos actos praticados por estes nas suas relações entre si, com os
cidadãos nacionais e estrangeiros e mesmo no âmbito da aplicação de direito de fontes
externas no plano do direito interno, como o direito internacional e o direito europeu.

1.2. Direito Constitucional é uma estrutura fundamental do estado

Porque o Direito Constitucional é o cerne do direito publico interno, uma vez que por
objectivo a organização e a estruturar o Estado de onde deriva a subornação dos ramos de
direto publico, para que cada ramo tenha o seu poder em cada sector como forma de
descentralizar o poder, onde encontramos como pilares dos direitos constitucional, o direito
administrativo com normas jurídicas que gerem os actos administrativos do Estado, direito
penal com normas jurídicas mas com interesse publico, direito fiscal para a finalizar os

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recursos existentes no pais, o direito tributário com a finalidade de arrecadar receitas para o
Estado e direito judiciário com as suas leis para regular normas e a própria figura estatal.

2. Diferença entre Direito Constitucional Geral e Constitucional Particular

Direito Constitucional Geral ocupa se da sistematização dos princípios universalmente


respeitados em matérias constitucional positivo donde se extraem os pontos comuns.
Constitucional Particular cada estado apresenta particularidades na sua organização jurídica
fundamental, o que a permite distinguir das comunicações doutros Estados, o direito
constitucional particular ocupa se do estado da organização fundamental de um determinado
Estado.

3. Diferença entre Direito Constitucional e Constituição

O Direto Constitucional, enquanto ramo do Direito que estuda os princípios necessários e


indispensáveis à estruturação da vida do Estado e Em sentido geral, amplo, constituição é a
estrutura fundamental ou a maneira de ser de qualquer coisa. Em teoria politica e direito
constitucional, em letra maiúscula, refere – se a Estado, podendo ser empregada em sentido
amplo ou restrito. Em sentido amplo, genérico, é a própria organização estatal. Todos os
países possuem suas Constituições, que lhes são próprias. Em sentido restrito, define – se a
Constituição como o conjunto de normas jurídicas necessárias e básicas à estruturação de uma
sociedade politica, geralmente agrupadas em uma única lei Fundamental.

4. Diferença entre Direito Publico e Privado

O Direito Publico é considerado, portanto, o direito do Estado e o Direito Privado, o direito


dos indivíduos, particulares. A chamada summa divisio do direito estabelecia duas ordens
distintas, impermeáveis cada qual sendo regulada a sua maneira. E enquanto o direito privado
se referia aos estaduais e inatos do homem, o Direito publico teria a função de tutelar os
interesses gerias da sociedade através do Estado, que deveria se abster de qualquer tipo de
incursão na orbita privada dos indivíduos.
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5. Fontes de direito, em sentido técnico jurídico

Ocupa se da posição das normas constitucionais em confronto com as demais normas


jurídicas e da forma de articulação desses dois níveis normas, ou seja, trata da disposição das
normas constitucionais ou do seu sistema diante das demais normas ou do ordenamento
jurídico em geral. Trata se de um conjunto de normas formalmente qualificadas como
constitucionais e revestidas de força jurídica superior à de quaisquer outras normas.

6. As principais fontes de Direito Constitucional

São fontes imediatas temos a própria Constituicao politica, fonte primaria do Direto
Constitucional, que estabelece as directrizes politicas e organizacionais de uma sociedade,
como fontes mediatas temos o Direito Natural, a doutrina, a jurisprudência e os costumes e
tradições do povo da sociedade.

7. Os significados

Costume Constitucional significa ordenamentos jurídicos;

Secundum constitucionem culminam naquele fenómeno denominado por Carl J. Friedrich de


perversão ou corrupção constitucional, sendo previsto toda vez que uma açcão seja tomada no
sentido de destruir o trabalho do legislador constituinte originário.

Costume constitucional praeter constitucionem o problema da lacunas Constitucionais.

A Constituição da República não admite normas constitucionais porque a CRM, sendo a lei
mãe sendo o guião do Estado, porque é através dela que regula todas as funcionalidades dum
Estado, todas leis são aprovadas em consonância com a CRM.

8. Diferença entre Constituição rígida e flexibilidade

Constituição rígida é aquela escrita, mas que pode ser alterada através de um processo
legislativo mais solene e com maior grau de dificuldade do que aquele normalmente utilizado
em outras espécies normativos. Constituição flexível é aquela em regra não escrita e que pode
ser alterada pelo processo legislativo ordinário, sem qualquer outra exigência ou solenidade.

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9. Diferença Rigidez da Constituição, poder Constituinte e garantia da Constituição

O poder Constituinte tem por objectivo a elaboração de normas jurídicas de conteúdo


constitucional, a rigidez da Constituição é um limite absoluto ao poder de revisão, que tem em
vista garantir a relativa estabilidade da Constituição, não significando com isso que a
Constituição é apenas um meio ou instrumento dessa garantia.

10. Diferença entre poder Constituinte e poder de revisão

O poder Constituinte tem por objectivo a elaboração de normas jurídicas de conteúdo


constitucional e poder de revisão são processos específicos de revisão constitucional baseando
se nas exigências de um inter processual mais complexo do que o processo legislativo normal,
e no seu exercício temporal do poder de revisão.

11. Diferença entre às maiorias deliberativas e limites quanto ao titular do poder de


revisão

As maiorias deliberativas são os casos em que a Constituição exige que a revisão seja
deliberada por maioria qualificada, por exemplo de 23 dos deputados, como acontece com
CRM no artigo 291, quanto à iniciativa de revisão; as exigências podem ser mais agravadas,
consoante se trate de revisão ordinária ou extraordinária, e poder de revisão são limites da
Constituição que não podem ser superados pelo exercício de um poder de revisão. Entretanto,
esses limites têm sido contestados com a alegacão de que o poder de revisão poderia
ultrapassa – los, usando a dupla de revisão.

O sistema jurídico do Estado de direito democrático moçambicano não é um sistema


normativo aberto de regras e princípios porque não vai de acordo com as ansiedades do povo,
pós o sistema jurídico apenas beneficia e protege os de classes altas.

12. Normas Constitucionais da CRM

a) Artigo 1 (Republica de Moçambique)

A Republica de Moçambique é um Estado independente, soberano, democrático e de justiça


social.

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b) Artigo 3 (Estado de direito democrático)

A Republica de Moçambique é um estado de direito, baseado no pluralismo de expressão, na


organização política democrática, no respeito e garantia e liberdades fundamentais do homem.

c) Artigo 4 (Pluralismo jurídico)

O Estado reconhece os vários sistemas normativos e de resolução de conflitos que coexistem


nas sociedades moçambicanas, na medida em que não contrariem os valores e os princípios
fundamentais da Constituição.

d) Artigo 89 (Direito a saúde)

Todos os cidadãos têm o direito à assistência medica e sanitário, no termos da lei, bem como
o dever de promover e defender a saúde pública.

e) Artigo 13 (Órgãos de soberania)

São órgãos de soberania o Presidente da Republica, a Assembleia da Republica, o Governo,


os Tribunais e o Conselho Constitucional.

f) Artigo 143 (Publicidade)

1) São publicados no Boletim da Republica, sob pena de ineficiência jurídica:


a) As leis, as moções e as resoluções da Assembleia da Republica;
b) Os decretos do Presidente da Republica;
c) Os decretos – lei, os decretos, as resoluções e os demais diplomam emanados do
Governo;
d) Os assentos do tribunal Supremo, os cordões do Conselho Constitucional, bem
como as demais decisões dos outros tribunais a que a lei confira força obrigatória
geral;
e) Os acórdãos sobre os resultados de eleições e referidos nacionais;
f) As resoluções de ratificação dos tratados e acordos internacionais;
g) Os avisos do Governador do Banco de Moçambique.
2) A lei define os termos da publicidade e conferir a outros actos jurídicos públicos.
f) Artigo 147 (Eleição)

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1. É eleito Presidente da Republica o candidato que reúna mais de metade dos votos
expressos;

2. Em caso de nenhum dos candidatos obter a maioria absoluta há uma segunda volta, na qual
participam os dois candidatos mais votados.

14.9. Artigo 159 (No domínio do Governo)

1. No domínio do Governo, compete ao Presidente da Republica;

a) Convocar e presidir as sessões do Conselho de Ministros;


b) Nomear, exonerar e demitir o Primeiro - ministro;
c) Criar ministérios e comissões de natureza inter ministerial.

2. Compete, ainda ao Presidente da Republica, nomear, exonerar e demitir.

14.12. Artigo 65 (Princípios do processo criminal)

1. O direito à defesa e a julgamento em processo criminal inviolável e é garantido a todo o


arguido.

2. As audiências de julgamento em processo criminal são públicas, alvo quando a salguarda


da intimidade pessoal, familiar, social ou da moral, ou ponderosas razoes de segurança da
audiência ou de ordem pública aconselharem a exclusão ou restrição de publicidade.

3. São nulas todas as provas obtidas mediante tortura, coação, ofensa da integridade física ou
moral da pessoa, abusiva intromissão na sua vida privada e familiar, no domicílio, na
correspondência ou nas telecomunicações.

4. Nenhuma causa pode ser retida ao tribunal cuja competência se encontra estabelecida em
lei anterior, salvo nos casos especialmente previstos na lei.

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Conclusão

Chegado a esta fase, importa-nos clarificar que o Estado se subdivide em três poderes: Poder
legislativo, Poder Executivo e Poder Judiciário. Esta aula também nos mostrou que o Direito
Constitucional é o ramo do Direito Interno dedicado à análise de interpretação das normas
constitucionais.

A forma de Governo Moçambicano é chamada República. Essa afirmação decorre do facto de


possuirmos um sistema eleitoral que permite a substituição periódica dos nossos governantes.
A possibilidade de elegermos os nossos representantes no poder político é o que nos difere
das monarquias, onde o poder é vitalício e hereditário.

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De acrescentar que, quanto ao nosso sistema de Governo, dizemos que o Moçambique é uma
república presidencialista. O termo presidencialista contido está concentrado na mesma
pessoa, o caso, o Presidente da Republica.

Referencias Bibliográficas

COTRIM, Gilberto. Instituições de Direito Publico e Privado. São Paulo: Saraiva, 2007.

LENZA, Pedro. Direito Constitucional Esquematizado. São Paulo: Saraiva, 2008.

MIRANDA, Jorge In Teoria do Estado e da Constituição, Rio, Forense, 2011.

MIRANDA, Jorge. Manual de direito constitucional. Coimbra Editora, 1997

MORAES, Alexandre de. Direito constitucional. São Paulo: Atlas, 2011.

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