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Projeto de mobiliário

Amanda Beatriz Palma de Carvalho


amanda.bpcarvalho@sp.senac.br
@amandacarvalho
Aula 1 Aula 6 - externa
Apresentção, breve 20/04/2024
histórico sobre o mobiliário Ida a Galeria Teo ver a
e formação de grupos. exposição “Dando forma a
forma”, com curadoria da
Aula 2 Tainá Azeredo.
Aula Expositiva:
ergonomia. Aula 5 - no SENAC
Ateliê. Aula Expositiva: produção
de mobiliário
Aula 3 - no SENAC Apresentação final do
Aula Expositiva: materiais trabalho.
no projeto de mobiliário.
Ateliê.

Aula 4 - externa
18/04/2024
Aula on-line e
apresentação do trabalho,
com um participante
convidado.
Para o dia 18: Para o dia 22
Apresentação on line com Apresentação final:
convidado:
- Apresentação virtual contendo:
- Apresentação virtual contendo:
0.. explicação do projeto de vocês
0.. explicação do projeto de vocês e das escolhas.
e das escolhas. 1. planta
1. planta 2. cortes
2. cortes 3. dimensões
3. dimensões 4. cores escolhidas (moodboard
4. cores escolhidas (moodboard ou ilustrações, ou desenho a
ou ilustrações, ou desenho a mão).
mão).
- Maquete do sofá, em papel, na
escala 1:5.
Materiais no projeto de mobiliário
Madeira

- para chegar às nossas casas, a


madeira passa por um grande
processo, desde a derrubada da
árvore, até o transporte e o corte
nas bitolas comerciais.

- no sul e no sudeste, o processo


de derrubada das árvores
costuma ser mecanizado e
acontecer nos meses de inverno,
por ter menor incidência de
fungos e insetos e é quando a
secagem da madeira é mais lenta.

- no norte, a produção de madeira


costuma ser de árvores nativas. A
árvore normalmente é derrubada
com o uso de moto serra, no
verão, que são os meses secos.
Depois disso ela passa pela
toragem.
Dimensões da madeira beneficiada

Nome da peça Espessura (cm) Largura (cm)

Pranchão > 7,0 > 20,0


Prancha 4,0 a 7,0 > 20,0
Viga > 4,0 11,0 a 20,0
Vigota 4,0 a 8,0 8,0 a 11,0
Caibro 4,0 a 8,0 5,0 a 8,0
Tábua 1, 0 a 4,0 > 10,0
Sarrafo 2,0 a 4,0 2,0 a 10,0
Ripa < 2,0 < 10,0
Soalho 2,0 10,0
Forro 1,0 10,0
Batentes 4,5 14,5 Regra do sorriso
Rodapé de 15 1,5 15,0
Rodapé de 10 1,5 10,0
Tacos 2,0 2,1
Chapas derivadas da madeira

Compensado
Aglomerado
Chapas de fibras de madeira de média
densidade (MDF)
Painel de tiras de madeira orientadas (OSB)
Compensado O Compensado é uma chapa de lâminas de
madeiras torneadas ou faqueadas, tratadas
A primeira lâmina de madeira e prensadas. O nome compensado vem do
foi produzida no antigo Egito, fato de as lâminas serem coladas com veios
aproximadamente em 3.000 a. C., em direções contrárias, de maneira que uma
destinava-se à confecção de peças compense a outra, dando maior estabilidade.
de mobiliário aos reis e príncipes. Por isso ele possui sempre um número ímpar de
lâminas. Uma fica no meio e as outras fazem a
Com a I Grande Guerra Mundial, compensação nas bordas.
houve um apromiramento nos
adesivos (colas) e nos processos As lâminas usadas determinam a qualidade
de laminação. O desenvolvimento do produto. Madeiras como faveira (virolinha),
de aviões se beneficiou desses amesclão (mescla), pinho cuiabano, goiabão ou
materiais. morcegueira são mais usadas nos compensados
que serão revestidos. Já a sumaúma, virola
O compensado é uma chapa rosa, tauari ou curupixá são lâminas para
de lâminas de madeira, feito compensados que podem ser revestidos
especialmente para ter grande com outras folhas de madeira ou não. Os
estabilidade e resistência. compensados revestidos com lâminas de
madeiras nobres como cedro, mogno, marfim,
cerejeira ou imbuia estão prontos para a
confecção do móvel.
De acordo com a norma 31:000.05-
007/2 do comitê de madeira
da ABNT, os compensados são
divididos em 3 tipos, de acordo com
a resina:
A: Interior (IR): uso em lugares secos
B: Intermediário (IM): ambientes
com alta umidade relativa.
C: Exterior (EX): Para uso em
exterior ou ambientes fechados
submetidos à ação da água.

Os tipos A e B são mais indicados


para fabricação de móveis.

Dos dois tipos de processos


para obtenção das lâminas
(descascamento ou torneamento e
faqueação), no caso da faqueação
as lâminas saem com um melhor
acabamento.
Tipos de compensados vendidos
para a marcenaria:

1- Compensados laminados

São os mais usados no mercado,


feitos com finas lâminas de
madeira prensadas. Servem para
qualquer uso, menos para portas.
Nas bilotas de 4mm ou 6mm
servem para fundos de gavetas
ou armarios. Na medida de 10mm
ou 15mm podem ser usados para
estruturas, caixotes de armário
lateral (flanco), prateleiras e
divisórias internas.
2- compensados sarrafeados

Têm o miolo feito de vários sarrafos


de madeira, colados um ao lado do
outro, formando um “tapete”; as
lâminas são coladas nas superfícies
do “tapete”, formando um
sanduíche.

Em relação aos laminados, estes


compensados oferecem mais
resistência e podem ser usados
tanto na estrutura dos móveis
como nas portas sendo o seu uso
mais comum. Os compensados
sarrafeados são vendidos nas
espessuras de 15, 18, 19 e 23 mm e
podem ser revestidos com folhas
de madeiras nobres como mogno,
freijó, marfim, cerejeira ou imbuia.
3- compensados multisarrafeados

É o compensado mais estável do


mercado. No miolo, esta chapa tem
várias lâminas de 3mm prensadas
e coladas na vertical. Este miolo
é prensado com as lâminas das
superfícies, como nos outros tipos,
formando um “sanduíche”. Isso faz
com que estas chapas sejam muito
resistentes ao empenamento.

Este compensado é utilizado nas


portas dos armários (19mm) e
também é vendido já folhado de
madeiras nobres. como mogno,
freijó, marfim, cerejeira ou imbuia.
Estas folhas têm cerca de 0,6 mm
de espessura e necessitam apenas
do acabamento final.
Aglomerado

Foi desenvolvido na Alemanha durante a


II Guerra Mundial, mas somente em 1970 é
que começou a utilizá-lo no Brasil.

É um painel formado por partículas de


madeira aglutinadas entre si por adesivo a
base de resina sintética, pressão e calor.

É composto por 3 camadas que lhe dão a


resistência física e mecânica. A do meio
tem as partículas mais grossas do que as
das bordas.

As partículas menores favorecem todos


os tipos de revestimento que o mercado
utiliza: lâminas de madeira, fórmica
(lâminado plástico de alta pressão),
melaminico (revestimento de baixa
pressão), pintura, filme de PVC, etc.
Chapas de fibras de madeira de média
densidade (MDF)

É produzido com fibras de madeiras


selecionadas de Pinus. Essas fibras, aglutinadas
com resina sintética termofixa, se consolidam
sob a ação conjunta de calor e pressão
resultando numa chapa maciça, com superfícies
lisas, próprias para a indústria de transformação.

É um produto homogêneo, uniforme, estável,


Algumas marcas
de superfície plana e lisa que oferece boa
Arauco, masisa, Duratex, Guararapes,
trabalhabilidade, alta usinabilidade para
Eucatex, Berneck
encaixar, entalhar, cortar, parafusar, perfurar e
moldurar, além de apresentar ótima aceitação
Tamanho comum
para receber revestimentos com diversos
1,83 m de largura por 2,75 m de altura.
acabamentos.
As espessuras costumam variar entre
3 mm, 9 mm, 15 mm e 18 mm
Foi desenvolvido nos Estados Unidos, em 1965, e
somente no ano de 1997 é que o Brasil começou
a fabricá-lo. A primeira fábrica a produzi-lo foi a
Duratex, em Agudos (São Paulo).
Processo de Fabricação características de resistência à umidade
(emulssão de parafina é um dos mais
É semelhante ao aglomerado, exceto usados). Atualmente, outros aditivos como
pelo fato de que a madeira depois de fungicidas e inseticidas também são usados.
ter sido transformada em cavacos, deve
passar por um processo de refinamento As fibras secas adicionadas com o adesivo
(desfibramento) que não rompa suas são dispersas sobre uma esteira, mantendo
fibras, apenas separe-as. espessura e compactação constantes, o que
vai resultar em um painel homogêneo.
Os cavacos são classificados por Ele é desenvolvido apenas para uso interior.
tamanho, lavados e a seguir, passados Não deve ser usado em ambientes com
por um moinho de disco. O moinho é umidade excessiva.
constituído por dois discos que giram
um contra o outro em sentidos opostos; Evite colocar o MDF em contato com fontes
os cavacos são forçados a passar entre de calor, como fogões, fornos, aquecedores
eles do centro para a periferia. O atrito ou outros lugares onde a temperatura
cavaco/cavaco e cavaco/disco causam o exceda a 50° C, por tempo prolongado.
desfibramento da madeira. Evite a incidência direta e prolongada
da luz do sol, para que a tonalidade do
Usam-se resíduos de madeira e madeira revestimento não se modifique, tornando-
de reflorestamento. O adesivo é a uréia/ se amarelada. Além disso, as chapas podem
formaldeído em mistura com aditivos sofrer deformação por efeito da perda de
específicos que aprimoram suas umidade.
Classificações

1- Standard: é o básico.
2- De baixo teor de formaldeído
: apresenta baixa emissão para a
atmosfera do formaldeído presente no
adesivo.
3- Resistente à umidade: pode
receber, ocasionalmente, água em sua
superfície, mas não é a prova de água.
4- Para exterior: tem resistência
à intempéries, desde que sejam
tomados cuidados especiais de
acabamento, como selagem de
superfícies e topos.
5- resistente ao fogo: são adicionados
produtos químicos às resinas, que
inibem o desenvolvimento da
combustão.
6- De alta densidade: faz com que
esse MDF suporte pesos elevados e
impactos repetidos. O painél é muito
pesado.
Painel de tiras de madeira orientadas
(OSB)

É um painel de madeira com uma


liga de resina sintética, feita de três
camadas prensadas e orientadas
perpendicularmente, o que aumenta
sua resistência mecânica e rigidez.
Teve sua origem nos Estados Unidos
em 1970.

São painéis utilizados para aplicações


estruturais como paredes, forros, pisos,
componentes de vigas estruturais,
embalagens, etc. Devido a suas
características de resistência mecânica
e boa estabilidade dimensional,
compete diretamente com o mercado
de compensados.

É feito predominantemente de
madeira reflorestada e de florestas
manejadas.
Vantagens:

- não precisa de toras de boa


qualidade
- a largura dos painéis é determinada
pela tecnologia da produção e não
pelo tamanho das toras.
- grau mínimo de inchamento e alta
estabilidade dimensional.
- excelente isolamento termo-
acústico
- facilidade de trabalho nos processos
de usinagem de topo e superfície
- boa resistência ao arranque de
parafuso
- várias possibilidades de
acabamento.

Para sua produção é utilizada a


madeira de reflorestamento, a
emulsão de parafinal e a resina de
MUPF (resina fenólica, uréia-formol e
melamina).
Tipos:

1) OSB Multiuso
Sua aplicação é destinada mais para
móveis, embalagens. Apresenta uma
tonalidade mais escura e pode vir
protegido contra o ataque de cupins.

2) ODB Home
Indicado para uso na construção
de edificações. Esta protegido
contra cupins e apresenta a borda
impermeabilizada (borda verde). É
produzido com os mesmos adesivos e
da mesma maneira do multiuso, tendo
a mesma tonalidade. É mais aplicado
em fechamento de paredes, telhados e
pisos (para posterior revestimento).

3) OSB Form
É indicado quando precisa de alta
resistência à umidade. Possui borda
verde e uma cor externa mais clara.
Árvores Reflorestadas
Pinus
Pinho do paraná
Eucalipto
Teca
Árvores Reflorestadas

A madeira é renovável.
Muitas vezes, é uma monocultura

Pinus

Árvores altas e monóicas (apresenta


flores unissexuais masculinas e
femininas num mesmo indivíduo).
Possui aproximadamente 90
espécies nativas do hemisfério
norte e produzem madeira de baixa
densidade.
Possui cor amarelo claro, aspecto
fibroso e não possui uma boa
durabilidade natural. Apresenta
muitos nós e baixa resistência a
ataque de insetos. Em sua secagem
apresenta problemas como
rachaduras e trincas.
Pinho do paraná (Araucária)

Tem tronco retilínio e caules


na extremidade superior, 20 a
50m de altura. Há muitas na
serra da Mantiqueira.

É própria para forros, molduras,


ripas, confecção de cabos
de vassouras, brinquedos,
caixotaria, estrutura para
móveis, palitos de fósforos.
Eucalípto

Originária da Austrália.
Cresce rapidamente e é muito
usado na produção de papel.
É muito usada em perfumes e
produtos de limpeza.
Envolve mais de 600 espécies.

Para uso na indústria


moveleira, recomenda-se que
seja cortada com vinte anos de
idade.

Atinge até 70m de altura.


Teca

É nativa das florestas tropicais do


sudeste asiático. Pode alcançar mais
de 50m e diâmetro até 2,5m.
As folhas tem entre 60 e 80cm. Seu
tronco retilíneo é revestido por uma
casca espessa, que a protege do
fogo.
De fácil cultivo e rápido crescimento,
é rústica e pouco suscetível ao
ataque de pragas e doenças.
É leve e resistente, não empena e
pouco se contrái durante a secagem,
é imune ao ataque de cupins e
outros insetos, pode ser enterrada ou
exposta ao tempo sem deteriorar-se.
É fácil de trabalhar, tem um visual
bonito, é utilizada na produção
de móveis, esquadrias, pisos de
qualidade, decoração e construção
naval.
Madeiras de Lei

Cedro
Cerejeira
Mogno
Imbúia
Marfim
Freijó
Madeiras de Lei

Na época da colonização do
Brasil houve uma grande
demanda por algumas árvores
e algumas espécies se tornaram
raras, preocupando a realeza
portuguesa, que se apressou a
criar decretos que normalizavam
o corte. Estes decretos deram
origem à expressão “madeira-de-
lei”, até hoje comumente citada
em referência a algumas espécies
de boa qualidade, ou à madeira
resistente à ação do tempo, ao
clima e às intempéries.
Cedro

Tem 20 a 35 m de altura e 60-90 cm


de diâmetro. É durável em ambiente
seco, mas quando submersa
apodrece rapidamente.

É usado em compensado,
contraplacado, escultura, móveis,
construção civil, naval e aeronáutica,
etc. Como árvore é usada no
paisagismo de parques e nunca
pode ser usada em monocultura
(brocas).
Crejeira

Tem 5 a 8m de altura (10-15m na


mata). Tronco com 30 a 40 cm de
diâmetro.

Madeira resistente, elástica e


de boa durabilidade natural.
Moderadamente pesada.
É usada em cabos de machado
e ferramentas agrícolas, para
lenha e carvão. Como árvore é
ornamental e é usada no paisagismo,
principalmente em ruas estritas e
sob redes elétricas.

Maior ocorrência do Rio Grande do


Sul a Minas Gerais.
Mogno

Tem 25 a 30m de altura. Tronco com


50 a 80 cm de diâmetro.

Madeira dura, de resistência


moderada ao apodrecimento e alta
ao ataque de cupins de madeira
seca.

É utilizada para mobiliário de luxo,


objetos de adorno, painéis, lambris,
laminados, contraplacados especiais.

Maior ocorrência na região


amazônica. Mas apresenta bom
desenvolvimento na região centro-
sul do país.
Imbuia

Tem 15-20m de altura. Tronco


com 50-150 cm de diâmetro.

Madeira macia, de grande


durabilidade mesmo em obras
expostas.

É uma das mais procuradas para


confecção de móveis de luxo,
principalmente pela sua beleza.
A árvore é ornamental e pode ser
usada em paisagismo.

Maior ocorrência no sul, na


submata dos pinhais.
Marfim

Tem 20-30m de altura. Tronco


com 40-90 cm de diâmetro.

Madeira clara, dura, mas de baixa


resistência ao ataque de insetos e
ao apodrecimento.

É indicada para confecção


de móveis de luxo, artefatos
domésticos, peças torneadas,
para a construção civil. A árvore
pode ser usada na arboreização
de parques e jardins.

Maior ocorrência de Minas Gerais


e Mato Grosso até o Rio Grande
do Sul.
Freijó

Tem 10-20 m de altura. Tronco


com 40-60 cm de diâmetro.

Madeira com textura média e


moderada resistência ao ataque
de insetos e ao apodrecimento.

É indicada para confecção de


móveis finos, folhas laqueadas
decorativas, painéis, lambris,
persianas, etc. A árvore possui
características ornamentais.

Maior ocorrência na região


amazônica, principalmente no
Pará.
Sistema de fixação para móveis
de madeira

Prego
Cavilha
Cunha
Parafusos
Dispositivo Trapézio
Sistema Minifix
Cantoneiras
Pregos Anelado
Indicado para madeiras macias
Existem vários tipos de pregos. (MDF, pinus, aglomerado)
Aqui veremos os que possuem
relação com o desenho de
móveis.

Prego comum de cabeça Espiral


pequena : usado em trabalhos de Indicado para madeiras duras.
marcenaria e carpintaria. Enterre Devido a sua forma ele penetra
a cabeça com o punção, encha enroscando-se na madeira. É
eventualmente com pasta de muito difícil de arrancar.
madeira.

Prego comum de cabeça chata:


usado em marcenaria, carpintaria
e em fundos de gavetas.
Cavilha

É uma peça cilíndrica, lisa ou


estriada, feita com madeira seca.
Serve para fazer junções práticas
e resistentes.

Existem dois tipos de junções:


fixas (usam-se cavilhas estriadas
que permitem saída do ar e do
excesso de cola) e desmontáveis
(cavilhas lisas).
Cunha
Parafusos O parafuso de cabeça oval é usado em
São elementos de fixação empregados em peças em que a cabeça do parafuso pode
uniões não-permanentes. ficar saliente.
Usam-se parafusos também para fixar
ferragens em geral.
Há vários tipos, que se diferencial pela
forma da tosca, da cabeça, da haste e do
tipo de acionamento.
O parafuso pode ser comum ou auto-
atarraxante. O parafuso de cabeça redonda é usado para
fins decorativos.
Parafuso comum
É de uso geral. Sua fixação na madeira
exige certos cuidados. Em primeiro lugar, é
necessário fazer o furo com uma broca de
diâmetro igual ao do corpo do carafuso.
O parafuso de cabeça chata é usado
em todas as peças onde a cabeça deva
ficar alojada na madeira. O furo deve ser
escareado. Seu comprimento é medido
considerando a cabeça.
Parafuso auto-atarrachante Parafuso de União
São providos em todo o seu comprimento É usado para fixar prateleiras de estantes
de uma rosca cortante. É indicado para na junção de módulos, principalmente
compensados e aglomerados. Também cozinhas.
necessita da pré-furação.
Possui o mesmo tipo de variáveis de
cabeças.
Dispositivo Trapézio

A utilização desse dispositivo


dispensa o uso de cola e é
utilizado nas partes internas do
móvel. Sistema de fixação por
pressão. Comprimento da bucha
de 10mm por 10mm de diâmetro.
Sistema Minifix

É um sistema de montagem
fácil, porém requer cuidados na
precisão da furação. A montagem
é feita com um giro no tambor
que trava o parafuso.
Possui grande resistência,
segurança e alto poder de
tracionamento. Tem arremate
para cobrir imperfeições do furo.
Cantoneiras

São aplicadas como união de


painéis laterais, traseiros ou
gavetas, ou ainda como fixação
e reforço de móveis. Proporciona
fixação firme.
Outros materiais

Materiais de revestimento
Espumas
Materiais de revestimento
Couro, tecido, plástico.

O couro é de origem animal e é


necessário técnicas específicas
para conseguir um bom
resultado. Tem alta resistência,
durabilidade e conforto.

Ele se divide em:

Vaqueta : material já tingido


no curtume com cores pré-
determinadas
Atanado: processo de tingimento
no couro feito pelo tapeceiro
Soleta: material em estado crú,
pronto para receber o tingimento.
Possui alta resistência, porém
baixa maleabilidade. É usado
principalmente em peças ou
partes que exijam muito esforço.
Tecido: material que pode ser
de origem vegetal, sintética ou
mista. Existe uma vasta linha
de materiais no mercado e que
não para de evoluir (novas fibras,
tecnologias e combinações).
Podem ser permeáveis a líquidos.

Exemplos: gorgorão, gobelein,


jacard, veludo, camurça...
Plástico: normalmente vem
reforçado por um forro ou tecido.
É um material impermeável, de
fácil limpeza e encontrado em
vários tipos de estampas, cores e
texturas. Exemplos: courvin, couro
ecológico, korino, emborrachado,
etc.
2.1 Couro vegano

São produtos isentos


de crueldade animal e
impactos ambientais
negativos.

Define-se como vegano


o couro feito à base de
plantas ou matéria-
-prima vegetal. Não são
alternativas sintéticas.
Existem no mercado
atual pelo menos quinze
diferentes fontes naturais
que estão em estudo ou
prontas para integrar esse
mercado em ascensão.

Couro vegano de micélio,


tenis da Adidas.
Web 05 - CFMT - CAP 8 CAP 08 Composição e análise sensorial dos ambientes
2.1 Couro vegano

• Vegea – feito de cascas


de uva, caules e sementes
descartadas na produção
de vinho. Dispensa o uso
de corantes por ter as cores
naturais da uva.
• Pinatex – subproduto
da colheita do abacaxi. É
macio, flexível e respirável
e pode ser impresso,
costurado e cortado. Foi
a escolha da marca Hugo
Boss para o lançamento de
uma coleção de
calçados veganos.
• Desserto – feito a partir
de cactos. Produzido no
México. É parcialmente
biodegradável, respirável e
dura ao menos dez anos. Web 05 - CFMT - CAP 8 CAP 08 Composição e análise sensorial dos ambientes
2 Estudos de caso sobre o
elemento cor nos
ambientes

2.1 Cores neutras

2.1.1 Branco

Pode trabalhar muito bem


em conjunto com outras.
Sensação de, simplicidade,
jovialidade e esterilidade.
Se em excesso, pode
provocar letargia e
sensações de solidão e
isolamento.
Decoração composta
predominantemente de
branco e tons neutros e
suaves, o que traz a
sensação de conforto.
Tres arquitetura, casa cor 2023. Web 02 - CFMT - CAP 02 e 03 CAP 02 As cores e suas propriedades
2 Estudos de caso sobre o
elemento cor nos
ambientes

2.1 Cores neutras

2.1.2 Preto

Simboliza poder, autoridade,


luxo e sofisticação. Cria
profundidade e distinção
em um ambiente, e pode
torná-lo elegante sem muito
esforço. O preto não é uma
cor de sociabilidade, por
isso deve ser usada com
cuidado em ambientes onde
se queira a presença de
pessoas.
Ricardo Caminada e Tota Penteado – Cabana Ri.To. Projeto da
CASACOR São Paulo 2023

Web 02 - CFMT - CAP 02 e 03 CAP 02 As cores e suas propriedades


2 Estudos de caso sobre o
elemento cor nos
ambientes

2.1 Cores neutras

2.1.3 Cinza

A cor da neutralidade. O
cinza é uma cor segura,
pois, mesmo se usada em
conjunto com outra, nunca
se destaca. É a cor do
metal e passa a imagem
de inovação.
Se utilizada de forma
errônea, pode produzir
imparcialidade exagerada,
falta de interesse e
preguiça
Da esquerda para a direita, Caio Bandeira e Tiago Martins,
Ticiane Lima.Casa cor, São Paulo, 2023.
Web 02 - CFMT - CAP 02 e 03 CAP 02 As cores e suas propriedades
2 Estudos de caso sobre o
elemento cor nos
ambientes

2.2 Cores primárias

2.2.1 Vermelho

Simboliza a revolução!
Associado ao fogo, ao
sangue, ao erotismo, à
paixão e ao calor.
Mas pode representar a
guerra e a agressividade, por
isso, deve ser utilizado com
cautela.
Caso a intenção projetual
seja chamar a atenção para
algum elemento ou
setor do ambiente, essa cor
pode funcionar muito bem.
Can Lis, Jørn Utzon Web 02 - CFMT - CAP 02 e 03 CAP 02 As cores e suas propriedades
2 Estudos de caso sobre o
elemento cor nos
ambientes

2.2 Cores primárias

2.2.2 Azul
Azul é a cor da água e
do céu, transmitindo
sinceridade e calma.
É a cor favorita das
instituições e empresas que
prezam pela imagem de
seriedade e profissionalismo.
É também a cor da fé.
Prioriza-se o uso do azul
em ambientes onde se
intenciona o descanso, como
dormitórios, salas de
banho, de atendimento
psicológico e de meditação.
Web 02 - CFMT - CAP 02 e 03 CAP 02 As cores e suas propriedades
Todos Arquitetura - casa cor 023
2 Estudos de caso sobre o
elemento cor nos
ambientes

2.2 Cores primárias

2.2.3 Amarelo

É uma das cores mais


estimulantes e visíveis.
Estimula a curiosidade, a
criatividade.
Associada ao sol, ao calor
e à alegria de um dia de
verão. Nos passa a sensação
de bondade, jovialidade e
otimismo.
Não transmite maturidade e
confiabilidade.
Abaxo, Barbara Dundes Arquitetura. Acima, Consuelo Jorge
Arquitetos. Casa cor SP 2023.

Web 02 - CFMT - CAP 02 e 03 CAP 02 As cores e suas propriedades


2 Estudos de caso sobre o
elemento cor nos
ambientes

2.3 Cores secundárias


2.3.1 Verde
Cura, à renovação e ao
frescor da natureza
2.3.2 Laranja
Usada para motivar a
comunicação e a diversão,
estimula o apetite.
2.3.3 Roxo/violeta
É considerado a cor do
misticismo. É associado ao
luxo e à ostentação. Usado
em tratamento estético, ao
relaxamento e ao
autocuidado.
Roxo, Brunete Fraccaroli Arquitetura & Interiores. Verde, Ricardo
Abreu. Laranja, abaixo, Sig Bergamin. Laranja, acima,
Barbara Dundes Arquitetura.

Web 02 - CFMT - CAP 02 e 03 CAP 02 As cores e suas propriedades


3 Análise compositiva das
cores no projeto
de interiores

Importância do uso de uma


paleta de cores no processo
de criação.
O primeiro passo é identificar
a intenção projetual do
espaço: será um ambiente
de descanso? De atividade
esportiva? Uma sala de
estudo? Um espaço para
receber amigos?
O segundo passo é
identificar as outras
intenções projetuais.

Web 02 - CFMT - CAP 02 e 03 CAP 02 As cores e suas propriedades


3 Análise compositiva das
cores no projeto
de interiores

É interessante começar pelas


cores neutras. Avalie se o
ambiente recebe bastante
luminosidade, se tem luz
direta ou indireta. Afinal, a
cor varia de acordo com a
quantidade de luz.
Identifique se a cor neutra
que pretende usar será mais
fria (cinza) ou mais quente
(camurça). A escolha de
uma ou de outra dará o
tom-base do seu projeto e
matizará o ambiente.
Então é hora de escolher a
cor de destaque.

Can Lis, Jørn Utzon Web 02 - CFMT - CAP 02 e 03 CAP 02 As cores e suas propriedades
3 Análise compositiva das
cores no projeto
de interiores

3.1 Paleta monocromática


Faz parte de uma mesma
matriz do círculo cromático.
3.2 Paleta de cores
complementares
Estão localizadas em pontos
simetricamente opostos.
Nesta paleta, trabalha-se
a harmonia de contraste
e, para isso, é importante
escolher uma cor dominante
3.3 Paleta de cores análogas
é formada essencialmente
por cores situadas próximas
umas das outras no círculo
cromático.

Web 02 - CFMT - CAP 02 e 03 CAP 02 As cores e suas propriedades


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obrigada
amanda.bpcar valho@sp.senac .br
@amandacar valho

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