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EB70-CI-11.

453

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

CADERNO DE INSTRUÇÃO
TRANSPORTE DE VIATURAS BLINDADAS

1ª Edição
2021
EB70-CI-11.453
EB70-CI-11.453

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES

CADERNO DE INSTRUÇÃO
TRANSPORTE DE VIATURAS BLINDADAS

1ª Edição
2021
EB70-CI-11.453
EB70-CI-11.453

PORTARIA Nº 033 - COTER, DE 9 DE ABRIL DE 2021.


EB: 64322.002598/2021-54

Aprova o Caderno de Instrução Trans-


porte de Viaturas Blindadas (EB70-
-CI-11.453), 1ª Edição, 2021 e dá outras
providências.

O COMANDANTE DE OPERAÇÕES TERRESTRES, no uso da atribui-


ção que lhe conferem os incisos II e XI do art. 10 do Regulamento do Comando de
Operações Terrestres (EB10-R-06.001), aprovado pela Portaria do Comandante
do Exército nº 914, de 24 de junho de 2019, e de acordo com o que estabelece
os Art. 5º, 12º e 44º das Instruções Gerais para as Publicações Padronizadas do
Exército (EB10-IG-01.002), aprovadas pela Portaria do Comandante do Exército
nº 770, de 7 de dezembro de 2011, e alteradas pela Portaria do Comandante do
Exército nº 1.266, de 11 de dezembro de 2013, resolve:

Art. 1º Aprovar o Caderno de Instrução Transporte de Viaturas Blindadas


(EB70-CI-11.453), 1ª Edição, 2021, que com esta baixa.

Art. 2º Determinar que esta Portaria entre em vigor na data de sua pub-
licação.

Art. 3º Revogar o Caderno de Instrução CI 55-1 Transporte de Viaturas


Blindadas, 1ª Edição, Experimental 2002, aprovado pela Portaria nº 010-COTER,
de 21 de novembro de 2001.

Gen Ex JOSÉ LUIZ DIAS FREITAS


Comandante de Operações Terrestres

(Publicada no Boletim do Exército nº 16 de 23 de abril de 2021)


EB70-CI-11.453
EB70-CI-11.453

FOLHA REGISTRO DE MODIFICAÇÕES (FRM)

NÚMERO ATO DE PÁGINAS


DATA
DE ORDEM APROVAÇÃO AFETADAS
EB70-CI-11.453
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ÍNDICE DOS ASSUNTOS
Pag

CAPÍTULO I – INTRODUÇÃO
1.1 Generalidades....................................................................................... 1-1
1.2 Considerações Iniciais........................................................................... 1-1

CAPÍTULO II – TRANSPORTE FERROVIÁRIO


2.1 Considerações Iniciais........................................................................... 2-1
2.2 Características do Transporte Ferroviário............................................. 2-1
2.3 Planejamento………….......................................................................... 2-2
2.4 Instrução da Tropa……………………….…............................................ 2-16

CAPÍTULO III – TRANSPORTE RODOVIÁRIO


3.1 Considerações Iniciais........................................................................... 3-1
3.2 Características do Transporte Rodoviário.............................................. 3-1
3.3 Planejamento do Transporte Rodoviário………..................................... 3-2
3.4 Deslocamento……………...................................................................... 3-4
3.5 Fixação e Movimentos…….................................................................... 3-6
3.6. Quadro Comparativo das Principais Pranchas Rodoviárias……......…. 3-7
3.7 Observações Finais………..................................................................... 3-8

CAPÍTULO IV – TRANSPORTE MARÍTIMO


4.1 Considerações Iniciais........................................................................... 4-1
4.2 Vantagens e Desvantagens do Transporte Marítimo............................. 4-1
4.3 Principais Navios Utilizados………........................................................ 4-2
4.4 Planejamento……….............................................................................. 4-3
4.5 Embarque e Desembarque……………………………………………....... 4-5
4.6 Conduta da Tropa Embarcada............................................................... 4-11
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CAPÍTULO V – TRANSPORTE AÉREO
5.1 Considerações iniciais........................................................................... 5-1
5.2 Características do Transporte Aéreo………………...…......................... 5-2
5.3 Planejamento do Aerotransporte…………............................................ 5-2
5.4 Aprestamento e Ensaio………………………………………................... 5-11
5.5 Execução de um Aerotransporte………………………………………..... 5-11
5.6 Deveres do Mestre de Transporte e Medidas de Segurança………..... 5-15
5.7 Sinais Convencionados………………………………………………........ 5-16
5.8 Casos de Emergência…………………………………………………....... 5-16
5.9 Procedimento em caso de Emergência………………………………..... 5-17

GLOSSÁRIO - LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS................................ G-1

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... R-1


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CAPÍTULO I
INTRODUÇÃO

1.1 GENERALIDADES
- A finalidade deste Caderno de Instrução (CI) é complementar os conhecimentos
do Manual de Campanha C 55-1 - Transportes Militares. A leitura de ambos é
obrigatória e fundamental a todo militar que estiver envolvido, seja como planejador
ou executante das atividades de transporte de blindados.

Fig 1 - Exemplo de embarque de viatura blindada

1.2 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


1.2.1 TIPOS DE TRANSPORTES DE BLINDADOS
- Os modais empregados no transporte de viaturas blindadas (VB) são: o rodoviário,
o ferroviário, o marítimo e o aéreo. Convém citar que grande parte das atividades
de transporte exige a utilização de um ou mais modais de transporte combinados
(transporte multimodal) para que haja o perfeito cumprimento da missão. Um
exemplo do transporte multimodal é a chegada de um blindado a um porto (modal
marítimo) e seu transporte ao seu destino por rodovia (modal rodoviário) ou por
estrada de ferro (modal ferroviário).
1.2.2 PRINCIPAIS CUIDADOS NO TRANSPORTE
- Toda atividade de transporte de VB deverá ser antecedida por um planejamento
criterioso, visando dirimir os riscos à segurança do pessoal e do material envolvi-

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dos. O peso e o volume considerável das viaturas são fatores de risco e deverão
ser levados em conta em todas as fases do planejamento e da execução do
transporte. O planejamento deverá prever entre outros fatores os que seguem:
a) escolher o tipo de transporte a utilizar tomando por base as características
de cada um deles, realizando os contatos necessários.
b) fazer reconhecimentos do itinerário e colher o máximo de informações sobre
ele.
c) tomar todos os cuidados com a segurança antes, durante e após o deslo-
camento. Nesta segurança incluem-se o balizamento correto, as amarrações e
demais cuidados específicos de cada tipo de transporte.
d) a execução nada mais é do que a colocação em prática do planejamento
realizado. A boa execução depende fundamentalmente de um bom planejamento.
Outro fator importante para uma boa execução é a unidade de comando, seja qual
for o tipo de transporte utilizado. Vale ressaltar que devido ao tamanho e peso das
viaturas blindadas, quando vem a ocorrer algum tipo de acidente, normalmente
decorrem vítimas fatais.

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CAPÍTULO II
TRANSPORTE FERROVIÁRIO

2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


- O transporte ferroviário permite a condução de grandes tonelagens a grandes
distâncias caso sua malha viária esteja nas condições ideais para operação. Em
um conceito amplo, o correto aproveitamento da rede ferroviária permite mover,
concentrar e apoiar grandes massas a grandes distâncias e com alto grau de
rapidez.

Fig 2 - Exemplo de Transporte Ferroviário

2.2 CARACTERÍSTICAS DO TRANSPORTE FERROVIÁRIO


2.2.1 VANTAGENS
2.2.1.1 Pode transportar grandes quantidades de tropa juntamente com seu ma-
terial orgânico a longas distâncias e com apreciável economia de tempo. Esta
característica, porém, está condicionada ao desenvolvimento da rede ferroviária,
à capacidade de tráfego das vias e à disponibilidade do material rodante.
2.2.1.2 Proporcionar grande descanso à tropa transportada e evitar o desgaste
do material orgânico. Nota-se que, no tocante ao descanso proporcionado à tro-
pa, é necessário que se tomem algumas medidas complementares, tais como:
conforto dos assentos, instalações sanitárias adequadas, preparação dos locais
de paradas, dentre outros.

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2.2.2 DESVANTAGENS
2.2.2.1 As ferrovias são altamente vulneráveis, em todo o seu trajeto, às ações
do inimigo aéreo, aeroterrestre, guerrilheiros ou sabotadores. Principalmente em
funções da existência de pontos críticos e de reparação mais demorada, a saber:
pontes, viadutos, entroncamentos, estações, oficinas, depósitos etc. Isto exigirá
medidas de segurança previamente planejadas (defesa aérea, guarda de pontos
sensíveis e emprego de trens blindados).
2.2.2.2 A rigidez das linhas conduz a itinerários fixos e remotos, reduzindo a fle-
xibilidade de emprego da tropa nessas regiões. Para que não se perca a flexibili-
dade de emprego da tropa, torna-se necessária uma coordenação prévia entre o
transporte ferroviário e o rodoviário no sentido de identificar os pontos sensíveis
e mobilizá-los estrategicamente de acordo com o planejamento da missão.

Fig 3 - Controle de Embarque

2.3 PLANEJAMENTO
2.3.1 PLANEJAMENTO DETALHADO
2.3.1.1 Generalidades
2.3.1.1.1 O transporte ferroviário necessita de minucioso planejamento para ser
bem executado. Suas especificidades exigem acompanhamento constante de
forma que suas condições de emprego estejam sempre atualizadas. No planeja-
mento da construção de novas vias, deve ser considerada a missão estratégica
das ferroviaspara que possam ser dotadas de grande capacidade de tráfego e para
que suas direções favoreçam, sempre que possível, suas funções estratégicas.
2.3.1.1.2 Nesta fase o encarregado do transporte deve levantar os efetivos e o
material a transportar.
2.3.1.1.3 Deve estudar o fracionamento da tropa, bem como a escolha do local
de embarque.
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2.3.1.1.4 Deve ligar-se com a concessionária da ferrovia, buscando todo tipo de
informação possível que facilite seu planejamento.
2.3.1.2 Fracionamento da tropa
- É a subdivisão da tropa a ser transportada em pequenos grupos de embarque,
chamados de elementos de transporte, visando utilizar da melhor maneira pos-
sível a capacidade de transporte das composições com o menor fracionamento
possível das frações constituídas (manutenção dos laços táticos).
2.3.1.3 Ligações com a concessionária da ferrovia
- Cabe ao responsável pela operação de transporte:
a) fazer as ligações com a concessionária da ferrovia, entrando em contato
com o engenheiro residente e o agente da estação local.
b) realizar o indispensável contato pessoal.
c) fazer as requisições com os dados essenciais para que a concessionária da
ferrovia possa providenciar a reunião de locomotivas, vagões, carros e plataformas
que irão constituir a composição, a tempo e nos locais desejados.
d) verificar se existe material para as amarrações e calçamento das viaturas e
o que terá que ser providenciado pela OM.
2.3.1.4 Escolha do local de embarque
2.3.1.4.1 Com base no material e no pessoal a ser transportado, a chefia da
ferrovia, com assistência militar, escolherá os locais que mais se adaptam ao
embarque e ao desembarque, a condução das composições para tais locais e o
aparelhamento destes locais (luz, rampas, plataformas, modificações no tráfego
da rede etc).

Fig 4 - Local de Embarque

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2.3.1.5 Informações sobre o percurso
2.3.1.5.1 Analisar o percurso por meio de informações da rede, reconhecimentos
locais ou por meio de cartas ferroviárias, particularmente no que tange a largura
e gabarito de túneis e obras de arte, desvios, locais de parada, aclives ou decli-
ves, sinuosidade do percurso, passagens de nível e outras julgadas necessárias.
2.3.1.5.2 O traçado e a construção da via são elementos igualmente importantes.
2.3.1.5.3 Os raios das curvas, as rampas, a bitola, a distância entre os dormentes,
as obras de arte etc são componentes intimamente ligados à parte técnica da
construção e altamente influenciadores na escolha do itinerário.
2.3.1.5.4 As estações exercem uma influência decisiva no planejamento, sendo
esta influência exercida especialmente nas facilidades que elas oferecem para o
cruzamento dos trens militares.
2.3.1.5.5 Sobre as estações, deve-se verificar, ainda:
a) a classe das estações;
b) o tipo de plataforma, consistência do seu piso e qual a folga da mesma com
relação aos vagões pranchas;
c) se há desnível ou degrau entre as plataformas e a altura dos vagões pranchas;
d) os tipos de rampas de acesso ao trem;
e) a existência de área compatível para as manobras de viaturas para embarque
ou desembarque, bem como a segurança do local;
f) as condições de trânsito no local, quer urbano quer ferroviário, a fim de que
as manobras do trem interfiram o mínimo possível com o tráfego local, nas pas-
sagens de nível; e
g) as condições de conforto, principalmente quanto às dependências sanitá-
rias que as estações possam propiciar a tropa, particularmente em estações de
cidades do interior.
2.3.2 EMBARQUE
2.3.2.1 Preparação para o embarque
2.3.2.1.1 É evidente que para planejar o transporte de uma tropa é necessário
conhecer sua organização, dotação e efetivos, além da quantidade por tipo de
viaturas e armamento pesado. Isto porque estes dados permitirão a confecção
de um quadro destinado a facilitar a fixação dos tipos de composições que trans-
portarão uma ou mais unidades.
2.3.2.1.2 O quadro assim composto é um documento simples e permite compor
convenientemente os trens que conduzirão as frações e seu material orgânico.

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2.3.2.1.3 O objetivo do quadro é facilitar a sistematização dos trens para o trans-
porte ferroviário. Além de respeitar o princípio de manutenção da integridade das
frações sempre que possível.
2.3.2.2 Formas de embarque e desembarque
2.3.2.2.1 As formas usuais de embarque ou desembarque de viaturas em com-
posições ferroviárias variam em função das condições oferecidas pelas estações
e podem ser classificadas em:
a) embarque ou desembarque por rampa de topo fixo ou móvel;
b) embarque ou desembarque por rampa lateral;
c) embarque ou desembarque por guindaste, este geralmente só pode ser
utilizado nos grandes terminais ferroviários ou nos portos; e
d) embarque ou desembarque por rampa improvisada.
2.3.2.2.2 As rampas estão classificadas em dois tipos: lateral ou de topo. Sendo
elas fixas (presentes nas estações) ou móveis (com a particularidade de pos-
sibilitar o embarque ou desembarque de viaturas em qualquer trecho da linha
previamente preparado.

Fig 5 - Rampa de topo fixo Fig 6 - Rampa de topo móvel

2.3.2.2.3 As vantagens e desvantagens das formas usuais de embarque ou de-


sembarque de viaturas são:
a) Rampa de topo
1) Vantagens
- Não necessita manobrar o carro sobre a rampa ou prancha.
- Possibilita maior controle por prancha embarcada.
- Não danifica a plataforma nem as pranchas.

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2) Desvantagens
- Dependendo da estrutura do terminal ferroviário, exige contínuas manobras
da locomotiva no pátio da estação. Fraciona-se a tropa e aumenta-se o número
de áreas de trabalho.
- Gasta-se maior tempo para a operação do terminal.
b) Rampa lateral
1) Vantagens
- Permite a operação sem manobras do trem ou com um mínimo delas.
- Possibilita maior rapidez na execução.
- Permite melhor controle das pranchas carregadas.
2) Desvantagens
- Danifica as bordas das pranchas e das plataformas.
- Exige manobra das viaturas sobre as pranchas.
- Às vezes, as pranchas não nivelam ou até mesmo ficam afastadas das
plataformas.

Fig 7 - Rampa Lateral

c) Guindaste
- O guindaste deve ser considerado como uma medida alternativa para emprego
em situações especiais, particularmente em ocasião em que não haja espaço
suficiente para manobra das viaturas. Como principais restrições ao processo,
vemos as de que ele aumenta o tempo necessário para o embarque e que existem
em poucos terminais ferroviários equipados com o material.

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Fig 8 - Guindaste embarcando/desembarcando

d) Rampa Improvisada
1) A rampa improvisada é um artifício que pode ser utilizado quando não se tiver
outro modo de embarcar ou desembarcar.Normalmente esta rampa é feita de
dormentes de madeiras do próprio terminal ferroviário e requer grande quantidade
de mão de obra.
2) Consiste em dispor os dormentes paralelos à retaguarda do vagão, sobre a
linha do trem e, em seguida, colocar uma segunda camada de dormentes per-
pendicular à primeira.
3) Repetir esta operação até chegar à altura do vagão, devendo, no entanto,
diminuir um dormente do lado oposto ao vagão a cada fileira disposta, de modo
que se forme uma espécie de escada desde o nível do trilho até o nível do vagão.

FigFig
9 -1 Rampa
- Rampa Improvisada
Improvisada

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2.3.2.3 Carregamento nas pranchas
2.3.2.3.1 Sempre que possível, carregar e descarregar veículos de vagões L (tipo
plataforma) por sua própria tração, usando rampas fixas de topo ou lateral.
2.3.2.3.2 Se uma rampa fixa não estiver disponível, uma rampa improvisada móvel
deverá ser construída.
2.3.2.3.3 O movimento do material, de um vagão plataforma para outro (baldea-
ção), faz-se possível com o uso de estrados de travessia. A baldeação feita com o
emprego de vagões, servindo como estrados de travessia, deve ser considerada
como medida de emergência.
2.3.2.3.4 As VB devem constituir composições independentes quando possível.
2.3.2.3.5 Os reboques devem ser atrelados às viaturas (Vtr) que normalmente
os tracionam e embarcados nessa situação, desde que o número de pranchas
comporte tal procedimento.
2.3.2.3.6 No caso particular de canhões, obuses ou outros reboques, contendo
artigos que requeiram cuidados especiais, é conveniente desatrelar os mesmos
da Vtr tratora após o embarque na prancha, fixando-os com calços e tirantes.
2.3.2.3.7 Quando houver necessidade de economizar o número de pranchas (va-
gões), procurar-se-á combinar as Vtr e reboque (Rbq) de tal forma que seja obtido
o máximo aproveitamento de comprimento das pranchas disponíveis, ainda que tal
organização dificulte posteriormente as operações de embarque e desembarque.
2.3.2.3.8 É conveniente que as Vtr sobre rodas tenham a calibragem de seus
pneus reduzida.
2.3.2.3.9 As Vtr e os reboques devem ser embarcados com o carregamento e o
material de ajustagem que normalmente transportam.
2.3.2.3.10 A posição do volante de freio de cada vagão irá condicionar o tipo de
rampa a empregar.
2.3.2.3.11 Praticamente, deve-se empregar equipes de graduados e soldados que
se encarreguem da organização das viaturas para o embarque, do controle de
trânsito e do embarque e desembarque propriamente dito (guias). Essas equipes
poderão ser identificadas pelos motoristas, pelo uso de bonés (bico de pato) ou
capacetes pintados com cores vivas e distintas uma das outras.
2.3.2.3.12 Os tipos de vagões mais utilizados no transporte de frações blindadas
são:
a) Vagão transporte de pessoal
- Utilizado para o transporte da tropa. Deve sempre existir na composição, pois
é proibido a tropa viajar embarcada nos blindados.

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Fig110
Fig - Vagãode
- Vagão detransporte
transporte de
depessoal
pessoal

b) Vagão transporte de carga


- Utilizado para transporte do material que por ventura não possa ir dentro dos
carrosse for o caso. Por exemplo, pode transportar peças e ferramental sobres-
salentes ou reservas de munição, além da capacidades dos carros.

Fig
Fig11
1 -- Vagão
Vagão de
de transporte
transporte de
de carga
carga

2-9
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c) Vagão plataforma
- São os mais utilizados, pois são os que transportam efetivamente os blindados.

Fig Fig
12 1- Vagão
- Vagão plataforma
plataforma (Vagão L) L)
(Vagão

2.3.2.4 Segurança
2.3.2.4.1 Os procedimentos de segurança são fundamentais no embarque ferro-
viário, pois falhas na segurança podem acarretar acidentes graves. São vários
os procedimentos envolvidos:
a) Responsável pelo Transporte:
- O responsável pelo transporte é o comandante (Cmt) da operação e cabe
a ele cobrar e verificar se estão sendo respeitados todos os procedimentos de
segurança.
- Deve reunir todo o pessoal envolvido no embarque (Cmt de viatura, motoris-
tas e balizadores) e explicar detalhadamente todos os procedimentos a serem
tomados por ocasião do embarque, bem como divulgar a ordem das viaturas
para o embarque.
b) Cmt de Carro ou equivalente:
- É o responsável por orientar o seu motorista e embarcar seu carro.
- Deve reconhecer, junto com o seu motorista, o local exato que a viatura
deve passar e abordar a plataforma, pois o tamanho da plataforma não permite
manobras.
- Ao embarcar as viaturas, deve planejar a existência de espaço físico entre
elas para as amarrações.
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- O Cmt do carro deve certificar-se de que toda a área ao redor da plataforma
está isolada.

Fig 1 - Cmt observando o embarque


Fig 13 - Cmt observando o embarque

c) Motorista
- Deve reconhecer todo o itinerário junto com o Cmt do carro a pé.
- Deve estar atento a todos os comandos do balizador e só executar os movi-
mentos que forem mandados.
- Não utilizar os freios no desembarque.

FigFig
141 -- Motorista
Motorista atento
atentoaoao
balizador
balizador
d) Balizador
- Deve seguir o que prescreve o CI Balizamento de Viaturas Blindadas.
- Deve sempre se preocupar em não perder o contato visual com o motorista.
- Durante o posicionamento do blindado sobre a prancha, o ideal é que o ba-

2-11
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lizador não fique no mesmo vagão da viatura a ser balizada.
- Se não for possível atender ao item anterior, o balizador deve posicionar-se
no chão, ao lado do vagão, de modo a não ficar entre a viatura já posicionada e
a viatura a ser posicionada.

Fig 15 - Balizador orientando o motorista do blindado no embarque

2.3.2.4.2 Amarrações e calçamento


a) Amarrações
1) O equipamento necessário e atualmente disponível para o transporte ferro-
viário é o orgânico da ferrovia, acrescido do que deve ser providenciado pelas
unidades blindadas, como calços, rampas móveis, ferramental, guinchos, cor-
rentes, esticadores, pregos, arames etc. Esta necessidade de material deve ser
verificada no momento da ligação com o operador da rede ferroviária.
2) O movimento no sentido vertical, causado pela ação conjunta da trepidação e
dos amortecedores dos blindados, é minimizado pela amarração dos cabos de aço.
3) Esta amarração deve ser feita à retaguarda e à frente da viatura, utilizando-
-se dois pontos de amarração na plataforma e dois pontos na viatura, atentando
a obrigatoriedade da amarração cruzada.
4) O material utilizado deve ser: cabo de aço, esticadores, grampos de fixação
do cabo de aço e anilhas que são presas nos ganchos para fueiros da plataforma.
5) É comum a falta dos ganchos para fueiro e fueiros nos terminais ferroviários.
Neste caso, pode-se improvisar passando o cabo de aço diretamente no buraco
destinado ao fueiro, dispensando neste caso as anilhas. Porém, nestas condições,
deve-se ter a preocupação com a extensão do cabo de aço, que deve ser maior
para permitir a amarração.

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Fig 18 - Amarração dos cabos


Fig 16 - Cabo de aço Fig 17 - Gancho para fueiro
de aço

Fig 21 - Anilha e pino de


Fig 19 - Grampo Fig 20 - Esticador
segurança

b) Calçamento
1) Existem cinco tipos de calços de madeira testados com sucesso no transporte
ferroviário de blindados:
- o calço para a frente ou retaguarda das lagartas.
- o calço lateral para calçar as lagartas internamente.
- o calço das rodas de apoio para prender estas rodas sobre as lagartas.
- as arruelas de madeira, cuja principal finalidade é a de serem usadas entre
cada prego e o calço, para serem quebradas no final, permitindo a extração do
prego com a unha do martelo ou pé de cabra.
- as ripas de madeira que servem para fixar entre si dois calços de rodas
de apoio. Os calços, de um modo geral, têm por fim a eliminação de movimento
longitudinais e transversais da viatura sobre a prancha. Assim, os calços frontais
ou traseiros e os calços laterais internos auxiliados pelos cabos de aço eliminam
os movimentos laterais da carga.
2) Para um bom calçamento das viaturas, deve-se fixar os calços frontais na
plataforma e aproximar a viatura até que a primeira roda de apoio da lagarta seja
levantada da plataforma sobre o calço. Nesta situação, o motorista deve frear a
viatura até que se coloque o calço traseiro junto à lagarta. Em seguida, solta-se
2-13
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o freio para que a viatura se encaixe nos calços.

Fig 22–Exemplo de calço

3) Deve-se ter a preocupação em manter todas as rodas de apoio em contato


com a plataforma.
4) Após os calçamentos frontais e traseiros inicia-se o calçamento lateral das
lagartas. A rede ferroviária utiliza também um calço padronizado para qualquer
tipo de viatura que tem sido usado com bons resultados. É do tipo cunha.
5) Na falta de calços especiais, a solução da utilização de pilhas de dormentes
tem apresentado resultados satisfatórios, sendo também empregada nas pranchas
que apresentam piso de metal e não permitem a fixação dos calços por meio de
pregos.
6) Nos vagões metálicos, os calços são de ferro e não estão soldados no as-
soalho do vagão. Para isso, o planejador deve prever na sua equipe soldadores
e material para a colocação dos calços.

Fig 23 - Calço lateral para lagartas

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2.3.3 INSPEÇÕES
2.3.3.1 Inspeção das Viaturas
- Antes da partida, o responsável pelo transporte deve verificar se foram execu-
tadas as seguintes medidas:
a) guardar metralhadoras e antenas das viaturas.
b) fixar os canhões em seus suportes de transporte de marcha.
c) manter as viaturas com o mínimo de combustível até o desembarque.
d) manter os extintores de incêndio sempre à mão.
e) manter as escotilhas fechadas e coifas colocadas.
f) evitar o contato de cabos de aço com superfícies cortantes ou de pouca
resistência.
g) aplicar o freio de mão às viaturas e manter a transmissão em ponto morto
após o embarque.
h) realizar uma inspeção técnica.
i) carregar as viaturas e reboques com o carregamento de material que nor-
malmente transportam.
j) proteger bem os acessórios, engradando-os ou encaixotando-os.
k) reduzir a calibragem dos pneus.
l) outras julgadas necessárias.
2.3.3.2 Inspeção do Pessoal
- Com relação ao pessoal, deve atentar para os seguintes procedimentos:
a) organizar uma escala de vigilância para que as guarnições se revezem entre
o carro de passageiros, que sempre deve acompanhar a composição, e a guarda
do material nas próprias pranchas.
b) estabelecer ligação por telefone entre a locomotiva e o último vagão.
c) manter um graduado junto ao maquinista para se precaver ante a aproxi-
mação de pontos críticos.
d) verificar se toda a tropa está embarcada nos vagões destinados ao pessoal,
inclusive os motoristas.
2.3.4 TRANSPORTE PROPRIAMENTE DITO
2.3.4.1 Definição
- É o deslocamento do Ponto Inicial (PI) ao Ponto de Liberação (P Lib).

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2.3.4.2 Baldeações
2.3.4.2.1 Devido à grande variedade de bitolas das ferrovias brasileiras, torna-se
necessário a baldeação.
2.3.4.2.2 Podem ser feitas baldeações utilizando-se as plataformas das estações
ou quando a situação permitir, mediante a colocação dos trens em linhas distintas,
um ao lado do outro. Dependendo da capacidade de transposição dos vãos, as
viaturas poderão mudar de pranchas através dos próprios meios ou com auxílio
de pontes.
2.3.4.3 Inspeções
- Durante os altos é necessário que o Chefe de cada viatura verifique as amar-
rações e o calçamento de sua viatura, apertando-as, se for o caso, com o auxílio
de sua guarnição.
2.3.5 DESEMBARQUE
2.3.6.1 É a desocupação dos vagões ou plataformas pelos elementos nela em-
barcados.
2.3.6.2 Segue os mesmos procedimentos descritos no embarque.

2.4 INSTRUÇÃO DA TROPA


2.4.1 GENERALIDADES
2.4.1.1 A instrução da tropa para o transporte ferroviário deve ser encarada sob
o aspecto teórico e prático e deve ser ministrada de duas formas diferentes: uma
para os oficiais, subtenentes e sargentos e outra para os cabos e soldados.
2.4.1.2 A instrução para os oficiais, subtenentes e sargentos deve voltar-se mais
para o aspecto de planejamento, providências a serem tomadas, ligações ne-
cessárias, cálculo das necessidades em material, tipos de embarque com suas
vantagens e desvantagens, noções sobre funcionamento, normas e nomenclatura
usadas nas vias férreas, principais problemas causados pelo embarque e fixação
incorreta do material.
2.4.1.3 Os oficiais e praças, por exemplo, podem ser destacados para efetuarem
reconhecimentos de itinerários e de obras de arte, ou para efetuarem cálculos
das necessidades para embarcar seus pelotões, ou subunidades e apresentarem
relatórios.
2.4.1.4 A instrução para os cabos e soldados, do efetivo profissional e variável,
embora sem deixar de abordar resumidamente alguns dos aspectos acima, deve
ser mais voltada para a parte do embarque e desembarque, necessidade e tarefa
de calçar as viaturas, conduta e descentralização dos trabalhos.

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2.4.2 INSTRUÇÃO PRÁTICA
2.4.2.1 É ideal que se faça pelo menos uma vez por ano uma instrução prática
numa estação ferroviária para treinamento de embarque, desembarque, manobras
e fixação das viaturas. Nesta oportunidade, os motoristas e guias serão treinados
em manobras de topo e laterais e as guarnições serão treinadas na fixação das
viaturas e familiarizadas com as composições férreas.
2.4.2.2 Nas instruções práticas, nas estações, devem ter a preocupação de manter
distante os habitantes das proximidadesque, movidos por uma curiosidade natural,
sempre aparecem para assistir os movimentos e embarques, principalmente nas
cidades do interior. Estaremos assim prevenindo a operação contra acidentes,
que não são difíceis de ocorrer.
2.4.3 CARACTERÍSTICAS DO MATERIAL DA FERROVIA
- A malha ferroviária brasileira tem apresentado material rodante, no que tange
aos vagões plataformas (Tipo L), com as características gerais abaixo, as quais
poderão variar um pouco em função da bitola adotada:

TONELAGEM COMPRIMENTO
VAGÃO BITOLA LARGURA (m)
MÉDIA MÉDIO (m)
20 9,75 2,18
30 13,50 2,49
NORMAL
TIPO “L” 33 11,00 2,40
PLATAFORMA 42 12,00 2,40

NORMAL E 54 13,85 3,20


LARGA 72 18,00 3,20 (+)
(+) Com Piso de Metal

Tab 1 - Tabela com características do material ferroviário

2.4.4 DEFINIÇÕES E TERMOS FERROVIÁRIOS


2.4.4.1 Composição, Comboio ou Trem
- É o conjunto de carros e vagões tracionados por uma locomotiva.
2.4.4.2 Cmt do trem
a) É o comandante da tropa embarcada.
b) É assessorado pelo chefe do trem (civil).
c) Responsável pela preparação dos planos e quadros.
d) É o responsável pela segurança, disciplina e administração em viagem.
e) Não exerce o controle sobre as manobras e o movimento de trens.

2-17
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2.4.4.3 Ramal
- Lance secundário de uma Estrada de Ferro, que liga a via principal até certas
localidades.
2.4.4.4 Desvio
2.4.4.4.1 Linha auxiliar destinada à passagem ou à reunião de trens.
2.4.4.4.2 Pode ser:
a) DESVIO ATIVO > Quando a linha desviada retorna à principal.
b) DESVIO MORTO > Linha desviada finda, sem tornar ao eixo principal.
2.4.4.5 Terceiro trilho
- É um trilho colocado entre dois outros para possibilitar a passagem de compo-
sição de menor bitola.
2.4.4.6 Bitola
- É a distância entre dois trilhos.
2.4.4.7 Locomotiva
- É o elemento de tração da composição.
2.4.4.8 Carro
2.4.4.8.1 É o nome genérico dados aos veículos tracionados pela locomotiva.
2.4.4.8.2 Poderá ser:
a) Carro > Quando destinado a passageiros e bagagens.
b) Vagão > Quando destinado aos demais meios. Vagão plataforma ou prancha
é o destinado ao transporte de viaturas.
2.4.4.9 Trem militar
- Trem formado à base de uma locomotiva, um carro/bagagem, carros e vagões
plataforma, sob um Comando Militar.
2.4.5 CLASSIFICAÇÃO DAS FERROVIAS E LOCOMOTIVAS
2.4.5.1 Quanto à bitola
a) Larga > 1 metro.
b) Normal = 1 metro.
c) Estreita < 1 metro.
d) Reduzida = 0,76m.

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2.4.5.2 Quanto à energia de tração
a) A Vapor.
b) Eletricidade.
c) Óleo Combustível.
d) Gás.

2-19
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2-20
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CAPÍTULO III
TRANSPORTE RODOVIÁRIO

3.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


3.1.1 GENERALIDADES
3.1.1.1 Devido à necessidade de se evitar ao máximo o desgaste do material, não
se deve deslocar viaturas sobre lagartas por seus próprios meios, sob pena de
desgastar os patins, sobrecarregar os motores e transmissões, além de danificar
as estradas.
3.1.1.2 O transporte rodoviário desenvolve-se, normalmente, em rodovias das
diversas classes, em vias arteriais ou vias expressas, eventualmente em distâncias
relativamente curtas, através do campo, por vias secundárias. É o meio normal
para vencer espaços entre terminais, depósitos ou instalações diversas.
3.1.1.3 É o processo racional para deslocamentos de menor amplitude na zona
de combate.
3.1.1.4 O transporte rodoviário é o mais empregado atualmente, haja vista o
mesmo ser o modal mais comum do País, devido à grande dimensão da rede
rodoviária brasileira.

3.2 CARACTERÍSTICAS DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO


3.2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS
3.2.1.1 Apresentar grande flexibilidadecom boas possibilidades de alternativas,
tanto nas vias como nos meios.
3.2.1.2 Apresentar elevado custo operacional, cujo valor cresce à proporção que
se reduzem as condições técnicas das vias e à medida em que se tornam mais
frequentes, devido ao desgaste dos materiais.
3.2.1.3 Não depender de terminais, podendo realizar a ligação direta “porta a porta”.
3.2.1.4 Oferecer facilidade de mobilização de meios e de pessoal especializado.
3.2.1.5 Permitir a fácil recuperação de suas vias e de seus meios.
3.2.1.6 Ser menos vulnerável à ação inimiga, proporcionando boas condições de
emprego na zona de combate.
3.2.1.7 Sofrer ponderável influência das condições climáticas, cuja ação produz
efeitos negativos sobre as condições técnicas das vias e dos meios.
3.2.1.8 Ter reduzida capacidade para o transporte de grandes massas.

3-1
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3.2.2 VANTAGENS
3.2.2.1 Evita o desgaste desnecessário do material a ser transportado.
3.2.2.2 Proporciona certo descanso à tropa.
3.2.2.3 Leva as viaturas blindadas a locais que os outros meios, marítimo e fer-
roviáriosão incapazes.
3.2.3 DESVANTAGENS
3.2.3.1 Os deslocamentos mais longos devem ser realizados com paradas no
caminho, já que existem auto horários e tempo máximo de deslocamentos diá-
rios regulamentados, além do cansaço dos motoristas e desgaste dos conjuntos
transportadores.
3.2.3.2 Impossibilidade de transportar grandes quantidades de tropa e material,
devido às restrições quanto ao número de conjuntos transportadores.

3.3 PLANEJAMENTO DO TRANSPORTE RODOVIÁRIO


3.3.1 RECONHECIMENTO
- É importante que se faça um reconhecimento, preferencialmente no terreno, do
itinerário por onde passará a carreta com a viatura, devido a problemas como
gabarito na passagem em passarelas, túneis, fios de telefone e energia elétrica.
Outro problema é reconhecer se as pontes no itinerário suportam o peso da viatura
que transporta o blindado.
3.3.2 ESPAÇO PARA MANOBRA
- É necessário que o local selecionado, tanto para o embarque quanto para o
desembarque da VB, tenha o espaço adequado para as manobras necessárias
com a devida segurança.
3.3.3 EMBARQUE, DESEMBARQUE E RESPONSABILIDADE
3.3.3.1 O responsável pelo embarque, bem como pelo transporte, é o chefe de
viatura.
3.3.3.2 Será sua responsabilidade fazer cumprir as normas de segurança antes,
durante e após o embarque, bem como verificar se a amarração foi feita de forma
correta.
3.3.3.3 Independente da responsabilidade geral da operação pertencer ao coman-
dante da fração, cada chefe de viatura é responsável pelo embarque e amarração
da sua viatura.
3.3.3.4 Cada viatura blindada tem uma particularidade para o embarque nas
pranchas, sendo necessário que se tenha atenção com todas elas, já que é uma
atividade de alto risco.
3-2
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3.3.3.5 Antes de tudo, deve-se certificar que a carreta esteja em um local pla-
no. Deve-se, ainda, abaixar os calços traseiros da prancha para que, durante o
embarque, o peso da viatura a ser embarcada não force a quinta roda do cavalo
mecânico.
3.3.3.6 A carreta deve estar ligada e o auxiliar do carreteiro deverá estar aplicando
o freio do cavalo durante o embarque.
3.3.3.7 Algumas VB, como o VBTP M113 BR, embarcam de ré, para estes casos,
deverão ser utilizados dois balizadores.
3.3.3.8 O primeiro passo é levar a VB próximo às rampas da prancha, até que as
lagartas encostem nas rampas.
3.3.3.9 Neste momento, o movimento é interrompido; o balizador da retaguarda
desloca-se a uma posição que ele possa comandar o deslocamento sem que haja
um obstáculo atrás dele, evitando assim que seja esmagado.
3.3.3.10 Nunca se deve manobrar a viatura sobre a rampa, sob pena de tomba-
mento. Qualquer manobra deve ser feita antes de subir a prancha.
3.3.3.11 Após ter sido colocada em posição, a VB será amarradana traseira e na
frente, de maneira única, no gancho para reboque.

Fig 24 - Amarração da traseira da VBC AAeGepard


Fig 1 - Amarração da traseira da VBC AAeGepard
3-3
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3.3.3.12 O embarque da VBTP M113 é feito de forma idêntica ao do M109 nos
seus procedimentos, com a diferença de que a VBTP M113 embarca de ré e a
amarração, é feita em “X” em um dos lados e, em “L” no outro.

Fig25
Fig 1 -- VBC
VBCOAP
OAPM109
M109embarcada
embarcadana
naprancha
prancha

Fig 1Fig- Amarração em


26 - Amarração em“L”
“L”da
da VBTP M113
VBTP M113 na na prancha
prancha

3-4
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3.3.3.13 O desembarque é feito de forma inversa ao embarque, contudo deve-se
ter o cuidado de deixar a viatura descer normalmente pela rampa de descida,
nunca frear, pois a viatura poderá derrapar na rampa e tombar.

3.4 DESLOCAMENTO
3.4.1 ANTES DO DESLOCAMENTO
3.4.1.1 Quando em comboio, o chefe deverá reunir os chefes de viaturascom seus
respectivos motoristaspara expor a ordem de embarque das viaturas blindadas
nas pranchas, além das medidas de segurança a serem seguidas.
3.4.1.2 Não deverá permanecer ninguém próximo da prancha, pois caso a VB
tombe durante o embarque, as chances de ocorrer algum acidente são mínimas.
Deverá ser estabelecido um perímetro de segurança, com raio de no mínimo 10
metros.
3.4.1.3 Para o embarque, é indispensável o seu correto balizamento, tendo
especial cuidado com o posicionamento do balizador no momento da subida na
prancha de modo que não fique entre a viatura e o cavalo mecânico.
3.4.2 DURANTE O DESLOCAMENTO
3.4.2.1 Conforme a resolução 01, de 6 de janeiro de 2020, que regulamenta o uso
de rodovias federais por veículos ou combinações de veículos e equipamentos,
destinados ao transporte de cargas indivisíveis e excedentes em peso ou dimen-
sões ao limite estabelecido nas legislações vigentes, para o conjunto de veículo
e carga transportada, assim como por veículos especiais, fundamentado nos art.
21 e 101 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, conhecido como Código de
Trânsito Brasileiro (CTB) e dá outras providências, o chefe do comboio poderá ou
não criar uma equipe de escolta para o deslocamento, composta de uma ou duas
viaturas leves sobre rodas, para ir à frente e à retaguarda da coluna de carretas,
de acordo com os conjuntos cavalo mecânico e prancha disponíveis, evitando
que viaturas civis se infiltrem ou cortem a coluna.
3.4.2.2 Deverá ser respeitado o limite de velocidade para o transporte, pois nun-
ca se deve esquecer que a viatura transportada pode ter até 50 toneladas e um
acidente nestas condições torna-se fatal.

3-5
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Fig 27 - Comboio formado com equipe de escolta

3.4.2.3 Convém, em deslocamentos acima de 50 Km, realizar paradas para rea-


pertos e revisões no estado de manutenção das viaturas.
3.4.2.4 Se for verificado problema com as amarrações ou outro fato que atente
contra a segurança, deve-se imediatamente interromper o transporte para sanar
o problema.
3.4.3 APÓS O DESLOCAMENTO
3.4.3.1 Antes de chegar ao destino, e chegando na região, deve-se definir a ordem
e o local de desembarque das viaturas.
3.4.3.2 O desembarque deve seguir os mesmos procedimentos de segurança
do embarque.
3.4.3.3 No desembarque, o motorista deve deixar que a viatura desça por seu
próprio peso, não devendo acionar os freios durante a descida, pois pode causar
o tombamento da viatura.

3.5 FIXAÇÃO E MOVIMENTOS


3.5.1 Na fixação, os três movimentos, longitudinal, lateral e vertical, devem ser
levados em conta.
3.5.2 Deve-se colocar sapatas de aço no interior das pranchas para anular o
movimento lateral. Calços e blocos permitem que se anule o movimento longitu-
dinal. As correntes são utilizadas para anular os movimentos laterais, longitudi-
nais e verticais. Deve-se ter o cuidado na hora da amarração para que os dois
esticadores não fiquem um sobreposto ao outro, que como passar do tempo irá
afrouxar as correntes.
3-6
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FigFig
1 -28Amarração corretaemem
- Amarração correta “X” “X”

3.5.3 Não se deve encostar a VB na extremidade da prancha, junto ao cavalo


mecânico, para substituir a amarração frontal, pois este procedimento danifica
a prancha.

3.6 QUADRO COMPARATIVO DAS PRANCHAS RODOVIÁRIAS

PRANCHA RO- PRANCHA


PRANCHA RODO-
DADOS DOVIÁRIA MO- RODOVIÁRIA
VIÁRIA MORUMBI
DELO ROSSETTI LIBRELATO
Capacidade 68 ton 60 ton 60 ton
Comprimento útil 11 m 11.70 m 11 m
Largura das rampas de acesso 1m 1m 1m
Distância entre as rampas de
1,6 m 1,6 m 1,6 m
acesso
Largura 3.75 m 3.75 m 3.75 m

Tab 2 - Quadro comparativo das pranchas

3-7
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Fig 29 - Prancha Librelato


Fig 1 - Prancha Librelato

Fig 1
Fig 30- -Prancha
Prancha Rossetti
Rossetti

Fig31
Fig 1 --Prancha
PranchaMorumbi
Morumbi

3-8
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3.7 OBSERVAÇÕES FINAIS


- Não esquecer, durante o planejamento, a ordem e o local de desembarque das
viaturas, já que esses fatores impactam na execução da missão. A importância de
uma boa coordenação se faz totalmente necessária, visto que muitas vezes são
realizados transportes de VB por meio rodoviário a longas distâncias, exigindo
atenção e concentração da equipe responsável pelo comboio.

3-9
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3-10
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CAPÍTULO IV
TRANSPORTE MARÍTIMO

4.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


4.1.1 GENERALIDADES
4.1.1.1 O transporte marítimo é utilizado basicamente em duas situações bem
distintas.
4.1.1.2 Numa primeira situação, a operação de transporte é parte integrante de
um contexto tático e é apenas uma fase da manobra da Marinha. Normalmente,
o local de desembarque é uma área hostil e constitui-se em objetivo de conquista
da força naval.
4.1.1.3 Numa segunda situação, o transporte constitui-se de uma operação de
cunho administrativo, sem um contexto tático definido e cujo único objetivo é
realizar um transporte de um local para outro.
- Neste caso, a possibilidade de contato com o inimigo é pouco provável ou ine-
xistente, inclusive podendo ser realizado por navios civis adaptados.

4.2 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE MARÍTIMO


4.2.1 VANTAGENS
4.2.1.1 Permite transporte a grandes distâncias, inclusive intercontinentais.
4.2.1.2 Permite descanso e conforto da tropa.
4.2.1.3 Transporte mais barato que outros modais.
4.2.1.4 Transporte de quantidades maiores de viaturas que outros modais, de-
pendendo do porte da embarcação.
4.2.2 DESVANTAGENS
4.2.2.1 Necessita de grande coordenação e cooperação da Marinha do Brasil.
4.2.2.2 Necessita de embarcações próprias ou adaptadas.
4.2.2.3 Requer adaptação da tropa à vida embarcada.
4.2.2.4 Embarque e desembarque demorados.
4.2.2.5 Necessita integração com outros tipos de transporte antes do embarque
e após o desembarque.
4.2.2.6 Tempo de deslocamento maior que outros modais.
4.2.2.7 Rotas limitadas

4-1
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4.3 PRINCIPAIS NAVIOS UTILIZADOS
4.3.1 A MARINHA DE GUERRA DISPÕE DE DOIS TIPOS DE NAVIOS CAPAZES
DE SEREM UTILIZADOS EM DESEMBARQUES
a) O Navio Doca Multipropósito (NDM), classe Bahia; e
b) os Navios Desembarque de Carros de Combate (NDCC), classe Almirante
Saboia e classe Mattoso Maia.
4.3.1.1 Navio Doca Multipropósito (NDM)
4.3.1.1.1 Neste tipo de navio, uma determinada área é inundada, de tal ordem que
as embarcações de desembarque e/ou as viaturas anfíbias partem diretamente
do seu interior.
4.3.1.1.2 Os blindados são transportados em embarcações que conduzem as
viaturas ao interior do navio e vice e versa.

Tab 3 - Características do Navio G-40 BAHIA

4.3.1.1.3 Estes tipos de navios comportam até 21 Embarcações de Desembarque


de Viatura e Material ou 06 Embarcações de Desembarque de Viatura e Material
e 3 Embarcações de Desembarque de Carga Geral.
4.3.1.1.4 Estas embarcações transportam os blindados até a praia, local onde o
navio não consegue chegar.

Fig 32
1 - -Convés
Convés do
do NDM
NDM

4-2
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4.3.1.2 Navio Desembarque de Carros de Combate (NDCC)
4.3.1.2.1 Esta modalidade serve para transportar carros de combate e outras
viaturas, sendo que estes navios, dependendo do gradiente das praias, podem
se aproximar a tal ponto que os veículos desembarcam diretamente nas mesmas
com a utilização de rampas próprias dos navios.

Tab 4 - Características do Navio G-29 GARCIA D’AVILA

Tab 5 - Características do Navio G-25 ALMIRANTE SABOIA

Tab 6 - Características do Navio G-28 MATTOSO MAIA

4.4 PLANEJAMENTO
4.4.1 O plano de carregamento e embarque é feito em coordenação com a Marinha
do Brasil, contudo, algumas informações deverão ser dadas para a confecção
do plano.
4.4.2 As unidades deverão informar o material, inclusive o armamento coletivo que
será levado na viatura, pois estes permanecerão no seu interior após embarcado.

4-3
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4.4.3 EXEMPLO DE APRONTO OPERACIONAL DA VBC LEOPARD:

Tab 7 - Exemplo de apronto operacional da VBC Leopard

4-4
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4.4.4 Todas as viaturas que participarão do embarque deverão ter as dimensões
e o peso, pronto para o combate, fornecidos. As viaturas mais leves são embar-
cadas primeiro.
4.4.5 A munição que será levada pelas Unidades deverá ter o quantitativo forne-
cido à Marinhapara que seja incluída no plano de carregamento do navio. Após
embarcada, deverá ser acondicionada no paiol de munição do navio.

4.5 EMBARQUE E DESEMBARQUE


4.5.1 DESTACAMENTO PRECURSOR
4.5.1.1 É o grupamento que embarca alguns dias antes da tropa, munido de todo
o material e pessoal necessários a efetuar a adequada preparação no navio dentro
de suas atribuições.
4.5.1.2 Suas principais atribuições são:
4.5.1.2.1 Distribuir e identificar os alojamentos (coberturas) para a tropa.
4.5.1.2.2 Reconhecer e conferir todas as instalações e os materiais especifica-
dos nos mínimos detalhes, verificando o estado de higiene e suas condições de
funcionamento.
4.5.1.2.3 Organizar as diversas atividades de faxinas e de serviço de escala.
4.5.1.2.4 Orientar o pessoal durante o embarque e na adaptação à embarcação.
4.5.1.2.5 Orientar embarque de viatura e carga, auxiliando nas manobras e na
fixação ao navio.
4.5.1.2.6 Reforçar a turma de aprovisionamento do navio com 01 rancheiro para
cada 30 homens da tropa.
4.5.1.2.7 Reforçar a equipe de saúde com 01 médico e enfermeiros, que concor-
rerão ao serviço diário. Conduzir medicamentos preventivos e necessários ao
atendimento, observando os efeitos adversos causados à tropa embarcada pelo
período do transporte.
4.5.1.2.8 Distribuir identificação especial para toda tropa a embarcar, desta forma,
facilitando o embarque.
4.5.1.2.9 Informar ao imediato do navio sobre quantitativo a embarcar, separa-
damente por Oficiais, Subtenentes e Sargentos, Cabos e Soldados, recursos
logísticos que serão trazidos pela tropa para uso na travessia e recursos idênticos
que a tropa necessita no navio.
4.5.1.2.10 Solicitar ao imediato do navio informações sobre o embarque e a tra-
vessia que devam ser divulgadas antecipadamente no quartel, reuniões com os
Oficiais do navio encarregados da tropa e da carga, a fim de serem acertados

4-5
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detalhes relativos ao embarque de pessoal, viatura e carga, e o reconhecimento
das instalações do navio de uso destinado à tropa.
4.5.2 EMBARQUE DO MATERIAL
4.5.2.1 O material de apronto operacional individual ficará guardado nas viaturas.
O militar deverá levar para as cobertas somente aquilo que for necessário para
a travessia. O material deverá estar identificado e guardado nos armários. Cada
militar deverá levar um cadeado para o armário.
4.5.2.2 Durante as travessias o armamento da tropa, baionetas e facas deverão
estar recolhidos à reserva de armamento. Será escalado um armeiro, a quem
competirá o controle da reserva. O trabalho de recolhimento desse material de-
verá ser feito logo após o embarque, tão logo a situação permita. O armamento
coletivo permanecerá embarcado devidamente fixados. Todo armamento deve ser
identificado com uma etiqueta em que constará a Unidade, Subunidade, fração,
nome de guerra e posto ou graduação do detentor, e terá que ser submetido a
manutenções periódicas devido à maresia.
4.5.3 PREPARAÇÃO DAS VIATURAS
4.5.3.1 Deverão embarcar com 80% da capacidade de seus tanques de combus-
tível, e, para melhor aderência durante o trânsito pelas rampas de acesso, seus
pneus deverão ser descalibrados de 1/3 da calibragem para lama.
4.5.3.2 Todos os reboques deverão possuir a 3ª roda de apoio para suas impres-
cindíveis manobras no Tank-Deck e convés principal.
4.5.3.3 Somente os motoristas deverão estar embarcados nas viaturas durante
o embarque, e obedecerão somente ao balizador especializado.
4.5.3.4 As amarrações serão executadas pelos militares da Marinha, e deverão
ser verificadas diariamente. Para o correto apeamento, será necessário que as
viaturas possuam seus elos e/ou ganchos de para-choques completos.
4.5.3.5 Durante a manutenção diária de 1º escalão, as viaturas poderão funcionar
seus motores por grupos, ocorrendo as coordenações necessárias com o Oficial
de Carga do navio, para o acionamento dos exaustores.
4.5.3.6 Durante a manutenção, deverão ser abertos os reservatórios de combus-
tível para liberar os gases formados pela evaporação.
4.5.3.7 As viaturas e reboques serão numeradas segundo o quadro de prioridades
de viatura para a execução do desembarque.
4.5.3.8 Os motoristas deverão receber prévias instruções de apeamento e prepa-
ração das viaturas, inclusive de fixação das cargas a transportar. Estas fixações
deverão considerar as situações de mar adverso como temporais e tempestades.
4.5.3.9 Deverá ser limitado o trânsito de pessoas entre as viaturas em alto mar,
devido ao risco de esmagamento caso alguma viatura se solte.
4-6
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4.5.3.10 Nos Navios de Desembarque (NDD), as viaturas serão embarcadas
através dos guinchos da embarcação.
4.5.3.11 Na prática, uma VBR, VBC ou VBTP gasta cerca de 25 minutos para o
embarque. Por necessidade de manutenção, o guincho não suporta trabalhos
continuados em períodos superiores a 8 horas.
4.5.3.12 As VBR, VBC, VBTP e Vtr Socorro ocupam o andar inferior (Convés
01), mais amplo.
4.5.3.13 A ordem de chegada de viaturas é inversa a ordem de desembarque.
4.5.3.14 No caso dos NDCC, o navio se aproxima do local de embarque e abre
as portas de embarque.
4.5.3.15 O NDCC abaixa sua rampa para que as viaturas embarquem. A rampa
é preparada e as viaturas embarcam.

Fig 33 - Embarque do Guarani com guindaste


Fig 1 - Embarque do Guarani com guindaste

Fig 34 - Embarque do M109 A5 + BR com guindaste

4-7
EB70-CI-11.453

Fig 35 - Rampa do NDCC para embarque e desembarque

Fig 36 -Fig
Militares do Exército
1 - Militares dobalizam a saída
Exército da viatura
balizam da embarcação
a saída da
viatura da embarcação

Fig 37 - VB desembarcam diretamente por meios próprios


Fig 1 - VB desembarcam diretamente por meios
4-8 próprios
EB70-CI-11.453

FigFig
1 -38 - Viaturas
Viaturas Guaranis embarcadas
Guaranis embarcadas nono
navio
navio

Fig 39 - Navio mercante que pode substituir os NDCC

Fig 40 - Vista traseira do local por onde entram as viaturas

4-9
EB70-CI-11.453
4.5.4 EMBARQUE DO PESSOAL
4.5.4.1 A distribuição nominal do pessoal da tropa pelos alojamentos e cobertas
disponíveis é usualmente deixada a critério do comando da tropa. O imediato
donavio entregará ao Oficial do destacamento precursor os modelos correspon-
dentes a cada um dos alojamentos e cobertas disponíveis para preenchimento
nominal no quartel. Esses modelos preenchidos constituirão, simultaneamente, o
Rol de Embarque e o Plano de Alojamento da tropa, os quais já indicarão, anteci-
padamente, os postos para cada um dos elementos da tropa. Esta distribuição do
pessoal deverá procurar grupar os elementos de funções específicas e, também,
manter a Unidade Tática das frações para melhor coordenação e controle.
4.5.4.2 Os modelos preenchidos do Rol de embarque e o Plano de Alojamento
da Tropa deverão ser apresentados, por ocasião do embarque do contingente
principal, ao Oficial do navio encarregado da tropa.
4.5.4.3 O Oficial do destacamento precursor providenciará o preenchimento,
no quartel, dos Cartões de Embarque, em duas vias. Essas fichas deverão ser
distribuídas rigorosamente aos homens que, de fato, ocuparão as cobertas e os
beliches numerados nelas indicados. Haverá, pois, no preenchimento das fichas,
rigorosa correspondência com a distribuição que for efetuada no Rol de Embarque.
4.5.4.4 Deverá ser executado por toda a tropa, ainda no quartel, após a distribui-
ção dos postos de abandono (locais onde cada elemento deverá se reunir para
abandonar o navio), os treinamentos de ocupação dos postos, visando, quando
embarcado, que a tropa possa executar o exercício com acerto e oportunidade.
Evitando, com isto, possíveis confusões, pelos pequenos espaços de circulação
disponíveis.
4.5.4.5 Antes de ingressar a bordo, o contingente será formado no cais ou onde
determinado. Qualquer formatura de pessoal para o embarque propriamente
dito, deverá ser organizada por alojamento ou cobertas, de acordo com o Rol de
Embarque/ Plano de Alojamento, previamente preenchidas no quartel. Por oca-
sião dessa formatura, os elementos da tropa deverão portar, individualmente, os
cartões de embarque, que contém informações importantes e de conhecimento
obrigatório, as quais constituirão um documento individual para toda a Unidade
de Embarque.
4.5.4.6 Os cartões de embarque conterão indicações como: Escaninho Nr, Posto
de Abandono, Beliche e Coberta. É essencial evitar seu extravio ou dano durante
toda a viagem.
4.5.4.7 Os motoristas e demais elementos envolvidos nos trabalhos de embarque
de viatura e carga, quando essa se processar simultaneamente com o embarque
de pessoal, estarão nos respectivos trabalhos.
4.5.4.8 A formatura para esses elementos será organizada ao término da operação.

4-10
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4.5.4.9 A ordem para embarcar partirá do Comandante do navio, que dela dará
ciência ao Cmt da tropa. Ao embarque de Vtr ou carga estará, obrigatoriamente,
presente o Oficial do navio encarregado da carga.
4.5.4.10 O Oficial do navio encarregado da tropa conduzirá o embarque ordena-
damente, segundo os alojamentos e cobertas designados no Rol de Embarque/
Plano de Alojamento da tropa. A sequência de embarque será: Oficiais em “grupo
único”, antes das praças, e praças, de acordo com a localização das cobertas
de avante para a ré.
4.5.4.11 Uma vez alojada a tropa a bordo, deverá ser executado um reconheci-
mento das instalações mais importantes pelos Oficiais e sargentos, de interesse
da tropa, e ser iniciado os serviços de escala considerados essenciais pelo navio
e para a tropa embarcada, no porto e em viagem.
4.5.4.12 O desembarque da tropa deverá ser processado à semelhança do em-
barque, ordenadamente, mediante autorização do Comandante do Navio.
4.5.4.13 Antes de desembarcar, os elementos da tropa deverão desocupar inte-
gralmente os compartimentos que ficaram à sua disposição e deixá-los abertos.
4.5.4.14 Permanecerá a bordo um grupo, à semelhança do destacamento pre-
cursor, o qual após o desembarque geral, procederá a limpeza e arrumação das
instalações que foram postas à disposição da tropa.

4.6 CONDUTA DA TROPA EMBARCADA


4.6.1 ALOJAMENTOS E RANCHO
4.6.1.1 Os alojamentos são pequenos e com pouca ventilação.
4.6.1.2 Os banheiros, com água salgada, são pequenos, e durante a viagem
ocorre controle do consumo geral d’água.
4.6.1.3 Deverá ser designado um graduado “encarregado” para manter os aloja-
mentos arrumados.
4.6.1.4 Os navios são dotados de roupa de cama.
4.6.1.5 Os deslocamentos para o rancho devem ser feitos por cobertas, conduzido
pela guarnição de serviço a bordo.
4.6.2 EXERCÍCIOS DE ADESTRAMENTO
4.6.2.1 São executados exercícios diários de “Guarnecer Postos de Abandono”.
4.6.2.2 Todos deverão estar vestidos com os coletes salva-vidas, individualmente
distribuídos.

4-11
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4.6.3 HIGIENE E SAÚDE DA TROPA


4.6.3.1 Deve-se levar sacos plásticos de porte obrigatório, devido aos enjoos,
comuns nos primeiros dias embarcados, servem também como depósito de lixo
nos alojamentos.

Tab 8 - Medicamentos a serem levados pela tropa


Tab 1 - Medicamentos a serem levados pela tropa
4.6.3.2 Deve ser recomendado a utilização de remédio preventivo à enjoo antes
da viagem.
4.6.3.3 O navio possui aparelhagem médica adequada para casos mais graves,
e com possibilidade de evacuação por helicópteros.

4-12
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4.6.3.4 Por limitações na enfermaria do navio, recomenda-se que seja levado o
material abaixo relacionado. Projeção para um efetivo de 100 militares/01 dia de
viagem.
4.6.4 REGRAS DE CONDUTA
4.6.4.1 Água potável
4.6.4.1.1 O consumo a bordo é controlado, inclusive para o banho.
4.6.4.1.2 É proibido a utilização dos bebedouros para a limpeza pessoal.
4.6.4.2 Segurança
4.6.4.2.1 Ao embarcar, cada homem receberá um colete, que deverá ser amar-
rado no beliche. A tropa será instruída sobre a utilização dos coletes. A utilização
inadequada prejudicará a flutuabilidade do colete.
4.6.4.2.2 O fumo a bordo requer atenção especial, tendo em vista os aspectos de
segurança. Em geral, não é permitido fumar nos alojamentos e cobertas.
4.6.4.2.3 É essencial que as pontas de cigarros sejam depositadas nos locais
adequados.
4.6.4.2.4 Ao ser tocado postos de “Homem ao mar”, toda a tropa deverá concentrar-
-se imediatamente em seus respectivos alojamentos e cobertas para rigorosa
verificação de presença, enquanto a guarnição do navio executa as manobras
necessárias para o recolhimento do homem. Em certas circunstâncias, poderá ser
determinado à tropa concentrar-se no convés principal, em seu local de formatura
geral para verificação.
4.6.4.2.5 Na ocorrência de incêndio, a guarnição do navio atenderá a seus postos
de combate e a tropa deverá permanecer nos alojamentos e cobertas.
4.6.4.3 Comunicações
4.6.4.3.1 O tráfego de mensagens de interesse da tropa será processado dentro
das normas vigentes a bordo, pelo serviço de comunicações do navio.
4.6.4.3.2 Para o correto encaminhamento das mensagens de interesse da tropa,
através do serviço de comunicações do navio, é necessário que o Oficial de comu-
nicações da tropa mantenha estreita ligação com o encarregado de comunicações
do navio, para coordenar as providências a nível técnico o mais cedo possível,
de preferência antes do embarque.
4.6.4.4 Lavanderia
4.6.4.4.1 A lavagem de roupa a bordo somente poderá ser feita na lavanderia do
navio. É expressamente proibido a lavagem de roupa em banheiros e cobertas.
4.6.4.4.2 Os encarregados de alojamentos e cobertas serão os elementos de
ligação com a lavanderia para os trabalhos de entrega e recebimento de roupa.

4-13
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4.6.4.4.3 A roupa para lavagem deverá estar convenientemente identificada e de
acordo com o rol de roupas.
4.6.4.5 Recreação
- No horário de recreação, constante da rotina, é permitido o uso de rádio, jogos
e outras distrações. É expressamente proibido o uso de baralho e jogos de azar.

4-14
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CAPÍTULO V
TRANSPORTE AÉREO

5.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS


5.1.1 GENERALIDADES
5.1.1.1 Os transportes aéreos são adaptáveis ao deslocamento de unidades de
tropa quando o seu equipamento não for volumoso e pesado e a situação não exigir
o transporte por outros meios. Constituem um meio eficaz para suprir elementos
blindados, paraquedistas, tropas sitiadas ou destacamentos que operamagran-
desdistânciasdesuasbaseseparaevacuaçãodeferidos.
5.1.1.2 O sucesso dos transportes aéreos depende de superioridade aérea, pos-
sibilidade de obtenção da surpresa, neutralização do fogo antiaéreo e existência,
conquista ou preparação de campos e locais de pouso.

Fig1-
Fig 41-KC-390
KC-390(MILLENNIUM)
(MILLENNIUM)

Fig 1Fig- 42 - Aeronave C-130 (HÉRCULES)


Aeronave C-130 (HÉRCULES)
5-1
EB70-CI-11.453
5.2 CARACTERÍSTICAS DO TRANSPORTE AÉREO
- As características dos transportes aeroviários são as seguintes:
a) Grande rapidez dedeslocamento.
b) Número ilimitado de rotas para o mesmo ponto de destino.
c) Ausência de obstáculos terrestres intermediários.
d) Relativamente pequena capacidade de transporte em tonelagem e volume
decarga.
e) Dependência de aeroportos ou pistas de aterragem, das condições meteo-
rológicas e do raio de ação dasaeronaves.
f) Vulnerabilidade aos ataques aéreos e ao fogo antiaéreo.

5.3 PLANEJAMENTO DO AEROTRANSPORTE


5.3.1 GENERALIDADES
5.3.1.1 O aerotransporte de pessoal e material blindado implica num planejamento
meticuloso.
5.3.1.2 A Unidade a ser aerotransportada, por necessidade da missão que vai cum-
prir, estará em estreita ligação com a Força Aérea, encarregada do aerotransporte,
ficando ciente das alterações que possam surgir em função de disponibilidade de
aeronaves e sua capacidade de carga.
5.3.1.3 O comandante da tropa aerotransportada, em ligação com a Unidade
Aérea, desenvolverá planos específicos, de modo a assegurar um planejamento
coordenado e pormenorizado.
5.3.2 FATORES DE PLANEJAMENTO
5.3.2.1 A missão influenciará na seleção de pessoal, armamento, munição e
equipamento.
5.3.2.2 A aeronave deverá ser carregada com pessoal e material próprios ao uso
deste, facilitando o carregamento e descarregamento do avião.
5.3.2.3 A manutenção de integridade tática deve ser levada em consideração
sempre que possível.
5.3.2.4 Dissociar os meios de comando (pessoal etc) para evitar uma perda total,
e não dissociar os pequenos elementos decombate.
5.3.2.5 O armamento deve ser embarcado com a suamunição.

5-2
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5.3.3 CARACTERÍSTICAS DAS AERONAVES C - 130 (HÉRCULES) E KC – 390
(MILLENNIUM)
5.3.3.1 Aeronave C - 130 (Hércules)
5.3.3.1.1 Dimensões da aeronave
a) Compartimento de Carga:

Comprimento utilizável 12,04 m


Largurautilizável 2,62 m
Alturautilizável 2,47m

Tab 9 - Dimensões

b) Rampa de carga:

Comprimento utilizável 3,02 m


Largurautilizável 3,04 m
Alturautilizável 2,00 m

Tab 10 - Dimensões

c) Compartimento Real:

Comprimento 12,50 m
Largura 3,10 m
Altura 2,75m
Tab 11 - Dimensões

d) O termo “utilizável” prende-se à necessidade de espaços livres nos contornos,


de modo que a tripulação possa circular e fazer as observações de rotina, bem
como atender às situações de emergências.
5.3.3.1.2 Outras características
a) Peso Máximo de Decolagem (PMD) de 155.000lb.
b) Peso Máximo de Aterragem (PMA) de 130.000lb.
c) Possui equipamentos para Movimentação de Carga.
d) Seis “pallets” de 108” x 88” x 2, 25”, sendo um sobre a rampa.
e) Duas unhas manuais, que são equipamentos manuais os quais consistem
de uma alavanca equipada com rodas, que facilitam a movimentação de cargas

5-3
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no interior da aeronave, com capacidade para tracionar até 5.000lb, ou 4.000 lb
sem roldana.
f) Guincho, que traciona até 8.000 lb com 1roldana e 12.000 lb com 2 roldanas.
g) capacidade da rampa é de 5.000 lb. Para efeito de planejamento, contudo, deve-
-se considerar um máximo de 2.200 lb, para evitar desbalanceamento daaeronave.
h) No transporte de pessoal, num máximo de 92 militares, o piso do compartimento
de carga ficará todo ocupado e haverá somente uma disponibilidade de 2.200 lb
para carga na rampa. Os militares deverão conduzir somente bagagem de mão.
5.3.3.2 Aeronave KC - 390 (MILLENNIUM)
5.3.3.2.1 Dimensões da aeronave
a) Compartimento de Carga:

Comprimento utilizável 11,70 m


Largurautilizável 3,05 m
Alturautilizável 2,79 m
Tab 9 - Dimensões

b) Rampa de carga:

Comprimento utilizável 5,31 m


Largurautilizável 3,05 m
Alturautilizável 2,56 m

Tab 10 - Dimensões

c) Compartimento Real:

Comprimento 12,70 m
Largura 3,45 m
Altura 2,94 m
Tab 11 - Dimensões

d) O termo “utilizável” prende-se à necessidade de espaços livres nos contornos,


de modo que a tripulação possa circular e fazer as observações de rotina, bem
como atender às situações de emergências.

5-4
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5.3.3.2.2 Outras características
a) Peso Máximo de Decolagem (PMD) de 191.802 lb.
b) Peso Máximo de Aterragem (PMA) de 174.165 lb.
c) Possui equipamentos para Movimentação de Carga.
d) Sete pallets de 108” x 88” x 2, 25”, sendo dois sobre a rampa.
e) Guincho, que traciona até 22,585 lb de carga roldada com tração direta e po-
dendo aumentar em até cinco vezes sua capacidade com quatro roldanas.
f) A capacidade da rampa é de 10.362 lb.
g) No transporte de pessoal, num máximo de 80 militares, o piso do compartimento
de carga ficará todo ocupado e haverá somente uma disponibilidade de 10.362
lb para carga na rampa.
5.3.4 ESCALONAMENTO
5.3.4.1 As definições dos diferentes escalões (aéreos e terrestres) são feitas para
cada Unidade ou Grupamento de Unidades, pelo seu Comandante, observando
a missão a cumprir e as disponibilidades dos meios aéreos.
5.3.4.2 O Escalão Aéreo compreende todo o pessoal e material que, em princípio,
será transportado por aeronaves. Uma tropa nem sempre pode ser transportada
com todo seu material e pessoal, em virtude do peso e volume que apresentam
em relação às disponibilidades em aviões e suas capacidades de carga. Em con-
sequência, temos os “Escalões Aéreos deTransporte” onde distinguimos três tipos:
5.3.4.2.1 Escalão Muito Leve: ausência total de viaturas, podendo inclusive haver
substituição de material e redução de pessoal devido à capacidade das aeronaves.
5.3.4.2.2 Escalão Leve: compreende o armamento principal da Unidade, inclusive
os acoplados em veículos, para dar condições de maior mobilidade.
5.3.4.2.3 Escalão Pesado: comporta todo o material e pessoal de uma tropa,
podendo ser toda transportada pelo ar. Organiza-se em três escalões:
a) Escalão de Assalto (1º Escalão): são os elementos transportados na primeira
expedição aérea, indispensável ao êxito da missão;
b) Escalão Imediato (2º Escalão): constitui a fração da tropa que se reúne à pri-
meira, seja pelo ar ou pela superfície; e que não são prontamente necessários
ao escalão de assalto; e
c) Escalão Recuado (3º Escalão): constitui a fração da tropa composta dos elemen-
tos essencialmente administrativos que por força de suas funções permanecem
aquartelados, e que não são considerados essenciais ao combate.

5-5
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5.3.5 ACONDICIONAMENTO DE CARGA
5.3.5.1 Generalidades
- A carga a ser transportada deverá estar bem acondicionada em material resis-
tente e que não se ressinta das operações de carga e descarga.
5.3.5.2 Conceituações
5.3.5.2.1 Carga aérea é a carga que deve ser aerotransportada e acondicionada
segundo padrões estabelecidos.
5.3.5.2.2 Material nocivo é aquele que possa, direta ou indiretamente, causar
danos à aeronave ou aos seusequipamentos, a curto ou a longo prazo.
5.3.5.2.3 Material perigoso é todo material que por sua composição, propriedade
e condicionamento seja: inflamável, corrosivo, oxidante, explosivo, tóxico, agente
biológico, material magnético ou radioativo.
5.3.6 REGRAS PARA O ACONDICIONAMENTO DA CARGA
5.3.6.1 O volume deverá ser feito de forma a proteger a carga e restringir a
possibilidade de qualquer tipo de extravio, além de não acarretar ferimentos em
pessoas ou danos no avião ou outros artigos.
5.3.6.2 O volume, contendo material que requeira cuidados especiais, deverá ter
indicado esta condição de maneira destacada nas faces externas, com letras de
forma ou gravura.
5.3.6.3 Cada volume a ser transportado terá anotado em suas faces ou em etiqueta
própria: tipo de carga, peso bruto (kg e lb), nome do destinatário e endereço do
remetente.
5.3.6.4 Quando se tratar de lote, deverá em cada volume constar a identificação
do lote e o número do volume correspondente.
5.3.6.5 Os volumes com peso acima de 30 kg deverão ter em sua parte inferior
travessas, de forma a deixarem um vão mínimo de 15 cm de altura do solo, que
permita a entrada dos garfos da empilhadeira.
5.3.7 TIPOS DE EMBALAGENS
5.3.7.1 Caixa de madeira, papelão, metal ou plástico. As partes componentes,
dependendo do material, deverão ser unidas com pregos, fitas de metal, arames,
cordas ou fitas adesivas.
5.3.7.2 Saco de lona, plástico ou papel. O fechamento da boca poderá ser cos-
turado ou amarrado.
5.3.7.3 Tambor de metal, madeira ou compensado.
5.3.7.4 Barril de madeira, com aros de metal.

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5.3.7.5 Engradado de madeira construído de tal forma que proteja o objeto em
seu interior, ao qual deve estar rigidamente ligado.
5.3.8 PREPARAÇÃO DE CARGA
5.3.8.1 Conceituações
5.3.8.1.1 Preparação:
- É uma habilidosa composição de carga (pessoal e ou material), com peso to-
tal não superior à carga permissível de uma aeronave. O estabelecimento das
cargas-tipo de uma Organização Militar (OM) obedece ao Método de Tentativa
e Erro, no qual a prática vai contribuindo para os constantes aperfeiçoamentos,
jogando-se com os fatores do peso e cubagem do material. O resultado será ar-
redondado para o inteiro superior caso a cubagem dos materiais seja compatível
com o compartimento de carga das aeronaves calculadas.
5.3.8.1.2 Arranjos:
- São adaptações executadas com pessoal e material nas cargas-tipo, em função
da carga permissível fornecida pela Unidade de Transporte Aéreo.
5.3.8.1.3 Necessidade de Aviões:
- Determinar-se-ão as necessidades de aviões, por meio de cargas-tipo, para as
frações das Unidades, para as Unidadesou todos os escalões, conforme a missão.
Para determinar o número de aviões, utiliza-se o seguinte processo: divide-se
o peso da carga pelo peso da carga permissível, identificado na fórmula que se
segue.
- O resultado será arredondado para o inteiro superior, caso a cubagem dos ma-
teriais seja compatível com o número de aeronaves calculadas.

Fig 43 - Necessidade de Aviões

5.3.9 VIATURAS BLINDADAS


5.3.9.1 As viaturas deverão estar abastecidas com 1/3 de sua capacidade de
combustível, tampa do tanque aliviada, pneus semi-cheios e bateria desconectada
com os bujões frouxos e desobstruídos.
5.3.9.2 Os aviões deverão ser equipados com pranchões quando transportando
viaturas ou equipamentos bélicos, de acordo com as TO respectivas das Anv,
respeitando os limites estruturais de piso da aeronave.

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5.3.9.3 As viaturas serão embarcadas nas pranchas elevadas para o Batalhão
DOMPSA, onde serão colocadas em plataformas ou pallets e, posteriormente,
embarcadas nas aeronaves, tracionadas pelo guincho bulldog, a cargo da Ae-
ronáutica, ou serão levadas diretamente para as Bases Aéreas e embarcadas
realizando um pequeno deslocamento para o interior das aeronaves, sobre ex-
pansores de área, colocados no piso das aeronaves, de acordo com cálculo do
peso concentrado realizado pela Aeronáutica (SgtLoad Master).
5.3.9.4 No Brasil, o aerotransporte de viatura blindada pode ser executado pela
aeronave C-130 (HÉRCULES) e KC-390 (MILLENNIUM) para as VBTP M-113
B, VBR EE 9 – CASCAVEL, GUARANI, LEOPARD, GUEPARD e VBTP EE11 –
URUTU.

Fig 1 - Interior do compartimento de carga

Fig 44 - Interior do compartimento de carga Fig 45 - VB embarcada no Avião

atreba euqrabme ed apmaR - 1 giF Fig 1 - VB embarcando em Avião


Fig 46 - Rampa de embarque aberta Fig 47 - VB embarcando em Avião

5.3.10 MOTOR
- O motor usado, ou sujeito a vazamento, deverá ter por baixo uma bandeja me-
tálica coletora de vazamento.
- Pode ser aerotransportado sobre cavaletes apoiados em pranchas de madeira
e com os seus pés fixados nestas pranchas por calços, parafusos ou pregos,
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ou ainda sobre armação de madeira que distribui o peso da carga em uma área
considerável do piso do avião.
5.3.11 MATERIAL PERIGOSO
- A aeronave deverá estar com os equipamentos e acessórios adequados ao
manuseio, transporte e segurança de cada tipo destes materiais. Ex: máscaras,
luvas, extintores e vestimenta adequada; observando-se o seguinte:
5.3.11.1 O acondicionamento de toda a carga perigosa deve ser cuidadoso quanto
à vedação e robustez, permitindo fácil e seguro manuseio e amarração.
5.3.11.2 A embalagem do material perigoso deve estar rotulada com dados claros,
permitindo a fácil identificação.
5.3.11.3 Tambor de combustível vazio é considerado inflamável pela facilidade
com que libera vapores e provoca explosões.
5.3.11.4 Especial atenção deve ser dada quando forem transportadas cargas
voláteis de diversos tipos ou cargas passíveis de reagirem entre si, resultando em
produto perigoso para a aeronave ou seus tripulantes. Este tipo de carregamento
é terminantemente proibido.
5.3.11.5 Os acumuladores de carga (baterias) somente serão transportados
quando secos, ou seja, sem solução.
5.3.11.6 É proibido o aerotransporte de botijões de gás de uso doméstico.
5.3.12 MATERIAL BÉLICO E EXPLOSIVOS
5.3.12.1 Materiais bélicos e explosivos são considerados como materiais perigo-
sos, portanto, seu aerotransporte, além de obedecer aos requisitos seguintes,
deverá adotar também as prescrições previstas no número 5.3.11 “MATERIAL
PERIGOSO”.
5.3.12.2 Embalagens para explosivos devem estar em bom estado e propriamente
marcadas. Embalagens apresentando evidências de danificação, mistura ou man-
chas não deverão ser carregadas até que uma pessoa qualificada e responsável
as libere para embarque. Embalagens rejeitadas deverão ser recolhidas à origem.
5.3.12.3 Embalagens de explosivos deverão ser acondicionadas no interior da
aeronave, longe de saídas quentes, fontes de centelha e outros perigos similares.
5.3.12.4 Não é permitido fumar em compartimentos de aeronaves carregadas
de explosivos.
5.3.12.5 O transporte de munições em avião com passageiros somente deverá
ser autorizado quando tratar-se de munição de calibre até 20 mm, inclusive, com
projéteis inertes ou traçantes, embaladas na forma preconizada pela Norma
Técnica aplicável e com peso de cada embalagem até 45 kg.
5.3.12.6 É proibida a permanência de aeronaves com munições próxima a edi-
ficações.

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5.3.12.7 Um especialista em armamento acompanhará o carregamento, transporte
edescarregamento.
5.3.12.8 Explosivo de Transporte Proibido: são aqueles considerados extrema-
mente perigosos para serem manuseados, não podendo ser transportados pelos
métodos normais empregados. São incluídos neste grupo itens como a nitrogli-
cerina e fulminato de mercúrio seco e azida de chumbo seca.
5.3.13 DOCUMENTOS AUXILIARES DO PLANEJAMENTO
5.3.13.1 Quadro de Detalhes:
- É o documento confeccionado pelos Comandantes de Subunidades, onde se
esclarece pormenorizadamente ao Comando e ao Estado-Maior (EM) o seu efe-
tivo em pessoal e material (armamento, viaturas, material de comunicações etc.).
Com os seus pesos relacionados pelas frações e o peso total.
5.3.13.2 Quadro Base:
- É o documento confeccionado pelo EM das Unidades, que engloba os quadros
de detalhes de todas as subunidades, incluindo peso total em pessoal e material
da Unidade.
5.3.13.3 Guia Básico do Planejamento:
- É um documento confeccionado pelo EM considerando o quadro base, que
permite calcular com presteza as necessidades em aviões para a Unidade e os
escalões-tipo com suas cargas-tipo, de acordo com as características dos aviões
disponíveis (desde que sejam conhecidos os escalões aéreos e terrestres desta
Unidade). Pode acontecer que pela grande disponibilidade aérea, a Unidade cons-
titua somente o escalão aéreo. Acompanhando o Guia Básico do Planejamento,
deve o EM de uma Unidade aerotransportável possuir um quadro auxiliar sobre
a transportabilidade das viaturas orgânicas (com suas dimensões) em todas as
aeronaves de carga.
5.3.13.4 Quadro de Distribuição de Aeronaves:
- Serve para distribuir as aeronaves disponíveis pelas Unidades subordinadas. É
confeccionado pelos EM das Unidades.
5.3.13.5 Quadro de Movimento Aéreo:
- Mostra a sequência do movimento aéreo das Unidades terrestres. Nele o co-
mandante indica a prioridade de movimento para os vários elementos sob seu
comando. É confeccionado pelo EM das Unidades.
5.3.13.6 Quadro de Carregamento das Aeronaves:
- Fornece o plano de carregamento de cada uma das aeronaves. É confeccionado
pelo EM das Unidades.

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5.3.13.7 Manifesto de Voo:
- É a relação de pessoal e material de cada aeronave é confeccionado pelo Mestre
de Transporte (MT) da Força Aérea Brasileira (FAB).

5.4 APRESTAMENTO E ENSAIO


5.4.1 GENERALIDADES
- Todas as Unidades do Exército devem ser instruídas quanto aos princípios e as
técnicas do movimento pelo ar. Modelos de tamanhos reais do compartimento
de carga da aeronave de transporte devem ser usados para a instrução de car-
regamento e amarração do material.
5.4.2 APRESTAMENTO
5.4.2.1 É a preparação do material e da tropa para a operação. Consiste na pre-
paração do pessoal e material para o embarque, aproximação dos aeródromos
de partida, identificação e carregamento de aeronaves, além do reconhecimento
dos locais de estacionamento.

5.4.2.2 O estacionamento é a fase final para o embarque quando a tropa é isolada


para evitar a quebra do sigilo. Todo este trabalho de aprestamento refere-se às
48 horas que antecedem ao embarque.
5.4.3 ENSAIO
- É o treinamento da execução de todos os detalhes da operação, com o intuito
de dar à tropa precisão e velocidade sob condições próximas da realidade. Nesta
fase, praticam-se as seguintes ações:
a) deslocamento para a área de aprestamento;
b) embarque e carregamento das aeronaves;
c) desembarque;
d) reorganização; e
e) execução do plano tático.

5.5 EXECUÇÃO DE UM AEROTRANSPORTE


5.5.1 OPERAÇÕES
a) Preparação domaterial.
b) Acondicionamento para tornar o material transportável.

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c) Deslocamento para o aeródromo de partida.
d) Embarque (carregamento) de material e pessoal.
e) Voo (aerotransporte).
f) Desembarque (descarregamento).
g) Reorganização.
5.5.2 EQUIPAMENTOS DE AMARRAÇÃO
- Toda carga transportada pelo ar deve ser amarrada no compartimento de carga
para se evitar seu deslocamento durante a decolagem, o voo e o pouso.
- Para que essas amarrações sejam efetuadas convenientemente, torna-se
necessário o conhecimento dos tipos e características dos equipamentos de
amarrações empregados.
5.5.3 DESCRIÇÃO DOS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS PELA AERONÁUTICA
5.5.3.1 MB-1:
- Corrente metálica com dispositivo de tensão, tem 9 pés de comprimento e 10.000
lb deresistência.
5.5.3.2 MB-2:
- Idêntico ao equipamento MB-1, exceto pela resistência.Tem 25.000 lb de re-
sistência.
5.5.3.3 CGU:
- Cadarço de nylon de 20 pés de comprimento e possui 5.000 lb deresistência.
5.5.4 ESQUEMA DE PONTOS DE AMARRAÇÃO
- É a planta do compartimento de carga da aeronave, onde estão representadas as
argolas para amarração da carga a ser amarrada pelo Load Master da Aeronáutica.
5.5.5 INSTRUÇÃO DA TROPA A EMBARCAR
5.5.5.1 Generalidades
- A instrução da tropa deve ser orientada principalmente para procedimentos e
sinais convencionados, durante o deslocamento da aeronave.
5.5.5.2 Definições
5.5.5.2.1 Regras de Segurança dos Aeródromos
- São um conjunto de conhecimentos que contribuem para a segurança do pessoal,
aeronaves e instalaçõesno interior do aeródromo.
5.5.5.2.2 Aeródromo
- É a área de terra ou água (edificações, instalações e equipamentos) destinada,

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total ou parcialmente, a chegadas, partidas, movimentos e serviços de aeronaves.
Devem possuir: pista de pouso e decolagem, pista de rolagem, área de estacio-
namento, área de sinalização, sala de tráfego, torre de controle e hangares.
5.5.5.2.3 Campo de Pouso
- É a área de terra ou água destinada a chegadas, partidas e movimentos de
aeronaves, sem qualquer auxilio à navegação. Deve possuir pista de pouso e
decolagem.
5.5.5.2.4 Pista de Pouso e Decolagem
- É a faixa de terreno de piso apropriado que permita aterragens e decolagens
de aviões, de acordo com suas características. Exemplo: Pista de 1.200 x 50 m
- Anv C-130 (Hércules), tipo de piso: grama, cascalho, pavimentada e asfaltada.
5.5.5.2.5 Pista de Rolamento
- É a faixa de terreno por onde circularão os aviões, antes da decolagem e depois
da aterragem, ligando as cabeceiras da pista à área de estacionamento.
5.5.5.2.6 Cabeceiras
- São as duas extremidades da pista de pouso e decolagem e recebem o número
da entrada do avião em graus.
5.5.5.2.7 Área de Estacionamento
- É o local onde as aeronaves irão carregar ou descarregar pessoal, material ou
suprimento e onde permanecerão em caso de pernoite.
5.5.5.2.8 Box
- É o espaço demarcado por faixas amarelas ou brancas ou setores gramados
na área de estacionamento, para permanência das aeronaves.
5.5.5.2.9 Pista em Uso
- É a pista designada pelo controle de tráfego aéreo do aeródromo para ser utili-
zada para pousos e decolagens.
5.5.5.2.10 Área de Sinalização
- É a área na superfície de um aeródromo destinada à exibição de sinais fixos
no solo.
5.5.5.2.11 Torre de Controle
- É o órgão que tem a finalidade de controlar os serviços do tráfego aéreo dentro
da zona do aeródromo e também para controlar o trafego de pessoas e viaturas
na mesma área.
- É, geralmente, uma instalação que se destaca das edificações do aeroporto,
sendo pintada de vermelho e branco em quadriculado.

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5.5.5.2.12 Hangares
- São galpões destinados à manutenção ou guarda das aeronaves.
5.5.5.2.13 Taxiamento
- É o deslocamento da aeronave da área de estacionamento até a pista de pouso
e decolagem ou vice-versa.
5.5.6 DESLOCAMENTOS
- Antes de uma tropa deslocar-se para um aeródromo deve obter permissão do
Oficial de Operações da FAB por meio de ligação direta ou por intermédio de um
Oficial de Ligação (O Lig) da tropa.
- Desde o ingresso no aeródromo, a tropa é orientada para o local de destino pelos
elementos de controle, que são reconhecidos pela bandeirola com quadrículas
amarelas e pretas (Viatura “SIGA-ME”), ou então a viatura que os transporta.
5.5.7 TRAVESSIA DA PISTA
5.5.7.1 Execução
- A tropa a pé ou motorizada (isolada ou em comboio) fará alto na margem da
pista, aguardando o sinal da torre de controle.
- Após o sinal de autorização, o comandante da tropa verificará se não há aero-
naves rolando, decolando ou pousando e fará a travessia em acelerado na menor
distância.
5.5.7.2 Principais sinais
5.5.7.2.1 Luz verde contínua:
- Livre travessia da pista ou livre decolagem.
5.5.7.2.2 Luz vermelha contínua:
- Mantenha a posição, aguarde no local.
5.5.7.2.3 Luz verde intermitente:
- Livre táxi de viatura pela pista de rolagem, ou grama até a margem, ou cabeceira
da pista.
5.5.7.2.4 Luz vermelha intermitente:
- Saia da pista de aterragem ou rolamento.
5.5.7.2.5 Luz branca intermitente:
- Regresse ao estacionamento.
5.5.7.2.6 Lampejos verdes e vermelhos alternados:
- Alarme, fique alerta.

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5.5.8 ESTACIONAMENTO
- Quando estacionada em aeródromo, a tropa deverá permanecer no local que
lhe é destinado.
5.5.9 AÇÕES PROIBIDAS
5.5.9.1 Tocar nas aeronaves.
5.5.9.2 Fumar num raio de 15 m de qualquer aeronave e posto de abastecimento.
5.5.9.3 Passar a menos de 20 m da frente de um avião a jato e a menos de 50
m de sua cauda.
5.5.9.4 Passar ao alcance das hélices, em qualquer situação. E a frente da aero-
nave com os motores funcionando.

5.6 DEVERES DO MESTRE DE TRANSPORTE E MEDIDAS DE SEGURANÇA


5.6.1 ANTES DA DECOLAGEM
5.6.1.1 Inspecionar cintos de segurança, equipamentos de voo e salva-vidas (no
caso de voo sobre aágua).
5.6.1.2 Mostrar as localizações das saídas de emergência, extintores, salva-vidas,
estojos de primeiros socorros ereservado.
5.6.1.3 Verificar se todos estão nos lugares certos com os cintos de segurança
ajustados e o capacete nacabeça.
5.6.1.4 Proibir que se fume a bordo antes da decolagem e até o piloto autorizar.
5.6.1.5 Alertar que só poderão liberar o cinto de segurança mediante ordem.
5.6.1.6 Recordar os sinais convencionados dos toques de campainha e as medidas
de segurança nos casos de emergência.
5.6.2 DURANTE O VOO
5.6.2.1 Evitar movimentos desnecessários dentro doavião.
5.6.2.2 Evitar aglomerações em uma determinada parte da aeronave.
5.6.2.3 Dar assistência à tropa, particularmente aos que, por acaso, ficarem
nervosos ou com enjoo.
5.6.2.4 Permitir que os militares retirem o capacete.
5.6.3 ANTES DA ATERRAGEM
- Comandar “Apertar cinto de segurança”.

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5.7 SINAIS CONVENCIONADOS
5.7.1 AVIÃO NO SOLO
5.7.1.1 Luz vermelha:
- Impedimento para o embarque/desembarque.
5.7.1.2 Luz verde:
- Autorização para o embarque/desembarque.
5.7.1.3 Um toque longo:
- Início do táxi ou decolagem.
5.7.1.4 Dois toques curtos:
- Piloto chama MT/Mestre de Carregamento (MC).
5.7.2 AVIÃO EM VOO
a) Um toque longo: advertência para o pouso e mau tempo.
b) Dois toques curtos: piloto chama MT/MC.
c) Três toques longos: perigo a bordo (ligar-se com o piloto).
d) Toque ininterrupto: iminência de choque, nos pousos forçados e aterrissagens.

5.8 CASOS DE EMERGÊNCIA


5.8.1 PODEM CONSTITUIR EMERGÊNCIA, IMPONDO PROCEDIMENTO ES-
PECIAL:
a) excesso de carga;
b) pane do motor;
c) falha humana;
d) incêndio;
e) colisão;
f) quebra estrutural;
g) fogo inimigo; e/ou
h) situações imponderáveis.
5.8.2 DE UM MODO GERAL, OS PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA CLAS-
SIFICAM-SE EM QUATRO TIPOS:
a) abandono de aeronave;
b) alijamento da carga;

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c) pouso forçado; e
d) aterrissagem (descida forçada na água).
5.8.3 Para abandonar a aeronave, deve-se sair pela saída de emergência mais
próxima. O comando de abandonar aeronave é dado pelo piloto.

5.9 PROCEDIMENTO EM CASO DE EMERGÊNCIA


a) Pouso forçado - Três toques longos.
b) Amarrar todo o material que estiver solto.
c) Apertar o cinto de segurança, tãofirmemente quanto possível.
d) Tomar posição de aterragem forçada com o capacete.
e) Após o choque, abandonar a eronave, afastando-se o máximo possível quando
houver o risco de explosão. Retirar os feridos e abandonar os mortos.
f) Conferir o pessoal, ministrar os primeiros socorros e, se for o caso, retirar todo
o material possível de aproveitamento (água, comida, armas, paraquedas etc).
g) Não abandonar o local da queda do avião. Iniciar a sobrevivência.
h) Cada aeronave de transporte leva, normalmente, os seguintes equipamentos
de emergência: extintor de incêndio, machadinha, caixa de medicamentos, coletes
e balsas salva-vidas e equipamento rádio de emergência.

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GLOSSÁRIO
ABREVIATURAS E SIGLAS

A
Abreviaturas/Siglas Significado
A Ae Antiaéreo (a)
Anv Aeronave

C
Abreviaturas/Siglas Significado
CC Carro de Combate
CI Caderno de Instrução
Cmt Comandante
CTB Código de Trânsito Brasileiro

D
Abreviaturas/Siglas Significado
Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Supri-
DOMPSA
mentos pelo Ar

E
Abreviaturas/Siglas Significado
EM Estado-Maior

F
Abreviaturas/Siglas Significado
FAB Força Aérea Brasileira

M
Abreviaturas/Siglas Significado
MC Mestre deCarregamento
MT Mestre de Transporte

N
Abreviaturas/Siglas Significado
2. NAVIO DESEMBARQUE DE CAR-
1. NDCC
ROS DE COMBATE
NDD Navios de Desembarque
NDM Navio Doca Multipropósito

G-1
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O
Abreviaturas/Siglas Significado
O Lig Oficial de Ligação
OM Organização Militar

P
Abreviaturas/Siglas Significado
PI Ponto Inicial
P Lib Ponto de Liberação
PMA PesoMáximode Aterragem
PMD PesoMáximodeDecolagem

R
Abreviaturas/Siglas Significado
Rbq Reboque

V
Abreviaturas/Siglas Significado
VB Viatura Blindada
VBC Viatura Blindada de Combate
VBR Viatura Blindada sobre Rodas
Viatura Blindada de Transporte de Pessoal Média
VBTP-MSR
Sobre Rodas
VBTP Viatura Blindada de Transporte de Pessoal
Vtr Viatura

G-2
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REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 6021 – Pu-


blicação científica impressa. Documentação. Rio de Janeiro, 2003.

MINISTÉRIO DA DEFESA (Brasil). Glossário das Forças Armadas. MD35-G-01.


4. Ed. Brasília, DF: Ministério da Defesa, 2007.

_______. Manual de Abreviaturas, Siglas, Símbolos e Convenções Carto-


gráficas das Forças Armadas. MD33-M-02. 3. Ed. Brasília, DF: Ministério da
Defesa, 2008.

MINISTÉRIO DA DEFESA. EXÉRCITO BRASILEIRO. Instruções Gerais para


as Publicações Padronizadas do Exército – EB10-IG-01.002. Brasília, DF:
Comando do Exército, 2011.

_______. Glossário de Termos e Expressões para uso no Exército – C20-1.


Brasília, DF: Comando do Exército, 2009.

_______. Estado-Maior. Manual de abreviaturas, símbolos e convenções


cartográficas. C21-30. Brasília, DF: Estado-Maior do Exército, 2002.

_______. Transportes Militares – C 55-1. 1. Ed. Brasília, DF: Estado-Maior do


Exército, 1983.

_______. Transporte de Viaturas Blindadas – CI 55-1. 1. Ed. Experimental.


Brasília, DF: Comando de Operações Terrestres, 2002.

_______. Balizamento de Viaturas Blindadas – CI 17-10. 1.Ed . Experimental.


Brasília, DF: Comando de Operações Terrestres, 2002.

R-1
EB70-CI-11.453

R-2
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COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES


Brasília, DF, 23 de abril de 2021
https://portaldopreparo.eb.mil.br

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