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mundo atual
A glasnost visava a participação mais ativa dos cidadãos na vida política: fim das
perseguições políticas, fim da censura, com o reconhecimento da liberdade de expressão e de
imprensa, combate à corrupção. Esta abertura democrática traduziu-se, em 1989, na realização
das primeiras eleições verdadeiramente livres e pluralistas.
Gorbachev pretendia igualmente o fim do clima de guerra fria, que ameaçava o mundo
desde o fim da 2ª Guerra Mundial.
O fim da “cortina de ferro”: a abertura política de Gorbachev acabou por se estender a
todos os países da Europa de Leste, onde largas camadas da população ansiavam por liberdade e
democracia.
O fim da URSS: a URSS era um vasto conjunto de povos, culturas e religiões que só um
regime com mão de ferro conseguiu manter unidos.
Desaparecia, ao fim de 70 anos, a poderosa União Soviética, nascendo em seu lugar a CEI
(Comunidade de Estados Independentes) à qual aderem 12 das 15 repúblicas que integravam a
URSS.
Os primeiros anos do século XXI são marcados pela hegemonia americana, assente
numa incontestada superioridade económica, militar, científica e tecnológica.
A União Europeia
É a partir de 1985, com a ação de Jacques Delors, presidente da Comissão Europeia, que
a CEE ganhou um novo impulso e vitalidade.
O Ato Único Europeu: o objetivo era continuar a reforçar a coesão e a solidariedade entre
os Estados membros, foi assinado em fevereiro de 1986. Neste tratado foram revistos os
tratados que fundaram a CEE, reforçando o caráter supranacional dos órgãos de governo
comunitários e contribuir para a aceleração da união económica da Europa.
A nível político são evidentes as resistências das populações à perda da sua soberania,
principalmente os países mais desenvolvidos e com mais História. Neste aspeto destaca-se o
Reino Unido, que nunca se identificou muito com o projeto europeu (nem aderiu à moeda
única…) e que recentemente, através de referendo, optou pela saída da UE.
O Tratado de Lisboa (2007): foi controverso pois vários países tiveram dúvidas,
submeteram-no a referendo (Irlanda), temendo a perda de competências dos Parlamentos
nacionais. Para muitos, este tratado reforça o peso dos grandes países em detrimento dos
pequenos.
A partir dos anos 70, mais países do Este e Sudeste asiático vão acompanhar o Japão no
processo de industrialização e grande crescimento económico: os chamados “Dragões
Asiáticos” (Coreia do Sul, Hong-Kong, Singapura e Taiwan). Nos anos 80, juntaram-se a Malásia,
Tailândia, Indonésia e Filipinas (“Tigres Asiáticos”).
Os “Dragões Asiáticos” eram países com poucos recursos naturais e energéticos, mas
arrancaram para um surpreendente processo de desenvolvimento e crescimento económico,
assentes na produção e exportação de bens de consumo. Seguiram o modelo japonês:
A questão de Timor
Era colónia de Portugal desde 1512, constituída pela parte leste de uma ilha do
arquipélago indonésio. O pouco interesse por esta distante colónia fez com que, mesmo após a
revolução de 25 de abril de 1974, as estruturas coloniais permaneciam intactas, enquanto os
outros territórios já estavam em processo de descolonização.
Havia 3 forças políticas em Timor, reconhecidas por Portugal: a UDT (União Democrática
Timorense), que defendia a união com Portugal, passando Timor a ser uma região autónoma; a
APODETI (Associação Popular Democrática Timorense), que defendia a integração na Indonésia e
a FRETILIM (Frente Revolucionária de Timor Leste Independente), que defendia a independência
total de Timor.
Refugiados nas montanhas, os timorenses vão iniciar uma resistência contra a ocupação
indonésia, liderados por Xanana Gusmão.
Em 12 de novembro de 1991, uma força militar indonésia carregou violentamente contra
timorenses que se manifestavam pacificamente, no cemitério de S. Cruz. O ataque foi filmado e a
brutalidade das imagens serviu para, finalmente, a comunidade internacional se preocupar com o
que se estava a passar.
Nesta fase, a liberalização industrial e comercial fez-se sobretudo nas regiões do litoral.
Numa 2ª fase, o capital estrangeiro também foi investido em zonas do interior, para aproveitar a
abundante e barata mão-de-obra.
Setores estratégicos como a indústria espacial, militar e as telecomunicações,
continuaram a ser monopólio do Estado.
No passado, havia muitas nações espalhadas por vários estados e estados constituídos
por várias nações (grandes impérios do século XIX e, mais recentemente são exemplo a URSS e a
Jugoslávia).
A crise do mundo capitalista dos anos de 1970, afetou o Estado- Providência, devido às
dificuldades financeiras dos Estados. Acresce-se a diminuição das receitas estatais dos sistemas
de segurança social, devido a:
A globalização da economia
Os que dão relevo aos efeitos prejudiciais da globalização, afirmam que acentua as
desigualdades entre os países mais ricos e os mais pobres; a deslocalização de empresas abre
graves problemas sociais (colocar o lucro à frente dos interesses e necessidades das pessoas);
muitas economias nacionais são “asfixiadas” pelas grandes multinacionais; prejudica o ideal de
Estado- Nação, não se tendo em conta as características de cada região e o impacto ambiental
negativo do capitalismo desenfreado.
- os operários já não têm tanta consciência de classe como acontecia no século XIX e
inícios do século XX. Vivemos numa sociedade mais individualista. Há cada vez menos
trabalhadores a lutar pela melhoria das suas condições e cada vez mais os que estão
conformados com a sua situação;
- a precariedade do emprego leva a que muitos trabalhadores prefiram “não lutar” com
medo do despedimento.
O declínio da militância política
Os novos tempos também não são propícios a lutas partidárias, tendo vindo a aumentar o
desinteresse pela política, principalmente entre os mais jovens.
Isto acontece porque: hoje em dia os partidos são mais eleitoralistas do que convictos
defensores de uma ideologia; o individualismo da sociedade faz com que as pessoas prefiram
“fechar-se” em círculos mais restritos e não em movimentos de massas; crescente descrença nos
políticos e nas suas promessas; o poder dos media faz com que já não seja necessário os
grandes comícios do passado.
Na última década do século XX, a economia portuguesa cresceu acima da média europeia, o que
se traduziu num aumento do investimento estrangeiro, baixa inflação, aumento das exportações e
diminuição da dívida externa.
- Portugal viu-se integrado num mercado altamente competitivo, onde a concorrência é forte;
-os sucessivos alargamentos da União Europeia constituem novas oportunidades para Portugal,
sobretudo na área comercial, mas também levantam novos desafios, pois aumenta a
concorrência;
-o governo português deixou de ser 100% soberano no que à adoção de muitas medidas diz
respeito, sendo condicionado pelas opções da União Europeia;
-os efeitos das crises internacionais fazem-se agora sentir com mais intensidade no nosso país.
As relações de Portugal com os países lusófonos e com a área ibero-americana
A integração de Portugal na União Europeia não fez perder a sua histórica vertente
atlântica em matéria de política externa. Os tempos que se seguiram aos processos de
descolonização não foram propícios a esse relacionamento. Todavia, passada essa época
conturbada, Portugal voltaria a ter um relacionamento mais próximo com a lusofonia.
Os laços históricos que unem os 2 países têm proporcionado um forte intercâmbio a nível
dos fluxos migratórios e das ligações culturais.
As relações com Timor-Leste, têm assentado na defesa e promoção dos valores culturais
portugueses, onde se inclui a língua e a cooperação na educação (muitos professores
portugueses naquele país), na ajuda à consolidação das instituições democráticas e o
desenvolvimento económico.
Deste modo, foram renovados os acordos sobre a utilização da Base das Lajes e
continuamos inseridos na NATO. Em relação à América Latina, Portugal faz parte da Organização
dos Estados Ibero-Americanos, participando ativamente nas respetivas cimeiras, tendo em vista a
internacionalização da economia portuguesa em mercados emergentes.