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CARACTERÍSTICAS FÍSICAS:
2 - Água de Impregnação
Comparece na madeira úmida impregnada nas paredes celulósicas das
células lenhosas, que são hidrófilas. Essa água provoca inchamento na madeira,
trazendo as variações de volume que o material experimenta. Quandoas paredes
das células estão completamente saturadas de água de impregnação, sem que
a água extravase para os vazios celulares, diz-se que a madeira atingiu o teor
de umidade chamado ponto de saturação ao ar.
3 - Água livre
Água que preenche os vazios celulares, após saturar as paredes das células.
Também chamada água de embebição ou de capilaridade. Quando evapora
por secagem apenas a água livre, a umidade está no ponto de saturação do
ar, já definido e que é 30% de umidade, conforme a espécie. Nem a presença
nem a retirada dessa água livre causam qualquer alteração de volume do
material.
Expressões comuns no que diz respeito ao teor de umidade da Madeira.
Madeira Verde – teor de umidade acima do ponto de saturação ao ar (acima de
30%)
Madeira Semi-seca – 23 < h < 30%
Madeira comercialmente seca - 18 < h < 23%
Madeira seca ao ar – 13 < h < 18%
Madeira completamente seca – h = 0%
A madeira é empregada geralmente para trabalhar com teor de umidade
entre 13 e 17%
(estado seco ao ar); 15% é o teor de referência na determinação das
características do material nos ensaios de laboratório. No entanto, a fim de que
os valores obtidos sejam perfeitamente comparáveis, devem ser corrigidospara
um teor constante de umidade. Esse teor é, convencionalmente, fixado em 15%
e recebe a denominação de teor de umidade normalizado.
Resistência à Compressão Axial das Madeiras
1) Variação com o teor de umidade (peroba-rosa)
CONDUTIVIDADE TÉRMICA
A madeira é, termicamente, um mau condutor; sua estrutura celular aprisiona
numerosas pequenas massas de ar e está composta principalmente de celulose,
que é má condutora de calor. Chama-se coeficiente de condutibilidade térmica,
ou de transmissão de calor de um material, o número k de quilocalorias que
atravessa uma área de 1m2 de parede desse material durante uma hora, por
metro de espessura e por grau de diferença de temperatura entre as duas faces
da parede:
ISOLAMENTO ACÚSTICO
A propagação do som através de barreiras (parede, laje, etc) determina um
enfraquecimento do nível sonoro; esse enfraquecimento é função logarítmica
do peso da parede. Varia de 14 dB, aproximadamente, para uma parede de 1
kg/m2, até 54 dB para uma parede de 1 t/m2. Os materiais muito leves
apresentam um isolamento da ordem de 2,5 dB por centímetro de espessura.
Obs.: A NB-101 rege o isolamento e absorção acústica. Fixado o nível de som
compatível com o ambiente a ser construído e conhecido o nível de som
exterior, obtém-se, por diferença, a queda de som a realizar-se com paredes e
vedações.
b) Preservação ou tratamento
A Lei 4.797, regulamentada pelo Decreto Lei 58.016, tornou “de uso
obrigatório”, em todo o território nacional, em serviços de utilidade pública
explorados por Empresas Estatais, Paraestatais, e Privadas, destinadas aos
transportes ferroviários e rodoviários serviços telefônicos e de fornecimento de
eletricidade, o emprego de madeiras preservadas, especialmente preparadas e
trabalhadas para esse fim.
Os principais processos de preservação podem ser classificados, conforme a
profundidade da impregnação alcançada em:
1) processos de impregnação superficial
2) processos de impregnação sob pressão reduzida
3) processos de impregnação sob pressão elevada.
c) Madeira Transformada
Os processos definitivos e extremos de beneficiamento das madeiras são os
que buscam reestruturação do material com rearranjo de suas fibras resistentes.
Engloba toda a tecnologia de alteração da estrutura orientada visando corrigir
suas características negativas. A transformação da madeira consiste,
genericamente, nos três seguintes procedimentos:
1) Reaglomeração por colagem de finas lâminas desdobradas do material
original: madeira laminada compensada ou contraplacados de madeira
2) Reaglomeração de madeira reduzida a pequenos fragmentos: aparas,
maravalhas, virutas, ou flocos: madeira transformada aglomerada.
3) Reaglomeração de madeira reduzida a fibras: madeira transformada
reconstituída.
1) Madeira Compensada
É formada por folhas de madeira muito finas, coladas entre si com as fibras
não paralelas;usualmente são colocadas perpendicularmente umas às outras.
O caso mais freqüente é o de 3 folhas, podendo ser usadas 5 ou mais folhas,
mas sempre em número ímpar.
As folhas são retiradas da madeira num torno de desenrolar provido de uma
faca que tem o comprimento integral de tora. As folhas tem de 1 a 6 mm de
espessura; (toras de 1m de diâmetro dão uma folha de 1mm com 180m de
comprimento).
Obs.: a chapa de carpinteiro é constituída de sarrafos recobertos por lâminas
de madeira.
Entre os empregos mais importantes da madeira compensada citam-se:
móveis,revestimentos de tetos e paredes, formas para concreto armado, telhas
para cobertura, etc.
2) Madeira Aglomerada
É formada por fitas ou lascas de madeira (palha de madeira), impregnadas
com substâncias antiparasíticas, antipútridas e ignífugas aglomeradas por um
material ligante: cimento, gesso,magnésia sorel ou resinas sintéticas.
É empregada como material de isolamento térmico, absorção acústica e, em
geral, apresentasse na forma de placas, muito usadas para revestir tetos e
paredes.
3) Madeira Reconstituída
A reaglomeração das fibras, lavadas, peneiradas e esparramadas é realizada
em prensas ou rolos aquecidos, sob largo espectro de pressões. Os
aglomerantes são resinas sintéticas fenólicas ou a própria resina natural da
madeira – a lignina – remanescente e preservada, ou mesmo reativada, para
atuar como aglomerante.
Com a variação da pressão durante a fabricação, obtêm-se densidades
diferentes. As placas mais leves (soft-board) são utilizadas para isolamento
térmico e tratamento acústico, ao paço que as mais pesadas (hard-board),
pelas características de resistência, são empregadas principalmente como
elementos de vedação.
Muitos são os produtos industriais que se enquadram nessa categoria:
encontram-se no comércio com os nomes de duratex, eucatex, masonite, etc.
Não se esgotam, entretanto, nos materiais descritos e classificados as
possibilidades de transformação das madeiras. Transformações essas que têm
feito nascer toda uma variedade de novos materiais habilitados a responder às
exigências das novas técnicas de construção e em condições de substituir
outros materiais, até o aço e os metais leves, de custo e aplicação mais
onerosos.
Referencias
Fonte Propria