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Samora Moisés Machel

Nasceu a 29 de setembro de 1933, na província de Gaza, em Moçambique. Entrou na


escola primaria aos nove anos, quando o governo colonial português entregou a
educação indígena à Igreja Católica. Quando terminou a escola primária aos 18 anos,
Samora quis continuar a estudar, mas os padres só lhe permitiam estudar teologia e,
consequentemente, decidiu viver em Lourenço Marques, atual Maputo, onde, mais
tarde, conseguiu um trabalho no Hospital Miguel Bombarda e, em 1952, começou o
curso de enfermagem.
Ao longo do tempo, Samora tomou conhecimento dos importantes acontecimentos que
se davam no mundo, como a Independência da China, em 1949, e do Gana, em 1957.
Mas foi em 1961 que, com o seu encontro com Eduardo Mondlane de visita a
Moçambique, Samora tomou a decisão de abandonar o pais em 1963 e juntar-se à
FRELIMO na Tanzânia.
Em 1965, dirigiu o desencadeamento da luta armada no sector oriental do Niassa, em
Moçambique, e, nos finais de 1966, Samora foi nomeado Chefe do Departamento de
Defesa. No ano seguinte, criou o Departamento Feminino (DF) com o objetivo de
envolver as mulheres moçambicanas na luta de libertação.
Mais tarde, Samora Machel foi eleito Presidente da FRELIMO, com Marcelino dos
Santos como Vice. Nos anos seguintes, até 1974, Samora transformou a Luta de
Libertação numa Revolução Democrática Popular conseguindo organizar a guerrilha de
forma a neutralizar a ofensiva militar portuguesa, comandada pelo General Kaulza de
Arriaga, e a organizar as Zonas Libertadas. Samora também dirigiu uma grande
ofensiva diplomática, em que teve apoios, não só dos aliados socialistas, como também
do Papa, um tradicional aliado de Portugal. E, em 7 de setembro de 1974, foram
assinados os Acordos de Lusaka, que marcaram a etapa decisiva para a proclamação da
Independência de Moçambique a 25 de junho de 1975
Na sessão do Comité Central da FRELIMO realizada na praia do Tofo, nos princípios
de 1975 e dirigida por Samora Machel, foi aprovada a Constituição da República
Popular de Moçambique e decidido que Samora seria o Presidente da República.
A sua política de desenvolvimento, não contou apenas com o apoio dos países
socialistas como também de capitalistas, o que levou Samora a assinar acordos com o
Banco Mundial e FMI em 1985. Participou ativamente na criação da Linha da Frente e
em todas as grandes decisões que fizeram avançar a luta de libertação na África Austral.
Samora realizou diversas visitas de trabalho aos mais variados países e formou várias
amizades. Contudo, sempre foi alvo dos seus inimigos e, como consequência, foi
assassinado num acidente aéreo a 19 de outubro de 1986.

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