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REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
Nota de esclarecimento
As regras com descrição “reservada” não possuem conteúdo, podendo,
futuramente, ser utilizadas em razão de inclusão de novas regras.
REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

Recibo

ROF N°___________

Este regulamento pertence à:

[ ] MRS Logística S.A.


[ ] RUMO S.A.
[ ] VLI – Valor da Logística Integrada S.A.

Foi entregue e está sob a responsabilidade de guarda, cumprimento e uso de:

Nome: _____________________________________________________________

Matrícula: __________________________________________________________

que, ao rubricá-lo, concorda em devolvê-lo à Diretoria de Operações da ferrovia,


quando assim lhe for solicitado. Compromete-se, igualmente, a comunicar o
extravio deste, no prazo de 48 horas.

A presente versão do ROF foi efetuada no período de maio a agosto de 2015


por comitê constituído pelas Diretorias de Operações das ferrovias da Baixada
Santista (MRS, RUMO e VLI).
Participantes do comitê de elaboração do ROF:

Nome Ferrovia
Jefferson Vinicio de Meirelles MRS Logística S.A.
Franz Hermann Seehaber MRS Logística S.A.
Sildomar Tavares de Arruda Rumo S.A.
Sérgio de Almeida Costa Rumo S.A.
João Silva Junior VLI – Valor da Logística Integrada S.A.
Geraldo Magela de Matos VLI – Valor da Logística Integrada S.A.
Fabrício Frade VLI – Valor da Logística Integrada S.A.
REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

Sumário
1. INTRODUÇÃO 9

2. DISPOSIÇÕES GERAIS 10

3. DEFINIÇÕES 17

4. OBRIGAÇÕES 40

4.1. Controlador de tráfego do CCO 40


4.2. Inspetores de operação de trens ou supervisor de tração 42
4.3. Operadores de trens 43
4.4. Auxiliares de maquinistas 46
4.5. Reservada 47
4.6. Agentes de estação, chefes de pátios, manobradores, operadores de 47
produção de pátio e terminal
4.7. Colaboradores das empresas contratadas para serviço nas ferrovias 48
4.8. Centro de formação de trens 49
4.9. Analistas do CCO 52
4.10. Técnicos de manutenção (radiomecânica) 52
4.11. Inspetores de pátios ou líder de pátio 53

5. Comunicação 55

5.1. Meios de comunicação disponíveis 55


5.2. Processo de comunicação 57
5.3. Uso e zelo dos equipamentos de comunicação 60
5.4. Reservada 61
5.5. Gravação de canais 61

6. Sinalização 62

6.1. Sinais por placas 62


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

6.2. Sinais luminosos 64


6.3. Sinais acústicos (instrumentos de alarme) 65
6.4. Sinais manuais 68
6.5. Sinalização auxiliar 69
6.6. Farol 70

7. Operação de máquinas de chave (amv) 72

7.1. Regras gerais de operação de amvs 72


7.2. Máquina de chave manual com travador elétrico 73
7.3. Máquina de chave de mola 74
7.4. Máquina de chave elétrica 75
7.5. Máquina de chave manual com controlador de circuito elétrico 75
7.6. Máquina de chave elétrica com comando local 75
7.7. Máquina de chave manual 76

8. Manobras e formação de trens 77

8.1. Execução de manobras 77


8.2. Segurança pessoal em manobras 82
8.3. Manobras de produtos perigosos 83
8.4. Formação de trens 86
8.5. Reservada 88
8.6. Documentos de trem 88
8.7. Recuo em manobras 88
8.8. Inspeção e vistoria de trens 90
8.9. Manobra em passagem de nível. 91

9. Licenciamento e circulação de trens 93

9.1. Disposições gerais de licenciamento e circulação de trens 93


9.2. Reservada 96
9.3. Licenciamento via rádio 96
9.4. Licenciamento via telefone 97
9.5. Reservada 97
9.6. Reservada 97
9.7. Reservada 97
9.8. Licenciamento via CTC (Controle de Tráfego Centralizado) 97
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OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

9.9. Reservada 103


9.10. Circulação de trens em trecho não sinalizado 104
9.11. Cruzamento de trens 104
9.12. Proteção de trens 105
9.13. Circulação sobre balança ferroviária 106
9.14. Reservada 106
9.15. Operação de trens com equipamentos defeituosos 106
9.16. Falhas na passagem de nível 108

10. Manutenção 110

11. Meio ambiente, saúde e segurança do trabalho 113

12. Acidentes e ocorrências ferroviários 114

12.1. Providências iniciais em caso de acidente ferroviário 114


12.2. Atropelamento 116
12.3. Providências iniciais em caso de ocorrências ferroviárias 117

Anexo 1 - Sinais de placas 119

Anexo 2 - Sinais de bloqueio e seus significados 143

Anexo 3 - Sinais manuais 151


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

Introdução
A segurança é o elemento mais importante na execução
das tarefas.

O Regulamento de Operação Ferroviária estabelece as re-


gras que devem ser seguidas por todos os colaboradores pró-
prios e contratados, das Ferrovias da Baixada Santista, consti-
tuídas pela MRS, Rumo e VLI, cujas atividades estão ligadas, de
forma direta ou indireta, à operação ferroviária no trecho de
Perequê (exclusive) até margem direita e margem esquerda das
ferrovias. O mesmo é aplicado na execução das operações de
circulação e manobra de trens em linhas ferroviárias controla-
das pelo Centro de Controle Operacional (CCO), pelas estações
e pelas oficinas de manutenção desse trecho.

É dever de todo colaborador, que exerça atividade ou tran-


site nas áreas operacionais das ferrovias, o rigoroso cumpri-
mento das regras contidas nesse regulamento. O fiel cumpri-
mento dessas regras é condição fundamental para a garantia
da prestação do serviço de transporte ferroviário de acordo
com os requisitos de segurança, eficiência e responsabilidade
social requeridos pelos clientes, acionistas e pela sociedade.

Comitê Normativo das Ferrovias da Baixada Santista.


Disposições Gerais 02

2.1.
O presente regulamento cancela toda e qualquer outra regra ou instru-
ção anterior que esteja em desacordo com as que nele se encontram. Este
regulamento se aplica às Ferrovias da Baixada Santista.

2.1.1.
Todo procedimento emitido deve estar em concordância ou ser mais
restritivo que as regras contidas neste regulamento, exceto em casos de
procedimentos elaborados pelas engenharias e validados pelo comitê de
normatização das Ferrovias da Baixada Santista.

2.2.
Qualquer alteração neste regulamento somente pode ser feita por meio
de Boletim Normativo ou revisão programada pelo Comitê Normativo das
Ferrovias da Baixada Santista.

2.3.
Os colaboradores cujos deveres sejam determinados por este regula-
mento devem ter um exemplar ao seu alcance, quando em serviço, e pro-
curar o entendimento de todo o seu conteúdo.

2.4.
Os colaboradores devem conhecer, cumprir e fazer cumprir integralmen-
te todas as regras contidas neste regulamento, bem como todos os proce-
dimentos vigentes em cada setor operacional das ferrovias.

10 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

2.5.
É obrigatório o treinamento prévio e habilitação de todos os colabora-
dores envolvidos nas operações ferroviárias e na utilização de cada recurso
operacional.

2.6.
Antes de iniciar uma jornada de trabalho, os colaboradores devem ob-
ter conhecimento das regras, procedimentos e condições da sua área de
atuação através da leitura frequente dos quadros de avisos e de outros
meios de comunicação das ferrovias. Em caso de dúvidas, devem procurar
esclarecimentos.

2.6.1.
Em trocas de turnos, o colaborador envolvido na operação ferroviária
que está entrando em serviço não deve iniciar as atividades até que tenha
conhecimento total da programação associada a estas.

2.7.
Todos os colaboradores devem prestar toda assistência a seu alcance no
cumprimento das regras e comunicar imediatamente, ao superior imedia-
to, qualquer infração destas.

2.8.
Todos os colaboradores de empresas contratadas pelas ferrovias, cujas
atividades estão ligadas direta ou indiretamente à operação ferroviária,
devem conhecer e cumprir as regras deste regulamento pertinentes a sua
área de atuação. É obrigatório o treinamento prévio e habilitação de todos
os contratados e terceirizados envolvidos nas operações ferroviárias e na
utilização de cada recurso operacional.

2.8.1.
É de responsabilidade do Gestor do contrato treinar, habilitar e entregar

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 11


2. Disposições Gerais

à Contratada um exemplar deste regulamento no ato da assinatura do


contrato.

2.8.2.
É de responsabilidade do Gestor do contrato orientar e fazer cumprir
este regulamento, assim como recolhê-lo ao fim do contrato.

2.9.
Nenhum colaborador próprio, contratado ou terceirizado, envolvido na
operação ferroviária está isento de responsabilidade, sob alegação de igno-
rar as regras contidas neste regulamento. O não cumprimento deste regula-
mento é considerado falta grave.

2.10. RESERVADA

2.11.
Os colaboradores de outras ferrovias estão sujeitos à obediência deste
regulamento, quando operando no território integrado, mediante treina-
mento e habilitação prévia.

2.12.
Quando estiverem em situação de risco, os colaboradores devem adotar
todos os procedimentos necessários à preservação de sua integridade físi-
ca. Em caso de dúvidas, sempre deve ser escolhida a opção mais segura.

2.13.
Toda e qualquer anormalidade que possa interferir na circulação dos
trens e que ofereça risco de acidentes deve ser imediatamente comunica-
da ao responsável pelo movimento de veículos ferroviários do local, por
qualquer colaborador, independente da categoria ou função nas ferrovias.

12 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

2.14.
Quando ocorrer alguma situação de risco envolvendo bens das ferrovias,
o colaborador deverá envidar esforços e adotar os procedimentos com-
patíveis para preservar o patrimônio, sem, contudo, colocar em risco sua
integridade física.

2.15.
Os colaboradores contratados ou terceirizados são proibidos de ingerir,
ter posse ou comercializar no trabalho bebidas alcoólicas, narcóticos, se-
dativos, alucinógenos ou qualquer combinação ou derivados de tais subs-
tâncias, que possam alterar o comportamento das pessoas.

2.16.
Todos os colaboradores devem estar atentos aos movimentos dos veí-
culos ferroviários em qualquer momento, em qualquer via e em qualquer
sentido. Os colaboradores não devem permanecer sobre a linha, exceto
quando inerente à atividade e com o uso da devida sinalização prevista
para essa atividade. Os colaboradores cujas funções estão ligadas à opera-
ção ferroviária devem conhecer os locais, as estruturas, as obstruções e os
gabaritos presentes na malha ferroviária.

2.17.
A condução de trens somente pode ser executada por colaboradores
devidamente treinados, habilitados e autorizados pelas ferrovias. Colabo-
radores em fase de treinamento podem operar trens desde que acompa-
nhados de monitor.

2.17.1.
Locomotivas podem ser operadas pelos colaboradores da manutenção
de material rodante, dentro das áreas de oficinas para manobras dos veí-
culos em manutenção, desde que estejam treinados e habilitados para tal.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 13


2. Disposições Gerais

2.18.
No caso de um Operador de Trens desrespeitar licenças, sinais ou come-
ter qualquer irregularidade durante a operação ferroviária, deve comunicar
o fato imediatamente ao responsável pelo movimento de veículos ferrovi-
ários do local.

2.19.
Além da equipagem do trem, somente pessoas credenciadas ou previa-
mente autorizadas pelo Controlador de Tráfego, devidamente equipadas
de EPIs, estão autorizadas a viajar nas cabines das locomotivas. Todas
as pessoas que viajam na locomotiva devem obedecer às instruções do
Maquinista.

2.19.1.
Colaboradores envolvidos na operação ferroviária, manutenção do ma-
terial rodante, manutenção da via permanente, manutenção de equipa-
mentos de bordo e visitantes, somente podem trafegar na cabine do trem
em número não superior a seis pessoas, incluindo a equipagem do trem.

2.19.2.
Em locomotivas comandadas/rebocadas somente podem viajar Maqui-
nistas, Auxiliares de Maquinistas, Inspetores de Operação de Trens ou ou-
tros colaboradores com habilitação específica para essa atividade. Outros
colaboradores não habilitados podem viajar em locomotivas comandadas/
rebocadas somente se acompanhados por colaborador habilitado.

2.19.3.
A viagem fora da cabine da locomotiva é permitida somente para ins-
peção de linha, de material rodante ou de trens cruzando, limitada a três
pessoas, e desde que a locomotiva tenha corrimão e guarda-corpo (frontal
ou lateral, devidamente fixado), com o colaborador apoiado no mínimo
por três pontos.

14 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

2.19.4.
O Operador de Trens deve informar ao Controlador de Tráfego a quanti-
dade de pessoas viajando na(s) locomotiva(s).

2.19.5.
A transposição de uma locomotiva acoplada a outra em movimento
somente é permitida para verificação de avaria, simulações ou teste de
tração, sendo permitido somente para locomotiva com guarda-corpo e
passadiço sobre os engates.

2.20.
O Maquinista ou o Auxiliar de Maquinista deve permanecer dentro da lo-
comotiva, mesmo quando o trem estiver parado, aguardando cruzamento
ou aguardando licenciamento. O Maquinista ou o Auxiliar de Maquinista
podem sair do comando da locomotiva somente com autorização do res-
ponsável pelo movimento de veículos ferroviários do local.

2.20.1.
A vistoria de composição no trecho, sempre que necessária, é realizada
por colaborador habilitado ou pelo Maquinista, inclusive quando em mo-
nocondução, com base nas orientações do Controlador de Tráfego.

2.21.
É expressamente proibido a todos os colaboradores envolvidos na opera-
ção ferroviária qualquer tipo de ação que possa tirar sua atenção durante
o exercício de suas atividades funcionais.

2.22.
É proibido transpor composição sem o prévio conhecimento do Opera-
dor de Trens e dos envolvidos na manobra nos casos de vagões parados ou
estacionados, somente é possível transpor composição com autorização
do Agente de Estação ou Manobrador do pátio. Para veículos em movi-
mento em sentido ao colaborador a distância mínima é de 3 (três) vagões

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 15


2. Disposições Gerais

e para veículos parados, estacionados ou se afastando a distância mínima


é de 6 (seis) metros.

2.23.
É proibido passar entre engates de vagões ou locomotivas cuja distância
seja inferior a seis metros sem conhecimento do Operador de Trens, Agen-
te de Estação ou Manobrador.

2.24. RESERVADA

2.25. RESERVADA

2.26. RESERVADA

2.27.
Todo colaborador deve registrar quaisquer irregularidades ocorridas em
sua jornada de trabalho.

2.28.
Todos os fatos que porventura venham a ocorrer, e não estejam previstos
no presente regulamento, devem ser levados ao superior imediato, a quem
cabe decidir e orientar. Posteriormente, esses fatos devem ser reportados ao
Comitê das Ferrovias da Baixada Santista para que sejam regulamentados.

16 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

03 Definições

3.1. ACIDENTE FERROVIÁRIO


Ocorrência que, com a participação direta de veículo ferroviário, provo-
car danos a este ou a um ou mais dos seguintes elementos: pessoas, outros
veículos, instalações, obras de arte, via permanente, meio ambiente ou,
desde que ocorra paralisação do tráfego, animais.

3.1.1. ATROPELAMENTO
Acidente que ocorre quando um trem ou veículo ferroviário colide com
pessoa e/ou animal, provocando lesão ou morte.

3.1.2. ABALROAMENTO
Colisão de veículo ferroviário ou trem, circulando ou manobrando, com
qualquer obstáculo, exceto outro veículo ferroviário.

3.1.3. DESCARRILAMENTO
Acidente em que o material rodante abandona parcial ou totalmente os
trilhos, por causas diversas.

3.1.4. TOMBAMENTO
Acidente em que o veículo ferroviário se encontra tombado no leito da
linha.

3.1.5. ADERNAMENTO
Acidente em que o veículo ferroviário se encontra parcialmente tomba-
do no leito da linha.

3.1.6. CHOQUE DE TRENS


Colisão de veículos ferroviários ou de trens circulando no mesmo senti-
do, na mesma via, podendo um deles estar parado.

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3. Definições

3.1.7. ENCONTRO DE TRENS


Colisão de veículos ferroviários ou de trens circulando em sentidos opos-
tos na mesma via, podendo um deles estar parado.

3.1.8. ESBARRO DE TRENS


Colisão de veículos ferroviários ou de trens circulando ou manobrando
em vias distintas, podendo um deles estar parado.

3.1.9. DISPARO DE TREM


Irregularidade caracterizada pela perda de controle de velocidade de trem.

3.2. AGENTE DE ESTAÇÃO, CONTROLADOR


DE PÁTIO E/OU CHEFE DE PÁTIO
Colaborador responsável pelo planejamento, movimentação e controle
de vagões, fornecimento de informações operacionais, interface com clien-
tes e emissão de documentação dos trens nos pátios e terminais, visando
ao atendimento aos clientes externos e internos, nos prazos previstos em
procedimentos.

3.3. RESERVADA

3.4. AMV
Aparelho de Mudança de Via (AMV) é um conjunto formado por vários
acessórios, máquinas e componentes que são projetados para propiciar o
desvio de veículos ferroviários de uma via para a outra. O AMV é constitu-
ído basicamente de três partes:

3.4.1. CHAVE
Parte inicial do AMV, seus principais componentes são a máquina da
chave (elétrica ou manual), meia chave direita e esquerda (agulhas e trilho
de encosto). É muito comum no ambiente ferroviário chamar todo o AMV
de Chave.

18 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

3.4.2. PARTE INTERMEDIÁRIA OU DE LIGAÇÃO


É formada pelos trilhos de ligação que conectam à chave a região do
cruzamento.

3.4.3. REGIÃO DO CRUZAMENTO


A região do cruzamento é formada pelo jacaré, contra-trilho e seus res-
pectivos trilhos de encosto. Também é comum no ambiente ferroviário
chamar o jacaré de cruzamento.

3.5. AMV DE ENTRADA (INFERIOR e SUPERIOR)


A entrada de um pátio ou desvio é chamada de entrada inferior quando
estiver localizada no ponto de quilometragem menor e, é chamada de
entrada superior quando localizada no ponto de quilometragem maior.

3.6. APITO CURTO


Forma de acionamento da buzina com atuação rápida e instantânea
sobre o dispositivo de acionamento.

3.7. APITO LONGO


Forma de acionamento da buzina cuja duração de acionamento é de
aproximadamente 2 segundos.

3.8. AUXILIAR DE MAQUINISTA


Colaborador responsável por auxiliar o Maquinista na operação de trens,
visando à operação segura e econômica, dentro dos tempos previstos em
procedimentos.

3.9. AUXÍLIO OU HELPER


Locomotiva ou grupo de locomotivas destinadas a reforçar o quadro de
tração de um trem durante a circulação em trechos específicos.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 19


3. Definições

3.10 BLOCO SEÇÃO DE BLOQUEIO (SB)


Trecho de linha com limites bem definidos cuja utilização por trens é go-
vernada por um ou mais sistemas de licenciamento, definidos no capítulo
9 deste regulamento.

3.11. RESERVADA

3.12. RESERVADA

3.13. CANAL DE RADIOCOMUNICAÇÃO


Meio de comunicação sem fio, em RF (radiofrequência), de enlace ter-
restre, para permitir a troca de informação entre os usuários da ferrovia.

3.14. CARGA PERIGOSA


Qualquer material, equipamento, mercadoria, substância ou produto,
primário ou derivado, beneficiado ou não, acondicionado ou a granel,
que, pelas suas características, traga ou possa trazer riscos para a vida,
saúde ou integridade das pessoas, para o meio ambiente, conforto e segu-
rança públicas, ou para a própria ferrovia.

3.15. CCP (Centro de Controle de Pátios)


Instalação física onde é controlada a circulação das manobras na mar-
gem direita da Portofer.

3.16. CCO (Centro de Controle Operacional)


Instalação física onde é controlada a circulação dos trens na malha da
Ferrovia.

3.17. CONTROLADOR DE TRÁFEGO


Colaborador responsável pelo planejamento, programação e controle da
circulação dos trens na malha integrada.

20 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

3.18. CONTROLE DE TRÁFEGO CENTRAL


São as atividades de planejamento, programação e controle de circula-
ção dos trens na malha integrada, realizadas pelo CCO.

3.19. CONTROLE DE TRÁFEGO LOCAL


São as atividades de controle e licenciamento de trens e manobras em
trechos não controlados pelo Controle de Tráfego Central. São realizados
pelas estações (nas linhas de pátios e terminais) e pelas oficinas (nas linhas
internas delas).

3.20. CONTROLADOR DE CCP (RUMO)


Colaborador responsável pelo controle da circulação das manobras na
margem direita da Portofer.

3.21. CTC (CONTROLE DE TRÁFEGO CENTRA-


LIZADO)
Conjunto de equipamentos localizados no CCO, cuja função é comandar
sinaleiros e máquinas de chave ao longo da ferrovia, bem como monitorar
o funcionamento destes, além de mostrar ao Controlador de Tráfego a
ocupação dos circuitos de via.

3.22. DESVIO
Linha adjacente à linha principal, ou a outros desvios, destinada aos
cruzamentos, ultrapassagens, desvio de vagões e formação de trens. Os
desvios podem ser classificados em:
A) DESVIO ATIVO
Desvio provido de Aparelho de Mudança de Via em ambas as extre-
midades.
B) DESVIO MORTO
Desvio provido de um único Aparelho de Mudança de Via, apresen-
tando, na outra extremidade, um batente delimitador de seu com-
primento útil.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 21


3. Definições

3.23. DETETOR DE DESCARRILAMENTO


Dispositivo eletro-mecânico instalado ao longo da ferrovia, que tem como
princípio básico de funcionamento a interrupção dos contatos elétricos,
acionados pela passagem sobre o dispositivo de algum rodeiro descarrilado
ou alguma peça de arrasto. O CCO recebe indicação luminosa no painel.

3.24. DETETOR DE DESCARRILAMENTO DO


VAGÃO
Dispositivo instalado nos vagões que, em caso de descarrilamento, acio-
na o freio de emergência do trem.

3.25. DETETOR DE DESCARRILAMENTO VIA


RÁDIO
Dispositivo instalado ao longo da ferrovia que tem como princípio básico
de funcionamento a interrupção dos contatos elétricos do dispositivo pela
passagem sobre eles de algum rodeiro descarrilado ou alguma peça de
arrasto. Envia informação automática de alarme via rádio para o Operador
de Trens e posteriormente para o CCO.

3.26. DISCO DE VELOCÍMETRO


Dispositivo interno instalado nos velocímetros das locomotivas e veículos
ferroviários que permite o registro da velocidade e eventos da operação do
trem. É composto por um conjunto de discos que permite o registro dos
eventos durante sete dias.

3.27. DISPOSITIVO DE SOBRE-VELOCIDADE


Dispositivo de segurança da locomotiva que faz o trem parar se o Ma-
quinista ultrapassar a velocidade definida no equipamento.

3.28. ENCARRILADEIRA
Equipamento destinado a encarrilhar rodeiros de veículos ferroviários.

22 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

3.29. END OF TRAIN E TRAINLINK


Dispositivo ligado ao encanamento geral e instalado no último vagão
de um trem que se comunica com uma unidade de comando na cabine
da locomotiva (TRAINLINK) via rádio. Permite ao Maquinista monitorar as
condições momentâneas da cauda do seu trem, como também provocar
aplicações de emergência.

3.30. ENGATE CEGO


Suporte localizado nas testeiras das locomotivas e vagões que tem por
finalidade fixar as mangueiras, evitando a entrada de impurezas no sistema
de ar, bem como evitar que as elas fiquem de arrasto, o que pode dani-
ficá-las, evitando também a avaria nos equipamentos de via e sinalização
instalados ao longo da linha.

3.31. EQUIPAGEM
Equipe formada por uma ou mais pessoas responsáveis pela operação
dos trens.

3.32. EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL


É todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelos cola-
boradores, destinado à proteção contra riscos capazes de ameaçar a sua
segurança e a sua saúde.

3.33. ESTAÇÃO FERROVIÁRIA


Estabelecimentos da ferrovia destinados à execução de serviços ligados
à operação e circulação de trens. As estações são responsáveis por todo o
controle, posicionamento e recebimento de vagões dos terminais do clien-
te, manipulação de toda a documentação dos vagões e trens, atendimento
aos clientes e particulares em geral.

3.33.1. ESTAÇÃO CONCENTRADORA


Executa e controla, via sistemas, as operações de carga/descarga, forma-
ção ou recomposição de trens e emissão de documentação de transporte.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 23


3. Definições

Essas operações são controladas por um Agente de Estação no local. Pode


ou não controlar estação satélite.

3.33.2. ESTAÇÃO DE CIRCULAÇÃO


É utilizada para cruzamentos, ultrapassagens de trens e para controle
da circulação ferroviária. Não executa operação de carga e/ou descarga,
formação ou recomposição de trens, nem emissão de despachos.

3.33.3. ESTAÇÃO DE INTERCÂMBIO


Liga uma empresa ferroviária à outra.

3.33.4. ESTAÇÃO SATÉLITE


Executa operações de carga/descarga, formação ou recomposição de
trens, mas não emite documentação de transporte. Essas operações são
controladas por uma estação concentradora. Pode ou não ter controle via
sistemas.

3.34. FREIO MANUAL


Equipamento instalado nas locomotivas e vagões, operado manualmen-
te, que tem como objetivo mantê-los estacionados em segurança.

3.35. GABARITO
Contorno de referência, ao qual devem adequar-se as instalações fixas,
as cargas e veículos ferroviários, para possibilitar o tráfego ferroviário sem
interferência.

3.36. GHT (Gráfico Horário de Trem)


Aplicativo destinado à visualização espaço/tempo de movimentação
passada e prevista de trens, assim como o planejamento operacional da
circulação de trens. Pode ser automático ou manual.

3.37. GPS (SISTEMA DE POSICIONAMENTO

24 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

GLOBAL)
Acrônimo para a expressão em inglês Global Positioning System (Sistema
de Posicionamento Global). É um sistema de posicionamento por satélite
utilizado para determinação da localização de um receptor na superfície
da terra ou em sua órbita.

3.38. HABILITAÇÃO
Capacitação do colaborador para o exercício de uma função ou ativida-
de através de treinamento teórico, prático ou ambos, evidenciados através
de ficha de treinamento e registro em sistema.

3.39. HOMEM MORTO


Dispositivo de segurança ligado ao sistema de freio, provido de uma bo-
toeira ou um pedal com mola, fixo ou móvel, com temporizador, situado
na cabine da locomotiva, cujo sinal emitido deve ser respondido pelo Ma-
quinista, que pressionará ou soltará o pedal ou botoeira enquanto o trem
estiver em movimento, com objetivo de garantir a parada do trem, caso o
sistema não seja reconhecido pelo operador.

3.40. RESERVADA

3.41. HOT BOX – HOT WHEEL (Detector de


caixa quente e roda quente)
Dispositivos instalados ao longo da Ferrovia que têm como princípio de
funcionamento a detecção da temperatura do rolamento e roda dos va-
gões e locomotivas.

3.42. INCIDENTE OU ANOMALIA


Evento não programado, relacionado à operação ou manutenção fer-
roviária, que ocorre em circunstâncias não desejáveis e pode resultar em
lesões corporais ou danos materiais.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 25


3. Definições

3.43. INDICAÇÃO DE SINAL


Aspecto indicativo, transmitido por um sinaleiro fixo.

3.44. INSPETOR DE OPERAÇÃO DE TRENS OU


SUPERVISOR DE TRAÇÃO
Colaborador responsável por promover a melhoria operacional dos Ma-
quinistas e Auxiliares de Maquinistas, através do estabelecimento de trei-
namentos, acompanhamento e controle dos procedimentos operacionais,
visando a atingir a excelência em qualidade, segurança e economia.

3.45. LIMITE DE MANOBRA


Trecho de linhas em pátios sinalizados ou não, limitados por placas de
regulamentação.

3.46. LINHA DUPLA


São duas linhas paralelas destinadas à circulação.

3.47. LINHA MISTA


Via férrea com três ou mais trilhos, para permitir a passagem de veículos
com bitolas diferentes.

3.48. LINHA PRINCIPAL


Linha que atravessa pátios e liga estações.

3.49. LINHA SINGELA


Linha principal única sobre a qual os trens circulam em ambos os sentidos.

3.50. LINHA TRONCO


Linha de um sistema ferroviário que, em virtude de suas características

26 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

de circulação, apresenta maior importância em relação às demais linhas


do sistema.

3.51. LOCOTROL
O sistema LOCOTROL proporciona controle remoto automático e inde-
pendente de conjunto de locomotivas localizados um trem, a partir de
uma locomotiva controladora na posição de líder.

3.52. MALOTE DE DOCUMENTOS


Bolsa utilizada para o transporte dos documentos fiscais e operacionais,
referentes à composição do trem.

3.53. MANOBRADOR OU OPERADOR DE PRO-


DUÇÃO
Colaborador responsável pela execução das manobras nos pátios e ter-
minais e pela inspeção de cargas recebidas e expedidas em pátios.

3.54. MÁQUINA DE CHAVE


Aparelho que permite a mudança de via de circulação.

3.54.1. MÁQUINA DE CHAVE COM TRAVADOR ELÉTRICO


Chaves de operação manual, instaladas geralmente nos desvios localiza-
dos na linha singela em trechos dotados de sinalização automática. Os tra-
vadores elétricos só permitem que as agulhas sejam mudadas de posição
caso sejam satisfeitos determinados requisitos de segurança.

3.54.2. MÁQUINA DE CHAVE DE DUPLO CONTROLE


Máquina de chave acionada eletricamente, podendo ser operada manu-
almente quando necessário.

3.54.3. MÁQUINA DE CHAVE DE MOLA


Máquina de chave equipada com mecanismo de mola, regulada para res-
tabelecer a posição de repouso das agulhas, após a passagem do trem.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 27


3. Definições

3.54.4. MÁQUINA DE CHAVE ELÉTRICA COM COMANDO


LOCAL
Máquina de chave, comandada no local por circuitos elétricos, devendo
ser colocada como comando local (com ou sem indicação no CTC). Esse
modelo de máquina de chave elétrica, quando chaveada para controle
local não sofre ou interfere no inter-travamento do circuito e sinal.

3.54.5. MÁQUINA DE CHAVE MANUAL


Aparelho operado manualmente que permite a mudança de via.

3.54.6. MÁQUINAS DE CHAVE MANUAL COM CONTROLA-


DOR DE CIRCUITO ELÉTRICO
São normalmente empregadas em desvios com facilidade relativa de
vigilância dos colaboradores da Ferrovia. Os circuitos elétricos, ao serem
acoplados às chaves, impedem, quando na posição contrária ao movimen-
to, que os sinais abram na sua direção, exceto para o sinal de chamada.

3.54.7. MÁQUINAS DE CHAVE FALSA (DESCARRILADEIRA)


Dispositivo de segurança, instalado em uma linha, para impedir a circu-
lação de trens ou veículos em uma linha principal.

3.54.8 MÁQUINA DE CHAVE COM COMANDO LOCAL


Chave elétrica cujo posicionamento para Normal ou Reversa é feito por
meio de uma caixa de comando situada próximo a esta chave. O CCO não
consegue operá-la remotamente.

3.54.9. MÁQUINA DE CHAVE TALONÁVEL


Equipamento eletro-hidráulico que, quando passado em sentido contrá-
rio, as pontas de agulhas movimentam-se para posição oposta, mantendo-
se travadas, não retornando à posição original.

3.55. MAQUINISTA
Colaborador responsável pela operação dos trens.

28 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

3.56. MARCO
Identificação física de cor amarela instalada entre as vias, que indica li-
mite além do qual o material rodante não pode permanecer ou ultrapassar
sem autorização, a fim de não restringir o gabarito na via adjacente.

3.57. NOMENCLATURA DE LINHAS


Em trecho de linha dupla, considera-se linha 1 (um) aquela que está si-
tuada à esquerda no sentido crescente de quilometragem, e linha 2 aquela
que está situada à direita. Em trecho de linha singela, a linha principal é
denominada de linha 1 (um). As demais linhas (desviadas) são denomina-
das da seguinte forma:
A) LINHAS ÍMPARES
Linhas à esquerda da linha principal, no sentido crescente da quilo-
metragem.
B) LINHAS PARES
Linhas à direita da linha principal, no sentido crescente da quilome-
tragem.

3.58. OCORRÊNCIA FERROVIÁRIA


Qualquer fato que altere o tráfego ferroviário.

3.59. OPERADOR DE ESCALA OU ESCALANTE


Colaborador designado para planejar, executar e controlar a alocação de
equipagens ao longo do trecho.

3.60. OPERADOR DE TRENS


Todo colaborador treinado, habilitado e autorizado a operar qualquer
veículo autopropulsor sobre a via ferroviária.

3.61. PASSAGEM DE NÍVEL (PN)


É o cruzamento de uma ou mais linhas com uma rodovia principal ou
secundária, no mesmo nível.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 29


3. Definições

3.62. PAT (Programa de Atividades de Trens)


ou OS (Ordem de Serviço)
Conjunto de atividades planejadas para um trem ao longo de seu itinerário.

3.63. PÁTIO ASSISTIDO


É um sistema de vias, dentro de limites definidos, destinadas à circula-
ção, formação e recomposição de trens, bem como à execução de mano-
bras e ao estacionamento de vagões (em trânsito, para carga/descarga,
limpeza, inspeção ou manutenção).

3.64. PERA FERROVIÁRIA


Linha circular utilizada para a inversão de sentido de trens e veículos,
carga e descarga em terminais.

3.65. PILOTO
Operador de Trens habilitado, designado para acompanhar um trem ou
veículo ferroviário quando um Operador de Trens não estiver familiarizado
com as características físicas, sinalização e/ou regulamento da ferrovia a
ser percorrida.

3.66. RESERVADA

3.67. PREFIXO DE TREM


Identificação por meio de letras e algarismos, que nomeia um trem em
função de sua categoria, classe, natureza do transporte, origem, destino,
ferrovia e dia da partida.

3.68. PROGRAMAÇÃO DE TRENS


Programação contendo os prefixos, prioridades, horários previstos, re-
cursos necessários para a formação dos trens, manobras previstas ao longo

30 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

do trecho de circulação e, inclusive, instruções especiais e especificações


para operação dos trens na malha da Ferrovia e ferrovias de intercâmbio.

3.69. PUNHO REMOVÍVEL


Ferramenta utilizada para abertura e fechamento de torneiras do enca-
namento geral.

3.70. RÁDIOMANUTENÇÃO
Estrutura com funcionamento ininterrupto, cuja responsabilidade é dar
suporte às equipes de manutenção de campo da malha ferroviária.

3.71. RÁDIOMECÂNICA / CCO MECÂNICA / CCM


Estrutura com funcionamento ininterrupto, cuja responsabilidade é
orientar os Maquinistas na execução de atividades para a recuperação do
material rodante em eventual ocorrência de falha.

3.72. RONDA
Colaborador ou contratado responsável por executar serviços de inspe-
ções através de rondas ao longo da ferrovia, bem como todos os servi-
ços de manutenção da superestrutura e infraestrutura da via permanente,
cumprir a programação estabelecida pela supervisão, zelando pela produ-
tividade, qualidade e segurança.

3.73. ROTA
Trecho de linha que um trem venha a percorrer, decorrente de uma licença
concedida pelo Controlador de Tráfego.

3.74. SAI (SISTEMA DE ACELERAÇÃO INDE-


PENDENTE)
Sistema que permite locomotivas em tração múltipla a operarem com

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 31


3. Definições

pontos de aceleração diferenciados. Possibilita também a colocação de lo-


comotivas comandadas em vazio (isolada) ou até mesmo desligá-las atra-
vés da comandante.

3.75. SARGENTO
Equipamento de fixação que, junto a um par de talas, é instalado provi-
soriamente na linha devido a alguma fratura de trilho e ou solda.

3.76. SHUNT
Curto-circuito provocado pela fixação do fio condutor de eletricidade
nos trilhos direito e esquerdo de uma determinada linha sinalizada, para
garantir a ocupação do circuito de via e impedir o alinhamento de rota so-
bre esta. É usado pelas equipes de manutenção de campo somente depois
de recebida a autorização do Controlador.

3.77. SINAL
Meio de comunicação visual por meio de código de cores, placas ou
gestos que regulamentam a circulação dos trens.

3.77.1. SINAIS DE BUZINA DE LOCOMOTIVAS E VEÍCULOS


FERROVIÁRIOS
Sinal sonoro emitido pela locomotiva ou veículo ferroviário com objetivo
de alertar pessoas e/ou animais para a aproximação do trem.

3.77.2. SINAL AUTOMÁTICO


Sinal cuja mudança de aspecto não depende do comando do Controla-
dor de Tráfego.

3.77.3. SINAL AZUL


Sinal utilizado para a simples conferência com indicativo de letras abaixo
do sinaleiro.
C – Indicativo da posição da chave.
DET – Indicativo do detetor de descarrilamento, não atuado.

32 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

H – Indicativo de Hot Box – Hot Wheel

3.77.4. SINAL CONTROLADO


Sinal luminoso com comando do CCO.

3.77.5. SINAL CRUZETADO


Sinal cujo aspecto deve ser desprezado, devendo essa condição ser re-
gida por instruções especiais de circulação. Sinaleiro no qual é fixada uma
amarração de duas peças de madeira em forma de cruz à frente do foco,
pintadas em cor amarelo refletivo, indicando que a sinalização luminosa
apresentada não será respeitada.

3.77.6. SINAL DE BLOQUEIO


Sinal que comanda a entrada em um bloco.

3.77.7. SINAL FIXO


Qualquer sinal ou placa em local permanente que indica uma condição,
afetando a circulação de um trem.

3.77.8. SINAL LUMINOSO (colorido)


Sinal fixo, cuja indicação é fornecida pela cor de um ou mais focos lu-
minosos.

3.77.9. SINAL MULTIFOCAL


Unidade de sinal na qual cada aspecto é apresentado por sistema óptico
distinto.

3.77.10. SINAL REPETIDOR


Sinal fixo para aviso prévio de indicação de um sinal de bloqueio, situado
à sua frente.

3.77.11. SINAL UNIFOCAL


Unidade de sinal na qual todos os aspectos são apresentados por um
único sistema óptico.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 33


3. Definições

3.78. SINALEIROS
Componentes ferroviários instalados ao lado da via ou em pórticos, des-
tinados a exibir os sinais luminosos.

3.78.1. SINALEIRO ALTO


Sinaleiro fixado ao lado da via, que exibe o sinal em mastro. Pode ser de
altura média.

3.78.2. SINALEIRO BAIXO OU ANÃO


Sinaleiro que não possui mastro e é fixado diretamente sobre a base.

3.79. SINALIZAÇÃO
Conjunto de meios compostos por sinais luminosos, acústicos, manuais
e placas, contendo inscrições de letras, algarismos ou símbolos, caracte-
rizando situações em que se exige cumprimento de regulamentos e cha-
mando atenção para os Operadores de Trens, equipes de manutenção e
colaboradores em geral, em favor da segurança, economia e flexibilidade
do tráfego ferroviário.

3.80. SINO DE LOCOMOTIVA


Equipamentos de formato tradicional, geradores de vibrações sonoras,
destinados a alertar sobre a aproximação da locomotiva, a fim de preservar
a segurança daqueles que se aproximam da ferrovia.

3.81. SISLOG / TRANSLOGIC


Sistema de informações que concentra e operacionaliza as várias ativida-
des do planejamento e controle da produção e da execução do transpor-
te ferroviário. Abrange desde o planejamento e distribuição da demanda
mensal de transporte até a parte operacional propriamente dita, contem-
plando toda a operação de transporte (desde a criação de um trem até a
sua chegada na estação de destino).

34 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

3.82. SPEED CONTROL


Sistema de indicação visual e sonora do limite máximo de velocidade
permitido para trafegar.

3.83. TERMINAL
São pontos ligados à malha ferroviária, dotados de um sistema dinâmico
composto de infraestrutura e instalações, mediante os quais são realizados
carregamentos, descargas e transbordos de mercadorias dos vagões para
os meios complementares de dispersão e vice-versa e o armazenamento
temporário de mercadorias.

3.84. TOMADA DE JUMPER ELETRÔNICO OU


CABO DE CONJUGAÇÃO
Equipamento dotado de cabo e tomada de comunicação via rede (CPU),
que permite a transmissão de comandos e informações elétricas e mecâ-
nicas de locomotivas acopladas, tais como alarmes, rearmes, utilização de
buzina, utilização do SAI com comandos independentes por locomotivas,
como também a manutenção da carga das baterias nas locomotivas que
estiverem apagadas.

3.85. TRAÇÃO DISTRIBUÍDA


Formação de trem em que a tração é distribuída, seccionando o trem em
blocos, com quantidades de vagões definidas. As locomotivas são distribu-
ídas entre estes blocos e são operadas remotamente a partir da locomotiva
comandante ou operadas por Maquinistas.

3.86. TRAVADOR ELÉTRICO


Dispositivo que permite a movimentação de chaves não comandadas
por CTC, somente se forem atendidas certas condições de segurança, de-
terminadas pelos circuitos de sinalização.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 35


3. Definições

3.87. TRAVESSÃO
Linha diagonal provida de Aparelho de Mudança de Via em ambas as ex-
tremidades, permitindo a passagem de um trem de uma linha para outra.

3.88. TREM
Qualquer veículo com prefixo definido que circule sobre a via férrea, em
trecho sinalizado ou não, cuja movimentação é controlada pelo Controle
de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local.

3.89. TRIÂNGULO
Três linhas ligadas em forma de triângulo por meio de AMVs, permitindo
a inversão de veículos ferroviários.

3.90. VEÍCULO FERROVIÁRIO


Todo veículo auto propulsor ou não que circula unicamente sobre trilhos.

3.90.1. AUTO DE LINHA


Veículo auto propulsionado destinado ao transporte de pessoal na exe-
cução de serviços na ferrovia.

3.90.2. CAMINHÃO DE LINHA


Veículo ferroviário autopropulsionado destinado ao transporte de pessoal
na execução de serviços na ferrovia e de carga não remunerada.

3.90.3. CARRO CONTROLE (Track Star)


Equipamento instrumentado para medição de parâmetros relacionados
à geometria e à condição de elementos estruturais da via permanente.

3.90.4. DESGUARNECEDORA E DESGUARNECEDORA DE


OMBRO DE LASTRO
Equipamento destinado à limpeza do lastro, restabelecendo os padrões
ideais deste.

36 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

3.90.5. ESMERILHADORA
Equipamento de via permanente usado para esmerilhar o boleto do tri-
lho, melhorando o contato roda trilho e aumentado sua vida útil.

3.90.6. GUINDASTE FERROVIÁRIO


Equipamento ferroviário utilizado para elevação de grandes cargas, uti-
lizado em atendimentos a acidentes.

3.90.7. LOCOMOTIVA
Veículo impulsionado por energia de tração diesel/elétrica e ou elétrica,
utilizado para rebocar trens de carga ou de serviço.

3.90.8. RESERVADA
3.90.9. SOCADORA E REGULADORA
Conjunto de equipamentos destinado à manutenção e restabelecimento
dos padrões de geometria de via permanente.

3.90.10. VAGÃO
Veículo utilizado no transporte, com características distintas, em função
do tipo de mercadoria e do processo de carga e descarga.

3.90.11. VAGÃO COM ENGATE FIXO MAROMBA


Vagão lastrado, provido de dois engates em cada testeira, que permite
tracionar composições com vagões de bitolas diferentes.

3.90.12. VAGÃO COM ENGATE ROTATIVO


Vagões cujos engates permitem que sejam descarregados nos viradores,
sem a necessidade de desengatá-los. Todos os vagões singelos e duais pos-
suem uma bolsa de engate fixo de um lado e uma bolsa de engate rotativo
do outro. Quando ligados por barra de união, um lado da barra é fixo e do
outro lado é rotativo.

3.90.13. VAGÃO DUAL


Dupla de vagões ligados por uma haste rígida (maromba) e duas man-

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 37


3. Definições

gueiras, com válvula de controle e reservatórios auxiliar e de emergência


em apenas um deles, que comanda os freios do outro.

3.90.14. VAGÃO DUPLO


Dupla de vagões ligados por uma haste rígida (maromba) e uma man-
gueira com válvula de controle e reservatórios de ar em ambos os vagões.

3.90.15. VAGÃO ISOLADO


Condição de um vagão sem freio, por defeito no sistema ou por ação
de alguém que, interrompendo o funcionamento da válvula de freio em
virtude de alguma avaria, permite a circulação do vagão em condições
especiais.

3.90.16. VAGÃO MADRINHA


São vagões com engates rotativos em ambos os lados.

3.90.17. VAGÃO PROTEÇÃO


Veículo ferroviário utilizado entre a locomotiva e o primeiro vagão da
composição de um trem com produtos perigosos, contendo materiais e
equipamentos para os casos de acidentes.

3.90.18. VAGÃO SINGELO


São vagões com engate rotativo em um dos lados e fixo do outro lado,
com sistema de freio próprio.

3.90.19. VAGÃO TRIAL


Unidade tripla de vagões ligados por duas hastes rígidas (maromba) e
quatro mangueiras inteiriças entre o vagão principal (central) e os vagões
complementares (extremidades), com válvula de controle, válvula vazio-
carregado e reservatório de ar.

3.91. VEÍCULO Rodoferroviário


Veículo projetado para operar tanto sobre trilhos quanto fora dos trilhos.

3.91.1. VEÍCULO PARA ATENDIMENTO À MANUTENÇÃO

38 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

Veículo equipado com dispositivo que possibilita o deslocamento rodovi-


ário e ferroviário, utilizado para auxiliar na manutenção de via permanente
e eletroeletrônica.

3.91.2. VEÍCULO PARA ATENDIMENTO A ACIDENTES


Veículo equipado com dispositivo que possibilita o deslocamento rodo-
viário e ferroviário, dotado de um guindaste, utilizado para o atendimento
de acidentes ferroviários.

3.92. VELOCIDADE LIMITADA


Velocidade não superior a 50 km/hora, definida para cada trecho em
procedimento específico.

3.93. VELOCIDADE MÁXIMA AUTORIZADA


(V.M.A.)
Velocidade máxima permitida para um determinado trecho, definida pelas
condições da via permanente, material rodante e segurança operacional.

3.93.1. RESTRIÇÃO DE VELOCIDADE


Toda e qualquer condição restritiva temporária da via permanente ou
material rodante. Para todos os efeitos, uma RESTRIÇÃO DE VELOCIDADE
é considerada uma VMA.

3.94. VELOCIDADE REDUZIDA


Velocidade inferior a 30 km/hora.

3.95. VELOCIDADE RESTRITA


Velocidade em que o trem deve circular, de maneira a ter condição de
PARAR dentro da METADE do campo de visão. A Velocidade Restrita deve ser
cumprida até que a frente do trem alcance o ponto determinado. Para trens
tracionados por locomotiva(s) a velocidade não pode exceder a 25 km/h. Em
nenhum caso a velocidade restrita pode exceder a VMA do trecho.”

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 39


Obrigações 04

4.1. CONTROLADORES DE TRÁFEGO DO CCO

4.1.1.
Operar perfeita e cuidadosamente os equipamentos de controle de cir-
culação de trem.

4.1.2.
Não permitir o uso de rádio na comunicação operacional que não seja
relacionada à circulação do trem e à manutenção, exceto em casos de
emergências.

4.1.3.
Efetuar rotas para trens, licenças para o trem, liberando sinais e movi-
mentando AMVs por meio de comandos elétricos, obedecendo à priorida-
de, conforme planejamento da circulação.

4.1.4.
Na falha da sinalização, o Controlador de Tráfego deve orientar o Opera-
dor de Trens sobre a sua circulação.

4.1.5.
Reportar as ocorrências, irregularidades e acidentes ocorridos em seu
turno de trabalho para o superior imediato.

4.1.6.
Conhecer as condições de circulação dos trens, a capacidade e extensão
dos desvios e o perfil da via permanente no trecho por ele controlado.

40 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

4.1.7.
Estar atento a qualquer não conformidade que ocorra no CTC, comuni-
cando imediatamente ao setor competente.

4.1.8.
Manter o sistema GHT ou o gráfico manual de trens e a região de con-
trole devidamente atualizados.

4.1.9.
Manter os AMVs posicionados para a linha na qual o trem vai circular
durante um cruzamento de trens.

4.1.10.
Não permitir entrada de trem, no trecho por ele controlado, que não
esteja nas condições estabelecidas neste regulamento.

4.1.11.
Não se ausentar do seu posto de trabalho sem autorização do superior
imediato.

4.1.12.
Estar atento aos programas de manutenção, otimizando a circulação
para o fornecimento do tempo, minimizando o atraso dos trens.

4.1.13.
Sinalizar na região de controle e informar aos Operadores de Trens todas
as restrições de velocidade causadas por acidentes ou por qualquer outra
irregularidade observada na linha e que ainda não estejam protegidas por
placas de sinalização.

4.1.14.
Antes de autorizar um serviço na via, cancelar todas as rotas com destino
ao trecho em manutenção e promover a interdição do trecho na região de
controle a ser concedido para manutenção.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 41


4. Obrigações

4.2. INSPETORES DE OPERAÇÃO DE TRENS


OU SUPERVISOR DE TRAÇÃO

4.2.1.
Treinar, orientar e inspecionar as equipes em operações ferroviárias, con-
dução de veículos ferroviários e regulamentos operacionais, por meio de
acompanhamento e orientações.

4.2.2.
Elaborar procedimentos para condução dos diversos tipos de trens, in-
cluindo os pátios e terminais, visando maior segurança, agilidade e econo-
mia na operação.

4.2.3.
Acompanhar o desempenho operacional dos colaboradores sob sua res-
ponsabilidade.

4.2.4.
Quando solicitado, contribuir para o desenvolvimento e implantação de
novas tecnologias, através da participação no desenvolvimento de novos
projetos, testes, fornecimento de dados operacionais e análise de novos
equipamentos.

4.2.5.
Quando solicitado, participar do estudo da causa de acidentes ferroviá-
rios, definindo junto aos setores competentes a busca de meios de evitá-los.

4.2.6.
Otimizar a operação de trens mediante estudos em simulador de operação.

42 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

4.3. OPERADORES DE TRENS

4.3.1.
Conhecer e obedecer as indicações dos sinais do ATC / / Speed Control /
CTC /, as velocidades regulamentares para cada aspecto, as características
do trecho, as localizações das seções de bloqueio, placas quilométricas,
placas regulamentares, AMVs, travadores elétricos, detetores de descarri-
lamento e pontos de Hot Box.

4.3.2.
Saber realizar corretamente o engate e desengate de veículos ferroviá-
rios, posicionar torneiras, fazer revistas de trens, efetuar acoplamentos e
desacoplamentos, substituir mandíbulas e mangueiras e executar qualquer
outro tipo de tarefa inerente à sua função, desde que devidamente trei-
nado e munido de EPIs. Quando autorizado pelo Controlador de Tráfego,
fazer a operação manual dos AMVs, travadores elétricos e demais equipa-
mentos pertinentes à função.

4.3.3.
Fazer manobras nos pátios e terminais.

4.3.4.
Fornecer as informações solicitadas pelo CCO/Agentes de Estação e/ou
Manobradores e área de manutenção, com precisão e o máximo de deta-
lhes possível.

4.3.5.
Cumprir as instruções da área de manutenção, CCO, Agentes de Estação
e/ou Manobradores.

4.3.6.
Durante a circulação, manter-se atento e dar imediato conhecimento
ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local de qualquer
irregularidade observada no seu trem, na linha, no ATC na sinalização de

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 43


4. Obrigações

campo, no meio ambiente e outros que, por ventura, possam afetar o


patrimônio das ferrovias ou pôr em risco vidas humanas.

4.3.7.
Durante os cruzamentos de trens, manter o canal do rádio no modo
SCAN, observar a outra composição que está passando, informando ao
Operador de Trens do outro trem ou Controlador de Tráfego Central ou ao
Controlador de Tráfego Local qualquer anormalidade verificada.

4.3.8.
Independente da informação do Controlador de Tráfego sobre cruza-
mentos ou restrições de velocidades, o Operador de Trens não está isento
do cumprimento da sinalização de campo.

4.3.9.
Uma vez informado do local de cruzamento, o Operador de Trens que
receber sinal de partida neste pátio, sem cruzar com o outro trem, deve
contatar imediatamente com o Controlador de Tráfego para obter novas
informações.

4.3.10.
Respeitar todos os dispositivos de segurança dos equipamentos de bor-
do, sendo absolutamente proibido isolar ou criar situações que possam
anular a função destes dispositivos, exceto em situações especiais quando
devidamente autorizado pela área de manutenção.

4.3.11.
Comunicar ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local
a presença de clandestinos no trem.

4.3.12.
Não permitir o acesso de pessoas não autorizadas no trem. Informar ao
Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local a quantidade de
pessoas presentes no trem.

44 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

4.3.13.
Ao término da jornada de trabalho, o Operador de Trens deve deixar
o(s) equipamento(s) (trens de serviços) em lugar seguro e devidamente
trancado.

4.3.14.
Caso ocorra alguma anormalidade que não permita o cumprimento das
instruções do Controlador de Tráfego, o Operador de Trens deve comunicar
imediatamente a este para receber novas instruções.

4.3.15.
Receber a documentação ao assumir o trem e garantir sua guarda ao
longo do percurso do trem. Na estação de destino do trem deve entregar
a documentação ao Agente de Estação ou Chefe de Pátio. Quando não
houver estação aberta, é sua responsabilidade entregar a documentação
ao cliente / terminal / outra ferrovia.

4.3.16.
A equipagem do trem deve confirmar entre si os aspectos dos sinais
observados durante a circulação do trem, exceto nos casos de monocon-
dução.

4.3.17.
Nas trocas de Maquinistas em trens e somente nos trechos controlados
pelo CCO, é obrigatório o repasse e a solicitação de todas as informações
referentes ao trem, licenciamento e precauções existentes. Essas informa-
ções serão registradas em documento definido em procedimento especí-
fico, exceto quando houver registro informatizado a bordo do trem. Em
pátios, terminais ou trechos controlados por Agente de Estação, o mesmo
deverá ser acionado sempre que for necessária a circulação do trem.

4.3.18.
O Operador de Trens deve inspecionar frequentemente seu trem en-
quanto ele estiver em movimento, atento a sinais e indicações de defeitos
na via e no trem, especialmente em trechos de curvas.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 45


4. Obrigações

4.3.19.
No caso de o Operador de Trens sentir-se sonolento ou indisposto, não
deverá conduzir trens e deverá notificar o controle de tráfego do local para
as devidas providências.

4.4. AUXILIARES DE MAQUINISTAS

4.4.1.
Conhecer e obedecer as indicações dos sinais do ATC / / Speed Control
/ CTC /, as velocidades regulamentares para cada aspecto, as caracterís-
ticas do trecho, as localizações das placas quilométricas, placas regula-
mentares, AMVs, travadores elétricos, detectores de descarrilamento e
pontos de Hot Box.

4.4.2.
Auxiliar a operação e manobra de trens e locomotivas, mediante os pro-
cedimentos adotados.

4.4.3.
Revistar locomotivas e vagões para a verificação de sua condição de
operação.

4.4.4.
Conduzir trens quando em treinamento, sob orientação e supervisão
de Maquinista Monitor ou Inspetor de Operação de Trens/Supervisor de
Tração.

4.4.5.
Inspecionar frequentemente seu trem enquanto esteja em movimento,
atento a sinais e indicações de defeitos na via e no trem, especialmente em
trechos de curvas.

46 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

4.4.6.
Estar atento à sinalização, comunicação e licenciamento, verificando
junto ao Maquinista as condições de condução do trem.

4.5. RESERVADA

4.6. AGENTES DE ESTAÇÃO, CHEFES DE PÁ-


TIOS, MANOBRADORES, OPERADORES DE
PRODUÇÃO DE PÁTIO E TERMINAL

4.6.1.
Conhecer a localização exata e manuseio dos AMVs, travadores elétricos,
extensão e capacidade das linhas e demais características de seu pátio ou
terminal.

4.6.2.
Cumprir as programações da operação, acompanhar as entradas e saí-
das de trens de seu pátio e supervisionar as manobras, programando com
antecedência as manobras das composições de trens.

4.6.3.
Manter controle atualizado dos trens e vagões existentes em seu pátio,
bem como dentro dos marcos correspondentes, de forma que possa for-
necer informações precisas, sempre que solicitado.

4.6.4.
Manter atualizado no sistema o registro de chegada e partida dos trens
e manobras, toda movimentação e eventos de locomotivas e vagões e or-
denação das composições, sob sua responsabilidade.

4.6.5.
Observar a passagem do trem pelo seu pátio sempre que os locais pos-
sibilitem sua visualização, comunicando imediatamente ao Controle de

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 47


4. Obrigações

Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local qualquer anormalidade nele


observada.

4.6.6.
Não se ausentar do seu posto de trabalho sem notificar o Controle de
Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local.

4.6.7.
Efetuar engate e desengate de trens, posicionar torneiras, efetuar liga-
ções de mangueiras de acoplamento, substituir mangueiras de acoplamen-
to, operar travadores elétricos, movimentar AMVs e fazer teste de cauda.

4.6.8.
Informar qualquer ocorrência de vagão para a Rádiomecânica quando
não houver um posto de inspeção mecânica para atendimento.

4.6.9.
É responsabilidade do Agente de Estação organizar a documentação do
trem e entregá-la à equipagem do trem. Na estação de destino do trem,
entregar a documentação ao cliente / terminal / outra ferrovia.

4.7. COLABORADORES DAS EMPRESAS CON-


TRATADAS PARA SERVIÇO NAS FERROVIAS

4.7.1.
Somente colaboradores previamente habilitados e autorizados pelas fer-
rovias podem dirigir-se diretamente ao Operador de Trens para qualquer
solicitação, no trecho em manutenção ou obras.

4.7.2.
Comunicar imediatamente ao Controlador de Tráfego qualquer anorma-
lidade que ocorrer no trecho em obra ou manutenção, ou com um trem
que estiver circulando neste trecho.

48 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

4.7.3.
Comunicar, em tempo hábil, ao Controle de Tráfego Central, todas as
alterações sobre o programa dos trens destinados aos serviços a serem por
eles executados.

4.7.4.
Manter atualizada toda a sinalização gráfica auxiliar do trecho em obras
ou manutenção, a qual é de sua inteira responsabilidade.

4.7.5.
Respeitar o gabarito das ferrovias e ramais nos quais opera, no trecho
em obras ou manutenção, para evitar acidentes.

4.7.6.
É proibido efetuar manutenções de campo em locomotivas, vagões, ele-
troeletrônica e via sem a devida autorização do Controle de Tráfego Cen-
tral, Controle de Tráfego Local ou Rádiomecânica.

4.8. CENTRO DE FORMAÇÃO DE TRENS

4.8.1.
Estabelecer o prefixo dos trens, programando nos sistemas todas as ati-
vidades previstas para circulação dos trens, possibilitando à estação o pla-
nejamento das manobras.

4.8.2.
Efetuar serviços referentes ao tráfego de carga geral, obedecendo às leis
ambientais e físicas.

4.8.3.
Cumprir a programação de formação dos trens, de acordo com a grade
e prioridades estabelecidas, otimizando os recursos necessários.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 49


4. Obrigações

4.8.4. RESERVADA
4.8.5.
Interagir permanentemente com pátios/terminais, escalas, CCO e área
de manutenção.

4.8.6.
Respeitar o gabarito das ferrovias e ramais nos quais as ferrovias operam.

4.8.7.
Elaborar programação de trens com circulação especial, em conjunto
com as áreas de operação e manutenção.

4.8.8.
Controlar o movimento de vagões em geral - bons, com restrições e
avariados.

4.8.9.
Fazer distribuição de vagão, conforme a programação de transporte e
atendimento às necessidades de ajuste da programação.

4.8.10.
Monitorar os percursos e os tempos de permanência de vagões e trens
em operação.

4.8.11.
Executar a distribuição de locomotivas para os trens e para revisão/ma-
nutenção.

4.8.12.
Programar o retorno das locomotivas e vagões avariados para a oficina,
determinando o melhor trem em que estes devem ser anexados.

50 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

4.8.13.
Definir as atividades dos trens, observando e orientando o destino de
acordo com o itinerário a ser percorrido, e inserir os dados em sistema.

4.8.14.
Disponibilizar diariamente a programação de trens, através de sistemas,
para que as áreas envolvidas preparem os recursos e manobras necessárias.

4.8.15.
Definir e alocar locomotivas e vagões para atendimento a trem, levando
em consideração o perfil e quadro de tração.

4.8.16.
Programar o abastecimento das locomotivas, levando em consideração
a distância a ser percorrida até o próximo ponto de abastecimento, através
de consulta em sistema.

4.8.17.
Manter atualizada a programação de locomotivas, através de consultas
e digitação de dados no sistema.

4.8.18. RESERVADA
4.8.19.
Monitorar a formação ideal de trens nos pátios de acordo com os pro-
cedimentos específicos.

4.8.20.
Acompanhar a aderência da grade de trens, elaborar relatórios de desem-
penho e propor as alterações necessárias.

4.8.21.
Verificar, informar e tomar ações, quando ocorrer paradas de trens não
programadas, zelando para o cumprimento do transit-time do trem.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 51


4. Obrigações

4.8.22.
Garantir que a frota de vagões destinados ao transporte de Produtos
Perigosos não sejam destinados para quaisquer outros fins, sem antes so-
frerem completa limpeza e descontaminação, conforme prevê o artigo 5.º,
§ 1º , § 2º e § 3º do Decreto nº. 98.973 - Regulamento do Transporte
Ferroviário de Produtos Perigosos.

4.8.23.
Somente destinar para carregamento de produtos perigosos vagões
classificados nas frotas para tal finalidade.

4.9. ANALISTAS DO CCO

4.9.1.
Planejar, Orientar e monitorar a execução da circulação de trens e ma-
nutenções na via.

4.9.2.
Administrar recursos necessários para atendimento a acidentes.

4.9.3.
Interagir com os pátios, adequando à entrada/partida das composições.

4.10. TÉCNICOS DE MANUTENÇÃO (RADIO-


MECÂNICA)

4.10.1.
Atender às prioridades do CCO.

52 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

4.10.2.
Fornecer aos Maquinistas o apoio técnico necessário para o reparo de
pequenas avarias e defeitos ocorridos durante a viagem, orientando-os
sobre os possíveis riscos.

4.10.3.
Monitorar o movimento de locomotivas e vagões avariados, para agilizar
o atendimento no trecho ou nas oficinas.

4.10.4.
Monitorar os equipamentos de HOT BOX e HOT WHEEL e passar imedia-
tamente ao Coordenador do CCO as anomalias no material rodante, para
que este tome as devidas providências em relação ao tráfego ferroviário.

4.10.5.
Registrar quaisquer irregularidades ocorridas com os vagões e locomoti-
vas e fornecer essas informações às oficinas e atendimentos volantes, bem
como aos Centros de Formação de Trens.

4.10.6.
Conhecer todas as características técnicas das locomotivas, bem como
suas respectivas capacidades de tração.

4.11. INSPETORES DE PÁTIOS OU LÍDER DE


PÁTIO

4.11.1.
Treinar e orientar os Agentes de Estação, Chefes de Pátios, Manobrado-
res e Operadores de Produção nos procedimentos e sistemas.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 53


4. Obrigações

4.11.2.
Habilitar Agentes de Estação, Chefes de Pátios, Manobradores e Opera-
dores de Produção para o exercício de sua função, ministrando cursos e
aplicando testes teóricos e práticos.

4.11.3.
Executar, quando necessário, as atribuições definidas para Agentes de
Estação e Chefes de Pátios, por meio de conhecimento prévio das ativida-
des da função.

4.11.4.
Elaborar procedimentos para operação de pátios e terminais visando
maior segurança, agilidade e economia na operação.

4.11.5.
Acompanhar o desempenho operacional dos colaboradores sob sua res-
ponsabilidade.

54 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

05 Comunicação

O processo de comunicação estabelecido para a operação e manutenção


ferroviária deve ser feito com a utilização dos meios de comunicação dis-
poníveis e em conformidade com as regras e padrões deste regulamento.

5.1. MEIOS DE COMUNICAÇÃO DISPONÍVEIS


Os meios de comunicação disponíveis para uso na operação ferroviária
são: rádio, satélite, telefonia convencional e telefonia celular, e, devem ser
utilizados conforme descrição abaixo.

5.1.1. RÁDIO
A) Os rádios utilizados nas operações e nas manutenções ferroviárias
somente podem ser operados por colaboradores ou terceirizados
devidamente treinados e habilitados, visando garantir o padrão de
comunicação.
B) Os rádios são utilizados para o controle da circulação de trens, de
manobras e de manutenções realizadas em trechos da via férrea.
C) Os rádios devem ser testados antes de entrarem em operação. O
teste de rádio consiste em fazer uma troca de mensagens com outro
rádio para verificar a clareza e a qualidade nas transmissões nas se-
guintes situações:
1. No canal de tráfego entre o Operador de Trens e o Controlador
de Tráfego: durante a formação do trem ou no restabelecimento
das comunicações quando da falha do rádio.
2. No canal de manobra entre o Operador de Trens e o Manobra-
dor/Operador de Produção: quando o rádio entrar para ser usado
nas manobras (a cada substituição de rádio ou troca de bateria).
3. Em outras situações nas quais devam ser verificadas a clareza e
qualidade nas transmissões.
D) As ordens de movimentação via rádio devem ser dadas diretamente
ao Operador de Trens por quem está orientando as operações, sendo
proibido retransmitir ordens de movimentação.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 55


5. Comunicação

E) No caso de o equipamento de rádio apresentar defeito ou interrupção


nas comunicações durante as operações de manobra, a movimentação
deve ser interrompida imediatamente, não podendo ser retomada sem
autorização dada por sinais manuais, ou antes de serem restabeleci-
das as comunicações por rádio. As transmissões devem ser constantes e
qualquer corte na comunicação deve ser considerado sinal de PARE.
F) Quando se utiliza o rádio para dirigir o movimento de um trem ou
veículo ferroviário, os Operadores de Trens devem compreender, com
toda a exatidão, quais são as ordens transmitidas, mediante o uso
do rádio. No caso de falta de comunicação durante movimentos de
recuos, devem parar na metade da distância especificada na última
mensagem.
G) Durante as operações de manobras através do uso do rádio, não se
farão sinais manuais, salvo os sinais de PARE, quando for necessário
parar a movimentação.
H) Os canais empregados na comunicação via rádio são descritos a seguir.

5.1.1.1. CANAL DE TRÁFEGO


Utilizado para comunicação entre Controladores de Tráfego e Operado-
res de Trens que circulam na malha, entre Controladores de Tráfego e equi-
pes de manutenção na malha e entre Controladores de Tráfego e estações,
tendo canais distintos para cada trecho.
O Operador está autorizado a trocar para a faixa de manobra e fazer
contato com o Agente de Estação ou Operador de Escala, sem autorização
do Controlador de Tráfego, por um período máximo de dois minutos. O
Controlador de Tráfego fará contato com o Agente de Estação, via rádio
ou telefone, caso haja necessidade de transmitir uma mensagem de emer-
gência ao trem.

5.1.1.2. CANAL DE MANOBRAS


A) Utilizado entre Agentes de Estação, Chefes de Pátios, Manobradores,
Operadores de Produção, Operadores de Trens e equipes de manu-
tenção, para a realização de manobras, tendo canais definidos para
cada pátio, estação/terminal ou trecho.
B) Utilizado durante o auxílio de trens.
C) Nas mensagens enviadas através desse canal, que determinam movi-
mento de trens, sempre devem ser fornecidos o sentido e a distância.

56 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

5.1.1.3. CANAL DE MANUTENÇÃO.


A) Utilizado pela equipe de manutenção da malha para falar entre si e
com suas bases no CCO.
B) Utilizado também para comunicação entre os Operadores de Escala
e os Maquinistas ao longo da malha.

5.1.1.4. CANAL DA RÁDIOMECÂNICA


Utilizado para comunicação entre Técnicos da Rádiomecânica, Maqui-
nistas e equipes de manutenção de material rodante.

5.1.2. RESERVADA
5.1.3. TELEFONIA CONVENCIONAL
Somente deve ser utilizada para comunicação das equipes de campo
com o CCO, no caso da impossibilidade da comunicação via rádio. Essa
comunicação deve ser gravada.

5.1.4. TELEFONIA CELULAR


Somente deve ser utilizada para comunicação das equipes de campo
com o CCO, no caso de impossibilidade de comunicação via rádio ou tele-
fonia convencional. Essa comunicação deve ser gravada.

5.1.5. RESERVADA

5.2. PROCESSO DE COMUNICAÇÃO


Para se obter uma comunicação perfeita, algumas regras básicas devem
ser observadas. Essas regras são clareza, objetividade, brevidade.

5.2.1. DIÁLOGO (CHAMADA NORMAL)


5.2.1.1.
O diálogo a ser travado entre os interlocutores tem que ser transparente
e sucinto e deve garantir o controle da circulação dos trens, manobras e
manutenções.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 57


5. Comunicação

5.2.1.2.
Deve-se parar o movimento do trem até que a comunicação seja com-
preendida pelo Operador de Trens. Para que a comunicação seja perfeita,
principalmente a utilizada no CANAL DE TRÁFEGO, torna-se necessário que
o assunto chave tenha começo, meio, fim e, principalmente, que não haja
distorções. Portanto, ao iniciar um diálogo, é necessário ater-se ao assunto,
na certeza de que os objetivos serão alcançados.

5.2.2. CHAMADA DE EMERGÊNCIA

5.2.2.1.
Em caso de emergência, a comunicação deve ser iniciada com a palavra
EMERGÊNCIA, repetida por três vezes.

5.2.2.2.
Ao ser pronunciada a palavra EMERGÊNCIA, os demais usuários do sis-
tema devem interromper qualquer comunicação e dar prioridade, no uso
do rádio, para a chamada de EMERGÊNCIA.

5.2.2.3.
A palavra EMERGÊNCIA deve ser usada quando a segurança dos colabo-
radores, particulares ou do patrimônio das ferrovias estiver comprometida
por situações alheias à normalidade da circulação ou da operação. Todos
os colaboradores devem dar prioridade ao atendimento de qualquer cha-
mada de emergência.

5.2.3. PADRONIZAÇÃO DAS COMUNICAÇÕES


5.2.3.1.
Antes de iniciar a conversação, certificar-se de que o canal não esteja
sendo utilizado.

5.2.3.2.
Os colaboradores que transmitirem ou acusarem a recepção de uma
comunicação de rádio devem iniciar a conversação com a devida identifi-
cação, informando os seguintes dados:

58 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

A) Transmissão ou recepção em local fixo: nome da ferrovia, nome da


estação ou local.
B) Transmissão ou recepção em unidades móveis: nome da ferrovia,
nome do Operador de Trens, prefixo completo do trem, localização,
independente da ordem.

5.2.3.3.
Todas as autorizações via rádio que digam respeito à operação de trens
e concessão de serviços somente podem ser executadas depois de recebi-
das e entendidas, devendo ser, obrigatoriamente, repetidas na íntegra por
quem está recebendo a comunicação. Havendo dúvida, solicitar repetição
da mensagem.

5.2.3.4.
Para indicar ao colaborador receptor que após a transmissão aguarda-se
uma repetição ou resposta, o colaborador deve dizer “CÂMBIO”. Sempre
que uma transmissão envolver informações de autorizações, estas devem ser
repetidas na íntegra após o “CÂMBIO” de quem concedeu a autorização.

5.2.3.5.
Para indicar ao colaborador receptor que as transmissões foram concluí-
das e não há necessidade de repetir ou responder, o colaborador transmis-
sor deve dizer “CÂMBIO FINAL”.

5.2.3.5.1.
Todo diálogo no Canal de Tráfego deve ser terminado pelo Controlador
de Tráfego com as palavras “CÂMBIO FINAL”, indicando aos demais usuá-
rios do sistema o final de uma transmissão.

5.2.3.6.
Todos os equipamentos de comunicação em operação devem permane-
cer ligados e com volume ajustado e sintonizado no canal correspondente
ao serviço, para que todas as chamadas sejam ouvidas e respondidas de
imediato.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 59


5. Comunicação

5.2.3.7.
Operadores de Trens e responsáveis pelo controle de circulação devem
trocar mensagens de acordo com a necessidade do serviço, destacando
alguns pontos, como os exemplos abaixo:
A) Observar posição de AMVs.
B) Operar manualmente AMVs.
C) Determinar a velocidade (ordens de avanço de sinal).
D) Verificar anormalidades na via ou no entorno desta.
E) No caso de auxílio de trens, identificar trem à frente e mudar para o
canal de manobra correspondente.

5.2.3.8.
Durantes as operações de manobras e na continuidade da comunica-
ção, o colaborador habilitado que está orientando a manobra deve sempre
mencionar o nome do Operador de Trens, ou o número da locomotiva ou
o prefixo do trem, para não deixar em dúvida a quem se destina a comu-
nicação.

5.2.3.9.
Toda e qualquer ordem do Controlador de Tráfego se sobrepõe a qual-
quer aspecto de sinal luminoso.

5.3. USO E ZELO DOS EQUIPAMENTOS DE CO-


MUNICAÇÃO

5.3.1.
Os equipamentos de comunicação somente podem ser usados por co-
laboradores das ferrovias ou de empresas contratadas ligadas à operação,
manutenção ou segurança patrimonial.

5.3.2.
Os Colaboradores são responsáveis pelo zelo, uso, conservação e guarda
dos equipamentos.

60 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

5.3.3.
Nenhum colaborador pode transmitir falsas comunicações de emergên-
cia, mensagens desnecessárias, nem utilizar linguagens obscenas, gírias ou
brincadeiras, o que constitui falta grave.

5.4. RESERVADA

5.5. GRAVAÇÃO DE CANAIS


Todos os rádios utilizados nas operações e manutenção devem ter os ca-
nais gravados e arquivados em sistema de gravação, pelo período mínimo
de um mês.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 61


Sinalização 06

6.1. SINAIS POR PLACAS


Sinalização fixada na posição vertical contendo inscrições de letras, al-
garismos e/ou símbolos, evidenciando situações em favor da segurança e
flexibilidade do tráfego.
A) Placas de sinalização com dizeres, número ou símbolos devem ser
colocadas ao longo da linha para normatizar a operação dos trens.
B) A parada dos trens em placas de sinalização que determinam PARA-
DA ABSOLUTA deve ser efetuada a, no mínimo, 50 metros do local
onde se encontra fixada a referida placa e deve ser imediatamente
comunicada ao Controlador de Tráfego. Também deve ser informado
ao Controlador de Tráfego o horário de saída do local.
C) Reservada
D) As placas de sinalização são colocadas sempre do lado direito da li-
nha, obedecendo-se o sentido de circulação. Em caso de linha dupla
e na impossibilidade de colocação na entrevia, as placas devem ser
colocadas em ambos os lados.
E) Caso seja constatado erro no posicionamento da placa (lado errado
do sentido de circulação), o Operador de Trens deve respeitá-la e co-
municar-se com o Controlador de Tráfego imediatamente, relatando
a ocorrência.
F) As placas de sinalização que não indiquem uma condição de inspe-
ção/manutenção corretiva ou preventiva (de via ou de mecânica),
somente podem ser instaladas nas vias pelas equipes de manutenção
da via permanente.

6.1.1. CATEGORIAS E CARACTERÍSTICAS DAS PLACAS


Cinco categorias de placas de sinalização são utilizadas para controlar a
circulação dos trens:
A) Placas de Regulamentação: são aquelas que trazem informações de
caráter regulamentar ou determinam atuações explícitas dos Opera-
dores de Trens no momento da passagem do trem pela placa.

62 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

B) Placas de Advertência: são aquelas que informam ao Operador de


Trens sobre uma condição na via que exige precaução ou o cumpri-
mento de procedimento específico.
C) Placas de Indicação: são aquelas que contêm informações de utilida-
de para a operação dos trens.
D) Placas de Obras: são aquelas que informam ao Operador de Trens
sobre uma condição na via que exige precaução ou o cumprimento
de procedimento específico.
E) Placas de informação: placas não descritas neste regulamento, de
uso específico, que não estabelecem velocidades e não conflitam
com as demais placas padronizadas neste regulamento.

Quanto ao tempo de permanência na via, as placas podem ser:


1) Permanentes: placas cuja localização e utilização em determinado
ponto da via férrea é definitiva.
2) Temporária: placas cuja utilização em determinado ponto da via fér-
rea somente é necessária enquanto durar a restrição operacional ou
a execução de serviços pelas equipes de manutenção.
A relação das placas de sinalização encontra-se no Anexo 1.

6.1.2. USO DE PLACAS EM RESTRIÇÕES DEFINIDAS PELAS


CONDIÇÕES ESTRUTURAIS DA VIA
A placa de regulamentação REASSUMA VELOCIDADE deve conter jun-
tamente no mesmo mastro (suporte) uma placa de indicação informando
o comprimento dos trens que estão autorizados a reassumir a velocidade
para o trecho a partir da referida placa. A placa de indicação com o com-
primento do trem visa garantir que os trens com comprimento igual ou
menor ao constante na placa de indicação reassumam a velocidade do
trecho após a cauda do trem ter saído da área de restrição.

6.1.2.1.
Outras placas de regulamentação de REASSUMA VELOCIDADE com a placa
de indicação de comprimento de trem podem ser afixadas no trecho, em dis-
tâncias que garantam a saída completa do trem da área de restrição. Essas dis-
tâncias são de 250 metros, 600 metros, 1200 metros e assim sucessivamente
em frações de 600 metros. A quantidade e as distâncias dessas placas devem
prever a retomada de velocidade do maior trem circulando naquele trecho.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 63


6. Sinalização

6.1.2.2.
Ao final da área de restrição deve ser afixada a placa de FINAL DE RES-
TRIÇÃO e após, nas distâncias determinadas, as placas de REASSUMA VE-
LOCIDADE.

6.1.2.3.
Trens circulando com comprimento maior que os indicados nas placas de
indicação devem manter a restrição de velocidade até encontrar outra pla-
ca de regulamentação de REASSUMA VELOCIDADE, juntamente com uma
placa de indicação informando um comprimento que seja superior ao do
trem. Se o trem circulando não encontrar uma placa de regulamentação
juntamente com uma placa de indicação informando um comprimento
superior ao seu, deve o Operador de Trens reassumir a velocidade somente
após a cauda do trem ter percorrido três quilômetros a partir da placa de
FINAL DE RESTRIÇÃO de velocidade, afixada na saída da área de restrição.

6.1.3. USO DE PLACAS EM RESTRIÇÕES DEFINIDAS PELAS


CONDIÇÕES OPERACIONAIS.
Quando a retomada da velocidade for possível logo após o término da
área de restrição, uma placa de regulamentação juntamente com uma pla-
ca de indicação deve ser afixada ao término da área de restrição.
Essa placa de retomada de velocidade se aplicará PARA TODOS OS TRENS
a partir do ponto onde a placa estiver afixada. Nessas condições não é ne-
cessária a colocação da placa de “FINAL DE RESTRIÇÃO”.

6.1.4. RESTRIÇÃO DE VELOCIDADE (VMA) EM ZONAS UR-


BANAS
As restrições de velocidades (VMA) em zonas urbanas e Passagens de
Nível para fins de segurança operacional junto às comunidades devem ser
consensadas entre a engenharia de transporte, engenharias de material
rodante e a área jurídica.

6.2. SINAIS LUMINOSOS


Os sinais representados por focos luminosos, com significados específi-

64 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

cos, determinam aos Operadores de Trens as velocidades e rotas a serem


obedecidas.
Quanto à altura, os sinais luminosos automáticos e os sinais de entrada
de pátios e o de partida de linhas principais são fixados em mastro. Os
sinais de partida do pátio que não seja a linha principal (linha 1) e os
sinais destinados a manobras são fixados diretamente sobre suas bases
(sinal anão).

6.2.1. SINAIS DE BLOQUEIO E DE INTERTRAVAMENTO


A) Os sinais de bloqueio empregados na circulação de trens são indica-
dos no Anexo 2.
B) Os focos luminosos podem estar colocados em qualquer lado do
mastro do sinal, podendo ser usadas placas de identificação com
algarismos para identificar sua localização.

6.3. SINAIS ACÚSTICOS (Instrumentos de


Alarme)
São sinais sonoros, com significados de atenção, utilizados para alertar
pedestres e motoristas que trafegam na faixa de domínio da ferrovia.
São definidos os seguintes instrumentos:
BUZINA ou APITO/SIRENE (ver regra 6.3.1)
SINO (ver regra 6.3.3)

6.3.1. BUZINA
Por se tratar de um item imprescindível à segurança, a buzina deve ser
acionada nas seguintes situações:
A) Quando da existência de placa regulamentadora determinando seu
uso.
B) Quando da aproximação de Passagens em Nível, segundo regula-
mentação específica.
C) Na aproximação de pontes, de viadutos ou de túneis.
D) Quando da partida do veículo ou locomotiva (escoteira ou tracionan-
do outros veículos).
E) Na aproximação de locais de operação de turmas de manutenção ou
de resgate de materiais.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 65


6. Sinalização

F) Nos locais onde haja necessidade de alertar pessoas ou animais, se-


gundo entendimento do Operador de Trens.
G) Na ocorrência de fatos que impliquem na utilização do equipamento
como sinal de aviso segundo o código de sinais convencionados.
Regras especiais para buzinas podem ser descritas em procedimento.

6.3.2. PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA NAS APROXIMA-


ÇÕES DE PN

6.3.2.1. Reservada
6.3.2.2. Reservada
6.3.2.3.
Em caso de perigo iminente, o Operador de Trens deve acionar a buzina
o tanto que se fizer necessário, a fim de preservar a segurança do tráfego
ferroviário.

6.3.2.4
Deve ser utilizado um acionamento longo, podendo ser repetido, se ne-
cessário, nos seguintes casos:
1. Em situações de pouca visibilidade, antes da partida do trem de pas-
sageiro nas estações, antes da passagem pela turma de manutenção,
risco de atropelamento, risco de abalroamento e em outras situações
de risco de acidente ferroviário;
2. A partir de 200 metros antes das estações abertas em que haja con-
centração de pessoas;
3. Na aproximação de pontes e viadutos ferroviários. Em condições de
plena visibilidade para o Operador de Trem, quando não há movi-
mentação de pessoas nas imediações ou sobre as pontes e viadutos,
o uso da buzina pode ser suprimido.
4. Em cruzamento com outra via férrea e na aproximação de túneis;
5. Na aproximação das placas de advertência Homens Trabalhando e
Pare ou placa cujo significado seja “buzine” ou ação de buzinar;
6. Na aproximação em cruzamento com outros trens e ao aproximar-se
do último veículo da composição em cruzamento ou ultrapassagem.

66 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

6.3.2.5
Deve ser utilizado um acionamento curto, podendo ser repetido, se ne-
cessário, antes da partida de trens e início de movimentação, exceto em
oficinas e pátios fechados quando definido em procedimento específico
da ferrovia.

6.3.2.6 Passagem em Nível


Os acionamentos da buzina deverão ocorrer conforme descrito na tabela
abaixo, podendo ser repetidos, se necessário:

Horário Acionamento mínimo


Diurno 1 Longo
Noturno 1 Curto

1. Horário Diurno: das 6h às 22h;


2. Horário Noturno: das 22h às 6h;

6.3.2.7 Critério de tempo de acionamento:


1. O início do acionamento da buzina deve ocorrer entre 15 e 20
segundos antes da ocupação da Passagem em Nível, devendo o
Operador de Trem estimar a distância na qual deverá iniciar o acio-
namento;
2. A distância mínima para início do acionamento é de aproximada-
mente 200 metros;
3. O acionamento longo é de no máximo 3 segundos e o acionamento
curto, no máximo de 1 segundo.

6.3.3. SINO DE LOCOMOTIVA


O sino da locomotiva (quando houver) deve ser acionado como adver-
tência, na entrada ou saída das estações, passagem por plataformas para
trens de passageiros, oficinas de manutenção e em Passagens de Nível.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 67


6. Sinalização

6.4. SINAIS MANUAIS

6.4.1.
Sinais representados por acenos de braço ou lanternas, utilizados para
manobras na falta de rádio intercomunicador. Devem ser dados diretamen-
te ao Operador de Trens em boas condições de visibilidade.

6.4.2.
Os sinais devem ser dados em pontos em que possam ser vistos com
nitidez, de modo a não serem mal interpretados. Se houver alguma dúvida
quanto ao significado ou a quem seja destinado, deve ser considerado
como sinal de PARE.

6.4.3.
Quando vagões forem empurrados por uma locomotiva orientada por
sinais manuais ou luminosos, o desaparecimento do transmissor do sinal
deve ser considerado como sinal de PARE.

6.4.4.
Sinais de emergência, lanternas ou sinais manuais que indiquem uma si-
tuação de PERIGO devem ser obedecidos independentemente da indicação
de qualquer sinal fixo ou sinal de cabine.

6.4.5.
Quando um trem tiver uma parada programada numa estação, na falta
de placas indicativas, sinais manuais ou luminosos podem ser utilizados
para colocar o trem em local apropriado.

6.4.6.
As manobras devem ser feitas com utilização de rádios e, na sua impos-
sibilidade, devem ser utilizados sinais manuais. A falta do rádio ou defeito
no equipamento não pode caracterizar motivo de recusa para a execução
da operação de manobra, desde que as condições de visibilidade sejam
satisfatórias para a utilização de sinais manuais ou luminosos.
A relação dos sinais manuais encontra-se no Anexo 3.

68 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

6.5. SINALIZAÇÃO AUXILIAR


Sinais móveis e de lanternas podem ser usados conforme disposto no
item 6.5.1, para proteção temporária da linha e das estruturas, ou de tra-
balhos em execução. Os sinais manuais executados por lanternas devem
estar localizados na lateral da via e serem utilizados nos trabalhos noturnos
e dentro de túneis.

6.5.1. SINAIS PARA PROTEÇÃO DE LINHAS OBSTRUÍDAS


OU COM RESTRIÇÃO DE VELOCIDADE
A proteção de linhas obstruídas ou inseguras a ponto de impedir a ope-
ração normal dos trens deve ser feita da seguinte maneira:

6.5.1.1.
Antes de começar algum trabalho ou caso exista algum defeito que tor-
ne a linha insegura, com gravidade para impedir o tráfego de trens ou
impor uma restrição de velocidade, o responsável pelo serviço deve provi-
denciar imediata proteção da via, em ambos os sentidos, com as devidas
placas de sinalização ou lanternas.

6.5.1.2.
Os trens devem reduzir a velocidade para obedecerem ao indicado pela
sinalização e não podem aumentar a velocidade até que o trem atinja a
placa de REASSUMA VELOCIDADE.

6.5.1.3.
No caso de a placa de sinalização indicar PARE, o trem só pode reiniciar
a circulação após a liberação pelo Controlador de Tráfego.

6.5.1.4.
À noite ou quando outra condição como tempo ruim ou em túnel pre-
judicarem a visibilidade das placas, podem também ser utilizados sinais de
lanterna.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 69


6. Sinalização

6.5.1.5.
Ao se providenciar proteção através de placas, esta deve ser feita em
ambos os sentidos.

6.5.1.6.
Quando duas linhas paralelas estiverem em condições inseguras, a pro-
teção adequada é feita do lado de fora de cada linha e não entre as duas
linhas em ambos os sentidos.

6.5.1.7.
Quando forem três ou mais linhas, a proteção das linhas internas é da
mesma forma adotada para a sinalização da linha singela.
Placas de indicação devem ser afixadas juntamente com as placas de
regulamentação ou de advertência, indicando a(s) linha(s) afetada(s), con-
forme Anexo 1, letra G (Placas de Indicação).

6.6. FAROL
Equipamento gerador de energia luminosa destinado a iluminar a via
permanente à frente do trem ou denunciar, à distância, a aproximação do
trem.

6.6.1.
Faróis Principais: são aqueles situados no ponto mais elevado da loco-
motiva, os quais se destinam, principalmente, a iluminar a via permanen-
te durante o deslocamento da locomotiva. Quando em manobras ou na
circulação de trens no período diurno, pelo menos um farol principal da
locomotiva deve estar aceso; e no período noturno, ambos os faróis devem
estar acesos.

6.6.2.
Faróis Auxiliares: são os demais faróis da locomotiva. Esses faróis, quan-
do em funcionamento, são utilizados em caso de neblina, em caso de ava-
ria do farol principal ou à noite em trecho com suspeita de trilho quebrado.

70 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

6.6.3.
Quanto à intensidade, os faróis são classificados em:
A) Farol Forte: o(s) farol(is) principal(is) da locomotiva comandante do
trem deve(m) permanecer ligado(s) na intensidade “FORTE”, durante
toda a movimentação dela, independentemente do local ou do ho-
rário em que esteja sendo movimentada, exceto em manobras nos
pátios onde existam interveniências com vias públicas.
B) Farol Fraco: deve ser utilizado nos cruzamentos de trens, em movi-
mento nos pátios nos quais exista interveniência com vias públicas
ou em linha dupla.
C) Farol Apagado: quando estacionado ou aguardando cruzamento.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 71


Operação de máquinas de 07
chave (AMV)

7.1. Regras Gerais de Operação de AMVs

7.1.1.
A preferência de circulação sobre um AMV é sempre para o trem que
tiver o AMV posicionado com a rota favorável para ele.

7.1.2.
Em vias não controladas pelo CCO ou em AMVs não sinalizados, antes
de ultrapassar o marco de uma via em que o AMV esteja posicionado para
outra via, o Operador de Trens deve certificar-se de que não há outro trem
ou manobra se deslocando no sentido do mesmo AMV.
No caso de recuo de trem ou manobra, é responsabilidade do colabora-
dor que está orientando a movimentação verificar esta condição antes de
autorizar a movimentação.

7.1.3
Em situação de recuo de trem, o empregado habilitado responsável pela
cobertura do movimento deve conferir o correto posicionamento, vedação
e travamento da ponta da agulha do AMV, informando ao Operador de
Trens essas verificações.

7.1.4.
Quando da utilização de um travessão dotado de AMV manual, todas as
chaves devem ser operadas antes do trem ou manobra ocupar o travessão.
Não se deve deixar somente um dos AMVs de um travessão posicionado
com a rota para movimento no travessão.

7.1.5.
Os AMVs (manuais ou de mola) da via principal devem estar protegidos

72 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

por cadeados ou travas. Em caso de falta ou avaria de cadeados em AMV


na via, deve ser providenciada a reposição imediata e caso não seja possí-
vel, o AMV deve ser travado ou pregado. O Controlador de Tráfego ou o
responsável pelo controle local deve ser avisado.

7.1.6
Quando um trem ultrapassar um AMV em posição contrária, é expressa-
mente proibido o recuo do trem, exceto no caso de AMV talonável.

7.1.7.
As chaves falsas ou descarrilhadeiras sempre devem estar em posição de
descarrilamento, a menos que seja necessária a utilização da via. Devem
ser utilizados cadeados ou travas para impedir a operação não autorizada
da chave falsa ou descarriladeira.

7.1.8.
Toda operação manual de máquina de chave em trecho controlado pelo
CCO deve ser autorizada pelo Controlador de Tráfego.

7.1.9.
A posição normal de uma chave na via principal é para movimento na
via principal, exceto:
A) Em locais onde existem AMVs de mola em ambos os extremos da via.
B) Quando o AMV está sob a responsabilidade de um colaborador ha-
bilitado e devidamente autorizado.
C) Quando autorizado pelo Controlador de Tráfego. Neste caso, a li-
cença do próximo trem deve ser com parada obrigatória antes do
AMV com a instrução de reposicioná-lo para a linha principal. Após
o posicionamento do AMV para a linha principal, o trem recebe nova
licença de circulação.

7.2. MÁQUINA DE CHAVE MANUAL COM


TRAVADOR ELÉTRICO

7.2.1.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 73


7. Regras Gerais de Operação de AMVs.

Quando um trem tiver que passar de uma linha não sinalizada para a linha
sinalizada em trecho de CTC, atravessando um AMV com travador elétrico,
o colaborador habilitado a operar o AMV deve contatar o Controlador de
Tráfego e obter deste a autorização para operar a máquina de chave.

7.2.1.1.
Após autorização do Controlador de Tráfego, os AMVs com travamento
elétrico são operados por colaboradores habilitados e recolocados na posi-
ção normal após sua utilização.

7.2.2.
Caso uma máquina de chave com travador elétrico apresente algum de-
feito, o Controlador de Tráfego pode autorizar o colaborador habilitado a
romper o lacre, para acionar o destravador de emergência.

7.3. MÁQUINA DE CHAVE DE MOLA

7.3.1.
Em trecho controlado pelo CCO, a operação manual de um AMV de
mola só pode ser feita quando autorizada pelo Controlador de Tráfego.

7.3.2.
Quando da parada do trem sobre o AMV de mola, é expressamente proi-
bido o recuo ou encolhimento do trem sem o posicionamento do AMV,
manualmente, para a linha do sentido de movimento do trem.

7.3.2.1.
Durante a realização de manobras, os AMVs de mola devem ser opera-
dos manualmente.

7.3.3.
Antes de circular no sentido de saída sobre um AMV de mola, o Ope-
rador de Trens de veículos ferroviários leves (autos de linha, veículos rodo-
ferroviários) deve operá-lo manualmente para o sentido do movimento do
veículo ferroviário, sempre que o AMV estiver em posição contrária.

74 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

7.4. MÁQUINA DE CHAVE ELÉTRICA

7.4.1.
Toda máquina de chave elétrica deve ser operada pelo Controlador de
Tráfego ou por ocupação do circuito de acionamento da chave (operada
automaticamente pelo trem). A sua operação manual deve ser autorizada
pelo Controlador de Tráfego.

7.5. MÁQUINA DE CHAVE MANUAL COM


CONTROLADOR DE CIRCUITO ELÉTRICO

7.5.1.
Quando um trem tiver que passar de uma linha não sinalizada para a
linha sinalizada em trecho de CTC, atravessando um AMV manual com
controlador de circuito elétrico, o colaborador habilitado a operar o AMV
deve contatar o Controlador de Tráfego e obter deste a autorização para
operar a máquina de chave.

7.5.2.
Após autorização do Controlador de Tráfego, os AMVs com controlador
de circuito elétrico são operados por colaboradores habilitados e recoloca-
dos na posição normal após sua utilização.

7.6. MÁQUINA DE CHAVE ELÉTRICA COM


COMANDO LOCAL

7.6.1.
Após autorização do Controlador de Tráfego, o colaborador habilitado
deve chavear o controle para Local e operar a chave utilizando os botões
de operação de Normal e Reversa. Ao final da execução da manobra, deve
ser retornado para o controle do CCO.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 75


7. Regras Gerais de Operação de AMVs.

7.6.2.
Em chaves controladas pela estação, a autorização deve ser dada pelo
Agente da Estação ou Manobrador.

7.7. MÁQUINA DE CHAVE MANUAL

7.7.1.
A operação do AMV manual só pode ser realizada por empregado habi-
litado e após autorização do controlador da área de atuação (CCO, estação
ou oficina).

7.7.2.
Os colaboradores que operam AMVs devem estar seguros de que eles
estejam devidamente posicionados para a rota a ser usada. Devem certifi-
car-se de que as agulhas estejam devidamente alinhadas, vedadas e trava-
das e que a indicação da bandeirola corresponda com a posição do AMV.

76 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

08 Manobras e Formação de
Trens

8.1. EXECUÇÃO DE MANOBRAS

8.1.1.
Todo trem, ao aproximar-se de uma estação ou pátio para executar ma-
nobras, deve ter sua aproximação anunciada pelo Operador de Trens e,
nesta região, cumprirá as determinações do Agente de Estação ou seu
preposto habilitado. Nenhuma manobra pode ser realizada sem a autori-
zação deles.

8.1.2.
Antes de efetuar qualquer manobra, o Agente de Estação ou seu pre-
posto habilitado deve certificar-se da situação das linhas, chaves e marcos.

8.1.2.1.
É obrigatória a fixação de um layout do pátio de manobra, em local visível
para os colaboradores que trabalham no pátio, contendo a identificação das
linhas, capacidade de vagões, comprimento e identificação dos AMVs.

8.1.3.
Toda manobra que necessite ocupar a linha de movimento deve ser com-
binada entre o Operador de Trens e o Controlador de Tráfego, respeitando
as previsões de tempo para o início e término das manobras.

8.1.3.1.
Em pátios não sinalizados, quando necessário realizar manobras que uti-
lizem a(s) linha(s) de circulação, esta situação deve ser previamente combi-
nada e programada entre a estação e o CCO com as devidas justificativas.
Esta decisão é norteada pelo CCO em função da prioridade de circulação
dos trens.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 77


8. Manobras e Formação de Trens

8.1.3.2.
Uma vez combinada e programada a manobra em linha(s) de circulação,
o Operador de Trens deve obter autorização do Controlador de Tráfego
para iniciar a movimentação da manobra na(s) linha(s) de circulação. Esta
autorização inclui o intervalo de tempo e limite de circulação para ocupar
a(s) linha(s) de circulação. Durante este intervalo de tempo e dentro dos
limites de circulação não há necessidade de novas autorizações. O Ma-
nobrador envolvido na manobra deve ter conhecimento do tempo e dos
limites da autorização, para o caso de orientar recuos.

8.1.3.3.
O intervalo de tempo e os limites de circulação do autorizado para ocu-
par a(s) linha(s) de circulação devem ser rigorosamente cumpridos para
não comprometer a circulação dos demais trens naquele trecho.

8.1.3.4.
Depois de concluída a manobra, e não havendo mais necessidade de
ocupar a(s) linha(s) de circulação, o Operador de Trens deve notificar o
Controlador de Tráfego, ficando a(s) linha(s) de circulação livres para a cir-
culação dos demais trens. Após essa notificação, o Operador de Trens não
pode mais ocupar a(s) linha(s) de circulação, a não ser que obtenha nova
autorização, que deve incluir intervalo de tempo e limites de circulação.

8.1.3.5.
O Controlador de Tráfego deve providenciar a proteção da(s) seção(ões)
de bloqueio(s) afetada(s) pela programação de realização de manobras.

8.1.4.
Toda manobra deve ser executada em conformidade com os procedi-
mentos específicos de cada pátio e terminal, quando houver.

8.1.5.
O Operador de Trens é responsável pela execução das manobras no trecho,
assim como nos pátios desprovidos de Agente de Estação ou Manobrador.

78 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

8.1.6.
Toda operação de manobra deve ser feita via rádio entre o Operador de
Trens e o colaborador responsável pela manobra. Caso haja falha no rádio,
devem ser usados os sinais manuais ou luminosos, até que a comunicação
via rádio seja normalizada.

8.1.7.
Todo trem em manobra deve ser operado com ar no encanamento geral,
realizando suas paradas por meio do freio pneumático. As exceções (ma-
nobra seca) são permitidas em manobras de vagões ou locomotivas para
as oficinas, manobras de vagões acidentados e manobras em locais onde
há procedimento específico.

8.1.8.
O desengate entre vagões, entre vagão e locomotiva e entre locomotivas
pode ser feito fechando-se as torneiras das mangueiras de ar, sem a ne-
cessidade de desacoplamento manual dessas (estouro). Outras conexões e
extensões devem ser desacopladas manualmente.

8.1.8.1.
Todos os vagões parados/estacionados devem ficar com as torneiras de
ar fechadas nas extremidades.

8.1.8.2.
É obrigatório, quando acoplar ou desacoplar a mangueira de ar, certifi-
car-se de que a composição não será movimentada pelo Operador do Trem
ou pelo alívio de freios da composição.

8.1.8.3.
É proibido enfiar o dedo no orifício do engate para destravar a castanha
da mandíbula.

8.1.9.
Todo colaborador envolvido em operações de manobra deve ter conheci-
mento das regras e procedimentos para a formação de trem.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 79


8. Manobras e Formação de Trens

8.1.10.
É proibido usar a função “SCAN” dos rádios durante as manobras, bem
como mudar a frequência sem autorização do Agente da Estação ou Ma-
nobrador.

8.1.11.
Durante as operações de manobra, os freios pneumáticos devem ser
aplicados na parte estacionada ou parada da composição, bem como nos
vagões deixados em desvios. Quando os desvios se situarem em rampas,
um grupo suficiente de vagões deve ser calçado de modo apropriado, além
de se aplicarem os freios manuais e o freio pneumático.

8.1.11.1. RESERVADA
8.1.11.2.
É considerado parado durante manobra vagão que estiver sem movi-
mentação em pátio, em período inferior a seis horas. Acima de seis horas,
é considerado estacionado. Em ambos os casos, deve-se constatar que os
freios pneumáticos estão aplicados.

8.1.11.3.
Quando composições forem estacionadas em locais onde há inflexão
no perfil da via, deve-se aplicar o freio manual de vagões posicionados
em ambas as extremidades da composição, conforme tabelas/layout em
procedimentos específicos.

8.1.11.4.
Quando a locomotiva engata em um trem ou vagões, os freios manuais
não devem ser afrouxados até que o sistema de freios a ar se encontre
totalmente carregado.

8.1.11.5.
A soltura dos freios manuais deve acontecer somente após uma aplica-
ção de freio que garanta a manutenção do trem parado.

80 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

8.1.12.
As velocidades máximas em manobras são:
A) Recuando: Velocidade Restrita não superior a 20 km/h.
B) Puxando: Velocidade Restrita não superior a 30 km/h.
C) A velocidade de engate dos veículos não deve exceder 3 km/h e deve-
se esticar os engates para confirmar o acoplamento entre os veículos.
D) Em nenhum caso as velocidades de manobras podem exceder a VMA
da via.

8.1.13.
É proibido movimentar quaisquer veículos que estejam com os freios
aplicados. Compete aos Manobradores (nos pátios) ou à equipagem do
trem (no trecho) verificar as medidas necessárias para se evitar essa anor-
malidade. Casos específicos são descritos em procedimentos.

8.1.13.1.
Antes de engatar ou movimentar vagões parados ou estacionados, o
empregado habilitado responsável deve certificar-se de que a operação
não causará deslocamento indesejado dos veículos.

8.1.14.
Durante as manobras nos pátios, a composição do trem não precisa
seguir a formação de veículos mais pesados ligados à tração, podendo os
vagões serem movimentados intercalados em qualquer ponto da composi-
ção. Casos específicos são descritos em procedimento.

8.1.15.
Antes de efetuar o movimento das locomotivas ou vagões através de
portões ou aberturas similares, deve-se assegurar que eles estejam total-
mente abertos e seus elementos móveis estejam seguramente fixados.

8.1.16.
Manobras de vagões carregados, os quais contenham produtos suscetí-
veis de avarias em consequência de seu deslocamento, devem ser realiza-
das com o máximo de cuidado.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 81


8. Manobras e Formação de Trens

8.1.17.
Durante a execução das manobras, o Manobrador é obrigado a forne-
cer ao Operador de Trens, passo a passo, o sentido de movimentação e a
distância aproximada para a parada da composição. O Operador de Trens
deve repetir as informações para confirmar o perfeito entendimento da
mensagem recebida através do rádio.

8.1.17.1.
O colaborador que está orientando a manobra deve manter o Operador
de Trens informado sobre a distância que falta para a parada/engate, de
modo a não provocar a parada da composição antes do local pretendido,
devido à falta de instruções.

8.1.18.
Em caso de falha de comunicação, o Operador de Trens deve parar a
manobra em até a metade da última distância especificada via rádio, a não
ser que novas instruções tenham sido recebidas.

8.1.19.
Quando a distância para engate ou a parada for igual ou inferior a 10 (dez)
vagões, não é necessário o uso da palavra “câmbio”, sendo obrigatória a
informação da identificação e a distância que falta para a parada ou engate.

8.2. SEGURANÇA PESSOAL EM MANOBRAS

8.2.1.
Antes de engatar ou movimentar veículos estacionados, verificar suas
condições de circulação e se não há pessoas nas proximidades deles, a fim
de evitar acidentes pessoais.

8.2.2.
É proibido aos colaboradores se colocarem entre vagões e/ou locomo-
tivas em movimento para executar engates/desengates ou para executar
acoplamento/desacoplamento de mangueiras.

82 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

8.2.3.
Durante as operações de manobra, o Operador de Trens não pode mo-
vimentar a locomotiva e/ou vagões sem a autorização de quem estiver
orientando a manobra.

8.2.3.1.
É proibido transpor composição sem o prévio conhecimento do Opera-
dor de Trens e dos envolvidos na manobra. Nos casos de vagões parados
ou estacionados, a transposição é permitida somente com autorização do
Agente de Estação ou Manobrador.

8.2.4.
Durante a execução das manobras, é expressamente proibido aos execu-
tores da manobra se posicionar nas cabeceiras, para-choques ou sobre as
hastes de engate dos vagões em movimento.

8.2.5.
Durante a execução das manobras, é proibido o uso de telefone celular
ou similar pelos colaboradores envolvidos. Em caso de necessidade do uso
de telefone celular a movimentação deve ser interrompida.

8.3. MANOBRAS DE PRODUTOS PERIGOSOS

8.3.1.
Manobras e circulação de trens transportando vagões com produtos pe-
rigosos devem obedecer ao Decreto nº 98.973 de 21 de fevereiro de 1990
ou seu substituto, e à Resolução da ANTT nº 2.748 de 12 de junho de
2008 ou a sua substituta.

8.3.2.
É proibido manobrar trens com vagões contendo produtos perigosos,
ressalvadas as manobras para incluir ou retirar tais vagões da composição.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 83


8. Manobras e Formação de Trens

8.3.2.1.
Na hipótese de se tornar imperiosa a manobra do trem, inicialmente
devem ser retirados os vagões com produtos perigosos, que devem ser
mantidos desviados sob vigilância, e somente serão reanexados ao trem
após a conclusão da manobra.

8.3.3.
É proibido desviar vagões contendo produtos perigosos próximo às zo-
nas residenciais ou povoados. Quando desviados, em função de situações
críticas, devem ser continuamente vigiados.

8.3.4.
Vagões com produtos perigosos não devem:
A) Parar ou estacionar ao lado de composição com outros vagões com
produtos perigosos.
B) Parar ou estacionar em locais de fácil acesso público.
C) Parar ou estacionar sobre Passagens em Nível.

8.3.5.
A circulação de trens com vagões contendo produtos perigosos deve ser
realizada com equipagem completa.

8.3.6.
Na circulação de trens com vagões contendo produtos perigosos, tem
que ser evitada a condição de locomotiva comandante de recuo.

8.3.7.
Na formação dos trens que transportem produtos perigosos, devem ser
observadas as seguintes precauções:
A) Na formação dos trens que estejam transportando produtos perigo-
sos, deve haver pelo menos um vagão com produto inerte entre a
locomotiva e os vagões com produtos perigosos.
B) Os vagões que estejam transportando produtos capazes de interagir
de maneira perigosa com aqueles contidos em outros vagões de-
vem estar separados destes por, no mínimo, um vagão com produtos
inertes.

84 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

C) Todos os vagões da composição, vazios e/ou carregados com outro


tipo de mercadoria, devem satisfazer aos mesmos requisitos de se-
gurança à circulação e desempenho operacional daqueles com pro-
dutos perigosos.
D) Não pode ser incluído na formação do trem, vagão carregado com
toras, trilhos, tubos, sucatas, peças soltas, estruturas e outros mate-
riais que poderão se deslocar, atingindo o vagão com carga perigosa.

8.3.8.
Recusar o transporte quando as condições de acondicionamento dos pro-
dutos não estiverem de acordo com as especificações de transporte, apre-
sentar sinais de violação ou mau estado de conservação. Os trens que este-
jam transportando produtos perigosos devem estar acompanhados de toda
a documentação da carga bem como da Ficha de Emergência fornecida pelo
cliente.

8.3.9.
É proibido o uso de engates rotativos em vagões que estejam transpor-
tando produtos perigosos. Os vagões-tanque empregados no transporte
de produtos perigosos devem ser dotados de engates fixos que evitem o
desacoplamento vertical em decorrência de acidentes (Art. 9º da Resolução
nº 2.748, de 12 de junho de 2008, da ANTT).

8.3.10.
Nas inspeções de pátio realizadas antes da viagem (pelo pessoal da ma-
nutenção do material rodante), deve ser verificada a altura dos engates
dos vagões-tanque. Em hipótese alguma, a diferença entre as alturas de
dois engates a serem acoplados pode ser maior que 90 mm. (Art. 10º da
Resolução nº 2.748, de 12 de junho de 2008, da ANTT).

8.3.11.
É obrigatória a fixação de Rótulos de Risco e Painéis de Segurança de
acordo com a NBR-7500, nas partes externas dos vagões.

8.3.12.
O pessoal envolvido no transporte de produtos perigosos deve ser pre-

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 85


8. Manobras e Formação de Trens

viamente treinado e reciclado, conforme estabelecido na regulamentação


do transporte ferroviário de produtos perigosos. (Art. 13º da Resolução nº
2.748, de 12 de junho de 2008, da ANTT).

8.4. FORMAÇÃO DE TRENS

8.4.1.
Na formação e recomposição de trens com vagões carregados e vazios, a
diferença de peso bruto entre vagões posicionados à frente na composição
e todos os outros posteriores deve ser especificada em procedimentos.

8.4.2.
Não é permitida a formação de trem com qualquer um dos seus vagões
transportando carga fora de gabarito, exceto em casos definidos em pro-
cedimentos específicos.

8.4.3.
Não é permitida a circulação de trem com carga corrida (carga que cor-
reu durante a viagem) e fora de gabarito. Caso ocorra, o vagão deve ser
desviado até o posicionamento da carga.

8.4.4.
Nos pátios e terminais de formação de trens, se ocorrer vagão com carga
irregularmente distribuída, este não deve entrar na composição.

8.4.4.1.
Todo vagão carregado antes de ser anexado em trem deve ter a carga
vistoriada de acordo com o Procedimento de Embarque Ferroviário (PEF)
ou outro procedimento específico.

8.4.5.
Na formação de trens que contenham vagões isolados, deve ser respei-
tado o percentual máximo de 5% da composição, sendo estes intercalados
com agrupamento máximo de 2 vagões isolados, exceto para vagões triais,
em que podem viajar 3 vagões isolados juntos.

86 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

8.4.6.
Em nenhuma hipótese pode ser autorizada a formação de trens com
vagões duais, vagões triais, vagões isolados ou vagões sem freios pneumá-
ticos na cauda da composição.

8.4.6.1.
Na formação de trens em cujo itinerário estiver prevista a inversão da or-
dem da composição, não é permitido o posicionamento de vagão isolado
ligado à locomotiva.

8.4.7.
Só podem trafegar isolados dois vagões juntos, se protegidos na cauda,
no mínimo, por número igual de vagões com freio eficaz. Exceto para
vagões triais, quando isolados os três vagões da unidade e destinados ne-
cessariamente à manutenção após vazios, que devem ser protegidos na
cauda por no mínimo três vagões com freio eficaz.

8.4.8.
Antes de serem anexados a um trem, equipamentos de manutenção
de via permanente, veículos para aferição de balança de plataforma (não
automática), veículos com carga cuja dimensão aproxima-se do limite má-
ximo estabelecido pelo gabarito, guindastes de socorro, ou outros veículos
que necessitem de cuidados especiais ou possuam restrições de velocida-
de, devem ser vistoriados por empregado habilitado.

8.4.9.
Todas as mangueiras de acoplamento dos vagões e locomotivas, quando
livres, devem ter seus bocais acoplados nos engates cegos (suportes), a fim
de evitar entrada de impurezas e danos por arrasto e reduzir ao mínimo as
flexões dos tubos de borracha, aumentando assim sua vida útil. Exceção
é permitida para os vagões e locomotivas que estiverem envolvidos em
manobras, desde que a mangueira não se arraste.

8.4.10.
É terminantemente proibida a dobra das mangueiras de acoplamento.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 87


8. Manobras e Formação de Trens

Se não houver engate cego e se mangueiras estiverem de arrasto, devem


ser substituídas ou retiradas e colocadas na cabine da locomotiva.

8.4.11.
A circulação de trens de serviço e com equipamentos especiais sobre va-
gão deve ser feita de acordo com procedimento específico, a ser definido,
conforme a formação destes.

8.4.12.
A circulação de trens com vagões com restrições deve ser feita de acordo
com procedimento específico, a ser definido, conforme a formação destes.

8.4.13. RESERVADA
8.4.14.
A formação de trens que trafega em mais de uma ferrovia, deve respeitar
os requisitos mais restritivos de formação.

8.5. RESERVADA

8.6. DOCUMENTOS DE TREM


A emissão e o transporte de documentos de trens são definidos em pro-
cedimento específico de cada ferrovia.

8.7. RECUO EM MANOBRAS


Quando, por absoluta necessidade de serviço, vagões estiverem sendo
empurrados por uma ou mais locomotivas, torna-se necessária a presença
de empregado habilitado para dar a cobertura (presencial ou visual) na
cauda do trem, exceto quando se tratar de pátio ou terminal provido de
procedimento específico.

8.7.1. RESERVADA

88 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

8.7.2. RESERVADA
8.7.3.
É permitida a manobra e circulação de locomotivas de recuo em mo-
nocondução, em pátios e terminais, desde que o Maquinista tenha visi-
bilidade da via, dos marcos, dos trechos de linha livre e conhecimento
das condições dos AMVs. A operação deve ser realizada com permanen-
te comunicação via rádio entre o Maquinista e o colaborador que estiver
orientando a manobra.

8.7.3.1.
Em casos de locomotiva circulando de recuo ou de frente com mais de
um colaborador habilitado dentro dela, a responsabilidade em observar
AMVs, limites de marcos, PNs, etc., é daquele colaborador que tiver visão
no lado favorável da curva e em linha reta do Maquinista (que deve solici-
tar ajuda do outro colaborador habilitado que estiver presente).

8.7.3.2.
Locomotiva circulando de recuo somente com um Maquinista:
A) Sempre que a curva for favorável (tiver visão) para o Maquinista, este
é responsável em verificar a posição correta dos AMVs, limites de
marcos, PNs, etc. Em caso de dúvidas, parar para verificar a correta
posição do(s) AMV(s).
B) Quando a curva for desfavorável (não tiver visão) para o Maquinista,
este notifica o colaborador que está orientando a manobra da con-
dição existente e, se autorizado a circular, a responsabilidade será do
colaborador que está orientando a manobra, o qual deve garantir a
posição correta dos AMVs e livres os limites de marcos.
C) O colaborador que está orientando a manobra pode solicitar ao Ma-
quinista que pare a movimentação da manobra e verifique a correta
posição do(s) AMV(s), para então prosseguir a operação.

8.7.3.3.
Locomotiva circulando de frente somente com um Maquinista: O Ma-
quinista é responsável por verificar a posição correta dos AMVs, limites de
marcos, PNs, etc., devendo parar diante de qualquer anormalidade verifi-

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 89


8. Manobras e Formação de Trens

cada e comunicar o fato ao colaborador que está orientando a manobra.

8.7.4.
Em locais onde existir procedimento específico é permitida a cobertura
de recuo de trem com uso de câmera de vídeo ou binóculos, desde que
o colaborador habilitado responsável pela cobertura tenha plena visibili-
dade da cauda, das condições da via e dos AMVs a serem transpostos.
Nesse caso, não é obrigatória a presença física na cauda da composição
do colaborador habilitado responsável pela operação. A operação deve
ser realizada com permanente comunicação via rádio entre o Operador de
Trens e o colaborador habilitado responsável pela cobertura do recuo. Nos
recuos sobre Passagens de Nível deve haver cobertura presencial, conforme
regra 8.7.1.B.

8.8. INSPEÇÃO E VISTORIA DE TRENS

8.8.1.
Nos pátios de formação, terminais de carga e descarga, as equipes de
inspeção de vagões são responsáveis pela vistoria da composição e posicio-
namento das torneiras retentoras de alívio e de dispositivo vazio/carregado
de acordo com os procedimentos operacionais.

8.8.2.
Nos locais onde não existam equipes de conserva, o trabalho de vistoria
da composição é feito pela equipagem do trem ou por equipe habilitada.

8.8.3.
Após a formação do trem, é obrigatória a execução do teste de cauda,
com a participação do Maquinista e de outro empregado habilitado.

8.8.4.
No caso do material rodante apresentar medidas fora dos parâmetros
vigentes, cabe à área técnica de manutenção da ferrovia responsável pelo
veículo ferroviário determinar o destino do veículo, informando à estação
as restrições operacionais e de velocidade, quando houver.

90 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

8.9. MANOBRA EM PASSAGEM DE NÍVEL

8.9.1.
Sempre que possível, devem ser evitadas as manobras em locais de exis-
tência de PN. Quando for inevitável executar manobras em tais locais, elas
devem ocorrer no menor tempo possível de interrupção da passagem de
pedestres e/ou de veículos.

8.9.2.
Manobra com ocupação intermitente da PN somente é possível com o
estabelecimento de vigilância na PN, cujo responsável fará a sinalização
necessária para pedestres e motoristas e dará, quando houver segurança
para tal, a autorização para que o Maquinista movimente a composição
no sentido da PN. Entre ocupações da PN, e quando a situação o exigir,
deve ser concedido tempo para o escoamento do movimento de veículos
e pedestres.

8.9.3. MANOBRA COM COMPOSIÇÃO PARADA SOBRE A


PN
Se tal situação se tornar necessária, esta deve ser feita de forma a causar
o menor impacto possível no tráfego rodoviário e de pedestre do local.

8.9.3.1.
Quando houver necessidade do fracionamento da composição, as ex-
tremidades das partes fracionadas mais próximas da PN devem guardar a
distância mínima de 15 metros.

8.9.3.2.
O fechamento da composição somente é permitido depois de estabeleci-
da a vigilância na PN, cujo responsável, após interromper o movimento de
pedestres, veículos e conseguir a segurança necessária, dará ao Maquinista
a autorização para que a composição seja movimentada para ocupar a
Passagem de Nível.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 91


8. Manobras e Formação de Trens

8.9.3.3.
Em qualquer situação em que uma composição tenha permanecido pa-
rada sobre uma PN, o Maquinista somente pode movimentar a referida
composição após tomar as seguintes providências:
A) Quando for destacada vigilância durante a manobra, após autoriza-
ção do responsável destacado para fazer a segurança na PN.
B) Quando não tiver sido destacado responsável para fazer a segurança
na PN, o Maquinista deve tomar as seguintes providências:
• Emitir sinal longo de buzina para alertar pedestres e motoristas.
• Decorrido um tempo de 10 segundos, emitir novo sinal longo de
buzina e colocar o trem em movimento.

92 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

09 Licenciamento e Circula-
ção de Trens

9.1. DISPOSIÇÕES GERAIS DE LICENCIAMEN-


TO E CIRCULAÇÃO DE TRENS
A movimentação dos trens na malha integrada das ferrovias é controla-
da e monitorada pelo Centro de Controle Operacional, situado em Juiz de
Fora, que deve ser regido por todas as regras deste regulamento.

9.1.1.
Em trecho não dotado de CTC, nenhum trem pode entrar em seção de
bloqueio sem autorização do Controlador de Tráfego Central ou Controla-
dor de Tráfego Local.

9.1.2.
Em qualquer trecho (sinalizado ou não), a circulação de mais de um trem
no mesmo bloqueio será permitida somente em VELOCIDADE RESTRITA
para os casos em que seja necessário socorrer trem avariado ou aciden-
tado, trabalhos na via, manobras, anexação ou desanexação de auxílios
e estacionar trens em linhas ocupadas. A circulação simultânea de trens
no mesmo sentido é permitida somente em VELOCIDADE RESTRITA para
aproximar trens (no mesmo bloqueio) ou otimizar a circulação em até dois
bloqueios.

9.1.2.1.
Nestes casos o Controlador de Tráfego Central ou Controlador de Tráfe-
go Local procederá da seguinte forma:
1- Em trecho sinalizado: comandará o sinal RESTRITIVO (vermelho pis-
ca) e notificará o operador do trem. Não haverá necessidade de no-
tificar o operador do trem para os casos de manobras, anexação/
desanexação de auxílios e circulação de trens no mesmo sentido.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 93


9. Licenciamento e Circulação de Trens

2- Em trecho não sinalizado ou com sinalização inoperante: enviará li-


cença verbal (via rádio) com as devidas instruções, conforme regra
9.3.3.

9.1.2.2.
Quando a circulação de trens no mesmo bloqueio se der em sentido
contrário, os Operadores de Trens deverão ser notificados (via rádio) desta
circunstância, sendo que o trem à frente (o primeiro trem que ocupou o
bloqueio) deverá estar parado. Em trecho sinalizado o trem será autoriza-
do a circular em Ordem de Avanço (ver regra 9.8.13).

9.1.2.3.
Outros casos específicos envolvendo ocupação simultânea de trens no
mesmo bloqueio ou a forma de fazê-los serão descritos em procedimentos
específicos.

9.1.3.
Nenhum trem pode ser movimentado sem ter recebido o sinal ou licen-
ciamento.

9.1.4.
O Operador de Trens é responsável por todos os deveres inerentes à
condução do seu trem.

9.1.5.
Um trem autorizado a circular numa seção de bloqueio não pode parar,
exceto quando autorizado ou em caso de emergência e, neste caso, o
Operador de Trens deve comunicar-se imediatamente com o Controlador
de Tráfego.

9.1.6.
Quando um trem não puder prosseguir por qualquer motivo e for obri-
gado a recuar, somente iniciará tais movimentos em VELOCIDADE RES-
TRITA e quando autorizado pelo Controlador de Tráfego, com a devida
proteção de cauda ou de acordo com procedimento específico.

94 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

9.1.7.
A velocidade máxima autorizada (VMA) não pode ser ultrapassada.

9.1.8.
Nenhum trem pode deixar o pátio de cruzamento antes de constatar a
chegada do trem com o qual irá cruzar devidamente completo. Caso não
tenha cauda conferida, o Controlador pode autorizar circulação do trem
com VELOCIDADE RESTRITA.

9.1.9.
Salvo indicação em contrário dada por um sinal fixo ou regra específica
(Velocidade Máxima Autorizada), os trens devem circular com velocidade
REDUZIDA em todas as linhas que não sejam as principais.

9.1.10.
Fora do trecho CTC, nos pátios com Agentes de Estação e/ou Manobra-
dores, os trens entrarão sob orientação destes, conforme regra 8.1.1.

9.1.11.
Quando não houver Manobrador de serviço, as máquinas de chave de
entrada e saída dos pátios podem ser operadas pelo Agente de Estação ou
por um membro da equipagem do trem, ou pessoa treinada e habilitada
para essa atividade.

9.1.12.
Nenhum trem pode entrar num pátio por linha diferente da determinada
pelo Controlador de Tráfego (nas linhas controladas pelo CCO), Agente de
Estação ou Manobrador (nas linhas controladas pelo pátio).

9.1.13.
Salvo em casos de acidentes, as linhas destinadas ao cruzamento de
trens, dentro dos limites da estação, devem ser mantidas livres. Quando a
ocupação das linhas for exigida por quaisquer circunstâncias, o Controla-
dor de Tráfego deve autorizar a ocupação.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 95


9. Licenciamento e Circulação de Trens

9.1.14.
Quando um trem, circulando em trecho de linha dupla, entrar em emer-
gência, o Operador de Trens deste trem deve entrar em contato imediato
com o Controlador de Tráfego, que imediatamente avisará aos Operadores
de Trens de outros trens que estiverem circulando nas seções de bloqueio
adjacentes para prosseguirem com VELOCIDADE RESTRITA.

9.1.15. RESERVADA
9.1.16.
A circulação de trens em trecho com suspeita de trilho quebrado pode ser
autorizada pelo Controlador de Tráfego, devendo o Operador de Trens ser
orientado por rádio sobre essa condição. A circulação de trens nesta con-
dição deve ser feita com velocidade restrita não superior a 15km/h. Caso o
Operador de Trens consiga visualizar a fratura, ele só pode trafegar sobre o
trilho quebrado com autorização do pessoal da manutenção.

9.1.17.
Quando for necessário o uso de locomotivas auxiliares para a assistência de
um trem, a equipagem do trem auxiliado estará encarregada da operação.

9.1.18.
A entrada ou saída de veículos rodoferroviários ao longo da via devem
ser feitas mediante a autorização do Controlador de Tráfego. Em caso de
retirada do veículo rodoferroviário da linha, o Operador de Trens deve,
imediatamente, avisar ao Controlador de Tráfego que a via está livre.

9.2. RESERVADA

9.3. LICENCIAMENTO VIA RÁDIO

9.3.1.
Qualquer veículo que trafegar na malha ferroviária deve estar com o
rádio funcionando perfeitamente.

96 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

9.3.2.
O licenciamento via rádio deve ser entre dois marcos quilométricos, ou
pátios, onde o Operador de Trens deve receber novas instruções, podendo
ser estendidos a trechos mais longos.

9.3.3.
Deve ser utilizado em trechos não sinalizados, com sinalização inoperan-
te ou seções bloqueadas pelo Controlador de Tráfego.

9.3.4.
O Operador de Trens é responsável pela verificação das posições e mani-
pulação dos AMVs, de acordo com a licença recebida, bem como conferir
e informar o número completo do vagão cauda da composição, ou placa
de completo com o qual seu trem está cruzando.

9.4. LICENCIAMENTO VIA TELEFONE


Nos casos de acidentes ou quando ocorrer pane geral e simultânea dos
sistemas de sinalização e comunicação, o licenciamento pode ainda ser
feito através de telefones celulares ou convencionais. As regras de comuni-
cação são as mesmas do licenciamento via rádio. Este telefonema deve ser
feito para os telefones dos Controladores de Tráfego que possuem sistema
de gravação.

9.5. RESERVADA

9.6. RESERVADA

9.7. RESERVADA

9.8. LICENCIAMENTO VIA CTC (Controle de


Tráfego Centralizado)

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 97


9. Licenciamento e Circulação de Trens

9.8.1.
A circulação dos trens nos trechos com CTC é controlada pelo Contro-
lador de Tráfego. Os sinais devem ser operados com antecedência, para
evitar que os trens venham a sofrer paradas desnecessárias.

9.8.2.
Quando um trem for parado por sinal (semáforo) apresentando uma
indicação de PARE, o Operador de Trens deve entrar em contato com CCO
e obedecer as suas instruções.

9.8.3.
As operações de manobras de pátios, em linhas dotadas de CTC, são
autorizadas pelo Controlador de Tráfego e efetuadas pela equipagem, Ma-
nobrador ou Agente de Estação e deve ser cumprido o tempo acordado
com o Controlador. O Controlador de Tráfego deve ser avisado, após o
término da manobra.

9.8.4.
O Controlador de Tráfego deve ser avisado de qualquer condição que
possa atrasar um trem ou impedir sua circulação com velocidade normal.

9.8.5.
Todos os sinais com indicação de PARE são absolutos, isto é, somente
podem ser avançados quando o Operador de Trens tiver recebido ordens
expressas nesse sentido, dadas pelo Controlador de Tráfego.

9.8.6.
O Controlador de Tráfego, ao conceder intervalos em uma ou mais se-
ções de bloqueio, com ou sem veículos, deve tomar as medidas necessárias
de segurança.

9.8.7.
Se os sistemas CTC forem interrompidos ou declarados inoperantes, os
trens devem circular autorizados por instruções dadas pelo Controlador de
Tráfego, de acordo com este regulamento.

98 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

9.8.8.
Todos os trens, incapazes de provocar ocupação constante no circuito de
via, estão proibidos de circular no território sinalizado. Se, porventura, al-
gum trem apresentar este defeito, o Controlador de Tráfego deve ordenar
a imediata retirada do trem para o desvio não sinalizado mais próximo, ou
a parada total do trem (com a devida segurança) até que ele seja rebocado
por outro trem em condições de circulação.

9.8.9.
Nos trechos sinalizados, os trens circularão controlados pelos aspectos
dos sinais, obedecendo às faixas de velocidade correspondentes a cada
aspecto. Em caso de o sistema ficar inoperante, a circulação dos trens é
comandada pelo Controlador de Tráfego.

9.8.10.
Um sinal impreciso, apagado, ou a falta de um sinaleiro é considerado
como sinal de PARE. O Operador de Trens comunicará tal condição ao Con-
trolador de Tráfego e obedecerá às instruções que este lhe der.

9.8.11.
O empregado autorizado a dar ordens à circulação dos trens, em trechos
dotados de CTC, é o Controlador de Tráfego.

9.8.12.
Todo sinal cruzetado somente pode ser ultrapassado mediante instrução
especial para o mesmo ou por orientação do Controlador de Tráfego.

9.8.13. CIRCULAÇÃO COM AVANÇO DE SINAL


Quando um trem for parado por um sinal de PARE e a circulação do trem
for possível, o Controlador de Tráfego pode autorizar o AVANÇO DE SINAL
ao Operador de Trens, seguindo as seguintes recomendações:

9.8.13.1.
Para a entrada em pátios, após a concessão da ordem de avanço de

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 99


9. Licenciamento e Circulação de Trens

sinal de entrada dada pelo Controlador de Tráfego, devem ser seguidas as


instruções a seguir:

9.8.13.1.1.
Caso o Controlar de Tráfego não receba indicações de posição de chave
e/ou não consiga movimentar as chaves (sistema de sinalização inoperan-
te), a ordem de avanço de sinal deve ser feita da seguinte forma:
A) Se a chave não estiver posicionada para seu sentido de circulação,
deve o Operador de Trens “pisar” a seção detetora com o rodeiro
dianteiro do primeiro veículo ferroviário, descer do veículo ferro-
viário, posicionar manualmente a chave para a rota determinada,
verificar a perfeita vedação da agulha no encosto, motorizar a cha-
ve, retornar ao veículo ferroviário e prosseguir circulação, conforme
combinado com o Controlador de Tráfego.
B) Se a chave estiver posicionada para o seu sentido de circulação, deve
o Operador de Trens “pisar” a seção detetora com o rodeiro dian-
teiro do primeiro veículo ferroviário, descer do veículo ferroviário,
confirmar o posicionamento da chave, verificar a perfeita vedação
da agulha no encosto, retornar ao veículo ferroviário e prosseguir
circulação, conforme combinado com o Controlador de Tráfego.
Após a parada do trem em trechos de descida de serra, antes de movi-
mentar o trem, o Maquinista deve operá-lo conforme o(s) procedimento(s)
para início de circulação. Na impossibilidade de efetuar a parada do trem
antes da chave, o fato deve ser comunicado ao CCO conforme regra 4.3.14

9.8.13.1.2.
Caso o Controlador de Tráfego receba indicações de posição de chave
e consiga movimentar as chaves e caso a chave já esteja posicionada para
seu sentido de circulação, a ordem de avanço de sinal deve ser feita da
seguinte forma:
A) O Controlador de Tráfego deve comandar a movimentação da(s) cha-
ve(s) conforme sua necessidade de circulação.
B) O Controlador de Tráfego deve observar em seu painel (monitor)
a indicação enviada pelo campo de posicionamento da(s) chave(s)
conforme seu(s) comando(s).
C) O Controlador de Tráfego deve solicitar ao Operador de Trens que

100 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

ocupe a seção detetora com o primeiro rodeiro do trem e aguarde


nesta posição.
D) O Operador de Trens deve movimentar o seu trem de forma a realizar
a ocupação da seção detetora com o primeiro rodeiro deste, parar o
trem e aguardar nova orientação do Controlador de Tráfego.
E) O Controlador de Tráfego deve observar em seu painel (monitor) a
indicação de detetora ocupada e de chave(s) posicionada(s) na(s)
posição(ões) para a(s) qual(is) realizou seu comando.
F) Após a verificação do item E, o Controlador de Tráfego pode autori-
zar ao Operador de Trens circular com o trem até o próximo sinal de
mesmo sentido, informando a ele a rota programada para seu trem.
Caso o item E não seja completamente verificado o Controlador de-
verá proceder conforme a regra 9.8.13.1.1.
G) O Operador de Trens, após receber ordem de avanço, deve circular
até o próximo sinal de mesmo sentido, observando o posicionamen-
to das agulhas para a rota informada pelo Controlador de Tráfego.
Após a parada do trem em trechos de descida de serra, antes de mo-
vimentar o trem, o Maquinista deve operá-lo conforme o(s) procedimen-
to(s) para início de circulação. Na impossibilidade de efetuar a parada do
trem antes da chave, o fato deve ser comunicado ao CCO conforme regra
4.3.14.
Para casos específicos, o Controlador de Tráfego pode solicitar ao Opera-
dor de Trens operar manualmente a máquina de chave.

9.8.13.2.
Para a saída de pátios, o Operador de Trens, após receber ordem de
avanço do sinal de partida dado pelo Controlador de Tráfego, deve avançar
na seção detetora até atingir o cruzamento (jacaré) com o rodeiro diantei-
ro da primeira locomotiva e:

9.8.13.2.1
Caso a chave não esteja posicionada para seu sentido de circulação, deve
então descer da locomotiva, posicioná-la manualmente, verificar a perfeita
vedação da agulha no encosto, motorizar a chave, retornar à locomotiva e
prosseguir circulação, conforme combinado com Controlador de Tráfego.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 101


9. Licenciamento e Circulação de Trens

9.8.13.2.2
Caso a chave já esteja posicionada para seu sentido de circulação, deve
então verificar a perfeita vedação da agulha no encosto e prosseguir circu-
lação, conforme combinado com Controlador de Tráfego.

9.8.13.3.
Quando do avanço de um sinal o Controlador de Tráfego tiver certeza de
que o trecho a ser percorrido pelo trem está livre, pode autorizar sua cir-
culação com VMA, informando ao Operador de Trens o motivo da licença,
respeitadas as restrições de velocidade que porventura existam no trecho.

9.8.13.4.
Quando houver interrupção do sistema de sinalização ou ocupação no
circuito de via, o trem deve circular com VELOCIDADE RESTRITA até o pró-
ximo sinal, incluindo os sinais automáticos, ou ponto determinado pelo
Controlador de Tráfego.

9.8.13.5.
As ordens de AVANÇO DE SINAL devem ser dadas diretamente pelo Con-
trolador de Tráfego ao Operador de Trens, e elas devem ser repetidas, para
sua plena compreensão. Para tanto são usados os padrões de comunica-
ção contidos neste regulamento.

9.8.13.6.
Qualquer aspecto de sinal recebido no campo em situação de ORDEM
DE AVANÇO deve ser desconsiderado, devendo o Operador de Trens cum-
prir integralmente a licença verbal expedida pelo Controlador de Tráfego.

9.8.13.7.
Quando o Operador de Trens receber uma ordem de avanço em tre-
cho com Passagem de Nível com sinalização automática, ele deve respeitar
a velocidade máxima sobre a Passagem de Nível, de 15 km/hora, até a
passagem da locomotiva comandante, retomando à velocidade da licença
recebida.

102 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

9.8.13.8.
Após a autorização do Controlador de Tráfego, cabe ao Operador de
Trens do trem que estiver se aproximando de veículos parados fazer con-
tato com o outro Operador de Trens para combinar a aproximação, pres-
tando atenção no sentido da quilometragem, no comprimento do trem
parado.

9.8.13.9.
O Controlador de Tráfego pode autorizar a circulação de veículos da via
permanente (lastro, socadora, auto de linha, outros) na cauda de trem,
logo após a sua passagem, obedecendo às instruções abaixo, nesta ordem:
A) Receber a programação do Operador de Trens (local, atividade e a
duração do intervalo solicitado).
B) Se a programação for aceita, antes de autorizar o avanço do veículo,
o Controlador de Tráfego deve solicitar ao Operador de Trens do trem
à frente a posição quilométrica exata em que este se encontra.
C) Uma vez autorizado o avanço do veículo de via, em hipótese alguma
o trem à frente pode efetuar recuos. Caso o Operador de Trens do
trem à frente tiver que parar por qualquer motivo, deve imediata-
mente avisar o Controlador de Tráfego desta situação, que notificará
o Operador de Trens do veículo de via.
D) Fazer a comunicação de ordem de avanço, autorizando o veículo de
via a circular com VELOCIDADE RESTRITA.
E) O Operador de Trens do veículo de via deve observar todas as dispo-
sições do item 9.8.13 deste regulamento.
F) O Operador de Trens deve alertar a todos os integrantes do veículo
de via sobre a ordem de avanço, antes de iniciar a circulação e certi-
ficar-se de que estes estão cientes da condição de circulação.
G) O Operador de Trens deve cumprir procedimento específico para este
tipo de circulação quando houver.

9.9. RESERVADA

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 103


9. Licenciamento e Circulação de Trens

9.10. CIRCULAÇÃO DE TRENS EM TRECHO


NÃO SINALIZADO

9.10.1.
A circulação de trens em trecho não sinalizado deve ser feita através de
licença via rádio, via telefone conforme descrito neste regulamento.

9.10.2.
Em caso de cruzamento em pátios desprovidos de sinal azul, o Operador
de Trens do trem parado deve garantir a posição de chave alinhada e tra-
vada para o trem que vai entrar na outra linha.

9.10.3.
Durante a circulação de trens em trecho dotado de AMV não sinalizado,
o Operador de Trens deve aproximar-se do trecho com o trem em VELO-
CIDADE RESTRITA e somente prosseguir viagem após confirmar o posi-
cionamento favorável da chave (travada) para o sentido de circulação do
trem. Nos casos em que a chave estiver travada, porém sem o cadeado, o
Operador de Trens deve prosseguir viagem e informar ao Controlador de
Tráfego responsável pelo trecho, solicitando reposição do mesmo.

9.11. CRUZAMENTO DE TRENS

9.11.1.
Ao parar nos pátios para efetuar cruzamentos, o Operador de Trens deve
parar seu trem a uma distância nunca inferior a 50 metros do marco de
referência, exceto nos pátios com dimensões limitadas.

9.11.2.
Durante o cruzamento de trens, o Operador de Trens do trem que estiver
parado é responsável pela observação da passagem do trem em movimen-
to no que se refere às possíveis irregularidades, que devem ser comunica-
das imediatamente ao Controlador de Tráfego.

104 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

9.11.3.
Nos trechos não sinalizados, o Operador de Trens deve informar ao Con-
trolador de Tráfego a chegada dos trens nos pátios e em caso de cruza-
mentos, informar o número completo do vagão cauda do outro trem que
estiver cruzando.

9.11.4.
Nos trechos com sinalização inoperante, ao fazer o cruzamento de trens,
o Controlador de Tráfego deve solicitar ao Operador de Trens a conferência
do número completo do vagão cauda com o trem que estiver cruzando.

9.11.5.
Nos trechos com Controle de Tráfego Local, ao fazer cruzamento de
trens, o Operador de Trens deve informar ao Agente de Estação ou seu
preposto a conferência do número completo do vagão cauda com o trem
que estiver cruzando.

9.12. PROTEÇÃO DE TRENS

9.12.1.
A execução das medidas de proteção dos trens é de responsabilidade
dos seus Operadores de Trens.

9.12.2.
A parada de um trem, por um motivo qualquer, que impossibilite sua
locomoção, deve ser comunicada imediatamente ao Controlador de Trá-
fego. As medidas mais práticas e seguras para cada situação são definidas
de comum acordo entre o Controlador de Tráfego e o Operador de Trens.

9.12.3.
Caso a parada do trem afete a segurança dos demais trens, o Operador
de Trens terá de comunicar ao Controlador de Tráfego, que avisará aos
trens afetados. Caso tenha que ficar uma parte do trem estacionada, esta
terá que receber medida de segurança necessária para aquele local.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 105


9. Licenciamento e Circulação de Trens

9.12.4.
A informação precisa do quilômetro onde ficará o trem ou parte dele
contribuirá para a segurança de qualquer veículo ferroviário que tenha de
circular em VELOCIDADE RESTRITA até aquele local.

9.12.5.
Se qualquer parte de uma composição ou a locomotiva atravessar um
sinal indicando PARE, o Operador de Trens comunicará imediatamente ao
Controlador de Tráfego como EMERGÊNCIA e, após entendimento com o
Controlador de Tráfego, caso necessário, providenciará a proteção à frente
deste trem.

9.13. CIRCULAÇÃO SOBRE BALANÇA FERRO-


VIÁRIA

9.13.1.
Quando for efetuar a pesagem em uma via onde tenha uma balança, o
Operador de Trens não pode ultrapassar a velocidade máxima especificada
em procedimento ou sinalização local.

9.13.2.
Quando não for efetuar a pesagem, a velocidade de passagem sobre a
balança é a VMA permitida no pátio ou terminal.

9.14. RESERVADA

9.15. OPERAÇÃO DE TRENS COM EQUIPA-


MENTOS DEFEITUOSOS

9.15.1. VELOCÍMETRO AVARIADO


Avaria de velocímetro de veículos ferroviários durante a circulação deve
ser comunicada pelo Operador de Trens ao Controlador de Tráfego e à Rá-

106 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

diomecânica. Neste caso, o Operador de Trens deve reduzir a velocidade,


principalmente nos trechos onde normalmente o trem atinge a VMA. O
Controlador de Tráfego e a Rádiomecânica devem definir o local da substi-
tuição ou mudança de posição da locomotiva, ou o local onde a locomoti-
va vai ser inspecionada pela equipe da mecânica.

9.15.2. AMPERÍMETRO DE CARGA AVARIADO


O Maquinista informa à Rádiomecânica e prossegue com o trem nor-
malmente. Nos trechos de rampa e estando o trem em oitavo ponto de
tração, se a velocidade do trem for igual ou maior que a maior velocidade
de regime das locomotivas, prossegue normalmente. Se a velocidade do
trem for menor que a maior velocidade de regime das locomotivas, segue
as orientações da Rádiomecânica.

9.15.3. DINÂMICO ISOLADO/AVARIADO


O Maquinista segue orientação da Rádiomecânica. Em trechos de serra o
Maquinista deve seguir procedimento específico para a operação de trens
no local.

9.15.4. HOMEM MORTO AVARIADO


A circulação de trens com o dispositivo Homem Morto deve ser feita da
seguinte forma:
A) RESERVADA
B) Para trens operados em monocondução, o trem deve parar imedia-
tamente. O Maquinista notifica o Controlador de Tráfego e aguarda
a substituição da locomotiva comandante ou a chegada de outro
colaborador habilitado para acompanhar a circulação.
C) Para o caso de locomotivas em manobras operadas em monocon-
dução, o Maquinista notifica o Controle de Tráfego Local e conclui
a manobra em curso. Após isso, poderá a locomotiva ser movimen-
tada somente após a chegada de outro colaborador habilitado ou
reparo do dispositivo de homem morto.
D) Em casos de trens operados com equipagem completa, o trem pode
prosseguir circulando, exceto trens que estejam transportando produ-
tos perigosos.
E) Para todos os casos previstos nesta regra, o Maquinista deve cumprir
o procedimento vigente para registro de avaria.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 107


9. Licenciamento e Circulação de Trens

9.15.5. LIMPADOR DE PARA-BRISA


No caso de avaria do limpador de para-brisa durante a circulação que
restrinja a visibilidade do Operador de Trens, o trem pode circular até o
primeiro pátio onde a locomotiva é substituída ou consertada pela equipe
de manutenção.

9.15.6. BUZINA AVARIADA


Em caso de avaria da buzina durante a circulação, o Operador de Trens
deve informar ao Controlador de Tráfego e à Rádiomecânica e seguir orien-
tação quanto ao local de atendimento à avaria ou troca da locomotiva.
Nesses casos, a VMA em Passagens de Nível e travessias de pedestres é de
20 km/hora na via principal e 10 km/h em pátios e terminais, somente para
a locomotiva comandante.

9.15.7. SINO AVARIADO


Em caso de avaria do sino durante a circulação, o trem segue até local
determinado pela Rádiomecânica.

9.15.8. FAROL AVARIADO


Em caso de avaria de farol de locomotiva, o Maquinista devem proceder
conforme descrito abaixo:
A) Período noturno: Havendo pelo menos um foco luminoso em funcio-
namento, o trem segue até local determinado pela Rádiomecânica
para conserto dos faróis. Em zonas urbanas, reduzir velocidade se-
gundo estimativa do Operador de Trens.
B) Período diurno: Prosseguir com o trem seguindo orientação da Rá-
diomecânica. No caso de túneis, seguir mesma regra para período
noturno.

9.16. FALHAS NA PASSAGEM DE NÍVEL

9.16.1.
Qualquer colaborador que verifique qualquer defeito ou falha no siste-
ma de proteção de Passagem de Nível deve, imediatamente, comunicar o
fato ao Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local.

108 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

9.16.2.
No Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local, a pessoa
que receber tal comunicação deve, imediatamente, acionar a manutenção
para que seja corrigido o defeito ou a falha e dar ciência ao Controlador de
Tráfego Central ou Controlador de Tráfego Local. Este, por sua vez, se hou-
ver algum trem se aproximando da PN, urgentemente, avisará o Operador
de Trens do referido trem, o qual deve se cercar dos cuidados de segurança
necessários em decorrência da situação que lhe foi informada.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 109


Manutenção 10

10.1.
Os trabalhos de manutenção de campo que impliquem na obstrução
das linhas de circulação, dos pátios, ou alteração das condições normais
do sistema de sinalização e comunicação, além de outros serviços que
influenciem negativamente no tráfego de trens, não devem ser executados
sem prévia autorização do Controlador de Tráfego ou Agente de Estação.
Deve ser garantido um meio de comunicação.

10.2.
Os intervalos de manutenção programados com o CCO devem ser ri-
gorosamente cumpridos. Na ocorrência de algum imprevisto que possa
alterar o tempo programado, o Controlador de Tráfego deve ser avisado
imediatamente, inclusive com o motivo da alteração.

10.3.
O deslocamento e a utilização de máquinas e equipamentos leves da via
permanente ao longo da via somente devem ser executados após autoriza-
ção do Controlador de Tráfego.

10.4.
Toda placa de “PARE e SIGA” deve estar sob a vigilância de um emprega-
do qualificado da manutenção.

10.5.
Antes que a linha seja efetivamente interrompida, deve ser providencia-
da pelo responsável no campo a proteção do trecho por meio de placas de
sinalização e por “shunt” nos trechos sinalizados.

110 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

10.6.
Em caso de tempo concedido para serviços de manutenção na via per-
manente em que se faça necessária a interdição da via, o Controlador de
Tráfego deve, obrigatoriamente, bloquear o trecho correspondente, por
meio dos recursos disponíveis.

10.6.1.
Nos pátios com recursos disponíveis para bloquear o trecho em manu-
tenção, o Controle de Tráfego Local deve providenciar a proteção.

10.7.
No trecho de linha interrompido para manutenção, a movimentação de
trens é de inteira responsabilidade do encarregado pelo serviço de campo
e do Operador de Trens, que não pode ultrapassar o limite preestabelecido
pelo Controlador de Tráfego, Agente de Estação ou Manobrador.

10.8.
Qualquer restrição de velocidade imposta a um determinado trecho é de
responsabilidade da equipe de manutenção do campo, inclusive a fixação
e a retirada das placas de advertência e regulamentação correspondentes.

10.9.
É expressamente proibida a invasão do espaço aéreo (a exemplo de lança
de guindastes) ou do gabarito das linhas, sem a devida autorização do
Controle de Tráfego Central ou Controle de Tráfego Local. O encarregado
responsável pelos serviços deve obter autorização e proteger o local com
placas de sinalização.

10.10.
Os serviços de ronda na via permanente devem ser executados com o
máximo de cuidado, estando sempre atento à circulação de trens. Para
essa atividade não há a necessidade de uso de sinalização de campo.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 111


10. Manutenção

Constitui dever de todos os colaboradores o exercício adequado e segu-


ro de suas atividades, de forma a prevenir acidentes e garantir a segurança
do trabalho, resguardar a saúde ocupacional e obedecer às normas para
preservação do meio ambiente.

112 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

11 Meio Ambiente, Saúde e


Segurança do Trabalho

11.1.
Todos os gestores devem garantir que os colaboradores da Ferrovia e de
empresas contratadas e terceirizadas sob sua gestão tenham conhecimen-
to dos riscos ocupacionais e ambientais contidos nos Levantamentos de
Perigos e Danos e Levantamentos de Aspectos e Impactos assim como as
medidas de controle a serem adotadas dos referidos riscos antes de realizar
suas atividades.

11.2.
Todos os colaboradores a serviço da Ferrovia devem cumprir as medidas
de controle a serem adotadas constantes nos Levantamentos de Perigos e
Danos e Levantamentos de Aspectos e Impactos dos riscos ocupacionais e
ambientais no exercício de suas atividades.

11.3.
É proibido sentar-se em qualquer parte da estrutura da linha, bem como
andar sobre o boleto do trilho. É permitido pisar no boleto do trilho desde
que tenha pelo menos uma das mãos apoiadas em uma estrutura fixa,
verificando as condições de segurança do local.

11.4.
Todos os colaboradores devem comunicar situações de riscos identifica-
das na execução de suas atividades para o seu gestor imediato ou para a
área de SMS da Ferrovia.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 113


Acidentes e Ocorrências 12
Ferroviárias

12.1. PROVIDÊNCIAS INICIAIS EM CASO DE


ACIDENTE FERROVIÁRIO

12.1.1. DA OPERAÇÃO DE TRENS


A) Comunicar imediatamente ao Controlador de Tráfego.
B) Receber autorização do Controlador de Tráfego para vistoriar a com-
posição.
C) Levantar e informar o máximo de detalhes possível sobre o acidente.
D) Em todo acidente, o Inspetor de Operação de Trens ou o Maquinista
treinado e autorizado pelo Inspetor de Operação de Trens ou téc-
nicos autorizados devem fazer a retirada dos discos velocimétricos
ou qualquer outro sistema de registro de operação das locomotivas
envolvidas no acidente.

12.1.1.1. EM CASO DE ACIDENTE COM VEÍCULO(S) FER-


ROVIÁRIO(S) TRANSPORTANDO PRODUTO(S) PERIGO-
SO(S), AS SEGUINTES AÇÕES DEVEM SER EXECUTADAS
PELA EQUIPAGEM DO TREM:
A) Comunicar imediatamente ao Controlador de Tráfego, informando o
local do acidente e a carga transportada.
B) Utilizar o traje de proteção (EPI) constante no Kit de Emergência.
C) Verificar a extensão da ocorrência e coletar dados necessários (exis-
tência de vítimas, volume do produto vazado, contaminação em rios
e córregos, possibilidade de princípio de incêndio e condições climá-
ticas), para informar ao Controlador de Tráfego.
D) Se ocorrer vazamento de óleo diesel, promover as contenções possí-
veis para que não atinja os mananciais vizinhos, lembrando-se sem-
pre de nunca assumir riscos.
E) Tratando-se de produto de origem BASF, o Maquinista, por não pos-
suir as atribuições necessárias, está proibido de intervir com o pro-

114 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

duto, devendo somente avaliar a extensão da ocorrência e informar


ao Controlador de Tráfego.
F) Isolar a área da emergência utilizando cones e fita zebrada disponível
no Kit de Emergência.
G) Instruir o Agente de Estação e o Manobrador quando necessário,
para apoio na contenção da emergência.
H) Adotar as medidas de proteção do trem conforme este regulamento.
I) Adotar as medidas indicadas pela Equipe de Emergência, Segurança
e Meio Ambiente no local.

12.1.2. DO CCO
A) Receber do Operador de Trens todas as informações sobre o aciden-
te, inclusive riscos potenciais para os envolvidos no atendimento,
conforme o procedimento vigente.
B) Comunicar imediatamente a ocorrência do acidente às seguintes
áreas: Plantão da Mecânica, Via Permanente, Eletroeletrônica e Ope-
ração do núcleo correspondente, para que possam providenciar os
recursos necessários para atendimento
C) Providenciar junto ao pessoal de campo a cobertura do local obs-
truído na linha, em ambos os sentidos, com fixação de placas de
advertência, conforme estabelecido no presente regulamento, e que
passará a ser ponto de referência para o envio de recursos.
D) Em casos de acidentes envolvendo pessoas, providenciar o meio mais
rápido possível de socorro aos acidentados, informando as áreas
competentes, conforme procedimento vigente.
E) Priorizar a circulação de veículos que trafegarem para atendimento
ao acidente ou obstrução da linha.
F) Somente autorizar a movimentação da composição envolvida no
acidente após o Operador de Trens verificá-la e a via permanente
observar as condições da linha e liberá-la para a circulação.
G) Caso o acidente ocorra em trechos com linhas adjacentes, somente
permitir a circulação por estas linhas depois de ter sido inspecionado
e certificado que estas estão em condições normais para circulação.
H) Providenciar para que, quando da liberação do trecho acidentado,
todos os trens que estiverem retidos estejam em plenas condições de
circulação.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 115


12. Acidentes e Ocorrências Ferroviários

12.1.3. DA MANUTENÇÃO
A) A composição do trem de socorro deve estar sempre pronta para
atendimento imediato de qualquer acidente, sempre que solicitado.
B) A velocidade do trem de socorro deve seguir o procedimento vigente
de VMA e pode ser reduzida através de entendimentos entre o res-
ponsável pelo trem de socorro e o Inspetor de Operação de Trens, de
acordo com os equipamentos a serem transportados e os trechos a
serem percorridos.

12.2. ATROPELAMENTO
12.2.1. DE PESSOAS
A) Em caso de atropelamento com vítimas, o Operador de Trens deve
parar o trem e avisar imediatamente o Controlador de Tráfego, que
acionará serviço de socorro e as áreas competentes da Ferrovia, de
acordo com a necessidade da ocorrência e procedimentos em vigor.
B) No caso de solicitação da autoridade policial para comparecimento
imediato do Operador de Trens até a Delegacia para depor, este não
pode se negar a fazê-lo, desde que esteja acompanhado pela Segu-
rança Patrimonial da Ferrovia, advogado ou outro colaborador da
empresa. Porém só deve deixar o local da ocorrência com a chegada
de substituto ou representante da Ferrovia para a guarda do trem.
Em hipótese alguma o Operador de Trens deve se negar a prestar
depoimento, sob alegação de que só o fará em juízo.
C) O Operador de Trens só pode movimentar o trem após sua liberação
pela autoridade policial ou a Segurança Patrimonial da Ferrovia e
após contato com o Controlador de Tráfego.
D) Sempre que o colaborador envolvido em acidente com vítimas re-
ceber notificação da autoridade policial ou judicial, deve entrar em
contato imediatamente com o setor jurídico da Ferrovia.

12.2.2. DE ANIMAIS
Em caso de atropelamento de animais na linha, o Operador de Trens
avisa ao Controlador de Tráfego, que toma as providências necessárias.

116 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

12.3. PROVIDÊNCIAS INICIAIS EM CASO DE


OCORRÊNCIAS FERROVIÁRIAS

12.3.1. ACIONAMENTO DE DETETOR DE DESCARRILA-


MENTO (VIA RÁDIO)
Em caso de acionamento do detetor de descarrilamento via rádio, o
Operador de Trens deve parar imediatamente o trem, fazer contato com
o Controlador de Tráfego e aguardar instruções sobre a inspeção do trem.

12.3.2. ACIONAMENTO DE DETETOR DE DESCARRILA-


MENTO DE VAGÃO (DDV)
Em caso de acionamento do detetor de descarrilamento de vagão, o
Maquinista, após o trem parado, deve fazer contato com o Controlador de
Tráfego e aguardar instruções sobre a inspeção do trem.

12.3.3. ACIONAMENTO DE DETETOR DE DESCARRILA-


MENTO (CCO)
Em caso de acionamento do detetor de descarrilamento, o Controlador
de Tráfego deve avisar imediatamente ao Operador de Trens, solicitando
parada imediata do trem e combinar a inspeção do trem a fim de verificar
o motivo do alarme.

12.3.4. ACIONAMENTO DE ALARME DE HOT BOX E HOT


WHEEL
A) Em caso de alarme, o Maquinista ao ouvi-lo através do rádio, deve
parar imediatamente o seu trem e fazer contato com o Controlador
de Tráfego.
B) O Técnico da Rádiomecânica deve informar ao Controlador de Tráfe-
go os detalhes do alarme.
C) O Controlador de Tráfego faz contato imediato com o Maquinista,
para passar as instruções preliminares sobre quais providências este
deve tomar.
D) Depois de cumpridas as instruções preliminares o Maquinista faz
contato com a Rádiomecânica.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 117


12. Acidentes e Ocorrências Ferroviários

12.3.5. EMERGÊNCIA INDEVIDA


A aplicação de emergência indevida ocorre por rompimento da man-
gueira do encanamento geral, quebra de engate, castanha ou mandíbula,
descarrilamento, válvula de controle ou válvula de descarga avariada (vál-
vula KM ou de descarga n° 8). O Maquinista deve informar ao CCO e soli-
citar autorização para mudança de canal para a Rádiomecânica e cumprir
as orientações recebidas desta.

12.3.6. EMERGÊNCIA DEVIDA


A parada com aplicação de emergência ocorre quando o Maquinista
necessita parar o trem no menor espaço possível para evitar um incidente
ou acidente. Neste caso deve informar ao CCO, solicitar autorização para
mudança de canal para a Rádiomecânica e cumprir as orientações recebi-
das desta.
As ações do plano de contingência encontram-se no Relatório Técnico
de Análise de Risco e Plano de Atendimento a Emergências. Este conteúdo
está disponível no Webdesk e na Internet, na página da MRS para consulta
de todos os colaboradores da MRS e do público em geral. O CCO e as áreas
de atendimento de emergências dispõem também de ferramenta on-line
de georreferenciamento de informações e recursos.

118 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

Anexo 1 Sinais de placas

PLACAS DE REGULAMENTAÇÃO

Formato: Quadrado medindo 40 cm x 40 cm ou retangular medindo


40 cm x 60 cm.
Aspecto: Os lados devem ser expostos na vertical e na horizontal.
Cores: Fundo e verso preto fosco, tarjas e inscrições amarelo refletivo e
marcações em branco fosco.
Constituem exceção quanto à pintura de placas de regulamentação:
PARE/SIGA
De um lado, pintada em fundo vermelho com a palavra PARE em branco
reflexivo, e do outro lado, pintada em fundo verde com a palavra SIGA,
também em branco reflexivo.

A) Denominação: PARE e SIGA


Significado: Homens trabalhando em cima, em baixo ou

PARE entre os veículos e estes veículos não podem ser movi-


mentados.
Utilização: Para proteção do pessoal trabalhando no ma-
terial rodante, em pátios, linhas de oficinas, em terminal
de cliente, e desvios de estações sob responsabilidade da
manutenção mecânica, exceto vias de circulação. A reti-
rada da placa é de responsabilidade do empregado que a
SIGA colocar, ou seu preposto.
Validade: Local.
Natureza: Temporária.
Distância: Entre os trilhos da linha, paralela ao marco
dos AMVs de entrada da linha. Havendo travessão de
acesso à linha, este também deve estar sinalizado.
Formato: Quadrado para colocação na via e retangular
pequena para ser fixada sobre os comandos dos veículos
autopropulsores.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 119


Anexo 1. Sinais de placas

B) Denominação: Veículos em manutenção


Significado: Homens trabalhando em cima, em baixo ou
Veículos
entre os veículos e estes veículos não podem ser movi-
em
mentados.
Manutenção
Utilização: Para proteção do pessoal trabalhando no ma-
terial rodante, em pátios, linhas de oficinas, em terminal
de cliente, e desvios de estações sob responsabilidade da
manutenção mecânica, exceto vias de circulação. A retira-
da da placa é de responsabilidade do empregado que a
colocar, ou seu preposto
Validade: Local.
Natureza: Temporária.
Distância: Entre os trilhos da linha, paralela ao marco dos
AMVs de entrada da linha. Havendo travessão de acesso à
linha, este também deve estar sinalizado.
Formato: Quadrado para colocação na via e retangular
pequena para ser fixada sobre os comandos dos veículos
autopropulsores.

C) Denominação: Buzine
Significado: O Operador de Trens é obrigado a emitir sinal
sonoro (apito, buzina, sirene) para alertar pessoas, ani-
BUZINE mais ou veículos.
Utilização: Nos locais onde é obrigatório buzinar.
Validade: Local.
Natureza: Temporária ou Permanente.
Distância: Variável, conforme a regra específica de buzina.
Formato: Quadrado.

120 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

D) Denominação: Pare – Consulte Controlador

Pare Significado: Parada obrigatória no marco de saída não


controlado pelo CCO, determinando consulta ao Contro-
Consulte lador de Tráfego para receber instruções.
Controlador Utilização: Nos locais onde é obrigatória a parada para
obter autorização de circulação.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: Deve ser colocada a 20 metros do local onde os
trens devem parar para obter autorização de circulação.
Formato: Quadrado.

E) Denominação: Pare – Consulte Oficina

Pare Significado: Parada obrigatória no marco de saída não


controlado pelo CCO, determinando consulta a oficina
Consulte para receber instruções.
Oficina Utilização: Nos locais onde é obrigatória a parada para
obter autorização de circulação.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: Deve ser colocada a 20 metros do local onde os
trens devem parar para obter autorização de circulação.
Formato: Quadrado.

F) Denominação: Pare – Consulte Estação

Pare Significado: Parada obrigatória no marco de saída não


controlado pelo CCO, determinando consulta à estação
Consulte para receber instruções.
Estação Utilização: Nos locais onde é obrigatória a parada para
obter autorização de circulação.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: Deve ser colocada a 20 metros do local onde os
trens devem parar para obter autorização de circulação.
Formato: Quadrado.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 121


Anexo 1. Sinais de placas

G) Denominação: Início Canal XX


Significado: O Operador de Trens deve selecionar o canal
INÍCIO de rádio indicado na placa para contato com o Controla-
Canal XX dor de Tráfego.
Utilização: Nos locais onde há mudança da frequência
dos rádios terra-trem.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: No local de início da operação do canal de rádio.
Formato: Quadrado.

H) Denominação: Velocidade Máxima Autorizada

20
Significado: Velocidade Máxima Autorizada em km/h
para o trecho. A VMA indicada na placa pode variar pelas
condições estruturais da via ou operacionais.
Utilização: Na via de circulação esta placa deve ser pre-
cedida de uma placa de advertência (Reduzir Velocidade)
ou uma placa de obras (Reduzir Velocidade), exceto em
pátios de manobras, onde o operador deve ter conheci-
mento prévio da VMA.
Validade: Local, até encontrar uma placa de reassuma ve-
locidade ou outra placa com VMA maior.
Natureza: Permanente ou temporária.
Distância: 200 metros antes do local onde os trens devem
obedecer ao indicado na placa.
Formato: Quadrado.

I) Denominação: Ligue ATC


Significado: A partir do local indicado por essa placa o
Ligue Operador de Trens deve ligar o equipamento de bordo

ATC antes de entrar em um trecho controlado por tecnologias


diferentes, tais como ATC, CBTC, Cerca Eletrônica.
Utilização: Nos locais onde todos os trens devem ligar o
equipamento de bordo.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.

122 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

Distância: 50 metros antes do local onde o equipamento


de bordo deve ser ligado.
Formato: Quadrado.

J) Denominação: Desligue ATC


Significado: Ao ultrapassá-la o ATC deve ser desligado.
DESLigue Utilização: Nos locais onde todos os trens devem desligar

ATC o equipamento de bordo.


Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: No local onde o equipamento de bordo deve
ser desligado.
Formato: Quadrado.

K) Limite de Manobra

lm
Significado: Limite de Manobra. Indica o ponto máximo
em que o Operador de Trens pode circular com o veículo,
quando em manobra no pátio. Em via de circulação não
sinalizada, deve ser utilizada em conjunto com a Placa
“PARE CONSULTE ESTAÇÃO”. Pode ser utilizada interna-
mente nos pátios ou na interface com clientes.
Utilização: Nos locais onde são realizadas manobras.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: No limite da manobra.
Formato: Quadrado.

L) Denominação: Início de Restrição


Significado: Início da área de restrição sinalizada anterior-
Início de mente.
Restrição Utilização: Em início de áreas de restrição.
Validade: Local.
Natureza: Permanente ou temporária.
Distância: No início da restrição.
Formato: Quadrado.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 123


Anexo 1. Sinais de placas

M) Denominação: Final da Restrição


Significado: A partir da placa não há mais restrição de
FINAL de velocidade causada pelas condições estruturais da via. O
Restrição trem somente poderá retomar a velocidade após passar
por uma placa de REASSUMA VELOCIDADE, conforme o
comprimento do trem. Após a cauda do trem ter passado
pela placa poderá retomar a velocidade.
Utilização: Em final de áreas de restrição.
Validade: Local.
Natureza: Permanente ou Temporária.
Distância: Ao final da área de restrição
Formato: Quadrado.

N) Denominação: Velocidade Restrita


Significado: Velocidade Restrita para o trecho. “Velocida-
Velocidade de que permite o trem parar dentro da metade do campo
Restrita de visão”.
Utilização: Nos locais onde todos os trens devem circular
com Velocidade Restrita e pronto a parar.
Validade: Local, até encontrar uma placa de Reassuma
Velocidade ou de uma placa Final da Restrição.
Natureza: Permanente ou Temporária.
Distância: 200 metros antes do local onde os trens devem
obedecer ao indicado na placa.
Formato: Quadrado.

O) Denominação: Velocidade Máxima Autorizada Di-

80 ferenciada
Significado: VMA para trem de passageiro (em cima) e

50
para trem de carga (em baixo).
Utilização: Nos locais onde os trens devem circular com a
VMA indicada na placa.
Validade: Local, até encontrar uma placa de Reassuma
Velocidade.
Natureza: Permanente ou Temporária.
Distância: 200 metros antes do local onde os trens devem
obedecer ao indicado na placa.
Formato: Quadrado.

124 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

P) Denominação: Velocidade Máxima Autorizada

90
para...
Significado: VMA para trem específico.
Utilização: Nos locais onde os trens específicos devem cir-
automotriz
cular com a VMA indicada na placa.
Validade: Local, até encontrar uma placa de Reassuma
Velocidade.
Natureza: Permanente ou Temporária.
Distância: 200 metros antes do local onde os trens devem
obedecer ao indicado na placa.
Formato: Quadrado.

Q) Denominação: Balança Ferroviária


Balança Significado: Balança Ferroviária. VMA para trens pesado
Ferroviária ou circulando.
VMA XX - PESAGEM Utilização: Nos locais onde os trens são pesados.
VMA XX - circulação
Validade: Local, até encontrar uma placa de Reassuma
Velocidade.
Natureza: Permanente.
Distância: 200 metros antes do local onde os trens devem
obedecer ao indicado na placa.
Formato: Quadrado.

R) Denominação: Reassumir Velocidade


Significado: Reassuma VMA do trecho a partir da placa.

V Utilização: Ao final das áreas com restrição de veloci-


dade devido às condições estruturais ou operacionais.
Haverá uma placa de indicação abaixo da placa de regu-
lamentação indicando a retomada de velocidade para o
tamanho do trem expresso em metros.
Validade: Local.
Natureza: Temporária.
Distância: Variável, conforme cada caso.
Formato: Quadrado.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 125


Anexo 1. Sinais de placas

PLACAS DE ADVERTÊNCIA

Formato: quadrado medindo 40 cm x 40 cm.


Aspecto: os lados devem ser expostos na diagonal.
Cores: fundo e verso preto fosco, tarjas e inscrições amarelo refletivo e
marcações em branco fosco.

A) Denominação: Reduzir Velocidade


Significado: Inicie redução de velocidade visando im-
primir velocidade máxima igual à indicada pela placa.

20 Utilização: Nos locais onde todos os trens devem co-


meçar a diminuir velocidade.
Validade: Local.
Natureza: Temporária.
Distância: 1200 metros antes do local onde os trens
devem obedecer a VMA indicada na placa.
Formato: Quadrado.

B) Denominação: Linha Impedida

L-1
Significado: Conserve-se atento, pois a linha especifi-
cada na placa encontra-se interditada para circulação
de trens.
impedida
Utilização: Em linhas desviadas de pátios ou terminais
Validade: Local, somente para a linha indicada na placa.
Natureza: Temporária.
Distância: Entre os trilhos da linha indicada na placa,
paralela ao marco dos AMVs de entrada da linha. Ha-
vendo travessão de acesso à linha, este também deve
estar sinalizado.
Formato: Quadrado.

126 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

C) Denominação: Passagem de Nível

PN
Significado: Travessia rodoviária pública ou travessia de
pedestres à distância especificada na placa.
Utilização: Antes de travessias rodoviárias ou de pe-
a 500 mts
destres.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: Indicada na placa em ambas as direções.
Formato: Quadrado.

D) Denominação: Estação
Significado: Mantenha-se atento, proximidade de es-
tação.
Utilização: Antes de estações onde os Operadores de
Trens necessitem estabelecer contato via rádio.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: 500 metros antes da chave de entrada em
ambas as direções.
Formato: Quadrado.

E) Denominação: Ponte ou Viaduto


Significado: Existência de ponte ou viaduto à distância
indicada na placa. Os trens não necessitam diminuir
a velocidade e somente fazem uso da buzina na sua
aproximação.
a 500 mts
Utilização: Nos locais onde todos os trens devem fazer
uso da buzina para alertar pessoas ou animais da apro-
ximação do trem.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: Indicada na placa em ambas as direções.
Formato: Quadrado.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 127


Anexo 1. Sinais de placas

F) Denominação: Túnel
Significado: Existência de túnel na distância indicada
na placa. Os trens não necessitam diminuir a velocidade
e somente fazem uso da buzina na sua aproximação.
a 500 mts
Utilização: Nos locais onde todos os trens devem fazer
uso da buzina para alertar pessoas ou animais da apro-
ximação do trem.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: Indicada na placa em ambas as direções.
Formato: Quadrado.

G) Denominação: Atenção – Sinal à ... Metros


Significado: Existência de sinal luminoso a 500 metros.
Utilização: Na aproximação de sinais luminosos em
curvas ou em locais críticos. A ausência da placa não
isenta o Operador de Trens de cumprir com a indica-
ção do sinal luminoso e não constitui justificativa para
descumprimento do sinal luminoso. Deve ser instalada
juntamente com uma placa de indicação, logo abaixo
da placa de advertência, informando a distância.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: 500 metros antes de sinais luminosos em
curvas ou em locais críticos.
Formato: Quadrado.

128 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

H) Denominação: Cruzamento Ferroviário


Significado: Existência de cruzamento ferroviário em
nível adiante.
Utilização: Na aproximação de cruzamento ferroviário
em nível.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: 200 metros antes do cruzamento ferroviário.
Formato: Quadrado.

I) Denominação: Restrição de Gabarito à Direita


Significado: Restrição de Gabarito. Indica restrição de
gabarito na via permanente, devendo o operador do
trem ficar atento. A seta indica que a restrição está no
lado direito da linha. Definir distância mínima.
Utilização: Em locais com restrição de gabarito.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: A ser definida por uma placa de indicação
colocada abaixo da placa de advertência.
Formato: Quadrado.

J) Denominação: Restrição de Gabarito à Esquerda


Significado: Restrição de Gabarito. Indica restrição de
gabarito na via permanente, devendo o operador do
trem ficar atento. A seta indica que a restrição está no
lado esquerdo da linha. Definir distância mínima.
Utilização: Em locais com restrição de gabarito.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: A ser definida por uma placa de indicação
colocada abaixo da placa de advertência.
Formato: Quadrado.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 129


Anexo 1. Sinais de placas

K) Denominação: Atenção Descarriladeira


Significado: Atenção para descarriladeira adiante.
atenção Utilização: Em locais com descarriladeira. Utilizada so-
descarriladeira
mente em trechos onde os trens circulam com Veloci-
dade Restrita.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: A ser definida por uma placa de indicação
colocada abaixo da placa de advertência.
Formato: Quadrado.

L) Denominação: Precaução Adiante

1
Significado: Adverte para uma contagem regressiva
antes de uma área crítica ante uma condição. As nu-
merações iniciam em 5 com contagem regressiva.
Utilização: Antes de locais críticos.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: De 100 em 100 metros antes do local crítico.
Formato: Quadrado.

130 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

PLACAS DE INDICAÇÃO

Formato: Retangular (vertical ou horizontal) podendo ter área variável a


fim de conter as informações.
Aspecto: Os lados devem ser expostos na vertical e na horizontal.
Cores: Fundo branco fosco e verso preto fosco, tarjas e inscrições preto
fosco e marcações em branco fosco.

A) Denominação: Limite entre Fer-


Limite de Ferrovias rovias
Significado: Indica limites entre ferro-
ferrovia “a” vias.
Utilização: Nos locais de fronteira fer-
ferrovia “B”
roviária.
Validade: Local.
Natureza: Permanente
Distância: No local da fronteira ferro-
viária.
Formato: Retangular.

B) Denominação: Início de Trecho Sinalizado


Significado: Início do trecho de controle de linha sina-
Início de
lizada.
Trecho
Utilização: Na via não sinalizada, no ponto limítrofe
Sinalizado
entre linha não sinalizada e a sinalizada.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: No início do local.
Formato: Quadrado.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 131


Anexo 1. Sinais de placas

C) Denominação: Fim de Trecho Sinalizado


Significado: Final do trecho de controle de linha sina-
fim de
lizada.
Trecho
Utilização: Na via não sinalizada, no ponto limítrofe
Sinalizado
entre linha não sinalizada e a sinalizada.
Validade: Local.
Natureza: Permanente
Distância: No início do local
Formato: Quadrado.

D) Denominação: Início de CTC


Significado: indica início do trecho controlado pelo
Início Controle de Tráfego Centralizado (CTC).

CTC Utilização: Em trecho CTC.


Validade: Local.
Natureza: Permanente
Distância: Na entrada do trecho de CTC.
Formato: Quadrado.

E) Denominação: Fim de CTC


Significado: Indica fim do trecho controlado pelo Con-
fim trole de Tráfego Centralizado (CTC).

CTC Utilização: Em trecho CTC.


Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: No fim do trecho CTC.
Formato: Quadrado.

F) Denominação: AMV com Travador Elétrico


Significado: Existência de AMV com travador elétrico
AMV com
no local onde se encontra a placa
Travador
Utilização: Em máquinas de chave com travador elé-
Elétrico
trico.
Validade: Local.

132 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

Natureza: Permanente.
Distância: Junto ao AMV com travador elétrico.
Formato: Quadrado.

G) Denominação: Ponto Inflexão de Via


Significado: Parte superior contém a distância a ser per-
1,0% corrida e o grau de inclinação da rampa. Parte inferior
4,4 Km contém a sequência do trecho que será percorrido após
cumprir o primeiro trecho.
Utilização: Tem como objetivo informar aos Opera-
-1,0% dores de Trens sobre as variações do perfil da via e as

1,9 Km distâncias a serem percorridas a cada secção do trecho.


Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: No início do trecho indicado na placa
Formato: Retangular na vertical.

H) Denominação: Número da Linha


L-2 Significado: Indicação da linha correspondente.
Utilização: Junto (no mesmo mastro e logo abaixo) de
placas de regulamentação ou de advertência para indi-
car a linha afetada pela sinalização.
Utilização: Junto de placas de regulamentação, de ad-
vertência ou de sinalização de obras, indicando a linha
afetada pela placa.
Validade: Local.
Natureza: Permanente ou temporária, dependendo da
placa de regulamentação, advertência ou sinalização
de obras correspondente.
Distância: Mesma distância da placa de regulamenta-
ção, de advertência ou de sinalização de obras corres-
pondente.
Formato: Retangular na horizontal.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 133


Anexo 1. Sinais de placas

I) Denominação: Veículos Leves


Veículos
Significado: Indica que a sinalização principal é aplica-
Leves
da somente a veículos leves.
Utilização: Junto de placas de regulamentação, de ad-
vertência ou de sinalização de obras, indicando a linha
afetada pela placa.
Validade: Local.
Natureza: Permanente ou temporária, dependendo da
placa de regulamentação, advertência ou sinalização
de obras correspondente.
Distância: Mesma distância da placa de regulamenta-
ção, de advertência ou de sinalização de obras corres-
pondente.
Formato: Retangular na horizontal.

J) Denominação: Veículos Rodo-ferroviários


Veículos
Significado: Indica que a sinalização principal é aplica-
Rodo
Ferroviários da somente a veículos rodo-ferroviários.
Utilização: Junto de placas de regulamentação, de ad-
vertência ou de sinalização de obras, indicando a linha
afetada pela placa.
Validade: Local.
Natureza: Permanente ou temporária, dependendo da
placa de regulamentação, advertência ou sinalização
de obras correspondente.
Distância: Mesma distância da placa de regulamenta-
ção, de advertência ou de sinalização de obras corres-
pondente.
Formato: Retangular na horizontal.

134 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

K) Denominação: Trens Bitola Métrica


Trens
Significado: Indica que a sinalização principal é aplica-
Bitola
Métrica da somente a trens de bitola métrica.
Utilização: Junto de placas de regulamentação, de ad-
vertência ou de sinalização de obras, indicando a linha
afetada pela placa.
Validade: Local.
Natureza: Permanente ou temporária, dependendo da
placa de regulamentação, advertência ou sinalização
de obras correspondente.
Distância: Mesma distância da placa de regulamenta-
ção, de advertência ou de sinalização de obras corres-
pondente.
Formato: Retangular na horizontal.

L) Denominação: Trens Bitola Larga


Trens
Significado: Indica que a sinalização principal é aplica-
Bitola
Larga da somente a trens de bitola larga.
Utilização: Junto de placas de regulamentação, de ad-
vertência ou de sinalização de obras, indicando a linha
afetada pela placa.
Validade: Local.
Natureza: Permanente ou temporária, dependendo da
placa de regulamentação, advertência ou sinalização
de obras correspondente.
Distância: Mesma distância da placa de regulamenta-
ção, de advertência ou de sinalização de obras corres-
pondente.
Formato: Retangular na horizontal.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 135


Anexo 1. Sinais de placas

M) Denominação: Horário de Validade da Placa


Das 07 hs
Significado: Indica o horário de validade da sinalização
Até 15 hs
principal.
Utilização: Junto de placas de regulamentação, de ad-
vertência ou de sinalização de obras, indicando a linha
afetada pela placa.
Validade: Local.
Natureza: Permanente ou temporária, dependendo da
placa de regulamentação, advertência ou sinalização
de obras correspondente.
Distância: Mesma distância da placa de regulamenta-
ção, de advertência ou de sinalização de obras corres-
pondente.
Formato: Retangular na horizontal

N) Denominação: Seta Indicativa da Placa


Significado: Indica a linha afetada pela placa principal.
Utilização: Junto com outras placas.
Validade: Local.
Natureza: Permanente ou temporária, dependendo da
placa principal.
Distância: No mesmo mastro da placa principal.
Formato: Retangular na horizontal.

136 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

O) Denominação: Seta Indicativa da Placa


L-1 Significado: Indica a linha afetada pela placa principal.
Utilização: Junto com outras placas.
Validade: Local.
Natureza: Permanente ou temporária, dependendo da
placa principal.
Distância: No mesmo mastro da placa principal.
L-1 Formato: Retangular na horizontal.

L-1

L-1

P) Denominação: Ponto de Parada no Marco


Significado: Local de parada do trem, com o número
ponto de veículos indicado na placa.
132 Utilização: Em pátios ou terminais.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: No ponto no qual a cauda do trem parado
com a locomotiva comandante junto à placa terá livra-
do o marco ou PN.
Formato: Quadrado.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 137


Anexo 1. Sinais de placas

Q) Denominação: Número da Linha em AMV


L-1 Significado: Informa o número da linha em relação à
linha principal (Linha 1).
Utilização: Em todas as linhas desviadas.
Validade: Local, entre a máquina de chave e o trilho
externo de encosto da ponta da agulha do AMV.
Natureza: Permanente.
Distância: Fixada no dormente da máquina de chave
do AMV de acesso à linha informada na placa.
Formato: Retangular pequena de dupla face (ambas as
faces da placa indicam a linha).

R) Denominação: Fim de Bitola Mista


fim
Significado: Informar quebra de bitola.
Bitola
mista Utilização: Em locais com quebra de bitola.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
final
Bitola mista Distância: Informada na placa.
500 m Formato: Retangular na horizontal.

138 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

PLACAS DE OBRAS

Formato: quadrado medindo 40 cm x 40 cm.


Aspecto: os lados devem ser expostos na diagonal.
Cores: fundo e verso preto fosco, tarjas e inscrições laranja refletivo e
marcações em branco fosco.
Constituem exceção quanto à pintura de placas:
ADVERTÊNCIA AVANÇADA PARA PARADA TOTAL
Pintada em tinta laranja a parte superior da diagonal horizontal e com
tinta vermelha a parte inferior, tendo na parte inferior a indicação do nú-
mero da linha que possui a advertência, em tinta branca refletiva.

A) Denominação: Advertência Avançada Parada Total


Significado: Inicie redução de velocidade, visando à pa-
rada absoluta e obrigatória a uma distância de 1200

L-1
metros à frente do trem e parar no mínimo a 50 me-
tros da placa vermelha de PARE, instalado no eixo da
linha. Observação: Ao aproximar-se do local onde deve
estar a placa vermelha PARE, caso encontre a placa ver-
de SIGA, o Operador de Trens pode prosseguir sem a
parada total do trem.
Utilização: Em locais com interdição de circulação de
trens.
Validade: Local.
Natureza: Temporária.
Distância: 1200 metros antes da interdição da via.
Formato: Quadrado.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 139


Anexo 1. Sinais de placas

B) Denominação: Homens Trabalhando


Significado: Trecho de via em obra ou serviço com ho-
mens trabalhando. Os trens não necessitam diminuir
a velocidade e somente fazem uso da buzina na sua
aproximação.
Utilização: Nos locais onde todos os trens devem fazer
uso da buzina para alertar os trabalhadores da aproxi-
mação do trem.
Validade: Local
Natureza: Temporária.
Distância: Entre 200 e 300 metros em ambas as dire-
ções.
Formato: Quadrado.

C) Denominação: Equipamento Mecanizado na Via


Adjacente
Significado: Equipamento mecanizado de via perma-
nente trabalhando na via adjacente ou à margem da
via. Os trens não necessitam diminuir a velocidade e
somente fazem uso da buzina na sua aproximação.
Utilização: Nos locais onde todos os trens devem fazer
uso da buzina para alertar pessoas.
Validade: Local
Natureza: Temporária.
Distância: Entre 200 e 300 metros em ambas as dire-
ções.
Formato: Quadrado.

140 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

D) Denominação: Reduzir Velocidade Restrita


Significado: Inicie redução para velocidade restrita.
Utilização: Nos locais onde todos os trens devem co-
Velocidade meçar a diminuir velocidade.
Restrita
Validade: Local.
Natureza: Temporária
Distância: 1200 metros antes do local onde os trens
devem circular com velocidade restrita.
Formato: Quadrado.

E) Denominação: Reduzir Velocidade


Significado: Inicie redução de velocidade visando im-

20
primir velocidade máxima igual à indicada pela placa.
Utilização: Nos locais onde todos os trens devem co-
meçar a diminuir velocidade.
Validade: Local.
Natureza: Temporária
Distância: 1200 metros antes do local onde os trens
devem obedecer a VMA indicada na placa.
Formato: Quadrado.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 141


Anexo 1. Sinais de placas

PLACAS DE INFORMAÇÃO

Formato: Retangular (vertical ou horizontal) podendo ter área variável a


fim de conter as informações.
Aspecto: Os lados devem ser expostos na vertical e na horizontal.
Cores: Fundo azul fosco e verso preto fosco, tarjas e inscrições branco
refletivo e marcações em branco fosco.

A) Denominação: Perda de Comuni-


Túnel 55 cação - Locotrol
Perda de Comunicação do Significado: Indicação de perda de
Locotrol comunicação com o equipamento lo-
Siga o procedimento de cotrol em tração distribuída dentro de
Operação túneis.
Utilização: Antes de túneis com perda
de comunicação com o equipamento
locotrol.
Validade: Local.
Natureza: Permanente.
Distância: 50 metros antes da entrada
de túneis.
Formato: Retangular na horizontal.

142 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

Anexo 2 Sinais de bloqueio e


seus significados
A) Livre

Significado: Prossiga com velocidade máxima autorizada.

B) Livre limitado

Significado: Prossiga com velocidade máxima autorizada e passe com a


velocidade limitada ao aproximar-se do próximo sinal.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 143


Anexo 2. Sinais de bloqueio e seus significados

C) Limitado (em trecho de CTC)

Significado: Prossiga com velocidade limitada, preparado para parar no


próximo sinal.

D) Reservada

E) Reduzido limitado

Significado: Prossiga com velocidade reduzida sobre chaves e travessões e,


depois, retome velocidade limitada, preparado para parar no próximo sinal.

144 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

F) Parada

Significado: Pare.

G) Limitado livre

Significado: Prossiga com velocidade limitada sobre chaves, travessões ou


cruzamentos ferroviários e, depois, retome velocidade máxima autorizada.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 145


Anexo 2. Sinais de bloqueio e seus significados

H) Restritivo

Significado:
1. Em trecho de CTC, prossiga com VELOCIDADE RESTRITA, preparado para
parar junto a outro trem ou qualquer impedimento da linha.
2. Quando da circulação de linha sinalizada para linha não sinalizada o
Operador de Trens deve obter autorização do Controle de Tráfego Cen-
tral, Agente de Estação ou Manobrador. Nestes locais é obrigatória a
fixação de placa de regulamentação conforme anexo 1, letra C.

I) Conferência de detector de descarrilamento

DET

DET

DET DET DET

146 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

Significado: Detector de descarrilamento não alarmado. Obs.: este aspec-


to não indica licença, nem define velocidade. Este sinaleiro é identificado
pela placa com a indicação “DET”, fixada imediatamente abaixo do painel
luminoso. O foco de cor azul permanecerá aceso sempre que a integridade
do detector de descarrilamento não foi afetada pela passagem do trem. Ao
avistar o sinal vermelho neste sinaleiro o Operador de Trens deve informar
o ocorrido ao Controlador de Tráfego.

J) Conferência de chave

C C

Significado: Máquina de chave posicionada para Normal ou para Reversa.


Somente prossiga de acordo com instruções do Controlador de Tráfego.
Obs.: Este aspecto não indica licença e nem define velocidade.
Este sinaleiro é identificado pela placa com a letra “C”, fixada imediata-
mente abaixo do painel luminoso. É utilizado em trechos não sinalizados
ou cuja sinalização não é comandada pelo Controlador de Tráfego. O foco
de cor azul permanecerá aceso sempre que a ponta da agulha do AWV
estiver vedada para a linha de destino. Ao avistar o sinal vermelho neste
sinaleiro, o Operador de Trens deve parar o trem e informar o fato ao Con-
trolador de Tráfego.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 147


Anexo 2. Sinais de bloqueio e seus significados

K) Caixa quente/roda quente (hot box/hot wheel) sem alarme

H H

Significado: Detector de caixa quente ou roda quente sem alarmes para o


trem. Obs.: Esse aspecto não indica licença nem define velocidade.
Este sinaleiro é identificado pela placa com a letra “H”, fixada imediata-
mente abaixo do painel luminoso.

L) Caixa quente/roda quente (hot box/hot wheel) alarmado

H H

Significado: Detector de caixa quente ou roda quente alarmado para o


trem. Prossiga com velocidade máxima de 5 km/h até conseguir contato
com o Controlador de Tráfego. Este sinaleiro é identificado pela placa com

148 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

a letra “H”, fixada imediatamente abaixo do painel luminoso e é instalado


em áreas onde não há comunicação via rádio com o CCO. Caso o alarme
seja acionado, o foco azul piscará de forma intermitente. Ao avistar o sinal
azul piscando, o Operador de trens deve reduzir a velocidade do trem para
5 Km/h e continuar circulando até conseguir contato com o Controlador
de Tráfego.

M) Manobra

Significado: Prossiga com velocidade reduzida sobre a linha desimpedida


até o sinal seguinte ou a placa de limite de manobra.

N) Chamada

Significado: Prossiga com VELOCIDADE RESTRITA para entrar em qualquer


linha, preparado para parar perto de outro trem.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 149


Anexo 2. Sinais de bloqueio e seus significados

O) Sinal cruzetado

Significado: Sinal inoperante, fora de operação. O sinal não deve ser res-
peitado somente se houver uma instrução especial específica. Não haven-
do instrução especial invalidando o sinal, é considerado PARE.

P) Limitado-livre-limitado

Significado: Prossiga com velocidade limitada sobre chaves, travessões ou


cruzamentos ferroviários. Depois de ultrapassar, passe para a velocidade
máxima autorizada, passando à velocidade limitada ao aproximar-se do
próximo sinal.

150 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

Anexo 3 Sinais Manuais

A) Prossiga

Agitando
Agitando um um
braçobraço para
para cima cima
e para e para
baixo baixo
à frente à frente
do corpo. do corpo.

B) Cuidado - diminuição de velocidade

Agitando um
Agitando um braço
braço na horizontal
na horizontal aocorpo,
ao lado do ladocom
dopequenos
corpo, com pequenos
movimentos movi-
para cima
mentos para cima e para baixo.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 151


Anexo 3. Sinais manuais

C) Pare

Agitando os dois braços acima da cabeça cruzando lateralmente, para a


direita e para a esquerda.

D) Recuar

Um braço movimentado circularmente à frente do corpo.

152 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO DE

OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS

E) Aplicar freios

Um braço levantado sobre a cabeça.

F) Soltar freios

Um braço agitado sobre a cabeça de um lado para o outro.

ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015 153


Anexo 3. Sinais manuais

G) Engatar ou encolher engates

Abrindo e fechando repetidamente os braços, sem cruzar, acima da cabeça.

154 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015


REGULAMENTO
REGULAMENTO DEDE

OPERAÇÕES
OPERAÇÕES
FERROVIÁRIAS
FERROVIÁRIAS
Anexo 3. Sinais manuais

156 ROF - Regulamento de Operações Ferroviárias / Versão 00.00 – 2015

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