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“Houve rivalidade somente com a França. Esta não tinha nenhuma razão de se
apaixonar pela África” (pág. 14)
“Por volta de 1870, os franceses pouco haviam contribuído para a imensa obra
de exploração do continente; essa prosseguira sob a égide dos ingleses,
principalmente.” (págs. 14-15)
“A África negra não interessava aos diplomatas. Eles não se constrangiam por
ignorar sua geografia. Deixavam-na de bom grado aos Ministros da Marinha ou
das Colónias, e até à iniciativa das autoridades locais, do Cabo, de Bourbon
(Reunião), do Senegal e de Serra Leoa.” (pág. 16)
A primeira constatação feita pelo autor se refere ao caráter tardio dessa
continente africano.
“O descobrimento casual do diamante no Transvaal em 1867, depois o do ouro
no Rand em 1881 e do cobre na Rodésia, colocaram a África entre os
continentes onde, como na Austrália e na América, emigrantes de espírito
aventureiro, podiam realizar fortunas fabulosas.” (pág. 18)
“Por isso, a opinião pública, que jamais fora sensível às expedições coloniais,
que preferia talvez a colonização moderna à conquista militar tradicional,
mesmo que esta provasse, após a derrota de 1871, que o exército francês
ainda era capaz de vitórias, aprovou a extensão da soberania nacional sobre
vastas regiões do globo.” (págs. 23-24)
Da imprensa nacional, os jornais de língua alemã representam uma fonte ímpar sobre o
imperialismo e o colonialismo na África. A “Partilha da África” foi assunto constante nas
páginas da imprensa teuto-brasileira do Brasil meridional. Isso permite inferir um interesse
diferenciado dos leitores dos jornais de língua alemã sobre o que se passava naquele
continente, especialmente sobre as colônias alemãs na África.
“Os militares tomaram a iniciativa neste sentido. Solidamente instalados no
Senegal, eles se inspiraram, às vezes, nas ideias novas. Os projetos dos
técnicos precederam a conquista do Sudão.” (pág. 24)
encontro.
“A Ordem do dia, aceita pelo Foreing Office previa três pontos: 1) Liberdade do
comércio na bacia do Congo e em suas embocaduras. 2) Aplicação ao Congo
e ao Niger dos princípios adotados pelo Congrego de Viena tendo em vista
consagrar a liberdade de navegação sobre vários rios internacionais, princípios
estes aplicados mais tarde no Danúbio 3) Definição das formalidades a serem
observadas para que novas ocupações nas costas da África fossem
consideradas efetivas.” (pág. 35)
continente, como também criou fronteiras que, ainda hoje, são responsáveis por
continente abriga boa parte dos países mais pobres do planeta. “No plano político,
que as deliberações sobre futuras ocupações não teriam validade para todo
“Aos olhos dos africanos, que se queixam com razão de terem sido privados de
sua liberdade, este episódio aparentemente banal de uma conquista e de uma
dominação estrangeira criou um direito a reparação: já que a Europa impôs à
África uma civilização, ela lhe deve fornecer meios para seu desenvolvimento.”
(pág. 72)