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A Conferência de Berlim

Proposta pelo Chanceler alemão Otto von Bismarck, a Conferência de Berlim foi uma reunião
realizada entre alguns países objetivando dividir o continente africano. Dentre os países
presentes, estão as nações imperialistas do século XIX, a saber:

 Estados Unidos;
 Império Turco-Otomano;
 Rússia;
 Império Austro-Húngaro;
 Grã-Bretanha;
 Noruega;
 Dinamarca;
 Suécia;
 Portugal;
 Império Alemão;
 Espanha;
 Itália;
 Bélgica;
 Holanda;

Alguns destes países não possuíam colônias na África, mas ainda assim tinham interesse em
obter um pedaço do território ou simplesmente garantir tratados de comércio.

Quando a conferência de Berlim iniciou?

Realizada entre novembro de 1884 e fevereiro de 1885, a Conferência de Berlim ocorreu na


Alemanha e foi presidida por Otto von Bismarck, durando três meses com negociações
totalmente secretas. Os motivos oficiais eram, na realidade, a garantia da circulação livre e
comércio na bacia do Congo e no rio Níger, bem assim o compromisso de lutar pelo fim da
escravidão no continente. Mas a ideia real era a de trazer a solução para os conflitos que surgiam
entre alguns países em decorrência da posse africana, bem como dividir de forma amigável os
territórios que haviam sido conquistados pelas potências mundiais. Ainda que os objetivos
tenham sido alcançados, a Conferência de Berlim ocasionou atritos entre os países participantes.

A justificativa para a realização dessa ocupação pelas potências mundiais foi a missão
civilizatória, objetivando acabar com a escravidão. As potências afirmavam, ainda, que a partir
da ocupação seria possível levar o cristianismo e as benesses da civilização ocidental às
populações da região. A ocupação tinha um real interesse: a exploração econômica intensa sobre
a África. A ocupação, ao contrário do que parece, não foi pacífica, ocorrendo diversos
movimentos de resistência. Essa resistência, entretanto, em decorrência da diferença na
organização militar, bem assim a tecnologia que os países potência possuiam fez com que o
domínio europeu somente demorasse um pouco mais.

Os conflitos

A França e a Inglaterra disputavam entre si a supremacia colonial, não somente na África, mas
também na Ásia. As duas nações, portanto, se esforçavam de forma intensa para conseguir a
maior quantidade possível de território naquele continente. Com sua poderosa esquadra naval, a
Inglaterra pressionava e influenciava os resultados das negociações. A França, por sua vez,
negociava os tratados com os chefes tribais durante o século XIX, usando este argumento como
forma de conseguir territórios no continente africano.

As consequências da Conferência de Berlim


A principal consequência, obviamente, foi a divisão do território africano entre os países
integrantes. A liberdade comercial na bacia do congo e no rio Níger foi conquistada, bem assim a
proibição da escravidão e do tráfico de pessoas.

Trata-se de uma conquista diplomática do Chanceler, que demonstrava, com esta reunião, que o
Império Alemão era tão importante quanto à França e o Reino Unido. Não solucionou,
entretanto, os litígios de fronteiras que eram disputados pelas potências imperialistas na África,
levando à ocorrência da Primeira Guerra Mundial.

A África era considerada a extensão dos países envolvidos na guerra, sendo, portanto, também
envolvida, com os nativos passando a integrar os exércitos nacionais. Foi somente ao fim da
Segunda Guerra Mundial que a configuração do continente africano, elaborada pelas potências
mundiais, chegou ao fim.
Após, surgiram diversos movimentos de independência entre os países africanos.

Conferência de Berlim
A Conferência de Berlim, também conhecida como conferência da África
Ocidental[1] ou Conferência do Congo, realizou-se em Berlim, de 15 de novembro de 1884 a 26
de fevereiro de 1885, marcando a colaboração europeia na partição e divisão territorial da África.
Organizado pelo Chanceler do Império Alemão, Otto von Bismarck, o evento contou com a
participação de países europeus (Alemanha, Áustria-
Hungria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Grã-Bretanha, Itália, Noruega, Países
Baixos, Portugal, Rússia e Suécia), mas também do Império Otomano e dos Estados Unidos. O
objetivo declarado era o de "regulamentar a liberdade do comércio nas bacias do Congo e
do Níger, assim como novas ocupações de territórios sobre a costa ocidental da África".[2] É de
realçar a participação de estados que não possuíam colónias ou territórios em África na
conferência, como os países escandinavos ou os Estados Unidos.
Esta Conferência foi uma das mais importantes realizadas na segunda metade do século XIX,
visando, entre outras questões, regular o Direito Internacional Colonial, sendo que na
conferência, entre outros temas, foram discutidos e estabelecidos princípios relativos à
navegação de rios internacionais, a liberdade de comércio ao longo da bacia do Zaire, e também
o estabelecimento de “regras uniformes nas relações internacionais relativamente às ocupações
que poderão realizar-se no futuro nas costas do continente africano”. Adicionalmente, o tráfico
de escravos, e a escravatura no geral constituíram pontos importantes na agenda da conferência.

Uma conferência anterior (Conferência geográfica de Bruxelas, em 1876) iniciou o debate sobre
a partição da região do Congo, que foi dividido em três partes: Congo-Léopoldville, que coube
aos belgas; Congo-Brazzaville, atribuída aos franceses; e Angola, que historicamente já pertencia
a Portugal. Todas essas regiões formavam o antigo Reino do Kongo. O principal resultado da
conferência de Berlim foi o estabelecimento de regras oficiais de colonização, mas, além disso, a
conferência gerou uma onda de assinaturas de tratados entre os vários países europeus.

A Alemanha, país vencedor da guerra franco-prussiana, não possuía colônias na África, mas
tinha esse desejo e viu-o satisfeito, passando a administrar o “Sudoeste Africano”
(atual Namíbia), Tanganica, Camarões e Togolândia; os Estados Unidos na altura não tinham
mais a colônia da Libéria, independente desde 1847, mas, como potência em ascensão, foram
convidados; o Império Otomano possuía províncias na África, notadamente o Egito (incluindo o
futuro Sudão Anglo-Egípcio) e Trípoli, mas seus domínios foram vastamente desconsiderados no
curso das negociações e foram arrebatados de seu controle até 1914.

Durante a conferência, Portugal apresentou um projeto, o famoso "mapa cor-de-rosa", que


consistia em ligar Angola a Moçambique, criando uma comunicação entre as duas colônias, de
modo a facilitar o comércio e o transporte de mercadorias. Sucedeu que, apesar de todos
concordarem com o projeto,[carece de fontes] mais tarde a Inglaterra, à margem do Tratado de
Windsor, surpreendentemente recusou o projeto, dando um ultimato a Portugal, ameaçando
declarar-lhe guerra se a proposta não fosse retirada. Portugal, com receio de colocar em causa o
tratado de amizade e cooperação militar mais antigo do mundo,[carece de fontes] cedeu às
pretensões inglesas, retirando o projeto do mapa cor-de-rosa.

Como resultado da conferência, a Grã-Bretanha passou a administrar toda a África Austral (com


exceção das colônias alemã da Namíbia, portuguesas de Angola e Moçambique e da ilha
francesa de Madagáscar) e o Sudoeste Africano, toda a África Oriental (com exceção
da Tanganica) e partilhou a costa ocidental e o norte da África com a França, a Espanha e
Portugal (Guiné-Bissau e Cabo Verde); o Congo – que estava no centro da disputa, o próprio
nome da Conferência em alemão é "Conferência do Congo" – continuou como "propriedade"
da Associação Internacional do Congo, cujo principal acionista era o rei Leopoldo II da Bélgica;
este país passou ainda a administrar os pequenos reinos das montanhas a leste, o Ruanda e
o Burundi.

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