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Portugal depois da 2ª

Guerra Mundial
O mundo pós-guerra
Depois da Segunda Guerra Mundial, vários países foram beneficiados economicamente,
dando origem a uma época hoje conhecida como a Era do Ouro do Capitalismo.
Durante esta época, vivida desde o final do conflito até 1970, vários
países assistiram a um verdadeiro renascer das suas economias. As
finanças das nações foram beneficiadas por vários fatores:

A exportação de diversas matérias-primas

A comercialização de materiais industriais


para os Estados em guerra
Estas causas transformaram-se na acumulação de reservas de ouro, que
contribuíram então para a proliferação da economia destes países.

Contudo, Portugal não foi um desses países.


O atraso económico de Portugal
Portugal apresentava um grande atraso
económico quando comparado com os
restantes países europeus.
Este atraso relacionava-se com o
regime instaurado por António Oliveira
Salazar, responsável por medidas
como:
• A falta de investimento estrangeiro no país

• A não-adesão ao Plano Marshall


• A insistência em acumular capitais nos cofres portugueses, impedindo
o investimento público.
• A falta de mão-de-obra qualificada

• Uma economia focada no setor primário

Contudo, o fraco desenvolvimento português


não se fazia sentir apenas a nível
económico…
• A população portuguesa era predominantemente analfabeta e
envelhecida

• A mão-de-obra não era qualificada

O Governo recusava proceder à democratização das instituições e da


vida política

… ou seja, o atraso verificado prolongava-se


também aos setores político, social e cultural
Para tentar travar esta situação, vários empresários e governantes
implementaram os planos de fomento, que se repercutiram na
proliferação da indústria química e metalúrgica. Estes planos deram
origem à construção de barragens hidroelétricas e centrais
termoelétricas.

Uma das medidas aplicadas durante este período foi também


a adesão à Associação Europeia de Comércio Livre (EFTA).
Estádio Nacional do Jamor Barragem do Castelo do Bode
A recusa da
democratização
Depois da 2ª Guerra
Mundial, Portugal e
Espanha mantiveram
regimes autoritários,
contrariamente aos
restantes países
europeus.
Portugal começou a ser pressionado pela Europa, sendo obrigado a
demonstrar que concedia direitos e liberdades individuais aos seus
cidadãos. Para esse efeito, marcaram-se eleições para a Assembleia
Nacional, prometendo que seria livres tais como as ocorridas em
Inglaterra.

Contudo, Portugal manteve-se fiel ao seu regime autoritário,


manipulando as eleições, sendo o Governo confrontado pelo
Movimento de Unidade Democrática (MUD).
Este movimento pretendia implementar em Portugal um regime que
respeitasse os direitos e liberdades individuais. O MUD apresentou-se
às eleições com o General Norton de Matos como candidatado.

Todavia, o General desistiu, apercebendo-se da falta de


liberdade nas eleições.
Em 1958, para as Eleições Presidenciais, foi
apresentado o General Humberto Delgado como
candidato. Este concorreu contra o General Américo
Tomás (apoiado por Salazar), e após ter contestado a
veracidade destas eleições, foi executado em 1965
por agentes da PIDE.
Portugal aderiu à Organização das
Nações Unidas em 1955, ainda que
não fosse uma nação democrática.
Isto fez com que o país começasse
a ser pressionado para conceder a
independência às colónias que
geria.

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