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O 1, 2 e 3
(Nautical Terms)
INVÉNTAKIO -BN
00.205.62C-8
DICIONÁRIO MARÍTIMO BRASILEIRO
DIRETOR
Vice-almirante LEVY ARAÚJO PAIVA MEIRA
REDATORES
Capitão-de-Fragata ref. Alexandre de Azevedo Lima
Nelson de Araújo Lima
COLABORADOR
Prof. Pedro de Miranda
Registrada no Departamento Nacional de Propriedade
Industrial, do Ministério do Trabalho, Indústria e Co-
mércio sob n.° 191.188 — 27-12-1956 (Decreto-Lei n.° 7 903,
de 27-8-1945) e no Registro Civil das Pessoas Jurídicas,
sob n.° 1 248 — I/ivro B — N.° 2, de 12 de setembro de
1957; Alvará: n.° de ordem 12 381 — Livro A — N.° 2
A MARINHÜ E A ESCOLH POLITÉCNICO DE
SÍO PAULO ENSINAM A FAZER NAVIOS
Yapery T. de Britto Guerra
Cap. de Fragata — (E.N.)
Ponto IV no Brasil.
Por seus méritos e suas qualidades são estas as medalhas que. recebeu:
ções Navais.
O
mÈ
_SH_____PWP™' ^^*íl_______
* • * ¦ * • ___H.
______rá^.u .§____ ________^K_____ Jiií
__k «lá JEI _____«!jS ____!'mif™T__r
horas destinadas aos cursos da opção não eram suficientes para formar
distribuído:
3° ANO
— Vetorial I — Cálculo
Cálculo Diferencial e Integral I Cálculo
2° ANO
— Vetorial II — Cálculo
Cálculo Diferencial e Integral II Cálculo
— Geral — Física Geral II
Numérico e de Observações II Mecânioai
3° ANO
4o ANO
— Resistência dos Ma-
(Opção Estrutura) — Telcnologia Mecânica
teriais e Estabilidade das Construções II — Estatística, e Economia I —
Máquinas Marítimas — Eletrotécnica Geral — Arranjos, Aparelhos e
Sistemas — Construção Naval I.
5° ANO
po possível.
mesmo tempo que prestam reais serviços no auxílio direto aos profes-
sores, em todas as tarefas didáticas. Os assistentes, depois de dois anos
Pré-Guerra
CÉSAR DA FONSECA
C. Alte. Ref.°
tico Sul, as Forças Navais das Américas, das quais faz par-
hostilidades.
ESQUADRA BRASILEIRA
a) FORÇA-TAREFA — UM
N.AeL Minas Gerais; CTs — Pará — Paraíba —
Pernambuco e Paraná.
b) FORÇA-TAREFA — DOIS
d) FORÇA-TAREFA — QUATRO
CTs — Bapitonga — Baependi — Bauru — Beberibe
Benevente — Bertioga — Bocaina e Bracui.
e) FORÇA-TAREFA — CINCO
f) FORÇA-TAREFA — SEIS
— SETE
g) FORÇA-TAREFA
E outros a incorporarem-se
h) FORÇA-TAREFA — OITO
E outros a incorporarem-se.
INTRÓITO
UM POUCO DE HISTÓRIA
— Daltonismo relativo —
para o vermelho-verde PROTANOMALIA
" " " "
— verde-vermelho — DEUTERANOMALIA
" " " "
— azul-amarelo — TRITANOMALIA
" " " "
4— amarelo-azul' — TRETANOMALIA
-):•(-
TEORIAS
PRETO
ASSIMILAÇÃO:
{ VERDE
VERMELHO
BRANCO
DBS AS SIM I LA QA O: |
VERMELHO
AMARELO
I
A teoria aventada por Schaaf e Blum, aliás uma das mais aceitas
no mundo científico hodierno, explica as discromatopsias em 2 itens
resumidos:
)::(
VISÃO CROMÃTICA
trabalho.
SIDADE
26 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
MISTURA DE CORES
É por intermédio das misturas procedidas com as cores, que se tem
podido avaliar devidamente a visão «normal cromática, separando, cons-
ciente e fácil operação de análise, as anomalias que, em caso contrário,
permaneceriam ignoradas para a maioria dos nossos pesquisadores, que
d'antanho contavam tão só com as precárias e históricas lãs de Holm-
green. A análise compreende comparações simples entre os elementos
iisiológicos e anormais, descobrindo-se, comparativamente, as partícula-
ridades que os diferenciam e caracterizam. Das comparações procedidas,
verdadeiras misturas de cores, interessam sobremaneira os resultados
seguintes:
i) — Obtenção do púrpura.
2) — Obtenção do branco.
3) — Reprodução de qualquer tom espectral.
, 4) — Titulação do espectro, o quei constitui a base fundamental cias-
sificatória dos sistemas fisiológico e anormal."
PÚRPURA
BRANCO
guinte:
TITULAÇÃO DO ESPECTRO
CONGÊNITAS
)::(
aqui não tem razão de ser, nem pode existir. O tempo', perdido na guerra,
é deveras perigoso, quando não venha a redundar em um mal sem
reparação ou mesmo catástrofe. Se não fosse o desejo de resumir ao
máximo estas linhas, reportaríamos dois interessantes casos verificados
em um comboio no litoral brasileiro, e outro registrada na foz do Ama-
i-.onas com um dos nossos cíieinhas. Ambos os casos são sumamente ilus-
trativos e mostram quão exigentes devemos ser nas seleções que nos
cumpre fazer em benefício da corporação.
Mui justamente por taisl razões é que não temos., a menor dúvida em
afirmar categoricamente que a inspeção de isaúde inicial, verdadeira se-
leção, é de grande valor na organização de uma moderna e eficiente Ma-
rinha. r
Modernamente, todos os autores estão de pleno acordo em que as
tábuas pseudo-iso-cromáticas de STILLING BENEDICT, ISHIARA
SHINOBU, a americana da "American Optical Company", 1940 que
condensa estas duas, e o anomaloscopio de NAGEL, constituem os .me-
lhoresl elementos analistas para bem se avaliar o senso cromático.
'Nos candidatos à Academia Naval usamos, desde 1941, o Stilling
Test. E desde 1944 — tendo conseguido as tábuas de Ishiara Shinobu,
hoje em dia raríssimas, por empréstimo e espírito de cooperação do colega
de turma Dr. Gervais, Oftalmologista credenciado — temos trabalhado
com este precioso livro. Em 1946 iniciamos nossas inspeções com a
"American Optical Plates", dando começo a estudos mais interessantes,
pois, conforme elucidamos, estas tábuas constituem um conjugado Stilling-
Ishiara deveras interessante.,
É real e inconteste, principalmente para* quem tem do assunto conhe-
cimento de causa, que as outrora clássicas lãs de Holmgreen encontram-se
relegadas, no momento, a um plano secundaríssimo. Contudo, ainda so-
mos constrangidos a usar! as lãs citadas em nossas inspeções, tendo fcomo
obediência o regulamento em vigor e que não foi até agora, atualizado,
apesar dos esforços por nós dispendidos. O máximo conseguido até hoje
na Escola Naval, foi continuar praticando as lãs e, subsidiàriamente, as
tábuas pseudo-iso-cromáticas.
Utilizando as tábuas de Ishiara ou Stilling, a operação está ao alcance
de qualquer esculápio, especializado ou não, porquanto o trabalho se
apresenta ao alcance de todos os profissionais. É bastante que o exami-
nando nomeie, de acordo com as letras.- Fazendo-o ou não, está o médico
em condições de aquilatar do exame em breves instantes.
Mais adiante, detalharemos o modo como submetemos presentemente
os examinandos ao teste pseudo-iso-cromático, fazendo aos mesmos, do
'Esta folha está em
próprio punho, preencher uma íôlha mimeografada.
correspondência rigorosa com as tábuas numeradas. No capítulo compe-
tente, descrevemos com minúcia as instruções preparadas para execução
da prova.
Todas as tábuas pseudo-iso-cromáticas até agora idealizadas são ba-
seadas nos mesmos e idênticos princípios, estando habilmente constituí-
Aplicação do Senso Cromático na... | 33
I
PAJRA AS CORES
completa
Cegueira para o vermelho
incompleta
34 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
r. r í Completa
Cegue.ra, para o verde {incompleta
SHINOBU ISHIARA
modo — 12.
FIGURA — 2 O normal vê 8.
O anormal, vermelho-verde, vê 3.
O cego total para as côres pode dificilmente identi-
ficar o 8.
FIGURA — O normal vê
4 5.
O cego vermelho-verde vê 2.
FIGURA — O normal vê
5 74.
ficar o 74.
FIGURA — 6 O'normal vê 2.
tificar o 2.
36 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
FIGURA — 7 O normal vê 6.
O cego total para as cores pode dificilmente identi-
ficar o 6.
FIGURA — 8 O normal vê 5.
O cego total para as cores pode dificilmente identi-
ficar 05.
FIGURA — 9 O normal vê 7.
O cego total para as cores pode dificilmente identi-
ficar o 7.
):¦•(
STILLING TEST
TÁBUAS COLORIDAS PARA O EXAME DO SENSO
CROMÁTICO
DESCRIÇÃO DO MÉTODO
se poder conseguir uma boa base de julgamento. Sem êsse requisito, im-
è defeituoso e incompleto.
QUADROS 3 A 18 •
CONCLUSÕES
— "déficit"
b É o de sensibilidade para o verde e vermelho
patente
o examinado interpreta incorretamente ou o faz de um modo
quando
anômala) .
Aplicação do Senso Cromático na... 39
QUADROS 19 A 22
QUADROS 23 A 28
QUADROS 29 A< 31
normalmente n.° 5.
AZUL E AMARELO
32 A 3.S
QUADROS
em bons alicerces.
9 e>'9 que estão dispostos: em pontoá mais claros; destinados a fazer cton->
As do examinando, os movimentos
procuras prolongadas por parte
como se tratasse de uma verdadeira acomodação vi-
laterais de cabeça,
entretanto, começar I e 2. Os
sadas. É recomendável, pelos quadros
da seguinte maneira:
ção comum.
quisitos anteriores.
TENTATIVAS DE FRAUDE
O examinador está sujeito a fraudes. Cumpre avisadamente tomar
providências acauteladoras. Vamos esquematizar os dois pontos capitais:
a — Simulação; b — Dissimulação
Simulação
Quando o examinado informa que não pode ler os quadros que lhe
são apresentados e que lhe é de todo impossível distinguir as cores, o
exame ocular, procedido obrigatoriamente por especialista idôneo, mostra,
de ordinário a presença de outros distúrbios, tais como vícios de refração,
'nytagmus", fotobia,
etc, etc. Se estes sintomas relacionados brevemen-
te faltam, estamos autorizados a pensar em uma tentativa de simulação,
bsse pensamento é tão mais forte e credenciado quando o examinando
não reconhece nem ao menos os quadros i e í que são obrigatoriamente
distinguidos pela totalidade dos discromatópsicos verdadeiros.
Geralmente, como o conhecimento autorizado do Prof. E. Hertet
asinala, o simulador declara logo de início que não pode reconhecer o
verde ou o vermelho, alardeando suas propriedades negativas. Para des-
mascarar o fraudador, deve-se-lhe mostrar, em seguida aos números
i e 2, os outros quadros, guardando o médico uma ordem de exposição
improvisada. Assim procedendo o examinador,, não é raro o mistificador
trair-se. Especialmente quando são mostrados os quadros compreendidos
entre os números 13 e 18, porque são estes mesmos lidos diferentemente
em casos de PROTANOPIA ou DEUTERANOPIA. Tal iniciativa des-
concerta sobremaneira o simulador, tendo o médico desse modo confir-
mação da suspeita.
A suspeita pode ser considerada igualmente como justo título no
que concerne à cegueira para o, vermelho e para o verde, quando o can-
didato pretende não poder ler o quadro n.° 34, que apresenta números
em amarelo sôbre fundo azul. É que a maioria dos discromatópsicos
verde-vermelho o vêem fácil e prontamente.
A má fé do examinando em não reconhecer os quadros 1 e 2, «prova
eloqüentemente a simulação, porque estes quadros, em razão das tintas
claras e escuras que os formam, são forçosamente legíveis mesmo aos
indivíduos atingidos de cegueira completa para o vermelho e verde.
Igualmente temos a dizer e reportar relativo aos quadros, 19, 20, 21 e 22.
O serviço militar obrigatório dá aos médicos do Exército um sen-
tido alerta e prevenido frente aos simuladores. As observações a respei-
to enchem e enriquecem muito os relatórios. Especialmente quando correu
uma voz popular que proclamava não servirem os daltônicos para os
serviços de guerra. De fato eles não servem para determinadas incum-
bências, mas para o serviço comum, não especializado, são tão bons e
úteis como qualquer outro homem.
A respeito de simulação no setor da Marinha, o único cuidado é
analisá-la bem nos casos em que a discromatopsia (provavelmente a in-
44 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Dissimulação
É muito natural e: lógico que um candidato à Escola Naval deseje a
todo o transe, em verdadeiro instinto de conservação, dissimular a discro-
niatopsia que por azar da sorte herdou involuntariamente. Compete,
en-
tretanto, ao médico encarregado do exame, considerando as exigências
regulamentares em função da profissão futura, proceder a um minucioso
exame das propriedades cromáticas. É bem verdade
que o examinando
pode, utilizando-se de médicos amigos, ou mesmo sendo filho de médico,
conforme temos algumas observações ilustrativas, apresentar-se em ver-
dadeiro treinamento e mesmo decorar a maioria dos
quadros chaves.
Decorar todos os quadros e labirintos para um discromatópsico, é tarefa
sobre-humana e, acima de qualquer vontade férrea, a menos
jque o exami-
nador não conheça de fato a tarefa que está desempenhando. Ao
que
estamos informados, os Cursos Particulares que preparam alunos
para
ingressar na Escola Naval, possuem as tábuas de Stilling Benedict.
Meses antes, o treinamento geral é obrigação rotineira.
No Departamento de Saúde da Escola Naval, quando o orientava-
mos, nos casos de dissimulação seguíamos as recomendações do Prof.
E. Hertel, cujo trabalho compulsávamos sempre que tínhamos que tomar
parte em alguma inspeção de saúde. Revendo a matéria, mantínhamo-
-nos em forma ativa.
O recurso técnico de fazer o examinando seguir o< contorno dos
números e das letras, que muito usamos, utilizando um pincel ou bas-
tonete, é uma boa maneira de avaliar o senso das côresí. Para êste
exame são indicáveis os quadros ri e 12, conforme referência anterior.
Finalizando, temos a dizer que o aspecto dos quadros aqui comen-
tados pode ser total e inteiramente modificado pelo emprego de £iltro9
coloridos, vidro ou celofane. Os quadros 9, 10, 12 e 18, vistos atra-
vés de um filtro de côr azul ou vermelha, são ilegíveis para um indiví-
duo normal. Se o examinando, mesmo com estes filtros, interpreta certos
números e letras, é que, inegável e indiscutivelmente, os decorou e foi
orientado no objetivo em causa. Outros filtros, rosa ou verde, conduzem
a modificações diversas e variadas, que se apresentam interessantes par-
ticularmente para uma observação meticulosa.
Os filtros constituem um ótimo recurso para o médico examinador.
Nós os possuímos e usamos em todas as oportunidades.
.
19 9 9
H H
68 De ordinário nada vêem
86 ou vêem incompleta-
43 mente
96
"1
52 Idem Idem
43
6
10 1
11 z
12 L
13 Geralmente não vêem Quase sempre vêem
14 65 Muitas vezes vêem Quase nunca vêem
15 Geralmente não vêem Geralmente vêem
16 Geralmente vêem Geralmente não vêem
• 17 34 Verão um 4 Verão um 3
18 rz Verão um R Verão um Z
19 CH Verão um 31 Verão um 31
20 Verão um 8 Verão Uni 8
21 Verão um 2 Verão um 2
22 nada vêem Vêem um 16 Verão um 16
" 31 Vêem um 5
Vêem um 5 _
32 58 Leitura ilegível ou in- Idem
correta
33 45 Lêem com muita vacila- Idem
ção os números 4 e £>
34 ou lêem os 9 e 2
92 Leitura incorreta ou ile- Idem
gível
35 49 Não lêem geralmente o Iõem
4 nem o 9
cansulta ao original.
LAS DE HOLMGREEN
níveis.
ir Prova — Verde-Claro
indivíduo normal procura somente 06 verdes mais ou menus satu-
rados. Jamais procurará Ias dc outro tom. O discroiuató[>sic<> apu-s.n-
lata DCSta primeira prova de um modc dc.rra. inte re. sante,
potl «|uc
se comporta inseguro, tituh.ante t- dcmocadc ca >ua açioL o
que tnÃa
grande tempo perdido eokrt esteitacAa t raapNt», Conjectura demasia-
Dte, As vé/cs escolhe certo um verde, mas adiciona a este o Cinza,
«' / i-rnn-lho-. Imarclo, etc.
.Vos oan.lii latos á EsCOtt Naval, lOIMM ohaCiradu Mata
pri
a contusão com o cin/a-claro, com 0 a.ul i->-l.-.ti- e 0 marrou, que
«s examinandos julgam tratar-se do venle Dm, candidato. argãídoC
.1 c6f >\.\-, cortiií «Ia dc inüpcçio, (cortinas quase
rrètas. pai 1 ^.da quando é pi
tüsseram-éas rtrdca, U_a outro DoadoOu verdes os sapatos marrom
dc um colega medico, companheiro dc junta inspecionai
da os lentos rnda tropn-.il, c er
temos presenciado algumas vr.es Mui ihasti
[ rios pais .ju. reclamar o resultado da inspeçlo dc
ir, com ama indumer
assim errdeu. '.tm o rebento chamar dr .
¦ trnpic.il cinza Ê uma casualidade eloqüente que no» tem si
mano ileixamoa pui e filho debatendo a ques tio "sol
genens". querenc'o ambos »e convencerem a rr venle o do cinza.
•nsultório <le um oftalmologista. para dirimir as duvida*,
mente a meta curiosa de ambos. Despedem-«e dtiendo que sanca neto-
coisa alguma ante*, e ¦
-¦irp- -ditamos. Assim é mais comòdo e menos trabalho., uor-
que questionar cotn
- it-0 — /'
ANOMALOSCÓPIO DE NAGEL
)::(
EM RESUMO
-)--(-
ao nascer. É mal congênito. E' os que êle atinge, não podem, em abso-
exuberante.
as côresi do céu, as cores multivárias das estréias, porque são estas mes-
CONCLUSÕES
vai, deve! ser pesquisado por Oftalmologista que bem conheça a ques->
tão da3 côres e o seu significado em todos os setores da atividade pro-
fissional, tanto em tempo de paz como de guerra, conforme minuciosa
e Serviços da Armada.
BIBLIOGRAFIA
ANEXOS
Anexo i
MINISTÉRIO DA MARINHA
Gabinete
29 — Abril — 1943
Circular n° 3
Do: Diretor Geral de Navegação
Assunto:
brancas das agulhas de tijupá por lâmpadas azuis que agem de modo
mais conveniente em caso de necessidade de iluminação leitura de
para
rumos ou marcaições.
Nota: O ê nosso.
grifo
Anexo 2
Pavilhão Nacional.
27 — Etc, etc.
Anexo
5
BANDEIRAS ALFABÉTICAS
GALHARDÊTES NUMERAIS
SUBSTITUTAS
Bandeiras Substituta Sinal Morse Significado
Cores usadas — —— ———
BRANCO
AZUL
AMARELO
PRETO
Anexo 4
vizinhanças.
Anexo 5
Ordem
o seguimento.
Verde
de emergência, BE.
45o para
14 Três luzes Verdes Deve ser obedtecido
quando
as luzes forem, descomuta-
das.
— Se estiver no rumo base.
Fixas. Começar o diagrama
d'e Zig-Zag como foi prévia-
mente ordenado; ou se or-
dens prévias não tiverem si-
do dadas, começar o diagra-
mas de Zig-Zag ultimamente
empregado.
Anexo 6
SINAIS DE IDENTIFICAÇÃO UM
ENTRE NAVIO MERCANTE
OU TREM E SUA ESCOLTA
Durante a noite
c)Navios de escolta:
Durante o dia
Durante a noite
VARREDORES
RECONHECIMENTO
~
i
x — agindo isoladamente,
Quando 3 esferas PRETAS, sendo uma
no tope do mastro de vante e as outras 2, uimai em cada laís da
vêrga do mesmo mastro. À NOITE, luzes VERDES, visíveis
3
em tòclas as direções,, nas mesmas das esferas.
posições
I
— Quando agindo aos ou mais navios, 2 esferas PRETAS,
pares, 3
sendo uma no mastro de vante e outra na laís da vêrga corres-
Anexo 7
S
data mencionada, serão usadas novas tonalidades nas cores das cartas
I
MAIOR DA ARMADA — INFORMAÇÕES
ESTADO
Assuntos
phic Office.
Anexo 8
BOLETIM HIDROGRÁFICO — Washington — 19 de agosto — 1942
A LUZ VERMELHA SOBRE AS CARTAS DE NAVEGAÇÃO
Tem sido há muito tempo reconhecido qua após a exposição dos olhos
à lua artificial, à noite, a volta da visão no escuro requer um tempo per-
dido apreciável. É o que se chama comumente acomodação visual. No-
tamos, vulgarmente, tal quando penetramos numa sala de projeção cine-
matográfíca: Este tempo perdido de acomodação visual constitui para os
marinheiros algo importante, especialmente quando os navios se encon-
tram em comboio ou outros exercícios., Mesmo na rotina comum da| vida
de bordo dos encarregados det navegação ou Oficial de serviço no passa-
diço, é notável o motivo comentado. O Departamento de Navegação pro-
cedeu a estudos especiais sobre luzes diferentes, diferentes cores, procuran-
do compensar ao mínimo o tempo perdido de acomodação visual e veri-
ficou que esta acomodação para o branco e azul fazia-se em 10 a 30 mi-
nutos, de acordo com o indivíduo submetido ao teste. Entretanto, os mes-
mos indivíduos empregando a luz VERMELHA, apresentavam a aco-
modação visual em poucos' segundos, 10 a 20 no máximo.
Eis por que foram feitas todas as modificações nos camarinsi de na-
uegação de que vimos tratando. O artigo do Boletim, Hidrográfico trata
do assunto tecendo outros comentários, oportunos. Refere-se às cores
das cartas para que os pontos sejam visíveis à luz vermelha de ilumina-
ção geral do camarim ou usando o encarregado de navegaição óculos
vermelhos, etc, etc.
O certo e indiscutível é que esta nota do Boletim de Washington tra-
duz a modificação estudada pela Marinha Americana e imitada logo pela
Marinha do Brasil em feliz e oportuna inspiração. Respeito ao exposto,
já falamos em anexo o que tem sido o trabalho de nossa! Diretoria de Hi-
drografia e Navegação. Lembramos que a côr púrpura é visível com a
luz vermelha: a alaranjada da9 primitivas cartas não o é.
Anxeo 9
SINAIS
( LUMINOSOS
SINAIS: DE CERRAÇÃO
CEGOS
A óleo
A querosene
FARÓIS: Automáticos
Semi-automáticos
Aplicação do Senso Cromático na. 67
diáfanos
sirenais
buzinas
AÉREOS:
canhões explosivos
foguetes (Côres)
sinos ou gongos-apitosi.
— CÔRES
Luminosos (foguetes)
Sincrônicos.
Bóias
Anexo 10
— LONDRES 1929
WASHINGTON
VERDE
BRANCO
VERMELHO
VERDE
REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Anexo n
ROTEIRO
'
Preto.
Branco.
Cores encontradas no Roteiro: Encarnado.
Verde.
Azul.
PRETO — Para ser deixado por BB por quem entra nos portos.
Quando luminoso, exibe luz branca com um lampejo ou uma
ocultação por período.
VERMELHO
AZUL
AS BôIAS E SUAS CÔRES
VERDE
PRÊTO
Anexo 12
'
LISTA DE FARÓIS
2.a coluna;
3.a coluna.
a) Fixas.
Alternadas: lampejos. —
Branco — Preto —
Vermelho — Vermelho.
30 a 15 a 40%' 20 a 30%
50%
a 10% 0%
5
do, absorve mais ou menos 1/5 de intensidade da luz que lhe é aplica-
CONDIÇÕES FISIOLÓGICAS
gente precioso.
Anexo 14
PROVA DE SAÜDE
INSPEÇÃO PRELIMINAR
ALTURA
VISÃO
SENSO CROMÁTICO
Anexo 15
DALTÔNICOS
entíficos.
RESUMINDO
P.O.Q. 22 9 ms e 10 s
25 28 ms e 45 s.
J.A.P.
Di. N.M. íà 15 ms e 4 s.
O.M.P.R 24 12 ms e 15 s.
H.L.C.B. 16 10 ms e 15 s.
Escrita: 3 minutos
Oral: 1 minuto.
PALAVRAS FINAIS
Eis como o autor, modesto médico naval, julga deva ser ser aplicado
vir durante mais de dez anos de sua vida profissional, doi quq resultou o
damente.
sobreviver".
BRASILEIRA
Giultano Giacopini
Publicado "Revista
pela Marítima"
de outubro de 1962.
INTRODUÇÃO HISTÓRICA
pacífica.
Pedro.
destino e o do Brasil.
aguerrido e disciplinado.
sob suas ordens constava, entre outros, dos seguintes navios: Fragatas
Glória e Liberal. Todos êles, com exceção desta última, sob o comando
pouco tempo, causando escasso dano ao inimigo, por causa do mau manejo
84 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Brasileiras Portuguesas
NAU NAU
Pedro Primeiro
Primeiro 74
74 Dom
Dom Joao VI
VI 88
88
Campos)
FRAGATAS FRAGATAS
Piranga
Piranga 50
50 Constituigao
Constituigao 56
56
Niterdi
Niterdi 47
47 Pcrola
Pcrola 44
44
CORVETAS CORVETAS
BRIGU*S fol
Gulteerereir°
tualtee7eir0 26
Bahia 16 Principe
do Brasil 22
Guarani 16 Restaura\gcio 24
Real Pedro 14
OUTRAS UNTDA-
DES
Calypso 22
Activa 23
Audas 18
Conceigao de Oli-
veirp
veirv 6
(2) A Grão-Pará consegviiu, não obstante, arribar a Lisboa por seus pro-.
prios meios.
86 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
rem do intento.
Não contente com isso, em abril de 1865, Lopez penetrou com suas
samente para navegação fluvial. Destes últimos, uma dezena tinham des-
(
locamento entre 800 e 1.700 toneladas; possuíam proteção de 60 a
canhões.
A BATALHA DO RI ACHUELO
rj -, Armamento Armamento
calibre em libras Paraguaios ..^ ^
BraSlle'r0S ^
3.a Divisão
(CMQ Secundino) Paquete Salto Ori-
ental IV-18
Corveta Jequiti-
nhonha 11-68; VI32 Paquete Iejui n^S
Corveta Belmonte 1-70; 11-68;
IV-/" Paquete Pirabibé 1-18
Corveta Beberibe 1-68; VI-32
Canhoneira Ipiram-
9a Vi 1-30
REBELDES
Couraçado
Aquidabã 5.000 IV-234; IV-14S; 280 15
XI-25; 5tit
Monitores
Javari 3.600 ÍV-254; IV-25 tr 330 11
Alagoas 340 1-178 (cb); 11- 114 7
-25 tr _
Cruzadores
Protegidos -v.
Tamandaré 4.500 X-152; 11-120; 38 17
V-25 tr; 6 tlt
República 1.300 VI-120; VI-57; 51 17
4 tlt
Cruzadores
leves
Guanabara 1.900 IX-145 (cb); II- 14
-25 tr;
Trajano 1.400 VI-102 (cb); II- -3
-25 tr
Canhoneiras
Marajó. 43" II-152; II-37; II- 10
-25 tr
Liberdade 250 IV-12; IV-25 tr 7,5
Torpedeiras
Iguatemi
Marcílio Dias 106 II-37 tr; 4 tlt 25
Araguari
11 paquetes
armados
4 pequenas
torpedeiras
costeiras
História da Marinha Brasileira 95
GOVERNISTAS
Monitor
Bahia 1.000 II-178 (cb) 140 10
Corvetas
Parnaíba 840 I-152; LL-32; II- 12
-25 tr
*•* de
Março 78° VII-120; IV-25; tr 10
Canhoneiras
Inicia-dora -60 II - 120; IV - 37; 9
IV-23 tr
Cabedelo 200 II-37; IV-Í25; tr 9
Braconnot -6a ? ? 9
Tiradentes 800 IV-120; HI-57; 14,50
IV-25 tr 2 tis
Torpedeiras
G. Sampaio 465 II-76; IV-47; 3tls 18
Pedro Afonso
Pedro Ivo
Silvado 130 II-25 tr; 4 tis 26
•S-feto lardim
Bento Gonçalves
C. Auxiliar
7.080 I-381 (pneu) ; 17
Niterói
120; II-33 ">;
VIII-57; IX-25 tr; —
4 tis
4 Paquetes
armados
4 pequenas
canhoneiras
costeiras
. A esta esquadra, que tinha seu ponto forte no Aquidabã e nos cru-
./adores Tamandaré e República, Floriano Peixoto, no momento,
primeiro
só pôde opor o velho monitor couraçado! Bahia, veterano da do
já guerra
Paraguai, e cinco pequenas canhoneiras; o couraçado Riachuelo,
pois
o cruzador Benjamin Constant e a torpedeira de alto mar Aurorai acha-
vam-se, no momento, na Europa; e a canhoneira Timdentes docada, em
Montevidéu.
de munições.
quete Rio de Janeiro, que se dirigia ao sul com 1.100 soldados do Governo.
sem esperança de conseguir êxito, três dias depois fazia evacuar os na-
"AQUI
A CAPTURA DO D ABA"
As bases navais
A formação do pessoal
A frota
CONTRATORPE-
DEIROS
Acre, Ajuricaba ]
Amazonas, Apa (4) / i-45o IV-127; II-40 aa; 34.000 HP
Ar aguar i, Araguaia VTII tlt. 533 mm 34 nós
)
Gneenhalgh, Marcílio Di- 1.500 .IV-127; VI-40 aa; 42.800 HP
as, Mariz e Barros ( 5) IV-20 aa; 36,5 nós
Pará, Paraíba, Para- V-127 aa; VI-40aa 60.000 HP
\ Pemmb. IV-i27aa 2 hél.
«<V Pernambuco (6)
j V tlt de 533 mm 35 nós
FRAGATAS
(7)
Babitonga, Baependi, \
Bauru, Beberibe, Be- f III-76; II-40 aa; 6.000 HP
nevente, Bertioga, Bo- 1.240 vTI-20 aa 2 hél.
caina, Bracuí. III tlt de 533 mm 19 nós
CORVETAS (8)
Angostura, Bahianaa, \
Caboclo, Forte de Co
vmbra, Iguatemi, Im
perial Marinheiro, Me-
z\ 911 I-120; IV-40 aa;
M. Diesel
2.160 HP
2 hél.
arim, Purus, SoUmões. 16 nós
Ipiranga.
M. Diesel
SUBMARINOS (9) 6.500 HP 21
Humaitá I-127; II-40 aa tlt nós sup, 10
1-525
Riachuelo; de 533 mm; sub, M elét.
2.750 HP
"Colossus").
(1) Ex — HMS Vengeance. (classe
— Philadelphia "Brooklyn") .
(2) Ex USS (classe
"S. Louis").
(3) Ex — USS Saint Louis (Classe
(4) Lançados ao mar em 1945 no Rio, segundo projeto britânico.
(5) Lançados aoi mar em (1940-1941) no Rio, segundo projeto norteamericano
"Fletcher"), tido em 1959 como MDAP.
(6) Ex — DD americano (classe
"Boostwick").
(7) Ex — Dg americano (classe
(8) De construção holandesa.
"Gato"). Tidos em 1957 como MDAP.
(9) Ex — americanos (classe
102 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Freitas Albuquerque
Doutor
DA GUERRA DO PARAGUAI
HEROl E MÁRTIR (')
Freitas Albuquerque.
Faculdade de IVEedicina da Bahia —¦
Matricula-se na
— e sai com o grau de doutor em mediei-
primaz do Brasil
"Existe
'ano após defender tese, intitulada
na, no de 1857,
(*) Palestra lida no dia 25r de novembro de 1961, na Rádio Roquete Pinto
"De
dos Lords comissários do Almirantado da
parte
Grã-Bretanha, da Irlanda, etc.
"O
Conde de Sandwich nos tendo apresentado uma re-
"Sandwich
6 de 1776 — — Spencer
de julho (Assinado)
~ IX Palliser
"Ph.
(Por ordem de SS SS) Stephen".
à Inglaterra.
G. M.
Um Guia o Jovem Oficial
para
*¦ INTRODUÇÃO
3. RESPONSABILIDADE E PRIVILÉGIOS
4. NORMAS DE CONDUTA
íí _?
-k um erro:
8. ESCREVER E FALAR
i — Quanto mais simples se diz uma coisa mais efeito produz sô-
bre quem a ouve.
— Há sempre um modo mais adequado de traduzir o pensamento.
Aceitar a primeira solução, por comodismo, ao invés de busT
car uma outra, é induzir-se ao erro.
— A economia de palavra fortalece a composição.
— Pense duas vezes antes de usar um simples adjetivo.
ver-
— É preferível usar um advérbio, porque reforça a ação do
bo, ao invés de um adjetivo, que apenas complementa o subs-
tantivo.
— É o verbo que dá força à frase. O lugar em que se coloca tem
seu valor. Dá mais ênfase à sentença.
— Na expressão escrita, sobretudo na vida militar, não cabe a
terminologia vaga. O vocabulário militar já contém palavras
e expressões que respondem a um significado único, de caráter
in-
profissional. O seu uso continuado, vicia a linguagem. Há
Um Guia o Jovem Oficial 121.
para
9- À ARTE DE INSTRUIR
Instruir é de fato uma arte. Para ser artista não basta conhecer
0 papel. É necessário também vivê-lo, e bem, para que os resultados
sejam satisfatórios. está fazendo.
É preciso acreditar no que se
Convencido de sua missão, transmite naturalmente o deseja a
que
seus subordinados. Inversamente,
E demonstra-o claramente. se a ro-
tina o conduz, desperta cedo o desinterêsse.
A convicção na missão não deve ser levada ao exagêro. A modera-
A forma "dar
cômoda de parte", desvencilhando-se ràpidamente do
nem sempre é a melhor solução. Geralmente uma
yoblema, provoca
'njustiça.
E o tenente passa a enfrentar os sintomas da d|es-
primeiros
¦confiança.
'CONCLUSÕES
ii.
" —
Transcrição de A Defesa Nacional". N.° 1963.
581 Jan°
REVISTA DE REVISTAS
•SUMARIO: — Modo de combater em guerrilhas — Operações em águas
restritas — A Terra vista do Sputnik — A Terra não
é uma esfera perfeita — Luas artificiais para medir a
Terra — Cálculos precisos em alguns meses — Os Sa-
télites revelarão os segredos da Terra -r- A UNESCO
vai equipar o "Almirante Saldanha" — Publicações re-
cebidas.
por este mesmo motivo, despejando sôbre o inimigo uma carga maior
a noite.
i
"speakers"
Primeiramente, como dizem os em TV, daremos al-
chinha e o Cambodge.
mordial para lidar com a tática de guerrilha não repousa nos ombros
dos Estados Unidos, mas nos ombros do estiver sendo atacado
país que
*'
j|u Js! ,
"
JiiiF Jagg* ~;"Y ¦*** < ¦<« ^
' "viit t
^WStSwuT W^
i
Pelo descrevemos de não é
que acima sôbre a guerra partidários,
muito difícil condensar algumas linhas que sirvam de guia para
gerais
° contra-guerrilheiro.
A delas, é lógico, será vencer o povo!
primeira
"peixe" "dágua",
Quando o é deixado fóra êle não nada
guerrilheiro
bem. A preocupação desta luta de ideais e corações do povo
principal
ãeve ser folhetos,
uma lida uma contenda travada por jornais,
política,
rádio, ao
pelos membros do conselho municipal, e mediante promessas
Povo de um futuro melhor.
TOent of State... ou, mesmo que não haja governo amigável. Contudo,
seja qual fôr a fonte da "munição" política, as armas serão, provàvelmen-
íe, um tanto semelhantes. Basicamente, será uma plataforma política des-
tinada a remover as fontes de descontentamento popular e cortar pela
raiz as promessas do inimigo comunista. É melhor apresentar essa pia-
taforma antes que o inimigo ganhe muito êxito e venha a alegar que
as "concessões, são uma demonstração de fraqueza".
Os itens desta plataforma política de antiguerrilheiros podem incluir
disposições sobre maior autonomia de governo pelo povo; um plano sobre
redistribuição de terras, reformas legislativas, melhor educação, legislação
social ou mesmo apelos emotivos. A Rússia foi dominada inteiramente
—
pelo movimento comunista de 1917-18, mediante a seguinte promessa:
"Terra e liberdade para o
para os camponeses, fábricas para os operários,
povo!".
Outros expedientes eficazes contra os guerrilheiros comunistas encon-
tram-se nas propostas de anistia para os guerrilheiros desertores do par-
tido (o que é eficacíssimo depois de bons resultados contra o inimigo)
•e prêmios oferecidos aos mesmos. Na guerra filipina contra os Hukba-
lahps em 1947-52, o presidente Magsaysay conseguiu bons resultados
seduzindo os inimigos Huks para se retirar das montanhas sob promessa
de anistia e terra livre a cada desertor que se rendesse com o armamento
(em muitos casos de guerrilheiros, o armamento é mais importante do que
o próprio guerrilheiro, e precisa ser sempre exigida, mais do que qualquer
outra condição, numa anistia oti condições de recompensa). Não devemos
esperar que os resultados da guerra política surjam da noite para o dia.
Ê caso que leva tempo e precisa ser nutrido e incubado como um pintinho.
A guerra política apresentará efeitos melhores quando é acentuada pela
punição dos guerrilheiros no campo de combate.
A destruição permanente, mediante uma força efetiva de contraguer-
Tilheiro no terreno, é na verdade suficientemente má, sob o ponto de vista
do inimigo, pois, podendo êle escapar facilmente! dessa situação miserável
também uma recom-
por meio de uma rendição honrosa... e receber
da defecção tornar-se-á duplamente convidativo. O
pensa... o preço
-efeito geral sobre a população — é claro — é muito favorável. Quando
o governo promete quase tudo o que o povo necessita realmente, sem ter
seu golpe. Os co-
que lutar por isso (a propaganda comunista perderá
-munistas, nesse caso, terão que recorrer ao terror e ameaças que, final-
mente, nesse caso, terão reação.
Embora os militares possam não participar, da determinação das
reformas políticas, será bom que tomem parte na disseminação da nova
lolítica governamental. Uma tal disseminação nada mais é que uma com-
"povo
binação de um bom programa de para povo" e de guerra psico-
lógica. A guerra política deve ser levada ao povo todo.. Cartazes devem
exibir-se pelas cidades, folhetos devem ser distribuídos de mão em mão,
-enviados pelo correio, ou jogados dos aviões. Os jornais, o rádio, a TV
•<se houver), as revistas, e todos os outros recursos de comunicação de-
136 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
iz , 7"y~>—t"tr--4g-/.*>T|^lflllll£
"slogans",
vem ser utilizados. Boatos e qualquer outro da trama
processoi
ou cabala devem ser empregados. Se o povo não souber ler, há escolha
a
de dois recursos: — êle ser ensinado,
precisa ou ser atraído pela voz
do rádio.
com os
piores termos (assassinos, raptores, ladrões, traidores do povo,
•tec), ao "amigos do mun-
passo que os "bons camaradas" são sempre os
do democrata", "os salvadores do republicano, e assim por diante.
governo
Qualquer seção eleitoral numa cidade americana pode dar conselhos sôbre
esta maneira de combater. Os comandantes militares tendem a consi-
derar as
partidas de "baseball" com os nativos, e as contribuições para
jogos infantis, como um assunto secundário em relação à missãoi de com-
bater Comunistas; o
que é perfeitamente compreensível. Examinemos, pois,
Uni assunto mais militar: — o treinamento dos militares locais antico-
"lunistas e das forças equiparadas. O maior potencial de força guerri-
'heira em
qualquer país e o do próprio país. Na Revolução Americana,
as Forças Legalistas americanas ao serviço de Cornwallis e outros co-
Mandantes britânicos mais atrozes
(particularmente no sul) foram as
- eficientes república. B por que isso? Eles
que se opuseram à jovem
conheciam o do estrangeiro se julgaria
país e o povo melhor que qualquer
conhecedor. Por tal motivo, uma força anti-comunista local precisa ter
Prioridade no treinamento, no abastecimiento, e em qualquer outro am-
Paro necessário.
"solução esco-
Os militares indígenas, porérfi, formam uma parte da
Iar"; sendo a outra constituída
pelas demais forças equiparadas que aper-
feiçoadas, milicianos, da polícia
podem ser procedentes da polícia, dos
«Ural. Seja qual fôr ela, e seja qual fôr seu nome; seja "His Majesty's
Royal Boy Scouts" ou "Armed Ladies Auxiliary", nós necessitamos de
todas elas. Elas preencherão as lacunas nos campos, nas vilas remotas
ou nos povoados vivendo entre o povo e a força convencional militar.
Servirão de ouvidos e olhos dos militares, e seus elementos serão os
"scouts"
das forças regulares, e tropa sempre presente, sempre pronta.
Deverão ser expurgados cuidadosamente dos agentes _ inimigos, ser trei-
nados e bem armados. Necessitam de boas comunicações.
Suas forças são normalmente reforçadas com NCOs, (non-comissio-
ried officers), sub-oficiais do exército regular e oficiais. A técnica co-
munista cubana na formação da milícia é uni bom exemplo do modo por
que isso pode ser preparado. Não sejamos tímidos ou dissimulados no
Provimento e organização de um sistema de oficial político numa tal orga-
nização. A cooperação entre uma tal força equiparada e as forças con-
vei*icionais precisa ser íntima e rápida.
A organização é um fator importante na contraguerrilha. Todo país
atacado deve ser cuidadosamente dividido em zonas militares, cada uma
tendo comando local e seu estado-maior. Cada zona precisa sub-dividir-
-se
geograficamente, de modo que se estabeleça uma responsabilidade
definida, e que cada comando se torne perfeito conhecedor do seu setor,
terreno, clima, pessoas... e guerrilheiros. As forças dividir-se-ão em uni-
dades de treinamento, unidades de alerta, de folga e de reserva.
A comunicação precisa ser rápida e segura. A reação rápida deve ser
assegurada contra toda e qualquer atividade inimiga. As reservas neces-
sitam de capacidade bastante para se deslocarem velozmente para qual-
138 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Segurança
próximos.
0 favoráveis dos
guerrilheiros. Se
olfato... todos são esconderijos
pois
"teams
o contrabando estradas, empregam-se os
de armas fizer-se pelas
com de estacionamento com pessoal de
o localizador de minas em postos
verificação. esses devem ser guardados por
Convém lembrar que postos
-sentinelas em desespero não possam
ou que os guerrilheiros
polícia, para
surpreendidos. É conveniente não
lutar abrir caminho forem
para quando
locais incertos; isto é, descendo e
esquecer das buscas de surpresa em
uma busca sistemática. Tais re-
isolando uma área, e fazendo a seguir
e apanham o inimigo freqüen-
vistas são muitas vêzes' bastante proveitosas
não, constituem um bom exercício
temente desprevenido e, mesmo que
para, os contraguerrilheiros.
ser com a coordena-
Um capaz de revista deve preparado
programa
secreta. po ícia, pesso
das do serviço de informação
Ção organizações
ou militares, que ocupam posiçoes
civil e militar. Todas as civis
pessoas,
mais as trabalham ou vivem em
importantes ou de responsabilildade, que
Informação Secreta
' ~*
__aai__________i ___________
TJWrV «;lfflHHí' ij________L
dos guer-
prático, que não seja a perda de veículos, causada pelas minas
rilheiros e a frustração do transporte motorizado dos oficiais (que ficam
bastante prejudicados). Talvez que uma diminuta impressão possa ser
causada sobre a população indígena pela fumaça da gasolina e pelo baru-
lho terrível da descarga do motor.
aéreos na-
Muitos oficiais incluirão sem dúvida os reconhecimentos
sustentando que os guerrilheiros nao se ex-
quela mesma categoria,
serem notados por
porão à luz do dia numa formação regional, para
nossos observadores. Contudo, a ciência moderna tem avançado muito
nestes poucos anos, e o avião já tem certas substanciais vantagens que
sobrevoando a re-
podem ser utilizadas. Os aviões de reconhecimento,
todos os movimentos suspeitos
gião com observadores que esquadrinhem
ou qualquer vestígio disso, impedirão as manobras inimigas, durante o
dia. A fotografia descobrirá, muitas vezes, sinais de atividade que se
tornem de impossível localização, quando a operação é feita do solo. A
noite, o avião, equipado com auxílios eletrônicos e local_zadores de alvo
móvel apontará as manobras dos mínimos grupamentos, ou de pessoas que
se julguem protegidas, com segurança, pela noite. Um outro bom emprego
do avião é o de investigação de comunicações; que consiste em apanhar os
fontes
sinais cifrados dos agentes ocultos, dos informantes ou de outras
regiões dos guerrilheiros - muito
informativas do serviço secreto nas
onde as comunicações sao difíceis.
particularmente em países primitivos
Melhor que tudo o avião pode cobrir uma área imensa em comparação
com o que pode ser feito num patrulhamento a pé... Assim sendo, use-
mo-lo, quado pudermos.
de partido são elementos
Os prisioneiros e as pessoas que mudam
valiosos em qualquer espécie de guerra; motivo por que devem ser feitos
de atraí-los. Além de indicações1 claras sobre
grandes esforços no sentido
sua organização, força, equipamento e seus planos, os
posições inimigas,
nossa guerra psicológica,
prisioneiros poderão fornecer informações para
impopula-
como sejam sobre o moral, nomes de chefes, oficiais e políticos
os "guerreiros lancem
res e outros tantos. Isso permite que psicológicos"
diretamente a propaganda sobre cada grupo ou grupos inimigos, din-
instigando neles a desconfiança e
gindo-se a cada elemento por seu nome,
a discórdia, rebaixando o moral inimigo e chamando a atenção para sua
"luta sem esperança", para a "caçada desesperada" de sua vida, para o
"demônio estrangeiro, etc.
A mais formidável ameaça de informação secreta às organizações
congêneres, e a mais temida pelos chefes guerrilheiros, é a penetração.
Por sua própria natureza, o guerrilheiro está em todo o momento exposto
às nossas tentativas de penetração, pois êle necessita sempre recrutar
isso dizer que o contra-
gente para seu seio. Fundamentalmente, quer
-guerrilheiro pode esquadrinhar uma zona, recrutar secretamente e trei-
nar um agente e utilizá-lo para nossa informação. Excusado é dizer-se
ser praticado por profissionais. A
que.isso é um tanto arriscado e só pode
informação secreta do contraguerrilheiro é serviço profissional, e so pra-
144 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Êle foi capturado várias vezes com 03 companheiros (que eram fuzilados)
"salvava-se"
mas miraculosamente, e mais herói que nunca. Foi isso
e manobras secretas.
devidamente analisadas.
Conclusão
de batalha.
C. F. Reformado.
EM ÁGUAS RESTRITAS
OPERAÇÕES
Isso é um esforço em água restrita, não resta dúvida, mas à execução das
invasões anfíbias têm-se tornado uma arte tão séria em si mesma, que
"operações "ou"
os têrmos em águas restritas operações no interior do
'passaram
litoral a ser usadas para significarem tôdas as operações que
não sejam a base de assaltos anfíbios. As expressões incluem, de facto,
seguir rio acima- para acompanhar de perto sua prêsa até onde fosse
____________________%? ^HMMMMmiMMMMMMM
11 i
¦
ii j
**l^|fl_fkM, ,*
$s
de combaterem em Salermo. A
Sicília, salvou três divisões alemães
que
da Córsega e Sardenha é, tam-
evacuação de mais de soldados
30.000
dos Aliados nas operações em águas
bém, apontada como uma falha
restritas.
I'
.. j
'
• 1
¦
.11
:
fpll'
terêsse.
Embora isso não seja cem por cento verdadeiro, é claro que os oficiais
notar que nenhum comentário tem sido feito sobre seja a espécie
qual
mais desejável de comissão. É certo que ela se muda de vez em quando.
Embora a nação esteja muito longe do preparo para aceitar êste: conceito,
a análise do futuro mostra quão necessário umali tal capacidade pode ser.
Várias vêzes, por exemplo, nos poucos últimos anos passados, tem sido
"crise
sugerido durante a do dia", que uma ação nossa poderia ser a
Newton, há três séculos, sabia a 1 erra não podia ser uma ver-
que
dadeira a seguinte imaginemos dois poços
esfera. Êle propunha prova:
comunicantes, o centro da terra; o num dos polos,
cavados até primeiro
e a água nível a do centro da Terra)
estaria no mesmo (medida partir
0 outro a Terra dotada de movimento rotativo
no Equador. Não fosse
em ambos em torno do seu eixo, a
os poços. Mas, por girar a terra,
agua do virtude da força centrí-
poço escavado no Equador subirá em
fuga, até da água suplementar, acumulada nesse
que a pressão poço,
compense a de devida à força centrífuga.
perda pêso
O mesmo fenômeno deve dar-se com as águas do oceano e o próprio
corpo do nosso não há na natureza corpos absolutamente
planeta, pois que
sólidos. A deve ser, em conseqüência, levemente achatada nos
Terra
Polos e ligeiramente abaulada no Equador, como uma tangerina.
quase
PUBLICAÇÕES RECEBIDAS
VISÃO — ns. i a 25 (1962) — Revista ilustrada, altamente noti-
ciosa e informativa, publica nos números em apreço interessantes crô-
nicas, comentários e artigos sobre os acontecimentos políticos, sociais
e científicos do mundo contemporâneo.
REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
—I — Brasileira — No ensejo
MIUTARY REVIEW n.° 2 Edição
atenção.
— 11 e 12 Naval Institute) —
PROCEEDINGS ns. 10, (USA
Recebemos ainda:
— ns. a — O ARÍETE —
AÇÃO DEMOCRÁTICA 38 43 ns.
N. A. L.
Avio
____L%"
___^-^_L__ O*
^/uBMARINOy
SUMARIO: — .. ___». secreta arma norte-americana da Segunda Guer-
— Várias notícias.
W Mundial — Submarinos soviéticos.
SETEMBRO DE 1944
(*) Por ter sido precisamente nos extraordinários êxitos obtidos pelos aviõea
e pelos submarinos norte-americanos, onde mais se"gabinete
deixaram sentir os
resultados dos pacientes e perfeitos trabalhos do negTo" dos
Estados Unidos, achamos não estar fora de lugar, nesta seção, o inte-
ressante trabalho que traduzimos da Revue MariHme da França, — n.o
192 — outubro último.
166 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
MUITO SECRETO
Pearl Harbor.
é tão secreto, que me vejo obrigado a
O tenho a lhe dizer pe-
que
carta sob a condição, porém, de não revelar a
dir-lhe que: ou leia esta
e m'a devolva; ou pare aqui na sua leitura
ninguém o nela se contém,
que
lhe entrega dela.
e restitua a carta à pessoa que fez
pessoais".
O aceitou. _
general Mars'iall f ^
leram a carta do Chefe do Estado-
Mr. DeKvey e Mr. Bell juntos
a conservou com ele.
-Maior do Exército, e Mr. Dewey
sincero convite.
Marshall mostra ao Governador uma pilha de
Pouco depois o general
chegados durante a sua breve ausência.
telegramas inimigos, decifrados,
dá as suas ordens...
A vista dêles, o General
De,wey à mais secreta elaboração da estratégia
Assistia assim Mr.
homenagem prestada à sua discreção.
«orte-americana. Éra uma
UM ANO DEPOIS
luz do dia!
várias comissões de inquérito:
se tinham reunido
Já
Relatório e anexos: 2.173
Comissão Roberts (18-12-41/23-1-42). págs.
C. Hart Relato-
Inquérito do Almirante Thomas (12-2-44/15-6-44).
Podia —
significar pensava-se:
decifravam mais ou menos
ingleses e norte-americanos
que
em inimigos; ou mais provàvelmente que,
comum os telegramas
•officials".
da êle apresentada.
.gravidade questão por
Allen W. Barkley, respondeu, mais
O Presidente do Joint Committee,
*ensue to our relatbns ivith any( other< country among our Allies
in regarei
OS SUBMARINOS SOVIÉTICOS
Continua sendo a arma submarina o objeto dos maiores cuidados-
da parte da Marinha soviética e, conseqüentemente, da atenção dos go-
vemos ocidentais.
_ A "Revue Maritime" da França publica, no seu número de no-
vembro, interessantes informações referentes aos últimos tipos de unida-
des da Marinha russa, das quais traduzimos as referentes aos submarinos.
CLASSE G
Deslocamento, 30001; comprimento 100 m; velocidade 16 nós; armamento:
3 mísseis balísticos; 8 tlt 533 mm.
CLASSE F
Deslocamento 2600t; comprimento 90m; velocidade 16 nós; armamento:
8 tlt; 533 mm.
r-V*** ¦ 'fm\
_Jsss_títá.
CLASSE R
Deslocamento 1400 t; comprimento 75 m; velocidade 16 n; armamento:
4 tlt 533 mm.
Aviões a Submarinos 175
"Q" de
Os submarinos da classe são unidades 500 toneladas, apro-
ximadamente, e 16 nós de velocidade em imersão, especialmente desenha-
dos os teatros de operações navais nos mares Negro e Báltico. O
para
seu armamento abrange tubos lança-torpedos de mm e com os
4 533
lança-torpedos.
"R" de algumas das 200 unidades in-
Os provêm da modernização que
tegram a Deslocam 1 200 toneladas em imersão e a sua velo-
classe W.
cidade máxima vai até os 15 nos. Estão armados com 4 tubos lança-
-torpedos mm.
de 533
"W"
Um certo número de submarinos do tipo tem sido, também,
VÁRIAS NOTÍCIAS
ALEMANHA OCIDENTAL
FRANÇA
i_a_i___i»'te;a__*...
^^^, '°,^^'i*^I|P_™kÍP
"^""^mm"
--Bi-feiMntii-ilii ___aMÉ______i
HH_H______H8__________N________I_____I___^^
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¦ .: .-.^JMÉmLíI -^R__H_P^ ¦
¦;i'v.--"--_f:--:i...'---:'.* ¦¦*."*.
.., ¦-¦¦¦.-.
GRÃ-BRETANHA
nome — no estaleiro) .
Ossiris e um ainda sem
'
em Guenock. \
ESTADOS UNIDOS
funcionamento.
Califórnia.
"Regulus II", é uma espécie de avião sem piloto movido por
O
velocidade de Mach-2 e alcance de
turbo-reator, com post-combustâo,
180 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
P. de M.
RESPIGA
SUMARIO: — Saldanha da Gama — A Marinha de Guerra
no "Jornal do Commercio" — Formação das
equipes náuticas de navios pesqueiros — No
fundo do Mar — A Marinha de Guerra Bra-
sileira e o "Jornal do Commercio" — África
viu e gostou.
SALDANHA DA GAMA
Coelho de Souza
"JORNAL DO
A MARINHA DE GUERRA NO
COMMERCIO"
J. BARROS DE MORAIS
e do Prata: 4, 8,
idem, 6 e 8.12.1851; Rio de Janeiro Questão
ao Norte: 2 e 5.10.1859.
— Viagem do Imperador
Pernambuco 1 col 6.
Bahia: 6.10.1859 i col. 5 e pág.
pág.
Idem 5.11.1859. Pei-
Correspondência: 11.10 e 2.11.1859;
10.11 e a Paulo Afonso a
nambuco* 9.4.1859. Alagoas:
e Bahia: 23 e 26.11. Ala-
13.11. Paraíba do Norte: 21.11
12.1.186,0. Comentário:
11.1.1860. Espírito Santo:
25.1.60. Sergipe. ....
17.1.1860. Ministério da Marinha:
30.1.1860. Idem: Ga-
25.1.1860. Comentário do Jornal:
idem, 10 e 12.2.1860.
D. João: 20.12.1864.
meu Dias, Estefânia e Iinfante
Considerações Gerais
CursQs especializados
<*) O Programa data de maio último. Depois dessa data, a EMMRJ pre-
parou o curriculum, no atinente à parte exclusivamente náutica, fal-
tando complementá-lo com as matérias especializadas de pesca.'
188 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
NO FUNDO DO MAR
"JORNAL DO
A MARINHA DE GUERRA BRASILEIRA E O
COMÉRCIO"
César da Fonseca
O "Jornal do Comércio", órgão veterano da Imprensa
Carioca, pelos seus, objetivos, sempre ocupou um lugar de
destaque, como umá convicção nacional.
Seus assuntos, constituíam matéria de interesse vital
para a Nação, tratando.os com ponderação, critério e justeza.
Conseqüentemente, criou em torno de si uma auréola de pres-
tígio, a ponto de influir na nossa política interna e externa.
A Marinha de Guerra Brasileira mereceu dele todo apoio
em suas reivindicações ou propósitos, com exatidão e since-
ridade. Sempre conclamou que o Poder Naval era uma ne-
cessidade, como uma força irresistível para a defesa e segu-
rança da Nação.
Assim, vários artigos foram publicados em suas colu-
nas, ocasionando os efeitos desejados.
Lucas Boiteux, Henrique Boiteux, Augusto Carlos de
Souza e Silva, Armando Burlamaqui, Tancredo Burlamaqui,
Raul Tavares, Frederico Villar, João Francisco de Azevedo
Milanez, Eugênio de Castro, Eduardo Augusto de Brito e
Cunha, Álvaro Alberto, Luiz Antônio de Alencastro Graça,
Braz Dias de Aguiar, Carlos Pena Botto, Adalberto Menezes
de Oliveira, José Frazão Milanez, Álvaro Vasconcellos, Wa-
shington Perry, Luiz Alves de Oliveira Bello, Hélio Leôncio
Martins, desde a Marinha de outrora, perlustraram suas pá-
ginas.
Além da colaboração de oficiais da Marinha, homens
ilustres em trabalhos aprimorados e exuberantes de conceito
escreveram sobre assuntos relativos ou correlatos ao Poder
Naval, visando ao engrandecimento da nossa Marinha, fazen-
do ver a sua importância e a sua influência no destino dos
povos essencialmente marítimos como o Brasil, que ocupa
uma situação geo-estratégica privilegiada no Continente
Americano. Isso, sem contar com os recursos econômicos que
êle poderá proporcionar, adaptados às contingências da guer-
ra. E daí, emergiam sugestões ou soluções para o nosso pro-
blema naval, de suma importância, figurando, como princi-
pais: dispor de um Poder Naval, cuja Marinha, por suas
Forças Navais, pudesse cumprir a sua missão qual seja a de:
garantir as vias de comunicações marítimas de nos-
sas águas;
manter o intercâmbio comercial preservando a Ma-
rinha Mercante;
Respiga 191
e ao nosso internacional.
prestígio
"Jornal
O do Comércio" fiel às suas tradições, vol-
precisa
tar ao era, emitindo idéias e opiniões, como
que porta-voz
da consciência nacional.
DE AMISTAD"
~
/ .
BRASIL
MENSAGEM DE NATAL
Mensagem de Natal:
".ds -para
naus descobridoras trouxeram as terras do
de da religião,
fé e que nos proporcionam as emoções que vi-
Novo 'fie
seja de realizações e felicidades, alcançando cada
CONGRATULAÇÕES DA A. B. I.
"Quando
o Brasil se engalana comemorar a data
para
máxima de sua Marinha de Guerra, simbolizada na figura
ELOGIO
"Elogio '—
No dia 13 die dezembro, na oportunidade da
Revista Naval passada pelo Exm° Sr. Presidente da Repú-
blica, foi por todos constatada a excelente apresentação dos
navais e o impressionante aspecto marinheiro das guarni-
Naval".
MARINHA E PETROBRAS
"Nenhuma
outra oportunidade melhor se apresentaria
ANIVERSÁRIO
DO
"A
Marinha é uma organização militar assaz complexa.
Tanto ser chamada a combater no Oceano, é o
poderá que
seu elemento básico, com o emprêgo de aviões, navios de
suas finalidades.
Desejando tão significativo ato, com a devida
perpetuar,
vênia Exmo. Sr. Ministro da Marinha, os Fuzileiros Na-
do
sagrados direitos."
DE RADIODIFUSÃO DO ESTADO DA
MA DAS ESTAÇÕES
GUANABARA
"O hoje
CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS comemora
"Senhor
Presidente — Senhores Deputados — Traz-me
partidárias.
Recebam senhor Presidente e senhores Deputados,
pois,
as expressões do nosso agradecimento e do orgulho de que
estamos os Marinheiros do Brasil, pelo troféu que
possuídos,
esta Casa nos conferiu; e ciente o Povo brasileiro de
fique
sejam as conseqüências, sempre saberemos
que, quais forem
cumprir o nosso dever, desmerecendo da confiança
jamais
ATOS ADMINISTRATIVOS
res Fábrica
da de Artilharia da Marinha, do Centro de Ades-
"Marques
tramento de Leão" e das Divisões de Mecanização e
"Comissão
pública, tenham caráter de Militar de Serviço Re-
FRANÇA
'lança-minas
— fragata francesa, da
PARIS A primeira
acaba de empreender a constru-
qual o Arsenal de Lorient
"Suffren". ou-
o nome de Será seguida de uma
ção, tomará
"Du.querne"
tra do nome de e que, ao se acredita, sèrá
que
"Malafon".
dêsse escoltador de esquadra são, aliás,
guetes
"Surcouf"
outros escoltadores do tipo se achara no
Quatro
"Tar-
estaleiro receberem engênhos solo-ar americanos
para
tar". (SII)
L. M.
BIBLIOTECA OO EXÉRCITO (MG)
INSTRUÇÕES PARA OS PRÊMIOS CULTURAIS GENERAL
TASSO FRAGOSO E PANDIA COLÓGERAS
* ""i*J6wL. ^-1
rl I »
CAPITAO-TENENTE
SÉRGIO LUIZ RAJA GABAGLIA TRAVASSOS
Trimestre Página
Trimestre Página
"Arquimedes"
vai ver como é o fundo do Mar.
- B -
(Respiga) 3° 179
Barco de pesca com propulsão) a jato (Respiga) .. 3° !90
Barcos e tripulaições de pesca estrangeiros. (Nacio-
nalisação...) (Revista de revistas) 2.0 226
B ibliografia. L. 3° 193
-c-
Fonseca • • 4-° US
da
Índice Alfabético... 221
Trimestre Página
D
199
Defesa aérea. (Evolução, da...) (Av. e Sub.) .-
Delamare. (A pensão da Viscondêssa...) — Rui
Vieira da Cunha ....'
Direção. (Nova...) 4° 7
• 65
Diretor do SDGM (Novo...) • •
Dólares 97 milhões para pesquisas oceanográficas
(Respiga)
Domínio do Mar. (Revisão do conceito de...)
2.0 95
Tradução do CF José Geraldo Brandão ¦ •.
Dunquerque durante os meses de maio e junho de 06
1940. (A Marinha Francesa em...) (Rev. de rev.)
E
i.° 133
Ecos da Semana dai Marinha — 1961
Eletrônicos {Frotas pesqueiras com aparelhos...)
• • 4.0 168
(Respiga) _•— Ma-
Ensino (0) militar de idiomas no Exdrknto.
4.0 21
jor José Murillo Beurem Ramalho
ou
Escafandria da nossa Marinha. (Submersívets
Contm-Almirante César da Fon-
submarino...)
4-° 13
seca '''''"'
Estado Maior da Armada. Almirante-de-Esquadra
José Luiz da Silva Júnior • 4.0 11
em biologia
Estágio de iniciação de pesquisadores
2.° 217
pesqueira. (Rev. de rev.) I.° 179
•Mstante Militar. — (Respiga)
222 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Trimestre Página
Estatística (A) a serviço de um problema militar. —•
Major José Murillo Beurem Ramalho i.° Z7
Estudo sobre os pesqueiros de arrasto para a costa
do Brasil — CF (EN) Yapery T. de Britto
Guerra i.° n
-F-
-G-
Trimestre Página
H-
Helicóptero (0) na Marinha. —¦ (Av. e Sub.). .. i-°
História da Marinha Brasileira. (Uma página es-
2.° 213
quescida da... ) — (Respiga)
Homenagem ao Ministro Almirante Ângelo Nolasco
de Almeida l '
I -
Idiomas no Exército (O ensino militar de.. .) —
Major José Murillo Beurem Ramalho 4.0 21
Índice Alfabético do Ano de 1961 3.0 221
Indicação de pesquisadores em biologia pesqueira.
2.° 217
(Estágio de...) (Respiga)
Institutos Oceano gráficos do Mundo. (Museus. Ma-
rítimos e...) Contra-Almirante César da Fonseca 3-° *3
J -
-L-
de
Leitos oceânicos. (A fotografia dos...) (Rev.
rev.) 3° J33:
-M-
Trimestre Página
- N -
1
Nacionalização do barco e tripulações de ex-
pesca
trangeiras. (Rev. de rev.) 2.0 226
Trimestre Página
» » »
3.0 174
» 153
4.0
°
Noticiário. L.M i
" 2.0 233
....;
" '95
3
» »
4.0 177
da Marinha 4-° 65
o -
P-
Marinha do
Página (Uma) esquecida. da História da
— 2° 2I3
Brasil. (Respiga) ••••
Pam-rãs livre é o segredo dos...) (Respiga) 2.0 224
(Queda
2I5
.. 3
Paraguassú de Sá. (Almirante-de-Esquadra...)
DcIqíhciyc. Rui
Pensão Viscotuicssd
(^)
91
Vieira da Cunha 3
Trimestre Página
" 2 17
Porta-aviões. c a bordo
(Catapultagem freagem
dos...) (Av. e Sub.) 3.0 jg0
Problema da de materiais —
(O) produção físseis.
Tradução do Professor Pedro de Miranda 3.0 57
Publicações recebidas — N.A.L •••• 3.0 147
»
4.0 126
-Q-
Trimestre Página
-R-
Trimestre Página
/
-T-
(Rev. de rev.)
3° 121
Terceira Guerra Mundial. (Aspectos Gerais da...)
- V -
Trimestre Pábina
- w-
ASSMÍATURA ANUAL
Pôsto avançado
da indústria de construção
naval brasileira
"Henrique
Ali nasceram o Lage" e o
"Pereira
Carneiro", navios mistos de
"dead
10.500 toneladas weight", e ali es-
"Júlio
tá sendo construído o Régis", de
avançadas técnicas,
\erolme
SEGUINTES PUBLICAÇÕES:
COLÔMBIA — Armada.
DINAMARCA — J. L. News.
Review of Bibliography.
time.
— El Legionario.
MÉXICO
— Revista de Marina.
PERÚ
— Boletin Naval.
PARAGUAI
(Nautical Terms)
O elefante
nunca
"MAUÂ" o máximo de
tland terá assegurado
rfrrf
i
segurança e durabilidade.
O cimento "Movó" supéro
as »ipe<i(ica(Í«i exigidas
para cimento Portlond no
mundo inteiro.
ATACADISTA DE CEREAIS
-
Pereira Júnior Cereais S/A.
Códigos:
RIO DE JANEIRO
ANO LXXXIII Abril, Maio e Junho
©
de 1963 N ° 4, 5 e 6
SUMÁRIO
MINISTRO DA MARINHA — Almirante de Esquadra Sylvio Borges de Souza
Motta 9
ECONOMIA DE GUERRA — Conferência pronunciada pelo C.M.G. (ENI
Carlos Arthur da Silva Moura 15
O APOIO LOGÍSTICO NAVAL — Contra-almirante César da Fonseca 41
EFEITOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO DAS EXPLOSÕES NUCLEARES —
Ruth Klawa e Bernardino Coelho Pontes 43
CAMPANHA DO PARAGUAI — BATALHA DO RIACHUELO — (11 de junho
de 1865) CA Lucas Alexandre Boiteux 61
JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA — Comemorações do bicentenário
do seu nascimento 77
ESTALEIROS DE REPAROS NAVAIS — C.F. (EN) Yapery T.
de Britto Guerra 11.
REVISTA DE REVISTAS — N. de A. 157
Representação gráfica de uma terra desconhecida (O continente Antártico) 157
Publicações recebidas — N. de A. 179
AVIÕES E SUBMARINOS — P. de 183
Homenagem ao THRESHER e aos seus 129 homens 183
Assim é o "Polaris" 184
O maior porta-aviões atômico do mundo 189
Um submarino soviético no Polo Norte 191
Tem as vantagens de um helicóptero 139
Várias noticias 194
~0 helicóptero "Wasp" 201
RESPIGA 20.
O Exército no 11 de Junho 203
Eles pensam que lagosta é peixe 206
Estudos de biologia e pesca de lagosta 210
Venus é mais chata 212
NOTICIÁRIO — L. 21-
NECROLOGIA 226
Os conceitos emitidos nos artigos assinados re-
presentam o pensamento de seus autores e não
acarretam necessariamente identidade de opiniões
da "Revista Marítima Brasileira".
SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO GERAL DA MARINHA
(S. D. G. M.)
DIRETOR
REDATOR-CHEFE
REDATOR-SECRETARIO
REDATORES
COLABORADORES
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11' ü I f
10 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Coníerência CMG
pronunciada pelo (EN)
"Exmo.°
Sr. Almirante FER- vemos à Escola, na evolução de
NANDO CARLOS DE MATTOS, nossa formação profissional. ,
Diretor da Escola de Guerra Na- Para apresentar-vos alguns
vai. aspectos mais característicos da
Economia de Guerra,
procura-
Srs. Oficiais. mos coordenar nossos melhores
esforços, de modo a cumprir a
Desejamos inicialmente regis- tarefa nos foi atribuída;
que por
trar nossa satisfação ocasião dos debates esperamos
grata por
ter sido renovado, no decorrer esclarecer aquêles
poder pontos
do presente ano letivo, o con- que a escassez do tempo ou as
vite feito nos três últimos anos limitações do conferencista não
"A
guerra em seus aspectos exige acumulação
prévia
modernos é, em última análise, de armamentos comple-
triais e matérias-primas
— A em seus as-
guerra,
(inclusive gêneros alimen-
pectos modernos acarre- tícios), deve ser objeto
ta um esforço econômico de cuidadosa distribuição
total de cada
por parte através de e
prioridades
uma das nações nela en-
quotas. A escassez de um
volvidas.
determinado elemento bá-
— A diversificação e com- sico da produção, mesmo
Essencialmente, é indispensá-
vel A Economia de Guerra não é
que possamos dispor de re-
cursos suficientes tornar completamente diferente da Eco-
para
claro aos antagonistas nomia de Paz: ambas
possíveis possuem
moral da com-
preços, no sistema monetário, na população podem
as atividades e econô-
Os aspectos econômicos não políticas
Sob o o desaparecimento do
políticos. ponto-de-vista provável
exclusivamente econômico, se- sentimento de cooperação indis-
pitai);
3 — aumento do capital, visan- através da redução do ca-
do futuro aumento de pro-
pitai nacional, não recons-
dução.
tituído durante a guerra;
Se o financiamento da através
guerra de empréstimo real
deve ser feito, se sem
possível, do exterior e servi-
(bens
diminuição do capital nacional,
ços), para ser pago em bens
somente a primeira parcela pode e serviços no após-guerra.
ser desviada atender aos en-
para É importante assinalar que
cargos da se êstes encar-
guerra; os empréstimos externos só
gos absorverem a segunda
par- se justificam quando desti-
cela, diminuirão o capital nacio-
nados a pagar importações
nal e afetarão a futura capaci- imprescindíveis ou despesas
dade de o também
produção, que de guerra efetuadas no ex-
ocorrerá se fôr atingida a tercei- terior.
ra
parcela.
postos arrecadáveis
para propor-
cionar ao financiador a reposição possibilidades
de obtenção
do real de compra ce-
poder que de bens e serviços aplicáveis
deu ao Estado para financiar a na condução da guerra.
isto acarreta à popula-
guerra;
no futuro, uma redução de O crédito, da mesma
ção, forma
consumo alguns setores, e o imposto, não alcan-
para que pode
uma redistribuição de renda, de car sua finalidade no financia-
é impossí- É importante
gundo praticamente relembrar a
que
vel, como será constatado em rá- sempre
guerra acarreta uma
análise. enorme redução do comércio in-
pida
Conseqüentemente, apesar de ternacional, às vêzes mesmo sua
N
todos os esforços governamen- completa suspensão; disto resul-
tais, haverá sempre uma eleva- ta a necessidade de atender, com
de o essencial é fazer recursos determinadas
ção preços; próprios,
com o controle de preços per- eram satisfeitas
que procuras que pe-
mita orientar os elementos bási- Ias importações, acarretando au-
das "Quando
ações bélicas, ainda co- os objetivos da segu-
quer
mo resultado das ações de rança dominam os do bem-estar,
guerra
econômica. e as medidas de caráter
quando
Quanto ao segundo aspecto, o estratégico dominam a ação
po-
da exportação, esta poderá ser lítica, e dirigem esta ação no
reduzida pela supressão do con- sentido da crescente formação e
sumo, pelos beligerantes, de ampliação
pro- do econômico,
poder
dutos não essenciais de
(artigos situa-se o advento da economia
luxo ou de elevada
qualidade), para a guerra".
ou ser aumentada necessi- "As
pelas dificuldades de distinção
dades dos beligerantes aten-
para entre a economia de e a
guerra
der à sua de
produção guerra, de talvez, da
paz promanam, gra-
especialmente nos setores de dativa extinção dos seus tipos
matérias-primas e gêneros ali- mais representativos mercê
que,
mentícios. A refletir-se-á
guerra de concessões recíprocas, então
de maneira mais acentuada sô-
com o seu desapare-
permitindo,
bre os Estados não
que, partici- cimento, o advento de um nôvo
pando diretamente da guerra, A Economia de Seguran-
padrão:
dependem em maior escala da
Nacional orien-
ça
importação de matérias-primas e tada no sentido de adquirir poder
produtos manufaturados essen- resguardo
para da soberania".
ciais, e da exportação de "Essa
produ- Economia de Segurança
tos não essenciais de lu-
(artigos Nacional nasce, de cir-
portanto,
xo ou de elevada
qualidade). cunstâncias de na
predomínio
4~ área econômica, da ação estraté-
AS ATIVIDADES ECONÔ-
sôbre a ação política, e é
MICAS E A POLÍTICA DE gica
uma reação natural, tendente a
SEGURANÇA NACIONAL
evitar uma maior de
que pressão
4.1 — Economia de Segurança
interêsses e vontades possa, even-
a capacidade micas ou
derarmos para para prevenir enfren-
que
depende dos tar a guerra, numa Economia
conduzir a guerra de
e dos recursos Segurança Nacional, tem certas
recursos existentes
a limitações. É oportuno citarmos
a preparação para
potenciais, "National
sôbre ambos, uma recomendação do
deve incidir
guerra
uma solução de Resources Planning Board", fei-
de acordo com
Na Economia de Segurança
O QUE FAZER Nacional
COMO FAZER
Na Economia de Segurança
Nacional
Na Economia de Bem-Estar
Ao Estado, com
proporcionar
db(3i
0<D(JUMa
O APOIO LOGÍSTICO NAVAL
CÉSAR DA FONSECA
Contra-Almirante (r)
Deslocamento: vulneráveis.
15 a 20 000 tone- grandemente
Ti Flg. — 1.1
Flg. —
3t Ulu
1.4
Flg. —
lll
1.5
3
Flg. — 1.2
mm
wmmnm
1 ©
1
Flg. — 1.3 Flg. — 1.6
EFEITOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO 45
Quanto a classificação
pa-
1-3 EFEITOS BIOLÓGICOS tológica:
b) lesões tróficas
A nocividade das radiações c) lesões
pré-cancerosas e
está no fato das cancerosas.
mesmas serem
dotadas de alta energia. As sujeitas a
pessoas êsses ris-
Para se ter uma idéia da inten- cos são aquelas continuada
que
sidade dessa energia, basta com- ou esporàdicamente são expostas
-y^k'
>««»
o
Figura — 1
t 000
4% 20%
ATOQO.
ATOQU. .m\
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S0o/o 1
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42% \r^
\r^ 95%
Figura — 2
EFEITOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO . 47
ctL/cm
(A) |
3,3 eol/em1
7cQJ/cm® j «.3/50
col/cm2 H
3/100
/ 25col/em* / / 5/165
9/275
/iSOcoi/cm* I BBHSjlg^/ /
/^ooc'A'^M ^ ..Wll,
/ /
gl
Figura — 3
\/-C mm*.
SEM ABRIGO com ABRIGO PRdPRIO P/FALL-OUT
iirmi-, , HU
iirmi-
1 000 Mt H-AfflWwWM/WW
wwvwvwwwww
«% r% 87% 9%
«% '% »%
/
HFHffffMflWMN
WfflWWW
34% 3%
5% «>% 34% 1% 93%
r-Swww wmwwww
10 000 Ml / 13% 97% 28% 13% 9%
«% 7»%
''
Figura — 4
EFEITOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO . 49
NA EPIDERME
EPIDEHME
Qualquer
Qualquer Exposigao
Exposição Exposicdo
Exposição
Tipo de Radiagao
Radiação do
do RBE
RBE
ponto do corpo
corpo somente
corpo
corpo inteiro
inteiro das maos
mãos
Raios-X e Raios
gama 0,3 0,5 1,5
Particulas Beta 0,3 0,5 1,5
Protons 0,03 10 0,05 0,15
toe
—?
I; . ¦ • »'
'. * " ' > " *
•.*" < . •
-
Bm. 601*
PorticuloJ (to 6tt*BiSo*t o» Porti'cutos ono'looos 00 oo' tit poWa fmo.
qroos at arwo.
Figura — 5
| ®
\
*•
i
-. ^ jo ,
A \ p i»it t i j
y 1000_i_
""" 2 C.mp. «BO, o ..PK^»
—^ i
Figura — 6
EFEITOS E MEDIDAS DE PROTEÇÃO . 51
•r fiTWrTjF'
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/ ,h, 60
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bju ««• (wt| mmf 4o»nt, m<KU m» •
• It* , I———I——1—
possTveis pehisos
Figura — 7
vidade da forte.
1 Eletroscópio
2 Câmara de Ionização. b.2 — Câmara de ionização
3 Contador Proporcional. 1-3)
(fig.
4 • Contador Geiger Mül-
ler.
A câmara de Ionização consiste
5 Câmara de Neblina. de uma caixa, no interior da
6 Cintiladores. se colocam dois elétrodos,
qual
7 Detectores de Nêutrons. uma diferença
mantendo-se de
entre os mesmos. A
potencial
b.l — Eletroscópio
(fig. 1-2) radiação, ao entrar na caixa, io-
#¦ ft
%
-J- __1_
-I-
ft
II-l _ o É
QUE A BOMBA
Detectores de nêutrons lentos ATÔMICA
sil, no — costumava
quando apenas mal contava porão" dizer.
O moderna e de exercitado
Almirante, lançando mão pessoal
"nosso em longo
do tirocínio oceânico;
confuso e desordena- ti-
do Regimento nham, todavia, a inferioridade
de Sinais" (mais
expedito, do número, mais forte calado
porém, do o de e
que
Nelson em maior comprimento e, con-
Trafalgar), fez des- por
fraldar, um após seqüência, requerendo evoluções
outro, os sinais
"Despertar
"Safa mais demoradas e maior cuida-
fogos" e geral
combate". do para evitar desastrosos enca-
para Sem de
perda
tempo, todas lhes.
as unidades, subs-
tituindo a lenha O inimigo mostrava-se supe-
pelo carvão de
reserva, atiçam as rior em velocidade,
fornalhas e no pouco ca-
as tomam lado, nas
guarnições seus oos- qualidades evolutivas
tos.
dos navios, no maior número de
Segue Barroso canhões (levamos em conta as
para bordo da
Parnaíba 22 assestadas na barran-
(Garcindo de Sá), que peças
elegera ca, sem computar a fuzilaria
para capitânea, mas en- e
contra-a sem estativas de foguetes), nas
prático, ausente guar-
em terra com uma faxina nições mais fortes e nos
de conhe-
lenhadores; volta incontinente mentos hidrográficos da região.
ao Amazonas, do Tinha a desvantagem
comando de das caixas
Teotonio de Brito. de rodas e das bordas falsas, ex-
"A
única maneira de aos efeitos
julgar- postas da artilharia.
70 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
•saw"
iff " ^
"E
tardava o triunfo ! ... Imenso arrojo
grande resistência, a
"Avante!" proa, po-
E o grito ressoa
dendo impunemente investir e
E mais o raio depressa
que lançar a os vapores
pique para-
Contra essa esquadra arremessa
guaios. Foi uma revelação, um
Do Amazonas a proa ...
"Nem toque de luz. Rapidamente con-
siquer ileso fique
"Um sultando-se, Chefe e comandan-
só vaso do cacique,
"Pra te, resolveram dar imediata exe-
ir contar-lhe a derrota
"De cução ao audaz e original pro-
sua esplêndida frota!" "Não
jeto". E termina: tomou
"O
ferimento rece- yBarroso) iniciativa alguma, a-
grave que
'passivamente
ra, o Chefe obrigan- ceitou a
paraguaio, proposta
do-o a o comando ao va- extraordinária do notável ho-
passar
lente Robles dirigindo a mem de e de mar Delfim
que, guerra
randa de Barroso..."
Comemorações
do bicentenário do seu nascimento
* * *
tornando enorme, a
ponto de pa- contecimentos militares. A Fran-
lecer um museu da espécie, atirou-se contra o
que ça pequeno
ele mesmo chegou a considerar da e com a inva-
país península,
como sua maior riqueza. Tal co- são de Portugal forças de
pelas
leçao, entretanto, crescia enor- Napoleão, José Bonifácio deixou
memente no Brasil, anos mais a ciência e a jurisprudência para
tarde, com a anexação dos mi- correr aos campos de batalha,
nérios brasileiros,
principalmen- no comando de um corpo acadê-
te daqueles
que extrairia e estu- mico, militando então com gló-
daria em suas duas viagens mi- ria e denôdo contra Junot, o
neralógicas
pela província natal. grande de Bonaparte, e
general
Êsses dez anos de estudos e sendo aclamado aí, como herói
pesquisas de José Bonifácio, co-
português, entre as comemora-
mo um longo
passeio científico da capitulação francesa.
ções
pela Europa, é bom
que se saiba, Após a de Libertação,
guerra
foram custeados
pela rainha de foi nomeado Intendente da Poli-
Portugal, Dona Maria I, a con- cia da cidade do Pôrto, e em 1812
selno de seu Ministro Martinho era chamado
''para a Lisboa ocu-
para
Meio,
que José Bonifácio o de Secretário
par pôsto Perpé-
nao fôsse jazer uma revolução tuo da Academia Real de Ciên-
no Brasil", tal a certeza êle, cias, então
que já com uma série de
e todos os
^inistro, grandes trabalhos e consa-
produzidos
de Portugal,
já tinham disso,
por grados.
lhe conhecerem
as idéias cada
mais brasileiras
^ez e indepen- VOLTA A PORTUGAL
dentistas.
O
gi ande Andrada só voltou a Mestre — Herói e Funcionário
ortugal
em 1800 e ali foi /
ime-
üiatamente
nomeado lente de Um fato importante, ou, me-
Metalurgia
na Universidade de lhor dizendo, uma circunstância,
Coimbra; logo depois, Intenden- influíra no espírito do grande
te das Minas e Metais, Superin- santista, predispondo-o ao tra-
tendente do Rio Mondego, Supe- balho, embora lento, paciente,
rmtefldente
das Obras Públicas em favor da independência de
de Coimbra
e, finalmente, De- sua Pátria. É que, durante seus
sembargador
da Côrte de Justi- estudos em Paris, por vários anos
ça do Pôrto, nomeações e hon- respirara êle o ambiente heróico
rarias
que tinham, tôdas elas, a da chamada Capital do Mundo,
mesma finalidade dos dez anos a Tomada da Bastilha
Ge quando
estudos e passeios pelo mun- acabava de o fim do
proclamar
do europeu — afastá-lo do Bra- estabelecendo
feudalismo, o prin-
sil, impedir-lhe
a volta à Pátria. da liberdade e da igualda-
cípio
C destino ainda tramava em fa- de. José Bonifácio temperara o
vor de Portugal.
espírito entre os debates can-
Pronunciou-se
a crise cientes dos Girondinos, ao calor
política
européia. Precipitaram-se os a- dos atos, dos fatos e dos discur-
82 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
do Reino. pressa.
A 24 de dezembro de 1821, José É então José Bonifácio,
que
Bonifácio reunia todos os mem- mãos dadas com a Princesa e
"PEDRO
— ainda é tem-
A PROCLAMAÇÃO
po de ouvirdes o conselho de
um sábio conheceu tô- "Independência
que ou Morte!"
das as Cortes da Europa;
independente de Portugal.
Reino — Ministro
de de Ciências Físicas e História de Estado dos
— Membro da Socieda-
(1815)
Juvenal Greenhalgh
de Werneriana de Edimburgo
— Membro da Sociedade
(1815)
Muito poucos foram os
Mineralógica de Yena que,
(Jena)
da Marinha, tomaram na
1815 — Membro correspondente parte
dor. É preciso dizer que havia Deu-se nessa ocasião um fato iné-
pendência". ta Província a se
prazos,
nesse tempo não tiver con-
traído em Londres algum
Assim, não tendo ad- empréstimo a
podido favor do Bra-
drões.
Mandava êle ao Ministro surta no mas,
pôrto, principal-
"a Marinha: mente com a aquisição do bravo
trangeiros e consolidação.
o Ministro
que
e Secretário dos Negócios Em 9 de novembro de 1823, en-
tre os dois reinos, passou Vilela o Lord mas também contra seus
Barbosa a hostilizar todos aque- principais auxiliares.
les que a isso eram contrários. Ao bravo Taylor, que na Nite-
Cochrane e seus oficiais, que le- rói perseguira a esquadra portu-
vavam a sério a independência guêsa até a barra do Tejo, foi
do Brasil e as instruções que ha- imposta a pena de prisão por
viam recebido de José Bonifácio seis meses e a perda, no dobro,
eram o seu principal alvo. Por do montante do quinhão que lhe
todos os meios se procurava des- cabia, em favor dos donos de
gostar o Lord e suas tripulações. quatro embarcações portugue-
Al.m de não se lhes pagar o sas que por êle aprisionadas no
soldo atrasado e presente, não se seu caminho para Lisboa, ti-
lhes dava o produto das presas, nham sido mandadas incendiar
fraudando-se a lei, aliás univer- pela impossibilidade de levá-las
sal, que dá aos capoteiros a pro- a algum porto brasileiro..
priedade integral da proprieda- Grenfell, o herói naval que na
de inimiga por eles captada. Pa- idade de 27 anos, tomou a res-
ra dar forma legal a esse verda-
deiro furto, foi organizado um ponsabilidade e dela se desem-
tribunal, chamado de presas, penhou, de com um pequeno
brigue de não mais de cento e
composto de treze membros, dos poucos homens de guarnição,
quais nove eram portugueses, trazer para o Brasil a província
que sempre julgavam como não do Pará e com ela toda a vasta
legítimas as que a esquadra efe- região amazônica, dominando o
tuada alegando os mais fúteis mais sangrento cenário das lu-
pretextos para esse julgamento tas para a Independência, foi
a fim de beneficiar seus propie- tratado de maneira aviltante.
tários, todos portugueses. Ao chegar ao Rio na fragata
As presas que para aqui eram Imperatriz cuja construção ter-
mandadas para serem julgadas minara reforçando assim a es-
e leiloadas para que o produto quadra brasileira de mais uma
fosse rateado entre os captores, unidade, teve, na sua ausência
eram propositadamente deixadas de bordo, sua câmara invadida
ao léu e as mercadorias, também e arrombado o cofre por agentes
legalmente pertencentes aos que do Governo de onde levaram di-
haviam captado os navios, se nheiro e documentos ali guar-
deixavam roubar ou se desvia- dados. Em seguida, subtraído
vam para a terra. com esses documentos, os meios
Levou sua ousadia esse tribu- de defesa das acusações que lhe
nal a ponto de considerar o Pri- faziam, mandaram-no prender
meiro Almirante passível de cas- na- sinistra presiganga instalada
tigo corporal, pela sua ação na na nau Príncipe Real. Para es-
campanha da Independência. capar dessa abjeção, teve de re-
Toda a sorte de perseguições, fugiar-se em uma fragata inglê-
provocações e injustiças foram sa que se achava no porto.
então praticadas não só contra Este clima de hostilidade e
JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA 103
desconsideração
criado perador, desesperava-se, como
pelas
altas autoridades do Go- bom chefe, em não conseguir
^ais
verno,
expunham o Almirante ao não apenas seus in-
justiça para
desrespeito,
até de simples ofici- terêsses, mas também para os
ais subalternos, como se seus subordinados. Pediu então
pode
Pela tomada demissão do cargo para mostrar
providência pe-
1Ver
lo Imperador
diante de desacato a êsses subordinados o seu pro-
provindo de um simples tenente testo.
°u capitão do Exército: A demissão estêve ser a-
para
Cortes
de Lisboa se manifesta- Sua hostilidade era apenas con-
vam,
apenas, contra o Brasil, tra as Cortes de Lisboa que me-
•Manteve-se realeza, humi-
o Príncipe Regente noscabavam a
obediente e anulando o e a êle,
às ordens de lá vi- lhando pai
que
nham herdeiro, reduzindo a
chegando a fazer de o Príncipe
juras
fidelidade de
e lealdade, escritas um Capitão-mor província
com seu a um rapazinho
sangue. ultramarina ou
próprio Quan-
do, de adquirir instru-
porém, na sua imprudência e necessitando
mabilidade, vir a executar sua fun-
passaram essas Côr- ção para
tes a Só contra êstes
também hostilizar o Prín- ção de rei. por-
cipe, sua se manifestavam sua
aliança com o Brasil tuguêses
tornou-se Aos outros, ao res-
forçada e automática hostilidade.
te.
çava ante José Bonifácio ao re- Êle sabia, como acentuou de-
JOSÉ BONIFÁCIO DE ANDRADA E SILVA 111
Diz "As
Armitage: cidades da navegação costeira era tôda fei-
Bahia, conseqüente-
Maranhão, Pará e Mon- ta por portuguêses,
tevidéu mandaram-se ordens a
permaneciam dominadas mente
rísticas dêste rico e vasto Conti- jos, navios e à frente dêles o in-
petrechados". gos.
E assim finaliza:
"Tanto
a Martim Francisco, Senhores:
damentalmente diferentes, do
Antes
de 1914, a indústria de mesmo modo o são a cons-
que
reparações
navais era considera- trução e reparação de automó-
da como simples ramo da cons- veis e caminhões. Quem visitou
trução
naval. Duas Guerras Mun- uma fábrica de automóveis e
diais
e a de uma oficina de reparo, sabe
grande quantidade que
reconstruções,
conversões e re- nem sempre o equipamento uti-
conversões
se lizado é da mesma natureza,
que procederam e
durante
e depois de cada uma principalmente, o diver-
quão
delas,
serviram fixar o lu- sos são os devem
para problemas que
do reparo naval como indús- ser enfrentados e resolvidos.
j>ar
tria independente e deixar cia- A indústria de construção
a importância da sua contri- naval especialmente
J"a quando a
"Uição
para a economia das Na- construção é em larga escala, é
Ções Marítimas na Paz e na uma combinação de construção
Guerra.
e manufatura e inclui algumas
Muita no nosso Pais das características
gente de ambas. O
ainda
confunde construção com trabalho nas oficinas e as ope-
reparo
naval. Embora relacio- rações repetitivas de
produção
\ T>
K.Iniciamos, nêste número, a publicação parcelada do trabalho ESTALEIROS
REPAROS NAVAIS, de autoria do capitão-de-fragata Eng
^ Naval-YAPERY TU
p*ASSü
DE BRITTO GUERRA, técnico e estudioso do assunto.
A importância da divulgação deste trabalho dispensa comentários. Todavia,
convém
esclarecer de início, que se trata de uma contribuição a mais daquêle ilus-
fado
oficial para a solução dos nossos problemas relacionados com a indústria de
construção
naval e a recuperação de navios de todas as categorias, versando, portanto,
asPectos
econômicos e de segurança nacional.
O trabalho é amplo e abrange sete itens, a saber: I — Localização; II Dique
®co; III —
Dique Flutuante; IV — Pier; V — Arranjo Geral; VI Dotação e Ar-
fanjo
Interno das Oficinas; VII — Organização.
Rico em detalhes, claro na exposição, e amparado em extensa bibliografia é
trabalho
bastante complexo e recomendado como guia no estudo da fase' de
principal
projeto
de um estaleiro de reparos.
Merecerá, por isso, a atenção dos estudiosos do assunto e só lamentamos tê-lo
C)Ue
divulgar parceladamente pela impossibilidade óbvia de aumentar o número de
Páginas
de nossa Revista.
118 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
J
«'as considerações
que, tendo re-
,aÇão íntima com as novas cons-
truções, terão de ser levadas na
üevida conta. É
aer de vista preciso não per- \ '////////////////////.<
que um navio é fon-
*e certa de despesa, exceto
~° no mar, transportando quan- carga
Paga. Assim, o tempo de repa-
*? é um fator de
lancia grande impor-
para os que utilizam os
Serviços de um estaleiro. O ca-
Pitai empregado no navio, a de- jf/
Preciação, seguro, combustível, W>/y,yy/y/y/yYyY/////T7?'//,
um nôvo êmbolo deve ser feito muita construção tenha sido fei-
ma construção de estalei-
para
ros no Brasil. O clima 1-3 — Condições
predomi- hidrográficas:
nante em tôda costa do País é
TABELA I
CORRENTE CONTINUA
240
*-Submarinos
125 150 19
TABELA II
CORRENTE ALTERNADA
EQUIPAMENTO P H FATOR DE H H P
TOTAL CARGA EXIGIDO EXIGIDO
Bombas especiais
Iluminacao , 65 0.3-1.0 20 65
Bomba auxiliar 15 1.0 15 15
Ferramentas
portateis (*)300 0.5 150
Navio docado 1.0 — 500-1.300
- Indica corrente
(*) alternada. Os números sem asteriscos refe-
rem-se a corrente contínua.
ESTALEIROS DE REPAROS NAVAIS 127
vapor
(ou HP); a coluna B dá diversificação da ordem de 6,7
°s valores da demanda máxima (consumo 15%) e durante a
provável e a coluna C indica a noite um consumo da ordem de
Potência em HP —
DESIGNAÇÃO LUZ — KW
Oficina
de eletricidade Motores 100 50 50 13,5
Compressores 450 450 360
Vestiários 43,2
Cantina 43,2
Administração 27,9
Portaria
Controle
Duas rolantes 30 30 30 —
pontes
Almoxarifado 15 15 15 21,6
geral
Ouindaste-Dique 50 50 50 —
Ouindaste-Dique 50 50 50 —
°ique elétrica
sêco Solda 210 120 100 —
14 x 15 HP 30,0
Cabrestante 80 80 80 —
4 x 20 HP
Pomba
auxiliar 20 HP 20 20 20 —
Central
acetileno 50 50 50 5,8
Casa
de bombas 3 x 220 HP 840 840 840 —
Praça
de caldeiras 5
Sanitários g rj
do dique
Ouindaste-pier
50 50 50 —''
Pier 3,0
Reservatório
Bombas 20 20 20 —
128 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Pôsto de combate a
dústria
de construção e de repa- de defesa aérea é,
possibilidade
rações
navais. O Curso de En- também, de magnitude,
primeira
genharia Naval da Escola Poli- especialmente nas condições atu-
técnica
ter resolvido o ais da arte de guerra.
parece
Problema no nível do Engenhei-
r°- A —
solução da no ní- 1.10 Área do terreno:
questão
VeI
de mestre de oficinas e de
operários
especializados A área do terreno deve ser su-
parece
estar instalação
exigindo uma do ficiente para a do es-
política
governo orientada no sentido da taleiro e, se dispor de
possível,
costumam estabelecer um
O terreno deve ser, sempre para
que
estaleiro grande, uma frente mí-
Possível, naturalmente protegido
nima de 5.000 pés ou aproxima-
Pelas fortificações permanen-
kes damente mil e quinhentos me-
do ou da cidade em
pôrto
tros (1.500). Num estaleiro de
lue estiver situado. Deve ser
resguardado médio e pequeno esta di-
de ataque do mar, porte
sendo mensão pode ser considerável-
o ataque
preferível que
mente reduzida, especialmente
P°r mar só seja depois
possível
de em razão do preço elevado dos
vencidas defesas ou fortifica-
terrenos com frente de mar
Ções A
permanentes. proteção
Pela topografia do terreno tam- grande.
t>ém im- A frente de mar
é desejável e se torna que produz
Prescindível se não existem nas melhores resultados é aquela de
160 MONTO,
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NAVIOS
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10 já explicadas. Além delas, fo-
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I 1
S? 2
gnoio oaj3avaiaNndoad
navios Profundidade:
mercantes, não só pela Distância vertical
forma entre o nível
própria, mas também pe- correspondente a
'a
existência de bolinas, estabili- preamar média e o fundo do di-
za.dores,
etc. que.
134 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Dw:
Finalmente, com a terceira so- 550 pés, poderão ser docados aos
lução, isto é, comprimento de pares:
£ B) Análise navios
para tanques
0ommir>ocM<u até 16.500 toneladas de DiD'
cjJ iniDU)
Oj^-OOtn
o — — — oo
oo CJ) A Frota Nacional de Petrolei-
h_a|(MW-WW(M
ros, nacional,
patrimônio é no
_dz_
"O momento o maior de
' 'O ~ - * ' armador
o V") o
- 00 00 CO navios da América
CJ CM Latina. Sua
"I , "C\J ~"tD cr> l.i.1
~cr> CJ -I-1 frota consta
^ de (1) um navio
<£ ID I*- ID ID 1.023 toneladas de Dw, um
_j|0 i£> <D ID (1)
—————— de 1.220, dois
(2) de 2.145, (9)
a
nove de 1.970,
(10) dez entre
in 0oooom00
miniomo^l" — — 15.000 e 16.00, dois de...-
(2)
tD in ^ (D ID doze de 10.000 toneladas
m cx> e sete
¦H|9 20.570 e, em construção,
(12)
(7) super-petroleiros
"5 de 33.000
=0 ;oj 'oo ~co
01 00 — toneladas.
in
- 1 1 1 ' 1
i - . . „
Parece assim interessante,
pa-
. ra um estaleiro situado
_i|o em San-
tos, como é o caso do exemplo
D COMPRIMENTO BOCA C A L A D
D 0
N 0
Q M E
~ —
E. SANTO 16.320 5 5 0. 9 o" 17
170,00
0,00 30,00 9,18
M
0Q
GUAPORE
GUAPORE 16.3
16.320
2 5
550.9
5 0.900 170,00 64,00 19,50 30.00 9,18 H
>
t"1
W
M
MATARI PE
MATARIPE 15
15 960 515.17 157,00 64,00 19,50 29,50 9,00 50
O
Ul
g
B SAMPAIO 16 310 5 2 5. 33 16 0,00 6 4,00 19,5 0 2 9,60 9,0 3 s
55
>
ALAGOAS 16. 700 53 7-50 16 4,00 21,20 2 9,75 9,15 <
69.5 0
>
?H
ca
MGROSSO 16.700 537.50 164,00 69.50 21,20 2 9,75 9,15
oo
138 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
da 2.1.4 — Considerações
de 84,5 % dos finais:
petroleiros
Fronape, dos navios classe
"mariner",
e maior número de A decisão final sôbre a solu-
progressista. A inconveniência
de ferro fundido de 4
2.3.2 — Escadas: ção pole-
de diâmetro, provida de
gadas
válvula de gavetas. Quando não
O dique deve escadas
possuir
em uso deve ser fechado
desde a borda até o fundo. por
tampa de madeira resistente à
O número e a disposição delas
água ou, de preferência, cha-
variam consideravelmente, mas por
de ferro. Estas últimas a-
em o dique deve pas
geral, possuir
no entanto o incon-
uma escada de cada lado presentam
perto
veniente da corrosão.
da entrada e um outro com
par,
a mesma disposição, da ca-
perto
2.3.4 — Cabrestantes:
beça do dique. No meio do di-
primentos considerados as
para
Alguns tipos de navios mer- soluções neste traba-
propostas
cantes não ter o seu le- lho, cabrestantes
podem quatro pare-
me desmontado, sem a existên- cem suficientes, embora haja di-
porta-batel, dois outros bem vão servir. Por outro lado a Co-
per-
to e na superior da soleira. missão Mista Brasil-Estados Uni-
parte
Outros olhais devem ser coloca- dos nas suas recomendações sô-
de capacidade, automóvel,
para
2.3.9 — Guindastes: manobra com pequenos pesos,
tais como: escoras, cavaletes,
existam flutuantes As
guindastes lanças dos guindastes mai-
capazes de operar com a máxi-
ores devem atingir menos a
pelo
ma capacidade exigida. mediana fim
do dique, a de per-
Não há regra fixa deter- mitir manobra com situa-
para pesos
minação da capacidade dos guin- dos nas mais diversas posições.
dastes, a não ser o das pe- Há um número de ti-
pêso grande
VANTAGENS DESVANTAGENS
Os de madeira
a) — Boas condições a —
para A melhor madeira
para
mancai; êste fim, é o Carvalho;
tendência a subir;
e) — Não é pesado.
Os de concreto
peciais;
conjunto;
ção;
variados quando em
manobra;
e) — Boas de man-
qualidades
cais, encapado
quando
na madeira;
f) — Durabilidade;
Os de ferro fundido
a — Fortes; a) — Caros;
150 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
c) — Com boas c) —
qualidades Quebradiços.
Outting". durabilidade;
receber o sub-produto da
para
— a cal Do mesmo modo, da instala-
fabricação de acetileno
— es- devem constar circuitos de
hidratada evitar que ção
para
ta no sistema corrente alternada com capaci-
seja jogada geral
dade suficiente atender aos
de esgoto. para
navios utilizam corrente al-
que
A canalização de acetileno ternada.
0];
-Tsf&S&^F '<^^SSSS9SSSSp, w-t-v ^(1| ^
llm trem de tratores com lagartas para a base Byrd desloca-se como um comboio
de navios, deixando na neve um rasto com mais de 640 milhas de comprimento Issol
se passou na DEEPREZE III., durante a primavera do ano Geofísico Internacional,
ggr:
*
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$*£ ¦ fr?-1;^/'-'''tjffj-l%' :'r,'/'''::'~'-f-*0 -¦¦•''''k/i ¦'&':'
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j-4> .•¦ .- ¦ •,' ; ¦ if- * *A ' •.
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n
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¦'"C
WÈk
Nem todas as fotografias tiraram-se do ar. Os fotógrafos que aqui vemos levaram
sete horas lutando para galgarem o pico desta posição vantajosa. O monte Erebus,
\o fundo, é um vulcão em atividade.
170 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
guiu fazer fotomapas de 633 374 sentantes das doze nações, que
REVISTA DE REVISTAS
"Antare-
mais tarde assinaram o
da U.S. Geological
presentantes
...
Survey, do Navy Hydrographic
Aeronautical Chart e
gineers, do
Em conseqüência da primeira
expedição do contra-almirante
mm
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preta, mas torna-se logo completamente branca com a neve o gêlo da temperatura
abaixo de zero.
"câmaras
precedem à voz de em to), além da natureza da missão
fica-lhe facultado calçar luvas que tôda a região não tenha sido
num dos lados de cada negativo, lho lhes tocava nunca era
que
indicando a hora exata do vôo inferior a 12 horas, ou uma mé-
de ção do leitor.
{Nov. 1961). Tradução
dêsse impor-
plexos problemas
Recebemos ainda:
tante ramo da engenharia, pelos
^UBMARINOy
SUMARIO. — Homenagem ao thresher e aos seus 129 homens. —
Assim é o "Polaris". — O maior porta-aviões atômico do mundo.
— Um submarino soviético no Polo. — Tem as vantagens de
um helicóptero. — Várias notícias. — O helicóptero " Wasp ".
"Thresher"
Homenagem ao e aos seus 129 Homens
No dia 10 de abril, o SSN 593 lhas do cabo Cod, silenciou para
Thresher, da US Navy, quando sempre. É dado por perdido com
executava provas de imersão a toda a sua tripulação de 129 ho-
grandes profundidades, no Atlân- mens, sob o comando do brilhan-
tico setentrional, a umas 220 mi- te oficial John Hervey.
m
'
iiéémS^iéuàtmí
O SUBMARINO ATÔMICO THRESHER
Deslocava 3 750 t., em superfície, e 4 330, submerso. Seu comprimento era de 88 60
metros. Velocidade em submersão, 35 nós. Armado com 4 tubos lança-torpedos do
533 e com mísseis "Subroc" associados a poderoso sonar.
184 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Não a Marinha do A
poderia Revista Marítima Brasileira
Brasil deixar de associar-se, com
dedica esta em homena-
página
emoção fraterna, ao luto da Ma-
gem àqueles heróis no cum-
rinha e da Nação norte-ameri- que,
"POLARIS"
ASSIM É O
"Júpiter"
cia e a Marinha dos Estados apresentava ainda
custo foi de 100 milhões de dó- bombas, mas não foi arrasada.
"Polaris",
lares. A maior soma foi Com um não ficaria
gasta
na sala de navegação, constituí- pedra sôbre pedra. A cidade seria
"En-
agosto de 62 dava entrada tonomia ilimitada, dá ao
Em
nia desde 1889 até hoje. já tôrre, que sua forma qua-
que, pela
"Enterprise"
134 navios de guer- drada distingue o
construiram
"Sparrow "Sidewiãer".
das no reve- o II" e o
gigantesco quadro
lando a situação dos mo- Conquistou o recorde de veloci-
geral
vimentos no mar. dade de 1.606 milhas horárias.
"Skyrafler"
Seus reatores têm a capacida- O é um avião de
"cava-
de de iluminar uma cidade de bombardeio considerado o
"Skyraiders"
Os aviões têm um nha norte-americana, orgulho
bem depois dêle ter sido reali- crêr o tenha sido no último verão
9: ¦¦ ¦ZSEI
Hi ¦1 I
VÁRIAS NOTICIAS
Austrália Canadá
transformado.
AVIÕES E SUBMARINOS 195
O Saipan,
A 30 de novembro foi lançado porta-aviões leve
— Foch —; 1
porta-aviões porta- lança-mísseis. Esta unidade ser-
-helicópteros
de 10 000 t.— La viria de protótipo para a cons-
Resolue — em tempo
que de paz trução de outras, com 7 000 t.
servirá de navio-escola; 2 fraga- em imersão, 300 metros de com-
tas lança-mísseis (talvez 3) de e capazes
primento, de transpor-
4 700 t.; 9 unidades de escolta tar 16 engenhos de 2 000 a 3 000
de 700 t. e, finalmente, 9 sub- metros de alcance, além de irem
marinos convencionais classe munidos de tubos lança-torpedos
Daphne. A tonelagem total dês- teleguiados.
tes navios em construção, ou em
logísticos, transpor-
petroleiros,
tes, hidrográficos, etc, eleva-se a
vigor do acordo.
presente
entretanto, * — O submarino da
Pontualiza-se, que Oracle,
Anuncia-se em
que breve en- Fleet Air Arm. Com êste VTOL
trará em grande remodelamen- o Departamento da Defesa espe-
to o HMS Forth, ser con- ra conseguir um aparelho
para poli-
vertido em base de submarinos valente utilizável
pelas duas
nucleares, como o foi o HMS forças aéreas britânicas.
já grandes
Maidstone — de 12 700 t. — e
Indonésia Itália
OS HELICÓPTEROS "WASP"
naval, é equipado com dois tor- 6,350m e seu raio de ação é cal-
— lagosta é peixe —
O Exército no 11 de junho Êles pensam que
lagosta — Vênus é mais chata
Estudos de biologia e pesca de
capitão - de - fragata
Raimundo
Descrever a batalha, a tática
Teotônio de Brito. Ia a seu bordo
adotada e as
pelos paraguaios
o comte. da 9.a Brigada coronel
medidas tomadas chefe
Bruce. — Navios: Araguari —- pelo
Barroso seria fugir ao escopo
comte. tenente Antonio
primeiro dêste artigo; o assunto, sôbre
Luiz von Hoonholtz. Comte. da
ser bastante conhecido
já tem
tropa: Primeiro tenente Joaquim
sido minuciosamente tratado
Manuel da Silva e Sá. Iguatemi— por
outros articulistas.
José de Macedo Coimbra. Comte.
"Quatro "A
vro séculos de ativida- mais leal amizade reinou
Lagostas observadas
P. laevicauda 35 23 18 6
Barcos observados.... 8
Viagens 22 50 69 45
212 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
ta (milhas) 10 12 7,5
Profundidade
Cruz de Malta 14
Triangular — 2,5
p/barco 11 28 48,5 12
índice por captura
Galeão.
(Boi. 5/63).
O EMA
publica cópia da A Lei n.° 4 213 de 14-2-63
Portaria n.° 799, de 21-12-62, do reorganiza o Departamento Na-
Mnistério da Viação e Obras Pú- cional de Portos, Rios e Canais,
blicas designando oficiais da Ma- dando-lhe a denominação de De-
rinha de Guerra represen-
para Nacional de Portos e
partamento
tantes do Govêrno em diversas Vias Navegáveis e disciplina a
emprêsas de navegação.
(Boi. aplicação do Fundo Portuário
6/63).
Nacional. (Boi. 10/63).
O Decreto O
n.o 51 697 de Decreto n.o 51722, de
5-2-63 institui uma ordem hono- 18-2-63 aprova e o Regu-
publica
224 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
O O Aviso n.°
Decreto n.° 51747 de 739 de 22-4-63
da Guanabara, faleceu a 6 de
Vice-Almirante (Md) Ref°
janeiro do corrente ano, o capi-
Dr. Heráclito de Oliveira Sam-
tão de fragata (AM) Ref° Car-
paio. los Vasconcelos Costa.
rante, C.A. Ref° Mário de Aze- ceu em sua residência, nesta ci-
ledo Coutinho. dade do Rio de Janeiro, o capi-
naval brasileira
"Henrique
Ali nasceram o Lage" e o
"Pereira
Carneiro", navios mistos de
10.500 toneladas "dead weight",
e ali es-
tá sendo construído o "Júlio
Régis", de
12.000 tdw, o
primeiro cargueiro tran-
soceânico a ser lançado no
Brasil.
\4rolme
SEGUINTES PUBLICAÇÕES:
COLÔMBIA — Armada.
DINAMARCA — J. L. News.
Review of Bibliography.
— La Revue Maritime — La —
FRANÇA Houille Blanche Triton
— Neptunia.
— Endeavour —
INGLATERRA The Journal of the Royal
— Revista Marittima —
ITÁLIA Bolletino di Informazioni. Marit-
time.
— El Legionario.
MÉXICO
— Revista de Marina.
PERÚ
— Boletín Naval.
PARAGUAI
— — Revista de
PORTUGAL Anais do Clube Militar Naval
Marinha.
—
VENEZUELA — Revista dei Ejército, Marina Aeronáutica
y
(Nautical Terms)
Acha-se a
à venda no Servigo
Serviço de Documentagao
Documentação
Geral da Marinlia,
Marinha, 3.° do Ministerio
Ministério da
pavimento
Marinha, o dicionario
dicionário em brochura, TERMOS
TÊRMOS NAU¬
NÁU-
— Portugues-Ingles
Português-Inglês — Ingles-Portugues
Inglês-Português —
TICOS
de autoria do capitao-de-fragata
capitão-de-fragata (R) A. de Azevedo
Lima,
lodo
João de Brito & Cia.
FESTAS E RECEPgOES
RECEPÇÕES
Os concessionarios
concessionários do Restaurante e Boite do Clube
Naval e Nautica
Náutica do Vasco comunicam aos Exmos. Srs.
Consocios
Consócios e Exmas. Familias,
Famílias, alem
além dos servicos
serviços
que
realizam nas sedes dos Clubes, estao
estão aptos a aten-
que
der Banquetes, Recepgoes,
Recepções, Coqueteis,
Coquetéis, etc., nos seus
saloes
salões amplos, decorativos e confortaveis,
confortáveis, bem
proprios
próprios
como a domicilio.
domicílio. Pessoal altamente especializado em
segurança e durabilidade.
O cimento "Mauá" supera
at eipecificafõe* exigida»
paro cimento Portland no
-nundo inteiro.
_¦.*__________ *m
¥ _S____sl
13 MAUA =¦
COMPANHIA NACIONAL DE CIMENTO IUO
PORTLAND
01 JANttKO
8!*:-__^Ô<Ss^><i)!.)<^><i>is><^^®<gí__^G>^
ATACADISTA DE CEREAIS
SUMÁRIO
CAPITÃO DE FRAGATA ALEXANDRE DE AZEVEDO LIMA 9
ESTALEIROS DE REPAROS NAVAIS. — CMG (EN) Yaperi T. de Britto
Guerra °
ESTADO MAIOR (Breve notícia). — Contra-Almirante César da Fonseca.. 33
PRÊMIO "REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA" 37
SEGUNDA CONFERÊNCIA DAS ESCOLAS DE GUERRA NAVAL DAS
AMÉRICAS 41
— Tradução
FROTA ALEMÃ 1956-1961 — Contra Almirante Friedrich Ruge
de P. de Miranda 47
A MARINHA PAPALINA — Charle H. Jenrich. — Tradução de Carlos
Luiz Brown Scavarda 59
A NATUREZA MUTÁVEL DO PODER — Carie H. Amme, Cap. USN (retired)
Tradução do CF (Ref> Alexandre de Azevedo Lima 67
TERCEIRA VIAGEM DO COMANDANTE COOK À VOLTA DO MUNDO
(17-76-1780) — Tradução de F.A. Machado da Silva 81
— RAÇÃO
SALVAMENTO DE NÁUFRAGOS NA MARINHA BRASILEIRA
DE EMERGÊNCIA OU ABANDONO, N." 3. — Dr. Darcy de Souza Me-
dina — CMG (Md) 93
"JURUA" 105
A MARINHA POSSUI MAIS UM NAVIO-VARREDOR — O
POLÍTICA DE CONTROLE NUCLEAR — George A. Kelly 1°9
POLÍTICA MILITAR DA FRANÇA — Pierre Messmer 125
AVIÕES E SUBMARINOS. — P. de M.
Incorporação à Armada dos Submarinos "Bahia" e "Rio Grande do Sul".. 137
Aniversário da Força de Submarinos "8
Novo Comandante da Base "Almirante Castro e Silva" 139
Depois da tragédia 139
Submarinos e Aviação Naval nas Marinhas Estrangeiras 149
REVISTA DE REVISTAS — N. de A. L.
Os dias críticos de amanhã 157
A esfera social do mundo de 1973 171
Publicações recebidas 181
RESPIGA
Reator para navios 183
História do salvamento 183
Nas vésperas tío assalto à Lua 186
Marinha do futuro toma corpo 188
NOTICIÁRIO — L. 191
NEUROLOGIA 199
Os conceitos emitidos nos artigos assinados re-
-pensamento
presentam o de seus autores e não
acarretam necessariamente identidade de opiniões
"Revista
da Marítima Brasileira".
SERVIÇO DE DOCUMENTAÇÃO GERAL DA MARINHA
(S. D. G. M.)
DIRETOR
Vice-almirante LEVY ARAÚJO PAIVA MEIRA
COLABORADORES
Capitão de Fragata
DE AZEVEDO LIMA
O POETA ALEXANDRE
(Continuação)
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XV^ P ? ? > >'
Fig. 1-A
ESTALEIROS DE REPAROS NAVAIS 17
c) As curvas de deslocamento,
"Bureau
c) Método do of Docks
posição vertical do centro de gra-
and Yards": vidade e vertical do cen-
posição
tro de carena são traçadas com
De autoria de Mr. Joseph Mi- base nos diferentes calados de
chelson, foi muito usado até 1936. flutuação, seguindo os métodos
A sua descrição detalhada utilizados cálculo
pode para o das cur-
ser encontrada na vas hidrostáticas forma
publicação ou de dos
"Desing
Date — Bureau of Docks navios.
and Yards" da Marinha de Guer- O centro de gravidade no cala-
ra dos Estados Unidos. do leve é calculado, a partir do
ESTALEIROS DE REPAROS NAVAIS 19
KM = KB + BM 10 | H- 4.000 e 4
B =
I = Momento de inércia da
área do plano de flutuação em
relação a um eixo passando pelo
seu centro de gravidade; (Fig. 4_
1-B) -1
— 09 -e 6
vidade, daí o se dizer que produz porta deve ser provada no local
uma elevação virtual do centro onde deverá operar, na máxima
de gravidade. Esta elevação altura de maré.
pode Por meio de
ser obtida "Strain
por: gages" colocados nos
pontos convenientes da As
porta.
i deflexões medidas devem ser
G Gy —
comparadas com as são de-
que
A terminadas cálculo.
pelo
J~~ to regulador.
1=^ ^
Para o fechamento, etapa D,
um conjugado de flutuabilidade
a flutuabilidade é aumentada
'
7h C
j
-i'
ESTALEIROS DE REPAROS NAVAIS 25
maretas.
2.5.5 — Comparação:
lho. Quantidade 6.
3/16". 6. Quantidade 2.
Quantidade
51)—Alavancas de 60) — Bomba de ar escafan-
aço, com para
drista, manual, completa,
unha, do tipo de cabra;
pé
instalada em caixa refor-
com 1,20 m de comprimen-
83) — Máquina
pneumática pa-
ra furar madeira, Da relação acima, dei-
para poderão
«
ESTADO MAIOR
NOTICIA)
(BREVE
CÉSAR DA FONSECA
Contra-Almirante, R.
viço "me-
de Estado-MaiorT A denominação O Conde de Lippe disse em suas
de Estado-Maior Especial vem, Guerra Defensiva"
porém, mórias sôbre a que
do época, "a
Exército Sueco que, naquela da Guerra deveria se dirigir con-
«irte
niantinha-se numa elevada reputação. mesma Guerra, ou
tra esta a qualquer
Guilherme I, firmou, seu turno, a junto, seria a marca indelével dos gran-
por
tradição de o Rei era, ipso fado, des reformadores a que aludimos aci"
que
o Supremo Lorde da Guerra, liderando ma: Gerhard Johann Scharnhorst e Au-
^
os exércitos em campanha. gusto Guilherme von Gneisenau.
34 EFVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
até chegar aos nossos dias em que o Auxiliá-los 110 estudo e dos tra-
preparo
"
Brasileira
O "Revista
nôvo detentor do Prêmio Sua vida é exemplo de te-
premiados.
Marítima Brasileira" 1960 —
(triênio nacidade, sclf made mau, vindo de sim-
1962) é o CMG Francisco Fer-
(IM) pies aprendiz-marinheiro, é hoje Ofi-
rcira Netto. ciai Superior no Corpo de Intendentes
Oficial brilhante, estudioso, é autor da Marinha ao honra
qual pelo seu sa-
de vários trabalhos, alguns dos ber.
quais
tal Central d'a Marinha, sendo então e no Comando do 6.° Distrito Naval,
promovido a cabo e em seguida, a _]¦" onde exerceu as funções de oficial do E.
Sargento. Em janeiro de 1933 prestou Maior de 18/4/47 a julho de 1949.
concurso para o então Corpo de Co- Promovido __, CapLtão.de-Corveta
missários da Armada, logrando classifi- cm 13/12/48 — Apresentou os seguin-
car-se em 6.° Jugar, entre 600 candidatos, tes trabalhos que foram aprovados e
o que lhe valeu a nomeação de Aspi- mandados adotar na Marinha: "Livro
ránte a Comissário em 6 de junho de Texto para o Curso de TA-AR;" "Li-
1933- vro Texto para o Curso de TA-PA;"
Fêz o curso Prático de Aspirantes a "Livro
Texto para o Curso de TA-CO;
Comissário a bordo do E. Minas Gerais. "Livro Texto
para o Curso de TA-PA".
terminando em fevereiro de 1934 e sen- Foi Instrutor da Escola Naval
de
do promovido a 2." Tenente em 22 de 9/4/951 a 12/3/1952.
fevereiro de 1934. Foi premiado
Serviu como 2.0 Tenente em di- pelo Instituto Brasi-
leiro de Educação Ciência e Cultura
\ersos navios e estabelecimentos. , (JBECC) órgão do Ministério das Re-
Em 27 de janeiro, de 1941 foi lações Exterijores e representante no
posto
à disposição dos Serviços de Navega- Brasil da UNESCO, por um trabalho
ção da Amazônia e Administração do apresentado em concurso versando sô-
Porto do Pará (SNAPP), onde serviu bre questões sociais e econômicas da
até dezembro de 1945 tendo desempe- Região Amazônica. O trabalho classi-
nhado durante esse período as funções ficado em i.° lugar entre 17 concor-
de Chefe do Departamento de Adminis- rentes tem o título de "Realidade Ama-
tração. Nessa função tomou parte nas zônica" e foi publicado às expensas "cio
negociações com os representantes do Conselho Nacional de Pesquisas.
Governo Xorte-Americano na "Rubber Recebeu a medalha Militar de
Developmerit Corporation", como dele- Prata em 1/3/1950 e de our0 em
gado da SNAPP, para lavratura de um 5/To/53-
convênio para o tráfego de embarcações Promovido
a Capitão-de-Fragata
americanas no rio Amazonas, sendo re- em 14/9/51.
dator do contrato firmado Foi organizador da Escola
pelas duas de Tai-
partes com aprovação dos dois Govêr- feiros da qual foi encarregado de
nos, durante a 2.n Guerra Mundial.. 20/9/i953 a 15-3-1954.
Publicou um trabalho de sua au-
Foi diplomado
toria, sob o título "O Problema Amazô- pela Escola de
Guerra Naval no curso de Estado
nico", editado em 1942, posteriormente
Maior e Direção de Serviços em
traduzido para a língua inglesa e
pu- 20/.S/i955 •
blicado na "Scientific Monthly" órgão
"American Foi nomeado instrutor da
da Association for the Escola
Advancement of Science" com sede em de Guerra Naval em 22/6/1955, função
Washington no edifício do Smithsonian que exerceu até 29/1/1961.
Institute. Nomeado em
janeiro de 1958 para
Poi Promovido a i.° tenente a Comissão de Estudos para Instalação
cm
9/12/41 e promovido a Capitão-Te. da Marinha em Brasília.
ncnte em 9/5/46. Promovido a Capitão-de-Mar-e-
Serviu na Base fluvial de
Ladário Guerra em 23/6/1958.
4
"REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA 39
PRÊMIO
1963
BOAS VINDAS
L
Ê com honra e real em nome da Marinha
grande prazer que,
do Brasil e, em no da Escola de Guerra Naval
particular, Brasileira,
apresento-vos calorosas saudações, desejando-vos boas-vindas ao Rio
de Janeiro e sinceros votos no sentido de uma agradável
formulando
estada nesta cidade.
que esta reunião oferecerá, acima de tudo, feliz ensejo para que se
Muito cordialmente,
Vice-Almirante
ARGENTINA URUGUAI
Capitán de Navio Mauro Mi- Capitán de Navio Ubaldo
guel Gamenara — Diretor da Villalba, Diretor da Escuela de
Escuela de Guerra Naval — Guerra Naval — Capitán de
Capitán de Fragata Luis Da- Corbeta Hector Cabanas, Chefe
niel González Castrillón, En- do Departamento de Ensino.
carregado do Curso Geral.
VENEZUELA
CHILE Capitán de Navio Orlando
Capitán de Navio Raul Mon- Medina Sauce, Diretor da Es-
tero Cornejo, Diretor da Aca- cuela de Guerra Naval —
demia de Guerra Naval — Capitán de Navio Manuel N.
Capitán de Fragata Christian Herrera Corrêa, Adido Naval
Storaker Pozo, Assessor — no Rio de Janeiro — Capitán
Capitán de Fragata Maurice de Fragata Ornar Sanz, Asses-
Poisson Easteman, Assessor. sor.
CHILE PERU
Capitão - de - Corveta Rogério Capitão-de-Fragata César Au-
Esberard Capanema gusto Petra de Barros
EST. UNIDOS DA AMÉRICA URUGUAI
Capitão-de-Mar-e-Guerra Adol- Capitão - de - Corveta Arnaldo
pho Barroso de Vasconcellos Ovalle
México VENEZUELA
Capitão-de-Corveta Jusel Piá
Capitão-de-Mar-e-Guerra Hélio
de Andrade
Marroig de Mello
LIGAÇÃO COM AS
PARAGUAI
DELEGAÇÕES
Capitão - de - Corveta Amaury Capitão-de-Corveta João Os-
Albuquerque Nascimento waldo Pirassinunga
Até onde se pode ter certeza de ai- e as palavras de paz soviéticas não fo-
ftuma coisa entre 1946 e 1948, da ex- ram por todo. acreditadas. Antecipan-
Marinha Alemã sabia-se só1
que eram do-se à opinião pública generalizada,
mantidas, e sob controle dos aliados,
alguns oficiais de marinha norte-ame-_
algumas flotilhas de unidades varredo- ricanos previram a necessidade da coo-
''is, para limpeza dos
principais aces- peração com seus ex-inimigos alemães.
sos aos portos do oeste alemão e Estabeleceram com eles relações pes-
para
ajudar a varredura das águas holande- s-oais, fundamentadas na mútua estima,
Sas, dinamarquesas e norueguesas. com o primordial intuito de apreciar-lhes
De acordo com a política geral aliada, a experiência de guerra naval no P>áltico,
"ao existia a menor no Oceano Glacial e 110 mar Negro.
preparação para o
rearmamento da Alemanha do Oeste, As contínuas agressões soviéticas le-
apesar dos russos terem começado, em varam à criação, nos começos de 1949,
-947, a reerguer novas forças armadas da aliança defensiva conhecida sob o
alemãs na zona por eles ocupada. Aliás, nome de "Organização do Tratado do
>*to não era mais Atlântico Norte". Um ano mais tarde,
que o início da ex-
tensa lista de violações, pela Rússia, deslocavam, os soviéticos, o teatro cíe
dos acordos com as rtotências ocidentais: suas sondagens dos pontos fracos do
pretendendo ser uma nação democrática mundo não comunista, e atacavam a Co-
e pacífica, tornara a anexar os países réia do Sul. A campanha que sé seguiu
báltiços; impusera governos comunistas conduziu ao emprego dc consideráveis
na Polônia e nos Estados balcânicos, da forças armadas ocidentais (especialmente
mesma maneira que na zona de ocupa- dos Estados Unidos) e — o que é mais
Ção soviética da Alemanha expulsara importante — levou à reavaliação rea-
os governos livremente eleitos na Tche- lista das forças do mundo livre.
coeslovaquia; incorporara à soi disant Tais acontecimentos mostravam cia-
República Democrática Alemã o Ber- rainente que os russos tinham sob sua
lim-Este e, finalmente, tenta fazer cair mira o domínio do mundo, e vieram a
110 seu poder o Berlim-Oeste, isolando-o constituir-se no fundamento do plano
do Ocidente. da oferta da contribuição alemã à cK.te. a
Felizmente, as jaetâncias democráticas da Europa, feita pelo Chanceler Konrad
48 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Estado-Maior da nova Marinha alemã. e quando muitos dos antigos militares ti-
Durante os primeiros anos, ini- nham achado boas situações na vida ci-
parte
portante dos esforços de Blank estive- vil. Além disso, esta arrancada im-
construídos.
O primeiro submarino caiu na água
Todos os navios e aviões ficarão in- no fim de 1961. Com seu deslocamento
alemães inclui, 110 início, três mêses de ber formação complementar de pilo-
formação militar elementar, em terra tos.
os .alunos estudam a natureza dos mento dos homens e das coisas da Ma-
quais
metais e seu trabalho: aprendem a pôr rinha, e, aliás, de uma base de educa-
em funcionamento, conduzir e reparar ção, uma idéia dos problemas políticos
"hou-
diesels, máquinas a vapor e caldeiras e, se possível, com senso de
dados" não devem desejar a guerra; tempo livre. Entretanto, por meio de
porém, se o Ocidente fosse atacado, êles conferências e debates, damos aos nossos
devem achar-se firmemente resolutos a Oficiais aos
e nossos outros homens uma
combater até o último extremo. Deve- noção da fria
guerra e dos seus deveres
riam ser capazes de reconhecer as tá- ela.
perante
ticas da guerra fria, como o seu assalto, Em resumo:
podemos dizer que se na
quase cotidiano, pela propaganda e pela redonstrução de nossa Marinha não atin-
espionagem. Devem aprender a desmas-
gimos por completo os objetivos fixados
carar a difamação e a calúnia, vendo enl I95S> «uma idéia um dema-
pouco
nelas um sintoma de fraqueza. Devem, siado otimista da situação do npsso pais,
pois, ser bem informados sôbre as con- temos, porém, feito sensíveis progressos
(lições intelectuais e sociais do nosso
para a criaçao de uma Marinha com
lado, como das do campo adversário. objetivos limitados ao seio de nossa
O nosso objetivo é aumentar a confi- aliança e, assim o espero, com horizonte
ança em nós mesmos e evidenciar as ilimitado.
fraquezas do adversário (sem subestimar, O nosso objetivo é formar uma Ma-
seus pontos fortes) e, finalmente, des- rinha esteja a fazer
que pronta a guerra,
truir a base ideológica do inimigo. sem desejá-la; coopere
que bem com as
Uma metáfora alemã diz os rus- Marinhas
que aliadas; constitua uma
que
sos — como os outrios povos— a única do
parcela poder material necessário
coisa que fazem é ferver a água, usando
para precáver-se contra a guerra quen-
hàbilmente o vapor assim obtido te, e também
para do poder moral preciso
submergir o mundo livre no nevoeiro
para ganhar a guerra fria, obtendo, as-
e ocultar-lhe as fraquezas.
próprias sim, uma paz autênticamente durável.
Formar uma Marinha em alguns anos,
— "Revue
partindo do zero e, as vezes, até de da Maritime"
(Traduzido da
menos zero — não nos deixa —
muito França P. de Miranda.)
por
A MARINHA PAPALINA
Charle H. Jenrich
embarcação de 54 metros de
tros.
douradas.
Quinze anos depois, estas na- peças. Eram êles o San Pietro
ves foram e o San Paolo. Levavam sob
substituídas San o
pelas
Clemente nome, a seguinte inscrição,
e San Cario, lançadas gra-
"Donné
ao mar vada em ouro, lè
em Civitavecchia e aben- par
Çoadas Premier Cônsul Bonaparte au
pelo Papa Clemente XIII.
Levavam Pape Pie VII."
três mastros com velas
oraias das costas Bérberes fica- trução dos novos navios. Cialdi
paz que então reinava, não viu tempo, estudou o efeito das on-
mais necessidade de manter uma das e aperfeiçoou os instrumen-
esquadra de guerra e empregou tos de navegação.
chegada
em Roma foi festiva e de Sant'Elmo, em Arcahon. Em
Cialdi recebeu congratulações do 1883 esta embarcação foi vendi-
Papa.
Pouco depois Cialdi volta- da a comerciantes britânicos
que
a Inglaterra, onde comprou a utilizaram como transporte.
vários
navios e o Em 1905 foi reconhecida em Al-
guarda-costa
Melhor navio embora registrada com
já tivera a ger, o
que
Marinha nome Loire. Terminou
Papal, a corveta Imma- de seus
colata
Concezione. Construída dias perto de Ajaccio onde foi
de Pederf1)
Carl H. Amme
Esta tese foi premiada no concurso de 1963, instituído pelo U. S. Naval Institute.
68 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
side a característica do novo sis- não é aceita pelos novos que sur-
que aquêle país poderia usufruir definida, não são ambíguas e po-
em tempo de guerra. Os Soviétes dem ser claramente compreen-
teriam certamente que aumentar didas.
O corpo de Fuzileiros
poderia, A terceira conexão é a que pro-
seu turno, começar conside-
por cura saber se uma fôrça militar,
rando a contra-insurgência como
que pode levar consigo o santuá-
sua missão principal. Histórica- rio, tem uma vantagem decisiva.
mente, o Corpo tem estado ideal- Conforme foi apontado anterior-
mente essa tare- mente, nossa
preparado para fôrça tarefa naval
fa, mas desde a Segunda Guerra esta característica.
possui Ela
Mundial, e dos debates de unifi- dispõe tanto da fôrça co-
política
cação se seguiram, quando mo da tática. Contudo, no caso
que
o Corpo de Fuzileiros conquistou de desejarmos usá-la como um
seu nôvo estado de quarta arma santuário nos o mo-
que permita
na hierarquia militar, êle tem vimento direto até o limite das
A NATUREZA MUTÁVEL DO PODER 79
nossa aviação
três milhas e com impunidade, perante pesada
atacante com bombas nucleares.
então prepararmo-
precisaremos
Êles se interessarão manu-
nos impor limitações a nós pela
para
tenção de patrulhas aéreas na
mesmos. A está em sa-
questão
retaguarda para interceptarem
ber se o assunto deve ser cogi-
os suprimentos e reforços es-
tado com antecipação, ou se deve que
tiverem sendo trazidos avião.
fazer dos vários de por
parte planos
Mas ficarão em, desvantagem
contingência.
considerável se estabe-
Vale a meios pa- pudermos
pena procurar
lecer pequenos, mas bem defendi-
ra ou obrigar o inimi-
persuadir
dos no território,
santuário pontos que pos-
go a reconhecer como
sam ser usados a ação nas
os navios estado-uni- para
da Marinha
contra-guerrilhas.
dense. A tarefa da movimenta-
terra, e é necessário o
para o interior de Nos,- que para
Quemoy.
sos controle de outros tipos da su
navios puderam
petroleiros
cruzar den- aérea do material de
no estreito Taiwan, perioridade
»»«<¦:
TERCEIRA VIAGEM
DO
— 1780)
(1776
de F. A. Machado da Silva
Tradução
CAPITULO I
a nov de 1776).
(fev.
voráveis, ora de oeste, ora de sul. Pelo me esta notícia a meu re-
que juntei
través, de Ouassant avistamos nove latório, a continuamos nossa derro-
e 4
navios, que supusemos, serem ta com bom vento de nordeste.
grandes
de combate franceses; êles ne- Nlo fim 6
navios de dias, vimos às 9 horas da
observar êste eclipse, devido às nuvens trava. Só encontramos dois navios lio-
TERCEIRA VIAGEM DO COMANDANTE COOK 83
verifiquei meu receio era infundado, navio francês partindo para Europa se
que
entretanto, em conseqüência dos ventos aprestou sair. Entregamo-lhe nossa
para
outubro, não se
um pássaro que quase D cs-
A 10 de novembro, chegou a
"noddie", em
afasta da terra, o pousou
covery- O comandante Clark, disse ter
nosso aparelho. Várias vêzes também
deixado Plymouth a 10 de agosto, e que
vimos durante a noite êstes animais
teria chegado dez dias antes sem o
marinhos desprendem luz e de que
que temporal que acabava de suportar no
falei viagem. A 17
em minha primeira a afastar-
mar e que o havia obrigado
descobrimos o Cabo de Boa .Esperança
se da costa. Certa noite nossos carnei-
e a 18 fundeamos na baía da Table por
ros foram roubados. O tenente gover-
um fundo de braças.
4 nador reparar a minha perda ofe-
quis
Saudamos com uma salva
a praça um dos carneiros de Espa-
reccndo-me
de 13 nos foi retribuída. Bai-
tiros, que êle havia aclimatado no Cabo.
nha que
xei à terra com meus oficiais e o g°~
M. Anderson, enquanto reparava-
vernador mostrou-se empenhado e mui-
CAPÍTULO II
CAPITULO III
"En-
J ir «ler. à Terra de Van-Diowen Chegada à baía de
Passagem de Kerguelen a Terra _ —
da Terra a Nova_Zelândia
do partjda para
deavour — Entrevista com os aturais lóbre
0 massaCre da equipagem
Arribada ao Canal da Ramlia Carlota costumes -
dêste país Retomamos
ao „c,l«r d. í»
O-Taiti.
CAPITULO XV
/
88 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
^
90 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
CAPITULO V
Marinha Bi
Brasileira
Condensado)
(Trabalho
Capitão-de-Mar-e-Guerra (MD)
de espécie de alimento.
soai colocado situa- vado qualquer
eventualmente em
Isto, de acordo com as propriedades
Çoes críticas especiais, tais como:
Mui a0 contrário, a falta
individuais.
8.0 grs.
Manteiga
64,0 grs.
Sacarose
CALORIAS 1464
TOTAL EM
Hidrato ligramas
de Carbono ... 68,5%
"B2" —
Sais Vitamina 4 miligramas
Minerais (Cálcio,
Nicotinamida — 20 miligramas
Ferro,. Fósforo,- Iôdo) 5,I%
"D" —¦ I.
Àgua Vitamina 8000 U.
3 %
E ILUSTRATIVO
COMPARATIVO
QUADRO
RESUMO perfazendo:
Jantar — 10 cristalizados)
(Comer
Jantar — BRANCO —
, (Comer 10 cristalizados) (ENV6LUCR0
Jantar — 10 cristalizados) CELOFANE)
(Comer
96 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
MINISTÉRIO DA MARINHA
Brasil INFORMAÇÕES SOBRE A PROCE.
RAÇÃO DE ABANDONO (R)"3) DÊNCIA DOS ITENS DA RAÇÃO
COLETIVO DE EMERGÊNCIA
Darke necedor.
de Matos e Carvalho.
INSTITUTO DE PESQUISAS
TECNOLÓGICAS DO ESTA-
DO — Êste
DE SÃO PAULO
RAÇÃO DE EMERGÊNCIA PARA
Instituto fêz em 1952 e 1953
que
SALVAMENTO DE NÁUFRAGOS
a análise e a síntese da PERMU-
PREPARAÇÃO —
modo a obter-se em taboleiros recober_
Camada sacarosada de
Cristalização 56,00 —
ÁGUA DESSALGANTE A. I.P.T.
retirar eficientemente o
mover a maior do sedimento já para
parte
sal da mesma. Para conseguir
referido.
uma boa mistura, o saco deve
do mar. drinkable".
6) — O DESSALGANTE I.P.T.,
elemento que faz a desmineralização da
água do mar, tornando-a
potável e aces-
Preparado pelo Instituto de Pesquisas
sivel á economia orgânica, com amparo
Tecnológicas de São Paulo para o Es-
específico ao equilíbrio ácido-básico
tado-Maior das Forças Armadas.
(pU), já constitui uma conquista de-
finitiva nacional, graças ao INSTITU-
TO DE PESQUISAS TECNOLÓGI-
CONCLUSÕES
CAS DO ESTADO DE SÃO PAULO.
siderando o seu
preço 30 dólares por fazendo-se seu uso por prazer e não por
unidade, enquanto o
produto nacional, ordem ou contigência imperiosa do di-
para os mesmos fins e destinos, custa fícil momento da vida de um náufrago.
simplesmente Cr$ 280,00.
O teor de nitrogênio e cloreto de sódio
7) —Durante a EXPEDIÇÃO KON- existentes faz-se o mais baixo pos-
"TIKI,
um dos cientistas utilizou-se ex- sível. A respeito, os estudos científicos
clusivamente da ÁGUA PERMUTIZA- fizeram-se rigorosos e o objetivo foi
DA. (PERMUTIT, um alcançado cabal e plenamente.
produto ame-
nçano que faz o dessalgamento de água De 1 a 8 dias faz-se o período ótimo
do mar) . Uma das suas mais interes-
de emprego da ração de emergência ora
santes e úteis conclusões é de
que às apresentada. Oito (8) dias é o máximo
500 gramas de água do mar, tratada tempo perdido que as Marinhas Brasilei-
pelo dessalgamento químico, pode ser ra, Americana e Inglesa compreendem
adicionado, depois das operações em empregar em busca e salvamento de
causa, 30% de água do mar tomada di- náufragos. Salvo casos excepcionais
retamente (FATOR ECONÔMICO).
Com as devidas reservas é feita e assi- Além dos náufragos oriundos de na-
nalada esta conclusão sétima. Outros- vi os de superfície, submarinos ou
S1m, as conclusões resultantes das expe- aviões, também os paraquedistas e in-
riências do Dr. BOMBARD. fantes, em operações ligeiras, podem
de
8) — Outras conclusões fazem-se co- perfeitamente utilizar esta raçfio
rolário do texto. emergência.
O DESSALGANTE I.P.T., ele.
RESUMO mento que faz a desmineralização da
água do mar, tornando-a potável, já
O AUTOD — Capitão-de-mar-e- constitui uma conquista definitiva da
¦Guerra
Médico da Marinha Brasileira, Marinha Brasileira, não sendo mais im-
PERMU-
antigo estudioso do assunto referente portado O similar americano
a SALVAMENTO DE NÁUFRAGOS. TIT.
tendo pertencido à guamição do Cruza- Nas condições em apreço, a RAÇÃO
dor Bahia nos anos de 1941 — *943 e
DE EMERGÊNCIA (R3) para salva-
J944. ames do seu afundamento em
mento de náufragos, ora apresentada, e
J945. e tendo estagiado na United Síates
em uso na Marinha Brasileira, justifica
Navy, em 1933 apresenta unia RA- e objetivos, e
plenamente os seus fins
ÇAO DE EMERGÊNCIA para náufra- são bem justos os propósitos construti-
_os, que justifica plenamente os fins a vos e humanos do Autor, maximé con-
.Ue se destina, conforme o texto bem siderando a lembrança e a saudade dei-
detalha e especifica.
xadas pelos companheiros que naufra-
na última
A ração possui um paladar muito garam com o Cruzador Bahia
accessível e geralmente a todos agrada, conflagração mundial.
*^X#Z*
A mais um navio-
Marinha
possui
"JURUÁ"
-varredor, o
de comemora-
O USS 6) Entrega placa
Jackdaw foi condecorado
corn — tiva;
a Medalha de Combate uma
.estrela — ope-
p0r sua ação durante as da primeira guarni
rações 7) Embarque
de invasão da França, no período brasileira;
de ção
20 de agosto de
a 23 de setembro
de hasteamento da
J944- 8) Cerimônia
Bandeira brasileira;
cerimônia do navio;
DE transferencia 9) Bênção
DA PRIMEI-
O Presidente da Comissão Naval RELAÇÃ0 NOMINAL
Brasileira E GUARNI-
em Washington, capitão-de- RA OFICIALIDADE
mar-e-guerra — Berutti Augus-
Hílton ÇÃO:
^o Moreira^ o chefe do
representando — Valdir Barro-
o Capitão-tenente
Estado-Maiór Armada, recebeu
da — Capitão-te-
so Filho comandante;
navio em brasileiro-
nome do Governo — imediato;
— Roberto Ferreira
A nente
cerimônia teve a seguinte seqüência:
— Pedrosa
José Júlio
Capitão-tenente
e encarregado do
_ chefe de Máquinas
1) Inspeção à de honra
guarda
Fran- Convés.
passada comandante do San
pelo
c>sco Naval com a
Shipyard guarnição — Cordeiro;
Benedito
SO-EL José
brasileira formada em terra;
- — Pedro Alves da Silva;
2-°-SG-MR
— Nival Rodrigues dos
2) Leitura da Ordem-do_Dia pelo 2.°SG-MO
representante do I2nd • 2-°-SG-ET — Mário Jorge Fran-
do comandante Reis
- Ubaldo
Naval District: Costa; 2«-SG-BS
cisco' da
-
Ferreira Cruz; 3°"SG-TM Jurandi
Trans-
3) Assinatura do Têrmo de — Rai-
Char- Pereira de Melo; 3-°-SG-TL
ferência do navio almirante
pelo SG-OR
Ribeiro Lima Filho, 3*
les A. Curtze CMG Hílton Berutti mundo
e —
Idélcio do Carmo; 3-°-SG-MO
Augusto Moreira! —
Borges da Costa; CB-AT
Celso
à transfe- CB-SI —
4) Discursos alusivos Alves Marinho;
Ivonildo
rência representantes —
proferidos pelos Monteiro Pires; CB-MR
Armando
do comandante do I2nd Naval District —
Murilo Albuquerque; CB-EF Júlio
e CMG Hílton Berutti Augusto — Iraci Gomes de
pelo Ferreira: CB-TM
Moreira: — Raimundo da
Santana; CB-MO
\
POLÍTICA NUCLEAR
DE CONTRÔLE
Ceorge A. Kelly
a fôrça do conjunto.
Devemos olhar a rea-
primeiro
lidade nacional dos estados euro-
Pulso Firme
peus e a decorrente da-
política
de, ainda louvam esta idéia, mas seja Assim o fará não
pequena.
um crescente número está se tor- apenas considerar as tradici-
por
nando cético de sua continuidade onais teorias da dissuasão estável
trito ao Continente.
Evolução
Pode
considerar tôdas as so-
prudência do segundo
americana. golpe, por-
ção
que isto para êle significa sim-
Sem estejam
presumir que _re-
plesmente que os americanos te-
tôdas as opiniões,
presentadas
rão mais tempo decidir sôbre
algumas das formas para
aqui estão
não defender a Europa no caso
com um europeu enca-
que pode
de determinada contingência.
rar os de sua própria
problemas
defesa: No
que respeita à con-
guerra
• os argumen- vencional
Pode tirar todos sua mente está pertur-
tos do fato de acreditar bada. Está inclinado a duvidar
possíveis
120 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
Mesmo o
que poder soviético
Se examinarmos êstes aumentasse
pontos ao
ponto de tornar
de vista discordantes dos Estados uma
guerra geral perigosa uma
Unidos e da Europa, os pontos se- única estratérgia soviética nacio-
guintes parecem sobressair: nal
poderia haver levá-la
para a
efeito, a menos
A que uma vitória
Europa ainda está bastan-
de Pirro fôsse considerada
te obsecada satis-
com a idéia de des-
fatória.
persuasão e mais relutante em
PIERRE MESSMER
de um mortal o
Uma vez dispondo-se perigo para país, pode
nuclear resta se- levar o mundo à monstruosa des-,
míssil e da carga
se faz
principalmente pelos ele- seis existirem,
quando quase
mentos que
do 1.° Corpo Aero-Tático todas as forças aero-navais
Militar. podem
ser classificadas como forças de
O l.o Corpo Aero-Tático,
que intervenção.
tem 23 000 homens, se compõe de
um esquadrão Estas forças com um total
de reconhecimen- de
to, sete esquadrões 250 000 t e 270 aviões e helicópte-
de caças a
jato RF-S4, F-100 ros de caça e anti-submarinos es-
(F-84, e Mirage
111) e duas tão distribuídas em duas
brigadas de lança- esqua-
Kiento de dras — uma com
mísseis Nike superfície- base no Medi-
-ar.
terrâneo e a outra no Atlântico.
A repartição dos meios duas
pelas
Um segundo corpo está sendo esquadras será de modi-
organizado passível
com o material trazi- ficações nos anos.
próximos A
do da Argélia
para apoiar as di- missão
principal dessas forças é
visões estacionadas na França assegurar nossas comunicações
Metropolitana; consta,
particu- marítimas no Mediterrâneo Óci-
larmente, de dois esquadrões de dental e no Atlântico Norteorien-
helicópteros de transporte (H-34) tal, defender nossas costas con-
e dois esquadrões de aviões de tra ataques
provenientes do mar
combate a
(um jato e outro con- e assegurar transporte e apoio
vencional).
para as operações anfíbias leva-
das a efeito unidades ter-
O grupo de transporte aéreo pelas
restres da fôrça de intervenção.
militar tem uma capacidade de
carga de 400t e é formado 172
por
NorcL 2501, 37 C-47 e DC-6. Estrutura de Comando
quatro
Nosso não visa o au-
programa
O comando das forças de inter-
ttiento da tonelagem a ser trans-
venção cria complexos
portada, mas do problemas
a qualidade
de organização. É essencial
transporte, colocação em ser- que
pela
um único chefe militar francês
viço, 1966, do Transnll,
para que
esteja à frente das forças france-
tem capacidade de carga, veloci-
sas de tôdas as espécies designa-
dade e raio de ação muito supe-
das para um determinado teatro
riores às do Nord 2501.
de operações. Mas, ao mesmo
tempo, nos teatros
principais e
A Fôrça Naval
particularmente na Europa deve-
mos levar em consideração nossos
O terceiro componente da fôr-
vizinhos com
quem, em determi-
Ça de intervenção é a marinha
nados estamos
com períodos, unidos
seus meios aero-navais. Com
por alianças formais como
exceção navios a do
de pequenos en-
Atlântico.
carregados da vigilância da costa
ou de mineiros varredores É
que na Europa Ocidental
que a
têm missão de defesa territorial, situação é mais complicada. Ali,
e sem incluir ainda os submari- a OTAN designa, mesmo em tem-
nos atômicos lançadores de mis-
po de um comando supremo
paz,
130 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
política militar.
Quais são os efeitos da nossa
bomba atômica, sob a forma Para que isto seja obtido, maior
que
de explosivos convencionais em quantidade de dinheiro será ne-
aliança, à debates.
Defesa. Aquela graças
a A conclusão dêste artigo é fácil
proteção americana, permitiu
IB
yilBMARINOy
"BAHIA"
SUMÁRIO: 1 — Incorporação à Armada dos submarinos e
"RIO
GRANDE DO SUL" — II. Aniversário da Fôrça de Submarinos
-— "Almirante
III. Novo comandante da base Castro e Silva" — IV.
Depois da Tragédia — V. Submarinos e Aviação Naval nas marinhas
estrangeiras.
o de
criou-se um ambiente hostil Coube-lhes papel principal
por
não via adestrar, em tática anti-subma-
da Imprensa que
parte
tais rino, de navios e de
necessidade no emprêgo de guarnições
"ALMIRANTE
NOVO COMANDANTE DA BASE CASTRO E SILVA"
DEPOIS DA TRAGÉDIA
A PERDA DO THRESHER
metros.
Cl) A expressão exata do Thresher:
O Skylark mantinha ininter- "Experiencing
foi: minor difficulties.
rupta comunicação com o navio Have angle. Attenpting to
positive
submarino. Às 0752, êste comuni- blow".
AVIÕES E SUBMARINOS 141
navio de apôio.
Qual fora, entretanto, a verda-
Às 1104 mostra-se inútil qual- deira causa da dolorosa E
perda?
busca em superfície, e o Co- essa a angustiosa interrogação
quer à
mandante do Skylark informa à a Marinha
qual dos Estados Uni-
Base o submarino Thresher, dos dar resposta,
que procura seja
com o todo o conta- mediante um minucioso
qual perdera, inquéri-
to a das 0917, devia ter so- to, seja tratando
partir de obter
por
frido avaria. meio de fotografias
grave do fundo sub-
do Sky- marino — tarefa
O próprio Comandante ràpidamente
lark informava ã comissão de in- empreendida — a localizacão do
imediatamente reunida casco, fazer descer
quérito para a^é êle
observara, no decorrer da o batiscafo Trieste,
que único meio
busca visual efetuada na zona adequado à coleta de elementos
da depois da inter-
prova, pouco provatórios para a solução da
rupção da comunicação com o
questão.
submarino, e a aproximadamente Quando parecia que, a 30 de
6 milhas de distância, uma som- maio, o navio de pesquisas ocea-
bra cinzenta, aparentemente nográficas Robert T. Conrad ha-
imóvel, ser via conseguido
que poderia julgada, localizar e foto-
na emoção do momento, como os restos
grafar do submarino
sendo a tôrre de um submarino. uma
perdido, posterior e mais
Aproximando-se um ainda acurada interpretação
pouco, da foto-
\_MjU
\\ ¦—' mim li o _
tidade de provisões; os trabalhos
demoraram várias horas e, de-
pois, grande silêncio foi feito.
Pouco depois do amanhecer, o
Capitão de Mar e Guerra John ¦~tJT l^H_P"~*rffíl« R
Weshley Harvey, comandante do \% 1 *LKJ _i
**___-.^_>3_xi ^^ _t_T__~--_.-~ «<
*&________ MKB__K~- _--íW
7<7y7Íms Uh «j
Thresher, reunia-se ao seu colega i ¦* _____r~ ¦í_»*«'S'Ç __ i~
C. James Zurcher, do centro de ¦_______*___*__¦ °
operações da Frota Submarina
do Atlântico. Numa sala do Co- inRjÍJ )__ \ *
mando, ainda iluminada pela luz UJr-^^W \ g
elétrica, o diálogo transcorreu TlNf-~rK __\ *ü
breve e sem testemunhas. R Rrj VjVH x-
*>»_:—___* ÜJ
— No meu navio — disse John I _p I \ —
Harvey — tudo está pronto; jul-
go o submarino perfeitamente
preparado para enfrentar a pro-
lá Iffv \|l '2
va. Depois, fez continência e re- Mff-WX
gressou a bordo. si K>31 \ ^
Exatamente às 8 da manhã de
terça-feira o Thresher largou as < /
ã x^irfl \
\lia *_l
r*" ab \
amarras e começou a descer o rio, s / \
rumo ao Atlântico. Seguia-o o \\ JJ \ n
navio de apoio Skylark, de perto
de 1 000 toneladas. Chovia e fa-
zia frio. O Thresher, de 3 700 to-
neladas, navegou com velocidade
3 \W È
considerável rumo ao oceano e
não demorou acharse em pleno
mar. A bordo havia provisões de
boca, água e Oxigênio para no- submarino nuclear
venta dias, e 42 homens mais do do tipo "Thresher"
144 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
do Co- cido.
A essa hora, a esposa
de um Já o Comandante do Nautilus,
nhora Miesecker esposa
ra êle o Thresher era uma coisa sos de solda tinham sido aplica-
MARINHAS ESTRANGEIRAS
de inglêsa à 4a Divisão, de
cente à série de 12 unidades pertence
três submarinos emprestados
350 toneladas incluídas no último pe-
"Royal
Bonn. la Navy" à Marinha aus-
da Marinha de
programa 'traliana,
para treino das tripula-
Mais recentemente, em 22 de
O seguinte dá uma
em Groton, quadro
foi lançado,
junho,
idéia do estado em se encon-
um SSN, 0613 Flasher. que
mais o
tra a execução do de
programa
Em serviço 24-4-63
La Fayette 616 - La Fayette
dimensões, me-
14 265 toneladas; i
velocidade, 30
tros 218x23,3x3; FRANÇA
alta antena ele-
nós. A sua mais
pulações.
O inclusive o dos enge- Submarinos a
preço, propulsão clássica.
"Sea
dos durante o último anti-submarinos
em serviço planos
exercício além de Hawk", que viriam reforçar a ca-
financeiro,
isso êle fêz. Aliás, na reali- prévio exame suficiente das con-
o que
dade, a dissolução iniciou-se na seqüências sociais, políticas e eco-
te na orientação contribuiu
possível. que
ana escreveu:
Outros elementos militares que
devem ser considerados são os do
"A
nível educacional e das habilida- civilização está talvez se
cada homem está contra êle, até máximas da surpresa, mas é cia-
tantas vêzes, urge nos apa- de uma nação não é mais forte
que
relhemos atender ao es- do que a vontade de seu
para povo.
total do conflito, desde a Nós estamos aptos agora, nesta
pectro
do megaton e due- era da mecânica, não es-
guerra geral para
"Homem"
mens e sob aos dirigentes da Ma-
reagem em massa
Guerra — e da Nação,
coação, mas é realmente o Ho- rinha de
"a
O autor prevê para o decênio 1963-1973 saída
A básica da o norte-america-
finalidade política quais propósito
mundial estadunidense foi resu- no exercerá grande prestígioA
definição clássica:
gurada capacidade ti- seguinte
pela que
"a de utilizar o mar
vermos negar ao adversário habilidade
para
é saber negar
a de agir. A União uso próprio
possibilidade para
seu emprêgo aos inimigos".
Soviética tem empregar
que
transporte e marítimo nuclear dissuassó-
aéreo para A potência
manter suas tentativas difíceis dos Estados Unidos, pedra
ria
da segurança mili-
de solução de continuidade e des- fundamental
con- Livre lutar
truição nas zonas em que o tar do Mundo para
haverá nuclear
me da lei, a cessar o reforço con- 1) Não guerra
Quanto ao desenvolvimento e
PUBLICAÇÕES RECEBIDAS
63 a 70 — SCALA (Internacio- N. A. L.
RESPIGA
— —Nas vésperas do
SUMÁRIO: Reator navios História do Salvamento
para
assalto à Lua — Marinha do toma corpo¦
futuro
le navio atômico
fim. Trata-se do gerador 630-A, Savannah, o primeiro
de Reator, em Idaho.
ma Tradução do Capitão-Tenente
potência. Pode ser usado com
mares. mento.
Em a um exame fei-
e a Deep Sea Diving Echool íoi esta- prosseguimento,
ataque, de navios afundados ou enca- dos cada vez mais atrasados na com-
lhados, salvou e ficou com equipamen- petição que ora se trava pela conquista
2.000.000.000,00. as
São seguintes as quatro fases
ativa.
Fase interplanetária —
Em 1957 a Escola de Salvamento foi extensão
testes com Vênus; os dois seguintes primeiro navio mercante atômico pro-
'
"Visão"— • Criar um reator nuclear
He Paulo 19.7-63 que gere
S.
energia suficiente para a propulsão do
•iPi^ovar os navios
MARINHA DO FUTURO TOMA que propelidos
segurança.
Por isso, disse êle ao iniciar a fase que nos cumpre manter a cada passo,
NOTICIÁRIO 193
uruema 42 m de
J , possuindo
Xo momento histórico em que vive-
comprimento, 8 de bôca e 2,5 de
nios, Senhor- Ministro, Senhores Geiie-
desloca 303 1 e sua ve-
calado;
rais, estão as Forças Armadas fiéis à
de cruzeiro é de 14 nós.
locidade
sua tradição mais do centenária,
que feita dois mo-
A é por
propulsão
unidas em torno do seu Comandante-
diesel. Dispõe de recursos
tores
-em-Chefe, Presidente da República Dr.
com tôdas as
para comunicar-se
João Goulart, e atentas ao cumprimento
faixas de freqüência normalmen-
de seus deveres constitucionais de ins-
Acha-se dotado de
te utilizadas.
tituições organizadas com de
permanentes, duplas
duas metralhadoras
base na hierarquia e. na disciplina. recursos
20 mm, g de modernos
destacando-se o
de navegação,
A festa de hoje tem significado mais
Loran. Seu equipa,-
radar e o
alto demonstra irretorquivelmente
porque des-
mento de varredura permite
a unidade das Forças Armadas e o com-
minas de contacto ou
truicão de
promisso solene de que não permifire
Comanda o Juruá
de influência.
mos a cizânia marche em nossas
que Filho, sendo
CC Valdir Barroso
fileiras, o
porque estaremos congregados
o CT Roberto Fer-
seu imediato
tm defesa da Pátria, a fim de que o
Os CTs Júlio Pedrosa e
reira.
Brasil em sua marcha ascen-
prossiga de Azevedo Muller
José Maurício
sional, em direção ao seu glorioso des-
respectivamente, chefe de
são,
tino.
máquinas e oficial de varredura.
(Boi 28/63).
O Decreto N.° 52 150, de 25-
ATOS ADMINISTRATIVOS
6-63, retifica o de N.° 51 127, de
Medidas. tra-almirante.
Nacional de Pesos e
(Boi. 37/63). L. M.
NECROLOGIA
PEREIRA
Vice-Almirante (Md)
AUGUSTO TOSCANO DE RRITO Capitão de Fragata
Oliveira.
Contra-Almirante: Ref."
ASSINATURA ANUAL
-v-, ^^*
Si ' 1_
Mar reservado para mais dois transatlânticos
Entregue pela Verolme à Comissão de Ma- de 7.250 TDW, cada um, acabam de ser
rinha Mercante... lá vaio"PereiraCarneiro"!... assinados pela Verolme e a Comissão de Ma-
a singrar os mares do mundo com a ban- rinha Mercante. Saudemos o evento como
deira brasileira drapejando no mastro. São uma esplêndida certeza de que este país
"dead weight" de navega na rota certa de seu brilhante futuro.
10.500 toneladas progresso
que o Lloyd Brasileiro incorpora à economia
nacional. E não são ainda suficientes. É pre-
ciso mais, assim o exige o desenvolvimento
do comércio marítimo, a necessidade de
estarem as riquezas do Brasil presentes em
todos os portos do mundo. E estarão...
Verolme
ESTALEIROS REUNIDOS DO BRASIL S. A.
pois agora mesmo novos contratos para a Estaleiro Jacuacanga - Angra dos Reis • RJ.
construção de mais 2 navios transoceânicos (Membro do Centro Industrial do Rio de Janeiro)
ESTA REVISTA MANTÉM INTERCÂMBIO COM AS
SEGUINTES PUBLICAÇÕES:
SUMÁRIO
SEMANA DA MARINHA 9
ESTALEIROS DE REPAROS NAVAIS (Continuação) CMG (EN) Yapery T.
de Britto Guerra 17
ORGANIZAÇÃO DOS ESTADOS AMERICANOS — Conferência pronunciada
pelo Conselheiro Galba Samuel Santos 31
A GUERRA HODIERNA E O BRASIL — Contra-Almirante César da Fonseca 63
(S. D. G. M.)
DIRETOR
REDATORES
COLABORADORES
cm receber hoj.e a homenagem do Exér- dade mais propícia do que esta em que
cito e da Aeronáutica, demonstrando a Nação comemora a Semana da Ma-
claramente o sentido de unidade que rinha, numa homenagem que nos toca
fim de que possamos dar ao País um d-e Guerra nos enchem de pesadas res-
que necessita hoje, mais do nunca, mos, de forma cada vez mais completa,
que
róis. Aqui estou, no entanto, porque coragem de dar a sua vida, pela vida,
está comigo o coração brasi- pela vida melhor e mais digna dos seus
sinto que
nossas ci- Sacrifício fecundo —
leiro, aquele que pulsa nas semelhantes.
nas oficinas, nas escolas e nos escrito- trevas do despotismo; quando o espí-
rios, todo este vasto Brasil. Neste rito sucumbir* à força bruta;
por parecia
momento, é êle certo que fala. Ê a civilização ocidental sentia,
por quando
o transporte marítimo no Atlântico Sul, condução das operações bélicas não pro«
nasse com a urgência requeri- vista, uma superação das armas con-
possível,
da, a invasão da África, que foi um dos vencionais. Ainda hoje, nos dispositivos
dades, de unia Força Armada habilitada com Vossa Excelência e, seu inter-
por
a desempenhar cabalmente suas funções, médio, com os demais integrantes da
no caso de uma conflagração armada. Marinha de Guerra do Brasil pelas co-
(iContinuação)
F/G. 6
r/G 7
n wi
F/e. a
^=±=4—4—I—j—
l»l
<_! .MM I 111 I'
• X' ..
;'n,,i-I.|.I.I.I.I. ¦«mii
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j;
^
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I
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r/S. n
\M___ n *T JJ-
—\ 1
CONJUGADO DE ENDIREITAM ENTO .
__ X GZ
GZ - BM sen 6
A x gz * ú* GW * sen o
fig 12
24 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
transversal e, conseqüência, i
por
em GM.
do centro de do dique.
gravidade
A variação na altura de G Esta correção tem de ser feita
pode
ser calculada para cada tanque onde houver
por:
superfície livre. Os resultados
= reção final.
GG,
superfície livre.
Do exposto, fica patente que
a altura metacêntrica tem que
sofrer em virtude do efeito do As duas correções,
primeiras
da isto é, GGj e G1G2 ser obti-
pêso água e da superfície livre podem
nos tanques de lastro, isto é: das uso do ábaco I do artigo
pelo
A terceira, g2gv, meio
2.5.1. por
GMj — GM + GGj Gx Gy II. Aliás, convém cha-
+ do ábaco
4 l
j'fP
s~~,
&— 1—L~ i i nij
ESC A LA EM PES
IO 5 IO 20 30 +&
' ' '
26 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
-90 b»# H
GV ""SO —600
12,(35). A
—TOO
b - LARGURA 00 COMPARTIMENTO —L 80
I -- COMPRJMENTO 00 COMPARTIMENTO — 800
A = DESLOCAMENTO DO NAVIO 90Q
70 —— '000
60 I
—1.500
-10.0 ~
— -50
— 50
2.000
"d~50
-
40 -
--30 ~
- 20 40 3,000
~
—i 52
g -
^ ^ —-4.000
=
S t S ^ _
8 5 --5JOOO
31
-" 1= 1
--3° | -
B 1
4
•§ 4" £ — 6.000
O _j
§
5 -
2 g-4-z o- «
° -q-7.000
2 I = s
- 25 —
1. aooo
—'—
* ~~ 9.000
—
— - 05 10.000
^
~
.02
15.000
.01
20.000
15
" 30.000
EXEMPLO: ~
*= 20 pes GG --Mi-" —r- 40,000
v 12*35*13 907 I
25 pfe
A: 13 907 tons I
—L 10 —1- 50.000
GG = 0.034 pés
/Jdúco IL
ESTALEIROS DE REPAROS NAVAIS 29
estar superada. Para o projeto da amarração
antiga e que como tal já pode fixa, são necessários os seguintes
itens:
3.6 — Equipamento e Serviços: 1) Máxima velocidade de vento
de duração igual a 5 minutos.
Não é possível estabelecer re- Esta informação pode ser obtida
gras fixas para a localização, ta- das estações metereológicas situa-
manho e número de cabeços, das nas vizinhanças ou, na falta
abitas, bonecas, defensas, turcos, delas, por meio da leitura das
escotilhas, vigias, dispositivos de cartas pilotos referentes à região;
centragem, reservatórios de água 2) Profundidade da água con-
e óleo, sanitários, cozinhas etc. tada até a camada superficial do
A melhor indicação sobre estes fundo e até a primeira camada
itens se obtém pelo estudo dos firme;
diques flutuantes existentes da li- 3) Diâmetro de rabiamento,
teratura a respeito, cujas referên- quando amarrado pela proa ou
cias são dadas no item 3.8. O popa e livre para rabiar;
arranjo dos blocos de quilha e de 4) Profundidade necessária pa-
bojo é semelhante do utilizado ra o tipo de dique flutuante que
nos diques secos. Aqui, porém, os estiver sendo estudado;
blocos'de bojo com controle re- 5) Área necessária ao fundeio,
moto são de uso muito mais geral, também de acordo com o tipo do
nos diques modernos. Em alguns dique flutuante;
diques modernos, os blocos de bo- 6) Curva de correção para ele-
jos são substituídos por escoras vação da amarra. Esta correção
operadas a motor, como indica permite determinar a distância
o sistema representado na fi- horizontal entre a doca e a ân-
gura 13. cora;
Êste processo moderno nos pa- 7) Intensidade máxima da cor-
rece muito conveniente, não só rente e sua direção;
pela facilidade de operação, mas 8) Máxima diferença de marés;
também por deixar inteiramente 9) Máxima altura de onda;
livre para inspeção e reparo a 10) Condições não usuais que
região do navio de outro modo possam ocorrer, tais como: en-
inatingível pela presença dos chentes, ventos tempestuosos, etc;
blocos de bojo. 11) Planos gerais do dique cuja
amarração está sendo estudada.
3.7 — Amarração fixa: A informação exigida em 2,
pode ser obtida por sondagens lo-
Os locais selecionados para cais ou por consulta a cartas
amarração fixa devem ter bom náuticas da região. As indicadas
fundo para ancoragem, com um em 3, 4, 5 e 6, podem ser obtidas
mínimo de ondas, vento e cor- na parte C da referência p. As
rente. Além disto, para os diques mencionadas em 7, 8 e 9, das tá-
flutuantes se exige também pro- buas de marés e finalmente, os
fundidade suficiente para permi- planos do dique, diretamente da
tir a máxima imersão. Companhia proprietária.
REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
30
a Rear Admirai F. R.
dade do Na verdade ção,
problema.
depende de Harris;
solução mais rigorosa
Navy —
docks of the U.S.
O aqui se tratou sôbre di-
que
nem Captain C. A. Carlson;
flutuantes não cobre
ques
— Dott.
cobrir tôdas as partes m) Bacini Di Carenaggio
poderia
Aos leitores Prof. Ing. Giuseppe Sarchiola
básicas do problema.
Briano Editore, Via Dela
interessados no assunto, aconse-
10, Gênova — 1949;
lharíamos a leitura das referên- Fontane
Engineers — —
tution of Civil o) Practical Shipbuilding Ir.
1905 — L. M. Cox; —
Mooring Guide Vol. I e II
p)
d) Journal American Society of Nav Docks TP-PW-2-March
Estudes Americanos
"A
Sobre o assunto Organização dos Estados Americanos"
membros com direito a voz e vo- tes das Nações Unidas e com os
ria utópico.
florida em se apresenta-
que
vam ambiciosos de desen- As tentativas o estabele-
planos para
volvimento econômico e se rea- cimento de uma cooperação eco-
firmavam os ideais de nômico-financeira mais estreita
grandes e
solidariedade interamericana — eficiente esbarravam sempre com
ou Pacto de Bogotá.
Segundo o artigo 7 do Tratado
tendência "o
geral, na maioria das que domínio ou controle das
Chancelarias americanas, no sen- instituições políticas de qualquer
tido de Cuba
que deve ser expul- Estado americano do
por parte
sa da OPAS, em atendimento à movimento internacional comu-
recomendação
contida na Reso- nista, tenha resultado
que por a
lução VI da Oitava Reunião de extensão ao Continente ameri-
Consulta dos Ministros das Rela- cano do sistema de
político uma
ções Exteriores das Repúblicas
potência extracontinental, cons-
Americanas,
de Punta dei Este.
tituiria uma ameaça à soberania
Já vimos a Consulta e independência dos Es-
que pode- política
-se
realizar de acordo com Car- tados americanos em
a que poria
ta da OEA (artigo 27; artigos 39 perigo a paz da América e exigi-
e seguintes) e com o Tratado do ria uma Reunião de Consulta pa-
Rio. Há,
porém, outros instru- ra considerar a adoção das me-
mentos embora
que, geralmente didas de acordo com
procedentes
pouco conhecidos, também
pre- os tratados existentes". Seria
vêem Reuniões Consultivas. Re- uma Reunião na
do tipo previsto
firo-me ao Tratado Americano de Tratado do Rio.
Solução Pacífica, ou Pacto de
Bogotá, Vamos
e à Resolução XCIII, da mencionar, agora, um
X Conferência Interamericana, organismo de caráter especial,
que faz uma Declaração de vem funcionando desde 1948
Soli- que
dariedade
para a Preservação da e embora dentro do sistema
que,
Integridade
Política dos Estados interamericano, não se acha in-
Americanos
contra a Intervenção cluído entre os seus órgãos
per-
do Comunismo Internacional. manentes, nem mesmo vem men-
O Pacto de Bogotá indica a cionado na Carta da OEA. Tra-
Consulta o caso do não
para ta-se da Comissão Interamerica-
cumprimento das decisões da na de Paz, criada Segunda.
pela
Côrte Internacional de Justiça
Reunião de Consulta, Havana,
de Haia, ou de um tribunal arbi-
1940, com o objetivo de zelar
trai. No caso de uma das partes
permanentemente para que os
deixar de cumprir uma dessas
Estados entre os surja um
decisões, quais
a outra, ou demais par-
conflito o solucionem com a
tes interessadas, ao
prèviamente
maior brevidade indi-
recurso ao de Seguran- possível,
Conselho
cando os métodos e iniciativas
Ça da ONU, ou
promoverá, pro-
moverão, conducentes à respectiva solução.
conforme o caso, uma
Reunião Suas funções foram especificadas
de Consulta de Minis-
tros das Relações Exteriores a fim por Resoluções de
pertinente
de se indiquem medidas maio de 1956, do Conselho da
que que
convenham seja exe- OEA, em atendimento à reco-
para que
cutada a decisão ou ar- mendação da X Conferência In-
judical
bitral. teramericana de Caracas (1954).
Assim, dentro do exame de ca- do ato pelo qual foi criado o Co-
de
palpitante atualidade, cujas do Tratado do Rio. E tão impar-
últimas etapas se vêm desenro- ciai foi nossa a
posição, que
lando no seio da OEA. Refiro-me Bolívia e o Chile elogiaram na
à controvérsia do rio Lauca, en- OEA a atitude brasileira na dis-
tre o Chile e a Bolívia. A disputa cussão do problema.
não decorre nem de um problema Todavia, a situação apresenta-
de limites, nem mesmo de inter- -se complexa, o Chile e a
pois
pretações sôbre o do lei-
percurso Bolívia não estão de acordo
to do rio. Surgiu ela com respeito
quanto à escolha do processo de
ao aproveitamento do caudal, que solução da controvérsia. Enquan-
interessa
a ambos os países. to a Bolívia indica a mediação,
O Lauca é um
pequeno rio de afirmando apresentar o problema
montanha
que, em seu alto cur- outros aspectos além dos jurídi-
so, nasce e corre território cos, o Govêrno chileno insiste
por em
chileno,
atravessando a Província se trata de controvérsia
que ex-
de Tacapacá,
para penetrar no clusivamente salientan-
jurídica,
território
boliviano Departa- do
pelo que qualquer procedimento
mento de Oruro. Aí avança diplomático, como mediação,
por não
uns 250
quilômetros, até desa- pode ser utilzado solvê-la.
para
guar no lago Coipasa. Por outro lado,
Trata-se, o instrumento in-
P°is, de rio sucessivo, dicado solucionar a
conforme para contro-
define
o Direito Internacional. vérsia, é a Declaração sôbre
que
O Uso e Aproveitamento Industrial
problema não é nôvo,
pois
as negociações e Agrícola dos Rios Internacio-
para sua solução
se nais (firmado na VII Conferência
vêm arrastando desde 1939.
Internacional realizada em Mon-
Mas a se
questão precipitou, re-
tevidéu em 1933), não ca-
centemente, com a decisão possui
do
ráter contratual obrigatório.
Govêrno chileno de utilizar as
águas A atitude do Brasil com res-
do Lauca fins de irri-
para
peito ao assunto é e clara.
gação das terras áridas do vale justa
Se bem a do Chile
de Azapa. que posição
se acha enquadrada nos têr-
Com o ressurgimento da ques- mos da Declaração de Monte-
tão, o Brasil de seu dever
julgou vidéu, conforme alega o Govêrno
manifestar-se relativamente ao dêsse a verdade é o
país, que
assunto, como me-
oferecendo-se suscita não
problema questões
diador na solução de um dissídio apenas
jurídicas, mas tam-
que parecia em a uni- bém econômicas, é
pôr perigo pois provável
dade do sistema interamericano.
que o desvio empreendido
pelo
O Govêrno brasileiro logo rejeitou Chile tenha trazido ao
prejuízo
de forma inconfundível a idéia desenvolvimento de considerável
de enquadrar como
a questão parte do território boliviano ba-
agressão consumada do nhado águas do Lauca.
por parte pelas Êste
Chile e último
que justificasse, como ponto, a nosso ver,
po-
pretendia a Bolívia, a aplicação deria ser objeto de uma arbitra-
62 REVISTA MARÍTIMA BRASILEIRA
César da Fonseca
?
Contra-Almirante (R)
combatente inimigo.
do homem, os meios
ções, art. IV, terá êle duração ili- cordamos com essa opinião,
pois
mitada, cabendo o direito de ca- que, de fato, a França ser
já pode
da parte signatária de se retirar considerada uma nu-
potência
desde que julgue os aconte- clear embora de valor reduzido.
que
cimentos extraordinários com os A proposta da desatomização
assunto dêste Tratado da América
prejudica- Latina até hoje caiu
ram os interesses superiores da em morto
ponto na ONU, onde
sua nação".
só teve apoio simbólico. Nada
Diante do estratégico
quadro III — Assegurar a defesa das
que se defronta, há a considerar costas uma prote-
por
que o Brasil sendo um de
país ção indireta;
extensa orla marítima, confinan-
IV — Garantir a segurança
do com a ampliação do oceano,
das bases ou de
tendo pontos
suas capitais e cidades im-
apoio;
portantes nela situadas, e seu
V — Manter o abastecimen-
problema de defesa ou segurança
to no mar dos navios
avulta no mar. Conseqüente-
niente, em operação.
de acordo com o Plano
Geral, temos que: Baseado nessa ordem de idéias,
l Esquadra
Escoltas
Defesa Local
a) Forças Navais
Embarcações
V de desembarque
b) Forças Aereas
PODER Embarcados
da Aviação Naval
naval ou
ou forças aéreas
Costeiros
de cooperação
I) Escoltas oceânicas;
Nas se acham com-
primeiras
II) Escoltas em zonas perigo-
preendidas: a exploração e o re-
sas; conhecimento em alto mar; a
principalmente anti-submarino
esforços.
DO
1776 — 1780
(continuação)
CAPÍTULO V
palma dos dedos das duas mãos; outros, seguinte, quasi no mesmo lugar em que
não estavam no círculo, aproxima- havíamos ancorado anteriormente.
que
ram-se igualmente, a fim de dar-lhe
Logo depois, saltei à terra, e encon-
êste sinal de respeito, e afastaram-se
trei os habitantes, que trabalhavam com
sem dizer palavra. A decência dos que ardor em suas êles apanha-
plantações:
vieram prestar as homenagens ao rei
vam inhames para nos vender. Du-
encantou-me: nada tinha visto de seme-
zentos dentre êles reuniram-se na praia,
lhante mesmo entre as nações mais ci-
e fizeram, durante todo o dia, trocas,
vilizadas .
de modo tão apressado como durante
O mestre regressou quando cheguei a minha primeira estadia. Embora se ti-
bordo, e, sob sua narrativa, larguei o vesse escoado tempo de nossa
pouco
terceira viagem do comandante cook . 71
CAPÍTULO VI
Pouco tempo depois de fundearmos, dêstes copos, êle levou com sua ra-
que
não poderíamos desejar lugar mais en- mulheres de uma categoria bem inferior
mas não sei a quantas pessoas cada demonstravam novas provas de sua opu-
Serviu-se em seguida o licor; mas Pou- Soubemos haver na ilha outros gran-
mara. êle ou Feenou não es- que modo a comida era êles
Quando preparada,
— o na verdade, sentaram-se à mesa e comeram com
tavam a bordo que
ou entravam em minha câmara na oca- bém não havia água no vinho, e êles
sua morada em uma casa situada e junto ao nosso pôsto, um terreno que
perto
da nossa tenda. A tarde, êle deu a nossa devia servir de teatro. Os insulares
No dia 15, de manhã recebi uma e estas varas foram colocados em cír-
dúzia de côcos, dizendo que eram des- tornamos a bordo muito satisfeitos do
que os habitantes pagavam a êste mó- êle levava suas mãos na vasilha de
que
vel o tributo das homenagens que êles madeira; que se limpava êste vaso e que
tâncias idênticas, e tive a satisfação de mo modo que êles tocavam seus pés
saber afastava-se de sua vinham homenagem:
que, quando quando prestar-lhe
residência, os insulares prestavam suas se o culpado ousasse a tocá-lo,
que
homenagens a uma vasilha de madeira morria imediatamente, expirava
pois
em êle lavava as mãos. O segundo mãos dos deuses, sem fôsse
que pelas que
uso a que pretendia destinar o prato, necessário matá-lo; e se um dos
que,
não era menos singular; êle contava nativos se recusasse a aproximar-se,
Capitão-de-Mar-e-Guerra