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A Guerra Fria foi um conflito político-ideológico que foi travado entre Estados Unidos (EUA) e União Soviética (URSS),

entre 1947 e 1991. O conflito travado entre esses dois países foi responsável por polarizar o mundo em dois grandes blocos, um alinhado ao capitalismo e outro alinhado ao comunismo. Ao longo da segunda metade do século XX, a polarização mundial resultou em uma série de conflitos de pequena e média
escala em diferentes locais do mundo. Esses conflitos contavam, muitas vezes, com o envolvimento indireto de EUA e URSS, a partir do financiamento, da disponibilização de armas e do treinamento militar. Contudo, nunca houve um confronto aberto entre americanos e soviéticos, sobretudo pela possibilidade de destruição do planeta em larga escala caso houvesse um conflito entre os dois. Apesar dos discursos afiados e da
intensa atuação estratégica para manter sua zona de influência, americanos e soviéticos foram cautelosos ao extremo e evitaram um conflito contra o outro. Leia também: Revolução Russa — o acontecimento que levou à formação da União Soviética Resumo sobre a Guerra Fria A Guerra Fria foi um conflito político-ideológico entre Estados Unidos e União Soviética que aconteceu na segunda metade do século XX. Foi causada pela
rivalidade ideológica existente entre os EUA e a URSS após a Segunda Guerra Mundial. O consenso dos historiadores é que o marco inicial do conflito foi um discurso feito por Harry Truman, presidente estadunidense, em 1947. A polarização do mundo entre duas potências, bem a corrida armamentista e espacial são algumas das características desse conflito. A Guerra da Coreira, a Crise dos Mísseis em Cuba e a Guerra do Vietnã
foram acontecimentos marcantes durante a Guerra Fria. A Guerra Fria teve fim com a dissolução da União Soviética em 1991. Causas da Guerra Fria A Guerra Fria foi iniciada logo após a Segunda Guerra Mundial e existe um debate acirrado entre os historiadores a respeito de como foi iniciado esse conflito político-ideológico. De toda forma, existe um certo consenso de que o marco que iniciou a Guerra Fria seja o discurso
realizado pelo presidente americano, Harry Truman, em 1947. Esse discurso de Truman foi realizado no Congresso americano e, nessa ocasião, o presidente americano solicitava verbas para que os Estados Unidos pudessem se engajar para evitar o avanço do comunismo na Europa. Na visão de Truman, era papel dos EUA liderar a luta contra o avanço do comunismo no continente europeu. Esse discurso deu início ao que ficou
conhecido como Doutrina Truman, que consistiu no conjunto de medidas tomadas pelos EUA para conter o avanço do comunismo. A primeira ação tomada por essa doutrina foi o Plano Marshall, plano de recuperação econômica da Europa com o qual os americanos forneceriam grandes somas de dinheiro para os países interessados. A atuação dos Estados Unidos na Europa por meio da Doutrina Truman justifica-se única e
exclusivamente pelo discurso alarmista que apresentava a URSS como uma potência expansionista e que procuraria conquistar todo o continente europeu sob a égide do comunismo. Os americanos sabiam que os problemas econômicos da Europa no pós-guerra eram um campo fértil para o crescimento da ideologia comunista lá. Não pare agora... Tem mais depois da publicidade ;) Ainda assim, historiadores como Eric Hobsbawm e
Isaac Deutscher argumentam que a União Soviética não era uma nação expansionista e não demonstrava interesse em atuar fora da sua zona de influência (o Leste Europeu). Esses historiadores apontam que a União Soviética não tinha interesses em financiar e apoiar movimentos comunistas armados em outras partes do mundo e que a postura soviética no pós-guerra era abertamente defensiva por causa da destruição do país
como consequência da Segunda Guerra Mundial. A ideia por trás da ação americana em impor-se como nação hegemônica na Europa e no mundo é explicada pelos interesses de Truman em manter elevados os índices de crescimento econômico do país. Assim, o discurso maniqueísta praticado pelos americanos começou a ser praticado também pelos soviéticos, e as relações dos dois países em nível internacional passaram a ser
baseadas no boicote. Além disso, existem evidências que apontam que o governo soviético não tinha interesse em expandir-se territorialmente e tinha o objetivo de assegurar apenas a sua área de influência. Isso de fato aconteceu e, na Segunda Guerra, os locais invadidos pelo Exército Vermelho, que era o exército soviético, foram transformados em Estados-satélites do regime comunista de Moscou. Características da Guerra Fria
A Guerra Fria estendeu-se de 1947 a 1991 e algumas características desse período podem ser destacadas. Polarização do mundo: a disputa travada entre americanos e soviéticos resultou em uma forte polarização do mundo que afetava as relações internacionais dessas nações como um todo. Houve uma tentativa de criar um movimento não alinhado em que algumas nações procuravam seguir um caminho independente sem
necessariamente se vincular com alguma das duas potências. Corrida armamentista: a procura pela hegemonia internacional fez com que as duas potências investissem bastante no desenvolvimento de novas tecnologias bélicas. Assim, no período, o número de armas nucleares e termonucleares produzidas disparou. Corrida espacial: a corrida espacial foi um dos campos de disputa entre americanos e soviéticos e, ao longo da
década de 1960, inúmeras expedições espaciais foram realizadas. Para saber mais sobre esse aspecto, clique aqui. Interferência estrangeira: tanto americanos quanto soviéticos interferiram em assuntos internos de diferentes países do planeta. Dois exemplos são a interferência americana na política brasileira na década de 1960 e a interferência militar no Afeganistão na década de 1980. Acontecimentos importantes da Guerra Fria
A Guerra Fria criou um clima de forte tensão internacional a respeito da possibilidade de um conflito aberto entre americanos e soviéticos. A existência de armamentos nucleares e termonucleares sob a posse desses países tornava essa expectativa de um conflito muito mais pavorosa, pois um conflito desse tipo causaria a aniquilação da humanidade. Ao longo das décadas da Guerra Fria, houve inúmeros momentos de tensão que
serão destacados a seguir. Revolução Chinesa Soldados comunistas chineses durante a Guerra Civil Chinesa, em 1946. Soldados comunistas chineses durante a Guerra Civil Chinesa, em 1946. A Guerra Civil Chinesa, que se arrastava desde a década de 1920, retornou com força depois da Segunda Guerra Mundial, e o fortalecimento dos comunistas, liderados por Mao Tsé-tung, levou os americanos a apoiar os nacionalistas,
liderados por Chiang Kai-shek. A vitória dos comunistas, conhecida como Revolução Chinesa, em 1949, alarmou os americanos sob a possibilidade de que o comunismo fosse disseminado pelo continente asiático por meio da influência chinesa. Para saber mais sobre a Revolução Chinesa, clique aqui. Guerra da Coreia Primeiro momento de grande tensão após a Segunda Guerra Mundial. Esse conflito iniciou-se em 1950, quando
os comunistas norte-coreanos, apoiados por chineses e soviéticos, invadiram o território sul-coreano, apoiados pelos americanos. O objetivo era reunificar a Península da Coreia sob a liderança dos comunistas. Esse conflito contou com o envolvimento direto de soldados americanos, mas ao longo do conflito nenhum dos dois lados sobressaiu-se e o conflito teve fim, em 1953, com um armistício que ratificou a divisão das Coreias –
divisão que existe até hoje. Os soviéticos também participaram desse conflito, mas os americanos não tomaram nenhuma ação, pois queriam evitar um conflito direto. Para saber mais sobre a Guerra da Coreia, clique aqui. Crise dos Mísseis em Cuba Mísseis soviéticos sendo escoltados por embarcação americana durante a Crise dos Mísseis, em 1962. Mísseis soviéticos sendo escoltados por embarcação americana durante a Crise
dos Mísseis, em 1962. A Crise dos Mísseis foi o momento de maior tensão entre as duas potências da Guerra Fria e se passou em 1962. Naquele ano, o serviço de inteligência dos EUA descobriu que a URSS estava instalando uma base de mísseis em Cuba, país que havia passado por uma revolução nacionalista em 1959. A inteligência americana sabia que os mísseis soviéticos representavam pouca ameaça para os EUA, mas o
presidente americano sabia que a questão teria repercussão negativa sob seu governo e decidiu intervir. O governo americano disse aos soviéticos que se os mísseis não fossem retirados, seria declarada guerra. As negociações arrastaram-se durante semanas e os dois lados chegaram a um acordo. Os soviéticos decidiram retirar os mísseis de Cuba e os americanos aceitaram retirar seus mísseis instalados na Turquia. Para saber
mais sobre a Crise dos Mísseis, clique aqui. Guerra do Vietnã A Guerra do Vietnã foi um conflito travado entre 1959 e 1975 entre Vietnã do Norte e Vietnã do Sul e ambos lados procuravam unificar o país sob seu controle. Os americanos entraram nesse conflito, em 1965, e enviaram milhares de soldados ao Vietnã. Essa guerra foi extremamente impopular nos EUA, e os americanos retiraram-se do conflito, sem alcançar seus
objetivos, em 1973. Os comunistas tomaram o controle do país, em 1976, logo após vencerem a guerra. Para saber mais sobre a Guerra do Vietnã, clique aqui. Guerra do Afeganistão de 1979 O Afeganistão é mencionado por muitos como o “Vietnã da União Soviética”. Esse conflito foi travado entre 1979 e 1989 e se iniciou quando os soviéticos invadiram o Afeganistão para apoiar o governo comunista daquele país contra rebeldes
islâmicos. A invasão soviética levou os americanos a financiarem e treinarem os rebeldes islâmicos e esse conflito foi extremamente penoso para os soviéticos que se retiraram em 1989. Para saber mais sobre a Guerra do Afeganistão, clique aqui. Cooperação política e militar durante a Guerra Fria Ao longo dos anos da Guerra Fria, americanos e soviéticos procuraram coordenar ações para concentrar o seu poder sob sua zona de
influência. Uma das estratégias utilizadas foi a criação de formas de cooperação econômica e militar dos quais destacam-se o Plano Marshall e a Comecon, no âmbito econômico, e a OTAN e o Pacto de Varsóvia, no âmbito político-militar. Plano Marshall e Comecon O Plano Marshall, conforme mencionado, foi um plano de cooperação econômica mediante o qual os americanos disponibilizavam grandes somas de dinheiro para
financiar a reconstrução dos países destruídos por conta da Segunda Guerra Mundial. O projeto defendia a ideia que apoiar o desenvolvimento econômico de determinados países ajudaria a conter o avanço do comunismo. Em contrapartida, os soviéticos criaram o Conselho para Assistência Econômica Mútua, mais conhecido como Comecon (sigla em inglês). Nesse plano, as nações do bloco comunista, agrupadas sob a liderança
dos soviéticos. Esse plano foi criado pelos soviéticos para evitar que o Plano Marshall seduzisse as nações do bloco comunista a aliarem-se com os americanos. Otan e Pacto de Varsóvia No campo militar, foi criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em 4 de abril de 1949. A ideia da Otan era criar uma aliança militar de países alinhados aos Estados Unidos visando a impedir uma posição de agressão dos
soviéticos. A Otan foi uma forma de os EUA imporem a sua hegemonia sobre o continente europeu. Na mesma proposta, os soviéticos criaram o Pacto de Varsóvia, em 1955. A ideia era garantir a segurança das nações do bloco comunista e evitar uma possível agressão realizada pelos estadunidenses. Assim, se uma nação fosse agredida, todas as outras se mobilizariam em defesa dela. Alemanha na Guerra Fria No caso da
Alemanha, a Guerra Fria teve impactos muito maiores do que em grande parte do mundo. Isso porque ao final da Segunda Guerra a Alemanha foi dividida em zonas de influência de soviéticos, americanos, franceses e britânicos. Essa divisão teve reflexos no futuro do país que acabou sendo dividido em duas nações: República Democrática Alemã (RDA), alinhada à União Soviética e conhecida como Alemanha Oriental; República
Federal da Alemanha (RFA), alinhada aos Estados Unidos e conhecida como Alemanha Ocidental. A cidade de Berlim também foi dividida e transformou-se na capital das duas Alemanhas. O lado oriental era comunista e o lado ocidental era o capitalista. Ao longo da década de 1950, milhares de cidadãos da Alemanha Oriental começaram a mudar-se para Berha Oriental e deu início à reunificação alemã.[1] Os primeiros sinais
manifestaram-se na Alemanha Oriental, Hungria e Polônia. Os alemães derrubaram o Muro de Berlim, no final de 1989, e promoveram a reunificação da Alemanha, os húngaros abriram as fronteiras do país com o Ocidente e os poloneses elegeram o primeiro governo não comunista desde a Segunda Guerra. A União Soviética começou a promover a abertura da sua economia no governo de Mikhail Gorbachev por meio da Glasnost
e Perestroika. Logo, as nações que formavam a URSS começaram a se mobilizar pela sua independência. Em 25 de dezembro de 1991, Gorbachev renunciou e, no dia seguinte, a União Soviética foi dissolvida. Em sequência, uma série de países conquistaram a sua independência, tais como Ucrânia, Bielorrússia, Armênia etc. Esses países reuniram-se na Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e realizaram a transição
para o capitalismo.lim Ocidental. Para impedir essa fuga de cidadãos, as autoridades da União Soviética e da Alemanha Oriental decidiram construir um muro isolando Berlim Ocidental. Durante 28 anos, o Muro de Berlim separou os dois lados da cidade de Berlim e, por isso, converteu-se em um grande símbolo da Guerra Fria. Leia também: Revolução Cubana — o processo revolucionário que ocorreu em Cuba e levou o país a
aproximar-se da URSS Fim da Guerra Fria A Guerra Fria teve fim com a dissolução da União Soviética, que ocorreu em 26 de dezembro de 1991. O fim da URSS foi resultado da grande crise econômica e política que atingiu aquele país a partir da década de 1970. A falta de ações para resolver os problemas do bloco comunista foram responsáveis por levar o país ao fim. A economia soviética demonstrava, já na década de 1970,
claros sinais de esgotamento e o país era mais atrasado em relação às grandes potências. A indústria soviética estava em queda, a produção agrícola era insuficiente e os indicadores sociais começaram a regredir demonstrando um claro empobrecimento do país. A disparada no valor do petróleo criou uma falsa sensação de prosperidade no começo da década de 1980 e, por isso, o país não passou por reformas importantes em
sua economia. Além disso, a sociedade soviética não tinha acesso a tecnologias que garantiam avanço na qualidade de vida no ocidente e a corrupção tornava tudo pior. Dois acontecimentos na década de 1980 acabaram agravando a situação do país. A invasão do Afeganistão forçou a União Soviética a gastar milhões na luta contra os rebeldes islâmicos e, em 1986, o acidente nuclear em Chernobyl causou morte e destruição,
além de forçar os soviéticos a gastarem altas somas para conterem os efeitos do acidente nuclear. A situação econômica ruim contribuiu para aumentar a insatisfação da sociedade com os governos comunistas. Em todo o bloco, a pouca liberdade de expressão e o autoritarismo manifestado pelos governos comunistas era uma realidade, e a insatisfação com a crise econômica e a questão política fizeram surgir movimentos de
oposição por todo o bloco comunista. A queda do Muro de Berlim, em 1989, simbolizou o fim da Alemanha Oriental e deu início à reunificação alemã.* A queda do Muro de Berlim, em 1989, simbolizou o fim da Aleman O Oriente Médio, também chamado de Médio Oriente, é uma região do globo que abrange alguns países da Ásia e um da África. Possui uma população de cerca de 270 milhões de pessoas sendo que a maior parte
são árabes. Oriente Médio - localização Mapa Mundi com destaque para a região do Oriente Médio Essa região abrange algumas capitais e grandes cidades como o Cairo (Egito), Istambul (Turquia), Ancara (Turquia), Teerã (Irã), Bagdá (Iraque), Riad (Arábia Saudita) e Dubai (Emirados Árabes Unidos). Ali, diversas populações da antiguidade se desenvolveram, como por exemplo, os mesopotâmicos e os egípcios. Sua história,
desde então, esteve repleta de alianças e conflitos que originaram essa região. Note que parte da Turquia está localizada na Europa, sendo o único país do Oriente Médio nesse continente. Características Gerais Localização O Oriente Médio está localizado entre os mares Mediterrâneo, Negro, Cáspio, Arábico e o Vermelho. Possui uma área aproximada de 7.200.000 km2 abrangendo mais de 15 territórios. Mapa e Países Oriente
Médio - Mapa Mapa dos países do Oriente Médio Os países que fazem parte do Oriente Médio são: Egito Israel Líbano Palestina Jordânia Síria Turquia Iraque Barein Kuwait Arábia Saudita Emiratos Árabes Unidos Omã Iêmen Catar Chipre Irã Note que esses países e o estado da Palestina estão inclusos na definição tradicional de Oriente Médio. O G8, por exemplo, já inclui o Afeganistão, o Paquistão e alguns países da África do
Norte. Clima Os climas predominantes no Oriente Médio são o semiárido e o desértico. Ambos são marcados por elevadas temperaturas e baixo índice pluviométrico. Assim, trata-se de uma região muito seca onde a umidade relativa do ar é baixa. Dois importantes desertos estão localizados na região: o deserto da Arábia (na Península Arábica) e o deserto do Saara (no Egito). Deserto da Arábia Deserto da Arábia Nas regiões onde
o clima semiárido é predominante, o índice pluviométrico costuma ser um pouco maior. Vegetação Visto o clima hostil que possui, a vegetação da região é escassa. É marcada por plantas com raízes profundas, algumas árvores, gramíneas e cactáceas. Essas plantas desenvolveram formas de sobreviver nesse tipo de ambiente, retendo água durante grande parte do tempo. Onde o clima semiárido prevalece, encontram-se mais
vegetações nos locais de pradarias e estepes. No litoral, a vegetação é ainda mais abundante, com presença de arbustos e árvores. Isso porque a umidade, por estar próxima do mar, é mais elevada, o que favorece o desenvolvimento de mais plantas. Hidrografia Um dos fatores de desenvolvimento desse clima e vegetação presentes no Oriente médio deve-se ao pequeno número de rios que atravessam a região. Os principais são o
Tigre e o Eufrates, localizados na região conhecida como Crescente Fértil. Além deles, merecem destaque o rio Jordão e o rio Nilo. Crescente Fértil Região do Crescente Fértil (em rosa) e a localização dos rios Tigres e Eufrates Feita essa observação, devemos ressaltar que a água na região é escassa, o que pode levar ao desenvolvimento de mais conflitos que envolvem esse recurso natural. Cultura O Oriente Médio possui uma
cultura religiosa muito forte. Isso porque foi ali que se desenvolveram diversas religiões desde o cristianismo, judaísmo e o islamismo. Portanto, o local abriga diversos templos e locais religiosos, como Meca e Jerusalém. Cúpula da Rocha Cúpula da Rocha, um dos lugares sagrados de Jerusalém e exemplo da arquitetura islâmica É uma região muito diversa que abriga diversas etnias, sendo que a mais destacada é a árabe. Isso faz
com que o local seja um amplo complexo cultural. Leia também: Cultura Árabe Cultura Muçulmana Economia A região do Oriente Médio é um importante centro econômico do mundo. Um dos maiores motivos são as reservas de petróleo existentes, além de pedras preciosas. Arábia Saudita e Irã são os dois países que possuem as maiores reservas de petróleo do mundo. Além deles, são também exportadores de petróleo o Iraque,
Kuwait, Barein, Catar e Emirados Árabes Unidos. Saudi Aramco Instalações da Saudi Aramco, empresa de petróleo e gás na cidade de Dhahran, Arábia Saudita. Aproximadamente 60% das reservas mundiais desse minério estão localizadas aqui. Ainda que os dados demostrem que essas reservas gerem muitos lucros, grande parte da população que vive no Oriente médio é pobre. Ou seja, isso explica que há na região uma má
distribuição de renda. Outro setor que tem desenvolvimento na região é o setor agropecuário. Criação de animais e algumas plantações (cana-de-açúcar, arroz, trigo, etc.) são desenvolvidas em áreas onde o solo é mais fértil. Por fim, o turismo é também uma atividade que move a economia desses países com destaque para a Turquia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Israel. A cidade de Meca, na Arábia Saudita, apresenta
um turismo religioso muçulmano muito expressivo todos os anos. Nesse sentido, Jerusalém também se destaca como uma das cidades mais antigas do mundo e considerada sagrada para os cristãos, judeus e islamitas. Principais Conflitos Durante séculos muitos conflitos foram desenvolvidos nessa região, onde ocorre o contato entre três continentes. Podemos dizer que trata-se de um dos locais mais conflituosos do mundo. Vale
ressaltar que a maior parte deles está relacionada com a religião, ou melhor, com a intolerância religiosa. Devemos salientar também que, grande parte dos conflitos envolve a conquista de territórios pelos próprios países que compõem o Oriente Médio. Além disso, as condições climáticas da região fazem com que ela seja dependente da exportação de água e de outros produtos. Um dos mais destacados é o conflito entre árabes e
judeus que foi intensificado na modernidade, após a primeira guerra mundial. No entanto, foi somente após a segunda guerra que a ONU decidiu criar um estado para cada um deles. Diante dessa proposta, a Palestina foi dividida em duas partes, uma judia e outra árabe. Como os judeus ficaram com uma parte maior do território (cerca de 57%), os palestinos (árabes) ficaram descontentes com a partilha. Pouco tempo depois, em
1948, os judeus criaram o Estado de Israel e os árabes declararam guerra. Todavia, os palestinos foram derrotados e consequentemente, o território dos judeus cresceu ainda mais, cerca de 20%. Sem dúvida, esse ainda tem sido um dos maiores motivos para os duradouros conflitos sobre conquista de territórios na região. Merece destaque a faixa de Gaza, local disputado entre palestinos e israelenses. Outro conflito que merece
atenção é entre os sunitas e os xiitas. Ambos são muçulmanos e apresentam diferenças políticas e religiosas. Isso tem levado ao aumento da tensão em diversos países do Oriente Médio, sobretudo, o Irã e a Arábia Saudita. Além disso, o local continua sendo alvo de diversas guerras como a Guerra no Iraque, a Guerra na Síria, Guerra do Golfo, a Guerra dos Seis Dias, etc. A grosso modo, elas foram desenvolvidas por diversos
interesses políticos (incluindo Rússia e Estados Unidos) e ainda, por interesses econômicos, haja vista a região possuir um elevado potencial econômico. Região Norte A Região Norte é formada por 7 unidades de federação, sendo elas Acre (AC), Amapá (AP), Amazonas (AM), Pará (PA), Rondônia (RO), Roraima (RR) e Tocantins (TO), é a maior região em dimensão territorial, com aproximadamente 3.870.000 km², porém sua
população possui cerca de 17.800.000 habitantes (expectativa para 2016), tendo a menor densidade demográfica do país, com cerca de 4,5 habitantes/km². É a região com o maior número de população que se identifica como indígena. É composta pela floresta amazônica, maior floresta pluvial, também pela maior bacia hidrográfica, que recebe o nome de seu rio principal, a bacia do amazonas. Possui clima equatorial, responsável
por altas temperaturas e chuvas intensas por todo o ano. Região Nordeste A Região Nordeste é formada por 9 unidades de federação, sendo, Alagoas (AL), Bahia (BA), Ceará (CE), Maranhão (MA), Paraíba (PB), Pernambuco (PE), Piauí (PI), Rio Grande do Norte (RN) e Sergipe (SE). Possui a segunda maior população do país, com cerca de 56.900.00 habitantes (expectativa para 2016) distribuídos em um território de
aproximadamente 1.561.177,8 km², gerando uma densidade demográfica de 36,4 habitantes/km². Essa região é marcada pela forte presença do clima semiárido, característico do sertão nordestino, dificultando o desenvolvimento econômico a partir da agropecuária nessa sub-região, um dos motivos de uma grande migração dos habitantes para as demais regiões em busca de melhores qualidades de vida. A formação vegetal do
Nordeste é a caatinga, com características próprias para o clima seco da região. Suas outras sub-regiões são divididas entre zona da mata, agreste e meio norte, cada um com características específicas e transitórias. Região Centro-Oeste A Região Centro-Oeste é formada por 4 unidades de federação, sendo, o Distrito Federal (DF), Goiás (GO), Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS). Possui aproximadamente 1.612.000 km²
e uma população com cerca de 15.700.000 habitantes (expectativa para 2016), o que proporciona uma densidade demográfica de 9,7 habitantes/km². É a região em que se encontra o Distrito Federal, capital do país, onde se encontram os três poderes federais (executivo, judiciário e legislativo). Possui uma das maiores expansões agropecuárias do país, principalmente as voltadas a monoculturas, esse fator é um dos agravantes da
diminuição da vegetação local que é o cerrado, que possui características de vegetação morta e seca no período de escassez, mas durante as chuvas sua coloração volta ao verde. Seu clima é o tropical de altitude, pois se encontra no planalto central do país. Região Sudeste A Região Sudeste é formada por 4 unidades de federação, sendo. Espirito Santo (ES), Minas Gerais (MG), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). A região
brasileira com o maior número absoluto de pessoas e de densidade demografia, pois há cerca de 86.400.00 habitantes (expectativa para 2016) divididos em um território de aproximadamente 927.286km², o que resulta em uma densidade demográfica de 92,7 habitantes/km². É a região com maior industrialização, centros urbanos e consequentemente graves problemas sociais ligados ao desordenado e acelerado crescimento das
cidades. A grande expansão das cidades foi um dos fatores que levaram ao desmatamento em massa da Mata Atlântica, vegetação nativa presente em maior parte na região. Seu clima está entre Tropical Úmido e Tropical de Altitude, sendo o primeiro nas áreas litorâneas. Região Sul A Região Sul é formada por 3 unidades de federação, sendo, Paraná (PR), Rio Grande do Sul (RS) e Santa Catarina (SC). Com população
aproximada de 29.500.000 habitantes (expectativa para 2016) e área com cerca de 576.773,368 km², possui uma densidade demográfica de 51,1 habitantes/km². É a menor das regiões e com o menor número de unidades de federação, sua economia se destaca com as atividades agrícolas, já que os campos sulinos, vegetação da região, permite uma ampliação do uso de máquinas. Diferente das demais regiões brasileiras, se
encontra geograficamente abaixo do trópico de capricórnio, o que resulta em ter um clima subtropical. Contudo a atual divisão regional do Brasil está classificada pelo IBGE com o intuito de compreender os fatores socioeconômicos, mas ainda possui caráter demonstrativo a partir dos censos que o instituto realiza frequentemente para apresentar os dados de cada região e compreender suas separações socioeconômicas.

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