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DE
FERRO
PREFÂ 1
'
tn&allio t.knico-di ático do Prof. Brina é
m ftiÇ _ p t' , mim:, q . eJl o , in ru1,ni;
. - rtc. farov~l , co1ho ~ de re&istêocra de um sishmllt do traruportc tcnatn:
com:tamcnte cst111111.uacfo e o rde
b:lctmi, Jc 11::nto un x r I e irre ·er
conwncimim de em:r,gia preocupa IW11S c: riffli6 e v!.tl,e 11 pena e:oca.rar h 'etiva e
p,t • ;11t1clmn,ellle e , mia. imcrgt!cic - propi · pel lnmsporlc: l r.ruvid · G 1
n=laçio AO eu cong rum: rodowirio. Al\mll, foTCC.cr o e liltbnt e en e-nbeir
~tridos ama obra. de: , ·vu1g~ da técruca fe;rrovi,í_ e111 língua portU:;,."UeS3o toma-se
iomsdmtYcl ~ e.
d Feno - v 1. l - ·. PÇ-nnanen e -
ao ensino da ·ng obarnl do ran porlé no
cr e eia ili os iJ
uansfllndir er.a novos 1t11Dlurnes numa scqü~ia abnmgcDII: ffl:
formv!Arm.
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tjil,~!)111
Enp:nlwm.11 da lJFl,
SUMARIO
PREFÁCIO
INTRODUÇÃO
CAPITULO 1
.- 1. 1 Flewmo hiu6rioo dti ~pareclmento l'.Sás estn,!d&:$ de fe ,rro , 1
~ 1,:i! As !!'$triidas de ferra n,o B r1ul 1, 1
1 .3 Cr,e~elme nto da vi ação ffrrea brastl&i r~. po•r decên iocG ,, 2
1.4 A mg,ini:i:&ç:ã'o dá A~d1t Ferrovi~fia Fecler~I S. A., 2
1.. 5 A o rg:;miz~iJo da Feno•iis, Pau Ust il S , A., 4
1.6 Outra~ f!!lr rovias do Bra$il , 4
-)'CAPll'TULO 2
2'.1 íunçlo e eoostituição d ,11 super1tstrutu,r11 d• enr11dã& dá hmo, 6
2.2 Bitolãs, 6
2.3 Discus,So sobre â birole. 7
2 .4 Gãba ri tos heçõeMipo), 8.
-)-CAPITULO J
3.1 Sublástrõ, 9
3.2 Lest ro, 1O
7' CAIPl'rUlO 4
4.1 Da rmantes, 21
4,.! Tipos de dormeP<1ces, 2i
-;'>'CAPITULO 5
5. 1 Tri lho, 11 a~1tn~rlos,, 44
5.2 Composição do &1;0 para tri Iha!ll, 46
5.3 Composição qu <ml>c& do, triilho~, 4 7
5A F11bricação do, trilho,, 4 7
XII SUMARIO
- ';> CAPllULO 6
6. 1 Caractetr~tic~cS uo assent~me-nto da I in l'ta, 81
6., 2 AsseMamento da Iinha , 86
6,3 Soldagem dos. tri ltio~. 89
6 , 4 Arrast amento dos t ri I hO$, 1 06
CAP'fl'ULO 7
7. 1 Esforço, que atuam sob,e a Y ia e wa e lass iHcaç;;ia . 108
7.2 Coefícl eru e d lnãm ico , 110
7,3 Cálculo dos moment m fletorl!'$, 111
7.4, Escol h~ do tipo de tr ilho a empregar, 119
7.5 M6d1.1!ode el.micitlade davi~ o u módulo U, 119
7 .6 Fó, rnu Is$ prática$ ou empírieás, 1 20
7, 7 Exemplo de .;ipl iceçào da$ fõ rmu l;}S de Zimmermarm, 1 :21
? .8 Tefisá'o no cont~to roda-tdlho, 122
CAPl'n.JL08
8, 1 Força cenuffu911 e s.t1petelevação, 124
8,2 Vel oc id llde I im lte nas curvas, 136
8 .3 Velocidade rn(nlma dos uen$ de cãr911 que trategam na nwsma ...ia dos t rllnsdá passal)Bi~. 140
8.4 Sobrecarga r\8~ çu~s, 142
8, 5 Supenargu ra. 1 43
8.6 i n.scrição dm wícu los na5 c:u r,,,as, 146
a7 Contratrilhm, 1 ó:3
8,8 Correção do traçado em piante, 1 !54
8,9 Segurança contra o d~scarri lam1mto. l ai
10..4 Pâtio-s de trl~em a tflrminl!lh. Número de fl!ixes necessários pa.ra atender ,à opere,ç.ío. lmpo.--
tánc ia do ácl-oquádo dimensiofl&mento dos fei.xe, il ,eu reflexo ni! cpéraç6o ferrovid.-I:a, 223
10. 5 Apa.relhos de mudanç:~ d9 via 11-:ipec-iais, 2 28
10.6 Trlii.ngulo de reverslo, 23t
rn.7 Cn.1ramantcn, 231
rn.BPá'á-choquea de vfe, 233
CAPl'rUI..O 11
1 1•1 Obgetivo da conçervaçã'o. 234
11 . 2 Oefeito, que spar,ecem na via, .!34
11. 3 Serviçc, mai~ comu,n.s na coo sl!!rvaçâo d.1;1 via, 235
11.4 Tipos de co.n,s~.-veçfo em hrnçfo da quentldada de ser11lços . Ccm,1MVação e rãmodeJaçio da
via, 236
11 . 15 Or,ge-nl zaç.io adm Iniu ratlva do~ ,ien,, Iço,,, 238
11.13 Ferrl!mantaa utUlzaoais 1'18 ccm,arvaçio• d& '-'le . Meeanizeção do, ser,..iços, 2.39
•CA.PITU O 12
12. 1 Obras e instalsç,l.les acessót la, da vi:a, 24 7
12.2 ln·i:errUPÇtill!l anormais do tr,fego cios trem. 253,
D~Nio~ 'Quilômetros
1854 a 1863 428
1864 a 1873 70
1!174 ~ 1883 4 22.'l
1884 it lS9~ 6 131
1894 a 1903 4 525
1904 a 1913 B 604
1914 a l 92~ 53-11
1924 a 1933 3 143
1934 a 1943 169:13
J 944 11 I9S3 2 248
Total até 1953 36 3-88
Após 1953, a Rêde Ferroviária do Brasil atingiu 37 200 9u.ilômetros. fica:ndo por
muitos anos estacionada a sua extenr.ão ferroviária,
Atualmente, após a extinção de vá.ria~ linhas consideradas anti-econôm.icas , possuc
o Brasil 30 550 quilômetros de estradas de forro. s.endo o qua,to Pais. das Américas e o
segundo da América do Sul, em extensão de linhas férreas (a Argentina possui cerca de
41 000 quilómetros de ferrovias).
doria ( cafü por e empJo), cuja produção regíona1 desa pareceu postedormente, Outras ti·
veraru objetivo pioneiio de penetração e tk~bravamento e em decorrência de seu anacrôni-
co traçado u da obi;olcscência de seu equipamento, mio puderam suportar a concorrência
de outro~ meios de transporte. Essas estradas, em regime de falência, foram enca.mpadas pe-
lo Governo .Federal, a fim de evitar o seu fechamento e as consequentes inconvcniéncias pa-
ra :iS regiões por e1as $eJvidas, quase ~mpre çom precários mdos de transportes.
Algumas dessas estradas passaram a ser dirigida~ diretamente pelo Govcmo Fede ra1 ;
outras por meio de autarquias e outras, ainda, anendadas a. Estados da Federação.
Há anos surgiu a idéia de congr~ga.r todas as Estradclf; de Ferro da União em uma or-
ganização única., que disciplinasse a operação das memias, padronizando os.cu equipamen-
to, seus serviçr:ic~ e métodos de tr~balbo, danda um canher in<lustrial à sua expJornção, im-
pedindo ou evitando interfe1i11das pohtico-partidárias nas adm111istraçõe~ das estr.ada.s.
Surgiu, assin , em 1957, a Ri!de Ferroviária Federal Socíedade Anónima que teve por
escopo tornar a exp1ornção das ferrovias federais ll mah econümica poss.ivel, de modo a <!i-
núnuír gradativamen te os dMicits operacíonais.
Rede Fcrroviáda Federal S,A, possui 23 083 quilômetros, as.sim divididos:
Total da SR.
Pela Lei Estadual nQ 1(),410 de outubro de 1971 foi criada a PEPASA - Ferrovia Pau.
lista S.A. - congregando as ferrovias do &:tado de São Paulo:
Devemos incluir também, como elemeo to da su perestm tu ra. das estradas de f~no .
o sublastro que, emb01a ligado intimamente às camadas finais da infra-estruturn. , tem
cfil'acteristicas es:peciiti5, que jUJj,tificam a sua .inclusão como parte da ~uperer.trutura fer-
rovi.ári.a.
- VALE A DE CONTDFlr.10
CllRfES
Fig. 1
2.2 BITOLAS
Denomina-se biwliJ a d"st- i entre as faces internas das duas filas de trilhos me.
dida a l 2 mm abaixo do plano de rodagem (plano constitui'dci pela face superio:r dos
lrilhos) (Fig. 2).
í
I . I
fl,g. 2
Nesses países existem, também, ou lras bitolas diferentes , cúmo a de J ,00 m, d 1rnu.•
da «bitola estreita''.
No Brasil. pelo Plano ~acionai de Viação, a ·•bitola-padrao'' <!ade 1,60 m chamada
"bitola la[ a'' . Existem , entretanto, outra~ bítol a~ menores.
A divisão das estradas de ferro brasileiras por bitoias é a ~eguintc :
bitola de 1 60 m 4430 Km
bitola de 1A35 m (Estrn.da de Ferro do Amapá) 194 Km
bito1a de 1,00 m 25355 Km
bitola de O 76 m BK.m
Total 2999:1 Km
SuhJastm. /.astro.
3.1 SUBLASTRO
Sublastro é o elemento da .mpere~trutura ferroviária intimamente ligado ã info:1 ,
~slrutura e que tem a:s seguintes tlna.lidades :
a) aumentar a capacidad de suporte da pbt;iforma, pennitiildo elevar a tua de trabalho
rio terreno, _ao serem trani.rnitidas as cargas através do lastro e, por conseguinte ! per.
m itir menor ai tura do Iastro;
b) evitar a p-enetraç:ão do láStro n.:1 ptatafomia;
e) aumentar a resisténcia do leito à ero~ão e a pene tração da água , concorrendo , pois ,
para uma bu,a drenagem da vía ;
d) permitir relativa elru.ticidade ao apoio do last ro , para que a via pemrnneme não sej a.
rígida,
Sendo o lastro um ma teriaJ até certo pon rn caro e de grande e onsurn o ( c~rc a de
1,5 m 3 por melro conente) e· .às vezes de difícil obtenção, a utilização do sub lastro. c um
!!!!!eijal mais barato e encontiado nas proximidades do local de empreilo, traz grande
economia à superescrn tu.ra ferroviária, além de melhorar considernvelmente o padrão
técnico da via pe nnanenle e baratear a manutenção da mesma.
3. Ll Espessura do Subi.astro
3.2 LASTRO
Lastro é o e] emento da su pe cest cu turn da estrada de ferro situado entre os dormentes
e o sublastro e que. tem por funfõe~ principais:
a) dis.tribuír convenientemente sobre a plataforma (sublastrô) os esforçOii re&il~tes das
carga~ do~ veículos , produzindo uma tax."a de trabalho menor na plataforma~
b) fonna:.r um suporte, at-é certo limite elástico, atenuando as tre-p:idações tesuJtantes da
pa.ss.agem .ifo~ veículos;
e} sobrepondo-:.e à plataforma, sllprinrir 511as irregulaJ,id.ades, formando uma superfície
.
contínua e unifom1e para os dormentes e trilhos; .
3.2.2 Especificações
Para pátios e niveJamen to dos aparelhos de mudança de via, pode~e admitir granu-
Jome Uia com diâmetros menores ,
Para p.r eenchimento de impresso prôprio para a análise granulométrica, vamos lidar
com percc:ntagens acumu.Jadas retidas. De acordo com a especit1caçã'o adotada, e,ssas per-
centagens serã"o:
Abertur,u Peraentag.tm
i'ólqadas mm acumt4lada rf!tfr!a
2 l/2 63,5 o
2 S0,8 O - 10
1/2 38 30-65
l 25,4 8S - 100
3/4 19 90 - 100
l/2 12 ,7 95 -100
Os dados de coluna da dir,eita s.lo lançados no gráfico da Fig. 3, para qu~ fique mar-
cada a faixa especificada . F onnaç-ão da amostra para o ensaio - (MB6 - ABNT) :
Para a formação da amostra de bdta, serão colhidas em diferentes pontos das. pilhas.
ou dos dive.rsos va8ões carregados, amostras pa.rce!adas, que depois de reunidas e mistu-
radas, formarão um mOJJ te em forma de cone .
Abate-se, com a pá, esse cone , tram;fonnã:ndo.o em um tronco de c-one, com a base
tão larga quanto_poisível.
Divide-se diametralmente esse tronco de cone em quatro partes , aproximadamente
iguais e tom.am-1e duas partes opostas e recomeça-se a operaçào . Prossegue-se em opera.-
ções suceutvu, como· foi indicado, até obter-se 50 kg do rnat.eria.l repres.entativo, que é
pe!ado em hal.WJ.ça aferida.
A amostra assim obtida é levada às peneiras padron.izadas 1 que ~o s.uperpostas em
,ordem d~rescente e vibradas o tempo necessário para o pene irrunento dos 50 qull.os. A
quantidade de pedra retida em cada peneira é pes.ada e a:1,otada na coluna própria do
impresso (Fig. 3).
Calculada:s as percentageJ1S acumuladas retidas. e anotadas no impre:ss.o, t traçada a
curva gram1lométrica, que deve co11ter.se na faixa ma.reada no unpresso .
O controle de gram.tlometria deverá ser foi to diariamente, na pedre ira fomecedora
do lastro.
ANÃLISE GRANULO'-'IÉ.TRICA OE PEDAA PARA L ASTRO
PE:DR>E,!RA
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11í:, J Quadro com páf100 patr!!l e-,nsaio gt.11n11.lamêtdoo
14' - ESTRADAS DE FERRO
Quanto à distribuiç:ío de pressões. rlo lastro, vários estudos já foram fe itos no sen-
tido de s.c aplicar as teoria~ da "mecânica doo s.olo~" referentes a dlstribuiçáo tle pre5,5fles
(80L1s.sine-sq, Steinbrenner , ewmark etc.), adaptando-'ie ao caso de lastro de pedra britada.
Llmitar•nos.ernos a citar o trabalho de ArthuLN..J.albru., que lem lido grande aplí•
cação no cálculo da altura do lastro, com aproximação rnfidente para os fiils práticos..
A Fig. 4 nos mostra o diagrama de dbhibuição das pres.~&!s rio la~tro ou "bulbo''
de distribuição de pressõe:s , segundo os, estudos de Talbot. As peroe1Hagens se referem à
press.fo média na face Lflferior do dormente em cont.ato com o la~tro , isto é. chamando-se
d:e p0 a pressão média na face· inferiot dús dormentes, as cun·as dão os valores. de :
k% -= L )(_ lUO
Po
'en rca-se que a:t pressões nll'o se dü,tribuem uniformemente, pois as pressões no centro
do doonente são supe-riores às pressões nas ext:rernidad-es.
Se_gundo os trabalhos de Talbol, divulgados pela AREA {Amerlc:an Railw,1y Erigine-
n'ng Asso.ciatitm), a curva da variação das pressões má>limas no lastro (abaixo do centro
dM dormentes) , em função da alhlra do lastro é dada pela seguinte equação :
2.0cm
1 !
-7--
CU AVAS oE"T ALBOT''
i·
PRESSIO SOH DORMENTES NA ~ -
e . BITOLA DE 1,00m
i ~ ,_-J-- Escalll I; 6 Cotas e,m mrlímetro'&
°
1 • •
o o o o o o oo o o ok o o o o
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Fis. ~
LASrRO- 77
O valor de P, não deverá ser o peso descarregado pela roda mais pesada+como de in(-
cio poderia parecer , já que. em vhtude da rigidez do trilho e deformação elástica da Unha,
há distr-ibuiç.ão de carga para os. donnentes vizinhos.
A AREA recomenda tomar :
sendo :
Pr .= peso da roda maís pesa.da
Cd ;;;;; coeficiente dinámico em virtude das cargas serem dinâmicas e
d distância
n =-=-=-=-,-,,_,- __._entre
_ __ eixos. do veículo
_,-----=-_ __
a drs.t ânda entre centros dos dormentes
yi.
Cd =l+ 30 _000 , sendo
V a.velocidade em km/ h .
k%=_L x 100
Po '
... ..
~
.. Ili ••
111. •
•••••
· 1.1. 1
. 11111.•
o
o ~o 100 1w túó ~~o ,oo )l!<l -~ao 450 ,-e.o ~5C h I m"'l
Fia, 6
Pr
-p "" -:n ; sendo
70x CBR
logo P ""' 100
[.ASTRO- 19
Adotaremos:
p = _p_
n
sent:lo n urn coeficiente de segurança, que. neste caso, deverá ser tomado entre
5 e 6.
Um alto co,cficient.e de segurança é 1rnce.s~ário tendo ,em visn1 tratar-s.e de esforços
dínâmicos rep,etjdt1s i: para evitar-se que os recalquei. diferenciais (devido à desigual ifü-
tribuiçfo de pressões na plataforma) venha a produzir depres,~eles e as conseqúentes "bo].
sas de ágUa' ' abaixo do lastro,
Exemplo numérico:
Dimensionar a altura do la~tro, com os seguintes dados :
- Peso por eixo - 20 toneladas ; 1 'f
- Dimensões do dom1ente - 2.,00 x o',20 x 0,16
Cneficiente de impacto - 1,4 (coefldente dinâmico)
Faixa de socaria - 70 cm (e)
- Dis tâncü1 entre eixos da Iocomotiva 2 ,20 m ( d)
'.'iúmero de dormentes por km - r 750
- CBR. do sub lastro - 20%
Soluçiio:
a} (I = 1 000 = ·O S7
1 750 .~
<:"
-
d 2 20
b) n 0 ~57 - 3,86
a
u' po _
,1\ ~ = 3627 _ l,5 9 1 1,.,/ -l
~ "',O - · , "'tí'i cm
20 A' º'lo,,
b)(C
CBR >< 70
-----:::,,
20 x 70
e) p 14 kg/cm 2 o,.,,,_
100 mo
P 14 ' ~
J) p =-
n
= -5,5 = 2 ' 55 kg/cm· e ....:.
g) p -~87 _ p
I,l<lS .O
ou
_p _ 2.S5 _ 53,87
p0 - T,591 - h1,2 s·
20-ESTRADAS DE FERRO
entilo :
ou
donde
h .. ( 54 ,97)4 1j
l.ogo,
h =- 24,7cm
ou sej11 ,
h "- 25 cm
ou, gtllficamente:
53,87
Pk = 45t.2! • 2.591
donde P11. "" 1.2 kg/cm2 ,. o que • fiZ.Od.vel, con,.lderando« a plateforma compactada a
100%.
CAPl'rULO 4
4,1 DORMENTES
lado, sua ~s.cassez e os reflorestamentos deficientes, vem acarretando seu eresccnte enca,
recimento. Devido a estes fatores., estuda-se agora outros materiah para substiluir este
tipo de dormente.
Madeiras mais comuns , que podem ser obtidas por menor preço, tém sido utilizadas ,
com tratamento quí'mko, conforme veremos a seguir,
o dormente é considerado inutilizado, devendo ser substituído, por não resistir il mwa
pregação, estando a mad8ira, qua~ sempre, em. seu conjunto, em regular estado.
A es.colha do dormente de madeira está portanto, condicionada a estes fatores:
a) pela sua resistência à de~tmiçã'o mecânica, provocada pela clrcuiação d"~ trens, isto
é, pela dureza e coesão da madeira;
b) pela sua resistencia ao apodrecimento ( ação dos fungos) ;
e) pela maior ou m nor fadUd.ade de obtenção e
d) por razões de ordem econõrnica,
qm:- outrns, cnmo por exemplo a compres~ão paralela ãs fibras, bem como perpendicular
às mesmas. A dureza também é muito importante, principalmente a do topo, po~ •~. em.
purranclo a fixaçào (prego, tire/on.d etc.) contra as paredas Jat1:1rais do furo, que o trilho
transmite à superestrutura os e~forços huriz;ontai~, principalmente nas curvas .
Dentre as rna.deiras nacionais, uma das mais leves é- a paneirn, com 0,26 kg 1dm 3 e
uma. das mah denns é a aroeira do sertão com 1,21 kg/dm 3 •
· Infolizmcnre, niio lemo~ ainda um estudo completo de nossas madei.ras, relacio-
nando ~uas qualid.ados me:cànicas, revefada:s nos ensaio3 de laboratório , com o seu trabafüo
na via férrea. Jsto significa que ainda não determinamos os valores m{riimo~ de reMstência
(nos ensaios) a sercru aceito~ para utiliiação da madeira c.omo dormente .
Entretanto , já que a rcsislllnda mecânica depende da dcnsid ade da madeira, como
1
vimos, pode-se estabelecer uma densidade minima para que a madeira seja aceita como dor!
mente . o Brasil , onde ainda cxLdem made.iras de boa qualidade, a densidade mínima
poderl1 ser csui.bclccida em torno de 0 ,70 kg/dm 1 enquanto que em outros países são
utilizadas madeiras. com densidades bem inferiores.
e = cerne
a ;, alburno
Fis. 7
e) Temperatura - Para a maioria dos fungos quase não há crescimento abai.xo de 2°C ,
sendo que a temperatura ótima está entrn 25" e 30°C. Na~ baixas temperaturas, apesar
de não haver crescimento do fungo, ele continua vivo• só quando há exposição pro-
longada a temperaturas extremamente baixas haverá a morte desses micrnorganismos.
Por outro lado, a quase tmalida.de dos fungos ll:presenta grande sensibilidade à tempe -
ratura. a.cima da ••ótima'', apôs determinado pt'lr(odo de exposiyão. A capacjdade de
resistência ao calor, entretanto, vaJia cov forme a espécie de fungo. Em geral o füngo
não resMe a temperatura acima de SSºC, com tempo de exposição prolongado.
Do mesmo modo como se pode comtatar "a priori'' a resistência mecâoic.a da m:l•
deha, poder-se-á deterrnina.J prn\'iamente a sua resisténda ao apodrechmmto, colocando
amostras da espécie a estudar, em lei tos apropriados de apodrecimento.
A]gum agentes causadores d;.1 destmição das madeiras são o cupim, a formiga e
outros tipos de insetos já que os mesmos aHmentrutM.c do materla.1 r,etirado da madeira.
Para o-s donnentes, que ostiio quase em conta.to direto com o solo e exp0$tos direta-
mente às intempéries, o melhor tipo de tratamento é o o1eo:so {creosoto ou pentadoro-
fenol) e a esco]ha de um dos dois ficará condldonada à questão de preço.
Entrntanto, deve-se também, na escolha do preserva.ti,...o. atentar para o fator resis-
tência mecânica da made i'l'à, Se o dormente é de ôtimã resistência me cã:nica e sob este
aaspecto protegido por uma boa fixação do trilho e dotado de placa de apoio bem dimen-
sionada, poderá vir a ser substituído por apodreçimento,. Neste caso,. deve.se utilli;ar um
preservativo mais eficiente. Mas. s.e a retirada do dormente vai se dar por desgaste meci:-
n1co, o ideal serã adotar um tipo de tratamento mais econõmi.co, me~o que ~ja m.enOCl
eficiente, Naturalmente qire o ideal s.eria adotar um preservativo, que propmcione uma
vida 11til do donnente, iguâl ao peifodo de vida útil pemtltido pela sua resjstência tM·
cânica.
30- ESTRADAS DE FERRO
Como é sabido, para linhas de maior densidade de tráfego e trens pesados, os dor-
mente& de madeira, em geral, são retirados da linha por desgaste mecãnico, anu::~ do seu
apodrecimento_
A A Jt'PA só rec-ome nda, para dormentes , o tratamento com e reoso to , ou pe 11 t acl o-
rofenol, em virtude das condições severas de lixiviação a que estão sujeitos.
Estima-se a vida 0til dos dormenles quanto a.o apodrecimento, em 30 ou 40 ancr.;
quando trata.dos com creosoto, 25 a 30 anos quando tratado~ com penlaclornfenol e 15
a 20 ano~ quando trata.do com sais .
a} imersã'o a frio;
b) imersão a quente e
e) pressio e vácuo,
SO trataremos do terceiro método que é o úniw que dá resu.ltados garanlidof. e tem
os seguinte~ objetivos:
a} distribuü o pres.e rva tivo na madeira de maneira tão uniforme quanto possível.
b) absorver urna quantidade suficiente do anfü~ptico, para garantia de tratameuto ,
O método de pressío e vácu.o compõe-se das seguentes fases:
a) Trabalhos preliminares :
- Corte da madeira
- Secagem
uração e encaJhaç [o
- Indsa:mento.
b) lrnpregnaçao do preservati\lo, pi!los dois processos:
- Cêlultt. chda
Célula vazia.
é aconselhável s.empre que houver afloramento do cerne em uma das faces do dormente.
Consiste em passar o dormente e.ntre rolos de aço, dotado~ dé pequenos dentes, que
penetram na madeira, deixando pequenas aberturas, para facilitar a penetração dos pre-
servat ivo:s. ·
Tratamento com pre&-s:lio e vácuo -Método da celu/n cheio,
:É t:am~m chamado proc(mo B eth:el, e consta das seguintes fases:
Fjg. 8
TIPOS DE DORMENTl;S - 33
Al.ém desse~ equipamentos . deverá uma u~ina dispor de -edif(cio para escritório,
a.lmoxarifa do, pequena oficina e um pequeno laboratório , como tamMrn de uma boa
área para secagem de dormente~ e armazenagem do.s mesmos, após o tratamento .
( Fig. 9), está sujeita a s afrouxar, necessitando de permanentes cuidados.. Os furos., para
pas.o;.agem doS, pa..afusos , enfraquecem o dormente, podendo originarem fissuras que,
prolongadas, inutilizarão o dormente_ També.m a socaria , em virtude de sua fo rma, é mais
difícil. Para sanar os incovenienles dos furos pata a passagem dos. parafusos, foi adotado
um tipo d~ dormeote de aço , com chapa de nervuras soldada no l0çal do patim do trilho,
e fixaç[o tipo GEO (Fig. 10). Trata-se de um domente mais moderno, de boa qualidade e
durabilidade, mas de preço elevado.
AJém das desvantagens apontadas para o dormente de aço, tem-se que atentar pa1a
a~ possibilidades siderúrgicas. de cada pais. .
____l __=~~
:::o rHE: !l -'lGITUD lNAL
'r!PCJS DE .DORMENTES - 35
SEÇÃO
Fig. l l
Cumpre ootar ainda que, r.10 caso do donnente de aço com placa soldada e.ste sô
9e1viria para um determinado tipo de trilho, po:is a placa tem a dimensão especial para
cada perfil. Assim sendo, no caso de substi tuiçáo dos tr:ilhos par outro perfil difuente ,
os dormentes não sarviriam..
1
L
r
i
!
L
O dormente RS, é constitu(do de dob blocos de concreto annado, Iili!lados par uma
viga metilica; e1ta desempenha wn papel preponderante . porque tem um comprunento
quam igual ao total do donneote e conttitue a robusta annadola principâl dos blocos de
concreto ,(Figs. 13 a 15).
,.. ....
38-ESTRADAS DE FERRO
Fig. lS
P.ig. 16
Para evitar a destruiiyão do concreto na superfície de conta to dô!S bloca&, e par.a dar
a esse dormente certa flexibiUdáde, foram intercaladas plaquetas de material elástico es---
pecial (,pag-K!Ooá), nos dois pontos de ligação dos blocos; laterais com o íntennediário.
Segundo o seu autor, a concepção do donnen te elástico PB foi n arteada pela idéia de obter
um donnente de concreto, com as mesmM caracter(sticas de deformabilida.de do de ma-
deira, o que constitue uma ilarantia tanto para os dormentes, como para o material ro-
,dante; em resumo. o dormente .FB, não devia aJternr o caráter elástico da via pennanente .
S ainda o seu autor que a6ona: ''é de notar que o dormente FB n[o pode .ser ass.e-
1'1\l!lha.do a: um. donnente pro-tendi.do~ trata.se apenas de uma reuniao por tensã'o. Esta
remio ~. de l ~ toneladas" ..
O dormente FB pode s.et empregado com os ~istemas .de fl:xação elástica, por meio
&: parafus.o fixado ao ,concreto e um.a "castanha" que se aperta contra o patim do trilho,
atraV,s de uma porca. (.Figs. 17 e 18).
40-ESTffADAS DE FERRO
Existe ainda a tni:açãõ moderna "Pandto]" usada na5 ferrovias britânicas, do tipo
d.útico e que tem dado resultados safufat6rlos (Flg. 20) ,
Conforme vimos, o donnen te RS tem sua fixação própria, patente ada. a RN, que
tem dado bona ruul tado~.
fil, 20
42 - ESTR.ADAS OE FERRO
À = e J (l + y)ll
(l + r)n - 1
em qu.e :
A - custo an ua1 de um quilômetro de linha (dormentes)
C - custo total da qual'llidade de dormentes por quilômetro (no caso de doJTllentes de
concreto, considerar a economja de Iastro)
r taxa de juros
n durabilidade dos dormentes (15 anos, parn o dormente de madeiia tratado e 40 anos
para o de concreto)_
Cumpre ressai tar, entret:m'lo, que a vida ú UI do dormente de concreto acima lndi•
cado, •~ apenas um.a estimativa, pois, o período de emprego deste dom1ente, dado o inicio
de ~ua utilização, não nos p~rmitc fixar em defwitivo a sua vida útil. Além disso, ainda
mio se tem suficiente experléncia na utilização do dormente de concreto em linhas de
alta densidade de tráfego , com trens pesados (trens de minério, pm exemplo) .
CAPITULO 6,
J TR.IUIO , E
O tn1ho, eleme:1 o da ~1.lpére rutur qne com itui a m rfitie e tol,àl'l'llellto p r-.:
rodas dos veíc _los. ferroviái ros. vem sofrendo uma ev-oll!Ç'à"O pemiane te, des os
p 1mõrdios d ,e itr du d~ ro,, 1~ dla1 s, com o nd dwln lv men o d1
,eccnologia do aço.
A frum e o comprimento ec olu,ram gra<btivame lé, té l.i.ngi.rem os perfi mo-
d :rn , d grau.de $e'y , e tUi.b~ffl sn puo, p ,ra swrni l r pe -d " cargas por 11ixo dos
trem modem os.
Desde o início d é· , comercial das estrad · de ferro , pensou-se em cbr a t · iho ;a
íorm d du.pi m ü econõmica p a pe às uj.e ,t s · íle o. rnd m vu1
o ra de desgute • qu e'!illj u no o l1·111 deu ~ às du. m S2:!I ma e pwur1 coofde -
r4 ~I. par permitir o se uw , mesmo depois de p1ecüvel desgaste _
TR fLHDS E ACESSÓRIOS - 45
Fig. 22
111,g. lJ
46 - ESTRADAS Dê FERRO
Para exerceT a sua função de supe.rfí'cie de rolamento e supone das carga~ transpor-
tadas. pelor. veículos, é necessário que o trilho tenha. dureza, tenacidade , elasücidadc e
resistencia à flex.ã'o. Entre todos o, JlLlteriais, é o aço ú que oferece as melhores antagens
para o en1prngo na fabricaç[o dos trilhos.
Os prrncipais componentes do aço e sua influência nas característícai> fundamentais
sao :
b) Carbono - o carbono proporciona maior dureza ao aço, mas à me<l ida que aumenta a
sua percentagem., ei>te pode se tornar qu~bradlço. prjncipalmente se não for reduzida
a percentagem de fósforo ,
e) M.mganês - este metal aumenta a i;l.urez.a do aço, entretanto , urna elevada percentagen
torna o aço difícil de lrabaU'l.ar e s.e tamMm é elLtvada a percentagem dé cubono , pode
pruduzjr fragilidade, O tnanganês encareco muito o preço do aço , se nuo empregado no ·
trilhos de aço-liga ,' conforme veremos a: seguir e sobretudo em peç:.as er.peciais - princi-
palmente nos ''aparel.hO!l de mudança de via"_
d) Sil(cio - este elemento, durante aJgum tempo, foi considerado i.ue1te no aço, Atual-
mente, sabe-se que ele aumenta a resistência à ruptura, sem s.acrifica:r a duti.liclade ou
tenacidade, nas pru-cen tagens em que entra na composição do aço.
p "" ; sendo S a seção da fratura. Deve-se ter p > 3 kgm/cm 2 • O em.aio de resilien-
cia nfo leva a resultados conclusivos e é realizado m.ais. a título de documentário.
e) Enwo de Dureza Btinell
Util.iza-.se uma esfera de 10 mm de diâmetro e um esforço de. 3 000 kg, durnnt.e
alguns segundos,. O índice de dureza Brinell será de:
F:lg. 24
50 - 'ESTRADAS DE FERRO
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CLASSJFICAÇA.O DOS TRILHOS - !:i1
h) Composição Qu{mica
De acordt) com a~ rtorm as da ASTM, são fo itas análises em lim alhas retiradas das
amostras provenientes da panela, repre s.en ta tivas dll um dos lres primeirOi e um dos
três il.Jtimos lingurn~ cheios de ca<la corrida , para determinação das i>ercentagen
de carbono e manganês. A3 percetm.gens de "fô~foro, enxofre e sfücio s.io determLnadas
em aparas uniformemente mjsturadas t proveniente~ das amostras. A média dos valores
encontrndos deve obedece r aos limites estabelecidos para a composição qu ímica .
l) Ensaio de Entalhe e Fratura
Os triJhos fabricados pela CSl'l, na usina de Volta Redonda, são 1,Ubmetido:s ao
ensaio acima referido, para controle da~ rnnd ições interna~ do aço.
Um corpo de prova representativo da extremidade de topo do trilho de topo de
cada li.n,gote , que tenha passado no ensaio de r:hoque , é entalhado o fraturado . Se a
fratura de qualquer corpo de prova exibir trincas , esfoliaçõe~ , cavidades, matéria es-
tranha interposta, de uma cstru tura bri1hantc ou de granulação fma , o trilho de topo
representado pelo corpo-de-prova, é clas~ii1cado como trilho X
Mediante acordo prévio entre o e ompra dor e a usina e com o objetivo de eliminar
a classificaçã'o trilho X, eslipul:t•:.C o ensaio progressivo de entalhe e fratura. 'este
ensaio , um corpu-de-pnwa represent11livo da ex tremJdade superior do trilho de topo
de cada lingote e que tenha passado no ensaio de d10que , é entalhado e fraturado ,
parà se verifkar as condiç:c'.'.k~ interna~ do a~-o. Se se uhti,·er uma fratura livre de defei -
tos internos , em um ponto que permita o aproveita.mcnrn du trilho num comprimento
aceitavel, e~te trilho e os demais do lingote são aceitas. Ca~o C011trário , o-trilho ~ reje i-
tado e uro novo corpo -de-prova é cortado de ~u a ex trcmida<le de b afie ,pa.Ta representar
o segundo trilho tio lhigote. Este e os trilhos mb~qüentes do lingo e poderão ~T S'llb·
metido& a este ensa.lo progre~~ivo , até que :.e a.tinja uma framra ~â.
De um lado d.a alma , .~ão estampados a marca da usina, pais, a ind1c.ayão de que
o resJi:tamento foi controlado {RC), o tipo de forno de a.ÇCJ referente à. fabricação
T = Thomas. ; B "" Bes~mer; M "" Martin; E= Elétrico; SM = Siemens~I\iartin). o tipo
do trilho (quanlo ao pes.o) e o ano e mês da fabricação .
Exemplo:
u;;N Rmil - RC - SM - TR-45 - 1975 - TJJl (abril)
Do ouno lado da alma do trilho é identificado o numero da corrida a letra indica-
tiva da posição do trilho no lingote e nllmero do lingote por ordem do lingota.mento .
Exemplo :
380195 - C - l 5 (C - Sjgniflca terceiro trilho do lingote). Poderá ter ainda urna
ílccha dirigida para a -extremidade. do trilho correspondente à cabeça do lingote.(--) .
b) De acordo com a classificação do trilho , a AflTM estabelece a.s seguintes _marcas de
classificaça;o :
- T ülho n? l - com comprimento padrão encomendado pert.oncen te a uma corrida
cujo teor de carbono se encontra nos cinco pontos superiores da percentagem de
carbono da faixa especificada, tem ambas a~ pontas pintadas em azul:
- Trilho n~ 1 - em comprimentos menores que o padrão encomendado (ttilhos
curtus) , tem amba~ as extremidade~ pintadas de verde.
Trilho n? ] - no comprimento padrão encomendado e pertencente a wna corrida
cJJjo teor de carbono s~ encontra na parte baixa da faixa especificada, não leva
qualquer identifica9ão por cor.
- Trilho n? 2 - tem SUáS extremidades pintadas de brat1c:o e leva o algarismo ~'2"
estampado em ambas as face~ xtrem as.
- Trilho X - Tem as. suas extremidades pintadas. de marrom e leva a letra X es:tam-
pada em ambas as faces extremas..
- TriU10 "A'' (1 ? trilho de cada lingote) - Tem ambas extremidadM pintadas de
amarelo.
Conforme o tipo de trilho acima des riminado , deve-se observar o seguinte cui-
dado, ao empregá-lo na linha :
- Trilho sem cor - pode ser empregado em qualquer linha. mas de preferência em
tangente .
- Trilho topo .azul - deve ser empregado de prefe1ência em cun·as.
Df=FEITQS DOS TR(LHOS - 53
(
- 1 rüh o topo verJ e (curto) - pode ne1 emprngad o em qu alq u.er linha.
- Trilho topo a.mareio (1? trilho do Ungote} - nã'o dove ser e,mpregado onde a ins-
peção for difícil.
- Trilho topo branco - ~6 de,•e ser empregado em linhas para trens d~ baixa ,•eloci-
dade ou ern d1.1wios.
- Trilho topo ínarrom - sú deve ser empr-egado em ramais sccundáriQS ou desvios..
A identifica~[o da~ segregações pode ser feita mesmo a "olho nu" ou atra •é s de
n.acrografias.
e) Jndu~ões - Inclusõe~ não metálicas aparnc~m no aço, provinda.~ de diversas fome~.
Os produto:. da desoxidação s.ão a principal fonte das inclusões no aço e desta~, as
ma.is numerosas s[o as dl:- SiOi e Al1 U 3 . Ambas são insohivcis no aço, altamente info.-
r.fveis e formam paTt{culas muito pequenas, que com dificuldade sobem pela massa de
aço l<quido_ Elas se formam um tanto lardc 110 processo de fabricação do aço e dis-
põem, portanto, de pouoo ternpu para serem eJimi.11adas do metal.
lndusões não metálicas entram ta111bfm no aço , provenknte:. da escória do forno ,
do revestimen lo da sulei ra e do re~·esümen to da pa:n da.
O ponto onde 11~ inclusões se segregam é mui.tas ,•ei.es o pu11to ,Lie partida para uma
fenda interna da peça , parHculannente perig~a por ser de difícil des.coberta .
São sempre uma fonte potenclal de enfraquecimentu do aço porque , somente pela
sua presença, quebram a liomogeneidadc do metaJ.
fü1.istcrn também as inclwiJes gasosas, devldas aos gases que íkarn na mas~a do
lingote e fom1am, ao passar pelos fa.minadore~, bolh.as alongadas que podem dar lugar
a trinca~.
I
1
DEPEI TOS DOS TRrLHOS - 55
A presença das inclusões pode ser em grande parte eliminada por uma de8oxitlação
e prática de lingotoarnentu conveniente~. Pode-se fazer uma "couida" limpa e mantê-fa.
limpa, desoxidando-a no forno ou faz.endo no forno a maior desoxidação possíve].
d) Fissuras transversais - São pequenas cavidades formadas no final da laminaçao, que
podem dar origem, posteriormente, quando o trilho estiver sob carga, a uma· fratura,
A AREA define uma fis~ura transve rsa] com o ••um a fissura progressiva com infoio
num centro cristalino ou núdeo , 1ocahz.ad o n.a parte ln te tna do bo1eto, do qu.il se pro-
paga para o exterior com uma ~upcrf(cie arredondada ou oval, brilhante ou escuf'a,
ll~, substancialmente em ângu1o eto ao comprimento do trilho" , Segundo os tccnicos
franeeses, esta se origina do que eles chamam mancha oval
Quando a fissura est â a.o nívd do bol-e to, d antlo uma escamação ou mesmo mp tura
em forma de concha, os americanos cl1amam~na de ~helling,
O perigo originado pela presença das fissuras transversais le\'OU a AREA a inve~tiga-
ções proJonga das. e os resultado~ indicaram que a presença de min .1:s.culas fen<las capi-
1.âtes. nos trilho~ laminado~ e as pesadas cargas rodantes a que tais área.~ <los trilho~
estão sujeitas , durante o serviço, são os dois principais. fatores no dese1wolvimento e
propag,açã'o das fissuras transversais internas , A hipótese mai~ genérnJizada para expl i-
ca:r a origem desse defeito é que essas fissuras provem de tensões in te rna.-s de tração
que se desenvolvem durante o resfriamento dos trilhos, quàndo o mkleo connal está
a uma tempe.ratma mafa elevada e o me tal no interior em estado plásticn , oferecendo
fra.ca resi!ltência â traçâ'o,
Tendo em vista o grande perigo que esses defe:itos oferecem ao tráfego dos trens,
forá1ll pesquisados proc.essos para de tec tar defeitos inter nos nos trilhos, &pó~ a sua
fabricação. Depois de vários aJ10& de pesquisas intensivas, patrocinadas péla AREA , o
Dr. Elmor A. Speny desenvolveu um aparelho que permite a 1ocalizaç [o da fk,u t'.t
transversal.
O detector Sperry cons.iste em se passar uma corrente e1étrica de aproximadamente
3 000 A , em b aixà ;,,ol tagem, através do trilho, ge randci um campo magnético no
bole to do trilha , No ponto oode existir um defeito iTiterno, o eixo da campo é desvia-
do e as linha~ de fl.ux.o se destorcern no ponto de encontro do defeito . Uma bobina
que tJafega ao longo do boleto amplifica a. d'istoiçãu, registrando-a num gráfico do
aparelho mgis.trador, ao mesmo tempo em que uma pistola com tinta marca nà. alma
do trilho a pos.ição exata do defeito .
Es.te aparelho d(ltector Sperry localiza, além das füsuras transversais,. os outros
defeitos internos já citados, que porventura e.xhtirem no trilho,
Existem atualmente outros _aparelhos de-tectores de defeito, 4ue utHi:z.am o som,
como o sonirail fübric,ado pela .MA TISA (Suíça). Ne~te aparelho 1 confonne explic:a
seu fabricante , wn projetoT de quartzo envia através do trilllo, partindo da superfície
d.e rolamento, um feixe ~onoro vertical , perfeitamente dirigido , de freqi.iência modu-
lada. Apôs a reflexão, na face inferior do patim, as vibrações uhra-sonor~ ... oltam a.o
cristal emissor , Este sína.l ~ transmitido a um a1 to -falante , sendo a corrente de sa.(da
aplica.da ~imolta.neameote a um míHamper(metro _Tem.se, assim, também um controle
Visual, além do controle auditivo, Toda·fallla existeme na ma6s.a do trilho em exame
modifica a distribuíçâ'o das freqüências de ressonância, e por conscgu'nte, a tonalidade
56 - ESTRADAS DE FERR'O
A causa des.se d :sgaste é pouco conhecida, m:.1.S parece s.er originada pelas vibrações
pruduzidas nos trilhos , durante a pa~sag!lm da:s rodas dos veiculos., fazen<lo variaT o
grau de aderência e pressão nos pontos de contato . Isto acarreta uma va.riaç-ão na velo-
cidade ansular da roda e em conseqüê ncia, uma série de dii ~1i.zamen tos elementares ,
que produzem no trilho o desgaste ondulatório.
Este tipo de desgaste, não acauéta perigo ao tráfego , mas torna o trilho excessiva-
mente rujdoso, na pa;s:sagcm dos trens 1 diminuindo o conforto dos passageiro~ .
g) Fraturas dos trilhos
A~ fraturas do~ trilhos são originada~ nurmalmrnte por defe itos íuternus, já men -
cionados, principalmcn te a.~ ffssuras, mas podem originar-se t.ambém e-m virtude do
envelhecimento do trilho por ''fadiga" do metal.
H vimos os meio~ de que se di~poe atualmente para dctcctar o,~ defeitos interno~.
As carga.~ por eixo cada vez mai~ pe&adas (lucomotivas de 180 t e vagões de 120 t),
os trens em tração múltipla, corn composiç-,ffn de alta tow.:lagcrn , p~saram a ,exigir trilhos
de maior resistcnda ao de~gaste, a flm de evil ar as constautes ~urn:tíluiçõe~ di.;f...~ elemento
da superc~trutura das ferrovia~, principalmente nas curva:i de pequenos raios· corn o ccm-
&eqütm te e ncaredine nto d~ operação forrovi ária.
Pode-se larH,;ar mãu de tloi~ meios para aumentar a vida ll til dos trllhos no que se
refer~ sobre tinfr> ao desgaste;
a) Fazendo o tratarT11J [1to térmico dos trilhos
h) UHlil.aml o-se aços e ~peciah ( a~ o~-J i ga,l ,
Vejamos, (:SUmidamcnh:, caua um desses meios.
Se, por urr1 lado , a quantidade de carõonn influi sobre a e,strutura cristalina do
.aço, por outro fado a temperatura a que ~ leva.dó o mesmo e a velocidade de resfriamento
subseq(iente, determinam a e~trutura cristalina e as carac t.erísticas finah cio m~:m10,
Nos aço~ normalmente resfriados , a fe rrita. (ferro livre) e a perlita , e onshtuem os
cumpoflentes r1ormaís; a p rlíta ~ um agregado de lâminas alternada~ de ferrita e cemen-
tUa (Fé 1 C).
Consideremos um aço com menos úe 0,9% de carbono, por exemplo, um aço pa1a
liílhos. Não ~ produz nenhuma modificação em sua estrutura até 7..:0ª {temperatura
cJitica inferior). A partir dc~sa temperatura, a p,erlü:a (fonita, mah cemcntih:1) currniça a
se transformar trn ''sul uçãu sólida'' e, a partl r da tcmpcrat ma critica superior ( 800°)
não re~la mais que uma soluçiio ~ólida chamada ,mstenita, que é Fe;~ C, ill~~olvido no
ferro "'f (forma alu Lrópica Jo feno na qual os átomo~ do cubo u.nitário de) ferro são loca.
lizaJos em cada v~rüce e no centro de cada face do cubo) ,
A partir de- 800ºC um resfriamento muíto Jento (es trutura de recm:imcmo) pemli-
tirá a. SC'paração normal da forr[ta e da perlita, em proporções variáveis segundo o con -
teúdo Je CaJbo110 do aço, Esta crM.1Jiz;alrão dará um ·•aço doce" e e~ trilhoi; de aço-
58 - ESTRADAS DE FEMiô
carbono com esta estrutura não possuem mais que uma dureza natural, correspondente
à sua proporç:Io de carbono.
Mas , se o resfriamento é a_eekrado, ml:rgulhando.se-o aço brui.camcntc num líquido
frio (têmpera}, o estado de solução sóJida ~e ma.ntém, não se obtendo no entamo a au$te-
nita, ma~ sim a martensita, que embora m:uito dura é frágil. Um re~friamento menos
brnsco dará uma estrutura denominada t.roostita , menos. dura e pou"o frági1.
No estigio seguinte, fazendo-se um ''recoz.ime,nto" apó~ a ''têmpera" , obtém-se
uma estrutura chamada wrbitiw , qu e dá grande dur~za e grande renaddade.
Como s.abemos, esse tratamento (rncozimemo após a tempera) é o que se chama
rerenido. Este último trntam~nto vi~a a obter um aço capaz de resi~tir, como no caso dos
trílho~, ao de~gaste por atrito e aos choques excepcionals.
O uaiamentu térmico dos trilhos tende a dar à superfície de rolamento dos trilhos
uma estrutura sorbitfca, através de uma "tempera.'', seguida de um ·'recozimento", isto é ,
utilizando o calor residual existente no conjunto do perfil do trilho para atenuar o efeito
da têmpera, dei ando-o rcsfríar norma\mente , obtendo-se o efeito de re;·enido,
Parn tanto , sobre a mesa do laminador, um ;·entilador insu!la ar comprimido mi tu-
rndo com água pulverizada. Num curto lntU\•alo de tempo, a cabeça do trilho se resfria
bruscamente e depois o c-alor residual reaquece a mesma, deixando-se, em seguida, resfriar
!.e n tamente,
Os trilhos assim · tratados adquirem, em ~ua cabeça , um aumento de resistência à
tração, da ordem de 15 kg/mm 2 e um aumento de 40 a 60 pontos no m.tmero da dureza
Brinell , pudendo então , ter sua vida ó til bastante :iumentada,
Os fJ.ÇO,H'arhono industriais con:1uns não são apenas liga~ de ferro e carbono, mas
contêm outro~ el.emcntos que exercem int1uêr1cia sobre as propriedades do aço acabada ,
Se esf;<!s. elementos entram em quantidades mainre~ de modo a melhornr consideravel-
mente :i.S prnpriedaJes f(sicas do aço, es[e passa a chamar-se aço-liga. No caso e:Sp,ccial
dos rilhos os aços-Hga dewm conter eJemento~ que pe,mitarn aumentJr a sua resistência ,
sobrerudo ao desgas~e.
No estágio atual de desenvolvimento da siderurgia do aç.o, s.abe-se que os principais
elcmerHos que concorrem para aum 'ntar a resistência do aço, sobretudo ao de~gaste, são
o manlilanês e o [!romo. O s.il.Ccio também mm sido empregadn , por contríbuir para o
aumento da resistência à ruptura. ·
A tecnologia dus açus•liga cóntinua em evolução, e estáo sendo experimentados nas
estradas de forro \'ários tipo~ de açús-liga, na tentativa de se conseguir um trilho de maior
vida útil e que suporte as altas carga:. atualmente em uso, bem como a grande inten~idaJe
de tráfego.
No Brasi.1 , a Companhia Siderúrgica Nacional fabrica trilho de aço cromo-mani.anês,
que está sendo experimentado nas nossas ferrovias e possui a ~eguinte compo5ição:
Carbono - O,65 a O,86%
M anganês - O,80 a 1,30%
Cromo - O,'70 a l ,20%
F~foro - 0,035 (nulximo)
A SêÇÃO TRANSVERSAL DOS TRILHOS - 59
Fig. 27
50 - f'STIMDAS DE FERRO
DESGASTE
A SE,_ÇÃO TRANSVERSAL DOS TFIILHôS - 61
Ft
.e
Fig. 29
1
1
1
Trlllws
Patim - árc~--
% do
11/11 15.]I}__
-· 17,4& l.5,16 27 68
36,5
C)
r,,,,
~
total 31 37 37 39 ,8 39,2 38 ,1 ~
j:::.
ÁREA TOTAl 31,42 40 ,fl.4 47,29 5t,,90 64J9 725A 86,12 ::t:
e
(/)
Mocnen10 de iri~rch ( cm.4 ) 4 13 ,7 703.4 951 ,5 l 610.8 2 039 .5 2 730 ,5- J 950 ,0
1
r-
\Mdulo l.l e re:1,i~-
tinc:11. (cm '}
·1 Boleto
Patím ----- -n:gJ - - 77;"2;9
81 ,6
86 ,7
120,A . 149 ,1 205 .6
24'},7
247,4
2 91 )
295 ,O
)(i0,1 - - ~--
463,8 -
J9 1.6
~
Raio de ginçào (cm)
1
Por outro lado, pode -se relacionar e.sra t ist ir: arnen te a perda de peso dos trilhos, em
funçã"o do niimero de toneladas que cireularam sobre os mesmos. Ik--sse modo, pode-se
prnver qual será a vida útil do trilho .
Como exemplo, citaremos du~ i.ndkações.
A primeira devido a W.ellington. que após pesquisas nas ferrovias americanas ,
concluiu que, para bom trilhos (composição nonn.al) u desga~te médio é de 0 ,5 libra de
peso por "grau" da curva (americano) para cada 10.000.000 (dez milhões) de toneladas
(short-ton) e por ja:rda de trilho . A conclusão de WeJlington pode ser traduz.ida pela
expressão:
il.p = 0 15 G lb//d para .cada 10.000.000 de rhorMori.
Convertendo para unidades métricas e substituindo o grau pelo raio da curva em
me1ros, teremos:
Lp - 4 ~3 kg/m, sendo .ô.p a perda do pes(,J em k,g/m e R o raio da c-urva em metros.
Essa perda de pe~o refer-e-se â passagem de 9 .072.000 toneladas métricas de carga.
Colocando, agora, a perda de peso em função da perda de área do boleto , teremos :
tip = ~ - ~s
Assim sendo, a tonelagem que vai forneC€r a vida útil do trilho será, em média :
A segunda indicação que daremos, 1eferente à: vida útil dos trilhos, é a citada pela
AREA em 1%2:
T, = 0 ,545 W oo.sos em que:
Ra.io
(m) .. 1 747 873 582 4J7 349 291 250 175
% too 95 80 70 60 5S 50 40 35
Ouuo a~petto relacionado com a vida dos tríJhos é a pn'~são de contato roda .
trilho , que vai de pende r do tipo do trilho e do diâme tro da roda. Ex.arninarer ws esse
aspecto qu and o tratarmos <la c~colha do tipo de trilho em função J a5 carga~ a su ro rtar.
i = junta de dilatação
o- = 0,00001 1S, o col.'"fkien te de õüatm,:ãu th>S trilhos
\n = tempera tura máxima a que esta r:i 5Ujeiw I.} trilho
te = temperatura de a~s.entamento do tr[]fw
= comprimento do trilho,
A pan::-ela 0,00::! é introduz.id a corno correção , Jevaodo-sc em c<mta a dificulda de tlc
se ob servar rigoros.arnente a ''folga'' na colu cação dos trühus (Fig. 33).
Admiti u-se a.qu i a lfrrn dilatação dos trilhos. o que sn ocorre ~m cas.os e:sp ciab,
conforme mostraremo~ no estudo da sol <lagem dos trilhos, no capítulo segui.11te·.
O diâmetro dt1 orifício d do trilho deve rá 5er:
d = b + 1/2jm lÍX .
em qu~ b ~ o diâmetro do para fus.o e jmáx. o ·vàlor da dilata,çãu máxima, i~w é, a folga
calculada para a \'ariaçãn máxima de temperatura (tmáx. t mfo) do trilho.
Para se dar a folga correta, no a1scntamen to do trilho , terá que ser conhecida por-
tanto a temperatura tlo mesmo, no n1omento da colocação e a remp~rahua máxima que
poderá atingir, Isto se obtém por meio tle termómetro~ próprios , colocadus em um furo
dentro do boletó de um pedaço de trilho poorn nas proxirnidad(:s d[) local, ou utilizando
um termfonetro com imã, que se coloca na superfú;i~ do trilho e mede rapidamente sua
temperatura, Esse ~ermômetro é fabricado pela. firma ''ele tro-tenni.te". Em geral, as me -
didas são füitas previamente, a cada hora, durante 8S 14 horas do dia , em ,·.iria~ épocas
do ano.
Com o con..hecimerllo prévio Lias remreratma:i miitimas , por tr~cho de fer:roYia ,
pode-se organi:lar uma tabela, que facil.i.La a colocação da "folga 11as junt~s" quando ~e
vai fa:rer o assentamento da linha,
Parn se saber a po!>ição do prímciro furo do trilho , a partir àa ponta , quando se
necessita fazer nova furação em trilhos que tiveram suas pontas cortadas, procede -se do
modo seguinte :
Scnd.o d, o dim:neu-o do tiro do trilho; o o d i.âm~lro do pa.rafü...o; a ª d ~tã.nc-kl cio~ forn~ rfas tala:,;
(igual ,à distância Jos cc:11tros do~ p11.nfusos); e a dfatiincia qu~ se procura (centro do primeiro furo à
e-xttemiifadc do rrilho) e ;:,: a distinc1a entre o centro do fu.ru do UU.ho e o c~ntro do parsfuso, 1em -s~:
68 - ESTfl ADAS OE F ER '10
a
e=-- X
2
d b 1 .
Mas.x = 2 - 2 "" 2 {d - b)
1 1
a/2
1 1
-
, .. - :--. 1 ri
1
r.:
\..::
-
f ... '-"' "-1
1
1
- ~
Fig. 33
_i
- X
Fig. 34
t DA ALMA
-----1- ----. Ir- 00 TRILHO
FI,:. JS
70 - ESTflADA.S fJE FERRO
S.14.2 Parafusos
Os parafusos que apertam as talas de junç.ão c()11tra as pon ta!i dos trilh 05 são simples
parafusos comuns, com porca~, tendo próxlmo à cabeça uma ''gola" oval, que se encaixa
na tala e Utm por objetivo evitar que o par ã:fuso ~ire , ao s:e r aperta do pela porca, sem ser
necessário segurá-lo,
A porca e! apertada por uma chave de comprimento suficiente, para que o operário
po~sa trabalhar de pé. O comprimento da chave é entretanto limitado~paraquea ''torque''
não "e ~pane" a wsca do parafuso .
O diámetro do parafüso varia, conforme o tipo do trilho.
ACESSÓ~IOS DOS TRJLHOS - 7r
Para impedir que o parafus.o ~ afrouxe com a trepidação na pas_~agem dos trens ,
de\'e.se colocar entre a tala e a porca do parafuso uma arruela., que dará maior pres.são à
porca ,
A arruela mais usada ll a do tipo Grower {Fig . 36).
A arruei a tipo Grower ab~nrve vibrações e, mes.mo,,quando ~ dá um ligeiro afrouxa-
mento da porca , mantém o aperto der.ejado .
e: -=-.....Jr-------ª""""V
Fig, 37
Altfm cliss.o , a plac~ tem nervuras (Fig, 37), onde se encosta u patim , de tal modo
que o il~forçn transvcr~aJ à via é Lrummitldo a toda a pregação pela placa de apolo . No
caso da ausência da phca , ~() a pr gação externa suportaria. o esforço transvt'!rnll.
12 - ESTRAOAS DE FERRO
A placa de apoio tem geralment.e a inclinação de 1:20 (tg = 0,0S) para o lado de
d 11tro elo~ trilhus , sendo ~sta dispensada então , na 1:mialhaçãu do dormente.
Ess.i incltnação faz -•Sll Tiecc~âria para que o t1·i!ho fique inc-linado do mesmo modo
que o aro da~ rodas, que tem conkiadade de }: 20, ccmfoTTT\e e&elareceremQS no ponto
seguinte ,
As rlimen~õcs da placa de apoio variam com a largura do patim do trilho e com a
pt>sO do material rodante . Existem especificações como as da ASTM (Arnerican Socíety
for Te~ting Materia1s), que são obedecida~ pela usina de Volta Redonda, da Companhia
Sidcrúrgic~ Nacional (ver catálogo da CSl'1l) ,
A~ p! ac ~s de apoio fabrica das pe] a CSl'·l recebem a~ desi gnaç,ões de PA 25 , PA 32,
Pi\ 3 7, P,'\ 45 e PA 57 , conforme o tipu de trilho correspondente .
marreta, em furo previamente preparado, cujo diãmetro deve ser lige irament-c menor
qu.e o diametro do círculo circunscrito à seção do prego, a fim de dar a necessária
pressão no dormente . A cabeÇ,a do prego de Unha apreSilnta uma sa1iéncia, qui? s.e
apõia no patim do trilho e tem na part.e l.nferior a mesma ínclinação do pe.tim . o
sentido perpendic\llar à saliência acima mencionada, o prego dispõe de duas ''orelhas"
para permitir o ~éU arrancamento, por meio de ''alavanca pé-de~abra-" (Fig. 38).
O prego é o menos encje.rite dos tipos de fixação, pois funcionando corno "cunha"
na madi::ira, cria a tendência de rachar o donnenrn. Além di~~o oforec:e pouca resis.
tine i11 ao arrancame n to ( aproxJ mad ame nte 2 200 kg) e em de'termi nadas madeiras ,
com fibras Hsas , o prego costuma ~ubir, deixando uma folga entre ele e u patim do
triJho.
Fig. 39
74 -ESrRADAS DE FERRO
mc!>mo, O tirefond é uip tipo de fixaçao sup rior ao prego, pois sendo aparafu~ado,
fica mais solidário com' a madeira do dormenre , sacrifica menm as fibras des.ta e
oferece uma resistência ao arrancamento bem supériur (aproximadamente 7 000 kg).
O foro do dormente .fica heaneticarnente fechado pelo 1,re/orid, impedlndo a entrada
dt água, o que nem sempre acontece com o prego,
Para um melhor aproveitamento do dormente , é atual fazer-se a ''pregação cruz.ada",
que consiste ~rn colocar o(! pregos ou tuefonds deslucados do centro do dormente ,
em prniç!Jes de~encontradas (interna e externameme no mesmo trilho) a fim de _per•
mitir nova pregação , em poslção simétrica, quando a primeira s.e afrouxai (Fig. 40) .
.PREGO~\
F,"jg, 40
Fixações elásticas - Existem diversos ttpos de fixaç-ões elásticas. cuja eficiência é muito
supe.riot à:s fixaçõe rígidas já citadas. As principai~ são:
--- ~--:-----------
f4;. 42
76 - ESTRA.OAS DE FERRO
Fig,45
•ª
lat li
/1 . '
1•.....~i
■--
Pi,g. 46
F'ig.47
Nas fixações rígidas, ent1etanto, é indispensável contar-se com a ação dos rcten-
sores,
Um bom retensor, deve satisfat.er aos seguintes requisitos:
a) tt.r um poder de retens.'io superior à resistência ao deslocamento do donnen te no
lastro.
80 - ESTRADAS DE FERRO
b) deve ter .eficiencia em aplicações sucessivas, i:sto i\ permitir várias reaplicações sem
perder o poder de re tensã'o.
e) deve Sl:!r constitu(do de uma única peça.
d) deve ser de fácil aplicaçã'o.
Existem e:ipecifica.ções a serem obedecida~ no recebimento de:;se acessório, fa.
zendo-se testes mecânicos de labo.ratório, para comprovar sua qualidade quanto ao
material (aço) e quanto ao poder de re.terisão em aplicações ~u~ssivas .
CAPl''rULO 6
6.1.1 Bitola
Nos alinhamentos re trn;, dá-se à. \' 1a, rigorosa.mente , a bitoJ a n onnal a.dotada pela
estrada de ferro, que , como vimc>s, , é a distância entre as faces internas dos bo1etos dos
trilhos, Nas curvas, 11. bitola. é aumentada llgeiramente, chamando-se esse aumento de
super largura.
O estudo da superlargma será feito no cap(tu]o referente à via em curva,
Os trilhos são colocados com uma pequena. i11di.i1açlfo em relação à vertical , de
modo a acompanhar a inclitnç[o do aro das rodas (conicidade dos aros). Com e1>-sa íncli-
nação, o trilho re-c-(:berá carga axial da roda, como veremo~ 11. seguir .
A inclinação dos trilhos é de l :20 (5%) . embora algumas estrada~ de ferro, em
especial as americanas e inglesas , adotem a inclinação de 1: 40 e até menos.
Há estradas que p,econizam a col<Xação vertical do trilho eJJtretanto, experiéncias
feitas na Ewopa de,monstrararn que este procedimento acarreta um desgaste obh'quo da
superfície de rodagem dos trilhos, segundo a inclinação dos aros das rodas e trunbém um
desgaste anonnal destes 1lltitnos.
Além disso , a.ssen tartdo-se os trilhos na ve(tical , há uma rn.a.ior ren dência de revira-
mento dos trilhos externos , nas curvas . Por esse motivo, tem-se per..lst.ido na colocação
do tTilho com a inclinação mencionada, em relação à ,..er UcaL
ll _ __ _
- --,... d
Fis.49
A posiçã'o relativa das juntas, de um e outro lado da~ duas fnas de trilhos , pode
variar conforme se situem segundo uma mesma normal ao~ trilho~ · ou não_ Quando as
junt~, dos dois fados, ficam sobre uma mesma normal à linha, chamam-se juntas concor-
dantes , ou parnlefas . Caso contrário, chamam-se juntas alternadas. o caso Je se adotar
esta 11ltima dispo!>ição, deve-se pro(..-urar colocar as juntas de um lado, o maJs próximo ,
possível do centro do tritho do lado oposto ,
'a Europa, parece mais generalizado o uso das juntas paralelas. Na América do
Norte , bem como no Bra~i! , é adotado o sistoma de juntas alternadas . As juntas par.ilelas
favoroc-em o chamado mo~imeruo de galope , enquanto as juntas alt-emadas favorecem u
movimento de batanro.
Para linhas de padr!fo médio ou fnforíor I a pfátic11. indicou como mais prejudicfal
o movimento de galope, causando maior mlmero de acidentes.
As juntas podem ser ainda classificada~ como apoíadas e em balal1{o. No caso das
primeiras, a!> pontas dos t ri] hos ficam sobre um dnrmen te , ao passo q lle, na junta em
balanço , colocam-se dois dormente~ mals próximo~ (dormentes de junta), dei:umdo-s11
entretanto a~ extremidades dos trilh os e.m hahmço ff igs, 50, 5 I e 5:1) .
Fig. Sff
84 - ESTRADAS DE FE.RF?D
i
::- '·
'y _\--- ,
. i-~-j__ ~K>-
, \ -.\
1 . ' / \ _.
f----....L ,' ,· .
1 ,-t- i-- -/ :.:s
Fig. :51
Fig. 52
= « ELEVAÇÃO
! PLANTA
Fig. :S3
~
O materiaJ de \'ia pennanenle -é transportado para o local de assentamenLti da via
em vag~s próprios, no cas() de prolongamento de uma linha ou ramal ferroviário ou
então em carretas, no caso d!e linha férrea inteiram.ente nova, onde sâu di.-stribuid06 na
faixa da ferrovia.
86 ESrFIADAS DE FERRO
Fíg. 54
Não é feita a pregação compkta de uma vez;, Inicialmente os dormentes s.io prega-
dos alternadamente e às veze~, ~altando doi~ dormentes e pregando um . Tem-se 8S!li.m o
q11e se ch;nna Unha pontilhada uu ponteada, sobre a qual já pode circular o trem de ser-
viço levando material para a frente . füse trem de serviço costuma chamar-se trem de
lastro_
A rtwdida que avança :i colocação d05 trillios como f~i acima explicado , Yai,se pro-
cedendo às operações de puxamento, nivelamento e acabamento, que descreveremos a
se-guk
Emprega-se, então, para st::: ter um perfeito alinhamento nas cul"'o'as, uma corda de
comprimento previamente estabelecido ( 1O a 20 m), fo.2.endo-se os puxamentos geral-
mente nos pom.o:. i:orrcspondentes a c/ 2, sendo e o comprimento da corda, uti]i,zando o
valor da flecha correspondente ao raio d.1 cuf\'a. A aplicação do método das flechas para
o alinhamento da\ curvas ~rá detfllhada no capüulo "a. vill em curva" . Por ora. ba~ta lem-
brar que a flecha de uma ;;urve escá ligada ao raio pela expres.sâo:
Como i,•imo~, pelo pruc.e~sü acima descrito, o assemarn.ento da linha é feito em uma
s6 frente de serviço, que vai avançando progre~sii,·amente, até o final da linha.
Pode-se, caso o crc;inograma da obra exija, abrir vária~ hentes de serviço. Nes.sc caso,
o ma teria!l. é todo transportado por t1mctas. ao longo da plataforma da ferrovia, inc.lusi ve a
pedra brita.da para o lastro .
Em vez. de se colocar o lastró depois de ass.emada a grade de trilhos e do.rrrnlntes ,
pode-se espalhar o la~tro em wna prírneinl. camada que permita o nivelamento da linha.
fazendo uma compactação primária do mesmo ,
A segUir os dormentes e trilhos s.ão assentados sobre ess.a camada de ]astro, exe-
cutando-se as opernçôes já. descrita~ no método anterior.
Posteriormente, após o im"c::io do tráfego da ferrovia, pode.se compactar o lastro,
atiJigindõ a altura especificada no projeto. e fazenda o nivelamento, puxamrnfo e ac:iba-
rnen to final.
Por este segllndo proces~o o tempo de a~~{)ntamento da: linha, permitindo o inicio
do tráfego na ferrovia, fica considera,,,elrnente dimitrnído.
Como indicaç:Io, poderemo~ di1;er que, c-om sen-iç os me can:izados, é pmsivel
aUngir-se o assentamento de um quilômetro ou mais por dia , excetuando-se o lastra-
mento, que ficará na dependência de disponibilidade de brita nesse prazo ,
Em outros pa(s.es, foi utilizada com êxito a montagem de e~taleiro para construçã<>
da grade cdlhos - dom1entes, transportando-se a~ grades, de dimensões convenientes ,
por guindastes próprios , até o local de assentamento. fate prt1cesso tarnbém aceleta o
tempo de asser1tamento da .·ia _
Nas linhas ferroviárias de um modo geral, a dilatação dos triJhos devido à.s va1iaçõei;
de temperatura, acarreta problema que devem ser cuidadosarnentt: examinados, verifi-
cando-~ se a \ia resi~le vertical e Jateralrrtente ao~ e~forços originados, quando não puder
r,e dilatar livremente .
Já está demon~trado qull uma via robusta e btrn estabelecida re&íste bem aos esfor-
ços originados pela dilatação dos trilhos e não necessita de dispositívoo c~pecials de dHa -
lação, tomando-se, e[Hrecanrn , precauções e~pedais em sua conservação_
o =_.!::!_= E 6/
S l
Otl
Em que ;
S =
Seção trans !lrsal do trilho
N = Força ax.ial
u =
Tens:fo de compressão ou t raç âu
E = Módulo de elasticidade do aço= 2.100.000 kg/cm~
l "" Comprimento do trilho
6.l = Alon.ganumto ou encurtamento com a ,•ari.aç.ão de tempcrntura
~ = Defonnação url.i cárj a
fit = Variação de temperatura
a = Coeficiente df.l dilatação do aço du trilho = 0,0000115.
Enr.ão:
ô.i = /o:.6.t
nl
~ --
1 = cx.!J.t = 0,0000105 X 60 = 0,00063
Como vemos., esta é uma tensão que o triU,o pode suportu, mesmo som11n<lo-~~ a
outra que o trilho suportará, oriunda da p~agem dos trnns , já que a tensão elá~tica dos
trilh~, como vimos , ,é de aproximadamente 4 000 kg/cm~_
Se a soldagem foi efetuada a uma ternperaturn. média, aquela ten.~o devida à varia-
ção de temperntura ficará reduzida à meta de ( 6 SOkg/ crn 2 ) .
SOLDAGEM DOS TRfLHOS- 91
6.3.3 Conceito de Trilho Curto, Tri.lbo Longo e Trilho Cootfnuo. Comprimento Máximo
de Trilho Curto. Comprimento Mínimo do Trilho Longo Solda.do
Os trilhos s.!o considerndos curtm, quando as folgas. nas Juntas são ~-uficientes para
permitir a dilataç[o e contraçáo dos mesmos, i~to é, nos trilhos cun:os o.s trilhos adjacen-
tes não exercem, entre, si , pres.sões através dos seus topof> e nem através das talas.
rilhos longos são aqueles em que a folga nas juntas é insuficiente para permitir .a
dUataç[o, acarretando, em consequência, tensões intenlllS de tração ou c:omprcss:r,:i nos
mesmos.
Trilho c,'Onli"mw é aquele em que, além da condição de trilho longo, tem um com•
primento lal, que em sua parte central existe uma extensão fixa que não se dilata e em
estado de tensão máxi:m a.
Observe-se que não ·falamos em Jilatação lim: , pois e~ta quase ~rnpre não exi51e.
De -um modo geral a fixaçáo dos trilhm e o aperto das talas de junção impedem essa
dilataçã"o livre, princípalmente tl(!S ca~os de serem usadas fixações elásticas. Entretanto, a
linha ,m.entada com fixação rígida (pregos de linha ou tirc:fond5) com ta.tas m.u apertadai,
bem como linhas. mal conservadas, se aproximam da condição de dilatfü;:ão livre_
Atualment-o, a tendência é de se chamar trilho lcmgo soldado (t.J.s.) ao:.;. trilhos que
obedecem à condiçio especificada. para os triJhos contínuos e é es~a a denominação
que adotaremos doravante. Aliás, isto é justificável, pois, na prática, raramente se cum.
prem as condiç.ões de trilho Jongo, aentro da conceituação dada no inicio , fuocionando
M vias soldadas, em geral, como "trilhos contínuos", que agora passam.as a chamar de
trilhos longos soldados,
6. 3. 3. J T wria da Dilatação Limitada
Antigamente , li.mi tava-se o comprimento dos trilhos na via férrea., baseando-se na
teoria da dilatação livre, para que as folgas nas juntas não fo~em exageradas. Acontece,
entretanto, que o atrfto trilho-dormente-lastro impede es$a dilataç.ão livre e cria tensões
internas de compre:ss[o e tração nos trilJ1os ,
O atrito lrilho-dorment~ é de grande valor se a pregação for el.btíca ( tipo K por
exemplo) e nas pregações rígidas (prego e tirefond), onde o poder de retensão é baixo,
r-ecotre--se ao retensionamento •Com o acessório denominado ''.retensor''. Desse mudo, o
·esforço tn1ho-dom1ente é transJerido ao lastro, onde estão parcialmente eng_astados os
dormentes.
Ao aumentar a temperatura do trilho, a dilatação se lnic:ia nas extremidades do~
trilhos e progr:ide gradatjvamente para o centro, Como as resistências ofer~idas pelo
dormente e- lastro vão crescendo a partir das extremidades, não haverá mais. movimenta•
çã'o num determinado ponto em qu~ a soma das resistência~ atinge o vaJor da força resul-
tante da díla:tação,
Desse modo, teremos duas ionas extremas do trilho que se movimentam, nas quaís
as tensões são cresc~ntes e uma zona central imóvel. As duas extensões extremas que se
$2 - ESTRADAS OE FERRO
Teremos : 1
N- R+
l d rd:x
Donde N = R + Jd , r
v=N -,. R
Sendo N = S - E · à · At
. S · E · al'lt - R
Flcttá ~ = r
(S móx. = EocA t
(tração ou compr. )
Pig. SS
SOLDAGEM DOS TRILHOS-93
O valer de- R (reshtêncla da junta) poderá m negl igenciado, no caso de tala.~ mal
apertadas e lubrificadas ou no caso de juntas especiais de dil:atayão, colocadas no extremo
do t.Ls.
Tanto o vai or de R como de r d~vem ser pesquiiill.d o~ . cxperime ntalmente . para cada
tipo de supere ~tru tura de via .
Poderemos indic.a.r os seguintes valores para. c-s;sa~ resist~ncias:
a) Nas ferrovias alemãs., Schranun cita os seguintes valores ("Técni a e Economia na Via
Pennanente' '):
R "" 5 .000 kg -valor médio para superestrutura "GEO".
r = 4 kglcm/trilho-dorme:nte de madeira
r = 5 kg/cm/trilho-dormente de con,c:.reto
r = 6 kg/cm/trilho-dormente de aço.
{Resistências em cada fila de trilho}.
b) Pa:ra os Esta.dfü Unidos, s~gun do as experiências da A REA ;
Dormentes de madeira, com retens}onllltlcnto alternado:
680 a 907 kg/ donnen te t'l por uilh o.
Dormentes de madeira, com retension.a.mento consecutivo:
317 a 544 kg/dormente/trilho.
e) Para as f~rrovia~ italianas, Corini indica o valor:
307 kg/metro de trilho ,
ri) Garcia Loma.s. índica o valor:
600 kg/m de via ou seja 300 k.g/mdro de trilho
com dormente de madeira,
e) Pa,a o Brasil a ''Sofrerail'' indicou os ~eguintes valore~ :
300 kg/dormente a 700 kg/dormente
de acordo com o estado do lastro, o que equivale a 150 a 350 quilograma/dormente e
por trilho.
Como vemos, os valore-s são dlscrepantes, pojs dependem do tipo da superestrutura
da via, :principalmente do lastro.
Confoane vimos 110 item anterio-r, a condição do trilho longo é s.ati~feita quando
l > 2ld
s.endo l S&ti t - R
d - r
Para calcular esse comprimento m{nirnõ, teremos inicialmente que fixat o intervalo
da variaç[o de temperatura t.t.
Vamos chamar do Im-:v =·
o limite máximo de temperatura ,. tmrn,
, o limite inferior e
~ = temperatura de colocação do trilho, isto é, temp ra tu.Ia do trilho, qu anda o mes.mn
é fixado aos d01mentes sem tensões e apertados à.'! talas. Esta temperatura, correspon-
dente à ausência de tenst'.les co~tuma chamar-se temperatura neutra.
94 - f:SiRAQAS DE FERfW
tm _ t .
Rli,X..
+ t"Tilfil
,
a) Trilho 'J'R 37 (S =
47 ,29 cm 2
h) Resistcncia longituduial trilhu-dormente-lastro = 200 kg/dorrmmte/trilho,
e) Número de dom1entes por quilómetro de linha: 1 750
d) Vamos de:.pre1,.a r a r~sis te ncia das t11I as de ju 11ção
11) !=lxação a prego de linha
Extremidade do trilho que se dilata (dilalõlção limitada) ;
SEa (t · - t1 )
td = -max, _e - ( compressão)
r
200 200
r = - -- - -
1,000 /t.750
O,S 7 = 350 kg/m
Logo:
/ " d m&x. = 47 ,29 x. 2,1 x lO~ x 115 )( io-'7 (45◊ - 1Oº) = ·114 "'1
350 ,... m
Enta:o, conclui-se que os trechos extremos do trilha longo que dilatam são de
81 ,58 m na compress.ão e 114,21 m na tração, quando s.e atingiI a temperatura mínima.
Neste caso, o comprimento mínimo do trilho longo seria:
l = 2 x H 4 ,2 1 = ~ 22 8 m,
Cada par de trilho Iongo soldado {t . 1. s .) exigirá, então , só nas extremidades que se
rnovimenlam, 1 600 rctcensores.
Na par te central do t. 1. s. deve.se tem bém co] ocar re te nsores, no caso de linha com
fixaçlio t:llreta, a fim de se evitar que , na ocorrência de uma fratura, as seções se 1eparem,
,estando o trilho tracioriado. Nesse caso os retens.ores poder[o ser alternados nu , mesmo ,
sal ta.rido-se dois dormentes e retenslonartdo um, em "caixa".
11ê i ll
1
ld
Fig. S&
da contra.ylfo desse mesmo elemento, devido às fo1ças de sentido contrário (reaç[o das
talas e do la!ltro),
A variação de comprimento 6 /, conforme já vimo.s é dada por:
Integrando :
rfl.d
U = o.fitla - - - (1)
2ES
Mas , no ponto de equih'brio das duas forças, onde não há mal~ movimentação~ teremOI! ;
rld = ESa:t.t (2)
rld
logo, a:tit = ES _ Substituindo em (1);
Condui-se que o valor da junta entre dois trilhos longos (des.prezando-se a reação R
das talas) ser:l.:
· - ZU-
J- - rlJ
- (4)
ES
r
U= 2ES
ou
_ + R d _ + dilat11ndo
fJ - - ESo: sen °- -
con traindo
2
'esse caso U = ~ (Irnix, - O; 1,
mente das van tag~ns do trilho· longo, ter -se -ia maiores ç x. tensões a rete n~ion ar. maiores
trechos ..instáveis", maior número de juntas e com possibilidade de distribu.içã'"o de tensõc:;i
de modo assimétrico noo trilhos.
6.:J. 3.5 Comprfmenw MtiY:imo do,t Trilho.~ Curtos, com LA·re Dilatação
Em linhas férreas de p.adr[o inferior e mal conservadas, pode não ser conveniente
optar•Sl: pe]o trilho longo soJdado,
Cabe aqui, então. anaUsar qual seria o comprimento máximo dos ''trilh05 curtos'' ,
Vamos admitir a livre dilataçâo, que se aproxima da realidade, no caso de linha~ de
,co11s.erv,1çi'o deficiente e com talas mal apertadas.
Admlti remos, também, que se observe o intervalo de temperatura ( t' e - t" cl para a
c.ol.ocação dog, trilhos e uma folga rn Ax.ima de 15 mm.
Adotando-se o mesmo jntervalo admiti.do nos exemplos anteriores, isto é:
tt e = 35"
t" e ""' 45"'
ter-se~á:
,r = _ _ _..,:)_'- - -
0: ( t ["ç"láx. - t'c)
!' = 0,015
(dila ação)
115 X 10 1 (60 - 35)
1,r = 0,0] 5
(con traçà"o)
I 15 x 10-? (45 - 10)
Então :
l' ~ 52m
r" - 37 m
as: condições indicada~. teM1:-ia que optar pelo emprego de trilhos d.e 36 m, sol-
. dando-se t~ trilh05 de ] 2 m ou dois trilhos de 18 m, Deve.se entretanto observar que,
para temperaturas intermediá.rias. entro 35° e 45°, o comprimento da barra soldada in fitu
poderá variar, em função da temperatura no m omen.to da soldagem ,
6.3.4 Fbunibagem da V'i.a. Cuida.dos especiais na Iinha com triJh os longos soldados
De acordo com o estudo feito nos itens anteriores, ficou suficie:nt-llmente demons.
trado que não há limite pa.ra o comprime11to do trilho longo soldado_
100 - ESTRADAS {)f; FERRO
mn que :
át = eievaç:ãn de tem~ ratu ra , acima da temp,eTatu ra neutra ( tempe r.u u1 ,1 em que o trilho
se apresenta :;;ern tensões};
r, == resi~tencia ao cles!ocamer1to transvernaJ da linha em kg/cm~
1 = momento de inércLa da via, no plano horitontal, em cm 4 ;
:ae erros de alinhamento da via. em cm ( unda de flambagem),
õt-/ 7 83lrt - J
g'.l ' f
R <-- --l --
000
-- -
s. ll.t . f
13,92 · J
O va.101 f - deficiência de ai inhamen to, para Iinhas bem e on servadas ( que admitem
o trilho lo!}go soldado) pode ser tomado como S,O cm.
Com relaçfo ao raio m(nimo para permitir o trilho longo soldado, Oll estudos de
Roger SoneviUe (SNCF) indicam que, além de ume linha com boa conservação, boa mls,
tência dinãmica (trilhos bem dimensiona.dos, bom lastro , com perfil adequado e dormen-
tes pesados) e consolida da ., dave .se ter:
R > 2 · S · Ll.t x O,24 · a C
T
Em que:
R = raio mínimo em metros;
S "" seção do trilho em mm~ ;
át = e]evaç:ro de temperatura aclma da temper;itu.r11. neutra;
a = espaçamento entte os: donnentes, em metros:;
T ""resistência estática de cada donnente (medida) em kg;
C = coeficiente de segurança, que o autor aconselha tomar de três a quatro, conforme a
velocidade.
O vai or de T é também indicado :pelo au tot, pua donnen te de. madeira.:
- Perfil normal da. SNCF, com Hnha esta.bili:z.ada. banqueta de 90 centfmetro5 (além do
trilho) - 340 kg,
- Linha guarnecida de lastro at6 o ni'vel ,upetior dos. dormenw - 410 kg.
- Linha gu.arnecida como anteriormente. mas com lastro oito cm acima da cabeça do
dormente, na banqueta - 600 .kg.
102 - ESTRADAS DE FERRO
Entif.-i, ~ s~· fa !or p,,J er1 ~e çr1mparado parJ. nutros tipos de via. com outras variações de
tern pt•r<11 ra ,
Cumpre r~ssalla1 qt1c riàu ~~ riJ co,n·~ n.icme o a~s.enlamento de , •ia em temperaturas
rnJi.s elev ad:is . paia dimi nui r n vale r de J r· poh incorrnrúimc:is no risco de ter elevadas
ll?nsõcs di: trnç:Io .
x.emp l iflcando, pa ra o L" ;i. o tle via permammle <le bitola de metro com tr:itilos
TR .) 7, l 7 ~U dorrnentll~ p m q11 ilomelro e ílxação a p,ego lcri'.:unos :
- peso do durmente 53 ,0 kg
- p~so da fi >i.aç-ào ( i n d usive ph1ca de apoio) 7 .o kg
- ola] 6ü,O kg
- espaçame ntl> entre dormentes: 0.57 m
- Ó tlllii.X. = 6(l - ;l5 = 2 5n
'
SOLDAGEM DOS TRJLHOS 103
Então
Ir - 0 ,23 1<. 15 = 5 ,7fi
Vê -si.: que o valor encontrado~ plenamente saiisfa tório ,
Alguns. cuidados terão qtle, se r ob~crvadu~ na çon s~·n·açãi I rl1 ú ~ mm trilhos longos
soldados,
Existem serviços na cons.el'\'ação que não modlt1oam a estabil i<ladl: dos t .l. s. e podem
ser C}xecutados em qualquer rempcratura dos trilho~. A trmp-er.itura, na qual ~e fez a
fixação do trilho , dentro do intervalo de "te'mperatura neutra", d1amJ-se "temperatura
de referência" e deve ser conhecida pelo encarregado da cumervaçãn do trecho,
As operações que podem s.er exccutada5, a qualquer temperatura são aquelas que
mio acarretam qualquer desloçamento dos dormentes e 11ão desg,lar11Ccem a via. Todo~os
trabalho~ que diminuam a estabilidade dos trilhos longos sol.dados só pode1ão s.e r exe-
cutados no [ntervalo de tcmperntura :
Apenas nos casos em que a ''socaria'' e '·p~xarncntoM são executados por máqu inas
pesadas esses limites poderio ír a:
(tr - 25'~) e ftr •ln l 5u)
Nos casos de abl>oluta necessidade de execução desses serviços fora do~ lntervalos mencio -
nado~, há necessidade de se reslringir a velocidade do~ lre □~.
Após a execução de qual.quer trabalho que diminua a c:~tahHidade da via (levante ,
ou deslocam.en~o~, ou desguarnecimentos), só se pode considerá-la novamente esiabiH-
zada, a.pós a pas.r.agem de dete1minada tonelagem sobre a mesma. E~se período chama-se
"período de estahili,;aç à'o".
Segundo indicação dos engenheiros da SOFRERAIL (França) o p€Ifodu de estabili-
uç.ão é de 20 .000 toneladas para vias com dormentes de concrnto e 100.000 toneladas
piara. as vias com dormentes de madeira .
Conforme j.t salientamos, o defeito mais sério que pode ocorrer em ttecho com
. trilhos longos soldado~ é a deformaçfo no plano horizontal, por flambagem.
As. rnrm as de manu t nção de\·erão exercer toda vigilância, para sohcitar a resi rição
de velocidade ou ~upressão do náfego, se aparecet esse defeito e depois ~s.quisar a cansa
do fenümeno e corrigi-lo, '
Este processo, bern como o ''oxiacetilênico" , tem a vantagem de ser tudo autom::I•
tico, executado por máqulna fü(a e independendo, pois, de per(da do opera,dur,
Consiste em elevar.se a t~mpcratur4 da~ pontas dos trilho-s a um valor Lal que a
soldagem se faça por pres:sãa , após a quase fusão da~ pontas.
Emprega.se por isso uma corrente de baixa tensãn, e de muito forte intensidade -
12 000 ampere~ no pré-aquecimento e 60 000 ampêrcs nu push-top, produzidà por um
tnrns.fomtador especial.
Um do~ trilhos fica fixo , enquanto que o outru é dmaúu de movirncnlO al.ternativo,
aproximanclo•-"C ~ afa~tando-se o fri.lhu fixo; fomJa.se entao o ''arco-.·oltaico", entre as
duas pontas dos trilhos. O "arcu", no início da opernção fracamen e percepu\el , inicia
um processo de aquecimento das pontas, que progride rnpid:1Jm:nte com o aumento de
intern.idade do faiscamento .
Quando as pontas dos trilhos começam a se fundir, o moYimemo alternativo se cem-
verte em Wntínuo, o metal oxjdado superficialmente dµrante o a4uecime11to der.aparece
e m vapores metálico~ impedem o acesso de ar e, por con~egu inte, a oxidação.
Quando s.e con~umiu certo comprimento de mern.l (8 a l O mm}, soldam-se o~ trilhos
por aproximaç.ào e pressão, 1:ujo \'alor é de SOO :i 600 kg/cn/. Após a operação ile solda
propriamente dita, ~ feitn o tratamento témlico da rne~ma e Jepois o ~eu acabamento
( esmerilamen to).
O carregamento das barrn~ é feito utilizando-se uma estrutura com mle'tes, onde os
trilhos correm para !iétem carregados no~ va_gõcs adrede preparados.
E5te processo, que é u mais moderno , foi aperfeiçoado nos. E.!-.tados lJnído~. E tam-
bém chamado de •·~oldagem unifáska'' , porque toda a opcra.çãu e" executada na fase
"$<>lidus" do ma te ri a] . :\' ão há fusão da.-; borda~ a ~-e rem sul dJ das e a ope raçáo se real iz.a a
temperatura relativamente mais baixa . O aquécimento das ponta~ t prudu,;id() por uma
série de cham:l.~ periféricas de oxíacetileno . ru duas ponta:; dos trilhos sSo cumprimida~
uma de encontro à uutra. com uma pressão superior .a 200 kg/cm 1 . Quando a rempera•
mra do metal atinge 1,150º, qu.e está muílo abalxu da linha "sol idus", .i pressão ccms-
tante exercida prnduz; um cnc:a[(;.imento das duas ponta~ du~ trilho~. Ocpois de um certo
tempo em que a 1emperaturn é mantida, a :sol<la deixada para esfri11r é su hmctida a traTa•
mento térmico ( normaliz.açâo).
A reação teni lugar em alta temperaturn , acima de 3 ,OOOªC e necessita, para iniéiar.
de um calor na temperatura de 800 a 1.000.,.C, prosseguindo depoís rapidamente , até a
combinação rnta[ do aJurnínio com o oxigênio, li~randu o ferro .
SOLDAGEM DOS TRILHOS- 105
Para a operação de ~oldagem, emprega-~ o óxido de ferrn granular e p{'.!· <le aluin•·
nio, (lutl jii vem corretamente misturados da fábrica, constituim:lo cada ""porção de solda ",
a quanüdade que dará para a soldagem da junta de determuudo tipo de trilho . O aço
l(quido resultante da rea.çlio mencionada é de 11ominado termita; o óxido de alumfruo e o
~o liquido se separam por diferença de densidade, ficandu o óxid o de alumínio , mais
leve, na par te superior tlu •·e adinh o" ,
~ a s.o ldage rn aJ umino Lrrmk a, Lem •:le as seguintes op eraçúe s:
a) preparo das pontas dos triJho~ - ,is dua~ extremidades dos trlllw~ devem estar limpas,
alinhadas e com uma folga de J2 a 15 mm,
b) Nivelamento - a~ ponta~ dos trilhos devem ficar sul tas· da fixaçãu , pelo mrnos no&
três primeiros dorme.nte~ e calçJda.~ de motlo a ficarem ligeiramente levJntadas , com
um.a diferença de l a ~ mm . ua ex U'Cmidade de uma régua de 1 m de rnmpri.me11to,
e) Colocaçãu da fôrma - urna fo rm a pril-fahric.ida é colocada 11a junla , erwolveudo as
duas pún tas do~ trilhos.
e) Colocação do "cadinho" ...ohre um tripé própriu é assenLado o ·•cadinho" , com
forro de rnateria1 refral;iriu. cum um pino de vedaç.ão na sua pane inforior, qu~ será
''balido ' para o interior, no mome 11 to da ''e cwrid a", Dentro do cadi.nh o ~f' coJoca a
'·porção de sol da~.
As forma~ que são e ol ocadas nas ponta~ do~ trílh o~ i;iiu fabricadas previamente,
utilizando-·e uma mhtura Jc arem de quartzo , óxido de ferro e silicato de só<llo , este
último funcionando como lig~mte.
Após co] ocada a mistura e.n1 um molde de ch.apa , para provocar o seu en dured-
rnefl to rápi<lo qu0 permite rntirá-\a do mui de, dá-se um jato de C0 2 no material dentro
deste , füta aplicação dá à fôrma uma rigidez inicial que perm ite retiní~a do molde .
Ao ser injetado o C0 1 , dá-se a seguinte reação:
l1laSi0 1 + C0 2 ,Va1 C0 3 + Si0 1
A de,carga de C0 2 é feita en, tlois a seis segundos .
Após a [e tirada d<J molde. a forma é submetida à sec~gem. que pode ~~1' "ao ar" por
48 hora.~ ou em estufo própria , na temperatura de 60ºC, depois elevada a l SOºt , du .
rante uma hora , quando ejtlfá conduida a secagem da forma,
f) Pré-aquecimento - é a mais importante operação da soldagem alurninotérrnica. hH-
za-se para e~ta oper.ição um maçarico que queima o gás propano-butano uo ox.igtiniu .
O pré-aquecímemo termina quando os topos dos trilhoo alcançam .ip;oximadameme
950° C e atinge a coloração vermelha característica .
g) Reaç.io e sangramen Lu - tcm1inado o pr~.aquei:illiento, in1lama-se a mistura: colocadi!.
no cadinho por meio de fósforo plóprio e uma ve.,. compleLada a reaçãu (o 4ue ~ nota
através de óculos) faz.-se o ''sangrarne11 to", batendo para dentro do cadinho o pino
vedador, o que acarret~ a corrida de ''tennite" para dentro da fônna. A reação dura ele
15 a 20 segundos .
h) Decorri.dos cinco minutos após a "corrida", retiram-se as fônnas e inicia-se o "acaba-
mento'' da suJda a quente. A~ rebarbas de aço são retirada~ com a ferramenta chamada
••corta-qu ·nte" , batida com marreta de' 4 kg.
10/S - f?STRAOAS DE FERRO
Esforços qt~e Q(1wm subre a i,·ia e sua clbssifüwçiio. Cálculo dos momeruos fletores. Esco-
lha do trilho a empregal'. Tensiio no con.tato roda-trillw.
Teoricamente, a via fénea ~ó deveria sup01tar O& esforçOll resultantes do~ pesos dos
veículos e a força centrífuga exercida por estes, nas curvas. Porém, a ação dos esforços
normai~ é modificada pelos anormais., que desempenham um pape1 importante na re&is-
tência da via e derivam das características ioerentes â me:sma e em rdaçã'o com as parti-
cu.laridades construtivas. dos veículos.
Podemos entio, em primeir.a aproximação> dividir os esforços em:
Não ~ó para condição de segurança da via, mas também por razões de economia ,
deve-se exigir uma via de maior resistêncía e por conseguinte de maior duraç.[o .
O perfei•to conbecimen to doo esforços que atuam sobre a via será útil , não só para
se me:lhor dimensionar os elementos qu~ a compõem , como também para identificar os
d.P-feitos que aparecem e corrigi-los mediant um serviço bem programado de manutenção .
Poderemos também dividir os esforços que atuam sobre a via em :
- esforços verticais
- esforços longitudinais
- e.sforç os transversais ,
g) Defeitos da llnha de um modo geral, quaJquer defeito na linha gera uma sobrecarga
na distribuição das cargas verticais.
7J .2 Esforços Longitudinais
b) Movimento de "reptação" - com a passag,em das H1das, o tr.ilho sofre uma defonnaçã'o
elástica, que o torna flcxtonado, gernndo tensões de compressão e tração no mesmo.
e) Golpes das rodas nos topc:is dos trilho:s - as rodas dns ve1cu]os aq encontrar o topo dos
trilhos, pri:.ndpalmente em junta~ _defeituosas, pode gerar um componente de força
cuja tendência é deslocar o trilho para a frente .
d) Esforço trator - o esforço trato, na roda, em funçã"o da ''a clerencia·' (atrito estático)
gera uma força paralela ao trilho.
T10 - ESTRADAS DE FfRRO
e) Frenagem - a frenagem do~ trens produz no bolelo dos trilho~ um~ força de atrito.
longítudinal e no sentido do movimento.
f) A trito dos frisos das rodas nos. trilhos - lambem pode gerar uma componente de força
longitudinal à \'ta_
7. l .3 Esforços Transversais
a) Força centtífuga - nas curvas, a força cenliífuga, não compensada pela superelevaç.ão
do trilho ex terno, produz um esfor. o tnim;versa.l no referido trilho,
b) Mov imento de laât - nas retas, devido à irregularidade na via ou defeitos no material
rodante , surge um movimento do veículo , em torno de um e íxo normal ao plano do:s
trilhos, fazendo com que ota a roda externa de llfll lado , ora do outro, se choque
transv!HSã1mente ao trilho, no r.euti.do de alargar a bitola.
e) Vento - como o material rod1u1te oferece uma superfície exposta considerável um
fortê vento pode criai um esfQrço dos friso~ das rodas, no sentido trans.ve1sa) à Unha.
cd =A +BV+CV 2 '
chegou ao valor:
Cd ,,,, l + -Y_ +
100
(--5__),_
100
CÃL CUL O DOS MOMENTOS Ft. E iOFtE S ·- 111
sendo V em km/h.
O autor já citado G. Schramm jndica a seguinte expres~o:
1 5 V3
10 000 ººº
fasa e ·press[o foi obtida de aéordo com experiencias efetuadas na Alemanha. Se
compararmos a~ citações ma.is antigas com essas duas express:ões. mais. modernas, consta•
ta.mos que erni:s úl lima~ dão valores bem mais baixos do que as primeiras. Naturalmente
que o coefl.de nte de impacto tem que .levar em conta o padrão da via e ~ss:es valores mais
baixos para Cd fo ram obtidos em linha~ de a1 to padrã:o técnico, com fixaç.õe.s elásticas,
lastro de boa qualidade e boa platafonna.
Para vias de padrão médio ou inferior, julgamos ser mais prudente usar. um coefi-
cie-nt.e de impacto entro 1,3 e 1,4, conforme a "''eloc:idade, ficando do lado da segurança.
'
7.3 CÁLCULO DOS MOMENTOS FLETORES
A hipótese de apoios rígidos é pouco realista e s.ô pode s.er consid rada como caso
limtte ; na apiícação prática, fica reduzida, por exemplo, ao caso da via ser assenta.da sobre
obras metillita~ (pontes' sem est rado contínuo) e algumas obrns de concreto. Winkler
concluiu que a pos.içã'o do carregamento que dá o mâximo momento ftetor é o represen.
tado na Fig. 57, em que o carregamento é alternado.
p ,p p
o l
a o a o l
o D a o l
a o
Fig. 57
t 12 - ESTRADAS DEE FERRO
Assimilando o trilho a uma viga contínua sobre mlmero ínfini.to de 'l'ãos e a.pJicando
a equação dos três momentos sucessivame11te a uma série de gr:up0s, de tre~ apoios a pa:rtir
da cxtre,midade, chega-se ao valor do momento máximo no centro do vão ;
Mmâx. = 0,1875 P · Cd - a
em que :
P = carga estática por roda
ed == C.IJie ficien te dinâmico
a - distância de ei.xo a eixo dos dom1entes.(vão da viga contínua)
p p
'
LJ
a LJ
a w o L..J L.J
a LJ
a I...J
Fig • .'i8
2~ hipótese:
Considenmdo a elasticidade da plataforma, do lastro e do~ dormentes, admite-se
que o abaixamento de um ponto do dormente (recalque) é proporcional à pres'S!"o unitária
exercida no contato do dormente com o lru;tJo , ou seja:
p=C , y (1)
CÁLCULO DOS MOMENiôS FLETDRES - t 13
em qu~ :
p pres~ão exercida pelo dormente no Lastro em kg/cnl;
y "" recalque em cm ;
C coeficiente d proporcionaljdade, que recebe o.nome de coeficiente de lmtro.
Baseando-se nessa mesma hipótese e raciocinando com a carga total R em cada
dormente ao invés da carga unitária. p, pod.ería.m06 escrever:
R
-=D (2)
y
Teremos:
p = C e R -> D
Então, C é a. carga unitária (p re~sfo no lastro) que acarreta o rec-alque unitário e D é a
carga em cada dormente (igUal: à reação de apoio) que produz o rec.alque unHárto.
Rebção entre C e n :
Para y = 1 teremos:
P =e
R=D
.,
□ntlio p= sR =sD = 'C
Logo D = e -s
A área de apoio S tem por valor:
S =b·e
s.endo b a hrgura do doITTiente e e a di~tância de apoio I no ~u tjdo do c-omprimen to do
donnente e já definido por faixa de socaria (Fi!ii, 59).
Então:
D=C • S=C·b · c
Fi.g .. 511
1
[C] = - P = kglcm
· == [ kg , ]
y cm 1 cm~
Valores de C
O valor de C, determinado experimentalmente, va.ria de três para um lastro de
saibro &obre pl atafonna de má qualidade , sem drenagem a 18, para um lastro de pedra
britada ~obre plataforma muita boa,
A fim de cheBannos a uma conclus.ão quanto ao valor de C a adotar em cada caso,
na prática, dependendo da} condições da linha, vamos citar o~ ,•alures e11contradoi por
diversos pesquisadores,
a} Experiências de Hantzchel na estrada de feno Alsácia- Lorena
Lastro de pedra britada, sobre os seguinte~ tipos de plataforma :
saibro - 2,6 a 3,3 kg/ cm 3
areia. - 5,3 a 7 ,2
argila compacta - 6 ,8 a 7 ,S
rocha - 7,6 a 8,9
fundação - 15
b) As ferrovias japonesas indicam C = 5 para uma p1ataforma regular e C """ 13 para uma
boa plataforma .
e) Garcia Lomas (obra citada) indica:
C = 3 - cascaJho 1>obre terreno argiloso~
C = 8 - bom Iastro ~obre terreno firme ,
CALCULO DOS MOMENTOS FLET0RES - 1 t5
Como vem o~ , os valores de C var[am numa vasta gam a dependen<lo do tipa de plata-
forma e su pcrestrn nua. da via_
Deveremos , pois, e~colher seu valo , para cada ca~u, dependendo do padrão da via
permanente.
Para linha-s de: padrão mais alto, cüm ~ublawo compactado e lastro de pedra britada,
utilizllfemos o valor C "" 15, que ~e aproxima do valor indicado por Schramm.
Para linhas de padrão mé<lio ou tn feriOr, terem os que adotar valores m[IJs baixos
(cinco a oito),
M1 M2 M3 M4
f
1 1 1 1 a a o
RI A·2 R3 R4
Fig. fiO
ou:
R1 • a ""' M ~ ,·• R l - Mz
a
Substituindo:
5M~.. a ""_
~
1_ Pa1 + GEi
8 a
(-1'2D.': - MDai - M1.)
Da
CALCULO DOS MOMENTOS FLETORES- t tl
6EI
Façamos Da 3 = "f
O va]or de "f passa a chamaHe coeficiente dq superestnUU.ftl e é adimensior.ial _
Entl!'o;
5M 2 =- : Pa + 'Y ( ~ - 2M1)
M _ 41 - 3 . p . a
1 - B (5+ 2y)
O momento máximo ocon:erá no ponto de aplic3çáo da carga e terá .o seguinte
valor:
P a 4y - 3
Mmií,,:;, = 2 x 2 -t S ( 5 ;,- 2)') Pa
M . =p . a [2 ( S + 2-y) + 4-y - 3 ]
ma.ii. 8 (5 + 2-y)
Donde :
M . "" 7 + 81' .p •a
max. 8 (S + 2r)
Como até agora, utiliumos apenas a carga estática P, deveremos multiplicá-la pelo
coeficiente dinâmico C11 , ficando frnalmente,
R1 == R 3
MN -1 =MN+J = M1 ==Ml =o
YL -y3 M.,. =M1
118 - ESTRADAS DE FERRO
M2 M3
a o
RI R2
PJ8, 6l
R,
Y1 =-.-
D
_-
4 M2 a -
12Eí ( P 2M.-
- -- - - l
- -M2- )
ª D aD aD
MÓDUl..0 DE ELASTICIDADE DA VIA OU MÓD ULO U - I rtJ
. . "'f
e M~ = -2 ---
+37
-P , a = M m~.
·
EnUfo:
.
Então: U= -
se
a
C·b·c
a
ou
1c="-:----u-7
b •c
. 1
o
o
1
la
0
1
1
-1
□
r
Fig.62
-W = coe.;.·1 1c1ente
· de un·1·a
I ade.
Pt
Es.sa reJ ação, pai a os tri1h os atualmente fabricados é aproximadamente igual a 4 ,5,
em média..
Sabemos também que;
M=Wa
~XEMPI.O DE APLICAÇÃO ô:AS FÓRMULAS DE ZIMMERMANN - 12'
Logo :
M= 4,5 · Pt ·a
Vimos que a expressão dos momentos é:
M :::,, k . P )(Cd . a
kCd ]
Fazendo 4 ,Sa =K
_,,.__ __
7. EXEMPLO~CAÇÃOD
Escolher o tipo de trilho, entr,e ai fabrtcado11 pela C.S.N. e para 011 dados se,guintea:
- Peso por eixo: 20 toneladas
- Coeficiente de impac:to: 1;;
- Faixa de socaria: 70 cm
- l 750 dormentes. por quilômetro
- Dormente de 2.,00 m x 0,20 m x 0,16 m
- Coeficiente de lastro C = 9 kg/cm 3 •
t22 - ESTRAPAS DE !=ERRO
Soluçao :
a) a = 1l 000
750 = 0 ,57 {57 cm)
e)
'l
= I
6 x 2 00 x 1 6 10,8
57) X 11)4
= 9 66 (TR 4 5)
'
, 'Y 9,66
d)M - - - - P • Cd· a = - -- P · Cd· o.
2 + 37 2+3 X 9 ,66
1W' = 0,312 P · Cd · a
M'' = 0,433 x P x cd · a
Então :
Mm.áx. :a 0 ,433 x JO x 1,3 x 57 = 321 txcm
o= - - = 1 56 t/cm ~•
321
205 ,6 '
= 1 560 kg /cm'~
Conclui-se que , para. as condições dadas, o trilho TR 45 satisfaz, pois a tensão pouco
,exeêdeu de i 500 kg/cm 2 •
l l i':50 Pº ,333
O= RY ,211 Rg•31Hõ
Em que
1J = tensão (esfo,ço cortante) em psi (pound ~quare inch = lb/pol 2 ).
P = carga dinâmica (lb)
Ro = raio :nominal da roda (pol,)
R _ R1 • Rh
1 - Rh-R1
TENS)..O NO CONTATO RODA-TRILHO - 123
Sendo :
Rr = raio de curváturn do boJeto
Rh = raio da roda_, Da concavidade do friso {pol.)
Segundo recomendações da '"AREA'' deveremOll ter :
a < SO 000 psi (3 515 kgt cm~) para roda. nova
a < 61 SOO psi (4 745 kg1CJTI~} plll'a roda usada.
CAPI TU LO 8
Força ct:ntn ]úga e supereln·açtio_ Velocidade fímitt· na.~ curvas, Velocidaqe nunima dos
trem de mrg{)_ qtu:::' trofegam 11d me.mw via dos tre1n âe pa.ssa.geiro s_Sobrecurgu nas cun,as.
Si,perlargura , Inscrição I.ÍM Fe1r.ulos 1ws cim 1as. Contratrilhos. Correção do traçado em
planta_ Segt~rança contra o descarritatnento.
Sab~mm d:1 mecànlca, 4.u(: tDdo corpo ao percorrer uma trajetória curva c~tâ su-
jeito a um~ força, d1amad ,1 cent rífuga . que te m p or cxprcssâo:
F = m1 =
=--,
mr
p
F =- nw2
e R
Em nm.i \"ia ferro viária estabelecida num plano ho.rizontat, a força centrífuga desl o-
cará o veículo no ~e:nthlo do trilho externo , pro,,.oca.rufo neste u.m fo rte atrirn através dos
frisos das wda~. Se a grandeza da força ccntr(foga exceder um cerw limite, poderá ocorrer
o tombamento do ve(culo .
P = peso do ve {culo
F,: = força centrffuga
b = bitola (em metro)
B = di~tância de centro a centro dos trilho~,
ou seja: B - b + e
senc! o e a largura do bole lo.
Fig. lí3
ou P ~no: = F c coso:
F11, 64
Donde :
P sena = Fc
Mas , da Fig. 64 tira-$6 :
h
sena: = 1f
h mvl
B F e = --
Da( ' P-= R
ou :
h Pv 2
P-- = -
B gR
Donde se tira:
Bv1
h= -
gR
1000 V V
V=
3 600 3.6
FORCA CENTRJFUGA E SUPERELEVAÇÃO - 121
Teremos:
B V2
h = 9,81 )( 3,,62 R
(1)
sendo h em me1ros
Bem metros
R em metros
Vem km/h,.
Atribu indo.se então à superetevação o valor dado pela expres!.ão ( 1), tem-51! 101.aJª
mente equilibrada a força centrífuga e a re5,ulta:nte R p~ando pelo centro da via.
Para cada va1or de Ve do R , ler-$e-á um ceno valor p31a a superelevação .
Entretanto, uma curva de raio R pnde ser percorrida por trem de velocidades
diferentes: trens rápidos, de passageiios e trens leotos, de carga .
8. U Critérios Emp{rioos
Qua1 1,erá então o v.dot de J1 a il!i utilizado para o oálculo da superelevação, na
prática?
Existem diver$O$ critérios empíricos. Citaremos alguns ;
a) Adotar V ""' 2/3 Vmâx. = 0,67 Vrná.x.
b) Adotar V = 3/4 Vmáx. .., 0,75 Ym.íx,
e), i ·.a Bélgica , nas linhas onde predominam trens de passage-iros, é adotado o critério de
conforto, eot!o a superelevação é dada em funçlo da velocidade dos trens rápidos, Nas
outras Unhas, onde predominam trens de carga, é adotada II seguinte velocidade,
V= jtV 1 1 +t 2 Vi + t 3 Vj -+ , ••
Ít + t,. + t, + • ' .
Em sera! este valot condúZ a uma superel,evação vizinha e 7/] O da supereJeva.ç íio
teórica, o que leva a aplicar os seguintes vai ores:
V 140 120 80 60
e 1so 1'20 60 30
mv 2 PV2
FC=~= 127 R
entro:
PV~~" · + PViJ11'n ,
py• 127 R 127 R
--=
127 R 2
o que dá:
Vmá)l
l
+ V·lmfn.
2
V má::,.,
2 +v~mfn.
e V=
2
Neste caso, teríamos u:rn valor médio entre os pr,ecorrlzados peJoscritérios "a''e ''b'',
Deli8e modo, pa:rte da força certtT1fuga n[o é equili.brada, mas a estabilidade é garan-
tida através de um coeficíente de se!!l.J.rança.
Temos:
PcosC<.
p
Fig. 65,
F, = força centrífuga
F' .ai: componente de peso, na direção de F e
6F = Fe - Fj = força centra'.fuga não equilibrada
H "' altura do cent.ro de gravidade em relação aos tn1hos
d - deslocamento do centro de gra;-idade, d~vido à rna:ior contração das molas de um
bido
mv 2 Pv1 py2
F = - ""~ =---,,..-
e R gR 127 R
, 30 - ESTRADAS D€ PER RO
Entio:
PV~ h
p -F' ""'~f = - - _p...!!L
e 127 R B
p 2 (!.-~"" n ( ~, PV R
127
2
_ p.Ef..
B. ) · H
_!_ _ d = ,rH ( ~
2 127 R
_ J!E_)
B
~"'
B
~ __
12? R
l (B -d)-
nH 2
Finalmente :
1 h
P
=~J27R - ~H · .n {B_d\
~2 '}
1
O valor de H, altura do cent.o de gravidade em relaç,f"o aos ttilhos, deverá 5er pes-
quisado pna os div~rs.os tipos de ve.{culos.
Pua algum a:s focomotlva.1 diesel - ,e]~tricas, esse valor ~ de 1,50 m e paJa vagões
fedtados, eom carregamento até o teto, o valor de H pode a.tingir 1,80 m .
Pua d - (te.sloc.amento do centro d~ gr1vid.1de, pode.se tomar apwxlml.damcnte
igual a 0,lO m.
FORÇA CENTRfFUGA E SUPEffELEVAÇÃO - 131
Por este criti'irto, a superelevação prática é dada de modo que o valor da aceJe raçfo
centrífuga não equilibrada não ce.u5e desconforto aos passageiros.
A aceler.lçfo Cf!nttifuga n.io equ!Hbrada chama-se aceleração centn"fega atfl!a.
Segundo diversas experiências, a aceleração cen tr(fuga que uma pessoa suporta ,
sem sentir desconforto, estando de pé 6:
'Ym~. = 0,6 ms -·2
Vejamos qual a superelevação p1ática hp a ser dada por e:sse critério .
Ora, a expresslo teórica dá superelevação 6
Bv1
h= gR
Então: h:::, Br
g
A uma acele1açío centrífuga ativa , (não equilibrada) -ya, correspondent. uma par-
~la de superelevação igual a:
BV1
sendo ~ = 127 R
h = h _ 0,5 B
P t El
h.,.
,.
= h.' - 1•6 7 x O,S -
9 ,81
h -
''t
O085 m
'
1 - h 1,065 )( 0 ,5 - h O 05
e 1p - l - 9 81' - t - ' . 4 rn .
'
Sob 0(1tra forma , poderíamos então escrever :
(bitola 1 ,óO m)
Calculada a superelevação para uma deterrninatla curva de raio R, pelos dois. crité-
rio~, ter,se.-á que adotar o valor de \, que satisfaça aos. dois critérios., isto é , o ma im dos
dois. valores encontrados.
A velocidade com que o tr-em mah Iâpillo percorre cada curva vai variar de acordo
com a lotaç.fo do trem e o perfil da via . Sendo assim, o ideal seria obter , por cronometrn-
gem ; essa vefocidade , em cada curva . Uma simplificação será adotar o valor de Vm â:i,._ para.
todas as curvas de um determinado t11echo (entre estações, por exemplo). fase \'alor de
Vrná.-.:. será estabelecido em função do raio mínimo do trecho , conforme veremos a seguir .
O va]or da superelevação as~im cakulad~ é fixado no campo, através dos "'ma rcc,s
de rcfer6ncia' ', implanlado!<> ao lado da i.:urva, ohedecenclo a nomrn~ ,que cilaremo:s no
item próprio.
As "otmas Tfrnkas. para as. Estradas de Ferro Brasileira~, estabelecem que ''a resuJ.
trutie da.& forçac.5 que atuam sobre os. veículos deverá ficar contida flO terço médio central
da bitola , tanto para o trem mai:s rápido quanto para o trem parado sobre a curva" .
Assim sendo , vamos caJcuJar o valor da excentricidade da resultante e relaciona.ress.a
excentricidade, .com o coeficiente de segllrança n contra o tombarnento .
Suponhamos que a re~ultante R seja decomposta em <luas forças ortogonais Q 1 e
Q2, uma paralela à via inclinada e outra normal a ei;~a via (Fig . 66) .
Temos Q 1 = R cos (1
Q2 = R cos ( ; - p) = R ~en /3
FORÇA CENTR(l=UGA E SUPERE LEVA ÇÀO - 133
Fí,g. 66
Me G1 ·(+-d)
11 ;;; Jfr Q; H
n=
Rco5 (+-d)
{J
R ~cn ~ H
ou ainda:
n=
(f-a)
H · tg ~
134 - ESTRADAS DE FERRO
Donde :
_! _ d
M = ----
U
' X - d
H
Então
lli
Qual u coefük-nk Je sc:gurança . correspondente à excentriddade prescrita pelas
-
'
d
______J
normas, isto é , para que a rcsul tante pa~s.e pelo terço rnédio da bit ola'?
P:Jia es~f) caso deve. remus ter
.
' = __!!_ = l.065 =-- o.18 (bitola 1,00 m)
6 ó
ou
X = l ,67
6
= o,-JS {b irnla 1,60 m)
= 0,53 - 0,10 = 5 37
1l
o,rn - 0,10 -•
_ 0,835 - 0,lO _ 4 J
n - 0,28 - o:To - '
Verifica-se , pois, que para a bicola de metro , a. condição da resul lante passar pelo
extremo do ter~o médio dá um coeficiente de segurança quase ígual ao j:i adotado pelucli-
tériu do lombamento,, sendo que para a bitnla de 1,60, unt coeficiente hgeiramente menor.
Poderemos ter também a excentricidade da. resulta.llte em função da velocidade,
para uma curva de raio R, na qual a supcrnlevaÇão é hP .
Da eJtpressão já encontrada :
B ( y2
y- d = nH 127 !{ ~)
tira-se:
~ - d
2
ll == - - - ~ --~-
H ( -12_7_R
y1
-B •
!1p)
FORÇA C/iNTR(FUGA E SUPEF?ELl=VAÇÃO - 135
Donde:
Doud
B \ll
--
Jl.7 R
b) 7
- - -~
R
i- d
I
Temos, succS-.tjvamenw:
.t - d \.º hp_
H 127 R li
l:lV i .t d
e hp = lnR - B -H-.-
Conforme foi expo~to nas páginas anteriores , a supcrelevaçãõ deve ser c.alcu]ada. d,·
preforencia peJos, critérios racionah indicados . E útil, entnH:mto, que o~ mesh~s de li nh a
tenham um procesi.o prático e nipido, para casos de emergência , :ité que os ca1culos defi-
nitivos sejam foüos pelo engenheil'o.
Para tanto utiliza-se um.i corola , cuja flecha séj:i igual asuperelevação;
cl
/= 8R
Daqui se tira :
- ✓ RB\(2
e- 127
Adotando o critério de
ficará:
f"iB V ,
c=vm--~=
Exempllflcando, para a bitola de 1,60 e l ,00 metro {V má:-:. =o 80 e 50 respectiva-
mente).
4 X 1,67 X S0
127
_ / 4 x 1,MS x 50
e - -y 127
Um método racional seria de lemlinar hmáx. para qL1e haja estabilidade do vci'çulo
parado sobre a curva (F Lg. 61) .
__ j
P Pcos Q(
F111,67
P
Me = co~ ez ( ~ - d) = P ( ~ - ct)
.Mr = P ~e-na: - H = P J!. · H.
D
P ( -B ~ . h
2. -d =nP -B H .
nH _!:_""' .!!_ - d
B 2
138 - ESTRADAS DE FERRO
1· .max. ~~
H · n /B
\: 2 -d\l'-/
h
X
P
"" H-+
B
d
Donde:
VELOCIDAOE LIMltE NAS CURVAS - .t J9
Don de se tira:
vm.._ -
J( 127
h ,
~ +lin
--d
2
B .)
· ,/it
b) Pelo critério do conforto:
_ BV~áx.
Vtmos que hmix. "" 127 R - ti.h
( o 18 21,67 - o 10)
vmáx. = 127 #7+ 2 x: S
>
· vR
- 1,065 - 0,I0 )
( O 10 -2-
Vmáx_""' l 27 1,065 + 2X 5 . y'R
b) Crittrio do conforto
Vmo:.
, "" 127 (0,18 + 0,085) . v1f
1,.67
Ht
__ J
\
p Pco5 oc::
Fig; 68
6F-P ~ - pyi
B 127 R
VELOCIOADE MfNJMA DOS TRE NS DE C4RGA - 141
Mr -6F · H1 = ( P •~ l~~•R) Hi
Façamos. Me = nMr:
~ v -) · H
2
1'27 R . 1
V= 127(~ B
A velodJa.de mfn ima, para qu.~ haja segurança contra o tombamcrHo para o lado
interno, e no caso mais desfovorável, i·s to é, numa curva com a superelevação hmáx.., será:
V , =
mrn.
J 27 ( . h111i,.
B
-
_B
- d
.."__ ) · vR
H, 11
r;;
Ca~o o Ln tervalo de veloc ida<le Vmk a V mín. :;,13ja muito pequeno e s~ us cargueiros
têm que circular a veJocidadés bem mais ba1xa.~ .J o que os tren s de passageirc)S; poderia íe
· considerar um coeficiente de :;egurança n: um pouco menor (n = 4, por exemplol para o
cálculo de Vmín, _
Para exemplificar, calculemos o valor de Vmíu, para n = 5 e hitola de 1.60 m.
J-l 1 - H + hr - 2,00 + 0.18 = 2, 18
J_,G 7
.,
V
mín.
- //1"7(o,lS
-J127 \ 1,67' - 2,18 )( 5
O' lü)
. v'R
142- ESTRADAS DE FERRO
Donde;
V~ -se , pelo exernpl o dado, que a faixa de velocid,a de estaria e J1 tre 39 e 83 km/h.
A c.otocação <la :sup-erelev.:1ção nçi trilho extemo das curvas é foita distr"buindo-se
de maneira crescente, na~ cUJVas de tramição, de modo a que no inicio da curva. circular
a. !superelevação seja integral. No caso de curva& sem transição , a superel,evaçlo ê inic:iada
na tangente, de modo a atingir seu valor pleno dentro da curva; quase sempre. a ex.tensão
onde ex.isle a rampa de :superelerriçflo fica dividida enue a langen te, e a curva, metade
para cada lado do PC.
8A SOBRECARGA AS CURVAS
No caso da força centrífuga não "star totaltnente equilibrada , os pesos que agem
sobre os dois trilho serã"o diferente~: hav~rá uma sobrecarga no trilho externo .
Para calcularmos a distribuição de pefü em cada trilho, tomemos o~ momentos,
primeiro e.m .relação ao trilho externo e depois em rélação ao trilho interno (Hg. 69) .
'1
'd
L __ j
p
Fig. 69
SUPERLARGU.RA - 143
Sa bcmo~ que:
ou:
, Pv 1 b P
F~ - F = - - - P- = -1·a
~ 127 R B g
i:.F - H + Pt · B = P ( ~ - d)
Donde :
P. =
j
!
B
(J!.2 _
d\ _ 6F • H
~ B
Donde :
Pe
= !B (~2 + d) + 6F B· H1
Pe =B 2
P (B + d).~+ t.F B· H
8,S SUPE-RLARGURA
Já vimos que , em reta, dá-se à via, rlgorosamen te a bitola adotadá peJ a estrada de
ferro, que é a dis tãnci a entre as f ac.es internas dos trilhos.
Nas curva~, aumenta-se Hgebamente a bitola. chaman.do-se esse aumento de super.
largura.
Superl argura é, 1m tão, o excesso de distância em relaçã'o à bitola usada.
144 - ESTRADAS DE FERRO
S = supedargura em metro
R = raio da curva em metro ,
Esta fórmula dá S - O para R = 500 m, admítindo poi que além de SOO rn de mio
não se dá supe rlargura il curva,
Outra fórmula :
,..
.:i = -{i 000
-R - - :",. mm em que
S = superl argura em milímetro
R = raio em me trns ,
8.5.3 Re lação emre o raio da curva t: a folga total Uogo da via mais superlargura) para
que não haja esçorregamento da roda ex wma: seja f = folga total entre o rodeiro e o~
Lrilhos :
/ jogo da via em Ma
S -"' ~uperiargura
r • raio da roda {no plano de rnlamcmo)
b bitola
R raio da curva , no cemro da via
ó ângu lo central correspondente a uma rora~ào da roda
--r ~ngu o de in clin ação dos aros (lg ~t = L 20 == 0,05)
Temof. (Fig, iO) ;
SUPERLARGURA - 145
Fig. 70
R+ -b
2
Raio da curva no trilho interno :
b
R - 2 - S, ou duprezando Sem presença de R:
b
R --
2
Para que niio haja esconesamento, deveremos ter :
146 - ESTRADAS DE FERRO
r +
f
2 t, "'t
f
.,. ____
R+.1_
2
r - 2 tg"f R-~
Donde se tira:
R= rb
f . tg,.
1
com tg -y = 20 , ficará;
R = 20rb
f
f 20r · b
ou · = R
e como f= j S
Vejamos, como exernplo, qual o raio que seria necewirio, para não haver e!l'Conega.
menta da roda, no se-gui.nte caso
S = 0,O2m
= O,QlS m
r = 0,50 m
b = 1,00 m
Então:
R "" 20 x O,s x 1
0,02 + 0,015
Ἴ . , 286 01
.
O problema ela inscrição, dos veículo$ nas curvas consiste em U]tim11 análise , na
ao
inscrição de um retãngulo 1 cujo lado maior é a ba;.~e rígida ve(c,ulo.
Denomina-se base rígida de um ve(cu)o a distância entre os ei..xos. extremos , invaria-
velmente paraJelos.
Conforme a relaçfo entre a base r(gida de um v~ículo e o raio da curva, e tamb~m
as ações dinâmicas do mesmo sobre a via, o veiculo poderá tomar várias posições diferen -
tes que vamos examirnu.
- ----
.Fig,. 71
148 - ESTRADAS DE ,F E.RRO
LI
F11. 72
Como o friso da roda está iCmpre "avançado" em rela.çlío ao aro, a base rígida será
afetada do segmentou, mostrado na Fig. 72 .
O valor de u, tir&~ da Fig . 72:
Dondeu = ~
Temos ainda:
f _ (p + 2u)~
OU l - 8 ~·R + - º)
2
s(R + ~) 8 (R - ~)
ou:
Substituindo o valor de u
u = y'Dm:
150 - ESTRADAS DE FERfW
ou entào: S + j = f =: ~
R
e
E- - ,i~ ül_
f 1
1
Exemplo: Determinar o ralo m(nimo limit~ , para permitir a lnscriçâo de· um vei'culo de
base r(gida de 2,50 m, admüindo-se:
S = 0 ,01 m
j = 0,015 m
O = 1,0 16 m
R = 2,50 X 0,]66 = l?
oms rn ,
r
Neste caso, teremos;
( p+ ;u = f (2R - t) = 2Rf
JNSCRIÇA0 DOS \IEICUL OS NAS CURVAS - t51
Fig. 7J
Donde R = (p + 2u)2
. 8f
Admitindo este tipo de inscrição, o ''truque" poderia ter mais de dois eixo& sem
qualqu~r impedimesito na inscrição, já que Oll frhos intennedi.irios tangenciariam o trilho
interno.
Aplicando os mesmos dados do problema anterior. te remos:
Da Fig. 74 üra-se:
f
t/{ ªi = -p
ou, tomando R, = R,
f = PJ - 2pv'fim
2R
, 1....R
_ =_p_z___~_
·•~_vfim_m_·___..]
sendo b = bitola
e = distância interna das rodas (característica do material rodante)
e = ,espe s:s:ura dos frisos
Da exp1esslfo acfma tiramos:
e "" b + S - (e + e)
Exemplo:
b = J ,00; e= 0;925; e= 0.030; S = 0,02
154 ES RADAS DE FF.RRO
Trilh o
da ~ia Con t rc.tr i I ho:s
e
{ b+ sl
F.ig, 75
Então:
E-= l ,00 + 0,020 - (0,925 + 0,030)
'\o caso do contra trilho ser a~sentado ~m reta 1ão ta rfomos a parcela de S (super-
largura) ,
O mesmo não acontece com a~ curvas . Sua correÇ,ãO exige ma.is técnica e parte do
trabalho 11 feito no escritório, sob a supervisãu do engenheiro .
A correção do traçado em planta poderia ser foila. por meio de uma relocação,
~seando-~ no projeto primitivo da ferrovia ou fa.i.endo um novo le,·antamen to, · para
('Otreção dos defeitos e nova locação .
?\"a prática , entretanto, prefere-se um m~todo expedito, que <lá mficienlc precisão ,
A corr-eça:o das tangentes, como j.á dissemos, é feita facilmeme , arravés do desloca-
mento transversal dns pontos que e!>fü·erem fora do alinhamento, u tiHzando-se o proce~s.u
manual, com alavancas ou então com as máquinas. niveladoras.-puxadoras, que dão ótima
produção.
Para a correção da~ curva.~, u ti!lz a .~e o "método d as flechas" ,
Começa -se por determ inar os pontos de tangência '}' e T 1 a partLr dos quais a curva
·se afa!>lâ dos ahnhamento.s n:rns (tangentes°!, fas.a de t~rrninação podt ser feita com o
auxílio de um teodolito, ma& comum1mk é feita com o auxilio d~ [rés baliias ( duas bali-
zas oloca.das li uma cena di:stãncia, na tangente. materiJliznu ~ua cliréção; por umtaüva.,
com a te rceira. baliza, \"erif1:ca-s.e o ponw undu a mesma s1: afasta da tange11te , logo , o
ponlo T) .
Em ieguida, faz.se um e!'.taqueamen w, na plataforma da via, do lado ~ate rno d~
cur.·a , 1mplant:md0 piquetes de madeira. a uma distânc ia d do t rilho ex terno. A <li~tãncia
entre os piquetes será igual a:
e
2
sendo e o comprimenlo Ja corda que e \•ai utilizar para o ' 9eva1Jtamento" das flechas.
lmpfonta.s.e uni piquete antes do ponto T, prosseguindo-se no e~taqueamento ~lé
dois piquetes além de T' , F.sse estaqueanie11 to provisório tem por fmalidade "amarrar"
a posiç.in Lia curva no momento em q_uc se vai "kvanlar'' as ílechas . Mo porque , entre o
período de leitura das ílecha~ e a rnrrcyão das mesmas, a passagem do~ trens pode prnvo .
car nova modificação na curva. A correção, uma vez; iniplant:ido~ os p i4uc.es, será feita
toma11<lu.se os m~smm cmno rcl:úcnc1a. Para maior facil idade na k ilura das ílcchas, em
frcnlt:' d1: cada pi4ui:ti.:, man:.a-se no trilho, COHl tinta, o ponto com·spoi1ne11te , onc!e ·e
faiá 11 mencionada leitura .
O comprimento e tfo corda nãu poderá ser n_mLto pequeoo, cas.o contrário o erro llª
medida da t1echa traria um eno intolerável ao va.1or do raio,
Por exemplo, um erro de 2 .5 mm na lei(Ura cl.a llecha daria o seguinte erro para o
valor du raio:
- Corda de l O m - 19 m Je diferença no raio ( eno de 6,3%) .
- Cord:i de 20 m - 4,56 m de diferenç,1 110 raio (erro de 1 ,5%) .
Esse erro, para determinado comprimento da corda, é proporcional au raio .
Por ísso em trechos de raios menor,es, por exemplo na bitola de metro, usa-se corda
de no m(nimo 10 rn,. e na bitola de 1,60 m, onde os raios s,ão maiorc~ . usa-se curda d ··
20 rn .
155 - t;STRADAS DE FERRO
Utilizando~se, então, um fio de aço bem fino , ()U outto material não elá~tico, no
comprimento acinu fixado, faz"-Se a leitura dali flecha~ no~ pontos marcados no trilho,
anotando-se em cademeta própria .
No ponto T é ma.reado l e o que o precede é o ponto O (zero) . A cord a estendida
enu e O e 2 dará a flecha f 1• entre os pootos 1 e 3 dará a flecha f 2 e assim suce5sivamente ..
Flg. 76
Fig. 77
CORREÇÃ,Q DQ TRAÇADO EM PLANTA - 157
O diagr.ama teórico das flechas de um! curva circular sem transiÇaio seria:
c2
f:-
SR
Fig. 78
c2
f=
SR
T'= TE EC CE T''..:: ET
Fig. 19
158 - {ESTRADAS DE FERRO
o 1 2 3 4 5 6 7 sr· 9 10
T
FLg. ao
Os diagrarn as pr áticos são lige iramen te dj ferentes , ,en do-se -Em vis ta que em T e T' ,
hem como nos punto~ EC é CE a~ flecha~ reais são menores, comu é f:icil verifk ar o pon -
to O e o~ doi~ p 1JntOs além de T 1 j á se acham sobre a l8 ngente) ,
Esse~ diagramas prátic m se riam ( Figs. 8Oe 81) :
o- , 2 3 4 5 7 8 T' 9
T
Fig. 8 1
O díagrama das flcch as ri um "diagrama de c:urv at urn' ·, com o vamo~ mos Lrar.
Supondo os trh ponto~ 2. 3 e 4 da cu!>'a deformada, fazendo parte de uma cur,,·a
de raio p, ceremo~. s.ensivehnen te (Fig. 82) :
(~r = f( 2p f}
COF?REÇÃO 00 TRAÇAD O EM Pf..AN TA - 159
2 4
f'jg, !U
ev2
hp-= -
Qf
le
F'rg. 83
Bv~ 1
R p
.!!. - gR =-""-
lx Bv 1 ] R
gp p
Rl çte
Donde p = __e = - -
1x lx
RI
Ent!o : P""T X
ç2
[ = -- o:
8p
a expre-ssá'.o f "" K lx mostra que a variaçã'o da~ Ilechai I!! linear, quando &e emprega a espi-
raJ de transiç:!o,
Fica claro , entio, que os ramos inclinados do mesmo dia.grama. de flecltas cones-
pon de à espiral de transição .
CORF.EÇÀO DO TfMÇADO EMPLIWT/J, - 16t
(Supusemos o paralelismo de 44" e 55;, ó que é poss 1vel, dada a. distãncia cntfe os pontos
e os raios adotadoo).
En,tão:
Analogamente: f' 6 = fi - !L
2
3 7
Pig, 84
o-u, generaliz.ando :
f' -
IT
f ~
n
f
.rT
_ 'n • 1
2
'rr~ 1
t.,. l = .f l + r l - !1)..!_!J_
2 -:: fL 2.
2
r r1 + r3
f 2 = f2 + ,~ - --,.-, -=
<,
f2 +r~
COF1REÇÃO DO TRAÇADO EM PLANTA - 163
"t's -_ - rs +
u.
1'4 + ,6
2
- r6 + 's
l'lf-i = - T7 +-- - -
2
r'I + r 9 r
llfa = - rs· + 2 - - rs· + 2.
n ,z
Se o PT ou ET, {ou[) ponto que foi es,;olhido, na t:rngeme pSI:i o ET, h1troduzin•
do,se um ramo de rramição) for da ordem i, o rux:1111.enLo ne~te ponto terá que 1rer nulo,
pelas gunda condição anunc-iada ,
Então:
ou ; 1
1
n
1
11
:r M f = ! ·W' f'
1
l 1
ou seja, a soma <los mormnLos ~~d ti.:oo da:;; Jlcchas da curva deformada, ~m relação ao
PT é igu ai à .rnrna dos momentos e,tJLkos da~ ílcthas nov~ , em rel ação ao PT.
Conch1i'mos. pois. q\JC acs Jua ) cond içües qué ;c,,s1abelecerno~ de Lnício fóe traduzem em :
11 n
z r- ! r'
l
,i n
! ,•tt f = i .,\1 f'
1 1
O méto<lo conshk. en tão. cm se modificar ~s tlcc ha!'> <la curva deformada, por ten-
tativas, ou grafic:lJTlen te, sa tisfaz.endo-s.e às çondiçõc~ acima,
COR RE ÇÀ O 00 TRAÇA DO EM Pl.A NTÂ - 165
O prnhlema admite muitas fü)uções e vai de pender de rnndições. locais, que poderão
restringir o valor dos puxamentos e talvez impedi-r que :;ejam introduzidas. as 1ransiçõ s,
caso a plataforma da linha seja ex1'gua_
Para facilidade de aplicação do método org::miza -se o seguinte quadro :
~-
~,
+
.•.t
i <.I
E N
1
+
N
v.i
<
--
.....
N
õ
~
-,, -~
:lo ~
-
.....~
~
v.J
... ~
'
o< -~ ...
~"' ,_ <3 i-' <
+
g ....<I- <.+ '
... .. +
]ª
<l .
e ~ ~
o a
ir-.11 -
..... +
<I
r"" M
t&l
:g .::!. ..:- +
a
~
o
N
--
<I .....- ..... ~
<
.:=:;
<
N
-
<I
( 'I
$
,..,
i:..
o
f5 Ê
f ...,<l- .....q :f ,_•
~
... ...
i+!t....
N
'
'+-1::;;: ...-= ,:.. Ir,')
~
o
ie: <! ,:] <I <I
!I
~
. . ~- . . . ."' -
<
..... t.."' ~ 't..~ aT ~
' I:..~ ...,
::! t.. 1 +<
(,.l
it:
,!! 1
1
.s $ .$
1 1 1
. . . .....
.
e - - ,..f-º
1
~
'-
1
..,
~
<-,
i
li
.., . . . ·- .
- 1
k,l o ~ M v
- ~ !':!
166 - ESTRADAS DE FERRO
Observa-se aqui que, como um ponto da tangente (ET, ou o ponto que vai
tomar•~ ET) terá que ter puxamcnt.o nulo. Então, o últimg valor da colu-
na 7, deve dar 2:ero .
Desde que se obedeça à con diç:ll"o 1: f - I: f' e ehegando --se a um pu.xarnen to
nulo, da ordem n o processo está correto.
É este o eh.amado ''método analítico'' cuja única dificuldade é a tentativa para se
obter a ígualdade das duas somatórias e uma 1azoávei seqüencia da! flechas na entrada e
~afda da curva..
e .E ,\-f f = .t ,W' r
Calculemos a área dos dois diagram3.5, :
a) área do diagrama deformado:
n n
S~ :t tix · f = /:;.x 1: f
COFtREÇÃO DO rRA ÇADO EM PLA.NíA - ,fiJ
11 n
Ma~ i: f =- I: t
logo S = S'. isto é, a-S área.s do~ dois. diagrnma~ ~áo iguah.
Vejamos., agora . qual a dislãncia do centro de gravidade das duas áreas à origem :
,1 Do diagrama de fonnad o
'1
~ l:!.X • f -X
g=
n
~ f · 6,x
1
1) Do diagrama corrigido:
n
! t:.x ' f'_t
g' =_..i_ _ __
fl
!: f' • D.X
Corno os numeradores e denominadores da~ duas e.xpre~sõe~ s[o iguais, cond ui-se
que g = l . i$to é, u cimlro dEl gravidade das duas áreas tem a mesma distância da migem .
Entfü podemos afirmar que as áreas dos diagram3.(5 de ílechas 1:ão iguais para tudos
os traçado~ curvos que hmham a~ mesmas tangentes e wus ccnrro~ de gravidade se enc on-
tram à mesma d1stânci~ ela origem.
Esta.~ dua~ propriedades do diagrama de flechas , pennitcm u tiHzar o seguinte pro-
cess.o gráfico para determinação das flechas corrigidas {Pig, 85) :
a) Tem-sie
/
A
"... /
/t',. " /
/
/\
\
\,
\
"
V / "
V/
O A
le/2 L L
ig. 85
o Hem anterior .J.l. vimos um método grâfico para a correção das curvas, utilizando
o diagrama das flechas. Entretanto, o proceS:s,o gráfico mais usual é o qae emprega apare-
i hos mecânicos, baseados no "teorema do~ três pontos", que já demonstr.unos . Exi:~te o
aparelho americano cutveliner, mas o mais conhecido no Br.uíl é o aparelho Btenfaír.
idealizado pelo.engenheiro Bienfait e de fabrkaçâo suíç.a.
A operação do ;3pi1teU10 corretor de c:urvas é extremamente s.imples,
Exi~tt um mostrador, no aparelho, com referência~ móveis, para marcar as flechas.
Parafusos situadQs na parte inferior pem:titem o deslocamento ·desse~ pontos móveis,
CORREÇÃO DO iR"A CADô EM PLANTA - 169
Marcam-se o valor das ílecha~ 11a própria escàla do aparetho, movendo-se as refe rência~
mó.'eis. Matcrializ.a -se. ass.i.m, 110 mostrador o diagrama de flechas, deforn,ado.
Em s.egulda , ntili.zando -sc os. parnfu~os, \·at-se modifü~ando o dia,srama deformado,
tentando aproximá•lô de um diagrama c:::orreto: c-om a~ dn:.is retas li1cHnad11s (transição)
e um segrnentn central, hor i zo □ t.al (parte circ ular) .
À medida que se vat movendo os pontos <le referencia que marcaram as flechas, o
apar~lho a.plica automaticamente ó "te01ema dos 3 pon tos'',
Uma vez. cons.egu ido um cliagrama o mais próximo poss(vel do teórico basta ler,
nu próprio aparelho, na direção de cad.i ponto ( corrL-spondente a cada estaca no campo)
o valor final ào puxamento a ser dado (_Fig. :s6).
110-fSTRADAS DE FERRO
'---
- - --1------'
-- = T
l
1
1
!
1
1
1 1
--
! 1 ---+- -+----+---+-
l
...-- - -!------1- I --1-- ....:.'· · - ~ , ~
' .- : ' !
1 \
.- k _,..,.....,- 1---+---+-+-- -
,.
.....
,I
I \
1
\ 1 \
1
1 l
/ ',t . . . ✓ r '
'
'
1
'
~
J , 1 \ 1 / 1 , ''
t__ - - + - --,
1 J
\
' '
I
\ ; r - - r--~-
\ I
'\J
,- - - -f--- --
I I
--t- --+-
- - - -- - + --'-----!
' ',111,---- - --+--+-~
'
1
-
1 /
- - 1-- - -- 1- 1 - - '' -
-
' - 1
t
1
1
~ -- 1--
1
- - . 1
l 1
_I 1 l
Fig. 87
CôRR'EÇÃO 00 TRAÇADO E/1,f PLANTA - 177
Observa-se que pe1o processo mecâriico acima indicado a comiição :tf '- 2;f' é obe-
decido automaticamente pelo aparelho,
A outra condição , isto ê, I:Mf = L.il.ff' . é obedecida pelo operador do aparelho, que
manterá fixo um ponto na entrada da cu.rva e outro ponto rta sai'da da mesma ,
(rTE = O e rgc = 0) .
8.8.7 A Clln'a de Transição, seu Comprimento. Colocação da Transição através do Mé-
todo daiJ Ft~has
Vimos, no item 8. 9 .3, as vantagens de- se empregar as curvas de transição. Vimos,
tMnWm, qual a equaçfo da cun-a mais utilizada que é a "espiral de Van Lcber" ê de-
mons. tramos que , utifü.ada a espiral , o cres.cimen to das flechas é 1ine ar.
Vamos agora ver qi)ais sã"o o~ pTi ndpais eiemen tos da curva de tramição, para
melhor entende1mos como introd~ir a transiçío em espiral, através do ·'método das
flechas'\
Não daremos toda a teoria das curva~ de transição, por escapar ao àmhito desse
curso e ser assunto do curso de •'pr.ojeto das estradas".
0
Vjmos que a principal finaHdade cta curva de tra:idçiío, além de melhorar a circula-
ção do~ trens , é permitír a dtstribuiç[o gradual da ~u.perelev-açãu, clê :modo a atingir seu
valor pleno Jogo no inicio da parte cimllar.
1as curvas sem transição, a superelevação é dada em parte na tangente e geralmente
~ l
E= ift" ,e 3.437 ,75 em minutos (valor tabelado)
x = Jet {l-- ~ + E 4 ) ,
e 3 ~ 14 440
171- ESTRADA.S DE FERRO
/ \\
/ \
/ \
~ Fig. 88
. - l ~
4) p. = BF - BG =- x - sen ver E -= _ t _ (tabelado)
. e 24R
ó
6) d = q + rn = q + p tg -:....
2
t= _..._P_ _
l!,
cos 2
sendo
R
VM = OV-OM = - - - R
6.
C-OST
t 74 - ESTR'ADAS DE FERRO
o·
J
'-...,"' .,,,,,, ~
- 1
T ~ T
o
- /
~~ ~ ,,/'""
~ /
o
Fl!!.89
l l
sendo r = --P__-= - --"-
e_ _ (3)
/), ' /:,
24 R cos - -
cos 2 2
VM' (4)
R'= - -- --
1
--6- l
COST
Conclui~e que, para calcular R', depende-se do VM' 41,1.e, por ma vez, é função do
valor de R' , confonnc mos tta a expro s.;fo:
__lel_ _
VM'= VM -
l:.i
24 R cos
i
2
_ _ le_2 _
VTl,1' = \11!,l -
!),_
24 R ços -;-
,._
t 1 - R' lg ~
Em segui.da proc.ede-se como no c:iso anterim de transição por raio c.onsei.-ado,
Conforme veremfü adiante , tamMu1 no método das flechas, se se mantém o PC e
o PT em sua.~ pos:ições , diminui-se o raLo da c1Hi,·a primitiva (aumentando-se as tle:chas).
rio EC: para que não haja mudança brusca na açe]eraç.ão, o que é prejudicial ao movi -
mento do ve ículo , é necessário que o cres,ciinento da aceleração seja gradual ; num
tempo t que não de,-e ser muitô curto, para não produziJ desconforto.
t
Ou , t = -e-
V
\' l
f
_f_- - -
R
V
,_,3 Vl
Donde '~· - _:._
R
i'2
= J ,63 1 1 R
yJ V·
le - J,()3 x 0 _3 x R - 0,070 R-
tb - l ,60 m)"
v3 v],
l =
e
-~:;"J -
3 ,6 X
- -
O,4 x. R
- 0,054 - R
·- (b = l ,00 m)
Oh~erve .se que não há razão , na rca.li<la<le, para adotar-se os dois val.orcs diferente~
para 'Yl, poi~ ela não depende tla bitola , :;endo urna questão de conforto .
CORREÇÃO DO TRAÇADO EM PLANTA - t71
hp Yh
Donde le = - - v = __:__:__:J!_
r 3,6r
yl1p
.Então: l "" - -
e 3,6 r
Y•h
le ;. .._,,. = 0,1 · V· l1p (hp em cm)
3,6 ;< 2,78
i
mm/m 3 mm 2mm 1.5mm l mm
ou i= 6 V
Sendo E = _le
'~ 2R
Então 2 - le
2R
< -G .D-
20
fporqueD= -206G-) ,
endo Do di;:senvolvimento da curva circular prlmHíva.
/_ GD
L()gq ....!., <
R 20
G =Â
R
Então i <{
ÇORREÇÃ O DO T"IA Ç4DO EM PLANTA - 779
ou
fl , --D - 40 m
enia .
lc • -40 m
mm ,
Ltma.x , =D - 40m
20ti . .
send o D = ~ = compnmcn to d,1 curva circular primitiva.
8.8.il Aplicação do Método das. Fleciias aos Ca1,1os que Ocorrem na Prática. Comparação
com a Teoria da.-. Curvas de Transição -
Doi ~ casos podem ocorrer :
a) a curva exi~tcnw foi projetada e locada com transição .
Neste ca~o, trata-se tle aplicação direta do método das flechas, sem qualquer difi-
culdade, ~hegandn -se a <leslocamerHos ( p uxamcn tos) que a pi ata fmm a da· li nh.a e om -
porte.
h) A curva e istente não tem tran~içã'o.
Neste caso, pode-se introduzir a transição atrav~s do método <las flechas, pelos dois
processos vistos na teoria das curvas de transição:
b J) d(?JI!ocando-se ns po11 to~ de tangê rici11 e deslocando a curva clrcnl ar. Neste caso,
aumenta -se o dewnvolvtmento total da curva, tomando-se outras flecha~ no
início e fim de~ta , introduzindo os doí& ramos de trans.Ição e obedecendo à
condiç.ã'o
!:f = U'.
Desde que se tenJu dois pontos fixos no início de nova cur.·a, íslo é, r - ~ - O,
t _ 1 = O e um pomo de ordem n, isto é, 'n = O na s.a(da da curva, estará !illfo-
feita a co11dição 117e[lcionada, pois continuaremos a ter !:.6.f = O, de acordo com
o que demomcramos no item 8 .8. 4.
No pr,oce~so g1áfico ou no ca]cu\ador mecânico, pode-se deslocar os pontos Oe
rf para o iado das tangentes, introduzindo flecha~ cre~ccnle~ quo vro formar a~
tran:.içl:ie<1, sem alte-ral a área do diagrama deformado, Isto é. obtendo :st'lmpre
S "" S' (Fig. 85).
Nas C-alculadoras mccânica:s , obtém-se sempre !f = rf', porque, como sabe-
mos, os deslocamentos se compensam ~uc,e~~ivainente e a fixidez do~ pontos d.as
tangentts ~- obtida naturalmente, fixando duas ''marcas .. no início e no fim
do diagrama de flechas .
18() - ESTRADAS DE FERRO
l ;
e
24R
t = -- 6.
cos--::;--
Fig. 90
A parte cent ral , ~om íl ed Ias maiores . ui rr i.:-~r umlc au I rccl 10 com rnio mi::nor ;
as duas áreas tertJo que ser iguais (s2 = .!sL ).
A igualdade das áre.is pode rã ser cstabclccitla por tc11t;11iva~ ou. ca lculando-se
o valor teórico de R' < R. Como jtl vimos . o valnr de R.' tem por exprn~são:
V M'
- -1- 1
ó.
COS T
CORR~ÇÀO DO Tf'IAÇADO EM PLANTA - 187
-f-4----j_ '
Fig.. 91
sendo:
D .. distância que for fixada entre o marco defmi tivo• e a face interna do bole to
(trilho internô).
Geralrne-nte D -::. J i80 m
182 - ESTRADAS DE F~RRO
sendo r o puxamento cc-m o seu 'linal algébrico, como foi convenc ·onado .
O frl50 tende a sair , subindo no trilho. Tal movimento é impedido pela pressão
\'ertical da roda {carga venical P).
Enquanto as superfície~ de contato desfü:am lívremente uma na outra, a roda gira
normalmente; mas, se o atrito atinge um valor suficiente para que o e-scorregamento,
cessie o ponto C torna-se um "centro instantânea de movimento'', a parte posterior da.
1odà ~ levanta, rodando em tomo do ponto C.
Se P é o peso trn.ns.mitído pela roda seg11ndo a vertical e X d a prts.são 1ateralj
tern..se que a roda exeroe sobre o boleto do trilho uma força R, resultant,e de P e X.
Pa.ra que o frisa nã'.o suba no trilho , i~to é, para que o escorregamento entre o friso e o
trilho tenha lugar, é nece$ário que a componente de R. segundo a tangente ãs curvas de
contato, seja maior que a força de atrito ou. em outrM pal.avras, 'Jllª o ângulo form.1t1do
por R com a nor:rnál N à superfície de con tato (ifJ) seja maior ou no füni te i.gual ao ângulo
de atrito.
Se fa é o coeficiente de atrito, lf) o ângulo de atrito, sabemos da física que:
/a= tg1P
Bntão, para que haja escorregamento {ao ilwés de de~auilamento) deveremos ter;
(p < ,t>'
SEGURANÇA CONTRA O DESCARRILAMENTO- 183
-7=----jc~:::__-+---,-- X
Fi&, 92
ou entã'o;
fJ1 -1>1 < ~. - efi
sendo ,!3 1 o ângulo que o pano tangente âs duas superfícies, faz co:m a horizontal.
Podemos entã'o escrever :
tt: W1 - 1/) < lg w. - 4')
Então _!
p < tg (jjl - ,J,)
ou pX ,.;, 1,03
Esta de~iguaJ dade é facilmente verificada, pois o valor de P (ca,:ga vertjcal) é sempre
hem superior 11 X ( cornponen te l10rii.on ta]),
So e>. iste perigo de de scanfü.men to oo eixo , quando há um momentâneo desc me-
gámcn to do peso do eixc, devido a uma anormal oscilação das molas . Isto a.çontece prin-
cipa!mente devido a defe itos na via pennanente, como desnivelamento brusco na linha,
quase sempre nas juntas dos lrilhos,
CAPITULO 9
9. 1 GE N RAUDADES
()wmJo trat ;ncrn~ doa.l'kltlamentoJaria{itcm 6 .. l .7l vimos que uma vez tcmunada
e regul.mz:n.la a plataforma ( rnhlastro) é feiw um r11ve lame1 1to topogrâiko final e proje -
tado o grci<l~ Jos 1rif11os, culo~3ndo -se •\mirco.s" de alinhamc:nw e nivdamcnto.
Esses rn ~ re l)!s ~e rv irão pa ríl s.e nivc Iar o~ t ri lhos. e urn um a régua ~ nive I de bolha
~cndo fixa<lrn 11 ai tora em que dewm fl ai o~ boielos elos. trilhos,
Se a linha fo i proje- 1.ada com a roncmdãncia dos greide!> , estes erão coluca.dos.
ohe decc nJo ~ ~s:s:i c-ou~:ord',inciJ. de acordo c~rnl o prujt·w ,
L:'.m linhas ant1g<1~ , nos [rabalhos de ma.nu tenção da via ou, íllelhor aiqd.i, nos tra-
ba lhos pJrn r~visar ou rcHOYar a -~uperc~trutura, procura-se introduzir essa con ordãncia,
se !}l)SS(\·rl sem modifo:ar o greidt: d;:;. phlrnforma . fazendo-se os disfarces no lastro {alte -
r.indo ~ua alturu).
Será úlil , pois, Jarmo'S um resumo da te oda de co 11cordãncia vertkal. indicando sua
apli.caçiio, stm e11tretanto entrarmos em maiores detalhes d.a teoria , qu.e é estudada na
,f ü ~·1plina •. k · 'pn>j.:1·· das e.~ 1raJa~'' ,
Lima condição e~~mci:tl que deve ser prner1cliida pela cur,,a de concordância vertical
é a vari aç iJo unifonne de um gr~ ide para o outro .
Por outro lado, a equação deve ser ~lmple~ e dotada de propriedades que possam
ser aplicada~ com relati\•a f.acilid ade. Várlas curvas poderiam ~er empregadas, mas nonnal-
m.ente prefere-se a paráh.:ila <lo 2':1 grau, por !>fr mais simples e pm satisfazer a extgênc'ia
J~ •-,,,ariaç §:o de dccl ividade constante", c-on forme m o~tram o~ a ~e gui r:
z - kx 1
dz
d.l{ - 2kx ... C
iJ ipe rmire u emprego de curva.~ parabólicas compus la~ parn se adaptar melhor ao terreno ;
b I po~s.ibUi a colocar o PCV e PTV em e~tacas i11 teJras , permitindo maior precisão na.
,;on~ truçâo J a i.:urva da ten~r:rn;
De t"lil irem,J!\ os gre tcles reto~ pela sua r!eclivida<le i ...e tg O', multiplica-da por 100,
istu é, ~m pcn.,cn t~~cm .
As <lecl iv i<l;ides ~erãn corn,ide r r!as positivas quando o grdde é ascendente e. n-cga-
1 i•,•u 4.uar1du tl~\c;;íluwn l(;, convenciona 1ulu-~~ o sentido do e.~taqueamento_
A inte rcessão dos greJdcs ~hamarcmus de PlV e os ponto~ de tangência PCV e PTV ,
A parábola empregada é sempre de eixo vertical , mas os dois ramos só serio simt-
tricos ~e i1 e il forem iguais ( e <lc sinais contrários) ,
A "v~r[iu;.:To tu tal de Jecl iv ida<le" tem por t1Xpre)sâo;
.X
l
.,.
--
--.
--
_ _ _ _ _ _ _ _iE'
--. ...._ 7 .._
-- -
----
- -----io_ 1
1 ---
L/2 I L/2..__-.. - .._
- -- - --- - -~----
1E
- --
z
F'1g. 9]
EnUo ,
ID
e = .lC=-
2
ou 1D = !E - IE - !E' = JE +IE'
2 2
r88 - ESTRADAS D~ FEFIRO
ou:
Donde:
--
T
-...,
-- 1
-
.__ -
1
--- ----,P_
1
1
-- -
1 ------
1 ---
L_i
L
1
n'a
t
d e
1
1
1
1 1
k • A1 H
2
e =k · A1 1
- '- l
e Ai H
_11 "" - -r
e A.1 1 ·
( na}1=
e n = e -r'"'
na n • • 7,71.
e (a = <listància cntt·c c slacas ; u ~ núnic m tfo
estacas),.
e
O valor ~,.- é constante , para c11da cu...,..a_
T90 - ESTRADAS Dr?. FF!.RFrO
L
, 2 L
n = l0 - 20
No ca~o da parãbola s.imples , o que é calculado para um rama, serve para o outro,
tomando-se em sentido contrário.
b2J P-.,mibula composta
Neste caso temo~ que calcular dois valore~ par-a n ', um para cada ramo da pa-
n!.bola:
, l 1
1~1 ramo; " = IO
, L~
2ª. r~"'o
..... .· 11 = ---·
IO
)i
e
_r:!,_
e
A 1 Hl
;:o - -
,Ç1~
= --
(
d1
L ~r
-- "" ( -2d-
11 =e( i1
)
2
no 1? ramo
e n "" e ( l ); no 2? ramo.
PRINCIPAIS El..EMENTOS DA CDNCDRDÃNCIA VEIITICAL - f.91
L/2 L/2
~---- -- ---+--
1 1
--- - -
1 1
1 1
1 1
x1 IF
d) Cá]çulo das coordenadas do ponto mai> alto ou mais baixo {vértice) da parábola.
Seja Af o ponto mais. baixo e Z 1 a cot,i desse ponto em relação a A 1 , isto é :
Donde~
c:lil
Substituindo na expressão de Z 1 :
4 L4ill L2 ii _ Ui}
Z1 = _.L8e
2·2
_ L_1 - _ l.2ii
,·... . e - -
-6-4e""""2-L1 - - - - ~ --
Se 16e 16e
Observa.ção: Z 1 =Z porque:
4x 2 4 L4 ii L2 li
Z= MH::,:V · e= 64eiL"! · e =J6e ""'Z 1
L
para x "'T• Z ;- e~eotito:
dx 2
dZ = 2kx
d:!l
l 1 L~
P ""' - "" - - = -
2k 2 4e 8e
Ll
e= Ll
8 mas L = 20 l [L ____ µi]
µ 20 m
"' e = -lOi·
eni..o i_ - 2 .·S _f_
µ 8 ' µ,
(F ig. 97)
(Fig. 97)
L2 Li L
e) p=- "= - -r · ·=~
8e ~~ 1
8
Fixa -se a ''taxa de variação de ded ivida di:! por estaca" ; que •t:Omo vimos , na pa:rã:-
bola, é constante.
Chamando µ a citada taxa e a a distãncia entre a& estacas,. sendo { = i1 - i2 , a: varia-
ção total da declividade , teremos a proporcionalidade :
L=~
µ
Para a= 20 m:
Cur,•.-i côncavo
l>. 1% U,05%
0,2% n,1 %
i
µ -20 -- -
L udu1rn.lL.l
4, k - p- O·U k = :o
•M 1
r
1
1
___ .__ L ____ _
L
Fi,g. 97
f Z em estacas
l :-: eI"l e~tacas
e faz-se o quadro :
196 - ES r HADAS DE FERfW
9. 7 TRABALHO DE CAMPO
/\. :.lljeiçáo do ve i'cur.o ferroviário aos trilhos e a cx iste ncia tio friso na~ rodas criam
prohleraa~, qua.rido se deseja r:•s.sar u.s ve i"culos de uma Iinha para outra 01• par.i um dcwio.
Para 4uc o friso tia roda tenha pa~sagcm livre, torna-se nece~~ário mtrnduzir uma
aparnlhagen1 4ui.; pe rm ita a in terrup,i,; ão tlo {rilllo, formando rnnais por 011de passam os
fr j ~{I:,; .
üar ;;i 11ci.:css11.fadc ~o ch amiu.lo ui,arelho de mudança Je l'ia.
O~ apare lhos de mudança uc via cone ntes 01..1 comuns, às vezes. chamado~ impropria-
mcnl~ <lc chave.1·, compõem -se d3s seguinttVi parle.~ prin cipais (Fig. 98.):
agulha~,
con t n1-agu Iha ou "cm:: oo lo da agulha";
apare lho de m arl uh ra;
trilho~ de c11lace ou <lt: ligação;
•\;oração" nu "jaca ré·•:
i,;:·i li;o:..;
coxins o
- contrn lrilhus,
r98 - ES rRADAS DE fE!lRO
• M,
Fig. 98
-----·-
--.
r
Fig. 99
O ,·alor de f3 em aparelhos modernos. varia de 251 a 40'. para maiores vcloc ídades e
comument.e I D a 1~ e 40' para aparelho~ de mudança de via AM V) para baixas velu-
cidade"S.
Quanto menor é o ângulo d e dervlo me lhor 5erá a cirrn laçâo sobre a agulha, porem,
para diminuir ~' é necessário aume11tar o comprimt:nto das ag\llhas, tomando a mano-
bra das. mesmas mais difícil.
O ângulo i3 é determinado pela expressão:
s.endo
i "" distância de centro a centro. enu:e agulha e contra-agulha e
h "" o com.primen to das agulhas .
L oueijo
F\11. 100
d) Trilhos de iitaçlio - São os trilho!) que fazem a ligação do alão das agulhas, ao ..cora-
ção" do AMV (aparo.lho de mudança di:! vía} , Como já dis$emos a ligação com as
agulh.as e feita por talas de junção mal ape.rta das , de modo a formar um a articulação
que permita II movimentaçio livre das agulhas 1 atravd~ do aparelho de manobra.
A ligação d.::s&es trilhos com a peça denominada coração é foHa por meio de talas
bem aparafus.adas .
e) Coração ou jacar~ - E a parte prindpa1 de um AMV e que praticamen.\: o caracteriza.
Pode ser comtitufdo de trilh~ comuns cortados, nsinadcrs e aparafusados e cravados
a uma chapa de aço que se assenta no lastro. Ou entio de uma só peça d-e aço fundido.
Ultimamente prefere-se este l'.lltímo tipo, que é mais robusto e feito com aço-man-
ganês, acarretando grande resistência ao desgaste .
O coraç[o é- composto das seguintes partes: (Fíg. lül).
ponta - {teórica e prá tic.a), Para sua maior durabilidade. a ponta do coraç.ão é
rombuda, e cham:i.-se ponta pratica.
A poma teórica fica no prolonsarnento das arestas da ponta prática. Como ja
se disse, quando o co:ração oão é de uma só peça de a_ço fundido. os trilhos que o
compõem são fixados em uma placa de aço jnteiriça.
'
"
Placc de aço
Fig. lO
- Patas de lebre - São as pontas externas e lat~rair. do eora,;ãu. llob rada~ em foi.ma
dl:' ''patas": conforme mo~trn a Fig. 101 ,
G:uganta - E a pane in terna mais estrnita do coraçao, em frente à puntJ teórica.
Angulo do coraçfo - Í. o ângulo formado pela~ duas peça.s { 011 i.rilhos usina dos)
que encaminham as rodas para a dirnção de urn,1 ou outra linha.
f) Calços - São peças de ferr.a fundido, aparafusadas emre os t rilllos e contratrilhos, ou
entre a agulha e contra•agulha e têm a t'inaHdade de manter invariável a. di!>t.:incia ,e ntre
eles .
g) Coxins - São chapas colocadas sob as agulhas, e mantida~ ~emprc lub rificadas , poif>
sobre ela~ deslizam as agulhas, qu1:1IJdo movime~tadas.
h) Contratrilhos - São trilhos de comprimento adequado, colocados junto aos trilltos
externos e de um lado e outro do wrnçãc tendo por fi11alidade ' 'puxar'' o rodei.ro
(eixo com as rodas} para fora, evitando que oi. frisos das rodas se choquem contra a
ponta do coraçã'o.
Com esses- três elementos, são deduzidas as ouuas grandezas necessárias ao di men-
sionamento de um desvio ferroviária . A principal característica é , como já dissemoll, a
aôer tura do coraçào, Esta poderá ser de fin.ida por três processos diferentes :
- Pelo numero do coração.
- Pela tangente do ângulo do coração.
- Por •·processo prârico" para uso dos mestreij de linha.
Vejamos cada proce ~w separadamente :
a) úmero da coração - Denomina.se número da coração à grandeza da.da pela expre&Sã"o:
cd
n = --;;f; (1) (Fig . 101)
cd
ab
Então:
lN== _ l_OI
1 2 tD" -
i 0 2
cd cg cd + cg dg
aii = e[ - ab + ef = ab -+- ef
Então N ::::: dg
ah +e/
Para se: ter en tl!o o número de um cora.ç:h, sem conhecer a ponta teórica, seri mais
simple~ tomar um segmento qualquer dg scgu.ndo a bissetriz do
ângulo do coração e
me-dir a~ distãTicias ab ~ ef
Convém c.sclare.ce,r que o conceito do número do coração é o modo universal de se
identificar um ~IV.
CLASSIFJCACÁO DOSAPARnHOS DE VIA -2/J:1 ·
Cl 1 ± ,.,/ ] + tg l O:
'lg - = -
2 Lg a:
e.
\fa, . p~rn 111~ pnirkm , ·em eno sens1vel, pode remo~ fazer:
fl,•' = - - -
1
Como nas ·ormas IJrasUeirn~ a tangente <le o. é d,1da por uma fraç[o - , t,e-rem0l5:
n
1
,V = - =n
l
11
·,s:
J ,cm)
1op ,c_m_ _ __ __
Re~c b; da e s.~a medi da . cumpre ao e nge nhe Lro -e on verte -la em "m'ir'ne ro do coração",
do .~cguinte modo ( Fig. 10:!):
N-__!_Q9__ = 9 09'
11 '
cd
,~;=- = -- -
ah o:
2 lg - ~-
Con o vir11os 1 temos 5,emprn três elementos previamente flxado~ para o projeto dos
desvios: a abertura do coração, o comprimento das agulhas e a abertura no t.aJto das agll-
lhali, sendo que os dois primeiro~ element~ são e~tabelecidos pet:i.s Nmmas.
Um quarto elemento que também deve ser prnviamente fixado, é a entrevia ou
en trelin.h.a,
DETERMfNA ÇAO DO::,' f?.LEMENTOS Nf:CESSÃ RIOS AO PROJETO :20,5
ENTREVIA
ENTRELINHA - F
Fig. lOJ
11 o caso mais comum e desejável. Um de~wio deve sempre sair de uma rnta, a fin1
r T t
•
m
1
I
1'
1 '
,._ --~
~ ,'
~ ___JI
1 ~--,
R' /,
'
/ R'
1
I
/ /
1
1'
Is
'
iM E
J
B
OET€RMJNA ÇÃO OOS ELEMENTOS NECESSARfOS AO PROJETO- 207
a) N=--1-
.., Q:
.. tg 2
Q l
- =are tg -
· -
2 2N
j
b) sen j3 = -
h
108- EST.F/ADAS DE FERRO
i
e= JfC ~en b
e) ] m - h co~ {3 J
d) l. = DE + FG = CE - CD + FG
l=CE AB+FG
Mas CE = R sen o:
Ali= R ~cn fl
FG = tcoso:
Substituindo;
I "" R sen " - R sen {J + t to~ ~
Donde:
Donde ~ tira :
R = B - t sen ~ - i
cos ~ - cos O'.
Mas: e!'=_§__
tg Q;
e JJ = R 1 tg a:
2
l -f.- tg~-1
I' +R'
DETERMINAçAO fJ'DS t;LEMENTOS NECESsARIOS AO PROJErD - W9
S ubs.ti tuind o;
E
- - =n
s.eno:
-E~ -n
R',,,, sen<t
ô:
tg-
2
e finalmente :
E - n seno:
R' O'
tg 2 · serio:
Cabe observar aqui que, se o arco HJ inicia.!' alguns metros além da parte reta (n)
do coração, se quisennos man ter a me s:m a en ttel inha E, o raio diminuirá e te remos :
R'' = E - n'semo:
o:
tg 2 · seno:
em que 11.' > n
Se , entretanto, quiirnrmos manter o ralo R' como foi atrás de duz:ido , teremos que
aumen tar o ~·alar da e,ntrelinh.a E. Neste caso, fixa-se ó valor de R' e füa.s.e E da ex-
pre5,5ã'o acima.
h) Chamando ll = o: - ~. tira-se da figura :
Donde:
1) Ana.]ogameme :
Com os elemeri to~ acima deduz.idos , poderemO!l projc tar e locar o desvio,
lt
Fig. W.5
Para se projeta.relocar um travessão , temos que conhecei a distância 1,. que vamos
determinar a .segui{ :
Da F ig, lO 5 tirãmos:
11 = 2 {m + {) + k
AB
k = AD "" -
tg o:
AB = AC - BC - E - _§_
CôS O:
DGiEF?MINA ÇÃO DOS ELEMENTOS NECES$Á FffOS AO PrtOJETO - 211
Substituindo:
E - -B~
-
k = coso:
tg o:
ou, finalmente :
k= Ecoso:-B
sen ei
Donde;
\
Ec(}ga:-B
lr "" 2 (m -l-- /} + -..;___ __
Sien CI
l'
o·
I
m
R B
!
;__..l...-- . f-· E
J
8
Fig. L06
212 - .fSTRADAS OE F~RRO
~-i
R - Crnn
R = 1 (os{j-c~ ~r 1
e) m = h cos ~
/ (l' j o
r = R \:cn 2 - sen PJ+ t co~ 2
b'
---- n
a:
2 Sll::Ll 2
e) R' = Hl ,,,, GJ - ri
O'. o
tg - tg -
4 4
o:
E - :! n sen 1
Donde R' ~ - - - - - - -
e...__ _
~ s.en
_______
o:
2 · lg !
~
DETERMINAÇÃO 00S ELEMEN TOS NECESSA RIOS AO PROJETO - 213
f) l' == GK 4IJ
Ma:i: I
E
E
GK = - 2-
o-
tg-
2
. - I (1:
e IJ = R tg -
4
Substituindo:
l ' = - E- + R' tg -~
- G'. 4
1., tg-
2
10.2.4 Desvio Saindo de uma Curva, pata o Lado Interno (Fig . l 07)
Dado:;::
B , o:, R.
A deterrninru-:
S, R1 , l, i' .
1
tg - (A + B)
a. + b 2
a- b = 1
tg - (A - B)
2
11.'
~
~ . ,-. o
R / .
li
/ ./'
~~ rJ' _,i '?,' _ ___....... .
o-~ r / ' I
l.r,, /
' I
/
~
~
r ry
o~
Fi(!. 101
Simplificando;
1
2R tg 2 (2 T-t a)
n""
logo 2 T a = 180 - ~
. ,5
tg~O - ~) oot-
2R 2 1
s= o:
= - - =
o:
tg -
o:
tg-· tg -
ó
tg 2 2 2 2
Donde,
ó B BJ-l
tg - = -R
2 ·= . a (1 )
2R tg 2
Observação:
como -
B = B·, Ctga = R tg -ó · tg a
2 2
B ó B
e -=R ta - to - (1)
2 " 2 e. 2
R '+-B R- - -B R- - -B
- -- ~--- -=---~ -sen---
sen ó
2 2
(o: + .5)
2
sen [11' - (o: + ô)]
Donde se tira :
R - !!_
R; ~ 2 ,5 B
sen {n + c'l) sen -2
216 - l;STRADAS DE FERRO
e) No triângulo rlD'B
AB = l= ccuda do uco AB
r (
2 ""' R
j'
+2
.B
) 5en -a+b
2-
Donde se tLra :
d) No triângulo ODB
A 1B = t = cordado arco A'B
_i_ ,_ {R
2 '-:
- J!...)
~
i.en _!_
2
J' = (R - -º)·
2
2
sen ó
2
o \.,.
'1 \
\_'-\
\' \ . 1 '
1 ', \ . \
~ ~__.,.;,\ ,./
1
•,
\
\ /
\ i
\ i
'
\\ \
/
1'
,' ,/'
1
1
,,
1
1 i
1
1 ' 1
1
1
i
1
1
,,i
1
1
/
/
·' \
i t
/ \
l /
1
1 \
\,,
1
8 / \
''1
/ / 1
1
l
1 /
i 1
1
,' /
,'/
o·~
Fig , 108
R +_!}_
2
_IR
\'
- !l2..) 8
P - Q -
tg - 2 - - B B cotg T
R +- +R -
2 2
P
Donde : lg--
Q
= -B- cotg - ó
2 2R 1
218 - ES'f"RA,DAS DE FERRO
Logo l ó = 2 are tg R
Bl\i'
R + .!l_
- B 2
,. R' +-.- = - - . ,- sen 6
2 sen li
lJ
R +-
R ' - - - . r · ~n 1i - --
B .
~{:íl ri 2
Fin;1J mente :
R +..!i.
")
RI = ~ B
~nó - -
sen (o: - S) 2
PÃ rros RRO!IJÃfflOS E FflXES DE DESVIOS - 219
ç) No l,1.ãngulo rlBK:
BK _ !..-(R + B).ser-._!__
2 2 2 2
d) No tri.ãngul o OFK :
l•.K
1
=_i__ -f1t 2
2 · \
º) . sen 2o' ,
Donde- l' = 2 (R 1
+ ; ) sen ~•
m-,.l+I' lu
Fig. Ul9
220 - ESTRADAS DE FER RO
Existem \'árias tipos de feixes de de~vios , conforme suas po ·iç ões, Citarem os os
princípai~ tipos des~es feixe~ e mas cara.cterMi~a.s .
m+l• l' lu
l'LI
l"u
r ... 1
Fig. l 10
Vê-se ,que neste tipo de fejxe, o comprimento dos desvios vai sucessi,•amente dimi-
nuindo, bem como o comprimento útil de cada de$vjo ( l' 1u < lu < lu) .
Pua o projeto e Iocação desse feixe , bastará aplicar as fórmulas já c onhec idas, d-e -
terminando-se os comprimentos m. l e t .
Para maior aproveitamrnto do terreno, as pon(a~ das agulhas de cada desvio devem
Ocar próximas ao marco do desvio anterior . como mostra a Fig, l l O.
DeiS,e modo, as agulhas ficarão em reta.
10.3.2 Feixes de Desvios em que TodQs os Desvios são Pa.ralel~ à Linha Di,reta, e Saindo
dessa Mesma Linha . (Fig. ] J 1).
Neste tlpo de feixe, além dos elementos que já con.l1ec-emm 1 riecess.Hamos deter.
mirulr a distância AC, ísto é , a distância de separação das ponta~ dos corações do~ AMV
vizinhos, bem como as posições em que: vão ficar os ''man:o~•· dos desvlos .
a Fig. l J l, do triângulo ABC, retângulo em B, tira.se:
BC"" ACsen (I'.
- BC
Donde: AC =- - - -
sena:
Mas BC:;B+E
B+E
logo: AC"" - -
sen o:
PA nos FERROVIARIOS E FEIXES DE DESVIOs - n,
~ ··-- - ~
;1º'
M E
Fig. l.1 1
Ali. - li t:
Ent:io: 1
tga
Parn os demais de~\•i•os pa ralelo~ ao~ rloh primeiros, o procedlm.e nto é idéntico _
Obsen•a -se, peta figura. que os arcos de co1tcordãncia são ocmcentricos em O' e 'ini-
ciam -se em C', R' , etc.
Para o projeto desse I ipo de feixe, além dos elementos já deduzidm, necessitamos
conheC<! r a distància 1t (de coração a curnçãu) e a posi~•ifo do marco dos desvios sucessi.vos.
Temo~. no lri:u•1gu]o ABC (Fig . l l 2) 1
.4B = ...!!!:__ - B ~ §_
sen n sen o:
e AB > m + l + n, como no ca~o prece dente. e o marco M fie a rá em frente ao ponto C'
logo :
1 B+E
ou AC = -- t
tg o:
FE IXE t
FEIXE. 2
Fil, Jl2
ESTACAO
tl/2'WZ /?J
F.ls. llJ
füs.cs pátios, qLJandu de maior importância no (Ue ~ rç. le re ao tráfego , devem ter
ns segu:inles fa ixes tle desvios:
a) feixe de recepçã'o ;
b) feixe de se pa raçãu (t riagem) ~
e) feixe de cl~ssiikação {on de formação) e
d} feixe de partida .
R
T
Fig. ll4
R "" recepçã"o;
T triagem;
C clas.~ificação (ou fom1aç.ão) e
P = partida.
Além dos feixes acirna descritos. , q1rn geralmente são projetados como se indicou
no jtem 10.3 .3, o pálio poderá ter lii1has independentes de acesw a.o parque de rnanu-
tenç:to de locomotivas ou estacionamento das me~mas.
226 - ESTRADAS DE FERRO
p
T
Fig. 11:S
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Fij. 1 l6
~os modernos pá tios de triagem, de grande movimento , é usado o ~is tema de sepa-
ração d0$ vagõe $ (triagém por gravidade. Pa.r a isso, os vagõe.s s[o levados a.o ponto mais
ele,..ado de uma. rarn.pa, por uma locomotiva de manobra, onde ião líberadoo, descendo
pela contra-rampa até atingir o feixe de cl assificação, (Fi~. 117) onde ai agulhas dos AMV
são mano biadas automaUcamente, a distância. , de modo a der;viar o vagão no desvio que
se deseja.
A panlisaç.ro dos vagões nos de~vios corre~pondentes é fena através d~ freios
próprio~, retardadores, col!ocadN na Hnha, que vão acauetando a diminuição da veloci-
dade até a paralisação total do veículo no desvio em que foi lançado.
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--===---~-= - - - - -
Fi3. 117
10 .S .1 Giradores
□
[IJ
------ 4 ..;- - --
Fig. 118
230- ESTRADAS DE FERRO
10.5.2 Canetões
Os carretões permitem também a passagem de uma linha para uutra, dentro das
oficinas de reparações de vdculos ferroviários. Sfst.e caso, as Hnha.~ sâo di pmtas parale-
lamente , de um la.tio e ou tto do carretã'.o, que na:da mai~ ré q_ua uma prancha de grandes
dimensões , dotada de rodas que corre sobre trilho~. cfüpustos lo11git11dinalmente em
relação às diversas linhas onde L%lãO os veículos . Para passar um. veiculo de uma Jinha
para outra, a fim de ser submetido a diforeJ:1tes reparações, este é empurrado para cim.;i
do carretã'o, que ~ movimentado até tlcar em frente à linha OJJde ~r.i desviado o vet'culo .
Pela. Fig. 119 entende -~ melhor o funcionamento do carrftão .
Ir ; 1
Po
CARRETÃO
Fig_ Jl 9
CRUZAMENTOS - 231
Vimm que é possível mudar o sentido de ma1cha do~ veículos por meio de gimi.lu-
rc s. Outro processo ~mpregado para ef.sa o:peraçã.o é a u tilizaçàu Je triân,KUfos de r(?1•ersão,
que substituem a onerosa estrotura nece~~ária para u.s giradores _
O triângulo de revers.10 consta de três de~v1os interligados em forma de triângulo,
tendo um prolongamento em Llffi do~ vérticer., que se chama chicote do h'iâ.ngulo,
Pela Fig. 120, é fácil verificar que um vefculo, entrando pelo vértÍ,ce A do lriiingulo ,
indo até o chicote CD e vul tando de ré, ao atjngir o pon to IJ, fica com a ~ua po~iç-ão de
marcha invertida_
Trata~~e, como vemos, Je um sistema simpJ:es, que reque r tres aparelhos de mudaflça
de vja (AMV} em A, B e C e numa área de terreno que permtta a colol:a~ào <lastres linhas.
Os dcs,•ios CB e CA r.ã(J simétricos e poderãu se-r dimensionado~ como se mostrou
no ilem J0, 2.3 .
1 B
...
e ... D
flig. J20
0 .7 CR ZAMENTOS
Sã'o peças que permitem a passagem, no mesmo nú-el, de uma linha para outra . 1 to
só açontece nos pátius de oficina;s ou de po~lrn de revis.w e excepcionalmente em pátios
de triagem. Os crn.z.amenlo~ podem ~r retos quando formam um ângulo de ·90° e obliquos.
quando formam ângulo diforrmtB. (fj!!,S, 121 e l 22.)
232 - ESTRADAS OE FEffRQ
-----.....;;;.,.]□[-------
Fig. 121
Fj,g. 122
PÁRA•CI-IOQUES D€ VIA -233
Mol a
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Prcnch a de mcclei ro
L-:-~~=-
3
b
PONTA DO DESV IO PONTA DO DESV IO
Fig, 123
CAPfrULO 11
Ohjeúvu Ja ,on~crvaçâo. Dr:F•itm quf! aparecem 11a ria. Ser~iços mais comuns 11a conser-
~a~ ãu Ja via. Tipm· Je ·rmserrnção em fum/io da qua.ntiçiarle de serviços. Conservaç.{fo e
remrxldu{'[To flíl l) u.l, Urta1úzu~·ão arimini~rrativa do.s .~e.n içm. Fen·amenf/1.~ urilizadas na
L' • 1m't•n•uç,-cu ,/.a l' {a_ ,H N ·,1mzaçiio d() .\' .~e1-,,iço~.
l l _l OBJETl VO UA CONSERVA.ÇAO
U objcth,o da conserv~ão da via é mante o seu traçado ern pl.m ta e perfil , sem
(k•fl! i1ci~ q11e prejudiquem o trMego, rn an lendo-se uma platuforrr.a e~tâvel e bem {!renada,.
um l ust1n limp o , um a!inhwnento e nivelamento perfeito~ , co1t1 :i~ curva~ hcm ·'puxadas ''
e cum a supere levação correta,
Em resumo, ú objet ivo da conservação da _. ia é:
a) m~nkr u linha cm boas condiçõ-es técnkas:
h) ma.nrer co115t::inte vigilância contra acidcrites fortuitos.
e) outros defeitos:
- desgaste ou fraum1 das talas de ju.nção;
- de sga.ste dos pa rafo sos das talas - perda da "rosc.i";
- desgaste ou f rafura do~ trilho~~
- defeito nos AMV (aparelhos de mudança ~e via) ;
- e o1rnatagcm do-1 as.tro:
- afroux amen to dm parafusos das juntas~
- modific~ão na inclinação correta doii trilhos e
- alargamento dos furos do dormente (ímposr.ibilidade de nova "pregação" do trilho),
a} limpeza dJ faixa (roçada e capina} - poderá ser feita por procc~so manual (enxada)
ou pr<Xesso qu{mko , que ~stá se tornando u~ual (herbicidas);
b) retificação da bitola;
e) sub~tituii;ão dos dormentes imprestáveis;
d) reforço tla t1xação (pregaçífo e rep regação) ;
e) puxamen to da~ tangentes~
f) puxamento da c.un•as ;
g} ni clam~nto da linha ;
h) nivelrunentu da~ juntas;
1) construção de valetas de contorno nos curte~;
j) construção de valet~s de gre íde nos cortes e oanquetas nos alerrus:
k) limpeza e recomposição do lastro;
l) substitutção dos trilhos ga~tos ou defei tuo~o~;
m) reparação das cercas de vedai;ão da fatxa;
n) ace iro da~ e rcas;
o) reparni;:ão dos. AMV;
p) re~)araçào , limpeza e pintura das obras de arte (bitleiro~, ponk~ , pontllhões etc.);
q) lirnpéz:i. dos bueiro~ , vJ]a8, valet~s etc .
236-ESTRADAS DE FERRO
b) remodela~lio da via.
ste método cun:.i~h~ na reparação do~ defei to~ ii. metlitla que ,;::fn apa1e,e ndo , o~
~cvjçus são salteados, e r1íio há urna progiamação prévia a ct1mpm . Ê u método ma is
rudimentar d con~crvação, que fcllzrnente encontra-se em tll~suso.
b) Organização
Trata-se, nesta · ase , de mganizar os i;eridçus pa.ra a execução, dcnlro da programa-
ção feita , Aqui são dimensionadas af. tunnas e feito um crnnugrama dos diversos trn •
balhos a desempenhar.
O materiais são clistribu(dos ao~ locais dos servi4roi;, orgauilados m acampamento~.
cantinas e, enfim, todo o apoio logístico da c011,(;Crva~ão .
e) Execução
A ex~cução dos. servii;:us é inic.iada obedecendo à seqüência das operações já progrn-
madar. e ao cronograma de cada serviço .
d} Control.e
Com os trabalhos em execução, organiza-se um r;istcma de cnntrole , atravé$ dm
bóletin.1· de serviço nus quais são lançadas diariamente as quantidades de: s.erviço reali -
zada!> e o número de homens-hora~ gastos em cada Qperação ,
lsto permitirá o d.lculo dos fodices de prndutivid.ade isto é , o cálculo do númern
de homens-horas. por unidatle tle s.erv iço .
A comparação dos 1ntlices <le produ tivi<ladc obtidos cum m r-ndlçeI médios previa-
mente conhecidos., indicatã se a prndução está satisfatória ou se há medidas a serem'
tomadas para. melhoria ela pmdutivir.lacle .
238 - ESTRADAS Dé FERRO
- a cronometragem direta
A organização administra1iva do&serviços de co11scrvaçfo dt1 vi,1 perlll.il lHt ubcd cc• ·
quase sempre ao seguinte organograma (Fig , l ~4) :
FçRRAMENTAS UTILIZADAS NA CONSERVAÇAO DA VIA - 239
DEPAR AMENTC
DA Vil\ PER M AN E.NTE
1 1
180 o ,,
RE S10 É CIA A 0 0
R ~S l OÊ:NC I Au B FIE.Sll)ÊNC I A "e '
250km
1 Engenttei~o
"' e u:-:iliare$
B
1
- so ll
,,
SEÇÃO ,,A SE:CÃO ''e
80 km
i Mestre
Fig. 124
\ \
Fig. 1:25
Fi.l; , l26
Fi,8. l27
FEFIRAMEIVTASUTILIZADAS NA CONSERVAÇÃO DA VIA -241
b) Trado - é a ferramenta utilizada para furar o dorrnen te. no ioc al da pregação, Pod-e
ser adaptado a um ''arco de pua '', a fim de facilitar o lrabalh o (Fig, ! 26),
e} Enxõ da ribeira - serve para. fa1:er a ••entalhação" dos dorme11tes, no loca] onde se
a~ntam os trilhos, {caso os dormentes não ~eJam wrrados, m:t!< la,•,adus).
Assemelha-se à ''enxó" ele carpintariaT mas tem cabo longo, a fim de pemütir que o
operáJio traiball1e em pé (Fig_ 127)_
d) Picareta de ~oca ou simplesmente snca - com e ~ta f e rrame n t:i. é feit a a "soca ria" do
lastro ~oh o d.urmcntc (comprcs,são do lastro , parn o uivelamento d11 vla)_
.füta ferramenta é semelhante a urna picareta, rnas rem a ponta rnmbui1a , para permitir
a coinpre~são do l~lro sob o donnerite (Fíg . i '.28) _
- ----------el=====~:::::==~~=:J:=:=:=:i
rig. 12s
e:) Marreta de pregação é uma marrct1i cm que ~ extremidades 1.êm pequen, sc,ção ,
menor que a~ marre tas comuns. para pe rn1 i1ir b~ ter o prego de linha. que é com pr i-
m.ldo a golpe~ d~ marrei~ , no orifldo prc~•laml.:ntc feito no dornu:nlc (Hg , 1:!9) ,
242 - ESTRADAS DE Fl=RRO
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Ftg. l lO
g) Arco de serra para trilho-S - é uma peça ond.e se adapta urna serra ,estreita , de aço
especial. e serve para cortes nos trilhos {Fig, 13 l) ,
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FERfiAMENTAS UTILIZADAS NA CONSERVAÇÃO DA VIA -243
h) Broca para trilho serve para se fazer furos nos trilhos, quando é necessário preparar
as pontas dos mesmo~ paia r◊ceber os parafusos dm; talas de junç.ão (Fig. 132) .
Fig. H2
l) Chave de parafuso - é uma chave de boca, u tílizada para se apertar os parafusos das
talax de junção (Fig. 133) .
Fig. 133
Fig. lJS
12 .1 J Passagens de Via
São os cruzamentos da via férrea com uma estrad.t de rodagem e mais rarnmente
com ou tJa estrada de ferro .
Confonne a posição relativa, em perfil, os cruzamentos podem ser: de n(vel, inferjor
ou superior.
Nas passagens de mvel, o cruzamento das duas vias se dá no mesmo m'veL · a passa-
gem inferior ou superior a estrada que cruza a fer:rovia passa em túvel inferior ou superlor,
re~pectiva:mer1te. Em todas as construções modernas, seja de estrada de ferro ou de roda-
gem, não se permite mais o cruzamento de nível , em vísta do perigo de acidentes que
oferecem .
Todas as passagens de niYei são dotadas d contrat~hos, a un de dar mais resis•
tê11cia tram..,·ersal à via, a ser atra\•eS1iada pelos veículos rodoviários e também para facilit111
o apoio dos pnem. SãO também sinalizadas de um e outro lado da ferrovia.
O cruzE1IDento das duas vias. nas passag•ens de níVel deve ser em ângulo reto, a fim
de diminuir o comprimento da passagem sobre ·Os trilhos.
Em perfil deve-se exigir que as duas ,-ias e~tejam em niveJ, principalmente a estrada
de rodagem, alguns muros antes e depois do •L'.:nmunen to. A rodovia em rampa, além de
diminuir a vi~ibilidade, dificultaria o arranque dos veí'culos que parassem antes da P .
248 - ESTfMDÁS DE FERRO
Ex,jge•se, também; que o cruzamento se dê em uma tangente da estrada de forro , par~ que
possa oferecer vi~ibnidade a distân eia, para os maquinistas,
Quanto à visibilidade, se gu.ndo Garcia Lom as ( obra citada. na hih liografia), é neces-
sário que o motorl~ta que avança pela rodovia, estando à distância a.k --. 8 m, tenha visibi-
lidadé até à distância kd = 5 V (m), medida na direção da ferrovia, li'fndo V a velocidade
mbJma do trem em km/h (Pig, 13 7).
Se sobre a rodovia o tráfego é i.!ltem-0 1 o motorista do automóvel deve poder ver
um trem a uma distância bk = 20 m, estando o mesmo à distância kc = 3 V{rn) (Fig_ 137).
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Nas rodovias. dos dois lado~ da PN, sfo colocados sinah, J uma distándJ aproxim:ul!
de 500 m, que indicam a aproximação da passagem . Quando e~ta é aberta , Mo é, sem
OBRAS E INSTALAÇÔESACESSÓFUAS DA VIA -249
proteção, o s1nal. usado na rodovia é o da Fig. 13'8, mas se esta for protegida por barreira~ .
o sinaJ adotado é o da Fig, 139,
Do lado da ferrovia, também são colocados sinais, dU'I dois lados da PN e a 500 m,
aprox.imadamente, além de placas retangulares , como mostn a fig. 140, com o:s dizeres.:
APITE - PN.
Existem também passagens de nível com sinalização luminosa(figs, 138, l39e 140).
Fig. lJ9
250 - ESTRADASDE F- E RRO
APITE
PN
Fig. 140
ClES. _.,,...;.,-·
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~ --::::--.. # '
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Fig, J42
--:~.:-.:,/
•::-~
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..~·;.?::
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152 - ESTRADAS DE; FERRO
Fig. 144
o caso da passagem inferior, as dimensões mínimas internas das obras devem per-
mliic, com folga, a pas:;;agern dos veículos rodo1dárLos .
No caso de passagem superior, a ferrovia que passa em m'vcl inferjo1 e o gaba.rito
devem permitir a passagem, com folga, do material rodante ferroviário . Ncstecaso,aaltura
tia obra será maio, e se h1 possibilidade de eletrificaçlfo da ferrovia, a altura livre mínima
será. de 7 ,50 m acima dos trilhos.
12 .1. 2 Sinais
AJém dos siJJais colocados nas pai;.sagens de n(vel, poderão :ser u.~ados sinais indica-
livos das velocidades máximas no~ divcrsoi; trechos da estrada de ferro e nas entradas das
estações, p111:i que indiqu m ~e o bem deverá parar , antes de entrar no pátio ou s.e deverá
entrar pelo desvio ou pela .linha dirct~. A conservação desses sinais é feita. peJo pessoal da
vi::i perma.ncnt , exduim..lú--~e, entretanto, os modernos ~i:stcma:s de sína,lizaç!ro auto:má-
Lica, crc, de que falaremos na pal"le referente à circulaçiio dm trens , cuja conservação é
feita por de parlamento especializado_
fNTf:RfWPÇOES ANORMAIS 00 TRÁFEGO DOS TRENS - 253
111/
emq1,1e :
WT - é q antida.de- de ·Lun la.d -q ilõm u:o bro la.& tm mHh e (tonel• - que ir-
1:tillllll, incluíndo o peso mo.rto dos vei ulos. mulüpUc:ad~ pe os quilómetros peroor-
dos),
Pc ç pre :::o :acima, verlfi a• qu quanlo maior o tráfego e meflor o mlmern
de a i1Jentes em det~munado tnicho , maior s 1â o índice lef, o que d·. realmente, m
inc!i d efi iôn · d:i \'! perm nc:ntc .
H.:...2 · up de . tenos
O d sliza~ mo ou /u dos alerro,; é e ionado, geralmen, e, or dua ç21usai.
princ ípa.ts:
- ~ 1ciênd , tla seç o de CJ!2.:1o d buell' .
flóência d, 11nm - 11 do lo-base do rro ou montamL · do .alcuo
ÜJ de Dre em
:r ocmdon11do pm um de 1-
1.nUide
consequente riliminu,.
·~I plezomt'll'lc • po,i
em :11e:
ide cl ~
Vê- [lUC, sJ! TI. cres;c pre.uâ neu tt , oo 1i pr~ o híJ:i:wW ic ) - tên ·fa
!S hamtntu mmui.
N atur lm 1ue, · m l'l 1:1 r de Me de ter um rreg11m 'r1 lU v11 1.fopé ri drr e· 1ts.a ~
esmo . Descob~rl , a c:iu.Q rer-se- . q ue do r a ~olu ão mali cfku:a Le eoo11õmic _
vec,~s , s6 o ,ma ele intento de uma ova inclina. l.o do ta!ud
i; 1;00.altl'UÇfa d
11:n~nm: dl l • evU&' novw desllum:éntflS. En belanto, ~ e;asos mais gr a -s,
- un p I J!lm n o du u - rn~ hidro U lli;; ,, eni q pmcur o 3h1ttnl "
agem mais im:fü:ado, de modo a elimimn a paroefa;
/j tg ,fi
a e vaç:ão de tub-05
,o m u dO! l!QM!-
e ~s. em que foües prec pHa ~e~ de chuv ou mesmo u mb;as d'âgua destroem
bue ro • p nlilh , oo m m poi 1c,.
o ca:so de: JilS me no t: s, o resta!xlacimM ci pnivisório do ti::I [; · o 11ão ofi re
uldade p ti ~et con.seguld.o em horas QU poucos d. s, or dois: processo exp!dttos:
- E. e u d fog11eira1 d do 1erues;
- CorutfU-çfo de nl tts di: m e w,g de m dei.r o
1\5 f,~eiras de donnente con tít111ern llim r 55 ex.pcdito muito u. o
e~ das de ~rro. para re5, be ecim1m to r -l.pido do tr fego,
mu,i:sui em s li ~r mpílltmn!nto dt donnentn, sobre uma lias.a pR!,.'iar.mmte
prep ,r d_:i 1 de maior srçã0 geralmente fc i líU11btm de dcmne·nt~ 'us pwt .
s uma 1 'él 5.ohfe a c:onnru o e l'ur1c1onanrento das fogue-iru.
V1 e cl,11 made i r11 ou ac:o
ll T ER'ff l,IP'(JÔES ANORMA IS D ó T fl. F E GO D OS T ÊN - 157'
t~J" D -oJ , 1 94
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