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Conferência de Potsdam
Objetivos da ONU
Órgãos de funcionamento
Com a aproximação do final da segunda guerra mundial estava eminente uma grave crise
económica, uma vez que os países europeus encontravam-se arruinados e desorganizados.
Assim, em 1944, na Conferência de Bretton Woods, um grupo de economistas reuniu-se a fim
de estabelecer uma nova ordem económica e financeira internacional. As principais diretrizes
económicas que resultaram da conferência foram:
Com o fim da 2.ª Guerra Mundial, arranca o processo de descolonização que, a prazo,
significaria o desaparecimento dos impérios coloniais. Vários fatores estiveram na base da
descolonização:
Os Estado Unidos, em lembrança do seu próprio passado e em defesa dos seus interesses
económicos, mostram-se adversos à manutenção do sistema colonial. A URSS apoiou
naturalmente a revolta dos oprimidos contra os interesses capitalistas, não colocando de lado
a hipótese de estender o seu modelo aos novos países.
ONU
Fundada sob o signo da igualdade entre todos os povos constitui-se como baluarte da
descolonização, pressionando os estados membros a encetarem esse processo.
O presidente Truman, num discurso histórico, expôs a sua visão do mundo. Um mundo
dividido entre dois sistemas antagónicos: um, baseado na vontade da maioria que se distingue
pelas suas instituições livres, por um governo representativo, por eleições livres, pelas
garantias de liberdade individual e pela ausência de opressão política. O outro baseado na
vontade da minoria imposta pela força à maioria, ou seja, assenta na opressão e na supressão
das liberdades individuais.
Antagonismo político-militar
O acentuar das tensões políticas conduziu à formação de alianças militares que simbolizaram o
antagonismo militar, ou seja, os EUA e a URSS procuravam estender a sua influência ao maior
número possível de países. Criou-se a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN),
liderada pelos EUA (sendo o objetivo principal a segurança coletiva e ligar militar e
politicamente a Europa ocidental aos EUA) e, em resposta, foi constituído o Pacto de Varsóvia,
liderado pela URSS, para a defesa militar do seu bloco.
Num cenário onde as duas grandes potências não entravam diretamente em um conflito
armado, a guerra era travada através da diplomacia, influência de países terceiros e
principalmente, da coleta clandestina de dados sobre as condições das forças do inimigo
através dos serviços secretos (KGB pela União Soviética e CIA pelos EUA).
A prosperidade económica
Após a segunda guerra mundial, viveram-se três décadas de prosperidade económica, que
foram conseguidas, em grande parte, com a ação dos governos, que delinearam planos de
desenvolvimento coerentes, que permitiram estabelecer prioridades, rentabilizar a ajuda
Marshall. Externamente, os acordos de Bretton Woods tiveram um papel importante,
harmonizando e fomentando as relações económicas internacionais. As altas taxas de
crescimento verificadas neste período ficaram na História como “Trinta Gloriosos”.
A sociedade de consumo
Neste contexto, o maior resultado dos Trinta Glorioso foi a sociedade de consumo,
caracterizada pelo enorme aumento de consumo de bens essências e bens supérfluos, o que
foi conseguido com estabilidade dos empregos, com a produção de produtos a preços
acessíveis e com salários razoáveis. Assim, o aumento do poder de compra promoveu o
conforto material e melhorou o estilo de vida dos cidadãos, incentivados através de
publicidades e de recurso ao crédito, a comprar produtos mesmo sendo eles inúteis.
Afirmação do Estado-Providência
Neste contexto, a economia foi nacionalizada, foram fixados salários, horários de trabalho e
controlou-se a produção. Para além disso, o Estado para melhorar as condições de vida e para
implementar a justiça social, implementou um sistema que protegia os cidadãos em caso de
doença, desemprego ou velhice, instaurou ajudas financeiras para as famílias com menos
rendimentos e passou a intervir mais no ensino.
O mundo comunista
Entre 1945 e 1970 o comunismo alastrou com grande rapidez através de vários continentes,
desde a Europa à Ásia, América e África. Vários países, principalmente novos países
descolonizados enveredaram por essa via política. Entre outros, a China, Cuba, Vietname,
Angola, Moçambique, além dos países da Cortina de Ferro da Europa, foram países onde a
influência soviética, mas também chinesa, encontrou aliados.
Na Europa, a influência da URSS fez-se sentir com grande pressão. Desde 1948, os partidos
comunistas dos países da Europa de Leste tornaram-se partidos único controlando toda a vida
política e social desses estados denominados Democracias populares.
A reconstrução dos países socialistas da Cortina de Ferro foi rápida no após-guerra. Na URSS o
sistema de planificação económica foi retomado com novos planos quinquenais incidindo
sobre a indústria pesada e as infraestruturas. Siderurgias, centrais hidrelétricas surgem por
toda a Rússia. Sistema semelhante é implantado nos países socialistas da Europa Oriental com
a coletivização económica e uma industrialização acelerada que transformou as estruturas
ancestrais de alguns destes países.