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CENTRO DE ENSINO MÉDIO TIRADENTES

AVALIAÇÃO DE RECUPERAÇÃO - 4º BIMESTRE/2023


Professor: EFREN CARLOS GONÇALVES SIRQUEIRA Disciplina: HISTÓRIA
Aluno(a): Série: 3ª Turma:

CONTEÚDO: GUERRA FRIA

A Guerra Fria foi o conflito político-ideológico responsável pela polarização do mundo na


segunda metade do século XX. EUA e URSS foram os protagonistas desse conflito.

A Guerra Fria foi um conflito político-ideológico que foi travado entre Estados Unidos (EUA) e União
Soviética (URSS), entre 1947 e 1991. O conflito travado entre esses dois países foi responsável por
polarizar o mundo em dois grandes blocos, um alinhado ao capitalismo e outro alinhado ao
comunismo.
Ao longo da segunda metade do século XX, a polarização mundial resultou em uma série de conflitos
de pequena e média escala em diferentes locais do mundo. Esses conflitos contavam, muitas vezes,
com o envolvimento indireto de EUA e URSS, a partir do financiamento, da disponibilização de armas
e do treinamento militar.

Contudo, nunca houve um confronto aberto entre americanos e soviéticos, sobretudo pela
possibilidade de destruição do planeta em larga escala caso houvesse um conflito entre os dois.
Apesar dos discursos afiados e da intensa atuação estratégica para manter sua zona de influência,
americanos e soviéticos foram cautelosos ao extremo e evitaram um conflito contra o outro.

Causas da Guerra Fria


Existe um debate acirrado entre os historiadores a respeito de como foi iniciado esse conflito político-
ideológico. De toda forma, existe um certo consenso de que o marco que iniciou a Guerra Fria seja o
discurso realizado pelo presidente americano, Harry Truman, em 1947.
Esse discurso de Truman foi realizado no Congresso americano e, nessa ocasião, o presidente
americano solicitava verbas para que os Estados Unidos pudessem se engajar para evitar o avanço do
comunismo na Europa. Na visão de Truman, era papel dos EUA liderar a luta contra o avanço do
comunismo no continente europeu.

Esse discurso deu início ao que ficou conhecido como Doutrina Truman, que consistiu no conjunto de
medidas tomadas pelos EUA para conter o avanço do comunismo. A primeira ação tomada por essa
doutrina foi o Plano Marshall, plano de recuperação econômica da Europa com o qual os americanos
forneceriam grandes somas de dinheiro para os países interessados.
A atuação dos Estados Unidos na Europa por meio da Doutrina Truman justifica-se única e
exclusivamente pelo discurso alarmista que apresentava a URSS como uma potência expansionista e
que procuraria conquistar todo o continente europeu sob a égide do comunismo. Os americanos
sabiam que os problemas econômicos da Europa no pós-guerra eram um campo fértil para o
crescimento da ideologia comunista lá.

Características da Guerra Fria


A Guerra Fria estendeu-se de 1947 a 1991 e algumas características desse período podem ser
destacadas.
•Polarização do mundo: a disputa travada entre americanos e soviéticos resultou em uma forte
polarização do mundo que afetava as relações internacionais dessas nações como um todo.
Houve uma tentativa de criar um movimento não alinhado em que algumas nações procuravam
seguir um caminho independente sem necessariamente se vincular com alguma das duas
potências.

•Corrida armamentista: a procura pela hegemonia internacional fez com que as duas potências
investissem bastante no desenvolvimento de novas tecnologias bélicas. Assim, no período, o
número de armas nucleares e termonucleares produzidas disparou.

•Corrida espacial: a corrida espacial foi um dos campos de disputa entre americanos e soviéticos
e, ao longo da década de 1960, inúmeras expedições espaciais foram realizadas.

•Interferência estrangeira: tanto americanos quanto soviéticos interferiram em assuntos internos


de diferentes países do planeta. Dois exemplos são a interferência americana na política brasileira
na década de 1960 e a interferência militar no Afeganistão na década de 1980.
Acontecimentos importantes da Guerra Fria

A Guerra Fria criou um clima de forte tensão internacional a respeito da possibilidade de um conflito
aberto entre americanos e soviéticos. A existência de armamentos nucleares e termonucleares sob a
posse desses países tornava essa expectativa de um conflito muito mais pavorosa, pois um conflito
desse tipo causaria a aniquilação da humanidade. Ao longo das décadas da Guerra Fria, houve
inúmeros momentos de tensão que serão destacados a seguir.

Guerra da Coreia
Primeiro momento de grande tensão após a Segunda Guerra Mundial. Esse conflito se iniciou em
1950, quando os comunistas norte-coreanos, apoiados por chineses e soviéticos, invadiram o
território sul-coreano, apoiados pelos americanos. O objetivo era reunificar a Península da Coreia sob
a liderança dos comunistas.

Esse conflito contou com o envolvimento direto de soldados americanos, mas ao longo do conflito
nenhum dos dois lados sobressaiu-se e o conflito teve fim, em 1953, com um armistício que ratificou
a divisão das Coreias – divisão que existe até hoje. Os soviéticos também participaram desse conflito,
mas os americanos não tomaram nenhuma ação, pois queriam evitar um conflito direto.

Crise dos Mísseis em Cuba


A Crise dos Mísseis foi o momento de maior tensão entre as duas potências da Guerra Fria e se
passou em 1962. Naquele ano, o serviço de inteligência dos EUA descobriu que a URSS estava
instalando uma base de mísseis em Cuba, país que havia passado por uma revolução nacionalista em
1959. A inteligência americana sabia que os mísseis soviéticos representavam pouca ameaça para os
EUA, mas o presidente americano sabia que a questão teria repercussão negativa sob seu governo e
decidiu intervir.
O governo americano disse aos soviéticos que se os mísseis não fossem retirados, seria declarada
guerra. As negociações arrastaram-se durante semanas e os dois lados chegaram a um acordo. Os
soviéticos decidiram retirar os mísseis de Cuba e os americanos aceitaram retirar seus mísseis
instalados na Turquia.

•Guerra do Vietnã

A Guerra do Vietnã foi um conflito travado entre 1959 e 1975 entre Vietnã do Norte e Vietnã do Sul
e ambos lados procuravam unificar o país sob seu controle. Os americanos entraram nesse conflito,
em 1965, e enviaram milhares de soldados ao Vietnã. Essa guerra foi extremamente impopular nos
EUA, e os americanos retiraram-se do conflito, sem alcançar seus objetivos, em 1973. Os comunistas
tomaram o controle do país, em 1976, logo após vencerem a guerra.
•Guerra do Afeganistão de 1979

O Afeganistão é mencionado por muitos como o “Vietnã da União Soviética”. Esse conflito foi
travado entre 1979 e 1989 e se iniciou quando os soviéticos invadiram o Afeganistão para apoiar o
governo comunista daquele país contra rebeldes islâmicos. A invasão soviética levou os americanos a
financiarem e treinarem os rebeldes islâmicos e esse conflito foi extremamente penoso para os
soviéticos que se retiraram em 1989.

Cooperação política e militar durante a Guerra Fria

Ao longo dos anos da Guerra Fria, americanos e soviéticos procuraram coordenar ações para
concentrar o seu poder sob sua zona de influência. Uma das estratégias utilizadas foi a criação de
formas de cooperação econômica e militar dos quais destacam-se o Plano Marshall e a Comecon, no
âmbito econômico, e a OTAN e o Pacto de Varsóvia, no âmbito político-militar.

A.Plano Marshall e Comecon

O Plano Marshall, conforme mencionado, foi um plano de cooperação econômica mediante o qual os
americanos disponibilizavam grandes somas de dinheiro para financiar a reconstrução dos países
destruídos por conta da Segunda Guerra Mundial. O projeto defendia a ideia que apoiar o
desenvolvimento econômico de determinados países ajudaria a conter o avanço do comunismo.

Em contrapartida, os soviéticos criaram o Conselho para Assistência Econômica Mútua, mais


conhecido como Comecon (sigla em inglês). Nesse plano, as nações do bloco comunista, agrupadas
sob a liderança dos soviéticos. Esse plano foi criado pelos soviéticos para evitar que o Plano Marshall
seduzisse as nações do bloco comunista a aliarem-se com os americanos.

A.Otan e Pacto de Varsóvia

No campo militar, foi criada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), em 4 de abril de
1949. A ideia da Otan era criar uma aliança militar de países alinhados aos Estados Unidos visando a
impedir uma posição de agressão dos soviéticos. A Otan foi uma forma de os EUA imporem a sua
hegemonia sobre o continente europeu.

Na mesma proposta, os soviéticos criaram o Pacto de Varsóvia, em 1955. A ideia era garantir a
segurança das nações do bloco comunista e evitar uma possível agressão realizada pelos
estadunidenses. Assim, se uma nação fosse agredida, todas as outras se mobilizariam em defesa dela.

Alemanha na Guerra Fria

No caso da Alemanha, a Guerra Fria teve impactos muito maiores do que em grande parte do mundo.
Isso porque ao final da Segunda Guerra a Alemanha foi dividida em zonas de influência de soviéticos,
americanos, franceses e britânicos. Essa divisão teve reflexos no futuro do país que acabou sendo
dividido em duas nações:

A.República Democrática Alemã (RDA), alinhada à União Soviética e conhecida como Alemanha
Oriental;

B.República Federal da Alemanha (RFA), alinhada aos Estados Unidos e conhecida como
Alemanha Ocidental.

A cidade de Berlim também foi dividida e transformou-se na capital das duas Alemanhas. O lado
oriental era comunista e o lado ocidental era o capitalista. Ao longo da década de 1950, milhares de
cidadãos da Alemanha Oriental começaram a mudar-se para Berlim Ocidental. Para impedir essa fuga
de cidadãos, as autoridades da União Soviética e da Alemanha Oriental decidiram construir um muro
isolando Berlim Ocidental.

Durante 28 anos, o Muro de Berlim separou os dois lados da cidade de Berlim e, por isso, converteu-
se em um grande símbolo da Guerra Fria.

Fim da Guerra Fria

A Guerra Fria teve fim com a dissolução da União Soviética, que ocorreu em 26 de dezembro de
1991. O fim da URSS foi resultado da grande crise econômica e política que atingiu aquele país a
partir da década de 1970. A falta de ações para resolver os problemas do bloco comunista foram
responsáveis por levar o país ao fim.

A economia soviética demonstrava, já na década de 1970, claros sinais de esgotamento e o país era
mais atrasado em relação às grandes potências. A indústria soviética estava em queda, a produção
agrícola era insuficiente e os indicadores sociais começaram a regredir demonstrando um claro
empobrecimento do país.

A disparada no valor do petróleo criou uma falsa sensação de prosperidade no começo da década de
1980 e, por isso, o país não passou por reformas importantes em sua economia. Além disso, a
sociedade soviética não tinha acesso a tecnologias que garantiam avanço na qualidade de vida no
ocidente e a corrupção tornava tudo pior.

Dois acontecimentos na década de 1980 acabaram agravando a situação do país. A invasão do


Afeganistão forçou a União Soviética a gastar milhões na luta contra os rebeldes islâmicos e, em
1986, o acidente nuclear em Chernobyl causou morte e destruição, além de forçar os soviéticos a
gastarem altas somas para conterem os efeitos do acidente nuclear.

A situação econômica ruim contribuiu para aumentar a insatisfação da sociedade com os governos
comunistas. Em todo o bloco, a pouca liberdade de expressão e o autoritarismo manifestado pelos
governos comunistas era uma realidade, e a insatisfação com a crise econômica e a questão política
fizeram surgir movimentos de oposição por todo o bloco comunista.
Os primeiros sinais manifestaram-se na Alemanha Oriental, Hungria e Polônia. Os alemães
derrubaram o Muro de Berlim, no final de 1989, e promoveram a reunificação da Alemanha, os
húngaros abriram as fronteiras do país com o Ocidente e os poloneses elegeram o primeiro governo
não comunista desde a Segunda Guerra.
A União Soviética começou a promover a abertura da sua economia no governo de Mikhail
Gorbachev por meio da Glasnost e Perestroika. Logo, as nações que formavam a URSS começaram a
se mobilizar pela sua independência. Em 25 de dezembro de 1991, Gorbachev renunciou e, no dia
seguinte, a União Soviética foi dissolvida.

Em sequência, uma série de países conquistaram a sua independência, tais como Ucrânia,
Bielorrússia, Armênia etc. Esses países se reuniram na Comunidade dos Estados Independentes (CEI)
e realizaram a transição para o capitalismo.

EXERCÍCIOS:
01. (ENEM 2018)

Os soviéticos tinham chegado a Cuba muito cedo na década de 1960, esgueirando-se pela fresta aberta pela
imediata hostilidade norte-americana em relação ao processo social revolucionário. Durante três décadas os
soviéticos mantiveram sua presença em Cuba com bases e ajuda militar, mas, sobretudo, com todo o apoio
econômico que, como saberíamos anos mais tarde, mantinha o país à tona, embora nos deixasse em dívida
com os irmãos soviéticos – e depois com seus herdeiros russos – por cifras que chegavam a US$ 32 bilhões.
Ou seja, o que era oferecido em nome da solidariedade socialista tinha um preço definido.
PADURA, L. Cuba e os russos. Folha de São Paulo, 19 jul 2014 (adaptado).

O texto indica que durante a Guerra Fria as relações internas em um mesmo bloco foram marcadas pelo(a):
A. Busca da neutralidade política.
B. Estímulo à competição comercial.
C. Subordinação à potência hegemônica.
D. Elasticidade das fronteiras geográficas.
E. Compartilhamento de pesquisas científicas.

02. (ENEM 2016)

NA Guerra Fria foi, acima de tudo, um produto da heterogeneidade no sistema internacional — para repetir, da
heterogeneidade da organização interna e da prática internacional — e somente poderia ser encerrada pela obtenção
de uma nova homogeneidade. O resultado disto foi que, enquanto os dois sistemas distintos existiram, o conflito da
Guerra Fria estava destinado a continuar: a Guerra Fria não poderia terminar com o compromisso ou a convergência,
mas somente com a prevalência de um destes sistemas sobre o outro.
HALLIDAY, F. Repensando as relações internacionais. Porto Alegre: EdUFRGS, 1999.

A caracterização da Guerra Fria apresentada pelo texto implica interpretá-la como um(a):

A. Esforço de homogeneização do sistema internacional negociado entre Estados Unidos e União Soviética.
B. Guerra, visando o estabelecimento de um renovado sistema social, híbrido de socialismo e capitalismo.
C. Conflito intersistêmico em que países capitalistas e socialistas competiriam até o fim pelo poder de
influência em escala mundial.
D. Compromisso capitalista de transformar as sociedades homogêneas dos países socialistas em democracias
liberais.
E. Enfrentamento bélico entre capitalismo e socialismo pela homogeneização social de suas respectivas áreas
de influência política.

03. (ENEM 2014)

Desde a sua criação, em 1949, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tem revisto regularmente
as suas tarefas e objetivos, tendo em vista a evolução do ambiente estratégico mundial. Nestes 62 anos de
história, tanto a Aliança quanto o resto do mundo sofreram mudanças que os fundadores da OTAN não
poderiam ter previsto.
Diante das transformações ocorridas no cenário geopolítico mundial, a legitimidade dessa organização
enfraqueceu-se, pois:

A. Passou a se dedicar à luta contra as organizações terroristas internacionais.


B. Direcionou seus esforços para os conflitos em países e regiões do hemisfério sul.
C. Perdeu parte de seus alvos e funções iniciais com a derrocada do bloco socialista.
D. Insistiu na manutenção de bases militares em áreas pacificadas desde o fim da Guerra Fria.
E. Desviou suas atividades para a resolução de conflitos civis no âmbito dos países-membros.

04. (ENEM 2009)

O fim da Guerra Fria e da bipolaridade, entre as décadas de 1980 e 1990, gerou expectativas de que seria
instaurada uma ordem internacional marcada pela redução de conflitos e pela multipolaridade.
O panorama estratégico do mundo pós-Guerra Fria apresenta:

A. O aumento de conflitos internos associados ao nacionalismo, às disputas étnicas, ao extremismo religioso e


ao fortalecimento de ameaças como o terrorismo, o tráfico de drogas e o crime organizado.
B. O fim da corrida armamentista e a redução dos gastos militares das grandes potências, o que se traduziu
em maior estabilidade nos continentes europeu e asiático, que tinham sido palco da Guerra Fria.
C. O desengajamento das grandes potências, pois as intervenções militares em regiões assoladas por conflitos
passaram a ser realizadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), com maior envolvimento de países
emergentes.
D. A plena vigência do Tratado de Não Proliferação, que afastou a possibilidade de um conflito nuclear como
ameaça global, devido à crescente consciência política internacional acerca desse perigo.
E. A condição dos EUA como única superpotência, mas que se submetem às decisões da ONU no que
concerne às ações militares

05. (ENEM 2009)

Do ponto de vista geopolítico, a Guerra Fria dividiu a Europa em dois blocos. Essa divisão propiciou a
formação de alianças antagônicas de caráter militar, como a OTAN, que aglutinava os países do bloco
ocidental, e o Pacto de Varsóvia, que concentrava os do bloco oriental. É importante destacar que, na
formação da OTAN, estão presentes, além dos países do oeste europeu, os EUA e o Canadá. Essa divisão
histórica atingiu igualmente os âmbitos político e econômico que se refletia pela opção entre os modelos
capitalista e socialista.
Essa divisão europeia ficou conhecida como:

A. Cortina de Ferro.
B. Muro de Berlim.
C. União Europeia.
D. Convenção de Ramsar.
E. Conferência de Estocolmo.

06. (ENEM 1999)

Em dezembro de 1998, um dos assuntos mais veiculados nos jornais era o que tratava da moeda única
europeia. Leia a notícia destacada abaixo.
O nascimento do Euro, a moeda única a ser adotada por onze países europeus a partir de 1 de janeiro, é
possivelmente a mais importante realização deste continente nos últimos dez anos que assistiu à derrubada
do Muro de Berlim, à reunificação das Alemanhas, à libertação dos países da Cortina de Ferro e ao fim da
União Soviética. Enquanto todos esses eventos têm a ver com a desmontagem de estruturas do passado, o
Euro é uma ousada aposta no futuro e uma prova da vitalidade da sociedade Europeia. A “Euroland”, região
abrangida por Alemanha, Áustria, Bélgica, Espanha, Finlândia, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo e
Portugal, tem um PIB (Produto Interno Bruto) equivalente a quase 80% do americano, 289 milhões de
consumidores e responde por cerca de 20% do comércio internacional. Com este cacife, o Euro vai disputar
com o dólar a condição de moeda hegemônica.
A matéria refere-se à “desmontagem das estruturas do passado”, que pode ser entendida como:

A. A confrontação dos modelos socialista e capitalista para deter o processo de unificação das duas
Alemanhas.
B. A crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia levando à polarização ideológica da antiga URSS.
C. A inserção de alguns países do Leste Europeu em organismos supranacionais, com o intuito de exercer o
controle ideológico no mundo.
D. A prosperidade das economias capitalista e socialista, com o consequente fim da Guerra Fria entre EUA e a
URSS.
E. O fim da Guerra Fria, período de inquietação mundial que dividiu o mundo em dois blocos ideológicos
opostos.

07. (ENEM PPL 19)

Produto do fim da Guerra Fria, a Convenção sobre a Proibição das Armas Químicas (CPAQ) marcou um
momento novo das relações internacionais no campo da segurança. Aberta para assinaturas em Paris, em
janeiro de 1993, após cerca de duas décadas de negociações na Conferência do Desarmamento em Genebra,
a CPAQ entrou em vigor em abril de 1997. Ao abrir a I Conferência dos Estados-Partes na CPAQ, em Haia, o
secretário-geral da ONU, Kofi Annan, descreveu o evento como um “momentoso ato de paz”. Disse: “O que
vocês fizeram com sua livre vontade foi anunciar a essa e a todas as futuras gerações que as armas químicas
são instrumentos que nenhum Estado com algum respeito por si mesmo e nenhum povo com algum senso de
dignidade usaria em conflitos domésticos ou internacionais”.
BUSTANI, J. M. A Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas: trajetória futura. Parcerias Estratégicas, n. 9, out. 2000.

O que a Convenção representou para o cenário geopolítico mundial?

A.Esgotamento dos pactos bélicos multilaterais.

B.Restrição aos complexos industriais militares.

C.Enfraquecimento de blocos políticos regionais.

D.Cerceamento às agências de inteligência estatal.

E.Desestabilização das empresas produtoras de munições.

08. (Puc-rio 2007) “Uma sombra desceu sobre o cenário até há pouco iluminado pelas vitórias aliadas.
Ninguém sabe o que a Rússia Soviética e sua organização internacional comunista pretende fazer no futuro
imediato, ou quais são os limites, se é que os há, para as suas tendências expansionistas. De Stettin no Báltico,
a Trieste, no Adriático, uma cortina de ferro desceu sobre o continente. Quaisquer conclusões que possam ser
tiradas destes fatos, esta não é certamente a Europa libertada que lutamos para construir. Também não é
uma que contenha os ingredientes de uma paz permanente.” Winston Churchill, ex-chanceler britânico, em
seu discurso em Missouri, EUA, em 5 de março de 1946, teceu considerações sobre o contexto internacional
da época caracterizando o início das novas tensões e de uma nova época, posteriormente denominada de
Guerra Fria.
a) Cite três acontecimentos que expressam o contexto de Guerra Fria, entre 1947 e 1962.
b) Apresente duas características da Guerra Fria.

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09. (UfC 2007) Em 2004, a União Europeia incorporou vários países do Leste Europeu que no passado fizeram
parte da União Soviética ou estiveram sob a sua esfera de influência. Levando em conta essa afirmação, bem
como seus conhecimentos, responda às questões propostas.

a) Qual o nome do modelo de sociedade implantado na União Soviética?


b) Qual era a referência teórico-ideológica desse modelo?
c) A partir de que momento histórico o modelo de estado soviético foi implantado na Europa? Como se deu
essa implantação?
d) Apresente três das principais características desse modelo e cite dois países da Europa que o adotaram.
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10. (Fuvest 2006) Há consenso, entre os estudiosos, de que o período, compreendido entre os últimos anos da década
de 1940 e os primeiros da década de 1970 foi, para a economia capitalista, sobretudo para a dos países mais avançados,
uma verdadeira “era de ouro”.

Caracterize essa fase do capitalismo em termos


a) do chamado Estado de Bem-Estar (“Welfare State”).
b) da chamada Guerra Fria.
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11. Aponte as principais características da Guerra Fria.
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12. Discorra sobre o que foi a Doutrina Truman.
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13. Aponte o contexto que levou a construção do Muro de Berlim.


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14. Discorra sobre os acontecimentos que levaram ao fim da Guerra Fria.

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