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OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
Nota de esclarecimento
As regras com descrição “reservada” não possuem conteúdo, podendo,
futuramente, ser utilizadas em razão de inclusão de novas regras.
REGULAMENTO DE
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
Recibo
ROF N°___________
Nome: _____________________________________________________________
Matrícula: __________________________________________________________
Nome Ferrovia
Jefferson Vinicio de Meirelles MRS Logística S.A.
Franz Hermann Seehaber MRS Logística S.A.
Sildomar Tavares de Arruda Rumo S.A.
Sérgio de Almeida Costa Rumo S.A.
João Silva Junior VLI – Valor da Logística Integrada S.A.
Geraldo Magela de Matos VLI – Valor da Logística Integrada S.A.
Fabrício Frade VLI – Valor da Logística Integrada S.A.
REGULAMENTO DE
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
Sumário
1. INTRODUÇÃO 9
2. DISPOSIÇÕES GERAIS 10
3. DEFINIÇÕES 17
4. OBRIGAÇÕES 40
5. Comunicação 55
6. Sinalização 62
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
REGULAMENTO DE
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
Introdução
A segurança é o elemento mais importante na execução
das tarefas.
2.1.
O presente regulamento cancela toda e qualquer outra regra ou instru-
ção anterior que esteja em desacordo com as que nele se encontram. Este
regulamento se aplica às Ferrovias da Baixada Santista.
2.1.1.
Todo procedimento emitido deve estar em concordância ou ser mais
restritivo que as regras contidas neste regulamento, exceto em casos de
procedimentos elaborados pelas engenharias e validados pelo comitê de
normatização das Ferrovias da Baixada Santista.
2.2.
Qualquer alteração neste regulamento somente pode ser feita por meio
de Boletim Normativo ou revisão programada pelo Comitê Normativo das
Ferrovias da Baixada Santista.
2.3.
Os colaboradores cujos deveres sejam determinados por este regula-
mento devem ter um exemplar ao seu alcance, quando em serviço, e pro-
curar o entendimento de todo o seu conteúdo.
2.4.
Os colaboradores devem conhecer, cumprir e fazer cumprir integralmen-
te todas as regras contidas neste regulamento, bem como todos os proce-
dimentos vigentes em cada setor operacional das ferrovias.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
2.5.
É obrigatório o treinamento prévio e habilitação de todos os colabora-
dores envolvidos nas operações ferroviárias e na utilização de cada recurso
operacional.
2.6.
Antes de iniciar uma jornada de trabalho, os colaboradores devem ob-
ter conhecimento das regras, procedimentos e condições da sua área de
atuação através da leitura frequente dos quadros de avisos e de outros
meios de comunicação das ferrovias. Em caso de dúvidas, devem procurar
esclarecimentos.
2.6.1.
Em trocas de turnos, o colaborador envolvido na operação ferroviária
que está entrando em serviço não deve iniciar as atividades até que tenha
conhecimento total da programação associada a estas.
2.7.
Todos os colaboradores devem prestar toda assistência a seu alcance no
cumprimento das regras e comunicar imediatamente, ao superior imedia-
to, qualquer infração destas.
2.8.
Todos os colaboradores de empresas contratadas pelas ferrovias, cujas
atividades estão ligadas direta ou indiretamente à operação ferroviária,
devem conhecer e cumprir as regras deste regulamento pertinentes a sua
área de atuação. É obrigatório o treinamento prévio e habilitação de todos
os contratados e terceirizados envolvidos nas operações ferroviárias e na
utilização de cada recurso operacional.
2.8.1.
É de responsabilidade do Gestor do contrato treinar, habilitar e entregar
2.8.2.
É de responsabilidade do Gestor do contrato orientar e fazer cumprir
este regulamento, assim como recolhê-lo ao fim do contrato.
2.9.
Nenhum colaborador próprio, contratado ou terceirizado, envolvido na
operação ferroviária está isento de responsabilidade, sob alegação de igno-
rar as regras contidas neste regulamento. O não cumprimento deste regula-
mento é considerado falta grave.
2.10. RESERVADA
2.11.
Os colaboradores de outras ferrovias estão sujeitos à obediência deste
regulamento, quando operando no território integrado, mediante treina-
mento e habilitação prévia.
2.12.
Quando estiverem em situação de risco, os colaboradores devem adotar
todos os procedimentos necessários à preservação de sua integridade físi-
ca. Em caso de dúvidas, sempre deve ser escolhida a opção mais segura.
2.13.
Toda e qualquer anormalidade que possa interferir na circulação dos
trens e que ofereça risco de acidentes deve ser imediatamente comunica-
da ao responsável pelo movimento de veículos ferroviários do local, por
qualquer colaborador, independente da categoria ou função nas ferrovias.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
2.14.
Quando ocorrer alguma situação de risco envolvendo bens das ferrovias,
o colaborador deverá envidar esforços e adotar os procedimentos com-
patíveis para preservar o patrimônio, sem, contudo, colocar em risco sua
integridade física.
2.15.
Os colaboradores contratados ou terceirizados são proibidos de ingerir,
ter posse ou comercializar no trabalho bebidas alcoólicas, narcóticos, se-
dativos, alucinógenos ou qualquer combinação ou derivados de tais subs-
tâncias, que possam alterar o comportamento das pessoas.
2.16.
Todos os colaboradores devem estar atentos aos movimentos dos veí-
culos ferroviários em qualquer momento, em qualquer via e em qualquer
sentido. Os colaboradores não devem permanecer sobre a linha, exceto
quando inerente à atividade e com o uso da devida sinalização prevista
para essa atividade. Os colaboradores cujas funções estão ligadas à opera-
ção ferroviária devem conhecer os locais, as estruturas, as obstruções e os
gabaritos presentes na malha ferroviária.
2.17.
A condução de trens somente pode ser executada por colaboradores
devidamente treinados, habilitados e autorizados pelas ferrovias. Colabo-
radores em fase de treinamento podem operar trens desde que acompa-
nhados de monitor.
2.17.1.
Locomotivas podem ser operadas pelos colaboradores da manutenção
de material rodante, dentro das áreas de oficinas para manobras dos veí-
culos em manutenção, desde que estejam treinados e habilitados para tal.
2.18.
No caso de um Operador de Trens desrespeitar licenças, sinais ou come-
ter qualquer irregularidade durante a operação ferroviária, deve comunicar
o fato imediatamente ao responsável pelo movimento de veículos ferrovi-
ários do local.
2.19.
Além da equipagem do trem, somente pessoas credenciadas ou previa-
mente autorizadas pelo Controlador de Tráfego, devidamente equipadas
de EPIs, estão autorizadas a viajar nas cabines das locomotivas. Todas
as pessoas que viajam na locomotiva devem obedecer às instruções do
Maquinista.
2.19.1.
Colaboradores envolvidos na operação ferroviária, manutenção do ma-
terial rodante, manutenção da via permanente, manutenção de equipa-
mentos de bordo e visitantes, somente podem trafegar na cabine do trem
em número não superior a seis pessoas, incluindo a equipagem do trem.
2.19.2.
Em locomotivas comandadas/rebocadas somente podem viajar Maqui-
nistas, Auxiliares de Maquinistas, Inspetores de Operação de Trens ou ou-
tros colaboradores com habilitação específica para essa atividade. Outros
colaboradores não habilitados podem viajar em locomotivas comandadas/
rebocadas somente se acompanhados por colaborador habilitado.
2.19.3.
A viagem fora da cabine da locomotiva é permitida somente para ins-
peção de linha, de material rodante ou de trens cruzando, limitada a três
pessoas, e desde que a locomotiva tenha corrimão e guarda-corpo (frontal
ou lateral, devidamente fixado), com o colaborador apoiado no mínimo
por três pontos.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
2.19.4.
O Operador de Trens deve informar ao Controlador de Tráfego a quanti-
dade de pessoas viajando na(s) locomotiva(s).
2.19.5.
A transposição de uma locomotiva acoplada a outra em movimento
somente é permitida para verificação de avaria, simulações ou teste de
tração, sendo permitido somente para locomotiva com guarda-corpo e
passadiço sobre os engates.
2.20.
O Maquinista ou o Auxiliar de Maquinista deve permanecer dentro da lo-
comotiva, mesmo quando o trem estiver parado, aguardando cruzamento
ou aguardando licenciamento. O Maquinista ou o Auxiliar de Maquinista
podem sair do comando da locomotiva somente com autorização do res-
ponsável pelo movimento de veículos ferroviários do local.
2.20.1.
A vistoria de composição no trecho, sempre que necessária, é realizada
por colaborador habilitado ou pelo Maquinista, inclusive quando em mo-
nocondução, com base nas orientações do Controlador de Tráfego.
2.21.
É expressamente proibido a todos os colaboradores envolvidos na opera-
ção ferroviária qualquer tipo de ação que possa tirar sua atenção durante
o exercício de suas atividades funcionais.
2.22.
É proibido transpor composição sem o prévio conhecimento do Opera-
dor de Trens e dos envolvidos na manobra nos casos de vagões parados ou
estacionados, somente é possível transpor composição com autorização
do Agente de Estação ou Manobrador do pátio. Para veículos em movi-
mento em sentido ao colaborador a distância mínima é de 3 (três) vagões
2.23.
É proibido passar entre engates de vagões ou locomotivas cuja distância
seja inferior a seis metros sem conhecimento do Operador de Trens, Agen-
te de Estação ou Manobrador.
2.24. RESERVADA
2.25. RESERVADA
2.26. RESERVADA
2.27.
Todo colaborador deve registrar quaisquer irregularidades ocorridas em
sua jornada de trabalho.
2.28.
Todos os fatos que porventura venham a ocorrer, e não estejam previstos
no presente regulamento, devem ser levados ao superior imediato, a quem
cabe decidir e orientar. Posteriormente, esses fatos devem ser reportados ao
Comitê das Ferrovias da Baixada Santista para que sejam regulamentados.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
03 Definições
3.1.1. ATROPELAMENTO
Acidente que ocorre quando um trem ou veículo ferroviário colide com
pessoa e/ou animal, provocando lesão ou morte.
3.1.2. ABALROAMENTO
Colisão de veículo ferroviário ou trem, circulando ou manobrando, com
qualquer obstáculo, exceto outro veículo ferroviário.
3.1.3. DESCARRILAMENTO
Acidente em que o material rodante abandona parcial ou totalmente os
trilhos, por causas diversas.
3.1.4. TOMBAMENTO
Acidente em que o veículo ferroviário se encontra tombado no leito da
linha.
3.1.5. ADERNAMENTO
Acidente em que o veículo ferroviário se encontra parcialmente tomba-
do no leito da linha.
3.3. RESERVADA
3.4. AMV
Aparelho de Mudança de Via (AMV) é um conjunto formado por vários
acessórios, máquinas e componentes que são projetados para propiciar o
desvio de veículos ferroviários de uma via para a outra. O AMV é constitu-
ído basicamente de três partes:
3.4.1. CHAVE
Parte inicial do AMV, seus principais componentes são a máquina da
chave (elétrica ou manual), meia chave direita e esquerda (agulhas e trilho
de encosto). É muito comum no ambiente ferroviário chamar todo o AMV
de Chave.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
3.11. RESERVADA
3.12. RESERVADA
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
3.22. DESVIO
Linha adjacente à linha principal, ou a outros desvios, destinada aos
cruzamentos, ultrapassagens, desvio de vagões e formação de trens. Os
desvios podem ser classificados em:
A) DESVIO ATIVO
Desvio provido de Aparelho de Mudança de Via em ambas as extre-
midades.
B) DESVIO MORTO
Desvio provido de um único Aparelho de Mudança de Via, apresen-
tando, na outra extremidade, um batente delimitador de seu com-
primento útil.
3.28. ENCARRILADEIRA
Equipamento destinado a encarrilhar rodeiros de veículos ferroviários.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
3.31. EQUIPAGEM
Equipe formada por uma ou mais pessoas responsáveis pela operação
dos trens.
3.35. GABARITO
Contorno de referência, ao qual devem adequar-se as instalações fixas,
as cargas e veículos ferroviários, para possibilitar o tráfego ferroviário sem
interferência.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
GLOBAL)
Acrônimo para a expressão em inglês Global Positioning System (Sistema
de Posicionamento Global). É um sistema de posicionamento por satélite
utilizado para determinação da localização de um receptor na superfície
da terra ou em sua órbita.
3.38. HABILITAÇÃO
Capacitação do colaborador para o exercício de uma função ou ativida-
de através de treinamento teórico, prático ou ambos, evidenciados através
de ficha de treinamento e registro em sistema.
3.40. RESERVADA
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
3.51. LOCOTROL
O sistema LOCOTROL proporciona controle remoto automático e inde-
pendente de conjunto de locomotivas localizados um trem, a partir de
uma locomotiva controladora na posição de líder.
3.55. MAQUINISTA
Colaborador responsável pela operação dos trens.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
3.56. MARCO
Identificação física de cor amarela instalada entre as vias, que indica li-
mite além do qual o material rodante não pode permanecer ou ultrapassar
sem autorização, a fim de não restringir o gabarito na via adjacente.
3.65. PILOTO
Operador de Trens habilitado, designado para acompanhar um trem ou
veículo ferroviário quando um Operador de Trens não estiver familiarizado
com as características físicas, sinalização e/ou regulamento da ferrovia a
ser percorrida.
3.66. RESERVADA
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
3.70. RÁDIOMANUTENÇÃO
Estrutura com funcionamento ininterrupto, cuja responsabilidade é dar
suporte às equipes de manutenção de campo da malha ferroviária.
3.72. RONDA
Colaborador ou contratado responsável por executar serviços de inspe-
ções através de rondas ao longo da ferrovia, bem como todos os servi-
ços de manutenção da superestrutura e infraestrutura da via permanente,
cumprir a programação estabelecida pela supervisão, zelando pela produ-
tividade, qualidade e segurança.
3.73. ROTA
Trecho de linha que um trem venha a percorrer, decorrente de uma licença
concedida pelo Controlador de Tráfego.
3.75. SARGENTO
Equipamento de fixação que, junto a um par de talas, é instalado provi-
soriamente na linha devido a alguma fratura de trilho e ou solda.
3.76. SHUNT
Curto-circuito provocado pela fixação do fio condutor de eletricidade
nos trilhos direito e esquerdo de uma determinada linha sinalizada, para
garantir a ocupação do circuito de via e impedir o alinhamento de rota so-
bre esta. É usado pelas equipes de manutenção de campo somente depois
de recebida a autorização do Controlador.
3.77. SINAL
Meio de comunicação visual por meio de código de cores, placas ou
gestos que regulamentam a circulação dos trens.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
3.78. SINALEIROS
Componentes ferroviários instalados ao lado da via ou em pórticos, des-
tinados a exibir os sinais luminosos.
3.79. SINALIZAÇÃO
Conjunto de meios compostos por sinais luminosos, acústicos, manuais
e placas, contendo inscrições de letras, algarismos ou símbolos, caracte-
rizando situações em que se exige cumprimento de regulamentos e cha-
mando atenção para os Operadores de Trens, equipes de manutenção e
colaboradores em geral, em favor da segurança, economia e flexibilidade
do tráfego ferroviário.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
3.83. TERMINAL
São pontos ligados à malha ferroviária, dotados de um sistema dinâmico
composto de infraestrutura e instalações, mediante os quais são realizados
carregamentos, descargas e transbordos de mercadorias dos vagões para
os meios complementares de dispersão e vice-versa e o armazenamento
temporário de mercadorias.
3.87. TRAVESSÃO
Linha diagonal provida de Aparelho de Mudança de Via em ambas as ex-
tremidades, permitindo a passagem de um trem de uma linha para outra.
3.88. TREM
Qualquer veículo com prefixo definido que circule sobre a via férrea, em
trecho sinalizado ou não, cuja movimentação é controlada pelo Controle
de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local.
3.89. TRIÂNGULO
Três linhas ligadas em forma de triângulo por meio de AMVs, permitindo
a inversão de veículos ferroviários.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
3.90.5. ESMERILHADORA
Equipamento de via permanente usado para esmerilhar o boleto do tri-
lho, melhorando o contato roda trilho e aumentado sua vida útil.
3.90.7. LOCOMOTIVA
Veículo impulsionado por energia de tração diesel/elétrica e ou elétrica,
utilizado para rebocar trens de carga ou de serviço.
3.90.8. RESERVADA
3.90.9. SOCADORA E REGULADORA
Conjunto de equipamentos destinado à manutenção e restabelecimento
dos padrões de geometria de via permanente.
3.90.10. VAGÃO
Veículo utilizado no transporte, com características distintas, em função
do tipo de mercadoria e do processo de carga e descarga.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
4.1.1.
Operar perfeita e cuidadosamente os equipamentos de controle de cir-
culação de trem.
4.1.2.
Não permitir o uso de rádio na comunicação operacional que não seja
relacionada à circulação do trem e à manutenção, exceto em casos de
emergências.
4.1.3.
Efetuar rotas para trens, licenças para o trem, liberando sinais e movi-
mentando AMVs por meio de comandos elétricos, obedecendo à priorida-
de, conforme planejamento da circulação.
4.1.4.
Na falha da sinalização, o Controlador de Tráfego deve orientar o Opera-
dor de Trens sobre a sua circulação.
4.1.5.
Reportar as ocorrências, irregularidades e acidentes ocorridos em seu
turno de trabalho para o superior imediato.
4.1.6.
Conhecer as condições de circulação dos trens, a capacidade e extensão
dos desvios e o perfil da via permanente no trecho por ele controlado.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
4.1.7.
Estar atento a qualquer não conformidade que ocorra no CTC, comuni-
cando imediatamente ao setor competente.
4.1.8.
Manter o sistema GHT ou o gráfico manual de trens e a região de con-
trole devidamente atualizados.
4.1.9.
Manter os AMVs posicionados para a linha na qual o trem vai circular
durante um cruzamento de trens.
4.1.10.
Não permitir entrada de trem, no trecho por ele controlado, que não
esteja nas condições estabelecidas neste regulamento.
4.1.11.
Não se ausentar do seu posto de trabalho sem autorização do superior
imediato.
4.1.12.
Estar atento aos programas de manutenção, otimizando a circulação
para o fornecimento do tempo, minimizando o atraso dos trens.
4.1.13.
Sinalizar na região de controle e informar aos Operadores de Trens todas
as restrições de velocidade causadas por acidentes ou por qualquer outra
irregularidade observada na linha e que ainda não estejam protegidas por
placas de sinalização.
4.1.14.
Antes de autorizar um serviço na via, cancelar todas as rotas com destino
ao trecho em manutenção e promover a interdição do trecho na região de
controle a ser concedido para manutenção.
4.2.1.
Treinar, orientar e inspecionar as equipes em operações ferroviárias, con-
dução de veículos ferroviários e regulamentos operacionais, por meio de
acompanhamento e orientações.
4.2.2.
Elaborar procedimentos para condução dos diversos tipos de trens, in-
cluindo os pátios e terminais, visando maior segurança, agilidade e econo-
mia na operação.
4.2.3.
Acompanhar o desempenho operacional dos colaboradores sob sua res-
ponsabilidade.
4.2.4.
Quando solicitado, contribuir para o desenvolvimento e implantação de
novas tecnologias, através da participação no desenvolvimento de novos
projetos, testes, fornecimento de dados operacionais e análise de novos
equipamentos.
4.2.5.
Quando solicitado, participar do estudo da causa de acidentes ferroviá-
rios, definindo junto aos setores competentes a busca de meios de evitá-los.
4.2.6.
Otimizar a operação de trens mediante estudos em simulador de operação.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
4.3.1.
Conhecer e obedecer as indicações dos sinais do ATC / / Speed Control /
CTC /, as velocidades regulamentares para cada aspecto, as características
do trecho, as localizações das seções de bloqueio, placas quilométricas,
placas regulamentares, AMVs, travadores elétricos, detetores de descarri-
lamento e pontos de Hot Box.
4.3.2.
Saber realizar corretamente o engate e desengate de veículos ferroviá-
rios, posicionar torneiras, fazer revistas de trens, efetuar acoplamentos e
desacoplamentos, substituir mandíbulas e mangueiras e executar qualquer
outro tipo de tarefa inerente à sua função, desde que devidamente trei-
nado e munido de EPIs. Quando autorizado pelo Controlador de Tráfego,
fazer a operação manual dos AMVs, travadores elétricos e demais equipa-
mentos pertinentes à função.
4.3.3.
Fazer manobras nos pátios e terminais.
4.3.4.
Fornecer as informações solicitadas pelo CCO/Agentes de Estação e/ou
Manobradores e área de manutenção, com precisão e o máximo de deta-
lhes possível.
4.3.5.
Cumprir as instruções da área de manutenção, CCO, Agentes de Estação
e/ou Manobradores.
4.3.6.
Durante a circulação, manter-se atento e dar imediato conhecimento
ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local de qualquer
irregularidade observada no seu trem, na linha, no ATC na sinalização de
4.3.7.
Durante os cruzamentos de trens, manter o canal do rádio no modo
SCAN, observar a outra composição que está passando, informando ao
Operador de Trens do outro trem ou Controlador de Tráfego Central ou ao
Controlador de Tráfego Local qualquer anormalidade verificada.
4.3.8.
Independente da informação do Controlador de Tráfego sobre cruza-
mentos ou restrições de velocidades, o Operador de Trens não está isento
do cumprimento da sinalização de campo.
4.3.9.
Uma vez informado do local de cruzamento, o Operador de Trens que
receber sinal de partida neste pátio, sem cruzar com o outro trem, deve
contatar imediatamente com o Controlador de Tráfego para obter novas
informações.
4.3.10.
Respeitar todos os dispositivos de segurança dos equipamentos de bor-
do, sendo absolutamente proibido isolar ou criar situações que possam
anular a função destes dispositivos, exceto em situações especiais quando
devidamente autorizado pela área de manutenção.
4.3.11.
Comunicar ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local
a presença de clandestinos no trem.
4.3.12.
Não permitir o acesso de pessoas não autorizadas no trem. Informar ao
Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local a quantidade de
pessoas presentes no trem.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
4.3.13.
Ao término da jornada de trabalho, o Operador de Trens deve deixar
o(s) equipamento(s) (trens de serviços) em lugar seguro e devidamente
trancado.
4.3.14.
Caso ocorra alguma anormalidade que não permita o cumprimento das
instruções do Controlador de Tráfego, o Operador de Trens deve comunicar
imediatamente a este para receber novas instruções.
4.3.15.
Receber a documentação ao assumir o trem e garantir sua guarda ao
longo do percurso do trem. Na estação de destino do trem deve entregar
a documentação ao Agente de Estação ou Chefe de Pátio. Quando não
houver estação aberta, é sua responsabilidade entregar a documentação
ao cliente / terminal / outra ferrovia.
4.3.16.
A equipagem do trem deve confirmar entre si os aspectos dos sinais
observados durante a circulação do trem, exceto nos casos de monocon-
dução.
4.3.17.
Nas trocas de Maquinistas em trens e somente nos trechos controlados
pelo CCO, é obrigatório o repasse e a solicitação de todas as informações
referentes ao trem, licenciamento e precauções existentes. Essas informa-
ções serão registradas em documento definido em procedimento especí-
fico, exceto quando houver registro informatizado a bordo do trem. Em
pátios, terminais ou trechos controlados por Agente de Estação, o mesmo
deverá ser acionado sempre que for necessária a circulação do trem.
4.3.18.
O Operador de Trens deve inspecionar frequentemente seu trem en-
quanto ele estiver em movimento, atento a sinais e indicações de defeitos
na via e no trem, especialmente em trechos de curvas.
4.3.19.
No caso de o Operador de Trens sentir-se sonolento ou indisposto, não
deverá conduzir trens e deverá notificar o controle de tráfego do local para
as devidas providências.
4.4.1.
Conhecer e obedecer as indicações dos sinais do ATC / / Speed Control
/ CTC /, as velocidades regulamentares para cada aspecto, as caracterís-
ticas do trecho, as localizações das placas quilométricas, placas regula-
mentares, AMVs, travadores elétricos, detectores de descarrilamento e
pontos de Hot Box.
4.4.2.
Auxiliar a operação e manobra de trens e locomotivas, mediante os pro-
cedimentos adotados.
4.4.3.
Revistar locomotivas e vagões para a verificação de sua condição de
operação.
4.4.4.
Conduzir trens quando em treinamento, sob orientação e supervisão
de Maquinista Monitor ou Inspetor de Operação de Trens/Supervisor de
Tração.
4.4.5.
Inspecionar frequentemente seu trem enquanto esteja em movimento,
atento a sinais e indicações de defeitos na via e no trem, especialmente em
trechos de curvas.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
4.4.6.
Estar atento à sinalização, comunicação e licenciamento, verificando
junto ao Maquinista as condições de condução do trem.
4.5. RESERVADA
4.6.1.
Conhecer a localização exata e manuseio dos AMVs, travadores elétricos,
extensão e capacidade das linhas e demais características de seu pátio ou
terminal.
4.6.2.
Cumprir as programações da operação, acompanhar as entradas e saí-
das de trens de seu pátio e supervisionar as manobras, programando com
antecedência as manobras das composições de trens.
4.6.3.
Manter controle atualizado dos trens e vagões existentes em seu pátio,
bem como dentro dos marcos correspondentes, de forma que possa for-
necer informações precisas, sempre que solicitado.
4.6.4.
Manter atualizado no sistema o registro de chegada e partida dos trens
e manobras, toda movimentação e eventos de locomotivas e vagões e or-
denação das composições, sob sua responsabilidade.
4.6.5.
Observar a passagem do trem pelo seu pátio sempre que os locais pos-
sibilitem sua visualização, comunicando imediatamente ao Controle de
4.6.6.
Não se ausentar do seu posto de trabalho sem notificar o Controle de
Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local.
4.6.7.
Efetuar engate e desengate de trens, posicionar torneiras, efetuar liga-
ções de mangueiras de acoplamento, substituir mangueiras de acoplamen-
to, operar travadores elétricos, movimentar AMVs e fazer teste de cauda.
4.6.8.
Informar qualquer ocorrência de vagão para a Rádiomecânica quando
não houver um posto de inspeção mecânica para atendimento.
4.6.9.
É responsabilidade do Agente de Estação organizar a documentação do
trem e entregá-la à equipagem do trem. Na estação de destino do trem,
entregar a documentação ao cliente / terminal / outra ferrovia.
4.7.1.
Somente colaboradores previamente habilitados e autorizados pelas fer-
rovias podem dirigir-se diretamente ao Operador de Trens para qualquer
solicitação, no trecho em manutenção ou obras.
4.7.2.
Comunicar imediatamente ao Controlador de Tráfego qualquer anorma-
lidade que ocorrer no trecho em obra ou manutenção, ou com um trem
que estiver circulando neste trecho.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
4.7.3.
Comunicar, em tempo hábil, ao Controle de Tráfego Central, todas as
alterações sobre o programa dos trens destinados aos serviços a serem por
eles executados.
4.7.4.
Manter atualizada toda a sinalização gráfica auxiliar do trecho em obras
ou manutenção, a qual é de sua inteira responsabilidade.
4.7.5.
Respeitar o gabarito das ferrovias e ramais nos quais opera, no trecho
em obras ou manutenção, para evitar acidentes.
4.7.6.
É proibido efetuar manutenções de campo em locomotivas, vagões, ele-
troeletrônica e via sem a devida autorização do Controle de Tráfego Cen-
tral, Controle de Tráfego Local ou Rádiomecânica.
4.8.1.
Estabelecer o prefixo dos trens, programando nos sistemas todas as ati-
vidades previstas para circulação dos trens, possibilitando à estação o pla-
nejamento das manobras.
4.8.2.
Efetuar serviços referentes ao tráfego de carga geral, obedecendo às leis
ambientais e físicas.
4.8.3.
Cumprir a programação de formação dos trens, de acordo com a grade
e prioridades estabelecidas, otimizando os recursos necessários.
4.8.4. RESERVADA
4.8.5.
Interagir permanentemente com pátios/terminais, escalas, CCO e área
de manutenção.
4.8.6.
Respeitar o gabarito das ferrovias e ramais nos quais as ferrovias operam.
4.8.7.
Elaborar programação de trens com circulação especial, em conjunto
com as áreas de operação e manutenção.
4.8.8.
Controlar o movimento de vagões em geral - bons, com restrições e
avariados.
4.8.9.
Fazer distribuição de vagão, conforme a programação de transporte e
atendimento às necessidades de ajuste da programação.
4.8.10.
Monitorar os percursos e os tempos de permanência de vagões e trens
em operação.
4.8.11.
Executar a distribuição de locomotivas para os trens e para revisão/ma-
nutenção.
4.8.12.
Programar o retorno das locomotivas e vagões avariados para a oficina,
determinando o melhor trem em que estes devem ser anexados.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
4.8.13.
Definir as atividades dos trens, observando e orientando o destino de
acordo com o itinerário a ser percorrido, e inserir os dados em sistema.
4.8.14.
Disponibilizar diariamente a programação de trens, através de sistemas,
para que as áreas envolvidas preparem os recursos e manobras necessárias.
4.8.15.
Definir e alocar locomotivas e vagões para atendimento a trem, levando
em consideração o perfil e quadro de tração.
4.8.16.
Programar o abastecimento das locomotivas, levando em consideração
a distância a ser percorrida até o próximo ponto de abastecimento, através
de consulta em sistema.
4.8.17.
Manter atualizada a programação de locomotivas, através de consultas
e digitação de dados no sistema.
4.8.18. RESERVADA
4.8.19.
Monitorar a formação ideal de trens nos pátios de acordo com os pro-
cedimentos específicos.
4.8.20.
Acompanhar a aderência da grade de trens, elaborar relatórios de desem-
penho e propor as alterações necessárias.
4.8.21.
Verificar, informar e tomar ações, quando ocorrer paradas de trens não
programadas, zelando para o cumprimento do transit-time do trem.
4.8.22.
Garantir que a frota de vagões destinados ao transporte de Produtos
Perigosos não sejam destinados para quaisquer outros fins, sem antes so-
frerem completa limpeza e descontaminação, conforme prevê o artigo 5.º,
§ 1º , § 2º e § 3º do Decreto nº. 98.973 - Regulamento do Transporte
Ferroviário de Produtos Perigosos.
4.8.23.
Somente destinar para carregamento de produtos perigosos vagões
classificados nas frotas para tal finalidade.
4.9.1.
Planejar, Orientar e monitorar a execução da circulação de trens e ma-
nutenções na via.
4.9.2.
Administrar recursos necessários para atendimento a acidentes.
4.9.3.
Interagir com os pátios, adequando à entrada/partida das composições.
4.10.1.
Atender às prioridades do CCO.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
4.10.2.
Fornecer aos Maquinistas o apoio técnico necessário para o reparo de
pequenas avarias e defeitos ocorridos durante a viagem, orientando-os
sobre os possíveis riscos.
4.10.3.
Monitorar o movimento de locomotivas e vagões avariados, para agilizar
o atendimento no trecho ou nas oficinas.
4.10.4.
Monitorar os equipamentos de HOT BOX e HOT WHEEL e passar imedia-
tamente ao Coordenador do CCO as anomalias no material rodante, para
que este tome as devidas providências em relação ao tráfego ferroviário.
4.10.5.
Registrar quaisquer irregularidades ocorridas com os vagões e locomoti-
vas e fornecer essas informações às oficinas e atendimentos volantes, bem
como aos Centros de Formação de Trens.
4.10.6.
Conhecer todas as características técnicas das locomotivas, bem como
suas respectivas capacidades de tração.
4.11.1.
Treinar e orientar os Agentes de Estação, Chefes de Pátios, Manobrado-
res e Operadores de Produção nos procedimentos e sistemas.
4.11.2.
Habilitar Agentes de Estação, Chefes de Pátios, Manobradores e Opera-
dores de Produção para o exercício de sua função, ministrando cursos e
aplicando testes teóricos e práticos.
4.11.3.
Executar, quando necessário, as atribuições definidas para Agentes de
Estação e Chefes de Pátios, por meio de conhecimento prévio das ativida-
des da função.
4.11.4.
Elaborar procedimentos para operação de pátios e terminais visando
maior segurança, agilidade e economia na operação.
4.11.5.
Acompanhar o desempenho operacional dos colaboradores sob sua res-
ponsabilidade.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
05 Comunicação
5.1.1. RÁDIO
A) Os rádios utilizados nas operações e nas manutenções ferroviárias
somente podem ser operados por colaboradores ou terceirizados
devidamente treinados e habilitados, visando garantir o padrão de
comunicação.
B) Os rádios são utilizados para o controle da circulação de trens, de
manobras e de manutenções realizadas em trechos da via férrea.
C) Os rádios devem ser testados antes de entrarem em operação. O
teste de rádio consiste em fazer uma troca de mensagens com outro
rádio para verificar a clareza e a qualidade nas transmissões nas se-
guintes situações:
1. No canal de tráfego entre o Operador de Trens e o Controlador
de Tráfego: durante a formação do trem ou no restabelecimento
das comunicações quando da falha do rádio.
2. No canal de manobra entre o Operador de Trens e o Manobra-
dor/Operador de Produção: quando o rádio entrar para ser usado
nas manobras (a cada substituição de rádio ou troca de bateria).
3. Em outras situações nas quais devam ser verificadas a clareza e
qualidade nas transmissões.
D) As ordens de movimentação via rádio devem ser dadas diretamente
ao Operador de Trens por quem está orientando as operações, sendo
proibido retransmitir ordens de movimentação.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
5.1.2. RESERVADA
5.1.3. TELEFONIA CONVENCIONAL
Somente deve ser utilizada para comunicação das equipes de campo
com o CCO, no caso da impossibilidade da comunicação via rádio. Essa
comunicação deve ser gravada.
5.1.5. RESERVADA
5.2.1.2.
Deve-se parar o movimento do trem até que a comunicação seja com-
preendida pelo Operador de Trens. Para que a comunicação seja perfeita,
principalmente a utilizada no CANAL DE TRÁFEGO, torna-se necessário que
o assunto chave tenha começo, meio, fim e, principalmente, que não haja
distorções. Portanto, ao iniciar um diálogo, é necessário ater-se ao assunto,
na certeza de que os objetivos serão alcançados.
5.2.2.1.
Em caso de emergência, a comunicação deve ser iniciada com a palavra
EMERGÊNCIA, repetida por três vezes.
5.2.2.2.
Ao ser pronunciada a palavra EMERGÊNCIA, os demais usuários do sis-
tema devem interromper qualquer comunicação e dar prioridade, no uso
do rádio, para a chamada de EMERGÊNCIA.
5.2.2.3.
A palavra EMERGÊNCIA deve ser usada quando a segurança dos colabo-
radores, particulares ou do patrimônio das ferrovias estiver comprometida
por situações alheias à normalidade da circulação ou da operação. Todos
os colaboradores devem dar prioridade ao atendimento de qualquer cha-
mada de emergência.
5.2.3.2.
Os colaboradores que transmitirem ou acusarem a recepção de uma
comunicação de rádio devem iniciar a conversação com a devida identifi-
cação, informando os seguintes dados:
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
5.2.3.3.
Todas as autorizações via rádio que digam respeito à operação de trens
e concessão de serviços somente podem ser executadas depois de recebi-
das e entendidas, devendo ser, obrigatoriamente, repetidas na íntegra por
quem está recebendo a comunicação. Havendo dúvida, solicitar repetição
da mensagem.
5.2.3.4.
Para indicar ao colaborador receptor que após a transmissão aguarda-se
uma repetição ou resposta, o colaborador deve dizer “CÂMBIO”. Sempre
que uma transmissão envolver informações de autorizações, estas devem ser
repetidas na íntegra após o “CÂMBIO” de quem concedeu a autorização.
5.2.3.5.
Para indicar ao colaborador receptor que as transmissões foram concluí-
das e não há necessidade de repetir ou responder, o colaborador transmis-
sor deve dizer “CÂMBIO FINAL”.
5.2.3.5.1.
Todo diálogo no Canal de Tráfego deve ser terminado pelo Controlador
de Tráfego com as palavras “CÂMBIO FINAL”, indicando aos demais usuá-
rios do sistema o final de uma transmissão.
5.2.3.6.
Todos os equipamentos de comunicação em operação devem permane-
cer ligados e com volume ajustado e sintonizado no canal correspondente
ao serviço, para que todas as chamadas sejam ouvidas e respondidas de
imediato.
5.2.3.7.
Operadores de Trens e responsáveis pelo controle de circulação devem
trocar mensagens de acordo com a necessidade do serviço, destacando
alguns pontos, como os exemplos abaixo:
A) Observar posição de AMVs.
B) Operar manualmente AMVs.
C) Determinar a velocidade (ordens de avanço de sinal).
D) Verificar anormalidades na via ou no entorno desta.
E) No caso de auxílio de trens, identificar trem à frente e mudar para o
canal de manobra correspondente.
5.2.3.8.
Durantes as operações de manobras e na continuidade da comunica-
ção, o colaborador habilitado que está orientando a manobra deve sempre
mencionar o nome do Operador de Trens, ou o número da locomotiva ou
o prefixo do trem, para não deixar em dúvida a quem se destina a comu-
nicação.
5.2.3.9.
Toda e qualquer ordem do Controlador de Tráfego se sobrepõe a qual-
quer aspecto de sinal luminoso.
5.3.1.
Os equipamentos de comunicação somente podem ser usados por co-
laboradores das ferrovias ou de empresas contratadas ligadas à operação,
manutenção ou segurança patrimonial.
5.3.2.
Os Colaboradores são responsáveis pelo zelo, uso, conservação e guarda
dos equipamentos.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
5.3.3.
Nenhum colaborador pode transmitir falsas comunicações de emergên-
cia, mensagens desnecessárias, nem utilizar linguagens obscenas, gírias ou
brincadeiras, o que constitui falta grave.
5.4. RESERVADA
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
6.1.2.1.
Outras placas de regulamentação de REASSUMA VELOCIDADE com a placa
de indicação de comprimento de trem podem ser afixadas no trecho, em dis-
tâncias que garantam a saída completa do trem da área de restrição. Essas dis-
tâncias são de 250 metros, 600 metros, 1200 metros e assim sucessivamente
em frações de 600 metros. A quantidade e as distâncias dessas placas devem
prever a retomada de velocidade do maior trem circulando naquele trecho.
6.1.2.2.
Ao final da área de restrição deve ser afixada a placa de FINAL DE RES-
TRIÇÃO e após, nas distâncias determinadas, as placas de REASSUMA VE-
LOCIDADE.
6.1.2.3.
Trens circulando com comprimento maior que os indicados nas placas de
indicação devem manter a restrição de velocidade até encontrar outra pla-
ca de regulamentação de REASSUMA VELOCIDADE, juntamente com uma
placa de indicação informando um comprimento que seja superior ao do
trem. Se o trem circulando não encontrar uma placa de regulamentação
juntamente com uma placa de indicação informando um comprimento
superior ao seu, deve o Operador de Trens reassumir a velocidade somente
após a cauda do trem ter percorrido três quilômetros a partir da placa de
FINAL DE RESTRIÇÃO de velocidade, afixada na saída da área de restrição.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
6.3.1. BUZINA
Por se tratar de um item imprescindível à segurança, a buzina deve ser
acionada nas seguintes situações:
A) Quando da existência de placa regulamentadora determinando seu
uso.
B) Quando da aproximação de Passagens em Nível, segundo regula-
mentação específica.
C) Na aproximação de pontes, de viadutos ou de túneis.
D) Quando da partida do veículo ou locomotiva (escoteira ou tracionan-
do outros veículos).
E) Na aproximação de locais de operação de turmas de manutenção ou
de resgate de materiais.
6.3.2.1. Reservada
6.3.2.2. Reservada
6.3.2.3.
Em caso de perigo iminente, o Operador de Trens deve acionar a buzina
o tanto que se fizer necessário, a fim de preservar a segurança do tráfego
ferroviário.
6.3.2.4
Deve ser utilizado um acionamento longo, podendo ser repetido, se ne-
cessário, nos seguintes casos:
1. Em situações de pouca visibilidade, antes da partida do trem de pas-
sageiro nas estações, antes da passagem pela turma de manutenção,
risco de atropelamento, risco de abalroamento e em outras situações
de risco de acidente ferroviário;
2. A partir de 200 metros antes das estações abertas em que haja con-
centração de pessoas;
3. Na aproximação de pontes e viadutos ferroviários. Em condições de
plena visibilidade para o Operador de Trem, quando não há movi-
mentação de pessoas nas imediações ou sobre as pontes e viadutos,
o uso da buzina pode ser suprimido.
4. Em cruzamento com outra via férrea e na aproximação de túneis;
5. Na aproximação das placas de advertência Homens Trabalhando e
Pare ou placa cujo significado seja “buzine” ou ação de buzinar;
6. Na aproximação em cruzamento com outros trens e ao aproximar-se
do último veículo da composição em cruzamento ou ultrapassagem.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
6.3.2.5
Deve ser utilizado um acionamento curto, podendo ser repetido, se ne-
cessário, antes da partida de trens e início de movimentação, exceto em
oficinas e pátios fechados quando definido em procedimento específico
da ferrovia.
6.4.1.
Sinais representados por acenos de braço ou lanternas, utilizados para
manobras na falta de rádio intercomunicador. Devem ser dados diretamen-
te ao Operador de Trens em boas condições de visibilidade.
6.4.2.
Os sinais devem ser dados em pontos em que possam ser vistos com
nitidez, de modo a não serem mal interpretados. Se houver alguma dúvida
quanto ao significado ou a quem seja destinado, deve ser considerado
como sinal de PARE.
6.4.3.
Quando vagões forem empurrados por uma locomotiva orientada por
sinais manuais ou luminosos, o desaparecimento do transmissor do sinal
deve ser considerado como sinal de PARE.
6.4.4.
Sinais de emergência, lanternas ou sinais manuais que indiquem uma si-
tuação de PERIGO devem ser obedecidos independentemente da indicação
de qualquer sinal fixo ou sinal de cabine.
6.4.5.
Quando um trem tiver uma parada programada numa estação, na falta
de placas indicativas, sinais manuais ou luminosos podem ser utilizados
para colocar o trem em local apropriado.
6.4.6.
As manobras devem ser feitas com utilização de rádios e, na sua impos-
sibilidade, devem ser utilizados sinais manuais. A falta do rádio ou defeito
no equipamento não pode caracterizar motivo de recusa para a execução
da operação de manobra, desde que as condições de visibilidade sejam
satisfatórias para a utilização de sinais manuais ou luminosos.
A relação dos sinais manuais encontra-se no Anexo 3.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
6.5.1.1.
Antes de começar algum trabalho ou caso exista algum defeito que tor-
ne a linha insegura, com gravidade para impedir o tráfego de trens ou
impor uma restrição de velocidade, o responsável pelo serviço deve provi-
denciar imediata proteção da via, em ambos os sentidos, com as devidas
placas de sinalização ou lanternas.
6.5.1.2.
Os trens devem reduzir a velocidade para obedecerem ao indicado pela
sinalização e não podem aumentar a velocidade até que o trem atinja a
placa de REASSUMA VELOCIDADE.
6.5.1.3.
No caso de a placa de sinalização indicar PARE, o trem só pode reiniciar
a circulação após a liberação pelo Controlador de Tráfego.
6.5.1.4.
À noite ou quando outra condição como tempo ruim ou em túnel pre-
judicarem a visibilidade das placas, podem também ser utilizados sinais de
lanterna.
6.5.1.5.
Ao se providenciar proteção através de placas, esta deve ser feita em
ambos os sentidos.
6.5.1.6.
Quando duas linhas paralelas estiverem em condições inseguras, a pro-
teção adequada é feita do lado de fora de cada linha e não entre as duas
linhas em ambos os sentidos.
6.5.1.7.
Quando forem três ou mais linhas, a proteção das linhas internas é da
mesma forma adotada para a sinalização da linha singela.
Placas de indicação devem ser afixadas juntamente com as placas de
regulamentação ou de advertência, indicando a(s) linha(s) afetada(s), con-
forme Anexo 1, letra G (Placas de Indicação).
6.6. FAROL
Equipamento gerador de energia luminosa destinado a iluminar a via
permanente à frente do trem ou denunciar, à distância, a aproximação do
trem.
6.6.1.
Faróis Principais: são aqueles situados no ponto mais elevado da loco-
motiva, os quais se destinam, principalmente, a iluminar a via permanen-
te durante o deslocamento da locomotiva. Quando em manobras ou na
circulação de trens no período diurno, pelo menos um farol principal da
locomotiva deve estar aceso; e no período noturno, ambos os faróis devem
estar acesos.
6.6.2.
Faróis Auxiliares: são os demais faróis da locomotiva. Esses faróis, quan-
do em funcionamento, são utilizados em caso de neblina, em caso de ava-
ria do farol principal ou à noite em trecho com suspeita de trilho quebrado.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
6.6.3.
Quanto à intensidade, os faróis são classificados em:
A) Farol Forte: o(s) farol(is) principal(is) da locomotiva comandante do
trem deve(m) permanecer ligado(s) na intensidade “FORTE”, durante
toda a movimentação dela, independentemente do local ou do ho-
rário em que esteja sendo movimentada, exceto em manobras nos
pátios onde existam interveniências com vias públicas.
B) Farol Fraco: deve ser utilizado nos cruzamentos de trens, em movi-
mento nos pátios nos quais exista interveniência com vias públicas
ou em linha dupla.
C) Farol Apagado: quando estacionado ou aguardando cruzamento.
7.1.1.
A preferência de circulação sobre um AMV é sempre para o trem que
tiver o AMV posicionado com a rota favorável para ele.
7.1.2.
Em vias não controladas pelo CCO ou em AMVs não sinalizados, antes
de ultrapassar o marco de uma via em que o AMV esteja posicionado para
outra via, o Operador de Trens deve certificar-se de que não há outro trem
ou manobra se deslocando no sentido do mesmo AMV.
No caso de recuo de trem ou manobra, é responsabilidade do colabora-
dor que está orientando a movimentação verificar esta condição antes de
autorizar a movimentação.
7.1.3
Em situação de recuo de trem, o empregado habilitado responsável pela
cobertura do movimento deve conferir o correto posicionamento, vedação
e travamento da ponta da agulha do AMV, informando ao Operador de
Trens essas verificações.
7.1.4.
Quando da utilização de um travessão dotado de AMV manual, todas as
chaves devem ser operadas antes do trem ou manobra ocupar o travessão.
Não se deve deixar somente um dos AMVs de um travessão posicionado
com a rota para movimento no travessão.
7.1.5.
Os AMVs (manuais ou de mola) da via principal devem estar protegidos
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
7.1.6
Quando um trem ultrapassar um AMV em posição contrária, é expressa-
mente proibido o recuo do trem, exceto no caso de AMV talonável.
7.1.7.
As chaves falsas ou descarrilhadeiras sempre devem estar em posição de
descarrilamento, a menos que seja necessária a utilização da via. Devem
ser utilizados cadeados ou travas para impedir a operação não autorizada
da chave falsa ou descarriladeira.
7.1.8.
Toda operação manual de máquina de chave em trecho controlado pelo
CCO deve ser autorizada pelo Controlador de Tráfego.
7.1.9.
A posição normal de uma chave na via principal é para movimento na
via principal, exceto:
A) Em locais onde existem AMVs de mola em ambos os extremos da via.
B) Quando o AMV está sob a responsabilidade de um colaborador ha-
bilitado e devidamente autorizado.
C) Quando autorizado pelo Controlador de Tráfego. Neste caso, a li-
cença do próximo trem deve ser com parada obrigatória antes do
AMV com a instrução de reposicioná-lo para a linha principal. Após
o posicionamento do AMV para a linha principal, o trem recebe nova
licença de circulação.
7.2.1.
Quando um trem tiver que passar de uma linha não sinalizada para a linha
sinalizada em trecho de CTC, atravessando um AMV com travador elétrico,
o colaborador habilitado a operar o AMV deve contatar o Controlador de
Tráfego e obter deste a autorização para operar a máquina de chave.
7.2.1.1.
Após autorização do Controlador de Tráfego, os AMVs com travamento
elétrico são operados por colaboradores habilitados e recolocados na posi-
ção normal após sua utilização.
7.2.2.
Caso uma máquina de chave com travador elétrico apresente algum de-
feito, o Controlador de Tráfego pode autorizar o colaborador habilitado a
romper o lacre, para acionar o destravador de emergência.
7.3.1.
Em trecho controlado pelo CCO, a operação manual de um AMV de
mola só pode ser feita quando autorizada pelo Controlador de Tráfego.
7.3.2.
Quando da parada do trem sobre o AMV de mola, é expressamente proi-
bido o recuo ou encolhimento do trem sem o posicionamento do AMV,
manualmente, para a linha do sentido de movimento do trem.
7.3.2.1.
Durante a realização de manobras, os AMVs de mola devem ser opera-
dos manualmente.
7.3.3.
Antes de circular no sentido de saída sobre um AMV de mola, o Ope-
rador de Trens de veículos ferroviários leves (autos de linha, veículos rodo-
ferroviários) deve operá-lo manualmente para o sentido do movimento do
veículo ferroviário, sempre que o AMV estiver em posição contrária.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
7.4.1.
Toda máquina de chave elétrica deve ser operada pelo Controlador de
Tráfego ou por ocupação do circuito de acionamento da chave (operada
automaticamente pelo trem). A sua operação manual deve ser autorizada
pelo Controlador de Tráfego.
7.5.1.
Quando um trem tiver que passar de uma linha não sinalizada para a
linha sinalizada em trecho de CTC, atravessando um AMV manual com
controlador de circuito elétrico, o colaborador habilitado a operar o AMV
deve contatar o Controlador de Tráfego e obter deste a autorização para
operar a máquina de chave.
7.5.2.
Após autorização do Controlador de Tráfego, os AMVs com controlador
de circuito elétrico são operados por colaboradores habilitados e recoloca-
dos na posição normal após sua utilização.
7.6.1.
Após autorização do Controlador de Tráfego, o colaborador habilitado
deve chavear o controle para Local e operar a chave utilizando os botões
de operação de Normal e Reversa. Ao final da execução da manobra, deve
ser retornado para o controle do CCO.
7.6.2.
Em chaves controladas pela estação, a autorização deve ser dada pelo
Agente da Estação ou Manobrador.
7.7.1.
A operação do AMV manual só pode ser realizada por empregado habi-
litado e após autorização do controlador da área de atuação (CCO, estação
ou oficina).
7.7.2.
Os colaboradores que operam AMVs devem estar seguros de que eles
estejam devidamente posicionados para a rota a ser usada. Devem certifi-
car-se de que as agulhas estejam devidamente alinhadas, vedadas e trava-
das e que a indicação da bandeirola corresponda com a posição do AMV.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
08 Manobras e Formação de
Trens
8.1.1.
Todo trem, ao aproximar-se de uma estação ou pátio para executar ma-
nobras, deve ter sua aproximação anunciada pelo Operador de Trens e,
nesta região, cumprirá as determinações do Agente de Estação ou seu
preposto habilitado. Nenhuma manobra pode ser realizada sem a autori-
zação deles.
8.1.2.
Antes de efetuar qualquer manobra, o Agente de Estação ou seu pre-
posto habilitado deve certificar-se da situação das linhas, chaves e marcos.
8.1.2.1.
É obrigatória a fixação de um layout do pátio de manobra, em local visível
para os colaboradores que trabalham no pátio, contendo a identificação das
linhas, capacidade de vagões, comprimento e identificação dos AMVs.
8.1.3.
Toda manobra que necessite ocupar a linha de movimento deve ser com-
binada entre o Operador de Trens e o Controlador de Tráfego, respeitando
as previsões de tempo para o início e término das manobras.
8.1.3.1.
Em pátios não sinalizados, quando necessário realizar manobras que uti-
lizem a(s) linha(s) de circulação, esta situação deve ser previamente combi-
nada e programada entre a estação e o CCO com as devidas justificativas.
Esta decisão é norteada pelo CCO em função da prioridade de circulação
dos trens.
8.1.3.2.
Uma vez combinada e programada a manobra em linha(s) de circulação,
o Operador de Trens deve obter autorização do Controlador de Tráfego
para iniciar a movimentação da manobra na(s) linha(s) de circulação. Esta
autorização inclui o intervalo de tempo e limite de circulação para ocupar
a(s) linha(s) de circulação. Durante este intervalo de tempo e dentro dos
limites de circulação não há necessidade de novas autorizações. O Ma-
nobrador envolvido na manobra deve ter conhecimento do tempo e dos
limites da autorização, para o caso de orientar recuos.
8.1.3.3.
O intervalo de tempo e os limites de circulação do autorizado para ocu-
par a(s) linha(s) de circulação devem ser rigorosamente cumpridos para
não comprometer a circulação dos demais trens naquele trecho.
8.1.3.4.
Depois de concluída a manobra, e não havendo mais necessidade de
ocupar a(s) linha(s) de circulação, o Operador de Trens deve notificar o
Controlador de Tráfego, ficando a(s) linha(s) de circulação livres para a cir-
culação dos demais trens. Após essa notificação, o Operador de Trens não
pode mais ocupar a(s) linha(s) de circulação, a não ser que obtenha nova
autorização, que deve incluir intervalo de tempo e limites de circulação.
8.1.3.5.
O Controlador de Tráfego deve providenciar a proteção da(s) seção(ões)
de bloqueio(s) afetada(s) pela programação de realização de manobras.
8.1.4.
Toda manobra deve ser executada em conformidade com os procedi-
mentos específicos de cada pátio e terminal, quando houver.
8.1.5.
O Operador de Trens é responsável pela execução das manobras no trecho,
assim como nos pátios desprovidos de Agente de Estação ou Manobrador.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
8.1.6.
Toda operação de manobra deve ser feita via rádio entre o Operador de
Trens e o colaborador responsável pela manobra. Caso haja falha no rádio,
devem ser usados os sinais manuais ou luminosos, até que a comunicação
via rádio seja normalizada.
8.1.7.
Todo trem em manobra deve ser operado com ar no encanamento geral,
realizando suas paradas por meio do freio pneumático. As exceções (ma-
nobra seca) são permitidas em manobras de vagões ou locomotivas para
as oficinas, manobras de vagões acidentados e manobras em locais onde
há procedimento específico.
8.1.8.
O desengate entre vagões, entre vagão e locomotiva e entre locomotivas
pode ser feito fechando-se as torneiras das mangueiras de ar, sem a ne-
cessidade de desacoplamento manual dessas (estouro). Outras conexões e
extensões devem ser desacopladas manualmente.
8.1.8.1.
Todos os vagões parados/estacionados devem ficar com as torneiras de
ar fechadas nas extremidades.
8.1.8.2.
É obrigatório, quando acoplar ou desacoplar a mangueira de ar, certifi-
car-se de que a composição não será movimentada pelo Operador do Trem
ou pelo alívio de freios da composição.
8.1.8.3.
É proibido enfiar o dedo no orifício do engate para destravar a castanha
da mandíbula.
8.1.9.
Todo colaborador envolvido em operações de manobra deve ter conheci-
mento das regras e procedimentos para a formação de trem.
8.1.10.
É proibido usar a função “SCAN” dos rádios durante as manobras, bem
como mudar a frequência sem autorização do Agente da Estação ou Ma-
nobrador.
8.1.11.
Durante as operações de manobra, os freios pneumáticos devem ser
aplicados na parte estacionada ou parada da composição, bem como nos
vagões deixados em desvios. Quando os desvios se situarem em rampas,
um grupo suficiente de vagões deve ser calçado de modo apropriado, além
de se aplicarem os freios manuais e o freio pneumático.
8.1.11.1. RESERVADA
8.1.11.2.
É considerado parado durante manobra vagão que estiver sem movi-
mentação em pátio, em período inferior a seis horas. Acima de seis horas,
é considerado estacionado. Em ambos os casos, deve-se constatar que os
freios pneumáticos estão aplicados.
8.1.11.3.
Quando composições forem estacionadas em locais onde há inflexão
no perfil da via, deve-se aplicar o freio manual de vagões posicionados
em ambas as extremidades da composição, conforme tabelas/layout em
procedimentos específicos.
8.1.11.4.
Quando a locomotiva engata em um trem ou vagões, os freios manuais
não devem ser afrouxados até que o sistema de freios a ar se encontre
totalmente carregado.
8.1.11.5.
A soltura dos freios manuais deve acontecer somente após uma aplica-
ção de freio que garanta a manutenção do trem parado.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
8.1.12.
As velocidades máximas em manobras são:
A) Recuando: Velocidade Restrita não superior a 20 km/h.
B) Puxando: Velocidade Restrita não superior a 30 km/h.
C) A velocidade de engate dos veículos não deve exceder 3 km/h e deve-
se esticar os engates para confirmar o acoplamento entre os veículos.
D) Em nenhum caso as velocidades de manobras podem exceder a VMA
da via.
8.1.13.
É proibido movimentar quaisquer veículos que estejam com os freios
aplicados. Compete aos Manobradores (nos pátios) ou à equipagem do
trem (no trecho) verificar as medidas necessárias para se evitar essa anor-
malidade. Casos específicos são descritos em procedimentos.
8.1.13.1.
Antes de engatar ou movimentar vagões parados ou estacionados, o
empregado habilitado responsável deve certificar-se de que a operação
não causará deslocamento indesejado dos veículos.
8.1.14.
Durante as manobras nos pátios, a composição do trem não precisa
seguir a formação de veículos mais pesados ligados à tração, podendo os
vagões serem movimentados intercalados em qualquer ponto da composi-
ção. Casos específicos são descritos em procedimento.
8.1.15.
Antes de efetuar o movimento das locomotivas ou vagões através de
portões ou aberturas similares, deve-se assegurar que eles estejam total-
mente abertos e seus elementos móveis estejam seguramente fixados.
8.1.16.
Manobras de vagões carregados, os quais contenham produtos suscetí-
veis de avarias em consequência de seu deslocamento, devem ser realiza-
das com o máximo de cuidado.
8.1.17.
Durante a execução das manobras, o Manobrador é obrigado a forne-
cer ao Operador de Trens, passo a passo, o sentido de movimentação e a
distância aproximada para a parada da composição. O Operador de Trens
deve repetir as informações para confirmar o perfeito entendimento da
mensagem recebida através do rádio.
8.1.17.1.
O colaborador que está orientando a manobra deve manter o Operador
de Trens informado sobre a distância que falta para a parada/engate, de
modo a não provocar a parada da composição antes do local pretendido,
devido à falta de instruções.
8.1.18.
Em caso de falha de comunicação, o Operador de Trens deve parar a
manobra em até a metade da última distância especificada via rádio, a não
ser que novas instruções tenham sido recebidas.
8.1.19.
Quando a distância para engate ou a parada for igual ou inferior a 10 (dez)
vagões, não é necessário o uso da palavra “câmbio”, sendo obrigatória a
informação da identificação e a distância que falta para a parada ou engate.
8.2.1.
Antes de engatar ou movimentar veículos estacionados, verificar suas
condições de circulação e se não há pessoas nas proximidades deles, a fim
de evitar acidentes pessoais.
8.2.2.
É proibido aos colaboradores se colocarem entre vagões e/ou locomo-
tivas em movimento para executar engates/desengates ou para executar
acoplamento/desacoplamento de mangueiras.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
8.2.3.
Durante as operações de manobra, o Operador de Trens não pode mo-
vimentar a locomotiva e/ou vagões sem a autorização de quem estiver
orientando a manobra.
8.2.3.1.
É proibido transpor composição sem o prévio conhecimento do Opera-
dor de Trens e dos envolvidos na manobra. Nos casos de vagões parados
ou estacionados, a transposição é permitida somente com autorização do
Agente de Estação ou Manobrador.
8.2.4.
Durante a execução das manobras, é expressamente proibido aos execu-
tores da manobra se posicionar nas cabeceiras, para-choques ou sobre as
hastes de engate dos vagões em movimento.
8.2.5.
Durante a execução das manobras, é proibido o uso de telefone celular
ou similar pelos colaboradores envolvidos. Em caso de necessidade do uso
de telefone celular a movimentação deve ser interrompida.
8.3.1.
Manobras e circulação de trens transportando vagões com produtos pe-
rigosos devem obedecer ao Decreto nº 98.973 de 21 de fevereiro de 1990
ou seu substituto, e à Resolução da ANTT nº 2.748 de 12 de junho de
2008 ou a sua substituta.
8.3.2.
É proibido manobrar trens com vagões contendo produtos perigosos,
ressalvadas as manobras para incluir ou retirar tais vagões da composição.
8.3.2.1.
Na hipótese de se tornar imperiosa a manobra do trem, inicialmente
devem ser retirados os vagões com produtos perigosos, que devem ser
mantidos desviados sob vigilância, e somente serão reanexados ao trem
após a conclusão da manobra.
8.3.3.
É proibido desviar vagões contendo produtos perigosos próximo às zo-
nas residenciais ou povoados. Quando desviados, em função de situações
críticas, devem ser continuamente vigiados.
8.3.4.
Vagões com produtos perigosos não devem:
A) Parar ou estacionar ao lado de composição com outros vagões com
produtos perigosos.
B) Parar ou estacionar em locais de fácil acesso público.
C) Parar ou estacionar sobre Passagens em Nível.
8.3.5.
A circulação de trens com vagões contendo produtos perigosos deve ser
realizada com equipagem completa.
8.3.6.
Na circulação de trens com vagões contendo produtos perigosos, tem
que ser evitada a condição de locomotiva comandante de recuo.
8.3.7.
Na formação dos trens que transportem produtos perigosos, devem ser
observadas as seguintes precauções:
A) Na formação dos trens que estejam transportando produtos perigo-
sos, deve haver pelo menos um vagão com produto inerte entre a
locomotiva e os vagões com produtos perigosos.
B) Os vagões que estejam transportando produtos capazes de interagir
de maneira perigosa com aqueles contidos em outros vagões de-
vem estar separados destes por, no mínimo, um vagão com produtos
inertes.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
8.3.8.
Recusar o transporte quando as condições de acondicionamento dos pro-
dutos não estiverem de acordo com as especificações de transporte, apre-
sentar sinais de violação ou mau estado de conservação. Os trens que este-
jam transportando produtos perigosos devem estar acompanhados de toda
a documentação da carga bem como da Ficha de Emergência fornecida pelo
cliente.
8.3.9.
É proibido o uso de engates rotativos em vagões que estejam transpor-
tando produtos perigosos. Os vagões-tanque empregados no transporte
de produtos perigosos devem ser dotados de engates fixos que evitem o
desacoplamento vertical em decorrência de acidentes (Art. 9º da Resolução
nº 2.748, de 12 de junho de 2008, da ANTT).
8.3.10.
Nas inspeções de pátio realizadas antes da viagem (pelo pessoal da ma-
nutenção do material rodante), deve ser verificada a altura dos engates
dos vagões-tanque. Em hipótese alguma, a diferença entre as alturas de
dois engates a serem acoplados pode ser maior que 90 mm. (Art. 10º da
Resolução nº 2.748, de 12 de junho de 2008, da ANTT).
8.3.11.
É obrigatória a fixação de Rótulos de Risco e Painéis de Segurança de
acordo com a NBR-7500, nas partes externas dos vagões.
8.3.12.
O pessoal envolvido no transporte de produtos perigosos deve ser pre-
8.4.1.
Na formação e recomposição de trens com vagões carregados e vazios, a
diferença de peso bruto entre vagões posicionados à frente na composição
e todos os outros posteriores deve ser especificada em procedimentos.
8.4.2.
Não é permitida a formação de trem com qualquer um dos seus vagões
transportando carga fora de gabarito, exceto em casos definidos em pro-
cedimentos específicos.
8.4.3.
Não é permitida a circulação de trem com carga corrida (carga que cor-
reu durante a viagem) e fora de gabarito. Caso ocorra, o vagão deve ser
desviado até o posicionamento da carga.
8.4.4.
Nos pátios e terminais de formação de trens, se ocorrer vagão com carga
irregularmente distribuída, este não deve entrar na composição.
8.4.4.1.
Todo vagão carregado antes de ser anexado em trem deve ter a carga
vistoriada de acordo com o Procedimento de Embarque Ferroviário (PEF)
ou outro procedimento específico.
8.4.5.
Na formação de trens que contenham vagões isolados, deve ser respei-
tado o percentual máximo de 5% da composição, sendo estes intercalados
com agrupamento máximo de 2 vagões isolados, exceto para vagões triais,
em que podem viajar 3 vagões isolados juntos.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
8.4.6.
Em nenhuma hipótese pode ser autorizada a formação de trens com
vagões duais, vagões triais, vagões isolados ou vagões sem freios pneumá-
ticos na cauda da composição.
8.4.6.1.
Na formação de trens em cujo itinerário estiver prevista a inversão da or-
dem da composição, não é permitido o posicionamento de vagão isolado
ligado à locomotiva.
8.4.7.
Só podem trafegar isolados dois vagões juntos, se protegidos na cauda,
no mínimo, por número igual de vagões com freio eficaz. Exceto para
vagões triais, quando isolados os três vagões da unidade e destinados ne-
cessariamente à manutenção após vazios, que devem ser protegidos na
cauda por no mínimo três vagões com freio eficaz.
8.4.8.
Antes de serem anexados a um trem, equipamentos de manutenção
de via permanente, veículos para aferição de balança de plataforma (não
automática), veículos com carga cuja dimensão aproxima-se do limite má-
ximo estabelecido pelo gabarito, guindastes de socorro, ou outros veículos
que necessitem de cuidados especiais ou possuam restrições de velocida-
de, devem ser vistoriados por empregado habilitado.
8.4.9.
Todas as mangueiras de acoplamento dos vagões e locomotivas, quando
livres, devem ter seus bocais acoplados nos engates cegos (suportes), a fim
de evitar entrada de impurezas e danos por arrasto e reduzir ao mínimo as
flexões dos tubos de borracha, aumentando assim sua vida útil. Exceção
é permitida para os vagões e locomotivas que estiverem envolvidos em
manobras, desde que a mangueira não se arraste.
8.4.10.
É terminantemente proibida a dobra das mangueiras de acoplamento.
8.4.11.
A circulação de trens de serviço e com equipamentos especiais sobre va-
gão deve ser feita de acordo com procedimento específico, a ser definido,
conforme a formação destes.
8.4.12.
A circulação de trens com vagões com restrições deve ser feita de acordo
com procedimento específico, a ser definido, conforme a formação destes.
8.4.13. RESERVADA
8.4.14.
A formação de trens que trafega em mais de uma ferrovia, deve respeitar
os requisitos mais restritivos de formação.
8.5. RESERVADA
8.7.1. RESERVADA
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
8.7.2. RESERVADA
8.7.3.
É permitida a manobra e circulação de locomotivas de recuo em mo-
nocondução, em pátios e terminais, desde que o Maquinista tenha visi-
bilidade da via, dos marcos, dos trechos de linha livre e conhecimento
das condições dos AMVs. A operação deve ser realizada com permanen-
te comunicação via rádio entre o Maquinista e o colaborador que estiver
orientando a manobra.
8.7.3.1.
Em casos de locomotiva circulando de recuo ou de frente com mais de
um colaborador habilitado dentro dela, a responsabilidade em observar
AMVs, limites de marcos, PNs, etc., é daquele colaborador que tiver visão
no lado favorável da curva e em linha reta do Maquinista (que deve solici-
tar ajuda do outro colaborador habilitado que estiver presente).
8.7.3.2.
Locomotiva circulando de recuo somente com um Maquinista:
A) Sempre que a curva for favorável (tiver visão) para o Maquinista, este
é responsável em verificar a posição correta dos AMVs, limites de
marcos, PNs, etc. Em caso de dúvidas, parar para verificar a correta
posição do(s) AMV(s).
B) Quando a curva for desfavorável (não tiver visão) para o Maquinista,
este notifica o colaborador que está orientando a manobra da con-
dição existente e, se autorizado a circular, a responsabilidade será do
colaborador que está orientando a manobra, o qual deve garantir a
posição correta dos AMVs e livres os limites de marcos.
C) O colaborador que está orientando a manobra pode solicitar ao Ma-
quinista que pare a movimentação da manobra e verifique a correta
posição do(s) AMV(s), para então prosseguir a operação.
8.7.3.3.
Locomotiva circulando de frente somente com um Maquinista: O Ma-
quinista é responsável por verificar a posição correta dos AMVs, limites de
marcos, PNs, etc., devendo parar diante de qualquer anormalidade verifi-
8.7.4.
Em locais onde existir procedimento específico é permitida a cobertura
de recuo de trem com uso de câmera de vídeo ou binóculos, desde que
o colaborador habilitado responsável pela cobertura tenha plena visibili-
dade da cauda, das condições da via e dos AMVs a serem transpostos.
Nesse caso, não é obrigatória a presença física na cauda da composição
do colaborador habilitado responsável pela operação. A operação deve
ser realizada com permanente comunicação via rádio entre o Operador de
Trens e o colaborador habilitado responsável pela cobertura do recuo. Nos
recuos sobre Passagens de Nível deve haver cobertura presencial, conforme
regra 8.7.1.B.
8.8.1.
Nos pátios de formação, terminais de carga e descarga, as equipes de
inspeção de vagões são responsáveis pela vistoria da composição e posicio-
namento das torneiras retentoras de alívio e de dispositivo vazio/carregado
de acordo com os procedimentos operacionais.
8.8.2.
Nos locais onde não existam equipes de conserva, o trabalho de vistoria
da composição é feito pela equipagem do trem ou por equipe habilitada.
8.8.3.
Após a formação do trem, é obrigatória a execução do teste de cauda,
com a participação do Maquinista e de outro empregado habilitado.
8.8.4.
No caso do material rodante apresentar medidas fora dos parâmetros
vigentes, cabe à área técnica de manutenção da ferrovia responsável pelo
veículo ferroviário determinar o destino do veículo, informando à estação
as restrições operacionais e de velocidade, quando houver.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
8.9.1.
Sempre que possível, devem ser evitadas as manobras em locais de exis-
tência de PN. Quando for inevitável executar manobras em tais locais, elas
devem ocorrer no menor tempo possível de interrupção da passagem de
pedestres e/ou de veículos.
8.9.2.
Manobra com ocupação intermitente da PN somente é possível com o
estabelecimento de vigilância na PN, cujo responsável fará a sinalização
necessária para pedestres e motoristas e dará, quando houver segurança
para tal, a autorização para que o Maquinista movimente a composição
no sentido da PN. Entre ocupações da PN, e quando a situação o exigir,
deve ser concedido tempo para o escoamento do movimento de veículos
e pedestres.
8.9.3.1.
Quando houver necessidade do fracionamento da composição, as ex-
tremidades das partes fracionadas mais próximas da PN devem guardar a
distância mínima de 15 metros.
8.9.3.2.
O fechamento da composição somente é permitido depois de estabeleci-
da a vigilância na PN, cujo responsável, após interromper o movimento de
pedestres, veículos e conseguir a segurança necessária, dará ao Maquinista
a autorização para que a composição seja movimentada para ocupar a
Passagem de Nível.
8.9.3.3.
Em qualquer situação em que uma composição tenha permanecido pa-
rada sobre uma PN, o Maquinista somente pode movimentar a referida
composição após tomar as seguintes providências:
A) Quando for destacada vigilância durante a manobra, após autoriza-
ção do responsável destacado para fazer a segurança na PN.
B) Quando não tiver sido destacado responsável para fazer a segurança
na PN, o Maquinista deve tomar as seguintes providências:
• Emitir sinal longo de buzina para alertar pedestres e motoristas.
• Decorrido um tempo de 10 segundos, emitir novo sinal longo de
buzina e colocar o trem em movimento.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
09 Licenciamento e Circula-
ção de Trens
9.1.1.
Em trecho não dotado de CTC, nenhum trem pode entrar em seção de
bloqueio sem autorização do Controlador de Tráfego Central ou Controla-
dor de Tráfego Local.
9.1.2.
Em qualquer trecho (sinalizado ou não), a circulação de mais de um trem
no mesmo bloqueio será permitida somente em VELOCIDADE RESTRITA
para os casos em que seja necessário socorrer trem avariado ou aciden-
tado, trabalhos na via, manobras, anexação ou desanexação de auxílios
e estacionar trens em linhas ocupadas. A circulação simultânea de trens
no mesmo sentido é permitida somente em VELOCIDADE RESTRITA para
aproximar trens (no mesmo bloqueio) ou otimizar a circulação em até dois
bloqueios.
9.1.2.1.
Nestes casos o Controlador de Tráfego Central ou Controlador de Tráfe-
go Local procederá da seguinte forma:
1- Em trecho sinalizado: comandará o sinal RESTRITIVO (vermelho pis-
ca) e notificará o operador do trem. Não haverá necessidade de no-
tificar o operador do trem para os casos de manobras, anexação/
desanexação de auxílios e circulação de trens no mesmo sentido.
9.1.2.2.
Quando a circulação de trens no mesmo bloqueio se der em sentido
contrário, os Operadores de Trens deverão ser notificados (via rádio) desta
circunstância, sendo que o trem à frente (o primeiro trem que ocupou o
bloqueio) deverá estar parado. Em trecho sinalizado o trem será autoriza-
do a circular em Ordem de Avanço (ver regra 9.8.13).
9.1.2.3.
Outros casos específicos envolvendo ocupação simultânea de trens no
mesmo bloqueio ou a forma de fazê-los serão descritos em procedimentos
específicos.
9.1.3.
Nenhum trem pode ser movimentado sem ter recebido o sinal ou licen-
ciamento.
9.1.4.
O Operador de Trens é responsável por todos os deveres inerentes à
condução do seu trem.
9.1.5.
Um trem autorizado a circular numa seção de bloqueio não pode parar,
exceto quando autorizado ou em caso de emergência e, neste caso, o
Operador de Trens deve comunicar-se imediatamente com o Controlador
de Tráfego.
9.1.6.
Quando um trem não puder prosseguir por qualquer motivo e for obri-
gado a recuar, somente iniciará tais movimentos em VELOCIDADE RES-
TRITA e quando autorizado pelo Controlador de Tráfego, com a devida
proteção de cauda ou de acordo com procedimento específico.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
9.1.7.
A velocidade máxima autorizada (VMA) não pode ser ultrapassada.
9.1.8.
Nenhum trem pode deixar o pátio de cruzamento antes de constatar a
chegada do trem com o qual irá cruzar devidamente completo. Caso não
tenha cauda conferida, o Controlador pode autorizar circulação do trem
com VELOCIDADE RESTRITA.
9.1.9.
Salvo indicação em contrário dada por um sinal fixo ou regra específica
(Velocidade Máxima Autorizada), os trens devem circular com velocidade
REDUZIDA em todas as linhas que não sejam as principais.
9.1.10.
Fora do trecho CTC, nos pátios com Agentes de Estação e/ou Manobra-
dores, os trens entrarão sob orientação destes, conforme regra 8.1.1.
9.1.11.
Quando não houver Manobrador de serviço, as máquinas de chave de
entrada e saída dos pátios podem ser operadas pelo Agente de Estação ou
por um membro da equipagem do trem, ou pessoa treinada e habilitada
para essa atividade.
9.1.12.
Nenhum trem pode entrar num pátio por linha diferente da determinada
pelo Controlador de Tráfego (nas linhas controladas pelo CCO), Agente de
Estação ou Manobrador (nas linhas controladas pelo pátio).
9.1.13.
Salvo em casos de acidentes, as linhas destinadas ao cruzamento de
trens, dentro dos limites da estação, devem ser mantidas livres. Quando a
ocupação das linhas for exigida por quaisquer circunstâncias, o Controla-
dor de Tráfego deve autorizar a ocupação.
9.1.14.
Quando um trem, circulando em trecho de linha dupla, entrar em emer-
gência, o Operador de Trens deste trem deve entrar em contato imediato
com o Controlador de Tráfego, que imediatamente avisará aos Operadores
de Trens de outros trens que estiverem circulando nas seções de bloqueio
adjacentes para prosseguirem com VELOCIDADE RESTRITA.
9.1.15. RESERVADA
9.1.16.
A circulação de trens em trecho com suspeita de trilho quebrado pode ser
autorizada pelo Controlador de Tráfego, devendo o Operador de Trens ser
orientado por rádio sobre essa condição. A circulação de trens nesta con-
dição deve ser feita com velocidade restrita não superior a 15km/h. Caso o
Operador de Trens consiga visualizar a fratura, ele só pode trafegar sobre o
trilho quebrado com autorização do pessoal da manutenção.
9.1.17.
Quando for necessário o uso de locomotivas auxiliares para a assistência de
um trem, a equipagem do trem auxiliado estará encarregada da operação.
9.1.18.
A entrada ou saída de veículos rodoferroviários ao longo da via devem
ser feitas mediante a autorização do Controlador de Tráfego. Em caso de
retirada do veículo rodoferroviário da linha, o Operador de Trens deve,
imediatamente, avisar ao Controlador de Tráfego que a via está livre.
9.2. RESERVADA
9.3.1.
Qualquer veículo que trafegar na malha ferroviária deve estar com o
rádio funcionando perfeitamente.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
9.3.2.
O licenciamento via rádio deve ser entre dois marcos quilométricos, ou
pátios, onde o Operador de Trens deve receber novas instruções, podendo
ser estendidos a trechos mais longos.
9.3.3.
Deve ser utilizado em trechos não sinalizados, com sinalização inoperan-
te ou seções bloqueadas pelo Controlador de Tráfego.
9.3.4.
O Operador de Trens é responsável pela verificação das posições e mani-
pulação dos AMVs, de acordo com a licença recebida, bem como conferir
e informar o número completo do vagão cauda da composição, ou placa
de completo com o qual seu trem está cruzando.
9.5. RESERVADA
9.6. RESERVADA
9.7. RESERVADA
9.8.1.
A circulação dos trens nos trechos com CTC é controlada pelo Contro-
lador de Tráfego. Os sinais devem ser operados com antecedência, para
evitar que os trens venham a sofrer paradas desnecessárias.
9.8.2.
Quando um trem for parado por sinal (semáforo) apresentando uma
indicação de PARE, o Operador de Trens deve entrar em contato com CCO
e obedecer as suas instruções.
9.8.3.
As operações de manobras de pátios, em linhas dotadas de CTC, são
autorizadas pelo Controlador de Tráfego e efetuadas pela equipagem, Ma-
nobrador ou Agente de Estação e deve ser cumprido o tempo acordado
com o Controlador. O Controlador de Tráfego deve ser avisado, após o
término da manobra.
9.8.4.
O Controlador de Tráfego deve ser avisado de qualquer condição que
possa atrasar um trem ou impedir sua circulação com velocidade normal.
9.8.5.
Todos os sinais com indicação de PARE são absolutos, isto é, somente
podem ser avançados quando o Operador de Trens tiver recebido ordens
expressas nesse sentido, dadas pelo Controlador de Tráfego.
9.8.6.
O Controlador de Tráfego, ao conceder intervalos em uma ou mais se-
ções de bloqueio, com ou sem veículos, deve tomar as medidas necessárias
de segurança.
9.8.7.
Se os sistemas CTC forem interrompidos ou declarados inoperantes, os
trens devem circular autorizados por instruções dadas pelo Controlador de
Tráfego, de acordo com este regulamento.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
9.8.8.
Todos os trens, incapazes de provocar ocupação constante no circuito de
via, estão proibidos de circular no território sinalizado. Se, porventura, al-
gum trem apresentar este defeito, o Controlador de Tráfego deve ordenar
a imediata retirada do trem para o desvio não sinalizado mais próximo, ou
a parada total do trem (com a devida segurança) até que ele seja rebocado
por outro trem em condições de circulação.
9.8.9.
Nos trechos sinalizados, os trens circularão controlados pelos aspectos
dos sinais, obedecendo às faixas de velocidade correspondentes a cada
aspecto. Em caso de o sistema ficar inoperante, a circulação dos trens é
comandada pelo Controlador de Tráfego.
9.8.10.
Um sinal impreciso, apagado, ou a falta de um sinaleiro é considerado
como sinal de PARE. O Operador de Trens comunicará tal condição ao Con-
trolador de Tráfego e obedecerá às instruções que este lhe der.
9.8.11.
O empregado autorizado a dar ordens à circulação dos trens, em trechos
dotados de CTC, é o Controlador de Tráfego.
9.8.12.
Todo sinal cruzetado somente pode ser ultrapassado mediante instrução
especial para o mesmo ou por orientação do Controlador de Tráfego.
9.8.13.1.
Para a entrada em pátios, após a concessão da ordem de avanço de
9.8.13.1.1.
Caso o Controlar de Tráfego não receba indicações de posição de chave
e/ou não consiga movimentar as chaves (sistema de sinalização inoperan-
te), a ordem de avanço de sinal deve ser feita da seguinte forma:
A) Se a chave não estiver posicionada para seu sentido de circulação,
deve o Operador de Trens “pisar” a seção detetora com o rodeiro
dianteiro do primeiro veículo ferroviário, descer do veículo ferro-
viário, posicionar manualmente a chave para a rota determinada,
verificar a perfeita vedação da agulha no encosto, motorizar a cha-
ve, retornar ao veículo ferroviário e prosseguir circulação, conforme
combinado com o Controlador de Tráfego.
B) Se a chave estiver posicionada para o seu sentido de circulação, deve
o Operador de Trens “pisar” a seção detetora com o rodeiro dian-
teiro do primeiro veículo ferroviário, descer do veículo ferroviário,
confirmar o posicionamento da chave, verificar a perfeita vedação
da agulha no encosto, retornar ao veículo ferroviário e prosseguir
circulação, conforme combinado com o Controlador de Tráfego.
Após a parada do trem em trechos de descida de serra, antes de movi-
mentar o trem, o Maquinista deve operá-lo conforme o(s) procedimento(s)
para início de circulação. Na impossibilidade de efetuar a parada do trem
antes da chave, o fato deve ser comunicado ao CCO conforme regra 4.3.14
9.8.13.1.2.
Caso o Controlador de Tráfego receba indicações de posição de chave
e consiga movimentar as chaves e caso a chave já esteja posicionada para
seu sentido de circulação, a ordem de avanço de sinal deve ser feita da
seguinte forma:
A) O Controlador de Tráfego deve comandar a movimentação da(s) cha-
ve(s) conforme sua necessidade de circulação.
B) O Controlador de Tráfego deve observar em seu painel (monitor)
a indicação enviada pelo campo de posicionamento da(s) chave(s)
conforme seu(s) comando(s).
C) O Controlador de Tráfego deve solicitar ao Operador de Trens que
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
9.8.13.2.
Para a saída de pátios, o Operador de Trens, após receber ordem de
avanço do sinal de partida dado pelo Controlador de Tráfego, deve avançar
na seção detetora até atingir o cruzamento (jacaré) com o rodeiro diantei-
ro da primeira locomotiva e:
9.8.13.2.1
Caso a chave não esteja posicionada para seu sentido de circulação, deve
então descer da locomotiva, posicioná-la manualmente, verificar a perfeita
vedação da agulha no encosto, motorizar a chave, retornar à locomotiva e
prosseguir circulação, conforme combinado com Controlador de Tráfego.
9.8.13.2.2
Caso a chave já esteja posicionada para seu sentido de circulação, deve
então verificar a perfeita vedação da agulha no encosto e prosseguir circu-
lação, conforme combinado com Controlador de Tráfego.
9.8.13.3.
Quando do avanço de um sinal o Controlador de Tráfego tiver certeza de
que o trecho a ser percorrido pelo trem está livre, pode autorizar sua cir-
culação com VMA, informando ao Operador de Trens o motivo da licença,
respeitadas as restrições de velocidade que porventura existam no trecho.
9.8.13.4.
Quando houver interrupção do sistema de sinalização ou ocupação no
circuito de via, o trem deve circular com VELOCIDADE RESTRITA até o pró-
ximo sinal, incluindo os sinais automáticos, ou ponto determinado pelo
Controlador de Tráfego.
9.8.13.5.
As ordens de AVANÇO DE SINAL devem ser dadas diretamente pelo Con-
trolador de Tráfego ao Operador de Trens, e elas devem ser repetidas, para
sua plena compreensão. Para tanto são usados os padrões de comunica-
ção contidos neste regulamento.
9.8.13.6.
Qualquer aspecto de sinal recebido no campo em situação de ORDEM
DE AVANÇO deve ser desconsiderado, devendo o Operador de Trens cum-
prir integralmente a licença verbal expedida pelo Controlador de Tráfego.
9.8.13.7.
Quando o Operador de Trens receber uma ordem de avanço em tre-
cho com Passagem de Nível com sinalização automática, ele deve respeitar
a velocidade máxima sobre a Passagem de Nível, de 15 km/hora, até a
passagem da locomotiva comandante, retomando à velocidade da licença
recebida.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
9.8.13.8.
Após a autorização do Controlador de Tráfego, cabe ao Operador de
Trens do trem que estiver se aproximando de veículos parados fazer con-
tato com o outro Operador de Trens para combinar a aproximação, pres-
tando atenção no sentido da quilometragem, no comprimento do trem
parado.
9.8.13.9.
O Controlador de Tráfego pode autorizar a circulação de veículos da via
permanente (lastro, socadora, auto de linha, outros) na cauda de trem,
logo após a sua passagem, obedecendo às instruções abaixo, nesta ordem:
A) Receber a programação do Operador de Trens (local, atividade e a
duração do intervalo solicitado).
B) Se a programação for aceita, antes de autorizar o avanço do veículo,
o Controlador de Tráfego deve solicitar ao Operador de Trens do trem
à frente a posição quilométrica exata em que este se encontra.
C) Uma vez autorizado o avanço do veículo de via, em hipótese alguma
o trem à frente pode efetuar recuos. Caso o Operador de Trens do
trem à frente tiver que parar por qualquer motivo, deve imediata-
mente avisar o Controlador de Tráfego desta situação, que notificará
o Operador de Trens do veículo de via.
D) Fazer a comunicação de ordem de avanço, autorizando o veículo de
via a circular com VELOCIDADE RESTRITA.
E) O Operador de Trens do veículo de via deve observar todas as dispo-
sições do item 9.8.13 deste regulamento.
F) O Operador de Trens deve alertar a todos os integrantes do veículo
de via sobre a ordem de avanço, antes de iniciar a circulação e certi-
ficar-se de que estes estão cientes da condição de circulação.
G) O Operador de Trens deve cumprir procedimento específico para este
tipo de circulação quando houver.
9.9. RESERVADA
9.10.1.
A circulação de trens em trecho não sinalizado deve ser feita através de
licença via rádio, via telefone conforme descrito neste regulamento.
9.10.2.
Em caso de cruzamento em pátios desprovidos de sinal azul, o Operador
de Trens do trem parado deve garantir a posição de chave alinhada e tra-
vada para o trem que vai entrar na outra linha.
9.10.3.
Durante a circulação de trens em trecho dotado de AMV não sinalizado,
o Operador de Trens deve aproximar-se do trecho com o trem em VELO-
CIDADE RESTRITA e somente prosseguir viagem após confirmar o posi-
cionamento favorável da chave (travada) para o sentido de circulação do
trem. Nos casos em que a chave estiver travada, porém sem o cadeado, o
Operador de Trens deve prosseguir viagem e informar ao Controlador de
Tráfego responsável pelo trecho, solicitando reposição do mesmo.
9.11.1.
Ao parar nos pátios para efetuar cruzamentos, o Operador de Trens deve
parar seu trem a uma distância nunca inferior a 50 metros do marco de
referência, exceto nos pátios com dimensões limitadas.
9.11.2.
Durante o cruzamento de trens, o Operador de Trens do trem que estiver
parado é responsável pela observação da passagem do trem em movimen-
to no que se refere às possíveis irregularidades, que devem ser comunica-
das imediatamente ao Controlador de Tráfego.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
9.11.3.
Nos trechos não sinalizados, o Operador de Trens deve informar ao Con-
trolador de Tráfego a chegada dos trens nos pátios e em caso de cruza-
mentos, informar o número completo do vagão cauda do outro trem que
estiver cruzando.
9.11.4.
Nos trechos com sinalização inoperante, ao fazer o cruzamento de trens,
o Controlador de Tráfego deve solicitar ao Operador de Trens a conferência
do número completo do vagão cauda com o trem que estiver cruzando.
9.11.5.
Nos trechos com Controle de Tráfego Local, ao fazer cruzamento de
trens, o Operador de Trens deve informar ao Agente de Estação ou seu
preposto a conferência do número completo do vagão cauda com o trem
que estiver cruzando.
9.12.1.
A execução das medidas de proteção dos trens é de responsabilidade
dos seus Operadores de Trens.
9.12.2.
A parada de um trem, por um motivo qualquer, que impossibilite sua
locomoção, deve ser comunicada imediatamente ao Controlador de Trá-
fego. As medidas mais práticas e seguras para cada situação são definidas
de comum acordo entre o Controlador de Tráfego e o Operador de Trens.
9.12.3.
Caso a parada do trem afete a segurança dos demais trens, o Operador
de Trens terá de comunicar ao Controlador de Tráfego, que avisará aos
trens afetados. Caso tenha que ficar uma parte do trem estacionada, esta
terá que receber medida de segurança necessária para aquele local.
9.12.4.
A informação precisa do quilômetro onde ficará o trem ou parte dele
contribuirá para a segurança de qualquer veículo ferroviário que tenha de
circular em VELOCIDADE RESTRITA até aquele local.
9.12.5.
Se qualquer parte de uma composição ou a locomotiva atravessar um
sinal indicando PARE, o Operador de Trens comunicará imediatamente ao
Controlador de Tráfego como EMERGÊNCIA e, após entendimento com o
Controlador de Tráfego, caso necessário, providenciará a proteção à frente
deste trem.
9.13.1.
Quando for efetuar a pesagem em uma via onde tenha uma balança, o
Operador de Trens não pode ultrapassar a velocidade máxima especificada
em procedimento ou sinalização local.
9.13.2.
Quando não for efetuar a pesagem, a velocidade de passagem sobre a
balança é a VMA permitida no pátio ou terminal.
9.14. RESERVADA
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
9.16.1.
Qualquer colaborador que verifique qualquer defeito ou falha no siste-
ma de proteção de Passagem de Nível deve, imediatamente, comunicar o
fato ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
9.16.2.
No Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local, a pessoa
que receber tal comunicação deve, imediatamente, acionar a manutenção
para que seja corrigido o defeito ou a falha e dar ciência ao Controlador de
Tráfego Central ou Controlador de Tráfego Local. Este, por sua vez, se hou-
ver algum trem se aproximando da PN, urgentemente, avisará o Operador
de Trens do referido trem, o qual deve se cercar dos cuidados de segurança
necessários em decorrência da situação que lhe foi informada.
10.1.
Os trabalhos de manutenção de campo que impliquem na obstrução
das linhas de circulação, dos pátios, ou alteração das condições normais
do sistema de sinalização e comunicação, além de outros serviços que
influenciem negativamente no tráfego de trens, não devem ser executados
sem prévia autorização do Controlador de Tráfego ou Agente de Estação.
Deve ser garantido um meio de comunicação.
10.2.
Os intervalos de manutenção programados com o CCO devem ser ri-
gorosamente cumpridos. Na ocorrência de algum imprevisto que possa
alterar o tempo programado, o Controlador de Tráfego deve ser avisado
imediatamente, inclusive com o motivo da alteração.
10.3.
O deslocamento e a utilização de máquinas e equipamentos leves da via
permanente ao longo da via somente devem ser executados após autoriza-
ção do Controlador de Tráfego.
10.4.
Toda placa de “PARE e SIGA” deve estar sob a vigilância de um emprega-
do qualificado da manutenção.
10.5.
Antes que a linha seja efetivamente interrompida, deve ser providencia-
da pelo responsável no campo a proteção do trecho por meio de placas de
sinalização e por “shunt” nos trechos sinalizados.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
10.6.
Em caso de tempo concedido para serviços de manutenção na via per-
manente em que se faça necessária a interdição da via, o Controlador de
Tráfego deve, obrigatoriamente, bloquear o trecho correspondente, por
meio dos recursos disponíveis.
10.6.1.
Nos pátios com recursos disponíveis para bloquear o trecho em manu-
tenção, o Controle de Tráfego Local deve providenciar a proteção.
10.7.
No trecho de linha interrompido para manutenção, a movimentação de
trens é de inteira responsabilidade do encarregado pelo serviço de campo
e do Operador de Trens, que não pode ultrapassar o limite preestabelecido
pelo Controlador de Tráfego, Agente de Estação ou Manobrador.
10.8.
Qualquer restrição de velocidade imposta a um determinado trecho é de
responsabilidade da equipe de manutenção do campo, inclusive a fixação
e a retirada das placas de advertência e regulamentação correspondentes.
10.9.
É expressamente proibida a invasão do espaço aéreo (a exemplo de lança
de guindastes) ou do gabarito das linhas, sem a devida autorização do
Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local. O encarregado
responsável pelos serviços deve obter autorização e proteger o local com
placas de sinalização.
10.10.
Os serviços de ronda na via permanente devem ser executados com o
máximo de cuidado, estando sempre atento à circulação de trens. Para
essa atividade não há a necessidade de uso de sinalização de campo.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
11.1.
Todos os gestores devem garantir que os colaboradores da Ferrovia e de
empresas contratadas e terceirizadas sob sua gestão tenham conhecimen-
to dos riscos ocupacionais e ambientais contidos nos Levantamentos de
Perigos e Danos e Levantamentos de Aspectos e Impactos assim como as
medidas de controle a serem adotadas dos referidos riscos antes de realizar
suas atividades.
11.2.
Todos os colaboradores a serviço da Ferrovia devem cumprir as medidas
de controle a serem adotadas constantes nos Levantamentos de Perigos e
Danos e Levantamentos de Aspectos e Impactos dos riscos ocupacionais e
ambientais no exercício de suas atividades.
11.3.
É proibido sentar-se em qualquer parte da estrutura da linha, bem como
andar sobre o boleto do trilho. É permitido pisar no boleto do trilho desde
que tenha pelo menos uma das mãos apoiadas em uma estrutura fixa,
verificando as condições de segurança do local.
11.4.
Todos os colaboradores devem comunicar situações de riscos identifica-
das na execução de suas atividades para o seu gestor imediato ou para a
área de SMS da Ferrovia.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
12.1.2. DO CCO
A) Receber do Operador de Trens todas as informações sobre o aciden-
te, inclusive riscos potenciais para os envolvidos no atendimento,
conforme o procedimento vigente.
B) Comunicar imediatamente a ocorrência do acidente às seguintes
áreas: Plantão da Mecânica, Via Permanente, Eletroeletrônica e Ope-
ração do núcleo correspondente, para que possam providenciar os
recursos necessários para atendimento
C) Providenciar junto ao pessoal de campo a cobertura do local obs-
truído na linha, em ambos os sentidos, com fixação de placas de
advertência, conforme estabelecido no presente regulamento, e que
passará a ser ponto de referência para o envio de recursos.
D) Em casos de acidentes envolvendo pessoas, providenciar o meio mais
rápido possível de socorro aos acidentados, informando as áreas
competentes, conforme procedimento vigente.
E) Priorizar a circulação de veículos que trafegarem para atendimento
ao acidente ou obstrução da linha.
F) Somente autorizar a movimentação da composição envolvida no
acidente após o Operador de Trens verificá-la e a via permanente
observar as condições da linha e liberá-la para a circulação.
G) Caso o acidente ocorra em trechos com linhas adjacentes, somente
permitir a circulação por estas linhas depois de ter sido inspecionado
e certificado que estas estão em condições normais para circulação.
H) Providenciar para que, quando da liberação do trecho acidentado,
todos os trens que estiverem retidos estejam em plenas condições de
circulação.
12.1.3. DA MANUTENÇÃO
A) A composição do trem de socorro deve estar sempre pronta para
atendimento imediato de qualquer acidente, sempre que solicitado.
B) A velocidade do trem de socorro deve seguir o procedimento vigente
de VMA e pode ser reduzida através de entendimentos entre o res-
ponsável pelo trem de socorro e o Inspetor de Operação de Trens, de
acordo com os equipamentos a serem transportados e os trechos a
serem percorridos.
12.2. ATROPELAMENTO
12.2.1. DE PESSOAS
A) Em caso de atropelamento com vítimas, o Operador de Trens deve
parar o trem e avisar imediatamente o Controlador de Tráfego, que
acionará serviço de socorro e as áreas competentes da Ferrovia, de
acordo com a necessidade da ocorrência e procedimentos em vigor.
B) No caso de solicitação da autoridade policial para comparecimento
imediato do Operador de Trens até a Delegacia para depor, este não
pode se negar a fazê-lo, desde que esteja acompanhado pela Segu-
rança Patrimonial da Ferrovia, advogado ou outro colaborador da
empresa. Porém só deve deixar o local da ocorrência com a chegada
de substituto ou representante da Ferrovia para a guarda do trem.
Em hipótese alguma o Operador de Trens deve se negar a prestar
depoimento, sob alegação de que só o fará em juízo.
C) O Operador de Trens só pode movimentar o trem após sua liberação
pela autoridade policial ou a Segurança Patrimonial da Ferrovia e
após contato com o Controlador de Tráfego.
D) Sempre que o colaborador envolvido em acidente com vítimas re-
ceber notificação da autoridade policial ou judicial, deve entrar em
contato imediatamente com o setor jurídico da Ferrovia.
12.2.2. DE ANIMAIS
Em caso de atropelamento de animais na linha, o Operador de Trens
avisa ao Controlador de Tráfego, que toma as providências necessárias.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
PLACAS DE REGULAMENTAÇÃO
C) Denominação: Buzine
Significado: O Operador de Trens é obrigado a emitir sinal
sonoro (apito, buzina, sirene) para alertar pessoas, ani-
BUZINE mais ou veículos.
Utilização: Nos locais onde é obrigatório buzinar.
Validade: Local.
Natureza: Temporária ou Permanente.
Distância: Variável, conforme a regra específica de buzina.
Formato: Quadrado.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
20
Significado: Velocidade Máxima Autorizada em km/h
para o trecho. A VMA indicada na placa pode variar pelas
condições estruturais da via ou operacionais.
Utilização: Na via de circulação esta placa deve ser pre-
cedida de uma placa de advertência (Reduzir Velocidade)
ou uma placa de obras (Reduzir Velocidade), exceto em
pátios de manobras, onde o operador deve ter conheci-
mento prévio da VMA.
Validade: Local, até encontrar uma placa de reassuma ve-
locidade ou outra placa com VMA maior.
Natureza: Permanente ou temporária.
Distância: 200 metros antes do local onde os trens devem
obedecer ao indicado na placa.
Formato: Quadrado.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
K) Limite de Manobra
lm
Significado: Limite de Manobra. Indica o ponto máximo
em que o Operador de Trens pode circular com o veículo,
quando em manobra no pátio. Em via de circulação não
sinalizada, deve ser utilizada em conjunto com a Placa
“PARE CONSULTE ESTAÇÃO”. Pode ser utilizada interna-
mente nos pátios ou na interface com clientes.
Utilização: Nos locais onde são realizadas manobras.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: No limite da manobra.
Formato: Quadrado.
80 ferenciada
Significado: VMA para trem de passageiro (em cima) e
50
para trem de carga (em baixo).
Utilização: Nos locais onde os trens devem circular com a
VMA indicada na placa.
Validade: Local, até encontrar uma placa de Reassuma
Velocidade.
Natureza: Permanente ou Temporária.
Distância: 200 metros antes do local onde os trens devem
obedecer ao indicado na placa.
Formato: Quadrado.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
90
para...
Significado: VMA para trem específico.
Utilização: Nos locais onde os trens específicos devem cir-
automotriz
cular com a VMA indicada na placa.
Validade: Local, até encontrar uma placa de Reassuma
Velocidade.
Natureza: Permanente ou Temporária.
Distância: 200 metros antes do local onde os trens devem
obedecer ao indicado na placa.
Formato: Quadrado.
PLACAS DE ADVERTÊNCIA
L-1
Significado: Conserve-se atento, pois a linha especifi-
cada na placa encontra-se interditada para circulação
de trens.
impedida
Utilização: Em linhas desviadas de pátios ou terminais
Validade: Local, somente para a linha indicada na placa.
Natureza: Temporária.
Distância: Entre os trilhos da linha indicada na placa,
paralela ao marco dos AMVs de entrada da linha. Ha-
vendo travessão de acesso à linha, este também deve
estar sinalizado.
Formato: Quadrado.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
PN
Significado: Travessia rodoviária pública ou travessia de
pedestres à distância especificada na placa.
Utilização: Antes de travessias rodoviárias ou de pe-
a 500 mts
destres.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: Indicada na placa em ambas as direções.
Formato: Quadrado.
D) Denominação: Estação
Significado: Mantenha-se atento, proximidade de es-
tação.
Utilização: Antes de estações onde os Operadores de
Trens necessitem estabelecer contato via rádio.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: 500 metros antes da chave de entrada em
ambas as direções.
Formato: Quadrado.
F) Denominação: Túnel
Significado: Existência de túnel na distância indicada
na placa. Os trens não necessitam diminuir a velocidade
e somente fazem uso da buzina na sua aproximação.
a 500 mts
Utilização: Nos locais onde todos os trens devem fazer
uso da buzina para alertar pessoas ou animais da apro-
ximação do trem.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: Indicada na placa em ambas as direções.
Formato: Quadrado.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
1
Significado: Adverte para uma contagem regressiva
antes de uma área crítica ante uma condição. As nu-
merações iniciam em 5 com contagem regressiva.
Utilização: Antes de locais críticos.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: De 100 em 100 metros antes do local crítico.
Formato: Quadrado.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
PLACAS DE INDICAÇÃO
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
Natureza: Permanente.
Distância: Junto ao AMV com travador elétrico.
Formato: Quadrado.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
L-1
L-1
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
PLACAS DE OBRAS
L-1
metros à frente do trem e parar no mínimo a 50 me-
tros da placa vermelha de PARE, instalado no eixo da
linha. Observação: Ao aproximar-se do local onde deve
estar a placa vermelha PARE, caso encontre a placa ver-
de SIGA, o Operador de Trens pode prosseguir sem a
parada total do trem.
Utilização: Em locais com interdição de circulação de
trens.
Validade: Local.
Natureza: Temporária.
Distância: 1200 metros antes da interdição da via.
Formato: Quadrado.
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
20
primir velocidade máxima igual à indicada pela placa.
Utilização: Nos locais onde todos os trens devem co-
meçar a diminuir velocidade.
Validade: Local.
Natureza: Temporária
Distância: 1200 metros antes do local onde os trens
devem obedecer a VMA indicada na placa.
Formato: Quadrado.
PLACAS DE INFORMAÇÃO
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
B) Livre limitado
D) Reservada
E) Reduzido limitado
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
F) Parada
Significado: Pare.
G) Limitado livre
H) Restritivo
Significado:
1. Em trecho de CTC, prossiga com VELOCIDADE RESTRITA, preparado para
parar junto a outro trem ou qualquer impedimento da linha.
2. Quando da circulação de linha sinalizada para linha não sinalizada o
Operador de Trens deve obter autorização do Controle de Tráfego Cen-
tral, Agente de Estação ou Manobrador. Nestes locais é obrigatória a
fixação de placa de regulamentação conforme anexo 1, letra C.
DET
DET
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
J) Conferência de chave
C C
H H
H H
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
M) Manobra
N) Chamada
O) Sinal cruzetado
Significado: Sinal inoperante, fora de operação. O sinal não deve ser res-
peitado somente se houver uma instrução especial específica. Não haven-
do instrução especial invalidando o sinal, é considerado PARE.
P) Limitado-livre-limitado
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
A) Prossiga
Agitando
Agitando um um
braçobraço para
para cima cima
e para e para
baixo baixo
à frente à frente
do corpo. do corpo.
Agitando um
Agitando um braço
braço na horizontal
na horizontal aocorpo,
ao lado do ladocom
dopequenos
corpo, com pequenos
movimentos movi-
para cima
mentos para cima e para baixo.
C) Pare
D) Recuar
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
E) Aplicar freios
F) Soltar freios
OPERAÇÕES
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
FERROVIÁRIAS
Anexo 3. Sinais manuais