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Aluno(a): Maria Vitória Barbosa n° 29 3° B

TRABALHO DE HISTÓRIA (VALOR: 4,0)

Capítulo 9: Pós-guerra e novos confrontos

1) Descreva o processo de divisão e reunificação da Alemanha. (Páginas 143 e 144)

2) Caracterize o Plano Marshall e a Doutrina Truman. (Página 143)

3) Como se deu a criação da ONU? Cite seus princípios básicos. (Página 143)

4) O que foi a Guerra Fria? (Página 148)

5) Relacione a OTAN e o Pacto de Varsóvia. (Páginas 148 e 149)

6) Escreva sobre a corrida armamentista e a corrida espacial. (Páginas 149 e 150)

7) Explique a Guerra da Coreia e sua posterior divisão. (Páginas 150 e 151)

8) Disserte sobre o fim da guerra fria. (Página 152)

9) Conceitue o Macarthismo. (Página 152)

Capítulo 10: África, Ásia e Oriente Médio

1) Quais fatores contribuíram para a descolonização da África e da Ásia? (Página 156)

2) O que foi a Conferência de Bandung? (Página 157)

3) Descreva o processo de independência da Índia, destacando o movimento de desobediência civil.


(Páginas 159 e 160)

4) Como ocorreu a independência da Indochina? (Página 161)

5) Disserte sobre a divisão e a Guerra do Vietnã, enfatizando a atuação dos Estados Unidos. (Páginas 162-
163)

6) Escreva sobre a África do Sul e o apartheid. (Páginas 165-166)

7) Caracterize o processo de independência nas colônias:


a) britânicas (Página 164)
b) francesas (Página 168)
c) belgas (Página 168)
d) portuguesas (Página 168)
8) Relacione a criação do Estado de Israel com o atual conflito árabe-israelense (Página 169).

RESPOSTAS:
Capítulo 9: Pós-guerra e novos confrontos

1-Em Potsdam, decidiu-se oficialmente que o território alemão seria dividido em quatro zonas de
ocupação: uma francesa, outra britânica, uma terceira estadunidense e uma quarta soviética.
Posteriormente, em 1949, o território da Alemanha foi dividido em dois países:
● República Federal Alemã (RFA ou Alemanha Ocidental), com capital em Bonn, sob a influência dos
Estados Unidos;
● República Democrática Alemã (RDA ou Alemanha Oriental), com capital em Berlim, sob a influência
da União Soviética.
O crescente clima de hostilidade e disputa entre os governos dos Estados Unidos e da União Soviética
caracterizou o pós-guerra e levou à divisão da cidade de Berlim em duas partes:
● Berlim Ocidental, sob influência estadunidense;
● Berlim Oriental, sob influência soviética.
Nos primeiros anos do pós-guerra, devido ao apoio financeiro dos Estados Unidos, a parte ocidental da
cidade de Berlim foi rapidamente reconstruída. Por sua prosperidade econômica, logo se tornou um lugar
atrativo para os alemães da parte oriental, que viviam sob contida economia socialista. Isso gerou um
fluxo migratório para o lado ocidental.
Para impedir essa migração, em agosto de 1961, o governo da Alemanha Oriental construiu uma imensa
cerca, mais tarde substituída por um muro de concreto, isolando os dois lados de Berlim.
A partir de 1985, o regime político da República Democrática Alemã passou por um acelerado processo
de reformas liberalizantes. Um dos momentos mais significativos desse processo foi o anúncio oficial, em
9 de novembro de 1989, da abertura das fronteiras entre as Alemanhas Ocidental e Oriental. Essa decisão
levou à queda do Muro de Berlim, símbolo da separação entre os blocos capitalista e socialista.
Com a queda do muro e a continuidade das reformas democráticas no lado oriental, processou-se a
reunificação das duas Alemanhas, concluída em 3 de outubro de 1990.

2-O Plano Marshall, destinava gigantescos recursos financeiros para a recuperação econômica dos países
capitalistas ocidentais. Ficou conhecido por esse nome porque foi elaborado pelo secretário de Estado do
governo Truman, o general George Marshall.
O Plano fazia parte da Doutrina Truman, que pregava a defesa do mundo capitalista e democrático pelos
Estados Unidos contra a ameaça comunista.

3-A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em junho de 1945, quando representantes de 51
países, inclusive do Brasil, assinaram a Carta das Nações Unidas, que entrou em vigor no dia 24 de
outubro de 1945 – data em que se comemora mundialmente o Dia das Nações Unidas. Os princípios
básicos estabelecidos no documento são: a manutenção da paz e da segurança internacionais; o
desenvolvimento de relações amistosas entre as nações; o estímulo à cooperação entre os países na busca
de soluções para problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural e humanitário; e a
promoção do respeito aos direitos humanos.

4-Disputando áreas de influência em várias regiões do mundo, soviéticos e estadunidenses geraram um


período de graves tensões políticas, que ficou conhecido como Guerra Fria. Entre os principais alvos dos
governos dos Estados Unidos e da União Soviética nesse período estavam os países subdesenvolvidos
como eram então chamadas as nações mais pobres da América Latina, da Ásia e da África.
Iniciada por volta de 1946, a Guerra Fria caracterizou-se pela rivalidade, por vezes extrema, entre esses
dois países, cujos governantes acusavam-se mutuamente de pretender dominar o mundo. Prevendo um
eventual confronto militar direto, que nunca ocorreu de fato, os blocos rivais trataram de aumentar suas
forças, com a formação de alianças militares supranacionais e a corrida nuclear armamentista.

5-Em 1949, sob a liderança estadunidense, formou- se uma aliança militar entre as forças dos EUA e da
Europa Ocidental, que ficou conhecida como Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Com a
formação dessa aliança, os sucessivos governos estadunidenses passaram a promover a instalação de
armas nucleares na Europa Ocidental, que ficaram sob o controle das forças da Otan. Era uma preparação
para um possível conflito militar com os soviéticos.
Em 1955, os governos socialistas da Europa Orietal também resolveram formar uma aliança de ajuda
militar mútua, como resposta à Otan. Tal aliança, que ficou conhecida como Pacto de Varsóvia, pois o
tratado de sua criação foi assinado na capital polonesa, foi extinta em 1991.

6-O clima de rivalidade da Guerra Fria, somado aos interesses dos setores bélicos, levou à chamada
corrida armamentista. Essa disputa foi responsável pelo assombroso desenvolvimento de armas nucleares
que, se acionadas, poderiam provocar a completa destruição do planeta.
Os Estados Unidos foram os primeiros a produzir e utilizar armas nucleares, já no final da Segunda
Guerra, estabelecendo a supremacia bélica do país. A União Soviética desenvolveu seu primeiro artefato
militar atômico em 1949. A partir dos anos 1950, ambos passaram a acumular arsenais nucleares, numa
estratégia militar que foi chamada de “equilíbrio pelo terror”.
A Guerra Fria também se manifestou na rivalidade técnico-científica entre Estados Unidos e União
Soviética, cuja expressão máxima foi a corrida espacial: quem lançaria o primeiro satélite? Quem faria o
primeiro voo espacial tripulado por astronautas? Quem pousaria primeiro na Lua?
A União Soviética foi o primeiro país a lançar um satélite artificial no espaço. Tratava-se do Sputnik,
lançado em 1957. Quatro anos depois, os soviéticos promoveram o primeiro voo espacial tripulado por
um astronauta. A bordo da nave Vostok I, Yuri Gagarin foi o primeiro homem a fazer o voo orbital em
torno da Terra – e a descobrir que a Terra é azul.
Apesar desse pioneirismo soviético, foram os Estados Unidos que, em 1969, enviaram o primeiro
astronauta à Lua. Ao caminhar no solo lunar, Neil Armstrong disse: “Este é um pequeno passo para o
homem, mas um grande salto para a humanidade”.

7-Em um dos períodos mais tensos da Guerra Fria, ocorreu um violento conflito na Coreia, envolvendo as
duas superpotências do pós-guerra.
Terminado o conflito mundial, tropas dos EUA e da URSS ocuparam a península coreana e a dividiram
entre si, com base no paralelo 38:
● ao norte desse paralelo, a península ficou sob a influência soviética;
● ao sul, sob a influência dos Estados Unidos.
Essa divisão seria mantida até a realização de eleições gerais, quando se deliberaria sobre a unificação do
país. Entretanto, uma série de hostilidades entre o norte e o sul impediu que elas ocorressem, culminando
com a invasão da Coreia do Sul (capitalista) pela Coreia do Norte (socialista), em 25 de junho de 1950.
Para conter essa invasão, forças militares lideradas pelos EUA intervieram diretamente no conflito e
conseguiram deter os norte-coreanos, obrigando-os a recuar até o território chinês.
Tropas chinesas entraram na guerra, apoiando o exército norte-coreano. As tropas da Coreia do Norte
iniciaram, então, uma contraofensiva e recuperaram todo o território conquistado pelos sul-coreanos,
avançando até a cidade de Seul. Posteriormente, Seul foi reconquistada pelas forças da Coreia do Sul,
com a ajuda de seus aliados estadunidenses.
Em 1953, aceleraram-se as negociações de paz. O cessar-fogo foi formalizado em 27 de julho de 1953.
Os governantes das duas Coreias, com o aval da ONU, restabeleceram o paralelo 38 como fronteira entre
os dois países.

8-A partir de 1989, sob o impulso de reformas voltadas para a reestruturação da economia (perestroika) e
a liberalização política (glasnost), promoveu-se a abertura político-econômica do Leste Europeu. Os
governos comunistas foram derrubados e o comando russo abolido. Uma série de transformações políticas
e econômicas difundiu-se pela URSS e pela Europa Oriental, levando à queda do Muro de Berlim (1989),
à unificação das duas Alemanhas (1990) e ao desmembramento da União Soviética (1991). Esses
episódios foram apontados como eventos marcantes do fim da Guerra Fria.

9-Movimento político que deriva do nome do senador Joseph McCarthy, que dirigia a comissão do
Senado dos EUA nos anos 1950, caracterizado por perseguir artistas, escritores e intelectuais acusados de
atividades antiamericanas e envolvimento com ideias comunistas.
Capítulo 10: África, Ásia e Oriente Médio

1-Diversas condições contribuíram para a descolonização e independência das colônias da África, da


Ásia, do Oriente Médio e da Oceania. Entre elas:
● movimentos emancipacionistas e nacionalistas;
● crise econômica europeia;
● consciência anticolonialista e anti-imperialista;
● Guerra Fria;
● criação da ONU.

2-Convocada pelos líderes da Indonésia, da Índia, da Birmânia (atual Mianmar), do Ceilão (hoje
SriLanka) e do Paquistão – países que haviam alcançado a independência poucos anos antes –, essa
conferência constituiu um marco importante na organização política dos países do então chamado
Terceiro Mundo (considerados “subdesenvolvidos”).
Quando a Conferência de Bandung se realizou, 14 países asiáticos já tinham conseguido sua emancipação
política. A maioria das nações africanas, no entanto, ainda se encontrava submetida à dominação colonial.
Mas nos anos seguintes à conferência, o processo de descolonização da África se acelerou e, até o ano de
1960, 23 países africanos já haviam conquistado a independência. Até 1980, outras 23 nações africanas e
mais 12 países asiáticos e oceânicos alcançaram igual destino.

3-A partir do século XVIII, a Índia passou a ser explorada pela Companhia Inglesa das Índias Orientais, e
no século XIX foi incorporada ao Império Britânico. Era então considerada a “joia da Coroa”, tanto pela
grandeza de seu território e pela riqueza de seus recursos quanto pela população numerosa que já
apresentava, e constituía importante mercado consumidor para os produtos industrializados ingleses.
Embora a cultura e o idioma ingleses tenham se tornado fatores de união entre os indianos, as autoridades
britânicas enfrentaram, desde o início, diversas rebeliões anticoloniais.
As atividades pró-autonomia da Índia contaram com a participação de Mahatma Gandhi, que se
transformaria no principal líder indiano opositor à dominação britânica. Ele pregou e praticou a
desobediência civil contra as autoridades metropolitanas por meio do não pagamento de impostos e da
rejeição aos produtos industriais da Grã-Bretanha. O propósito era debilitar o adversário sem utilizar a
violência, sem derramar sangue.
Mahatma Gandhi praticou a estratégia da não violência ativa, considerando o princípio da não agressão
como uma forma de mudar as pessoas e a sociedade.

4-A Indochina, região da Ásia dominada pela França desde 1860, foi ocupada pelos japoneses durante a
Segunda Guerra Mundial. Após a derrota do Japão no conflito, o governo francês tentou recuperar seu
domínio sobre a antiga colônia, mas teve de enfrentar a resistência dos movimentos nacionalistas que
lutavam pela independência. Deflagrou-se, então, a Guerra da Indochina (1946-1954), em que se destacou
a liderança de Ho Chi Minh, do movimento de libertação Vietminh. A guerra terminou com um acordo
internacional, celebrado em Genebra, pelo qual a península indochinesa foi dividida em três países
independentes: Laos, Camboja e Vietnã.

5-Ficou determinado também que o Vietnã ficaria dividido temporariamente em duas zonas: uma ao norte
e outra ao sul.
● República Democrática do Vietnã – ao norte, com capital em Hanói e liderada por Ho Chi Minh,
recebia o apoio dos governos do bloco socialista (China e União Soviética).
● República do Vietnã – ao sul, com sede em Saigon e liderada pelo general Ngô Dinh Diem, era apoiada
pelo governo dos Estados Unidos.
Para sustentar o governo de Saigon, no entanto, o governo dos EUA decidiu intervir militarmente na
região, em 1964. Teve início, então, a Guerra do Vietnã, conflito que envolveu também o Laos e o
Camboja e que costuma ser interpretado por alguns historiadores como um desdobramento da Guerra da
Indochina.
A Guerra do Vietnã foi marcada pelo envolvimento direto de mais de 540 mil soldados dos Estados
Unidos na região, combatendo as forças da FLN. Dispondo de recursos precários, essas forças utilizavam
táticas de guerrilha e foram, aos poucos, avançando sobre os adversários e arrastando o conflito.
Nos Estados Unidos, a Guerra do Vietnã causava impactos na opinião pública, que acompanhava pela
imprensa as mortes dos soldados e as cenas de violência transmitidas pela TV. O governo dos EUA foi
gradativamente retirando seus soldados do Vietnã e iniciando negociações de paz. Em 1973, realizou a
retirada da última tropa, depois de firmar o Acordo de Paris.

6-Desde o século XIX, a África do Sul foi dominada por representantes da minoria branca de origem
europeia (19% da população total), que, no século seguinte, promoveram a independência política do
país. Antes mesmo da independência, essa minoria branca havia imposto à maior parte da população sul-
africana, composta por negros, um regime de segregação racial conhecido como apartheid. Nesse regime,
os negros eram forçados a viver separadamente dos brancos. Além disso, a população negra não tinha os
mesmos direitos políticos e econômicos que a branca.
O apartheid desencadeou inúmeras revoltas de grupos negros, além de provocar a indignação da opinião
pública internacional. Líderes negros, como Nelson Mandela e Bantu Steve Biko, foram punidos por seu
ativismo político.
Somente em junho de 1991, o governo da África do Sul, cedendo a pressões antirracistas e bloqueios
internacionais, começou a revogar o apartheid. O presidente Frederik de Klerk instituiu reformas
democráticas e, em 22 de dezembro de 1993, o Parlamento (ainda dominado por brancos) aprovou o
projeto de Constituição que estabelecia a democracia plena e punha fim ao apartheid.

7-a)Nas regiões de colonização britânica, os movimentos pela independência caracterizaram-se, em geral,


pela ruptura pacífica. Foram os casos, por exemplo, de Gana, Nigéria, Serra Leoa e Gâmbia.
No Quênia, entretanto, a emancipação política foi precedida de conflitos violentos – conhecidos como
Revolta dos Mau-Mau – devido à resistência da população branca local, que detinha 25% das terras mais
férteis do país.

b)O governo francês procurou negociar formas pacíficas de ruptura com diversas colônias, como
Camarões, Senegal, Madagascar, Costa do Marfim e Mauritânia. Em 1960, o império colonial francês na
África estava praticamente desfeito.

c)As regiões africanas que estavam sob dominação belga – que correspondem aos atuais países da
República Democrática do Congo, de Ruanda e de Burundi – obtiveram, de modo geral, sua emancipação
de forma não militar, mas foram assoladas por disputas políticas internas ou conflitos étnicos
extremamente violentos.

d)Uma das últimas regiões da África a conquistar independência foi a que se encontrava sob dominação
portuguesa. Isso porque o ditador António Salazar, que governou Portugal de 1932 a 1968, manteve o
país isolado da onda liberal que se espalhou pelo mundo no pós-guerra, evitando as pressões
anticolonialistas. O regime autoritário prolongou-se pelo governo de Marcelo Caetano até 1974.
A resistência portuguesa à descolonização africana somente se desfez com a revolução de 25 de abril de
1974, conhecida como Revolução dos Cravos, que pregava o estabelecimento da democracia em Portugal
e o fim do colonialismo.
O fim do regime salazarista abriu caminho para a independência das colônias portuguesas de Guiné-
Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Angola.

8-Grupos de judeus europeus começaram a adquirir, desde então, terras na Palestina. Ali, fundaram
diversas colônias agrícolas, tendo como objetivo estabelecer o sonhado Estado judaico independente.
Devido à perseguição nazista, milhares de judeus europeus migraram para a Palestina, aumentando a
colonização judaica na região. O fim da guerra e a morte de cerca de 6 milhões de judeus pelos nazistas
(um terço da população judaica no mundo) abalaram a opinião pública mundial. Esse impacto contribuiu
para que fosse aprovada, pela ONU, a criação de um Estado judaico na Palestina, em 29 de novembro de
1947. Com base na decisão da ONU, o líder judeu David Ben Gurion proclamou a criação do Estado de
Israel, em maio de 1948. A partir dessa data, milhares de judeus de todo o mundo migraram para Israel.
Isso provocou conflitos com a população árabe que habitava a região havia muitas gerações e há décadas
reivindicava a criação de um Estado palestino independente. Assim, teve início a longa série de conflitos
entre árabes e israelenses.

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