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REGULAMENTO DE CIRCULAÇÃO
DE COMBOIOS
VI
VIAS INTERDITAS À
CIRCULAÇÃO
Editado por:
Fernave, SA
Revisto em:
Agosto de 2012
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
1.APLICAÇÃO .......................................................................................................... 5
8.PILOTOS ............................................................................................................ 10
CAPÍTULO II
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES DIVERSAS
ANEXO I
MODELOS DE BOLETINS E REGISTO A UTILIZAR
Anexo I................................................................................................................ 24
DISPOSIÇÕES GERAIS
1. APLICAÇÃO
Para assegurar a execução do serviço nas vias interditas à circulação dos comboios (sem prejuizo
de outras regras de segurança adoptadas à protecção do pessoal na zona de trabalhos
propriamente dita) indicam-se a seguir as normas que devem ser observadas para o efeito.
Renovação de via;
2. TIPOS DE INTERDIÇÕES
Interdição de via prevista quando determinada por trabalhos programados e autorizados em
circular da Direcção Ferroviária.
Interdição de via imprevista quando motivada por acidentes ou avarias e autorizada pelo
comando de circulação respectivo.
Às estações de secção da via interdita pelas quais se deve iniciar o acesso ao local dos
trabalhos;
As indicações especiais de circulação e outras, que pela natureza dos trabalhos, se torne
necessário recomendar ou fazer cumprir.
Parte B, que fica agregado ao livro, como registo. Este livro de boletins é distribuído ao
chefe da via interdita (ou agentes que o representem), a quem compete o seu
estabelecimento, (ver anexo I).
Ao chefe da via interdita (ou aos agentes seus delegados), para que fiquem cientes de como
se deve processar a ordem de entrada e de saída do material da via interdita;
A preencher pelo chefe da via interdita, onde constem todos os comboios de serviço e
maquinaria de via que trabalhem na secção interdita, hora de entrada e de saída, (ver anexo I).
Estes modelos são distribuídos ao agente responsável, ao chefe da via interdita e seus
delegados, e as estações testas da secção interdita.
Nos casos de interdição de via imprevista, não tem aplicação o que se refere:
Também quando não seja possível dispor do boletm de via interdita, o chefe da via
interdita entregará um documento escrito, formulado nos temos do respectivo boletim.
Este documento deverá ser estabelecido em duplicado como se se tratasse de um boletim.
Agente Responsável;
Pilotos.
5. AGENTE RESPONSÁVEL
Agente Responsável é designado pelo órgão de que dependem os trabalhos.
Prestar a máxima colaboração nos contactos a ter com pessoal das empresas encarregadas
da execução do serviço, de modo que os trabalhos decorram com a maior segurança,
entendimento e eficiência.
6.1. O Chefe da Via Interdita é designado na circular da interdição publicada pela Direcção
Ferroviária, e depende directamente do agente responsável.
Fica instalado no local que melhor convier ao serviço que vai desempenhar.
6.3. O Chefe da Via Interdita é o responsável pela entrada e pela saída da via interdita de todas as
locomotivas e material rebocado afecto aos trabalhos, bem como pela entrada e saída de toda a
maquinaria de via, em conformidade com a ordem escrita, em caso de alteração.
6.4. Para o correcto desempenho das suas funções, o Chefe da Via Interdita deve manter em seu
poder o “programa diário dos trabalhos”.
Em caso de necessidade, o “programa de trabalhos” pode ser alterado pelo agente responsável,
por transmissão telefónica ou rádio, registada ou ordem escrita.
Chefe da Via Interdita será, sempre informado da alteração verificada, por entrega desse
documento.
6.5. Quando as condições do serviço o justifiquem, o Chefe da Via Interdita, com o prévio acordo do
agente responsável, pode nomear agentes seus delegados para o coadjuvar, na realização das
suas funções, para além dos designados na circular.
6.6. O Chefe da Via Interdita (ou agentes seus delegados) devem exigir dos maquinistas ou pilotos
que saem da via interdita que lhe façíim entrega dos respectivos boletins de via interdita, a fim
de que a todo o momento, se possam assegurar da situação das locomotivas e material
rebocado, bom como da maquinaria de via que entrou na via interdita.
7.1. Os delegados do chefe da via interdita em regra geral, ficam dispostos à saída das estações
testas da secção interdita, no local que dá acesso à entrada nessa via, ou em locais que se julgar
mais aconselháveis para o serviço.
7.2. Aos delegados das escalas do pessoal, compete-lhes elaborar as escalas do pessoal da tracção e
dos agentes pilotos, de acordo com o previsto no “programa diário” e instruções recebidas do
chefe da via interdita.
8.2. Os pilotos devom cumprirr igorosamente as instruções recebidas do Chefe da Via Interdita, de
que dependem, e fazer cumprii todas as indicações contidas nos respectivos boletins de via
interdita que tenham assinado, ou das alterações que o Chefe da Via Interdita lhes tenha
ccmunicado.
8.3. É da função do piloto acompanhar os comboios de serviço e as máquinas de via que trabalham
na secção interdita. Cada piloto deve satisfazer as seguintes condições:
Estar apto a fazer parar e travar o veículo que acompanhar, no caso em que este seja
tripulado por um só agente, para o que, deverá receber as instruções indispensáveis.
6 Petardos
2 Bandeiras vermelhas
1 Bandeira verde
1 Lanterna de sinais
1 Chave de agulhas
1 Chave de telefones
1 Apito
9.1. O estabelecimento da interdição de via prevista só pode ser levado a efeito, mediante prévia
publicação da circular da interdição emanada da Direcção Ferroviária. Tratando-se de via dupla,
a circulação normal dos comboios faz-se pela via que ficar livre, em obediência às disposições
regulamentares em vigor.
9.2. Regra geral, as interdições de via devem abranger toda a secção de telecomunicações.
Em casos especiais, de secções muito longas, a interdição pode abranger apenas parte da
secção, entre uma das estações e um apeadeiro. Neste caso, a circular da Direcção Ferroviária
determinará o guarnecimento do apeadeiro que passará a funcionar como “estação temporária”
e como tal considerada.
9.3. A interdição de via para o início dos trabalhos obtém-se, cumprindo as seguintes disposições:
9.3.1. O Chefe da estação da secção a interditar, onde se encontra o Chefe da Via Interdita, depois de
receber deste agente pedido e a confirmação dos trabalhos, compete-lhe estabelecer a
interdição de via, no período designado na circular da direcção ferroviária, para o que deverá:
c) A estação que interdita a via, depois de receber a mensagem indicada em b). confirma se
a via está livre e se nada se opuser, transmite a mensagem de interdição de via:
Os chefes das estações testas da secção interditada são responsáveis pela expedição de
comboios de serviço (locomotivas e material rebocado) para a via interdita, competindo-lhes:
Assegurar-se, junto do Chefe da Via Interdita (ou agente seu delegado), de que o pessoal
destinado ao acompanhamento do material já se encontra nos seus postos;
Aos maquinistas, como responsáveis pela condução das locomotivas e do material que rebocar,
antes de iniciarem, a marcha para a via interdita, compete-lhes:
10.2.1. É expressamente proibido aos maquinistas dar entrada na via interdita, sem que:
O agente piloto se apresente para o acomprnhir e lhe faça entrega do boletim de via
interdita, devidamente preenchido;
Este boletim, no regresso, será entregue ao Chefe da Via Interdita (ou seu delegado);
O itinerário a percorrer para acesso à via interdita se encontre estabelecido para esse fim;
10.2.2. O maquinista ao iniciar a marcha, deve ter bem presente que a circulação na via interdita é
sempre feita nas condições de “marcha com precaução”.
A MARCHA COM PRECA UÇÃO impõe ao maquinista a maior atenção e prudência, portanto
a obrigação de regular a velocidade da locomotiva ou máquina de via, de forma a que, na
extensão de via que avistar, possa efectuar imediata paragem, antes de atingir qualquer
obstáculo, material estacionado, veículo ou pessoal em serviço na via, qualquer sinal de
paragem, etc., que se apresentar pela frente.
Em qualquer caso, porém, o maquinista não deve ultrapassar o limite de velocidade máxima de
30 Km/h.
Se no local da zona interdita, existir mais do que um comboio ou máquina de via que nos
movimentos de avanço e recuo, simultâneos ou não, se possam aproximar, antes de iniciada
essa manobra, deve ser assegurada a sua protecção, por forma a manter entre eles, uma
distância mínina de 300 m.
A protecção deve ser providenciada pelo piloto, por utilização de um sinal portátil de paragem,
colocado a 300 m do ponto que não pode ser atingido.
O estacionamento de locomotivas e material rebocado em plena via, na via interdita, deve ser
assegurado da seguinte forma:
Em caso de paragem muito prolongada (superior a uma hora), o piloto providenciará para
que os freios manuais que constituem a frenagem de estacionamento sejam apertados pelo
pessoal de acompanhamento ;
O piloto fará a protecção do material pela retaguarda, colocando para o efeito um sinal
portátil de paragem a 300 m do último veículo, confirmado por dois petardoss;
A protecção pela frente será efectuada nas condições referidas, excepto se nesse lado já
existir protecção feita a outro material;
Sempre que, para efectuar um trabalho, seja obrigatório separar material da composição de um
comboio estacionado em plena via, só se pode fazer depois de cumpridas as seguintes
disposições:
O material deve ser protegido de ambos os lados, por sinal portátil de paragem colocado a
300 m confirmado por petardos;
O comboio não poderá abandonar o local, sem que o material tenha sido reengatado e
levantada a proteção.
Sempre que o comboio de serviço deixe num apeadeiro, de uma secção de Via Interdita, a sua
composição ou parte dela e recolha a uma das estações destas compete ao maquinista e ao
piloto tomarem as seguintes medidas de segurança:
Estacionar e imobilizar o material dentro dos limites, na linha de resguardo que não seja
afecta à circulação de comboios;
A imobilização faz-se por aperto de todos os freios manuais e, se o perfil for desfavorável,
com a utilização de calços mecânicos ou descarriladeiras;
Se necessário o piloto pode pedir que a agulha seja aferrolhada com eclise nessa posição
pelo pessoal da via;
No verso do boletim de via interdita em poder do maquinista, deverá ser feita a anotação:
O maquinista O piloto
___________ ________
O Chefe da Via Interdita (ou seu delegado), ao receber o Boletim com essa informação
deverá:
Se inversamente, qualquer comboio de serviço tomar num apeadeiro, material que ali tenha
ficado resguardado deixado por outro comboio, no verso do Boletim de via interdita deverá
igualmente ser feita anotação idêntica a do material deixado, para que Chefe da Via possa
confirmar que o comboio chegou completo.
Todas as máquinas de via (niveladoras, ripadeiras de balastro e outra maquinária afecta aos
trabalhos de via) devem ser acompanhadas por um piloto, desde o início da entrada na via
interdita até ao ponto quilométrico previsto da zona de trabalho e vice-versa.
O piloto, ao tomar o veículo automotor para dar entrada na via interdita, deve possuir o
respectivo boletim de entrada nessa via e prestará, à pessoa encarregada da condução, todas as
instruções necessárias.
Nos casos de extrema necessidade, em que seja impossível o acompanhamento das máquinas
por um piloto, a Direcção Ferroviária, em função das características da máquina, poderá
autorizar que circulem sem acompanhamento.
Na referida circular serão feitas as necessárias recomendações para a circulação das máquinas.
Para que o operador encarregado da condução da máquina possa circular nessas condições, é
indispensável que possua conhecimentos suficientes do presente Regulamento e do
Regulamento de Sinais.
A circulação das máquinas de via, na via interdita efectua-se sempre nas condições de “marcha
com precaução”, prevista no n.° 10.2.2 do presente Regulamento.
Agente Responsável, com a antecedência necessária sobre a hora indicada para o fim da Via
interdita, prevista na circular da Direcção Ferroviária, ordenará que se proceda ao resguardo de
todos os comboios e maquinaria de via que se encontrem na via interdita.
Assinatura __________
O resguardo deve-se efectuar numa linha que não afecte a circulação normal dos comboios.
Na falta dessas linhas, o resguardo deve fazer-se na linha desviada;
As agulhas devem ficar encravadas na posição que não dêm acesso à linha parincipal,;
O Boletim de via interdita deve ser cancelado pelo piloto e inutilizado com dois traços em
diagonal.
No verso deve ser indicado o Jocal e linha de resguardo, e assinado pelo piloto o agente da
condução;
________ ___________________
Esta mensagem será transmitida pelo piloto e confirmada pelo agente da condução.
Em caso de falta de comunicações entre o piloto e o Chefe de Via Interdita, a mensagem será
escrita no verso do Boletim e esta enviado pelo piloto de um dos comboios que recolham a
estação:
O Chefe da Via Interdita, deve informar os Chefes das estações testas de secção, de todos
os resguardos efectuados nos apeadeiros.
CAPÍTULO III
15.1. Nos casos de urgência, motivados por acidentes ou avarias, poderão os órgãos interessados
pedir directamente ao Comando de Circulação o estabelecimento de interdição de via
(imprevista), e o acesso do material necessário aos trabalhos a executar na via interdita.
O órgão requisitante designará o Agente Responsável pelo serviço e acordará com o Comando
de Circulações todos os pormenores relativos à sua execução, designadamente:
A estação ou estações de saída e entrada do matoria que tenha acesso ou que regresse da
via interdita;
15.2. Tratando-se de via dupla, a circulação dos comboios pela via que ficar iivre efecíuar-se-à com
obediência às normas que para o efeito prescreve a regulamentação em vigor.
15.3. Regra geral, as normas a observar, para o estabelecimento do serviço de interdição de via
imprevista, são as que se prescrevem para o caso da interdição de via prevista, expressa no
presente Regulamento.
No entanto, sempre que por faita de pessoal, se tome impossível ao Comando de Circulação
designar o Chefe da Via Interdita e os pilotos, essas funções podem ser desempenhadas por
pessoal de uma das estações.
Neste caso, o Agente Responsável deve efectuar o necessário entendimento com o Comando de
Circulação, após o que este órgão comunicará a estação interessada, informando-a das
condições do serviço a executar.
CAPÍTULO IV
DISPOSIÇÕES DIVERSAS
Se não existir sinalização apropriada que garanta a protecção da secção, os Chefes das duas
estações testas devem mandar protegei a entrada da secção.
A protecção é feita por um sinal portátil de paragem, colocado junto à tabuleta C da secção
interdita, para permitir as manobras na estação.
Este sinal não pode ser ultrapassado, nem pelo material que trabalha na via interdita, nem por
qualquer comboio de exploração que eventualmente efectue manobras na estação.
No caso de, no troço de via interdita trabalhar mais do que um comboio de serviço ou máquina
de via, que estes recolham à mesma estação, o sinal de paragem será retirado pelo tempo
necessário para a passagem do material, voltando, novamente a ser reposto na posição
anterior.
O sinal de protecção só será retirado definitivamente, por ordem do Chefe da estação, depois de
estabelecida a circulação de comboios nessa Secção.
Quando, pela natureza dos trabalhos a executar ou as condições de serviço o exijam, se torne
necessário expedir comboios de serviço, rebocados por duas ou mais locomotivas, as condições
de formação e de composição (número máximo de eixos) e da circulação desses comboios
devem ser definidas na circular da interdição.
Tratando-se de interdições imprevistas, essas condições podem ser definidas e transmitidas pelo
Comando de Circulação, após acordo da Direcção Ferroviária.
Quando, nos casos de interdição de via imprevista, se verificar falta de comunicações com o
Comando de Circulações ou na ausência deste, o cumprimento das prescrições a observar para
dar início a interdição da via ou ao restabelecimento da circulação normal dos comboios, passa a
ser da competência da estação de início da interdição de via.
Quando no troço de via interdita existirem passagens de nível guarnecidas, providas de telefone
ou rádio, devem ser avisadas pela estação que competir, e sempre que o material expedido
atinja ou possa afectar esses locais.
17.4. Chama-se atenção dos maquinistas para a necessidade de, na zona dos trabalhos, usarem
frequentemente os apitos ou buzinas das unidades motoras, muito particularmente à
aproximação das passagens de nível.