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Resumos de História GUERRA FRIA 12°ano
Resumos de História GUERRA FRIA 12°ano
O mundo comunista
O expansionismo soviético – Pág. 48
Após a WW2, o reforço da posição militar soviética e o desencadear do processo de
descolonização criaram condições favoráveis à extensão do comunismo. A URSS
saiu, assim, do isolamento a que estivera votada desde a Revolução de Outubro,
alargando a sua influência nos quatros continentes.
Europa
A primeira vaga da extensão do comunismo atingiu a Europa Ocidental e, em meados
de 1948, os partidos comunistas dos países de Leste tinham-se já assumido como
partidos únicos e, em pouco tempo, a vida política, social e económica destas regiões
foi reorganizada em moldes semelhantes aos da União Soviética.
Os novos países socialistas receberam a designação de democracias populares.
Estas, que constituem a esmagadora maioria da população, “exercem o poder” através
do Partido Comunista, que, supostamente, representa os seus interesses. Em suma, a
Europa de Leste reconstrói-se de acordo com a ideologia marxista. Em 1955, os laços
entre as democracias populares foram reforçados com a constituição do Pacto de
Varsóvia, aliança militar que constituiu uma organização diretamente oposta à
OTAN, simbolizando as duas coligações e o antagonismo militar que marcou a Guerra
Fria.
Considerando-se a “pátria do socialismo”, a União Soviética impôs um modelo único e
rígido, do qual não admitiu desvios. É assim que, quando estalaram protestos e
rebeliões contra o seu excessivo domínio, Moscovo não hesitou em utilizar a força
para manter a coesão do bloco. O esmagamento militar da “Primavera da Praga” levou
o líder soviético Brejnev a assumir, perante o mundo, que a soberania dos países do
Pacto de Varsóvia se encontrava limitada pelos superiores interesses do socialismo.
Outra preocupação para os dirigentes comunistas da Europa de Leste era a situação
de Berlim. Milhares de cidadãos da Alemanha comunista utilizavam Berlim Oriental
como forma de alcançar a República Federal Alemã. Eram, sobretudo, jovens
disciplinados que se sentiam atraídos pelos salários altos e pelo consumismo da
sociedade capitalista. Estas “deserções” afetavam gravemente a economia da RDA e,
mais do que isso, afetavam o prestígio do mundo socialista. O problema acabaria por
ser solucionado em 1961, com a construção, pela RDA, do célebre Muro de Berlim.
Ásia
Fora da Europa, o único país em que a implantação do regime comunista se ficou a
dever à intervenção direta da URSS foi a Coreia.
Ocupada pelos japoneses, a Coreia foi, no fim da Segunda Guerra Mundial, libertada
pela ação conjunta dos exércitos soviético e americano, que, naturalmente, não se
entenderam quanto ao futuro regime político do país. A Coreia foi, por isso, dividia em
dois Estados: a norte, a Coreia comunista, apoiada pela URSS e a sul, a Coreia
conservadora, sustentada pelos EUA.
A posterior invasão da Coreia do Sul pela Coreia do Norte, com vista à reunificação do
território sob a égide do socialismo, desencadeou uma violenta guerra (1950-1953),
em que se viveram momentos de grande tensão e afrontamento entre os dois blocos.
Por fim, repôs-se a separação entre as duas Coreias, que se mantêm rivais até hoje.
Nos restantes casos, o triunfo do regime comunista ficou a dever-se a movimentos
revolucionários nacionais que contaram com o incentivo ou o apoio da URSS.
Tal é o caso da China, onde, em Outubro de 1949, Mao Tsé-Tung proclamou a
instauração de uma República Popular. Apesar de, posteriormente, se ter afastado da
URSS, a China seguiu, nos primeiros anos do regime comunista, o modelo político e
económico do socialismo russo.