Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PRODUTO 7
PIM - PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE MATERIAL
Nota: (1) Para bitola mista, deve ter três zonas de fixação;
(2) Nos dormentes especiais, não são definidas zonas de fixação;
(3) As dimensões da Figura 1, serão aquelas especificadas pelo comprador.
A madeira para uso em dormentes deve resistir bem aos agentes de putrefação, ser
dura sem se opor à penetração dos agentes antissépticos destinados à sua conservação
(exceto quando dispensar o tratamento), for furada para receber o grampo ou tirefão
sem se fendilhar e ser elástica para permitir rolamento suave.
Nos primeiros desbastes a madeira não é adequada para serrarias. Esta pode ser
destinada à produção de carvão, lenha ou escoras. A madeira de qualidade adequada
para serraria é a do corte final, quando as árvores tiverem atingido grande diâmetro.
Ocorre em altitudes variando de 80 até 800 m, com pluviosidade anual média de 625 a
1000 mm e temperatura anual média máxima de 29° a 35°C e mínima de 5° a 10°C.
Tem bom desenvolvimento em solos argilosos; em solos pobres e, principalmente,
deficientes de boro, há alta incidência de bifurcações. Não é recomendada para áreas
onde acorrem geadas severas e apresenta boa resistência a deficiência hídrica.
FABRICAÇÃO
Na confecção de dormente não devem ser utilizadas árvores queimadas, com presença
de cascas e qualquer tipo de deterioração biológica.
Quanto aos defeitos não tolerados em dormentes de madeira, serão aqueles com
presença de casca, ou qualquer tipo de deterioração biológica (fungos apodrecedores e
insetos) ou seção trapezoidal.
No caso de aquisição de dormente de madeira de terceiros, o material a ser utilizado e
o processo de fabricação poderão ser fixados nas especificações do DNIT.
Imediatamente após a sua fabricação, e durante o período de secagem cujas condições
do pátio forem favoráveis ao ataque de fungos e insetos, os dormentes de madeira
deverão ser submetidos a um tratamento profilático (pré-tratamento) em todas as faces,
até que atinja o teor de umidade em torno do ponto de saturação das fibras.
O produto preservativo para pré-tratamento deverá conter fungicida e inseticida de ação
temporária e não afetar ou interferir no processo de preservação do dormente.
(dimensões em cm)
Ph é a massa úmida
Ps é a massa seca
A referida ferramenta, bem como todos os meios para a realização das impressões em
baixo relevo, será fornecida pelo fabricante do dormente, sem ônus para o DNIT.
Cada embalagem terá inscritos a marca do fabricante e/ou do fornecedor, do DNIT, a
classe, quantidade (unidade) e massa bruta (kg).
O pedido de dormente de madeira deverá conter pelo menos:
a) especificação técnica do dormente de madeira, conforme norma ABNT-NBR-
7511/2005;
b) quantidade de unidades;
c) marca do DNIT no dormente;
d) cronograma de entrega;
e) destino e transporte a ser utilizado;
f) onde serão feitos os ensaios do DNIT;
g) normas técnicas.
Quando for o caso, o pedido conterá também:
h) condições de tratamento;
i) exigência de certificado;
j) empilhamento;
k) proteção requerida, e
l) garantia.
Onde:
a é a altura;
b é a largura;
O dormente serrado deve ter as dimensões nominais, conforme a Tabela 2:
Normal 22
+2
0
+2
24 0 16
+2
0 17
+2
0 260
+5
0 265
+5
0
(1,435)
Larga +2 +2 +2 +2 +5 +5
22 0 24 0 16 0 17 0 260 0 280 0
(1,600)
NOTAS:
1. Para dormente serrado, a medida não deve ser feita em região de esmoado (quina morta);
2. Para utilização das dimensões mínimas, recomenda-se verificar as características da via
permanente;
3. As dimensões e tolerâncias da Tabela 2 serão aquelas especificadas pelo comprador.
O dormente serrado prismático usual nas ferrovias brasileiras são as de bitola larga e de
bitola métrica, cujas dimensões estão ilustradas na figura abaixo.
Para bitola métrica com carga por eixo igual ou superior a 270kN (27 tf), deve ser usado
dormente serrado de 24 cm x 17 cm x 230 cm.
Para o caso de dormentes especiais para AMV’s, as dimensões serão aquelas
especificadas pelo comprador, devido ao comprimento do dormente ser variável com a
abertura do AMV.
Para bitola métrica com carga por eixo igual ou superior a 270 kN (27 tf), deve ser usado
dormente de duas faces (semi-roliço) de 30 cm x 17 cm x 230 cm.
Observadas as normas técnicas brasileiras, em especial a ABNT-NBR-7511/2005
(EB-101), os requisitos, e os métodos de ensaio do dormente de madeira são
estabelecidos pelo fornecedor, que deverá informar ao DNIT as características
adotadas, as quais não podem ser alteradas sem o prévio conhecimento do DNIT.
5. TOLERÂNCIAS
As tolerâncias dimensionais dos dormentes de madeira deverão estar contempladas
nos desenhos a serem apresentados pelo fornecedor, sujeito à aprovação do DNIT.
O Fabricante ou fornecedor deverá informar ao DNIT a massa média de um dormente
de madeira, calculada considerando a massa específica do material e do preservativo
impregnado em caso de tratamento químico.
6. INSPEÇÃO E RECEBIMENTO
6.1. INSPEÇÃO
É facultado ao DNIT, através de seus fiscais ou de terceiros devidamente credenciados,
o direito de realizar as inspeções que julgar necessárias, tanto na fase de fabricação
quanto na de controle de qualidade, de manipulação, de estocagem e de expedição,
bem como executar contraensaios, a seu exclusivo critério, sem prejuízo à atividade
normal do fabricante.
Deverão ser colocados à disposição do DNIT, pelo fabricante, todos os meios
necessários à execução das inspeções, sejam de pessoal, material, ferramentas,
equipamentos, etc.
O pessoal designado pelo DNIT estará autorizado a executar todos os controles
adicionais para se assegurar a correta observação das condições exigidas na
especificação.
Para esta finalidade, o fabricante nacional deverá informar ao DNIT com pelo menos 10
dias de antecedência, o dia do início previsto de produção e o respectivo cronograma de
produção. Para o fabricante estrangeiro esse prazo não poderá ser inferior a 30 dias.
Todas as despesas decorrentes de ensaios e testes laboratoriais e outros que o DNIT
julgar necessário correrá por conta do fabricante, sem ônus para o DNIT.
Deverá ser fornecida ao DNIT, também sem ônus, sob forma de certificado, uma via
original de todos os resultados das verificações, dos ensaios e contra-ensaios.
Plano de
Dupla Dupla
Amostragem
Nível de
II I
Inspeção
Regime de
Normal Normal
Inspeção
1ª 8 0 2 1ª 8 0 2
8 a 90 8 a 90
2ª 8 1 2 2ª 8 1 2
1ª 13 0 3 1ª 8 0 2
91 a 150 91 a 150
2ª 13 3 4 2ª 8 1 2
1ª 20 1 4 1ª 8 0 2
151 a 280 151 a 280
2ª 20 4 5 2ª 8 1 2
1ª 32 2 5 1ª 13 0 3
281 a 500 281 a 500
2ª 32 6 7 2ª 13 3 4
1ª 50 3 7 1ª 20 1 4
501 a 1200 501 a 1200
2ª 50 8 9 2ª 20 4 5
Sequência das
1ª amostra 2ª amostra Total
amostras
Tamanho da
n n 2n
amostra
Nº de Defeitos
d1 d2 d
em dormentes
“AC” é o número de peças com defeitos ou falhas aceitáveis e que ainda permite
aceitação do lote inspecionado.
“RE” é o número de peças com defeitos ou falhas que implica rejeição do lote
inspecionado.
As unidades rejeitadas podem ser eventualmente reparadas e apresentadas para nova
inspeção, a critério do DNIT.
6.3. VERIFICAÇÕES
Deverão ser executadas, sob a coordenação e acompanhamento do pessoal designado
pelo DNIT, as seguintes verificações, ficando a critério do DNIT a escolha dos ensaios a
serem realizados obrigatoriamente:
1. Propriedades Físicas e Mecânicas
2. Marcação
3. Dimensional e Visual
4. Determinação das Propriedades da Madeira
5. Teor de Umidade da Madeira
6. Densidade da Madeira
7. Estabilidade Dimensional da Madeira
8. Compressão paralela às fibras
9. Tração normal às fibras
10. Cisalhamento
Índices mínimos
Propriedades Unidade Símbolo
Classe I Classe II
Ρap
3
(A) Densidade de massa aparente kg/m 750 600
(1) O dormente produzido com espécie de madeira que apresenta índice de coesão < 3 deve receber o
dispositivo anti-rachante, ou conforme especificação a critério do comprador.
Para determinação do índice de coesão, deve ser utilizada a seguinte fórmula empírica:
Onde:
fc0k = Resistência à compressão paralela às fibras a ser determinada em ensaios de tração uniforme,
com duração total de 3 min a 8 min, de corpos-de-prova com seção transversal quadrada de 5 cm de
lado e com comprimento de 15 cm;
fv0k = Resistência ao cisalhamento paralelo às fibras a ser determinada pelo ensaio de cisalhamento
paralelo às fibras;
Ec0m = Módulo de Elasticidade na direção paralela às fibras, medido no ensaio de compressão paralela
às fibras;
Ρbas,m = Densidade básica da madeira, é massa específica convencional obtida pelo quociente da massa
seca pelo volume saturado.
Ρaparente = Densidade aparente é a massa específica convencional, definida pela razão entre a massa e o
volume de corpos-de-prova com teor de umidade de 12%.
O corpo-de-prova deve ter seção transversal retangular, com dimensões nominais de 2,0
cm x 3,0 cm e comprimento, ao longo das fibras, de 5,0 cm, como indicado a seguir.
Inicialmente deve ser determinada a massa inicial (mi) do corpo-de-prova com exatidão
de 0,01 g, e em seguida colocar o corpo-de-prova na câmara de secagem (estufa), com
temperatura máxima de 103°C ± 2°C.
Os corpos de prova devem ser fabricados com o lado maior da seção transversal
paralelo à direção radial, como indicado na figura a seguir (dimensões em cm):
Os corpos-de-prova devem ter forma prismática com seção transversal quadrada de 5,0
cm de lado e comprimento de 15 cm, como representado na figura a seguir (dimensões
em cm):
6.13. CISALHAMENTO
O objetivo deste ensaio é determinar a resistência ao cisalhamento paralelo às fibras da
madeira de um lote considerado homogêneo.
A resistência ao cisalhamento paralelo às fibras da madeira (fwv0 ou fv0) é dada pela
máxima tensão de cisalhamento que pode atuar na seção crítica de um corpo-de-prova
prismático, sendo dada por:
6.14. FENDILHAMENTO
O objetivo deste ensaio é determinar a resistência ao fendilhamento paralelo às fibras da
madeira de um lote considerado homogêneo.
A resistência ao fendilhamento paralelo às fibras da madeira (fws,0 ou fs0) é dada pela
máxima tensão que pode atuar no corpo-de-prova de madeira, dada por:
6.15. DUREZA
O objetivo deste ensaio é determinar a dureza da madeira de um lote considerado
homogêneo pelo método de Janka.
A dureza da madeira (fwH ou fH) proposta por Janka é determinada convencionalmente
pela tensão que, atuante em uma das faces de um corpo-de-prova prismático, produz a
penetração de uma semiesfera de aço com área diametral de 1 cm2, dada por:
Para esta finalidade a dureza da madeira é medida na direção paralela às fibras (fH0) e
na direção normal às fibras (fH90).
Os corpos-de-prova devem ter forma prismática de seção quadrada de 5,0 cm e
comprimento ao longo das fibras de 15,0 cm, como indicados na figura a seguir.
(dimensões em cm)
E de acordo com a referida Portaria, produto florestal é aquele que se encontra em seu
estado bruto ou in natura, dentre outros, os dormentes nas fases de
extração/fornecimento.
9. LOCAL DE ENTREGA
12. ACEITAÇÃO
Os lotes rejeitados somente poderão ser reapresentados, para nova inspeção, após
haverem sido reexaminadas todas as unidades pertencentes aos referidos lotes e
retiradas ou reparadas aquelas consideradas defeituosas.
Nesse caso o responsável pela inspeção determinará qual o regime de inspeção a ser
utilizado (normal ou severo) e se este deve incluir todos os tipos de defeitos ou ficarem
restritos somente aqueles que ocasionaram as referidas rejeições.
Na ocorrência de danos no material, este pode ser recusado pelo responsável pelo
recebimento, lavrando no ato um Termo de Não Recebimento de Material, onde serão
discriminados a quantidade e motivo do não aceite.
13.2. ESTOCAGEM
Contratada:
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
Linha Secundária
Pátios e desvios
Túnel
Viaduto
Ponte
Ângulos de abertura
AMV
PÁTIO DE SECAGEM
Clorpirofós 22,4
Especificação Medição
______ mm ______ mm
Dimensões Dimensões
______ mm ______ mm
DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTURA DE TRANSPORTES
PIM - PROCEDIMENTO DE INSPEÇÃO DE MATERIAL
FICHA DE INSPEÇÃO DE DORMENTES DE MADEIRA PARA VIA FÉRREA – 3 / 7
Preservativo hidrossolúvel
Especificação Medição
VALOR DE RETENÇÃO
1ª
Características Físicas e Mecânicas
2ª
Referência Medição
Teor de Umidade Médio
Entre 12% a 15% %
Índices mínimos Medição
Densidade Aparente (ρap) Classe I Classe II Classe I Classe II
3 3 3 3
750 Kg/m 600 Kg/m Kg/m Kg/m
Referência Medição
Teor de Umidade Médio
12% %
Calculado Medição
Densidade Básica com Teor de Umidade de 12% Classe Valor Classe Valor
(ρbas,m) 3 3
C ___ Kg/m C ___ Kg/m
Calculado Medição
Densidade Aparente com Teor de Umidade de 12% (ρap) Classe Valor Classe Valor
3 3
C ___ Kg/m C ___ Kg/m
PROPRIEDADES MECÂNICAS
VERIFICAÇÕES