Você está na página 1de 3

O colapso do Bloco Soviético e a reorganização do mapa geopolítico da Europa de Leste

O fim da União Europeia foi resultado da má administração do país por seus governos autoritários e
corruptos.

No final da década de 1970, a crise económica que se instalou, conduziu o país à crise política até à
sua dissolução, com a renúncia de Gorbachev, em dezembro de 1991.

Em março de 1985, Mikhail Gorbachev, eleito secretário-geral do Partido Comunista da união


soviética, assumiu o poder disposto a enfrentar os problemas que afetavam a URSS:

- A estagnação da economia
- A pesada máquina burocrática e política, viciada e corrompida
- O desgaste provocado pela invasão e ocupação do Afeganistão
- As elevadas despesas militares da Guerra Fria
- O impacto do desastre nuclear de Chernobil- 1986

Neste contexto, implementou um conjunto de reformas políticas e económicas destinadas a


reestruturar e a liberalizar a economia da URSS, conhecidas como a perestroika (reestruturação).

a reestruturação ou perestroika traduziu-se em diversas iniciativas de

modernização:

- A promoção da autonomia na gestão das empresas estatais


- Legalização do setor privado
- Arrendamento de terras aos camponeses
- Abertura comercial ao Ocidente

Estas iniciativas de reestruturação económica foram acompanhadas por uma política de


transparência, a glasnost, que englobou várias medidas de democratização e liberalização política (
contra a corrupção) como:

- A libertação dos dissidentes políticos


- Reabilitação das vítimas do estalinismo (reconhece que Estaline praticou crimes e abusos)
- Abrandamento da censura
- Abertura da vida cultural e intelectual
- Abertura ao multipartidarismo e ao direito de voto

A nível externo, Gorbachev aproximou a URSS da Europa e dos Estados Unidos.

- implementou uma nova diplomacia na ONU e face à comunidade internacional;


- empenhou-se no desarmamento de armas e na defesa dos direitos humanos
Havia um evidente desejo de pôr fim à Guerra Fria.

Nos países satélites da URSS (democracias populares), a perestroika e a glasnost desencadearam a


contestação ao domínio soviético-sobem ao poder líderes que não eram comunistas.

Gorbachev viu a retirada do exército vermelho.

A nível interno, a política liberalização de Gorbachev, fez despertar na União Soviética a


contestação e o nacionalismo.
O movimento de separação face à União Soviética iniciou-se na Estónia (1988) e alargou-se
à Letónia e à Lituânia (1990).
As tensões desencadearas conduziram a União Soviética a um processo de desagregação.
Gorbachev viu a contestação aumentar, quer por parte dos setores comunistas mais
conservadores, quer por parte dos mais liberais.

Gorbachev, isolado, não conseguiu impedir o desmoronamento da URSS (que já não existia
efetivamente), e demitiu-se do cargo de presidente da URSS.
Um novo mapa político na Europa de Leste surgiu.

O bipolarismo e a Guerra Fria terminaram, oficialmente, com a dissolução do Pacto de Varsóvia,


com a extinção do COMECON e com a desagregação da URSS.

A queda do muro de Berlim tornou-se no acontecimento mais simbólico deste período- marcou o
fim do mundo bipolar.

OS PROBLEMAS DE TRANSIÇÃO PARA A ECONOMIA DE MERCADO

As reformas económicas implementadas, no âmbito da perestroika, visavam a transição para a

economia de mercado e provocaram problemas, tanto nas repúblicas da ex-URSS, como nas

antigas democracias populares do COMECON:

- o apoio do estado às empresas cessou, provocando falências e desemprego;

- a liberalização dos preços causou forte inflação e a miséria instalou-se;

- a corrupção e as máfias acentuaram as dificuldades e as desigualdades sociais.

·O apoio do Estado às empresas cessou, provocando falências e desemprego;

·A liberalização dos preços causou forte inflação e a miséria instalou-se;

·A corrupção e as máfias acentuaram as dificuldades e as desigualdades sociais.


No entanto, as consequências não foram iguais em todos os Estados:

·Com a reunificação da Alemanha, a ex-RDA recebeu apoios financeiros da

- Alemanha Ocidental (ex-RFA);

·No caso da Polónia, da Hungria e da República Checa, o crescimento do turismo e o

- aumento do investimento privado, em consequência da estabilidade política,

minoraram os efeitos da transição para a economia de mercado

Você também pode gostar