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TEXTO DE APOIO

A PARTILHA DA ÁFRICA ENTRE AS POTÊNCIAS EUROPEIAS

É ideia vulgarmente aceite que a partilha de África foi feita na Conferência de


Berlim de 1884/1885.

Em 1884, as potências europeias convocaram uma grande conferência colonial


em Berlim, capital da Alemanha, a qual se prolongou por muitos meses. Quando
terminou, em 1885, o mapa de África (que então começava a ser muito bem
conhecido) apresentava uma meia dúzia de cores diferentes, cada uma delas
representando o território que a cada país ia pertencer. Traçadas estas linhas no
mapa de África, os imperialistas lançaram-se imediatamente ao trabalho de
conquista sistemática (Basil Davidson, Guia para a História de África. Lubango:
Gráfica da Huíla, 1977, p.102).

Entretanto, os factos mostram que a Conferência de Berlim apenas foi o ponto


de partida para a partilha da África ao aprovar os tratados de partilha de uma
parte da África Central assinados a 5 de Fevereiro de 1885 entre a França e a
Associação Internacional do Congo e a 14 de Fevereiro de 1885 entre Portugal
e a Associação Internacional do Congo e ao estabelecer as regras para que as
futuras ocupações fossem consideradas efectivas. A observação do mapa de
África depois da Conferência de Berlim confirma o que dizemos.

A “corrida” europeia para a África começou depois da Conferência de Berlim,


devido à actuação da Alemanha.
A Inglaterra, a França, Portugal e a Alemanha traçaram projectos para a
ocupação do continente africano. Esses projectos chocavam uns com os outros
em algumas regiões africanas e os conflitos foram resolvidos de acordo com o
poderio económico e militar dos países envolvidos, tendo-se recorrido, muitas
vezes, à política de compensação.

A partilha de África iniciada na Conferência de Berlim ficou praticamente


concluída em 1911 com o Tratado franco-germânico que deu à França o direito
de estabelecer o seu protectorado em Marrocos.

A actuação da Alemanha após a Conferência de Berlim

A partilha integral do continente africano não foi efectuada durante a Conferência


de Berlim de 1884/85. Para Brunschwig (1972: 59) «não é evidente que as
potências reunidas na Conferência de Berlim tivessem pressa de partilhar o
interior da África |…| Foi a intervenção da Alemanha na África Oriental que
precipitou o movimento.»

Com efeito, em Novembro de 1884, uma pequena expedição alemã, chefiada


pelo alemão Karl Peters, desembarcou secretamente na costa defronte de
Zanzibar e, em 37 dias, foram assinados 12 tratados de protectorado que
colocavam cerca de 140.000 Km2 sob domínio alemão. E a 27/02/1885, dia
seguinte ao do encerramento da Conferência de Berlim, Bismarck proclamou o
protectorado alemão sobre esses territórios (África Oriental Alemã: Tanganiyka,
Ruanda e Burundi). A propósito Banning (1888:125) escreveu:

É preciso lembrar que no dia seguinte ao do encerramento da Conferência de


Berlim, o Império da Alemanha deu à luz a sua primeira carta de protectorado?
Esse foi o princípio do grande movimento diplomático conduzido pela maior parte
das potências marítimas e que deu à África a sua fisionomia actual.
A Alemanha, que tinha despertado um pouco tarde para a expansão colonial,
estava agora apostada em recuperar o tempo perdido e a sua rápida actuação,
fazendo anexações em diversos pontos do continente africano (Sudoeste
Africano, Togo, Camarões e agora Tanganiyka, Ruanda e Burundi), alarmou as
demais potências europeias, desencadeando-se, assim, a “corrida” para o
interior da África.

Elaborado por Mariete Costa, ISCED/HUÍLA, 2012. Página 2


Projectos de ocupação, choques e tratados de partilha

A ocupação britânica do Egipto em


1882 e o entusiasmo pelo projecto de
caminho-de-ferro ligando a cidade do
Cabo, na África do Sul, à cidade do
Cairo, no Egipto, faziam com que a
Inglaterra desejasse afastar as
demais potências europeias, tanto
das nascentes do Nilo quanto dos
territórios por onde passaria a futura
via-férrea. Por isso, ainda em
Dezembro de 1884, os ingleses,
receando a união dos alemães do
Sudoeste Africano com os bóeres do
Estado Livre do Orange e da
República do Transval, anexaram a
Projecto Britânico de Unir o cabo, na
Bechuanalândia até Mafeking
África do Sul, ao Cairo no Egipto.
(sensivelmente sobre o paralelo de Origem: Wikipédia, a Enciclopédia
Livre.
Johannesburg).

E, em 1885, proclamaram o protectorado britânico até ao rio Zambeze,


estendendo assim o domínio britânico por um território muito extenso (actual
Botswana).

Após o estabelecimento do protectorado alemão sobre regiões da costa oriental


africana (Tanganiyka), a rivalidade germano-britânica agudizar-se-á até que
Bismarck resolveu propor aos ingleses um acordo para a partilha duma vasta
zona da África Oriental em “zonas de influência”. E, de acordo com a convenção
de 01/11/1886, a soberania de Zanzibar ficou reconhecida numa zona costeira
de 16 Km de largura, para além da qual se criaram duas “zonas de influência”,
uma entre o Rovuma e o Umba, ponto de partida para o Tanganiyka alemão que
ficava entregue à Companhia Alemã da África Oriental, e outra entre o Umba e
o Tana, que seria o Kénia britânico, entregue à Companhia Britânica da África
Oriental.
Elaborado por Mariete Costa, ISCED/HUÍLA, 2012. Página 3
A 12/05/1886 foi assinada uma convenção entre a França e Portugal que fixava
os limites das respectivas possessões a norte do rio Congo e na Guiné.

A 30/12/1886 foi assinada uma Declaração entre os Governos de Portugal e da


Alemanha sobre a delimitação das possessões e da esfera de influência de
ambos os países na África Meridional, pela qual se estabeleceram as fronteiras
entre Moçambique e o Tanganiyka, bem como entre Angola e o Sudoeste
Africano (porém, a fronteira sul de Angola só foi definitivamente fixada a
22/06/1926 por um acordo entre Portugal e a União Sul Africana).

Portugal sonhava unir Angola a Moçambique (Mapa cor-de-rosa) e, por isso,


entre 1887 e 1889, organizou expedições dirigidas por António Maria Cardoso,
Victor Cordon, Paiva Andrade e Serpa Pinto destinadas a afirmar a influência
portuguesa nas regiões situadas entre aquelas duas colónias.

Mas este desejo português


chocava com o projecto inglês
de unir o Cabo ao Cairo pelo
que o Governo britânico enviou
um ultimato ao Governo
português, em 11 de Janeiro de
1890, exigindo a retirada de

Mapa Cor-de-Rosa (Projecto Português, de unir todas as forças portuguesas no


Angola a Moçambique). Chire e nas regiões dos
Origem: Wikipédia, a Enciclopédia Livre.
Macololo e Machona.

E Portugal teve que ceder (só após longas e difíceis negociações foi assinado o
Tratado Luso-Britânico de 28 de Maio de 1891 que estabeleceu as fronteiras das
respectivas possessões na África Austral. Contudo, a actual fronteira entre
Angola e a Rodésia do Norte (Zâmbia) só foi definitivamente fixada em
30/05/1905).

Em 27/02/1890, traduzindo como “amizade” o termo “protectorado”, o alemão


Karl Peters conseguiu obter um tratado com o Kabaka do Buganda, Mwanga, e
deu a conhecer o referido tratado, atingido directamente os ingleses que não
podiam deixar a Alemanha instalar-se nessa região equatorial para não

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prejudicar o projecto Cabo – Cairo. Isto originou um novo conflito entre a
Alemanha e a Inglaterra.

Bismarck, vendo que a França se aproximava da Rússia, decide liquidar o seu


contencioso colonial com a Inglaterra para a ligar ao seu “sistema europeu” e dá
início a negociações que conduzirão à assinatura do Tratado Germano-Britânico
de 01/07/1890 (concluído já com o general Von Caprivi). Com este tratado a
Alemanha evacuava o Vitu, renunciava a qualquer pretensão sobre o Uganda e
reconhecia o protectorado britânico sobre Zanzibar. Em compensação, a
Inglaterra cedia-lhe a ilha de Heligolândia, de importância estratégica para a
Alemanha porque a saída do canal de Kiel (ainda em construção) que permitiria
a passagem da frota alemã do mar Báltico para o mar do Norte, estava ao
alcance dos canhões ingleses da Heligolândia. Ainda neste tratado se fez a
delimitação do Sudoeste Africano, tendo a Alemanha obtido o acesso ao rio
Zambeze através de um corredor chamado “Faixa de Caprivi” que separa
actualmente a Zâmbia do Botswana. Previa-se, também, o acesso dos alemães
ao Tchad, a partir dos Camarões e dos ingleses a partir da Nigéria.

A França, que desde 1862 se tinha comprometido a velar pela integridade de


Zanzibar e que há bastante tempo lutava para assentar a sua influência no
Tchad, ao ter conhecimento desse tratado germano-britânico, vai procurar
compensações. Assim, pelo Tratado Franco-Britânico de 05/08/1890 conseguiu
assegurar a junção das suas possessões do Alto Níger e do Congo pelo Tchad.
Precisou-se que a França dominaria até uma linha traçada entre Say, no Níger
e Barrua, no Tchad e que teria as mãos livres em Madagáscar, em troca do
reconhecimento do protectorado britânico sobre Zanzibar.

A França ambicionava criar uma “África Francesa” estendendo-se do Senegal


ao Djibuti. Em Novembro de 1897 o Governo francês organizou uma expedição
comandada por Marchand que, partindo do Congo, atravessou com imensas
dificuldades a região do Bahr el Ghazal (no Sudão) e chegou a 19/07/1898 a
Fachoda, onde ficou à espera de reforços que deveriam chegar da Etiópia.
Entretanto, o Governo britânico, ao ter conhecimento da missão Marchand,
organizou uma expedição anglo-egípcia chefiada pelo general Kitchner, com um
exército de cerca de 25.000 homens que derrotou o exército madista em
Ondurman, a 02/09/1898, apoderando-se de Cartum. A 19/09/1898 Kitchner

Elaborado por Mariete Costa, ISCED/HUÍLA, 2012. Página 5


chegou a Fachoda e, depois de felicitar Marchand pela admirável travessia,
protestou em nome do Governo britânico contra a ocupação francesa de
Fachoda e pediu ao francês que se retirasse. Mas Marchand recusou-se a deixar
a região sem que para tal recebesse ordem do seu Governo. Desta forma
chocaram-se no Sudão Oriental o imperialismo britânico e o francês. Contudo,
Delcassé, Ministro francês dos Negócios estrangeiros, procurava estabelecer
com a Inglaterra a “Entente Cordiale” e deu instruções a Marchand para se
retirar, a 04/11/1898. Este problema de Fachoda só foi solucionado pela
Declaração Franco-Britânica de 08/04/1904 que reconhecia os direitos da
França sobre Marrocos e da Inglaterra sobre o Egipto (e consequentemente
sobre o Sudão, pois este era uma província egípcia desde 1830).

Mas Marrocos era um território ambicionado também pela Alemanha e, a partir


de 1905, registaram-se alguns incidentes entre este país e a França. Finalmente
foi assinado um Compromisso Franco-Alemão a 04/11/1911, pelo qual a França,
em troca do reconhecimento alemão do seu protectorado sobre Marrocos, cedia
uma faixa do seu território no Congo, ao sul dos Camarões e dois enclaves que
asseguravam as comunicações entre os Camarões e os rios Congo e Ubangui.
A Alemanha tinha esboçado um projecto conhecido por “Mittel Africa”,
abrangendo o Congo Belga, parte de Angola e parte de Moçambique, pois
pretendia unir os Camarões à África Oriental Alemã (Tanganiyka, Ruanda e
Burundi) e esta ao Sudoeste Africano (Namíbia).

Pelo que diz respeito aos nossos interesses políticos mundiais que são,
naturalmente e acima de tudo, de natureza económica, o vasto território da África
Central que confina com as nossas colónias da África Central e Oriental e que
actualmente as separa, oferece as melhores e, deve dizer-se, as únicas
perspectivas de futuro (Santa-Rita, 1959: 159).
Daí a conveniência alemã em obter aquelas parcelas do território do Congo
francês. Esses enclaves desapareceram quando a Alemanha perdeu as suas
colónias em África, depois da sua derrota na Primeira Guerra Mundial.

Assim se fez a partilha da África entre as potências colonizadoras europeias e o


mapa de África transformou-se «numa manta de retalhos, que projectava sobre
o continente negro cores variegadas e a sombra trazida pelos novos senhores»
(Ki-Zerbo, 1972: 82).

Elaborado por Mariete Costa, ISCED/HUÍLA, 2012. Página 6


O mapa da página seguinte mostra a África em 1914, já completamente
partilhada por vários países europeus.

A África em 1914.

Origem: Wikipédia, a
Enciclopédia Livre.

A partilha e os povos africanos

Ao princípio eles vieram


Pacificamente
Com falas suaves e doces
«Viemos comerciar», diziam eles,
«Reformar as crenças do povo»,
«Por cobro à opressão e ao roubo»
«Limpar e vencer a corrupção»
Nem todos vimos o que eles pretendiam
Agora somos seus inferiores
Eles enganaram-nos com presentinhos
E deram-nos isco saboroso…
Mas no fim mudaram de música …

(Umar de Kete Krache, poeta oeste-africano, citado por Davidson, 1978: 204)

Na época da partilha imperialista da África, o continente africano era, na


concepção do europeu vulgar, uma imensa “terra vazia e sem mestre” onde
tinham livre curso a anarquia, a selvajaria e a escravidão. Depois de fazerem

Elaborado por Mariete Costa, ISCED/HUÍLA, 2012. Página 7


penetrar essa ideia nas concepções populares, as burguesias europeias
tentaram mostrar a colonização como um dever moral, para levar a “civilização”
e o progresso aos africanos. Mas, na realidade, era para que estes pudessem
servir muito melhor os desígnios da Europa em plena industrialização.

Os processos e as consequências da partilha da África não foram iguais em todo


o continente. Em algumas regiões os europeus puderam fazer uma ocupação
pacífica, depois de terem negociado vários tratados de protectorado com reis e
chefes africanos. Mas a maior parte dos reis e chefes africanos foram
enganados, pois, o termo “protectorado” era muitas vezes traduzido por
“amizade”, implicando autorização para realização do comércio e a criação de
estabelecimentos europeus na região. Daí que vários chefes africanos não
tivessem hesitado em assinar idêntico tratado com duas ou três potências
europeias uma vez que não viam inconvenientes em estabelecer “amizade” com
várias, simultaneamente. Porém, alguns chefes africanos assinaram os tratados
atraídos por presentes ou pelo senso de hospitalidade tradicional, outros
embriagados e outros ainda foram constrangidos a fazê-lo devido às ameaças
dos europeus.

Os governos, quando ratificavam ou rejeitavam os projectos de tratados,


inspiravam-se essencialmente na sua utilização para repelir outras potências
europeias. Ninguém duvida que a África negra não foi nunca considerada,
nessas negociações, como um interlocutor válido: a partilha da África era
exclusivamente negócio das potências europeias. O seu objectivo, quando
elas agiam com a sua boa consciência de ocidentais, não era o de respeitar
essa África “moribunda, destinada a sucumbir sob o choque das técnicas
modernas”, mas o de precipitarem o seu fim, para trazerem às populações
“primitivas” os benefícios da sua civilização (Brunschwig, 1972: 61).

E os diplomatas europeus traçaram arbitrariamente a maioria das fronteiras dos


territórios africanos, sem darem a mínima importância às realidades históricas e
sociológicas africanas. Etnias homogéneas foram cindidas em duas ou três
partes, caso dos Temnes entre a Guiné Francesa e a Serra Leoa, do povo
Haussa (Hauça) entre a Nigéria e o Níger, dos Lunda entre o Congo Belga,
Angola e a Rodésia do Norte, dos Bakongo entre Angola e o Congo Belga, etc.

Como afirmou Brunschwig (1972: 62):


Elaborado por Mariete Costa, ISCED/HUÍLA, 2012. Página 8
Na ausência dos negros, os acordos de partilha reflectiram as preocupações
dos brancos: apetite de poder e receio de perder a face se cediam sem
“compensação”, avaliação da rendibilidade económica futura, elaboração de
redes de alianças diplomáticas. A partilha da África, desde então, realizou-se
em função dos interesses das potências na Europa e o estatuto de muitos
territórios africanos dependeu das concessões que os partidos faziam
alhures.

Muitas vezes a ocupação foi resultado de pequenas guerras e rápidos


movimentos repressivos, sendo a paz, entre invasores e invadidos, estabelecida
quase de imediato.

Noutros lugares, a penetração europeia encontrou dura resistência mas, no fim,


os africanos perderam e as suas terras foram colonizadas. E isto,
fundamentalmente, por duas razões: em primeiro lugar, devido à superioridade
do armamento europeu e, em segundo lugar, devido à falta de unidade dos
próprios africanos.

E os africanos colonizados passaram a fazer parte da história das metrópoles


europeias, com excepção dos povos da Libéria e da Etiópia.

Conclusão

A partilha da África foi, essencialmente, o resultado da agudização das


rivalidades existentes entre a Inglaterra, a Alemanha e a França, provocada pela
política colonial da Alemanha. Foi uma partilha realizada na Europa,
diplomaticamente, através da assinatura de acordos e convenções que
consagraram a delimitação das respectivas “zonas de influência” em África, em
conformidade com a relação de forças na Europa, sem ter em conta as
realidades históricas e sociológicas dos povos africanos.

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INTERVENÇÃO DA ALEMANHA NA PARTILHA DA ÁFRICA

Rápida actuação fazendo anexações em diversas partes da África

Início da Notificação do
Início da
ocupação do estabelecimento
ocupação do
Togo e dos do protectorado
Sudoeste
Camarões Alemão na África
Africano
(Julho e Outubro Oriental
(Abril de 1884)
De 1884) (27/02/1885)

Corrida da Inglaterra e da França para a ocupação da África


para criarem obstáculos ao engrandecimento da Alemanha
e conservarem o lugar de grandes potências mundiais.

PROJECTOS DE OCUPAÇÃO DA ÁFRICA


POR ALGUNS PAÍSES EUROPEUS

Projecto
alemão:
unir
Projecto Camarões
Projecto Projecto
português: à África
francês: britânico:
unir Angola Oriental
unir Dacar unir Cabo
a Alemã e
ao Djibuti. ao Cairo
Moçambique esta ao
Sudoeste
Africano

Elaborado por Mariete Costa, ISCED/HUÍLA, 2012. Página 10


ULTIMATO DE 11/ 01/ 1890

Últimas condições

apresentadas

pela Inglaterra a Portugal

exigindo

a retirada das forças portuguesas da região


entre Angola e Moçambique

POLÍTICA DE COMPENSAÇÃO

Ocorria quando Foi evidente Consistia em

no Tratado
Germano – britânico dar à potência
duas potências de 1/7/1890 que
europeias renunciasse à
disputavam nos Tratados região em
a mesma Franco - britânicos disputa o
região de de 5/8/1890 e 8/4/1904 direito de
África. ocupar outra
no Tratado Região.
Franco-germânico
De 4 /11/1911

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IMPERIALISMO EUROPEU

Política Colonial Alemã

Rivalidade entre potências europeias


Alemanha Inglaterra
França

Acordos para a delimitação das


respectivas possessões em África

PARTILHA DA ÁFRICA
(1885 – 1912)

CONSEQUÊNCIAS DA PARTILHA DA ÁFRICA


ENTRE VÁRIOS PAÍSES EUROPEUS

DIVISÃO ARBITRÁRIA
DA ÁFRICA SEM TER
OCUPAÇÃO
EM CONTA AS
COLONIAL
REALIDADES
EUROPEIA
HISTÓRICAS E
EM ÁFRICA
SOCIOLÓGICAS
DOS POVOS AFRICANOS

Cisão de vários povos


em duas e três partes. Ocupação pacífica Ocupação violenta
ex.: Bacongo, Lunda, de algumas regiões. de muitas regiões.
Hauças, Zandés, etc.

Elaborado por Mariete Costa, ISCED/HUÍLA, 2012. Página 12


BIBLIOGRAFIA

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Editado por Albert Adu Boahen, 2.ª ed. rev. , Brasília: UNESCO, 2010.

Elaborado por Mariete Costa, ISCED/HUÍLA, 2012. Página 13


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