Você está na página 1de 31

Materiais de Construção I

Madeira para Acabamentos

Profa. Marilia Oliveira


Madeira como acabamento externo e interno

A madeira apresenta-se de duas formas:

Madeira maciça

Madeira reconstituída
(madeira transformada)

O uso de madeira como acabamento interno apresenta diversas


possibilidades:

• tacos e tábuas corridas para pisos


• lambris para revestir forros
• pequenos produtos beneficiados como rodapés e guarnições.
Pisos

Estão disponíveis no mercado basicamente duas alternativas:


• Pisos em madeira maciça (tábuas, tacos e parquetes)
• Pisos laminados (pisos flutuantes)

• Tábuas (assoalhos)

Características principais para a madeira ser empregada em assoalhos:


• Estabilidade dimensional
• Dureza
• Resistência à abrasão
• Textura e cor

Dimensões:
espessura de 2 cm
largura de 7 a 30 cm
comprimento de 60 a 600 cm
Espécies mais utilizadas:
•Pau-marfim
•Jatobá
•Tuari
•Ipê
•Perobinha
•Cumaru
•Eucalipto

Fixação de assoalhos sobre sarrafos trapezoidais e sobre barrotes chumbados na


argamassa de regularização utilizando pregos ou parafusos.
• Tacos

Possuem dimensões menores que as tábuas de assoalhos

Fixados utilizando adesivo à base de resina sintética sobre o contrapiso


regularizado de concreto. Umidade do concreto – inferior a 3,5%.

Espécies mais utilizadas:


Pau-marfim
Ipê
Peroba

Dimensões:
Espessura – até 2 cm
Largura – 6,6 a 10 cm
Comprimento – 25 a 45 cm (taco comum)
50 a 90 cm (taco de encaixe macho-fêmea)
Parquetes

Possuem dimensões menores que os tacos, melhor aproveitamento das


tábuas que na fabricação de tacos e assoalhos.

As peças sao justapostas e coladas sobre papel kraft, formando placas de


24 a 50 cm – parquete mosaico

Vantagens: estabilidade dimensional.


Piso em madeira laminada

Surgem no Brasil no início dos anos 90

Composto por várias camadas:


• Lâmina de acabamento – (0,6 a 0,7 mm) utilizam-se madeiras nativas
nobres.
• Miolos – varia do compensado ao MDF, HDF .

Propriedades requeridas para um bom desempenho do produto:

Alta resistência à abrasão;


Alta resistência ao impacto;
Permeabilidade suficiente para possibilitar a adesão ao substrato;
Baixa absorção de umidade;
Bom desempenho quando expostos aos produtos químicos;
Estabilidade dimensional;
Encaixes;
Durabilidade.
Classificados em função do sistemas de fixação: o flutuante e o fixo

Piso laminado flutuante

Não pode ser aderido ao contrapiso

São fixados entre si nos encaixes Vantagens:


macho-fêmea por meio de um Rapidez de instalação;
adesivo e colocado sobre uma Facilidade de limpeza;
manta de polietileno. Custo mais baixo comparado aos
assoalhos.
Piso laminado fixo

São colados direto no substrato.

Apresentam espessuras variando de 2,5 a 4,0 mm.

Quanto menor a espessura do piso, melhor deve ser o nivelamento do


contrapiso.
Revestimento de paredes

A madeira pode ser utilizada tanto como revestimento interno, quanto


como revestimento externo.

Lambris de diversas cores e texturas e fixação no sarrafeamento


Madeira para forros

Denominada de lambril
Espessura -10 mm e largura – 10 cm

Características exigidas
• densidade média a baixa
• facilidade de processamento mecânico
• baixo índice de contração

Painéis forros formados pela


composição de peças de
madeira
Madeira para esquadrias

No Brasil, a janela tradicional feita de madeira era parte integrante da


maioria das moradias, até a década de 70 do século passado.

O cenário atual para as esquadrias de madeira maciça é marcado pelos


seguintes aspectos:

• Desenvolvimento insuficiente da tecnologia voltada ao setor madereiro


• Aceleração da produção seriada metal-mecânica
• gradativa redução da oferta de madeiras tropicais de uso consagrado
• oferta insuficiente de madeiras oriundas do plantios florestais
A madeira para perfis de janela

• Perfis de madeira maciça

Espécies com densidade acima de 600kg/m3 - requerida (alta resistência


ao arranque de pregos).

Caracteristicas funcionais da janela:


• Estanqueidade
• Facilidade no manuseio
• Estabilidade dimensional
• Durabilidade no mínimo 20 anos

Configuração de um perfil em
madeira maciça
Perfis laminados

• Melhor aproveitamento da matéria-prima;


• Estabilidade dimensional;
• Processo de secagem mais curto;
• Perfis de menor seção que os de madeira maciça e são praticamente
livres de defeitos.

Combinação de lâminas aspecto típico de uma janela de madeira laminada


Perfis madeira e alumínio

•Produto sofisticado de custo elevado


•Requer pouca manutenção
•Proporciona – beleza interior (madeira) e exterior (alumínio)

Perfis madeira/alumínio
Patologias em janelas de madeira

Causas

• Ação nociva do sol em combinação com a chuva


• Umidade acima de 20% provoca deterioração biológica pela ação de
fungos
• A radiação ultravioleta degrada a lignina e consequente lixiviação por
água da chuva.
Madeira Transformada

A busca por uma reestruturação do material com rearranjo de suas fibras


resistentes. São os denominados processos de transformação das
madeiras.

Esses processos de transformação dão origem aos seguintes tipos de


madeira transformada:

Laminados
Particulados
Fibras
Compostos
Benefícios da Transformação

• satisfatória homogeneidade de composição e razoável isotropia no


comportamento físico e mecânico;

• possibilidades ampliadas de secagem e tratamentos efetivos de


preservação;

• melhoria, em relação à madeira natural, de determinadas características


físicas (retratibilidade, massa específica) ou mecânicas (cisalhamento,
fendilhamento etc.), por meio de alternativas nos processos de
fabricação;

• fabricação de chapas e blocos com dimensões adequadas à moderna


tecnologia de pré-fabricação modulada;

• apresentam a grande vantagem econômica de representar um


aproveitamento integral de todo material lenhoso contido nas árvores.
Laminados
Chapas de madeira compensada
Chapas de lâminas paralelas coladas com resina.

Chapas de madeira compensada

Aplicação - Fôrmas para edifícios de mutltiplos pavimentos


(chapas resinadas ou plastificadas)
Chapas de Madeira Compensada

São compostas por lâminas, de espessuras entre 2 e 4 mm.

As fibras das lâminas adjacentes fazem entre si um ângulo de 90 graus,


gerando equilíbrio e rigidez das chapas nas duas direções.

• Confeccionadas com um número ímpar de lâminas, de mesma espessura


nominal e com propriedades físicas e mecânicas equivalentes.
• Os adesivos devem ser compatíveis com as aplicações esperadas.
• Prensagem das tábuas coladas é comumente praticada por meio de
sargentos grampos, parafusos e, em certos casos, por sistemas
hidráulicos e pneumáticos.

Pinho-do-Paraná – apresenta fibras regularmente distribuídas, massa


específica média e altos valores de tensões.

Dimensões: comerciais
210 x 160 cm, 275 x 122 cm, 220 x 122 cm, 250 x 125 cm.
Espessuras – entre 4 e 35 mm
Chapas de Lâminas Paralelas

Os painéis de lâminas paralelas (LVL) – tem suas lâminas coladas em


fibras paralelas.

Características:
Alto nível de resistência e rigidez direcionais
Estabilidade dimensional

Aplicação: mesas de viga de seção composta


Particulados
Chapas de madeira aglomerada
Chapas de partículas orientadas (OSB - oriented strand board)
Chapas de partículas não orientadas (WB - waferboard)

Aglomerados OSB
Chapas de madeira aglomerada

Constituídas por partículas de diversas dimensões em geral não superior a


1 cm, unidas por um adesivo sob determinadas condições de temperatura
e pressão.

Fragmentos de madeira – cavacos, aparas, maravalhas, virutas ou flocos

Aglomerante – mineral (gesso, cimento Portland) ou resinas sintéticas

Custo inferior aos dos compensados

Dimensões comerciais:
183 x 220 cm, 183 x 275 cm, 183 x 440 cm
Espessuras – entre 8 e 30 mm

Aplicação:
Divisórias - com revestimentos melamínicos
Chapas de partículas orientadas - OSB

Produzidas a partir de pequenas partes de madeira (cavacos, lascas,


partículas, flocos, tiras) misturadas a resinas em alta temperatura e depois
prensadas.

Caraterísticas:
Melhora o comportamento à flexão
Reduz problemas de estabilidade dimensional
Chapas de Partículas não Orientadas - WB

Difere do OSB apenas pela não orientação das camadas de partículas.

Apresenta custo inferior e desempenho na flexão em relação as chapas de


partículas orientadas.
Fibras
Chapas Isolantes de Fibras
Chapas de Fibras (HD)
Chapas de Média Densidade (MDF)

Chapas Isolantes de Fibras

São painéis de baixa densidade - até 400kg/m3

Confeccionadas com fibras lignocelulósicas, prensadas com a possível


incorporação de aditivos para melhorar propriedades de
impermeabilidade e resistência ao fogo.

Aplicação:
Divisórias
Elementos de isolação acústica
Chapas de média densidade de fibras - MDF
São painéis de densidades entre 600 e 800 kg/m3.

Confeccionadas com fibras lignocelulósicas, ligadas por adesivo sob


determinadas condições de calor e pressão.

Características – satisfatório desempenho à flexão, homogeneidade,


boa estabilidade dimensional e acabamento superficial.

Aplicações - confecção de armários, pisos, rodapés, portas e painéis


de divisórias. São usadas, principalmente, na indústria moveleira
devido à sua capacidade de permitir um bom acabamento.

Dimensões - 1,83 m × 2,75 m, dentre outras, com espessuras entre 6


de 35 mm.
Chapas Duras de Fibras – HD

São painéis de densidades superior a 800 kg/m3.

Confeccionadas em fibras lingocelulósicas por processos úmidos ou secos

Características - Apresentam boa estabilidade dimensional e acabamento


superficial.

Aplicações - portas e painéis de divisórias.

Dimensões - 1,22 m × 2,75 m, 1,70 x 2,44 m ou 1,83 m × 2,75 m, dentre


outras, com espessuras a partir de 2,5 a 6 mm.
Chapas sarrafeadas (painéis compostos)

Faces – lâminas de madeira ou chapas duras de fibras


Miolo - composto de sarrafos (10 a 30 mm de altura)

Aplicação:
Painéis estruturais e portas.

Você também pode gostar