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História A

1. Fim do Modelo Soviético


2. A Hegemonia dos Estados Unidos
3. A União Europeia
1. O Fim do Modelo Soviético
1.1. Compreender o impacto da desagregação do Bloco Soviético na
evolução política Internacional.
A desagregação do Bloco Soviético causou um grande impacto em
diversos setores, tanto a nível dos países que pertenciam à União
Soviética, como a nível Internacional. Foi criado um processo de
reestruturação económica (Perestroika), este processo pretendia
uma descentralização da economia, isto é, passou a ser conhecida a
livre iniciativa e a livre concorrência , assistindo, assim, a uma
adaptação da antiga economia planificada para uma economia de
trabalho. Uma nova política foi também criada, Glasnot, uma
política de transparência, que tinha como princípios: liberdade de
expressão; abolição da censura e perseguições políticas; a
participação ativa dos cidadãos na vida política, direitos escassos
até então.
Para além da reconversão económica e a abertura democrática, era
também pretendida uma aproximação do mundo ocidental,
nomeadamente no sentido do desarmamento, para chegar a um
clima internacional estável (Tratado de Washington).
Deu-se assim a Era de Gorbatchev.
CEI - Comunidade
dos Estados
Independentes,
Fim da Guerra Fria
aderem 12 de 15
repúblicas que
integravam a União
Soviética.
A dinâmica política desencadeada pela Perestroika torna-se
incontrolável, conduzindo ao fim da URSS.

1.2. Problemas da transição para a economia Mundial.


A transição para a economia de mercado mostrou-se difícil e teve
m impacto extremamente negativo na vida das populações.

Perante o fim da economia planificada e dos subsídios


estatais, muitas empresas faliram, contribuindo para o desemprego.

A escassez dos bens de consumo, a par da liberalização


dos preços, estimulou uma inflação galopante, que não era
acompanhada por uma subida de salários, lançando a população na
miséria.
2. A Hegemonia dos Estados Unidos

2.1. Caracterizar os polos de desenvolvimento económico uniformizados


pela economia de mercado e diferenciados pelas áreas culturais de
pertença.
Na viragem do século XXI, o mundo concentrava a sua riqueza em
3 zonas:
Estados Unidos
União Europeia
Zona Ásia-Pacífico

2.2. Supremacia Militar


Os EUA desempenham um importante papel na política e
defesa internacional.
Após a Guerra Fria, os EUA assumem-se como a única
superpotência militar.

Possuem um numeroso e sofisticado exército.


Ocupam a linha de frente na resolução de conflitos
internacionais, assumindo-se como os "polícias do mundo".
A sua ação procura propagar a democracia e assegurar uma
ordem Mundial mais estável e segura.
Iniciativas que reforçam o seu poder militar:
Ações militares em diferentes partes do mundo em defesa de
causas humanitárias;
Fortalecimento da ação dos EUA devido aos reforços do papel
da NATO;
Reforço da influência dos EUA no Concelho de Segurança da
ONU;
Aplicação de sanções económicas aos países que violam os
princípios da democracia.

2.3. Prosperidade Económica


O crescimento económico dos Estados Unidos foi bastante
significativo nas últimas décadas devido:
À diminuição da taxa de desemprego;
Ao desenvolvimento empresarial e à criação de postos de
trabalho;
À diminuição da inflação e das taxas de juro;
Às políticas de incentivo ao investimento.

Assistiu-se também a um grande desenvolvimento dos 3 principais


setores:

Setor Primário
Progressos de mecanização;
Inovações Tecnológicas;
Política de exportação de produtos.
.... entre outros.
Setor Secundário
Relançamento das indústrias;
Lugar importante na refinação do petróleo;
Peso e desenvolvimento da indústria militar.
... entre outros.

Setor Terciário
Desenvolvimento do comércio e da indústria;
Capacidade de gerar emprego;
Afirmação como exportadores de serviços;
Integração em organizações regionais de comércio, onde têm
uma posição preponderante:

APEC
(cooperação económica Ásia-Pacífico)
- Acesso a matérias-primas;
- Bens Primários;
- Acesso a mercados.

NAFTA
(acordo de comércio livre da América do Norte)
- Obrigou a economia americana a tornar-se mais
competitiva e eficiente.

Para além disso, Bill Clinton promoveu a criação de um mercado


global livre, ou seja, Abolição de Tarifas.

O Dinamismo científico e tecnológico foi também crucial para a


prosperidade económica Americana, ocorreu assim um grande
investimento a este nível.
Para além disto, os EUA, desde cedo, apoiaram a livre iniciativa e
concorrência como valores fundamentais. Existem poucas
restrições à livre circulação de bens e capitais. É incentivado o
espírito de iniciativa e valorizado o sucesso individual.
Marcadamente pró-industrial, a economia americana apresenta um
claro domínio do setor terciário, sendo hoje o maior exportador de
serviços no Mundo.
3. A União Europeia

3.1. Evidenciar a importância da construção da Europa Unida no sistema


Mundial.
A construção da Europa Unida (CEE, agora União Europeia) teve
um grande impacto a nível económico e social. A CEE defendia
uma mudança política e social, já que, na altura, diversos países
europeus se encontravam em regimes fascistas, com isto, as
instituições europeias tornaram-se democráticas.
Houve uma grande evolução na questão económica devido à
produção e à livre circulação. Esta livre circulação também abriu
horizontes para outras culturas e relacionamento entre os
diferentes povos, o que difere na questão da Paz Mundial.
E a Europa tornou-se, assim, uma das maiores potências a nível
Mundial.

3.2. Identificar as vias de construção da UE.


O Tratado que oficializou a construção da União Europeia foi o
Tratado de Maastritch (1992).
A Comunidade Europeia (CE) passa a designar-se União
Europeia.
Alargamento das competências do Parlamento Europeu.
Criação da União económica e monetária.
Definiu a cidadania europeia.
Política Europeia:
- comunitária; Pilares da União
- política externa e segurança;
Europeia
- cooperação judicial e policial.
Moeda Única
1999 - entra em vigor nos mercados monetários, cambiais e
financeiros.
2002 - circulação de moedas e notas.

3.3. Integrar a situação de Portugal nas dinâmicas de construção da


Europa.
Portugal, em 1986, ano de adesão à CEE, encontrava-se em crise.
Como um país livre, podia agora usufruir das regalias de fazer parte
de uma organização que valorizava a união económica entre os
países Europeus.
No ano seguinte, 1987, entra em vigor o Ato Único Europeu, este visa
criar um espaço sem fronteiras, em que há acesso à livre circulação
de mercadorias, pessoas, serviços e capitais; criou-se um mercado
único, em que não existem barreiras alfandegárias para produtos
agrícolas e industriais, capitais e mercadorias, contribuindo para o
aprofundamento da União Europeia (Acordo de Schenger - 1990).
Para além disso, houve também a institucionalização do
Concelho Europeu.

Órgão encarregue de elaborar as


políticas gerais da comunidade
europeia:
Ratifica futuras adesões;
Cooperação ao nível da política
externa.
3.4. A Adesão de Portugal à CEE
3.4.1. Motivos da Opção Europeia
Modernizar as estruturas e aumentar a competitividade da
economia;
Combater o desemprego e a inflação;
Fazer face à dívida pública elevada, à redução das reservas
financeiras e à falta de investimento;
Diminuir o desafastamento da economia portuguesa
relativamente aos países da comunidade;
Garantir o papel de Portugal no sudeste europeu,
especialmente na Península Ibérica;
Corresponder aos anseios de emigrantes portugueses que
beneficiaram da abertura de fronteiras e da liberdade de
circulação;
Reforçar internacionalmente a cultura e a língua portuguesa.

3.4.2. Consequências para Portugal.


A adesão de Portugal à CEE teve grandes consequências para o
país. Houve uma maior abertura ao mercado internacional, ou seja,
facilitou a circulação de pessoas, bens, serviços e capitais. O
aumento das exportações e das importações, tornando Portugal
atrativo para o investimento estrangeiro, os baixos salários, o início
do processo de privatizações, a situação geográfica privilegiada e o
mercado bolsista português em expansão foram incentivos para a
imagem do país lá fora. A modernização dos setores: agricultura,
pesca, indústria.
As consequências económicas foram enormes, já que a partir de
1994, houve uma recuperação económica:
Privatizações permitem a recuperação das contas públicas;
Redução da inflação;
Quedas das taxas de juro;
Aumento dos salários;
Aumento das exportações;
Aumento do PIB;
Assiste-se a uma corrida ao crédito barato.

3.4.3. A Adesão à CEE/UE - Alteração de Mentalidades.


Com a adesão à CEE/UE, houve uma impactante melhoria nas
condições de vida e, eventualmente, um melhor índice de
desenvolvimento, assim Portugal torna-se um país de imigração nas
décadas de 80/90. A origem dos imigrantes era maioritariamente do
Brasil, Europa do Leste e China. As principais zonas de destino
eram a Grande Lisboa, Grande Porto, Setúbal e Algarve.

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