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Materiais de Construção I

Madeira na Construção Civil


Profa. Marilia Oliveira
Na condição de material de construção, as madeiras incorporam todo um
conjunto de características que dificilmente se encontram em outro material
existente:

Características Técnicas

• Apresenta alta resistência mecânica não só a esforços de compressão, bem


como a esforços de tração, tendo sido o primeiro material de construção a ser
utilizado tanto em pilares como em vigas;

• Tem resistência mecânica elevada, superior ao concreto convencional, com a


vantagem do peso próprio reduzido;

• Resiste excepcionalmente a choques e esforços dinâmicos: sua resiliência


permite absorver impactos que romperiam ou estilhaçariam outros materiais;

• Apresenta boas características de isolamento térmico e absorção acústica;

• Tem facilidade de afeiçoamento e simplicidade de ligações: pode ser


trabalhado com ferramentas simples.
Características Econômicas

• Tem custo reduzido de produção, pois é produzido pela natureza. O consumo de


energia para a sua produção é mínimo;

• Não gera poluição durante a sua produção, ao contrário, sequestra carbono


durante o crescimento da árvore;

• É um material renovável;

• Quando convenientemente preservado, perdura em vida útil indefinida à custa de


insignificante manutenção.

Características Estéticas

• Em seu estado natural, apresenta uma infinidade de padrões estéticos e


decorativos.
Processos de beneficiamento permitem anular as características negativas que
apresenta em estado natural, como:

• Degradação de suas propriedades e o surgimento de tensões internas,


decorrentes de alterações de umidade, anulados pelos processos de
secagem artificial controlada;

• A deterioração, quando em ambientes que favoreçam o desenvolvimento de


seus principais predadores, contornada com os tratamentos de preservação;

• A marcante heterogeneidade e anisotropia próprias de sua constituição


fibrosa orientada, assim como a limitação de suas dimensões, resolvida pelos
processos de transformação nos laminados, contraplacados e aglomerados
de madeira;

• Inflamável – tratamento retardante resolve.


Resistência ao fogo (Ritter, 1990)
As árvores para aplicações estruturais são classificadas em dois tipos quanto à
sua morfologia e anatomia:

• Coníferas
São chamadas de madeiras moles, pela sua menor resistência, menor densidade
em comparação com as dicotiledôneas.

Têm folhas perenes com formato de escamas ou agulhas; são típicas de regiões
de clima frio.

Os dois exemplos mais importantes desta categoria de madeira são o Pinho do


Paraná e os Pinus.

Os elementos anatômicos são os traqueídes e os raios medulares.


Aspectos anatômicos das coníferas

As traqueídes podem constituir 95% da madeira das coníferas e tem


a função de conduzir a seiva bruta e de conferir resistência
mecânica ao material.
Raios – conjunto de células alongadas e achatadas, dispostos
horizontalmente da casca a medula. Podem constituir até 10% da
madeira. Funcão principal é conduzir a seiva elaborada.
As árvores para aplicações estruturais são classificadas em dois tipos quanto à sua
morfologia e anatomia:

• Dicotiledôneas

São chamadas de madeiras duras pela sua maior resistência; têm maior densidade
e aclimatam-se melhor em regiões de clima quente.

Espécies: Peroba Rosa, Aroeira, os Eucaliptos (Citriodora, Tereticornis, Robusta,


Saligna, Puntacta, etc.), Garapa, Canafístula, Ipê, Maçaranduba, Mogno, Pau
Marfim, Faveiro, Angico, Jatobá, Maracatiara, Angelim Vermelho, etc.

Os elementos anatômicos que compõem este tipo de madeira são os vasos, fibras
e raios medulares.
Aspectos anatômicos das dicotiledôneas

Os vasos lenhosos podem constituir 50% da madeira, tem a função de


transporte ascendente de seiva bruta.

As fibras são elementos fechados e não possuem comunicação através das


extremidades e podem constituir 50% da madeira.
Sendo responsáveis por sua resistência mecânica e por sua rigidez.

Livro: Materiais de Construção Civil


Organizador/Editor: Geraldo C. Isaia
Tronco – parte útil para obtenção da madeira serrada
1 – Casca – protege o lenho e conduz a seiva elaborada das folhas para
o lenho do tronco.

2 – Câmbio – É constituído por tecido de células em constante


transformação - camada de tecidos vivos

3 – Lenho – é o núcleo de sustetação e resistência da árvore, constitui a


seção útil para a obtenção, por desdobro e serragem, das peças
estruturais de madeira. Apresenta duas zonas: alburno e cerne.

4 – Medula – miolo central da seção transversal da tora de madeira –


tem um tecido mole, frouxo e esponjoso.
Alburno - – formado por células vivas
e atuantes - condutor da seiva bruta,
por ascensão capilar , desde a raiz
até a copa.
Constitui de 20 a 25% do lenho.

Cerne - formado por células mortas


e esclerosadas – possui mais
densidade, compacidade, resistência
mecânica e principalmente mais
durabilidade.
Composição Química da Madeira

As substâncias básicas na composição química das madeiras são a


holocelulose e a lignina, em proporções aproximadas de 60 % e 25 %,
respectivamente. Outros constituintes, em bem menores proporções,
estão contidos nas cavidades das células ou são produzidos por
modificações das mesmas, como óleos, resinas, açúcares, amidos,
taninos, substâncias nitrogenadas, sais inorgânicos e ácidos orgânicos.

A química da madeira divide a holocelulose em:


• celulose α
• celulose β
• celulose γ

A lignina compõe-se em: carbono, oxigênio e hidrogênio; está,


portanto, intimamente ligada à celulose.

É uma resina natural que reveste externamente as células,


aglomerando-as em conjunto.
Identificação Botânica das Espécies Lenhosas

Três procedimentos complementares conduzem à identificação das espécies


lenhosas:
Identificação vulgar - prende-se a características notáveis da espécie, tais como:
configuração do tronco e copa, textura da casca, aspecto das flores e frutos, sabor do
lenho etc. A espécie fica, então relacionado a uma característica predominante. Ex.:
pau-marfim (aparência homogênea do lenho).

Identificação botânica - exige confrontações com atlas de herbários, nos quais estão
registradas e colecionadas fotografias das espécies em diferentes estágios de
crescimento, exemplares de folhas, flores e frutos e sementes. Ex.: A peroba-rosa fica
classificada botanicamente como Aspidosperma polyneuron; a peroba de campos,
como Paratecoma peroba

Identificação botânico-tecnológica - é cientificamente exata e baseia-se no estudo


comparado da estrutura anatômica do lenho, cuja constituição varia de gênero para
gênero e, em muitos casos, de espécie para espécie, ainda que botanicamente afins.
Produção da madeira de obras - Peças de Madeira Natural Serrada
Corte Toragem e Falquejamento

Corte - madeiras de árvores Toragem - a árvore é desgalhada e traçada


abatidas durante o inverno em toras de cinco a seis metros. É comum
secam lentamente sem rachar ou serem descascadas ou descortiçadas nessa
fendilhar e, por não conterem etapa.
seiva elaborada nos tecidos, Falquejamento - quando a machado ou a
tornam-se menos atrativas a serra, são retiradas quatro costaneiras,
fungos e insetos. ficando a seção grosseiramente retangular.
Produção da madeira de obras - Peças de Madeira Natural Serrada

Desdobro - é a operação final na produção de Aparelhamento das peças


peças estruturais de madeira bruta. São realizadas - são obtidas peças nas
nas serrarias com a utilização de serras de fita bitolas comerciais por
contínuas ou alternadas (serras de engenho), que serragem e resserragem
podem ter uma só lâmina reforçada (serras das pranchas, executadas
americanas ou serras de centro) ou várias lâminas em serra circular ou em
paralelas (serras francesas), dispostas horizontal serra de fita com um, dois
ou verticalmente. ou três fios de serra.
A nomenclatura e as dimensões da madeira serrada estão fixadas na
NBR 7203:1982 — Madeira serrada e beneficiada

Dimensões da madeira serrada


Fatores que influenciam nas propriedades físicas e mecânicas da madeira

Posição da amostra em relação à altura da árvore ou ao seu diâmetro - O


resultado de qualquer ensaio sofrerá alterações conforme o corpo de prova
for extraído do cerne, do alburno, próximo às raízes ou próximo à copa.

Umidade - apresentará o máximo de resistência mecânica quando


completamente seca, o mínimo quando completamente saturada e valores
intermediários para diferentes teores de umidade entre esses dois
extremos.

Massa específica do material - é um índice da distribuição ou concentração


de material existente e resistente no tecido lenhoso.

Presença de defeitos - A presença de defeitos (nós, fendas, fibras torcidas


etc.), dependendo de sua distribuição, dimensões e, principalmente, de sua
localização, provoca consideráveis anomalias no comportamento físico-
mecânico da peça ou corpo de prova.
NBR 7190: 1997 o teor de umidade, são os seguintes valores:

• madeira verde: com teor de umidade acima do ponto de saturação


ao ar, normalmente acima de 25 %;
• madeira semisseca: inferior ao ponto de saturação, acima de 23 %;
• madeira comercialmente seca: entre 18 % e 23 %;
• madeira seca ao ar: entre 12 % e 18 %;
• madeira dessecada: entre 0 % e 12 %;
• madeira completamente seca: com 0 %.
Classificação das madeira

•Madeira fina – empregadas em marcenaria e em construção.


Ex.: louro , cedro , vinheira

• Madeiras duras ou de lei – empregadas em construção (suportes e vigas)


Ex.: Angelim, angico, cabriuva, ipê, maçaranduba, jatobá.

•Madeiras resinosas – utilizadas exclusivamente em construções


temporárias
Ex.: pinho

• Madeiras brandas – baixa durabilidade, alta facilidade de trabalho. Não


são usadas em construção
Ex.: timbaúva
Características físicas da madeira relevantes para o projeto de
estruturas
Umidade da madeira
Densidade de massa da madeira
Variação dimensional

• Umidade da madeira

A presença de água na madeira pode entendida a partir da circulação da


seiva bruta e da seiva elaborada.

Madeiras das árvores vivas ou recém-abatidas apresentam elevada


porcentagem de umidade – madeira saturada ou “verde”.

A madeira de uma árvore abatida perde umidade continuamente até o


Ponto de saturação (PS) (25%) – moléculas de água localizam-se no
interior das paredes celulares (água de impregnação ou a água de
adesão).
A partir do PS, a evaporação prossegue com menor velocidade até
alcançar a umidade de equilíbrio (UE).
NBR 7190 (1997) – 12% T= 20oC, URA=65%.

Pode também apresentar água sob forma de vapor.

Secagem – processo de evaporação das moléculas de água livre e água


de impregnação.
Determinação da umidade pelo método da secagem em estufa
NBR 7190 (1997) Projeto de estrutura de madeira

m1=massa inicial da amostra


ms=massa da madeira seca

Estimativa da umidade da madeira usando medidores elétricos


Razões para a secagem prévia da madeira

• diminui consideravelmente o peso do material, favorecendo o


transporte e o projeto das estruturas;
• a madeira seca torna-se estável, apresentando, na pior das
hipóteses, um mínimo de retração em suas dimensões;
• à medida que for sendo eliminada a água de impregnação do
tecido lenhoso, a resistência do material aumentará de maneira
considerável e progressiva;
• a madeira seca é mais resistente aos agentes de deterioração,
principalmente à ação de fungos, que necessitam de teores
elevados de umidade para sobreviver;
• os produtos de impregnação nos processos de preservação das
madeiras, para atingirem uma penetração satisfatória, exigem
determinado estágio de secagem ou, pelo menos, ausência de
água livre;
• a madeira precisa estar seca para receber pintura ou
envernizamento de proteção.
Densidade de massa da madeira

• Densidade básica
Massa seca

Volume saturado

• Densidade aparente (amostras com 12% de umidade) NBR 7190


(1997) Projeto de estrutura de madeira
• Variação dimensional da madeira

Caracterizada pelas propriedades de retração e inchamento.

Principais causas:
Ortotropia – as propriedades da madeira em determinado ponto são
descritas nas direções principais: longitudinal, radial e tangencial.

O aumento ou a diminuição das moléculas de água livre não influenciam na


retração e no inchamento, pois este fenômeno que se manifesta em níveis
inferiores ao Ponto de Saturação, a quantidade de água impregnada é que
provoca a aproximação ou o afastamento das cadeias de celulose e das
microfibrilas.
Causas das diferentes variações dimensionais e ortotropia

A diferença entre as porcentagens de ratração radial (R) e tangencial (T) é


um fator responsável pelas trincas, rachaduras, empenamentos,
encanoamentos e outros defeitos no transcurso do processo de secagem.
Variação dimensional de algumas espécies
Determinação das porcentagens de retração e de inchamento

Porcentagem de retração total

Dimensões iniciais – amostra com umidade igual ou superior a PS

𝐿𝑖,𝑠𝑎𝑡−𝐿𝑖,𝑠𝑒𝑐𝑎
𝜀𝑟,𝑗 = ( )x100
𝐿𝑖,𝑠𝑒𝑐𝑎

Porcentagem de Inchamento

Dimensões iniciais – amostra seca

𝐿𝑖.𝑠𝑎𝑡−𝐿𝑖,𝑠𝑒𝑐𝑎
𝜀𝑖,𝑗 = ( )x100
𝐿
Propriedades de Resistência e Elasticidade

São influenciadas pela disposição dos elementos anatômicos

• Fibras - dicotiledôneas
• Traqueídes – coníferas

Eixos de Referência

Direção longitudinal – paralelas às fibras


Direção radial e tangencial - normal às fibras
Resistência à Compressão

Compressão paralela às fibras – agem paralelamente à direção dos


elementos anatômicos o que confere grande resistência à madeira.

Compressão normal às fibras (ou das traqueídes) – provoca


esmagamento das fibras com valores menores de resistência da
madeira.

(1/4 da resistência paralela às fibras)


Resistência à Tração

Paralela às fibras – a ruptura pode ocorrer por deslizamento entre as


fibras (ou traqueídes) ou ruptura de suas paredes com baixos valores de
deformação e altos valores de resistência.

Perpendicular às fibras (ou traqueídes) – os esforços tendem a separar


as fibras. Baixa resistência. (Deve ser evitada em projetos)
Cisalhamento

Plano perpendicular às fibras (ou traqueídes) – outras falhas irão ocorrer


antes da ruptura por cisalhamento – problemas de resistência a
compressão normal.
A madeira apresenta alta resistência.
Plano Paralelo às Fibras

Direção das tensões - Direção das fibras – ocorre o cisalhamento horizontal.


Menor resistência.

Direção das tensões – Perpendicular às fibras – ocorre o cisalhamento


“rolling”.
Flexão simples

Esforços
• compressão paralela às fibras
• tração paralela às fibras
• cisalhamento horizontal
• compressão normal às fibras

Torção

Comportamento não muito conhecido.


A norma Brasileira recomenda evitar torção em peças de madeira.
Risco de ruptura por tração normal às fibras.
Fatores que influenciam nas propriedades da madeira

Fatores Anatômicos
Densidade
Inclinação das fibras
Presença de Nós
Defeitos naturais da madeira
Presença de medula
Faixas de parênquima

Fatores Ambientais e de Utilização


Umidade
Defeitos por ataques biológicos
Defeitos por processamento
Defeitos decorrentes do processo de secagem
Fatores que influenciam nas propriedades da madeira

Fatores Anatômicos

• Densidade

Maior densidade – maior resistência

• Inclinação das fibras

Desvio da orientação das fibras da madeira em relação a uma linha


paralela à borda da peça. Desconsidera-se a influência da inclinação
das fibras para ângulos de até 6%.
• Presença de Nós

A influência de um nó depende do seu tamanho, localização, forma,


firmeza e do tipo de tensão considerada.

Interrompem a continuidade das fibras

• Defeitos naturais da madeira


- Encurvamento do tronco e dos
galhos durante o crescimento da
árvore, alterando o alinhamento das
fibras.
Alburno
- Presença do alburno – apresenta
resistências menores.
• Presença de medula
Podem surgir rachaduras no cerne próximo a medula, decorrentes de
fortes tensões internas devidas ao processamento.

• Faixas de parênquima
Células de depósitos de amido – baixa densidade e pouca resistência
mecânica.
Fatores Ambientais e de Utilização

• Umidade

Tem influência direta na resistência e elasticidade da madeira. Valor de


referência – 12%

• Defeitos por ataques biológicos

Decorrentes dos ataques provenientes de fungos e insetos

Ataque por fungos Ataques por insetos perfurações


podridão e
manchas
• Defeitos por processamento

Originados do desdobro, transporte e armazenamento da madeira.

Arestas quebradas Variação da seção transversal

• Defeitos decorrentes do processo de secagem


Deficiência na condução da secagem ou cuidados insuficientes no
armazenamento das peças serradas provocam uma série de defeitos.

Arqueamento

Torcimento
Encanoamento
Encurvamento
Preservação de madeira

É um conjunto de medidas preventivas e curativas para o controle de


agentes biológicos (fungos, insetos e perfuradores marinhos), físicos e
químicos que afetam as propriedades da madeira, adotadas no
desenvolvimento e na manutenção dos componentes de madeira no
ambiente construído.
Os principais processos de preservação podem ser classificados,
conforme a profundidade da impregnação alcançada:

•Processos de impregnação superficial


•Processos de impregnação sob pressão reduzida
•Processos de impregnação sob pressão elevada

Será mais eficiente e econômico se feito um tratamento prévio:


Secagem a um teor de umidade adequado
Remoção da casca
Desseivagem
Processo por impregnação superficial

Resumem-se a pinturas superficiais ou imersão de peças em


preservativos adequados. Recomendáveis para ambientes cobertos e
protegidos – telhados residenciais, madeiramento de forros.

A imersão em uma solução preservativa (sal de Wolmann diluído em


água, a 4 %, por exemplo) será sempre mais efetiva que uma simples
pintura superficial;

Tanto na pintura quanto na imersão, a impregnação dificilmente


ultrapassará 2 a 3 mm de penetração superficial;
Constitui uma película de proteção suficiente aos ataques de insetos e
capaz de resistir a pequenas fendas de secagem.
Processo de impregnação sob pressão reduzida

Aproveitam a pressão atmosférica, pressão hidráulica ou pressão capilar

• Processo de dois banhos ou banhos quente e frio

Um tonel contendo o impregnante em que estão imersas as peças é


aquecido até a temperatura de ebulição da água. Depois do
aquecimento (quatro horas), as peças são transferidas rapidamente para
outro recipiente contendo o mesmo imunizante frio (20 min a 30 min). A
penetração é forçada pela pressão atmosférica sobre o vácuo relativo
que se formou nos vazios do tecido lenhoso com a evaporação da água e
expulsão do ar aquecido.

O processo é bastante efetivo no tratamento de ambos os topos de


postes, cruzetas, moirões de cercas e aramados, principalmente se a
altura de imersão ultrapassar a linha de afloramento das peças quando
enterradas no solo.
A madeira fica totalmente imersa na solução quente.

A madeira fica parcialmente imersa na solução quente.


Processo de substituição da seiva

Indicado para o tratamento de postes, mourões e pontaletes roliços,


quando ainda verdes.

As peças são colocadas em pé em um recipiente, onde ficam imersas, até


altura conveniente, em uma solução salina concentrada. O imunizante sobe
por pressão capilar, substituindo a seiva e a umidade natural do tecido
lenhoso.

Tratamento demorado – seis semanas

Tratamento pelo método prático de


substituição da seiva
Processo de impregnação em autoclaves

São os tratamentos de preservação mais eficientes, ajustados a


necessidades de produção industrial de postes para redes de
transmissão e distribuição de energia elétrica, cruzetas, dormentes de
via férrea, mourões e pilares de madeira. Normalmente indicados para
peças que deverão ficar imersas, eventualmente sujeitas ao ataque de
predadores marinhos.

As peças a tratar são depositadas em autoclaves cilíndricas, de grandes


dimensões e perfeita vedação, que dispõem de comandos para
manutenção, admissão e retirada de imunizantes líquidos sob pressões
variadas.

Dois são os procedimentos clássicos para tratamentos de preservação


em autoclaves: o de células cheias e o de células vazia.
Autoclave

Carregamento de autoclave para


tratamento por pressão
Principais produtos de preservação

São sempre produtos tóxicos – fungicidas, inseticidas ou antimoluscos,


normalmente diluídos em água ou em um óleo de baixa viscosidade.
Alguns produtos comerciais são polivalentes, somando à sua letalidade
propriedades impermeabilizantes, retardantes de fogo e inibidoras de
retratibilidade.

Podem ser classificados em:

• óleos preservativos – creosoto de destilação da hulha de alcatrão, de


óleos ou madeira

• soluções salinas hidrossolúveis – a base de cobre, cromo e boro


(CCB); cobre e arsênio, em solução amoniacal (ACA).

• Soluções salinas solúveis em óleo – pentaclorofenol diluído em óleos


de baixa viscosidade.

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