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QUAL É A COMPETITIVIDADE DOS MODOS
DE TRANSPORTE?
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As redes de transporte e as acessibilidades
As redes de transporte e de comunicação permitem a circulação de
pessoas, capitais, bens, serviços e informação variada, fundamentais
nas sociedades modernas.
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O desenvolvimento dos
transportes veio, segundo
o geógrafo americano
Ronald Abler, «encolher»
o Mundo.
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As redes de transporte e as acessibilidades
O conceito de distância
A evolução tecnológica e a melhoria das redes
de transportes revolucionaram as acessibilidades
e fizeram com que a distância absoluta entre
os lugares perdesse importância.
Hoje, raramente a distância é medida
em quilómetros.
Encurtamento da Terra
segundo David Harney.
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As redes de transporte e as acessibilidades
O conceito de distância
Distância relativa:
processo de medição de distâncias Distância-tempo:
entre dois pontos que utiliza como distância entre dois lugares
medida fatores suscetíveis de medida pelo tempo necessário
variação, como o tempo. para percorrer esse trajeto.
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As redes de transporte e as acessibilidades
O conceito de distância
A distância-custo é fundamental nas trocas comerciais e na concorrência
entre produtos na economia global.
Distância-custo :
distância entre dois lugares medida
segundo o custo dessa deslocação.
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As redes de transporte e as acessibilidades
O conceito de distância
A representação cartográfica da
distância-custo e da distância-tempo pode
ser feita através de mapas distorcidos,
em que os pontos de menor acessibilidade
estão mais afastados do ponto de
referência.
Nestes mapas estão representadas
as isócronas e as isótimas.
A distância-tempo em função
do comboio de alta velocidade na Europa. 9
As redes de transporte e as acessibilidades
O conceito de acessibilidade
O conceito de acessibilidade é essencial para se perceber o efeito dos
modos de transporte no desenvolvimento regional.
Acessibilidade:
possibilidade de chegar mais ou menos fácil ou rapidamente a um lugar,
devido à existência de vias de acesso e meios de transporte cómodos.
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As redes de transporte e as acessibilidades
O conceito de acessibilidade
Meio de transporte:
meio físico em que se processa o transporte (por terra, água ou ar).
Modo de transporte:
tipo de veículo usado para a deslocação
de pessoas ou mercadorias.
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O transporte rodoviário
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O transporte rodoviário
Em Portugal têm sido realizados elevados investimentos no modo rodoviário.
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O transporte rodoviário
Vantagens Desvantagens
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O transporte ferroviário
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O transporte ferroviário
Desvantagens
Vantagens
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O transporte aquático
Vantagens Desvantagens
Aeroporto da Madeira.
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O transporte aéreo
Vantagens Desvantagens
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COMO SE DISTRIBUEM
AS REDES DE TRANSPORTE?
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A rede rodoviária portuguesa
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A rede rodoviária
portuguesa
Plano Rodoviário
Nacional 2000. 24
A rede rodoviária portuguesa
O PRN 2000 diferenciou-se do anterior nos seguintes aspetos:
A rede rodoviária
fundamental. 28
As redes de transporte e as acessibilidades
As estradas regionais
As estradas regionais asseguram as comunicações rodoviárias do continente
com interesse supramunicipal e complementar à rede rodoviária nacional.
As redes municipais
As estradas não incluídas no Plano
Rodoviário Nacional integram as redes
municipais, mediante protocolos com
as câmaras municipais e após
intervenções de conservação que as
reponham em bom estado de utilização.
Rede rodoviária
do distrito de Setúbal. 30
As redes de transporte e as acessibilidades
A rede rodoviária e as acessibilidades
O desenvolvimento da rede rodoviária favoreceu o crescimento das cidades
de média dimensão. Ainda existem regiões relativamente isoladas:
Trás-os-Montes e Marão, no interior do País.
Indicadores de
acessibilidade
dos municípios
do continente
ao território
continental. 31
A rede ferroviária portuguesa
Em Portugal, a ferrovia somava cerca de 3000 km em 1910. No fim do
século xx, a rede totalizava 3050 km, mas só 475 km estavam eletrificados.
Evoluiu, no século passado, em contraciclo com os vizinhos europeus:
A rede de metro A renovação
em Lisboa das linhas mais
evoluiu pouco e importantes foi
só há poucos morosa e
anos foram dispendiosa,
construídos os Encerraram com recorrentes
metros de Não existia linhas de incorreções nos
superfície do o comboio de caminho de seus projetos
Porto e da alta ferro em muitas (como na linha
Margem Sul. velocidade. regiões do País. do norte).
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A rede ferroviária portuguesa
A estrutura da rede
A rede apresenta um padrão que beneficia
claramente o litoral ocidental entre Braga
e Setúbal, com algumas linhas de penetração
para o interior.
No interior sul, essas linhas obedecem a uma
lógica de localização de recursos minerais
(minas de Neves-Corvo).
O padrão ferroviário português é característico
de um país pouco desenvolvido, com uma rede
estruturada em função do litoral mais
desenvolvido e muito pouco densa no interior.
A rede ferroviária
nacional em 2012. 33
A rede ferroviária portuguesa
• Eixo norte-sul, de Braga a Olhão, com Constituída por várias linhas (Minho, A rede secundária engloba alguns
um trajeto litoral no Norte e Centro Douro, Beira Baixa, Oeste, Vendas ramais e corresponde a linhas de
e um trajeto mais interior no Sul. Novas, Casa Branca-Beja, Lagos-Tunes escala local e regional (por
• Eixo transversal, no sentido sudoeste- e Olhão-Vila Real de Santo António), exemplo, linha do Tua).
-nordeste, com ligação internacional. que não são, na maioria dos casos,
É a linha da Beira Alta, de Pampilhosa economicamente viáveis, sendo
a Vilar Formoso. Eixo Barreiro-Évora, mantidas por uma questão de
correspondente em grande parte à interesse público.
linha do Alentejo.
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A rede de portos
Eixo de circulação
sublitoral ao norte
do Tejo ou
«Estrada Coimbrã». 36
A rede de portos
Navegabilidade e penetração
regional do transporte fluvial.
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A rede de portos
Os portos não estão localizados de forma regular
ao longo da costa. Destacam-se os de:
• Lisboa um dos dez portos mais importantes
da Europa pela sua posição geográfica; tem
terminais Ro-Ro (roll-on/roll-off), cerealífero,
petrolífero, carbonífero e de contentores;
• Leixões serve todo o Norte, Centro de
Portugal e ainda o Noroeste de Espanha;
foi alvo de melhorias nas acessibilidades
marítimas e terrestres;
• Sines único porto de águas profundas
que permite a atracagem de grandes navios;
• Setúbal porto com boas perspetivas de
desenvolvimento pelas condições naturais
e pela localização numa área urbano-industrial. A rede nacional de portos. 38
A rede de aeroportos
A rede de aeroportos
portugueses tem baixa
densidade.
Excluindo as regiões autónomas,
existem três aeroportos
internacionais.
O aeroporto de Lisboa é o que
regista maior tráfego.
A rede de aeroportos. 39
A rede de aeroportos
O tráfego aéreo
O tráfego aéreo dentro do continente é muito reduzido, pois ainda não
é suficientemente competitivo em relação ao transporte ferroviário
e rodoviário.
As distâncias não são suficientemente longas.
A rede de aeródromos e pequenos aeroportos é deficiente, o que, aliado
a um fraco dinamismo económico no interior, faz com que o tráfego aéreo
seja quase residual.
As ligações Lisboa-Porto são mais frequentes.
O Alfa Pendular é um forte concorrente ao
transporte aéreo entre Lisboa e Porto pelo
reduzido valor do bilhete.
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As redes de transporte de energia
O gás natural
A rede de gás natural em Portugal insere-se numa lógica ibérica e é proveniente
do norte de África (Argélia). O abastecimento de gás natural em Portugal
concentra-se no eixo Braga-Setúbal, que segue depois para a Galiza.
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As redes de
transporte de
energia
A rede elétrica
nacional (REN)
A REN em 2012. 43
COMO SE INSEREM AS REDES DE TRANSPORTE
NO ESPAÇO EUROPEU? 44
As políticas de transportes
As opções políticas em Portugal têm privilegiado claramente o modo de
transporte rodoviário.
Os investimentos feitos nas linhas férreas nacionais limitam a obras de
conservação e melhoria da linha do norte e à passagem ferroviária do Tejo.
Contudo, os sistemas ferroviários ligeiros (Metro de Lisboa, Metro do Porto
e Metro do Sul do Tejo) e o pesado suburbano encontram-se em expansão,
assegurando melhores níveis de serviço.
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As políticas de transportes
O Plano Estratégico de Transportes
O Plano Estratégico de Transportes (PET) de 2008-2020 é o principal
instrumento de financiamento e planeamento da estratégia adotada a nível
nacional para a inserção de Portugal na Política Europeia de Transportes.
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As políticas de transportes
O Plano Estratégico de Transportes
Este objetivo será realizado através de quatro linhas de ação:
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As políticas de transportes
O Plano Estratégico de Transportes
A integração europeia dos
corredores estruturantes
nacionais assenta numa rede
organizada a partir de um eixo
norte-sul e de quatro eixos
transversais e diagonais.
Corredores intermodais
de Portugal. 48
As políticas de transportes
O Plano Estratégico de Transportes
Os grandes corredores
intermodais estruturantes de
Portugal são:
• o corredor galaico-português;
• o corredor Irún-Portugal;
• o corredor da Estremadura;
• o corredor mediterrânico.
Exclui-se o do Ebro por não afetar
diretamente Portugal.
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As políticas de transportes
O Plano Estratégico de Transportes O corredor Irún-Portugal
Eixo que liga por via rodoviária e ferroviária
O corredor galaico-português Irún, Valladolid, Guarda, Lisboa e Porto,
Eixo de orientação norte-sul que liga por via rodoviária podendo conectar-se com os portos de
e ferroviária Vigo, Orense, Porto e Lisboa; está Leixões, Aveiro, Lisboa/Setúbal e o Aeroporto
diretamente conectado com os portos de Leixões e Francisco Sá Carneiro. É um corredor com uma
Lisboa/Setúbal e com os aeroportos do Porto e de Lisboa. deriva para sul, constituindo um percurso
complementar assente na linha da Beira Baixa
e nas novas autoestradas do IP6 e do IP2.
O corredor da Estremadura
Ligação ferroviária entre
Lisboa e Madrid, podendo
incluir no seu trajeto
Évora/Badajoz, em
articulação com as
O corredor mediterrânico
plataformas portuárias
Eixo orientado para
de Lisboa/Setúbal e Sines,
o transporte de passageiros,
e ainda as plataformas
que ligará por via rodoviária
logísticas programadas para
e ferroviária Lisboa, Faro e
a região de Setúbal e Sines.
Huelva/Sevilha, em articulação
Poderá também vir a dispor
Corredores intermodais com o aeroporto de Faro.
de uma ligação ferroviária
de alta velocidade. da Península ibérica. 50
O transporte intermodal periferia e centralidade
Cadeias de transportes:
sistema que utiliza, num dado trajeto, dois ou mais modos
de transporte em complementaridade.
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O transporte intermodal periferia e centralidade
A intermodalidade no que diz respeito aos passageiros ocorre entre
os transportes rodoviário e ferroviário urbanos, o que levou à construção
de interfaces de passageiros.
Intermodalidade no transporte
de mercadorias.
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O transporte intermodal periferia e centralidade
Para sair da sua posição de finisterra,
Portugal tem de se articular com as redes
transeuropeias, conectando os seus portos
(de localização privilegiada relativamente
aos de outros continentes) com os demais
modos de transporte. Os portos portugueses
poderiam ser grandes plataformas
intermodais.
Acessibilidade
potencial
multimodal
na Europa. 55
O transporte intermodal periferia e centralidade
A rede transeuropeia de transportes
Os projetos da rede transeuropeia de transportes (RTE–T) valorizam
os transportes marítimo e ferroviário.
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O transporte intermodal
periferia e centralidade
A rede transeuropeia de transportes
A posição periférica de Portugal no contexto
europeu pode ser transformada numa centralidade
atlântica: no cruzamento de corredores marítimos
e aéreos de orientação oeste-este e norte-sul,
ou seja, entre o Mediterrâneo e o Atlântico
e entre a Europa, a América e África.
Arco Atlântico
orientação voluntarista. 57