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2007
i
IMPORTANTE
O autor
ii
SUMÁRIO
ABREVIATURAS E SIGLAS........................................................................... iii
1. INTRODUÇÃO................................ ...........................................................4
1.1 Considerações iniciais............................................................................4
1.4 As ferrovias brasileiras ................................................................ ...........8
1.5 Características do Modal Ferroviário ...................................................... 10
1.5.1 Contato metal -metal........................................................................ 11
1.5.2 Eixos guiados ................................................................................ 11
1.5.3 Bitola ............................................................................................ 12
1.5.4 Roda solidária ao eixo ..................................................................... 12
1.5.5 Existência de frisos nas rodas .......................................................... 13
1.5.6 Conicidade das rodas ..................................................................... 13
1.5.7 Roda dentro do gabarito da caixa .................................................... 13
1.6 Tipos de veículos sobre trilho ............................................................... 14
1.6.1 Bondes.......................................................................................... 15
1.6.2 Pré-metrô ...................................................................................... 16
1.6.3 Metrô ............................................................................................ 18
1.6.4 Trens urbanos ................................................................................ 22
1.6.5 Trens de alta velocidade..................................................................22
1.6.6 Automotrizes .................................................................................. 23
1.6.7 Veículo com levitação magnética...................................................... 24
1.6.8 Monotrilhos .................................................................................... 25
1.6.9 Trens de montanha................................................................ ......... 27
iii
ABREVIATURAS E SIGLAS
1. INTRODUÇÃO
O Brasil foi um dos primeiros países do mundo a construir ferrovias, mas com a
implantação da indústria de automóveis na década de cinqüenta, houve um
declínio no interesse do ferroviarismo no mundo, mas sobretudo no Brasil. As
ferrovias que faziam transporte de carga geral não puderam compet ir com o modal
rodoviário e foram desativadas.
A opção brasileira trouxe, contudo uma distribuição patológica que nos custou, e
custa caro até hoje, já que as ferrovias, tão adequadas ao transporte de cargas
unitárias a longas distancias, foram preteridas em favor a rodovias que se
adequam mais ao transporte de carga geral a curtas distancias. No Quadro 1.1e
na Figura , a seguir vemos a distribuição modal dos transportes no Brasil.
Quadro 1.1 - Distribuição modal dos transportes no Brasil
Modal Ano
1950 1960 1970 1998
Rodoviário 38,2 60,6 70,6 62,60
Ferroviário 29,3 18,8 17,2 19,91
Aéreo 0,0 0,0 0,0 0,31
Aquaviário 32,5 20,6 12,2 12,75
Dutoviário - - - 4,43
Fonte: Diversas
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Isto se torna mais evidente com a consideração que grande parte de nossas
exportações referem-se a granéis sólidos como os produtos agrícolas e minerais,
típicos bens a serem transportados pelo modal ferroviário.
A vantagem do uso das ferrovias faz -se principalmente quando transportamos alto
volume de cargas unitárias, como grãos e minérios, a longas distâncias. Nestes
casos, segundo o Ministério dos Transportes a economia é substancial, conforme
vemos nas Figuras 1.2 e 1.3, a seguir:
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rodovia
R$/ ton
~400 distância
Como podemos ver na Figura 1.4, a seguir, a ocupação territorial pelas ferrovias
restringe-se ao litoral, sentido leste-oeste para exportação e norte-sul para
transporte interno. Com relação ao Mercosul o país desenvolve atual mente toda
uma política de forma a incrementar o transporte de mercadorias com nossos
vizinhos, embora tenhamos ligação ferroviária apenas com a Argentina. Na figura
vemos também que em 1999 o Brasil perdia em extensão da malha ferroviária
para a Argentina, embora esta possua um território aproximadamente 1/3 menor
que o nosso.
Figura 1.4 Posição geográfica e quantitativa da malha ferroviária da América do Sul em [J1] Comentário: Palestra 6
img10 do ministério dos
1999. transportes
Fonte: Fonte: Ministério dos Transportes. Palestra do ministro Eliseu Padilha na Escola
Superior de Guerra, no Rio de Janeiro em 14 e 15 de agosto de 2000.
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A fricção das rodas em movimento sobre os trilhos é muito baixa. Lançado a uma
velocidade de 100km/h, sobre um trilho de nível plano, um vagão de quarenta
toneladas percorre oito quilômetros ou mais, ao passo que um caminhão à mesma
velocidade, numa rodovia plana, percorre apenas 1,6km. Essa baixa fricção
permite a uma locomotiva de reduzida potência puxar uma longa composição, o
que barateia o transporte ferroviário e lhe dá vantagem de dez para um em
relação ao rodoviário, quanto à economia de combustível e à produtividade por
empregado.
1.5.3 Bitola
Bitola pode ser definido como a distância entre os dois trilhos da férrea, sendo medida
de 12 a 16 mm abaixo da superfície de rolamento do boleto (ver figura 1.7).
Friso
Figura 1.10 – Detalhe
Figura 1.9 – Friso de uma roda ferroviária
com friso
Os veículos, ou material rodante são os equipamentos que fazem uso das vias
férreas e que são classificados em três categorias, como segue:
? Locomotivas que são encarregadas pela tração;
? Vagões que são destinados ao transporte de carga;
? Carros que são destinados ao transporte de passageiros. Incluem-se aqui
as automotrizes.
Muitos são os veículos, além dos trens, são utilizados até hoje e que fazendo uso
das vantagens dos trilhos. Dentre os quais podemos citar os bondes (VLT e
Streetcars), metrôs, automotrizes, além dos trens de subúrbio, que diferem dos
demais trens de passageiro por possuírem características próprias.
Na Figura 1.3 a seguir pode -se ver um gráfico que mostra a capacidade dos trens
de subúrbio, metrôs, Bondes, e também dos ônibus, com relação às distâncias de
parada típicas do modal.
80.000
70.000
Capacidade de transporte do
Trens de subúrbio
60.000
50.000
Metrô
40.000
sistema
30.000
VLT e Streetcars
Ônibus
20.000
1.6.1 Bondes
No início da exploração comercial do bonde - nos Estados Unidos da América
(EUA), a partir de 1830 -, quando era movido à tração animal, até o surgimento do
bonde elétrico, este meio de transporte não parou de atrair usuários,
transformando-se na espinha dorsal de vários sistemas de transporte no mundo.
Entretanto, a partir do final da II Grande Guerra, passou-se a assistir ao
progressivo desmantelamento das redes de bonde, Robert (1975). Entre as razões
evocadas, a mais alegada fazia menção ao fato de o veículo constituir um estorvo
para o tráfego em geral.
Utilizam-se de trilhos fixados ao pavimento das ruas que também são utilizadas
pelos veículos rodoviários, portanto os dormentes deverão ser especiais para
ficarem embutidos, não causando desconforto ou perigo aos tráfego concorrente.
A alimentação de energia é feita por cabos dispostos sobre os trilhos e um sistema
de captação especial. Podem ser considerados como um ponto intermediário de
capacidade de trânsito entre os ônibus e metrôs.
É preciso convir que ao falar-se nesse veículo, nos vem à lembrança a imagem do
antigo bonde: simpático, mas barulhento, desconfortável e esteticamente
ultrapassado. O bonde atual pouco se parece com aquele do passado, sobretudo
quanto ao aspecto ruído, pois os incontáveis aperfeiçoamentos técnicos
introduzidos (rodas elásticas, suspensões primárias e secundárias em borracha,
etc.), o transformaram em um dos equipamentos rodantes mais silenciosos de que
se dispõe. Com relação aos parâmetros ambientais de emissão de poluentes, os
bondes, utilizando-se da energia elétrica, contribuiriam para amenizar este sério
problema.
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1.6.2 Pré-metrô
Muitas vezes os trilhos utilizados são especiais, adequados ao uso urbano, onde a
pavimentação utilizada pelos veículos rodoviários não é prejudicada pela via
ferroviária. Um modelo interessante é o apresentado na Figura 1.14
Embor a a energia possa ser captada por terceiros trilhos (captação a nível do
solo) normalmente ela é captada por cabos condutores aéreos como pode se visto
na Figura.15
Figura 1.14 – Trilho especial para uso Figura 1.15 – Captação aérea de
em áreas urbanas energia elétrica com uso de pantógrafo
Obviamente, como tudo, este modal possui vantagens e desvantagens, como
pode ser visto a seguir:
? Vantagens
? Menos ruidoso e ambientalmente mais interessante que os ônibus ou
trolebus (ônibus elétricos),
? Consome menos energia elétrica que o metrô
? Ocupa a via junto com outros veículos rodoviários (embora podendo
utilizar vias exclusivamente ferroviária).
? Infra-estrutura muito mais barata que a do metrô,
? Fácil acessibilidade aos veículos, principalmente se forem do tipo
“Piso baixo", o que permite economizar tempo nas paradas,
aumentando a velocidade comercial.
? Inconvenientes
? Rigidez das vias, que não lhes permite desviar obstáculos sobre a
via,
? Maior custo, tanto de la infra-estrutura quanto dos veículos (em
relação a los ônibus)
? Menor capacidade e velocidade (em relação ao metrô).
? Problemas com o tráfego rodoviário devido a restrições,
principalmente com as paradas, que pode ser resolvida parcialmente
mediante o uso de via reservada.
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1.6.3 Metrô
Os metrôs foram soluções inteligentes, embora caras, adotadas a partir do século
XIX para resolver o problema de transporte de passageiros em cidades grandes,
que não possuíam mais espaço dentro de suas centenárias cidades e com ruas
extremamente estreitas para o uso intensivo da recente invasão veículos de
superfície. A solução foi utilizar túneis escavados no subsolo. Isto trouxe algumas
vantagens, como a liberação das ruas na superfície, manutenção das construções
existentes que precisariam ser derrubadas para alargamento das vias, maior
velocidade de tráfego, tanto por utilizarem veículos rápidos e sem influência de
outros veículos quanto pelo menor número de paradas, além de se utilizar de vias
sem muitas curvas.
Figura 1.17 - Veículo sobre trilho Figura 1.18 - Veículo sobre rodas de
com tração animal borracha
As linhas dos metrôs são duplas devido ao grande volume de tráfego, e os vagões
são especiais para este tipo de transporte urbano.
no projeto. O sistema conta com dezessete trens e seis vagões, sendo que cada
vagão tem capacidade para 122 passageiros. Outro aspecto a ser considerado é o
da velocidade média; ele terá capacidade de circular a 40 km/h, contra os 25 km/h
dos sistemas atuais.
Os tipos de metrô
As definições técnicas que fazem parte do projeto de uma linha de metrô são
altamente complexas e decorrem não apenas de exigências específicas do
sistema metroviário, mas principalmente, de aspectos como ocupação do solo,
preservação do meio ambiente e patrimônio histórico. Portanto, condicionam-se a
características geológicas, topográficas e geotécnicas, especificações do material
rodante, características do sistema viário e, não por último, a aspectos legais. A
interface do sistema metroviário com o meio urbano é mais evidente nos pátios de
manutenção e nas áreas próximas às estações, onde se dá a integração com
outros equipamentos de transporte, como terminais, passarelas, acessos, etc. e
também com instalações de utilidade pública, como áreas comerciais, praças e
jardins.
Também pelo fato que as estações de trens estão dentro das cidades e não a
muitos quilômetros de distância, como é o caso dos aeroportos, este tipo de
transporte é muito utilizado em toda Europa, Japão e América do Norte. Ver
Figuras 1.23 e 1.24.
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Figura 1.23 - Vista externa frontal Foto 1.24 - Vista interna de uma
de um TVG cabine de comando de um TGV
1.6.6 Automotrizes
Automotrizes são equipamentos, que possuem capacidade própria de tração,
geralmente utilizadas separadamente mas que podem ser acopladas, e embora
utilizando cada uma sua própria tração são comandadas por um só homem.
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Como não há contato entre a composição e a via tal composição possui potencial
para atingir velocidades de 500 km/h.
Como normalmente desliza sobre uma estrada montada sobre cabos, apenas a
cada 25 metros se precisa de um lugar para suporte (situação normal aos
monotrilhos). No mais a passagem permanece intocada sob o veículo suspenso -
essa construção protege o meio ambiente e é ecologicamente favorável. Não são
necessários cortes, diques ou túneis. Devido a sua alta capacidade de ascensão,
que é três vezes superior à do sistema de rodas e de trilhos, e devido a um raio de
curva mínimo pode subir ou fazer a volta em torno de um trecho acidentado ou
instável. Ver Figura 1.27.
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1.6.8 Monotrilhos
O monotrilho é um metrô ou ferrovia que opera com um único trilho e não como as
ferrovias tradicionais que possuem dois trilhos paralelos.
? Vantagens:
? A principal vantagem é que necessitam de muito menos espaço, tanto
na horizontal como na vertical. A largura necessária é determinada pelo
tamanho do veículo e não pelo tamanho da linha; sendo normalmente,
elevados, ocupam muito menos espaço no chão, sendo este limitado
praticamente ao pilares de sustentação.
? Devido ao pouco espaço que ocupam no chão, são mais atrativos que
os sistemas elevados convencionais e visualmente apenas impedem a
visão de uma pequena parte do céu.
? São menos ruidosos, já que usam rodas de borracha quando em
contacto com o solo.
? Os monotrilhos são capazes de subir, descer e virar, mais rapidamente
que os comboios convencionais
? São mais seguros, já que não descarrilam e como são elevados,
dificilmente entrarão em choque com pessoas e trânsito.
? São mais baratos e mais fáceis de construir, especialmente quando
comparados com os sistemas de metrô.
? Desvantagens
? Os monotrilhos necessitam da sua própria “estrada”
? Ocupando menos espaço no chão do que os sistemas elevados
convencionais, ocupam mais do que os sistemas subterrâneos.
? Os desvios implicam que uma parte da linha fique suspensa no ar,
num determinado espaço de tempo. Ao contrário dos desvios
convencionais, um comboio que circule nessa linha suspensa, pode
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Sistema de cremalheira
A Cremalheira sob o ponto de vista mecânico, consiste numa barra ou trilho
dentado por onde uma engrenagem a ele ajustada é movido retilineamente como
se pode ver na Figura 1.33.
O sistema de cremalheira é usado em ferrovias para vencer terrenos íngremes,
geralmente com inclinação até 30%, no qual o trilho fixado ao solo é dentado e a
locomotiva imprime a força na engrenagem que a ele adere. Entretanto, quando é
a engrenagem que está no ponto de apoio (ou seja, fixa), é a cremalheira que se
move agindo similarmente a um pistão.
Endless rope é um sistema de funiculares onde apenas existe um único cabo sem
fim, tracionando rampa acima ou freiando, rampa abaixo. No sistema, enquanto
uma composição desce por um lado do cabo, a outra sobe pelo outro lado, e uma
composição serve de contrapeso à outra, cada uma em uma ponta do cabo.
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Os vagões podem compartilhar a mesma via com exceção a um ponto médio onde
existe uma bifurcação para que a composição ascendente cruze com a
descendente. Ver Figura 1.37.