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Resumo de História

1. Relacionar a afirmação dos EUA, enquanto potência hegemónica, com o


auxílio económico prestado à Europa no após II Guerra e com o receio do
avanço da influência comunista.
Durante e após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos emergiram como a maior
potência econômica e militar do mundo. Para afirmar a sua hegemonia, e reconhecendo
que a Europa, destruída pela guerra, era um terreno próspero ao avanço das ideias
comunistas, os EUA, em 1947, delinearam um Programa de Recuperação da Europa
Ocidental- Plano Marshall. Deste modo, procuravam promover a recuperação económica
da Europa através da ajuda financeira, reafirmando a hegemonia económica e financeira
dos EUA no bloco Ocidental.

2. Compreender a Guerra Fria como resultado das tendências hegemónicas


dos EUA e da URSS, dando origem à formação de blocos militares e a
confrontos.
A Guerra Fria foi um período de tensões políticas, econômicas e militares entre os Estados
Unidos da América (EUA) e a União Soviética (URSS) que durou aproximadamente de
1945 a 1991. A Guerra Fria foi uma consequência direta das tendências hegemônicas
desses dois países e resultou na formação de blocos militares e em confrontos diretos e
indiretos em todo o mundo. O bloco ocidental-capitalista era liderado pelos EUA
acompanhados pelos países da Europa Ocidental e o bloco comunista comandado pela
URSS, estendeu a sua influência aos países da Europa de Leste.

3. Explicar o desenvolvimento económico e tecnológico dos EUA e a sua


hegemonia no Mundo Ocidental.
Após a 2ª Guerra Mundial, os EUA saíram fortalecidos na sua posição hegemónica. A
nível económico, aumento do poder de compra, promovido por uma situação de pleno
emprego; a aposta na industrialização e na publicidade verificadas nesta época levaram a
uma expansão das suas empresas para o exterior (multinacionais). E o desenvolvimento
tecnológico visível na produção de maquinaria agrícola e no crescimento da indústria. Em
resumo, o desenvolvimento econômico e tecnológico dos EUA, bem como sua hegemonia
no mundo ocidental, foram impulsionados por uma combinação de recursos naturais
abundantes, uma mão de obra barata e abundante, inovação tecnológica, investimento em
infraestrutura e promoção do capitalismo e da democracia em todo o mundo.

4. Analisar as transformações sociais e culturais verificadas na sociedade


ocidental.
A sociedade ocidental passou por profundas transformações sociais e culturais. Essas
mudanças sociais foram impulsionadas por diversos fatores, incluindo o desenvolvimento
tecnológico, a urbanização, as lutas pelos direitos civis, a importância do setor terciário, o
crescimento das classes médias, a importância dos jovens e o Estado-Providência. As
inovações tecnológicas impulsionaram o crescimento econômico e transformaram a vida
cotidiana, com a criação de novos produtos, como televisores, carros e eletrodomésticos,
como se verifica, os produtos americanos passaram a fazer parte do dia a dia das
populações ocidentais. A nível cultural quer pelo estilo de vida da população- American
Way of life, quer pelas tendências e comportamentos que eram imitados nos países
ocidentais, os EUA estenderam a sua influência cultural por diversas zonas do mundo.

5. Relacionar a manutenção do regime autoritário em Portugal com a Guerra


Fria.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Portugal manteve uma posição de neutralidade, mas
quando já era visível a vitória dos Aliados, o país se alinhou firmemente com as potências
ocidentais e acentuou nos seus discursos o anticomunismo e antisovietismo. Perante o
clima de Guerra Fria, as potências ocidentais tiveram necessidade de travar o avanço do
comunismo e, por isso, consentiram a ação do Estado Novo e as suas práticas
antidemocráticas. Portugal foi integrado na NATO (1949) e acolhido na ONU (1955).
Salazar recebeu, durante décadas, o apoio diplomático das potências ocidentais.

6. Distinguir períodos de estagnação e de desenvolvimento económico da II


Guerra até 1974 (atraso do mundo rural e movimento migratório, medidas
de fomento industrial e abertura a capitais estrangeiros).
Entre o período da II Guerra e 1974, Portugal passou por momentos de estagnação
econômica e de desenvolvimento econômico, com mudanças significativas na estrutura
socioeconômica do país. Portugal registava uma série de aspetos que explicam o seu atraso
económico: era um país eminentemente agrícola e com baixa produtividade. As décadas de
1950 e 1960 foram decisivas para o desenvolvimento industrial, com a execução dos
Planos de Fomento Nacional, que promoveram o desenvolvimento da indústria
transformadora (químicos, têxtil, siderurgia…) e da construção de infraestruturas. Esta
fase ficou marcada pelo êxodo rural, que motivou um grande movimento migratório para
as zonas urbanas e industriais do país. Em 1959, a adesão de Portugal à EFTA conduziu ao
aumento das exportações e a uma maior liberalização da economia, facilitando o
investimento estrangeiro em Portugal. Esta política conduziu ao aumento da produção
nacional, todavia Portugal continuava a registar um enorme atraso quando comparado com
o resta da Europa.

7. Explicar a oposição interna ao Estado Novo.


Durante o Estado Novo em Portugal, que durou de 1933 até 1974, houve uma oposição
interna que foi gradualmente aumentando ao longo dos anos. Essa oposição surgiu por
diversas razões, incluindo a repressão política e a falta de liberdades civis, além da falta de
oportunidades econômicas para a população em geral. O Estado Novo estabeleceu um
regime autoritário, que suprimiu a oposição política, censurou a imprensa e controlou as
atividades culturais. Havia esperança de que o regime manifestasse alguma abertura no
sentido de aceitar alguns princípios democráticos. Contudo, tal não se veio a verificar, já
que a PIDE continuou a perseguir a oposição. Quando se realizavam eleições, os
resultados eram controlados tratando-se de eleições fraudulentas. Em 1968, Salazar é
substituído por Marcelo Caetano (início da «Primavera Marcelista»).

8. Localizar no tempo e no espaço o início da Guerra Colonial


A guerra colonial começou em 1961 no norte de Angola. Porém acabou por se alastrar por
Guiné-Bissau (1963) e Moçambique (1964). Esta acabou em 1974.
9. Destacar a luta de emancipação dos povos colonizados, nomeadamente o pioneirismo dos
povos asiáticos, e o caso indiano, enquanto paradigma da não-violência.
A luta de emancipação dos povos colonizados foi um movimento histórico que
marcou o século XX e que teve como objetivo principal a independência dos
territórios colonizados pelas potências europeias. Entre os povos colonizados que
lutaram pela sua emancipação, destacam-se os povos asiáticos, cujas lutas
pioneiras abriram caminho para a independência de muitos outros países. Entre
os casos mais emblemáticos de luta pela independência na Ásia, destaca-se o
caso da Índia, que se tornou um paradigma da luta pela independência pacífica.
Liderado por Mahatma Gandhi, o movimento de independência indiano adotou a
estratégia da não-violência como forma de resistência contra o domínio britânico,
alcançou a sua independência em 1947. Pelo contrário, na Indochina, a
autonomia resultou da pressão internacional, após anos de violentos conflitos
armados.

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