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Resumos de história

Grupo I – A ONU
Nas cimeiras da “Grande Aliança", Roosevelt pugnou pela criação de um novo organismo, mais
consistente, que ele próprio batizou com O nome de Organização das Nações Unidas (ONU). A
nova organização nasceu oficialmente na Conferência de São Francisco, em abril de 1945.
Segundo a Carta fundadora, as Nações Unidas têm como propósitos principais:

 Manter a paz e reprimir os atos de agressão, utilizando, tanto quanto possível, meios
pacíficos, de acordo com os princípios da justica e do direito internacional.
 Desenvolver relações de amizade entre os paises do mundo, baseadas na igualdade
entre os povos e no seu direito à autodeterminação
 Desenvolver a cooperação internacional no âmbito económico, social e cultural, e
promover a defesa dos Direitos Humanos
 Funcionar como centro harmonizador das ações tomadas para alcançar estes
propósitos

Sob o impacto do Holocausto e disposta a impedir, no futuro, as atrocidades cometidas


durante a Segunda Guerra Mundial, a ONU tomou uma feição profundamente humanista que
foi reforçada pela aprovação, em 1948, da Declaração Universal dos Direitos Humanos , que
passou a integrar os documentos fundamentais das Nações Unidas.

A Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada em 24 de outubro de 1945, após a
Segunda Guerra Mundial. Os principais países fundadores foram:

1. Estados Unidos

2. União Soviética (hoje dividida em vários países após o colapso)

3. Reino Unido

4. China

5. França

A Carta das Nações Unidas definiu também os órgãos básicos de funcionamento da instituição:

 A Assembleia Geral, no qual têm assento todos os Estados-membros, em pé de


igualdade. Funciona como um verdadeiro parlamento mundial pode colocar na sua
agenda todo o tipo de questões.
 O Conselho de Segurança, diretamente responsável pela manutenção da paz. É
composto por 15 membros, cinco dos quais permanentes: Os EUA, a Rússia (primeiro a
URSS, hoje a Federação Russa), o Reino Unido, a China e a França. Estes “cinco
grandes” têm direito de veto, pelo que qualquer um deles pode inviabilizar uma
tomada de decisão
 O Secretariado-Geral, à frente do qual se encontra o secretário-geral, eleito pela
Assembleia, por proposta do Conselho de Segurança. Coordena toda a instituição e
presta os seus “bons serviços” diplomáticos nas questões mais delicadas. O secretário-
geral representa a ONU e, com ela, todos os povos do mundo.
 O Conselho Económico e Social, encarregado de promover a cooperação a nível
económico, social e cultural. Pelos muitos organismos que dele dependem é um dos
órgãos mais importantes e ativos da ONU.
 O Tribunal Internacional de Justiça, com sede em Haia. Resolve, à luz do Direito
internacional, os litígios entre os Estados.
 O Conselho de Tutela, ao qual foi atribuída a administração dos territórios que se
encontravam à guarda da extinta SDN. Em 1994, com a independência do Palau,
consideraram-se cumpridos os objetivos deste órgão, pelo que cessou o seu
funcionamento permanente.

Grupo II- Um mundo bipolar


○ clima de desentendimento e de hostilidade entre os antigos Aliados refletiu-se de imediato
na gestão conjunta do território alemão, dividido e ocupado pelas quatro potências
vencedoras. A expansão do comunismo no primeiro ano da paz fez com que Ingleses e
Americanos olhassem a Alemanha, não já como o inimigo vencido, mas como um aliado
imprescindível à contenção do avanço soviético. O renascimento alemão tornou-se uma
prioridade para os Americanos, que intensificaram os esforços para a criação de uma república
federal, constituída pelos territórios sob ocupação das três potências ocidentais.

A União Soviética protestou vivamente contra aquilo que considerava uma clara violação dos
acordos estabelecidos, mas, perante a marcha dos acontecimentos, acabou por desenvolver
uma atuação semelhante na sua própria zona.

Este processo de divisão trouxe para o centro da discórdia a situação de Berlim, já que na
capital, situada no coração da área soviética, continuavam estacionadas as forças militares das
três potências ocidentais.

Numa tentativa de forçar a retirada dessas forças, Estaline bloqueia aos três aliados todos os
acessos terrestres à cidade. Depois de alguns dias de intenso dramatismo, o presidente Truman
decide abastecer a cidade através de uma gigantesca ponte aérea.

A situação de bloqueio durou praticamente um ano, findo o qual os Soviéticos aceitaram


restabelecer as ligações terrestres aos setores ocidentais da cidade. Foi um primeiro medir de
forças entre as duas superpotências, durante o qual se desmoronaram por inteiro os acordos
de uma gestão conjunta de Berlim e da Alemanha, assumidos em Potsdam. Em 1949, quando
se respirava de alívio pelo fim do bloqueio, o mundo via nascer dois Estados alemães
separados e rivais: a República Federal Alemã (RFA), afeta aos ocidentais, e a República
Democrática Alemã (RDA), que integrou o mundo comunista

Encravada na RDA, Berlim permaneceu sempre no centro da discórdia. Em 1961, uma nova
crise conduziu à construção do célebre muro, que se tornou o símbolo da divisão do mundo
em dois blocos antagónicos

A tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética aflorou, em 1947, quando na Turquia e na
Grécia eclodiram movimentos comunistas que pretendiam aliar essas duas Nações à União
Soviética. As tropas norte americanas intervieram na região, sufocando os movimentos
comunistas.

O novo traçado das fronteiras europeias iria deixar marcas profundas:

 a Europa e o mundo ficam divididas em duas áreas de influência partilhadas


implicitamente entre os Estados Unidos e a União Soviética;
 a União Soviética reforça o seu prestígio Internacional: a Europa perde a supremacia na
política Internacional dividida entre as duas esferas de influência- a Soviética e a norte
americana;
 Os antagonismos entre duas grandes potências saídas da guerra agravam se
condicionando todas as relações internacionais do pós-guerra.

A URSS detinha, uma clara vantagem estratégica no Leste Europeu. Embora os acordos de lalta
previssem o respeito pela vontade dos povos, expressa em eleições livres supervisionadas
pelas três potências, na prática tornava-se impossível contrariar a hegemonia soviética, que
não tardou a impor-se: entre 1946 e 1948, todos os países libertados pelo Exército Vermelho se
tornaram estados socialistas .

A extensão do comunismo no Leste europeu foi, de imediato, contestada pelos ocidentais.


Logo em março de 1946, Churchill denuncia publicamente. num discurso proferido na
Universidade de Fulton (Missouri), a criação, por parte da URSS, de uma área de influência
impenetrável, isolada do Ocidente por uma "cortina de ferro" .

O discurso de Fulton alertou a comunidade internacional para as desavenças entre os antigos


Aliados. Menos de um ano passado sobre o fim da Segunda Guerra Mundial, o alargamento da
influência soviética desencadeava um novo medir de forças, desta vez entre o mundo
comunista e o mundo capitalista.

Durante a Crise dos Mísseis de Cuba, que ocorreu em outubro de 1962, os principais
protagonistas foram:

 Estados Unidos (EUA): O presidente norte-americano John F. Kennedy desempenhou


um papel central na gestão da crise. Ele enfrentou decisões cruciais sobre como
responder à presença de mísseis nucleares soviéticos em Cuba.

 União Soviética: O líder soviético Nikita Khrushchov foi o principal protagonista do lado
soviético. Ele tomou a decisão de implantar mísseis nucleares em Cuba como resposta
à presença de mísseis americanos na Turquia e buscava fortalecer a posição soviética
durante a Guerra Fria.

 Cuba:O líder cubano Fidel Castro estava ciente e apoiou a decisão da União Soviética
de instalar mísseis nucleares em Cuba como uma medida de defesa contra a
percepção de ameaça dos Estados Unidos.

 Esses três líderes foram fundamentais no desenrolar dos eventos durante a Crise dos
Mísseis de Cuba, que foi um dos momentos mais tensos da Guerra Fria, quase levando
a um confronto nuclear direto entre os Estados Unidos e a União Soviética. A crise foi
resolvida através de negociações e acordos, incluindo a retirada dos mísseis soviéticos
de Cuba em troca da retirada de mísseis americanos da Turquia.

As diferenças entre o bloco ocidental e o bloco do leste referem-se principalmente às divisões


políticas e ideológicas que surgiram durante a Guerra Fria, que ocorreu após a Segunda Guerra
Mundial e durou até o início da década de 1990. Durante esse período, o mundo ficou
polarizado entre duas superpotências: os Estados Unidos, liderando o bloco ocidental, e a
União Soviética, liderando o bloco do leste. Aqui estão algumas das principais diferenças entre
esses dois blocos:

1. Ideologia:

- Bloco Ocidental: Era composto principalmente por países capitalistas e democráticos. Os


Estados Unidos e seus aliados defendiam a economia de mercado, a propriedade privada e
sistemas políticos democráticos.

- Bloco do Leste: Era formado por países socialistas e comunistas, liderados pela União
Soviética. Esses países adotavam sistemas econômicos centralizados, propriedade estatal dos
meios de produção e governos de partido único.

2. Economia:

- Bloco Ocidental:Caracterizado por economias de mercado, com um foco na iniciativa privada,


comércio livre e propriedade privada.

- Bloco do Leste: Caracterizado por economias centralmente planejadas, onde o Estado


controlava os principais setores econômicos, incluindo a agricultura e a indústria.

3. Sistemas Políticos:

- Bloco Ocidental: Adotou sistemas políticos democráticos, com eleições regulares,


multipartidarismo e separação de poderes.

- Bloco do Leste: Tinha sistemas políticos socialistas e comunistas, com um partido único no
poder e ausência de eleições livres e competitivas.

4. Alianças Militares:

-Bloco Ocidental: Formou a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), uma aliança
militar que incluía países da Europa Ocidental e América do Norte. O pacto da NATO é bem
demonstrativo da desconfiança que então impregnava as relações internacionais.Os seus
membros fundadores consideram-se ligados por uma "herança civilizacional comum", cuja
preservação exige o desenvolvimento da "capacidade individual ou coletiva de resistir a uma
ataque armado".

A aliança apresenta-se como uma organização puramente defensiva, empenhada em resistir a


um inimigo a União Soviética e tudo o que, para o mundo ocidental, ela representa.

Esta sensação de ameaça e o afã em consolidar a sua área de influência lançaram os EUA
numa autêntica "pactomania" que os levou a constituir um vasto leque de alianças um pouco
por todo o mundo .

Além da OTAN, firmaram-se alianças multilaterais na América, na Oceânia, no Sudeste Asiático,


no Médio Oriente.
Estas alianças foram complementadas com diversos acordos de carácter político e económico,
de tal modo que, em 1959, três quartos do mundo alinhavam, de uma forma ou de outra, pelo
bloco americano.

- Bloco do Leste: Estabeleceu o Pacto de Varsóvia, uma aliança militar liderada pela União
Soviética e composta por países do bloco socialista. Após uma série de acordos bilaterais, a
URSS e os seus países-satélite do Leste Europeu assinaram, em 1955, o Pacto de Varsóvia,
aliança que previa a resposta conjunta a qualquer eventual agressão.

O Pacto de Varsóvia constituiu uma organização militar diametralmente oposta à OTAN,


simbolizando as duas coligações o antagonismo militar entre as duas superpotências.

Na Ásia, a ocupação da Coreia pelos exércitos soviético e americano, no fim da Segunda


Guerra Mundial, conduziu à divisão do país em dois Estados: a norte, a República Popular da
Coreia, comunista, a sul, a República Democrática da Coreia, apoiada pelos Estados Unidos.

Nas restantes regiões do Sudeste Asiático, a URSS apoiou os movimentos revolucionários


nacionais, com os quais celebrou tratados de amizade e cooperação.

Nas décadas de 60 e 70, a influência soviética penetrou na América Latina, onde Cuba se
tornou um baluarte comunista, e consolidou- -se em Africa, através de países como Angola e
Moçambique, que, na sequência da descolonização portuguesa, implantaram regimes
socialistas

5. Guerra Fria e Conflitos Regionais:

- Bloco Ocidental: A Guerra Fria viu uma série de conflitos indiretos entre os dois blocos,
como a Guerra da Coreia e a Guerra do Vietnã, onde os EUA e a União Soviética apoiaram lados
opostos.

- Bloco do Leste: A União Soviética exerceu influência significativa sobre os países do bloco do
leste, intervindo em eventos como a Revolução Húngara de 1956 e a Primavera de Praga em
1968 para manter o controle sobre essas nações.

Essas diferenças refletiram as divergências ideológicas, políticas e econômicas entre os dois


blocos durante a Guerra Fria, que finalmente chegou ao fim com o colapso da União Soviética
em 1991 e o subsequente desmantelamento do bloco do leste.

Os Estados Unidos assumem, frontalmente, a liderança da oposição aos avanços do socialismo.

Num discurso histórico, o presidente Truman expõe a sua visão de um mundo dividido em dois
sistemas antagónicos: um baseado na liberdade e o outro na opressão.

Aos americanos competiria, perante o enfraquecimento da Europa, liderar o mundo livre e


auxiliá-lo na contenção do comunismo utilizando a doutrina de Truman.
Além de formalizar a divisão do mundo em duas forças opostas, a doutrina Truman deixava
também clara a necessidade de ajudar a Europa a reerguer-se economicamente.

O inverno de 1946-47 agravara ainda mais as situações de miséria do Velho Continente,


criando um clima político instável, em tudo propício à difusão das ideias de igualdade e justiça
social do marxismo. E neste contexto que o secretário de Estado americano George Marshall
anuncia, em junho de 1947, um gigantesco plano de ajuda económica à Europa.

Conhecido como Plano Marshall, este auxílio foi acolhido com entusiasmo pela generalidade
dos países europeus, que, assim, viram reforçados os laços que os uniam aos EUA.

O Plano Marshall foi formalmente oferecido a toda a Europa, incluindo os países que se
encontravam já sob influência soviética, mas depois de breves negociações, Moscovo classifica
a ajuda americana de "manobra imperialista" e impede os países sob sua influência de a
aceitarem.

Alguns meses passados sobre a Doutrina Truman e o anúncio do Plano Marshall, os soviéticos
formalizam, por sua vez, a rutura entre as duas potências.

Perante as delegações dos partidos comunistas europeus, Andrei Jdanov fala de um mundo
dividido em dois sistemas contrários: um, imperialista e antidemocrático, é liderado pelos
Estados Unidos; o outro, em que reina a democracia e a fraternidade entre os povos,
corresponde ao mundo socialista onde lidera-o a União Soviética.

Em janeiro de 1949, Moscovo "responde" também ao Plano Marshall, lançando o Plano


Molotov, que estabelece as estruturas de cooperação económica da Europa Oriental.

Foi no âmbito deste plano que se criou o COMECON (Conselho de Assistência Económica
Mútua), instituição destinada a promover o desenvolvimento integrado dos países comunistas,
sob a égide da União Soviética.

Os países abrangidos pelo Plano Marshall (OECE) e os países do COMECON funcionaram como
áreas transnacionais, coesas e distintas uma da outra . Deste modo, a divisão do mundo em
dois blocos antagónicos consolidou-se, tal como se consolidou a liderança das duas
superpotências.

O afrontamento entre as duas superpotências e os seus aliados prolongou-se até meados dos
anos 80. Durante este longo período, os EUA e a URSS intimidaram-se mutuamente, gerando
um clima de hostilidade e insegurança que deixou o mundo num permanente sobressalto. É
este clima de tensão internacional que designamos por Guerra Fria

A Guerra Fria configurou um tipo de conflito completamente novo e lutou-se de múltiplas


formas. Destacamos:

 a constituição de blocos e áreas de influência. Como já vimos, cada uma das


superpotências procurava ampliar o número dos seus aliados, impedindo que outras
nações alinhassem com o lado contrário. Com este obetivo, tanto os EUA como a URSS
alimentaram numerosos conflitos apoiando o lado que Ihes era afeto. As guerras da
Coreia e do Vietname, as guerrilhas da Nicarágua e El Salvador, a consolidação do
regime de Fidel Castro em Cuba ou o derrube do governo de Salvador Allende no Chile,
são apenas alguns exemplos;
 a instilação de sentimentos de medo e ódio ao lado contrário, através de uma máquina
de propaganda gigantesca . Esta verdadeira diabolização do outro foi uma das
características mais sentidas pelo cidadão comum, imputando ao inimigo as mais
sinistras intenções;
 o reforço da atuação dos serviços secretos e a constituição de redes de espionagem
mútua . A CIA, do lado americano, e o KGB, do lado soviético, ganharam um enorme
protagonismo e, neste clima, novelas e filmes de espiões alcançaram grande sucesso e
reforçaram a máquina de propaganda;
 uma corrida ao armamento de proporções gigantescas, que incutiu nas populações o
terror de uma guerra nuclear e colocou o mundo à beira da destruição global;
 a demonstração, junto da opinião pública mundial, da superioridade do respetivo
regime, de forma a ganhar admiração das populações. Esta característica viveu-se de
forma intensa no desporto, por exemplo – os Jogos Olímpicos e os seus medalhados
foram, neste campo, um palcoprivilegiado- mas, sobretudo, impulsionou a corrida
espacial que, nas

décadas 50 e 60, alimentou o orgulho das duas superpotências

Grupo III- O tempo da descolonização

 A tomada de consciência para a injustiça da dominação do estrangeiro após a luta pela


liberdade contra as forças do eixo;
 Fragilidade da europa incapaz de suster as aspirações independentistas na Ásia e na
África ( destruição/ reconstrução
 Pressão das duas superpotências
-EUA- interesses económicos prejudicados pelo colonialismo;
URSS- ideologia marxista defende a revolta dos oprimidos pelos interesses capitalistas
e aproveita a oportunidade para alargar a sua influência;
 Pressão da ONU
- pressiona os colonizadores a cumprir o estabelecido na carta das Nações Unidas e as
sucessivas resoluções que condenavam o colonismo.

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