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PROGRAMA DE REQUALIFICAÇÃO, REABILITAÇÃO E

ACESSIBILIDADES (PRRA)

EIXO I – Linha 1.1 – Requalificação de Centros Urbanos

“EMPREITADA DE REQUALIFICAÇÃO URBANA E AMBIENTAL DA


CIDADE DO PORTO INGLÊS, ILHA DO MAIO“

Concurso Público Nacional Nº 38/2019_PRRA_EI Linha 1.1_M

Parte II: Caderno de Encargos

Praia, setembro de 2019


CLÁUSULAS TÉCNICAS

CLÁUSULAS TÉCNICAS 2
1. GENERALIDADES 4
1.1. Introdução 4
1.2. Objeto do concurso 4
1.3. Uso de mão-de-obra e de materiais locais 4
1.4. Observações preliminares 4
1.5. Instalações de estaleiro 5
1.6. Instalações para a fiscalização e dono de obra 6
2. PRESCRIÇÕES GERAIS DOS MATERIAIS 7
2.1. Disposições comuns 7
2.2. Pedras, britas, godos e areias 7
2.3. Ligantes 8
2.4. Outros materiais 9
3. EXECUÇÂO DOS TRABALHOS. 9
3.1. Demolições 9
3.2. Movimento de Terras 10
3.2.1. Generalidades 10
3.2.2. Escavações 10
3.2.2.1. Generalidades 10
3.2.2.2. Natureza dos Terrenos 11
3.2.2.3. Uso de Explosivos 11
3.2.2.4. Aterros 11
3.3. Arruamentos e pavimentação 11
3.3.1. Características dos cubos 12
3.3.1.1. Execução 12
3.3.2. Arruamentos e estacionamentos 12
3.3.3. Pavimentos das zonas de circulação pedonal 13
3.3.4. Pavimentos das zonas ciclovia 13
3.3.5. Rampas e escadas 13
3.3.6. Canteiros 14
3.3.7. Lancis 14
3.3.8. Tolerâncias 14
3.3.9. Macadame de granulometria extensa 14
3.3.10. Material de preenchimento 15
3.3.11. Execução 16
3.3.11.1. Preparação da plataforma 16
3.3.11.2. Espalhamento 16
3.3.11.3. Regularização e compactação 16
3.3.11.4. Tolerância 17
3.3.11.5. Controlo 17
3.4. Rede de Rega 18
3.4.1. Tubagem 18
3.4.2. Acessórios 20
3.4.3. Válvulas e equipamentos diversos 21
3.4.3.1. Válvulas de seccionamento 21
3.4.4. Instalação de canalizações e acessórios 21
3.4.4.1. Generalidades 21
3.4.4.2. Fixação de tubagens e acessórios 21

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3.4.4.3. Corte de tubagens 22
3.4.4.4. Camada de assentamento das tubagens 22
3.4.4.5. Colocação de tubagens nas valas 22
3.4.4.6. Maciços de amarração 23
3.4.4.7. Proteção das condutas nas travessias de ribeiras / linhas de agua 23
3.4.5. Ensaio de pressão de condutas e equipamentos hidráulicos 23
3.4.6. Limpeza e desinfecção das condutas 25
3.5. Rede de Drenagem Pluvial 26
3.5.1. Colectores 26
3.5.2. Sumidouros 26
3.5.3. Diâmetros das tubagens e acessórios 26
3.5.4. Execução 26
3.5.4.1. Abertura e Tapamento de Valas 26
3.5.4.2. Assentamento de coletores 28
3.5.4.3. Ensaio de redes 28
3.6. Iluminação Puplica 28
3.6.1. Introdução, generalidades 28
3.6.2. Âmbito de empreitada 28
3.6.3. Ensaios e verificações 29
3.6.3.1. Introdução 29
3.6.3.2. Verificações 29
3.6.3.3. Ensaios e medições 29
3.6.4. Complementos à empreitada 30
3.6.5. Instrução do pessoal, manuais de funcionamento e esquemas 30
3.6.5.1. Instrução do pessoal 30
3.6.5.2. Manuais de funcionamento e esquemas 30
3.6.6. Recepção provisória recepção definitiva 30
3.6.6.1. Recepção provisória 30
3.6.6.2. Recepção definitiva 31
3.6.7. Instalação e equipamentos eléctricos em B.T. 31
3.6.7.1. Legislação 31
3.6.7.2. Tubagens 31
3.6.7.3. Quadros 31
3.6.7.4. Aparelhos de corte ou de comando 34
3.6.7.5. Aparelhos de protecção 35
3.6.8. Iluminação 36
3.6.8.1. Generalidades 36
3.6.8.2. Iluminação normal 36
3.6.9. Diversos 37
4. Normas ambientais 38
4.1. Estaleiro 38
4.2. Demolições e Movimentações de Terra 38
4.3. Transporte de material 39
4.4. Diversos 39

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1. GENERALIDADES
1.1. Introdução
O presente concurso tem como entidade adjudicante a Infraestruturas de Cabo Verde e como
entidade financiadora o Governo de Cabo Verde.
1.2. Objeto do concurso
O concurso refere-se à Empreitada de Requalificação Urbana e Ambiental da Cidade do
Porto Inglês, Ilha do Maio de acordo com o programa base fornecido.
1.3. Uso de mão-de-obra e de materiais locais
Recomenda-se fortemente que, sempre que possível, e sem por em causa as boas regras de
economia e eficácia, nível de qualidade e preservação do ambiente, se use a mão-de-obra
local e se recorre à compra de materiais locais.
Sempre que seja possível do ponto de vista dos bons preceitos da construção e sem pôr em
causa os critérios estéticos deve-se procurar a diminuição de areias finas originários das praias
e de cimento importado.
1.4. Observações preliminares
a. As presentes especificações técnicas gerais de Construção Civil aplicam-se a todos os
trabalhos previstos. Quando o texto do contrato não os derroga expressamente, o
Empreiteiro submete-se às obrigações estabelecidas nos textos gerais e regulamentares
mencionados nas cláusulas administrativas gerais em vigor na República de Cabo Verde.

b. O Empreiteiro não poderá subcontratar nenhuma parte da empreitada sem a aprovação


prévia escrita do Dono da Obra, salvo os subempreiteiros indicados na proposta e durante
a negociação do contrato.
c. A aprovação pelo Dono da Obra não estabelece vínculo laboral entre ele e os
Subempreiteiros do Adjudicatário. Este mantém-se integral e pessoalmente responsável
pelas partes da empreitada que ele tenha subcontratado.
d. Todos os materiais, instalações provisórias de estaleiro e equipamentos necessários à
realização completa dos trabalhos deverão ser fornecidos pelo Empreiteiro e submetidos
à aprovação da Fiscalização.
e. O Empreiteiro é obrigado a fornecer qualquer informação relativa à natureza, à qualidade
ou outras características dos materiais utilizados, mediante solicitação da Fiscalização.
f. Todas as prescrições, ensaios, fornecimentos e trabalhos referidos nos artigos seguintes
serão considerados incluídos nos preços correspondentes dos itens do orçamento.
g. Nenhuma reclamação, em qualquer circunstância, será tida em consideração para o
pagamento de trabalhos, ensaios, fornecimentos ou qualquer outra prestação indicada
explicitamente neste capítulo.

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1.5. Instalações de estaleiro
O Empreiteiro mobilizará todos os meios necessários à execução da empreitada e deverá,
nomeadamente:
a. Fornecer os veículos, máquinas e equipamentos e assegurar a sua condução.
b. Efectuar os transportes.
c. Estudar e executar as instalações do estaleiro.
d. Manter, gerir e guardar as suas instalações, zonas de armazenagem, armazéns, etc...
e. Estabelecer as vias de acesso, as zonas de circulação, as instalações para o abastecimento
do estaleiro (água, energia, telefones, etc.)
f. Limpar as obras e vias de acesso sujas durante os trabalhos, sempre que solicitado pela
Fiscalização.
g. Implantar as obras a partir de referenciais topográficos.
h. Elaborar, em três exemplares, os projetos das instalações de estaleiro e a lista detalhada
do equipamento para a aprovação da Fiscalização, no prazo de 15 dias antes do início dos
trabalhos e para cada modificação da lista no decurso dos trabalhos.
i. No final da obra, com o acordo da Fiscalização, o Empreiteiroprocederá:
j. Á desmontagem das instalações,
k. Á evacuação dos excedentes de materiais,
l. Ás demolições das plataformas, maciços de máquinas, fundações de instalações etc, bem
como à evacuação dos produtos das demolições,
m. Á limpeza completa das áreas utilizadas para as instalações de estaleiro e para a execução
das obras.

n. A aprovação, pela Fiscalização, dos projectos de instalações de estaleiro e da lista


detalhada dos equipamentos não isenta o Empreiteiro das suas responsabilidades
relativas à segurança no estaleiro, ao cumprimento das imposições contratuais, dos
planos de trabalhos, etc.

o. Os custos das instalações de estaleiro serão imputados ao conjunto dos trabalhos da


Empreitada.
1.6. Instalações para a fiscalização e dono de obra
a) No estaleiro principal ou em local apropriado e aprovado pelo Dono da Obra e Fiscalização
serão construídas instalações separadas para o Dono da Obra e Fiscalização;
b) As instalações deverão dispor, no mínimo, de dois gabinetes e uma sala de reuniões. As
instalações deverão dispor de meios de climatização e iluminação adequados, circuitos de
tomadas, central telefónica com duas linhas e cinco extensões e equipamento informático.
A ligação da rede informática da Fiscalização e do Dono da Obra ao exterior (Internet)
poderá ser por WI-FI ou PEN de dados;

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c) As instalações deverão dispor de um sanitário equipado com lavatório, sanita e chuveiro
abastecido de água, fria e quente e servido de esgoto satisfazendo em tudo os
regulamentos em vigor;
d) Todos os gabinetes serão equipados com 2 (duas) secretária, 4 (quatro) cadeiras, 1 (uma)
estante e 1 (um) suporte de parede para fixação de desenhos. A sala de reuniões deverá
dispor de uma mesa para 12 (doze) lugares e ser equipada com pelo menos 12 (doze)
cadeiras;
e) Além das redes de abastecimento de água, saneamento, águas pluviais, eletricidade e
telefones, haverá uma rede de iluminação exterior montada e pronta a funcionar;
f) Todo o recinto das instalações deverá ser vedado e dispor de uma área destinada, no
mínimo, ao estacionamento de 6 (sito) viaturas ligeiras;
g) Deverá prever-se um local com iluminação própria para a montagem de um painel
publicitário;
h) Constitui obrigação e encargo do Empreiteiro a obtenção dos espaços e/ou terrenos
necessários e respetivas autorizações para a implantação e construção das referidas
instalações;
i) O Empreiteiro não poderá, sem autorização do Dono da Obra, realizar qualquer trabalho
que modifique as instalações eventualmente cedidas pelo Dono da Obra e será obrigado a
repô-las nas condições iniciais uma vez concluída a execução da empreitada;
j) O Empreiteiro deverá montar nas instalações do Dono da Obra e da Fiscalização a
cablagem, fichas, “switches” ou HUB´s de 8 (Oito) portas, para um adequado
funcionamento do equipamento informático a fornecer pelo Dono da Obra para sua
utilização e da Fiscalização.

O Empreiteiro deverá ainda pôr à disposição do Dono da Obra e manter em bom estado de
conservação e limpeza, 10 (dez) conjuntos completos do equipamento individual de
proteção, destinado às restantes entidades intervenientes bem como a visitas oficiais ou não,
que venham a ocorrer no decurso da obra. Este equipamento reverterá para o Dono da Obra
no final do Contrato.
2. PRESCRIÇÕES GERAIS DOS MATERIAIS
2.1. Disposições comuns
Neste capítulo é descrito as características gerais a que devem obedecer os materiais de uso
corrente a utilizar na obra.
Todos os materiais destinados à obra serão adquiridos pelo Empreiteiro, sob sua
responsabilidade e encargo e ficam sujeitos à aprovação da Fiscalização.
Materiais naturais, tal como areias, solos selecionados para aterros, sub-bases de pavimentos
e outros só poderão ser utilizados após aprovação final da Câmara Municipal.
Preferencialmente será usada areia proveniente de britagem ou importadas em detrimento
de areias de origem dunar.
O Empreiteiro fará prova de que todos os materiais possuem as características exigidas pelos
regulamentos e normas oficiais em vigor à data da execução, ainda que não expressamente
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referidos, e justificará que a composição, o fabrico e os processos de aplicação são
compatíveis com a respetiva finalidade.
Os transportes, cargas, descargas, armazenamentos e aparcamentos realizados de modo a
evitar a mistura de materiais de tipos diferentes, bem como a conservação e todos os
encargos inerentes, serão por conta do Empreiteiro.
Cumpre ao Empreiteiro fornecer, em qualquer ponto do estaleiro e sem direito a retribuição,
todas as amostras de materiais para ensaios laboratoriais, que a Fiscalização pretenda efetuar.
A aceitação e o controlo exercidos pela Fiscalização não reduzem a responsabilidade do
Empreiteiro sobre os materiais utilizados.
Os materiais rejeitados pela Fiscalização serão prontamente removidos do estaleiro pelo
Empreiteiro, sem direito a qualquer indemnização ou prorrogação de prazos.
As perdas de materiais no transporte, armazenamento e aplicação serão da conta do
Empreiteiro.
2.2. Pedras, britas, godos e areias
a. Pedras para alvenaria
Deverão possuir as seguintes características:
 Duras, compactas, isentas de fendas ou lesins, não friáveis, nem atacáveis pela água ou
pelos agentes atmosféricos.
 Com faces de fractura recente e arestas vivas.
 Limpas de terra e argila.
 Dimensões adequadas ao fim a que se destinam.
 Peso específico não inferior à 2.600 kg/m3.
 Porosidade em peso inferior à 16%.
 Resistente à rotura por esmagamento.
 Boa aderência às argamassas.
b. Britas, godos, areias e "tout-venant"
Deverão possuir as seguintes características:
 Resultar de materiais rijos e são.
 Resistência mecânica e composição química adequadas à utilização.
 Ausência de elementos friáveis.
 Forma não lamelar nem alongada.
 Ausência de terra, matéria orgânica e outras impurezas em quantidadeprejudicial ao fim
a que se destinam.
2.3. Ligantes
a) Cal aérea
Será de boa qualidade, bem cozida, sem cinzas, terras, fragmentos de calcário cru ou recozido
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e outras impurezas. A cal viva será extinta por aspersão (cal em pó) ou por imersão (cal em
pasta); as primeiras serão conservadas em armazém, livres de humidade; a última conservar-
se-á coberta de água e só será empregue 48 horas depois de extinta.
b) Cimento
Salvo outras disposições, o cimento será do tipo "PORTLAND NORMAL". A Fiscalização
rejeitará os lotes que não possuam as características exigidas, tenham sofrido acção da
humidade ou não se encontrem em perfeito estado de conservação.
c) Água
A água a ser utilizada será potável, limpa, fresca e isenta de ácidos, óleos, impurezas e
substâncias prejudiciais de origem industrial ou agrícola ou outras matérias orgânicas ou
inorgânicas em solução ou suspensão, em quantidades que prejudiquem os fins em vista.
A água para o fabrico do betão e argamassas satisfará ao prescrito do RBLH.
d) Aditivos para argamassa e betões
Os aditivos para argamassas ou betões deverão ser previamente submetidos à aprovação da
Fiscalização, para o efeito, o Empreiteiro deverá fornecer todas as indicações e
esclarecimentos necessários sobre as características e modos de aplicação dos produtos,
sempre que possível acompanhados de resultados de ensaios comprovativos das
características referidas, realizados por laboratórios de reconhecida competência e
idoneidade.
Os aditivos para coloração de betões ou argamassas devem ser compostos de um pigmento e
de produtos destinados a aumentar a resistência e plasticidade dos betões, de modo a
proporcionarem melhor acabamento e maior dureza das superfícies finais.
Os aditivos para impermeabilização de argamassas e betões podem ser em pó ou líquidos,
devendo os primeiros ser misturados antes da adição dos inertes e água, devendo os
segundos ser adicionados à água de amassadeira e misturando muito bem.
Os aditivos para acelerar a presa por elevação de temperatura devem ser líquidos, a adicionar
em água da amassadeira.
Os aditivos destinados a aumentar a plasticidade de betões, não devem ser de tipo que
aumente a quantidade total de ar nas massas para além de 1%.
Os aditivos plastificantes de argamassas que devem ser empregues em substituição de cal
(excepto onde este caderno de encargos exige argamassas com cal) devem ter apenas acção
física e não química.
Os aditivos retardadores da presa devem ser objecto de experiências preliminares que
permitam determinar, em bases seguras, o seu real efeito nos betões previstos.
Todos os produtos que venham a ser aprovados ou sugeridos pela Fiscalização devem ser
aplicados em conformidade com as instruções do respectivo fabricante e os resultados de
ensaios feitos.

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2.4. Outros materiais
Outros tipos de materiais Para além dos acima descritos devem ser sempre de boa qualidade
e natureza de molde a servirem os objectivos do projecto e satisfazerem as normas e
regulamentos porventura existentes.
3. EXECUÇÃO DOS TRABALHOS
3.1. Demolições
As demolições devem ser executadas de forma cuidadosa, procurando evitar-se a emissão de
poeiras para a atmosfera e o arrastamento de sólidos para o meio hídrico.
Nenhuma demolição poderá ser efetuada sem a autorização prévia da Fiscalização.
Para garantir a segurança das pessoas durante os trabalhos de demolição, o Empreiteiro
deverá prever tapumes e sinalização conveniente.
Os produtos da demolição deverão ser evacuados do local à medida que forem sendo
produzidos, excetuando-se os que poderão ser reutilizados com o acordo da Fiscalização. O
Empreiteiro deverá procurar o local de depósito e obter as autorizações necessárias, tanto do
proprietário como dos serviços competentes
3.2. Movimento de Terras
3.2.1. Generalidades
Com o próprio ato da adjudicação da empreitada, o Empreiteiro aceita os terrenos no estado
em que se encontrarem antes do início das obras.
O Empreiteiro executa todos os trabalhos de escavações e aterros necessários a execução das
obras independentemente da natureza dos terrenos encontrados e de acordo com os
desenhos.
No caso de serem encontrados, durante as escavações, cabos ou canalizações não conhecidos
previamente ou não referenciadas, o Empreiteiro deverá interromper os trabalhos e informar-
se, junto da Fiscalização, das medidas a tomar.
3.2.2. Escavações
3.2.2.1. Generalidades
As valas deverão ser abertas com dimensões que possam permitir a execução e verificação
dos trabalhos sem dificuldade.
Se, por erro, as valas forem escavadas a uma profundidade superior à prevista, o Empreiteiro
deverá aumentar, a seu custo, a profundidade das fundações de betão na medida suficiente
para atingir a cota necessária.
Caso as características do terreno não corresponderem às consideradas no cálculo das
fundações, o Empreiteiro deverá elaborar um relatório detalhado e propor a Fiscalização uma
solução de substituição. Independentemente da natureza do terreno, o início da execução das
fundações de betão está sempre subordinado à obtenção de uma autorização escrita da
Fiscalização, após verificação do fundo das valas.
As terras resultantes da escavação utilizáveis como material de aterro serão armazenadas no
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local, com o acordo da Fiscalização.
As terras sobrantes deverão ser evacuadas do local, nas mesmas condições indicadas para a
evacuação de produtos de demolições.
3.2.2.2. Natureza dos Terrenos
São considerados terrenos brandos, os terrenos aluvionares de superfície, argilas, gravilhas,
terra vegetal, escórias vulcânicas e de rochas muito alteradas contendo detritos.
São considerados terrenos rochosos os que necessitam de uma escarificação inicial do
“ripper” ou do uso do martelo pneumático ou de explosivos e que de outra forma não podem
ser escavados, a não ser com recurso a máquinas de potência superior a 300 CV.
3.2.2.3. Uso de Explosivos
No caso em que o empreiteiro seja obrigado a recorrer ao uso de explosivos para a execução
de escavações de em terrenos rochosos, ele deve-se munir de todas as autorizações
necessárias, designadamente aquela do Ministério da Administração Interna e se conformar a
todas as imposições das autoridades policiais.
O uso de explosivos é interdito nas proximidades de zonas habitadas.
O empreiteiro deverá sem restrições, respeitar as prescrições relativas à segurança pública em
vigor no país e tomar as devidas precauções para evitar danos às pessoas e construções
vizinhas.
3.2.2.4. Aterros
As terras para aterro deverão ser submetidas à aprovação da Fiscalização. Deverão ser isentas
de resíduos, madeiras, matérias orgânicas ou outros detritos e satisfazer às exigências
mínimas seguintes:

 Teor em matéria orgânica inferior a 1 %,


 PH neutro (próximo de 7),
 Ausência de sulfatos.
Os aterros serão executados por camadas sucessivas, compactadas, com um máximo de 30
cm. Os aterros que não se destinam a suportar cargas serão compactados até atingir a
densidade do terreno adjacente. Os aterros de valas ou sob fundações serão compactados até
atingir 95% do óptimo proctor modificado.
3.3. Arruamentos e pavimentação
A construção dos arruamentos, parques e passeios engloba a regularização do terreno para o
estabelecimento de rasantes, abertura e compactação das caixas, dos pavimentos, a execução
destes últimos, o assentamento de guias e lancis e o fornecimento de todos os materiais e
trabalhos necessários.
As características geométricas dos arruamentos, parque e passeios são as indicadas nos
respetivos desenhos.

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3.3.1. Características dos cubos
Os paralelos basálticos a empregar serão duros, homogéneos, de textura compacta e sonora à
pancada do martelo, praticamente inalterável pelo ar e pela água.
Os paralelos terão a dimensão de 5x5x10cm e 10x10x10cm e todas as faces bem
desempenadas e esquadriadas. Será admitida uma tolerância de 1cm – para mais ou para
menos – desde que os paralelos de aresta maior ou menor que a dimensão prevista não
ultrapasse 20% da quantidade total a aplicar.
3.3.1.1. Execução
Os paralelos serão assentes sobre uma almofada de areia com uma espessura mínima de 5cm
e máxima de 10 constituindo uma superfície plana e regularizada.
Depois de assentes os paralelos, estes serão batidos a maça de calção até à nega –
estabilidade perfeita.
As juntas entre paralelos ou entre estes e outros elementos não poderão exceder 1cm e serão
refechadas a mistura de cimento e areia ao traço 1:6.
Serão levantados e tornados a colocar todos os paralelos que tenham assentamentos
diferenciais durante a estabilização. De iguais modos serão substituídos todos os que
fenderem, partirem ou formarem saliências ou depressões superiores a 3mm.
Se a almofada for traçada e houver que efetuar cargas, estas sê-lo-ão com areia e cimento ao
mesmo traço da almofada; mas não serão permitidas regas.
Neste caso, usar-se-á uma única rega final, depois de as pedras terem sido batidas a maço e
das juntas completamente preenchidas, sendo o conjunto já, um todo estável, tal como no
caso da almofada de areia simples – suficiente mas não demasiado abundante, que permita a
reação do ligante numa camada superficial com os inertes, dando à calçada uma estabilidade
ainda maior e não permitindo que o material de preenchimento das juntas seja lavado e
arrancado por efeito de chuvadas, goteiras, gárgulas, etc.
Se a calçada for assente sobre argamassa, as pedras deverão ficar perfeitamente embebidas,
com a face superior limpa e à vista, e as juntas completamente tomadas; não sendo
permitido, todavia, qualquer ressalto devido a argamassa que ressuma.
Em qualquer dos casos, depois de assente, a calçada deverá apresentar uma superfície
uniforme, plana ou com as inclinações indicadas no projeto.
Sempre que for caso disso, os elementos decorativos, quando os houver, serão executados
recorrendo-se a sércias adequadas.
3.3.2. Arruamentos e estacionamentos
O pavimento será constituído por:

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- Camada de superfície em paralelos basálticos e calcario, com a espessura de 0,10m, assente
sobre camada de areão ou areia e cimento ao traço 6:1 com a espessura de 0,10m;
- O.P.M.
3.3.3. Pavimentos das zonas de circulação pedonal

O pavimento será constituído por:


- Camada de superfície em paralelos basálticos e calcários com a espessura de 0,10m e blocos
de betão tipo Pavê, assentes sobre uma camada de areão ou areia e cimento ao traço 6:1 com
a espessura de 0,05 m;
- O.P.M.
3.3.4. Pavimentos das zonas ciclovia
O pavimento de rampas será constituído por:
Camada de superfície em betuminoso cor vermelho, regularização em macadame betuminoso
com 2.5 cm de espessura, camada de desgaste em mistura betuminosa cor vermelho com 1.5
cm de espessura e rega de colagem e impregnação com emulsão betuminosa ECR-I à taxa de
0.7 kg/m2, ECI à taxa de 1.0 kg/m2.
A camada betimuniso será assente sobre uma camada de Macadame de granulometria
extensa (tipo Tout-Venant 0/50) com a espessura de 0,15m.
- A camada de Macadame assentará camada de solos assentará sobre o solo local
compactado a 0,95 do O.P.M.
3.3.5. Rampas e escadas
O pavimento de rampas será constituído por:
- Camada de superfície em paralelos basálticos e calcários assentará sobre betonilha armada
com 0,10 m de espessura, de acordo com as peças desenhadas do projeto.
- A laje armada assentará sobre uma camada de Macadame de granulometria extensa (tipo
Tout-Venant 0/50) com a espessura de 0,15m;
- A camada de Macadame assentará camada de solos assentará sobre o solo local
compactado a 0,95 do O.P.M.
O pavimento de escadas será constituído por:
- Camada de superfície em betonilha esquartelada com 0,15m de espessura de acordo com as
peças desenhadas do projeto;
- A laje armada assentará sobre uma camada de Macadame de granulometria extensa (tipo
Tout-Venant 0/50) com a espessura de 0,15m após recalque;

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- A camada de Macadame assentará sobre uma camada de solos assentará sobre o solo local
O.P.M.
3.3.6. Canteiros
Os canteiros serão executados em:
- Guias de betão C 20/25 pré-fabricados com as dimensões indicadas nas peças desenhadas,
na transição dos passeios com zonas verdes, terreno natural ou taludes;
- Paralelos basálticos e calcários com as dimensões indicadas nas peças desenhadas, na
transição dos passeios com zonas verdes, terreno natural ou taludes;
- E blocos de betão tipo Pavê com as dimensões indicadas nas peças desenhadas, na transição
dos passeios com zonas verdes, terreno natural ou taludes.
3.3.7. Lancis
Os lancis serão executados por:
- Lancis de betão C 20/25 pré-fabricados assentes sobre fundação de betão C 15/20 com as
dimensões indicadas nas peças desenhadas, na transição dos arruamentos e passeios;
- Guias de betão C 20/25 pré-fabricados com as dimensões indicadas nas peças desenhadas,
na transição dos passeios com zonas verdes, terreno natural ou taludes.
3.3.8. Tolerâncias
Na execução dos pavimentos e sua regularização, as cotas das diferentes zonas obedecerão às
seguintes tolerâncias:
- Para as cotas de projeto 0,04 m;
- Para a regularização do pavimento, flecha de 0,004 m medida a meio de uma régua de
3,00m por forma a que nunca se possa dar o empoçamento de água.
3.3.9. Macadame de granulometria extensa
A presente especificação tem por fim fixar as características, das misturas dos agregados
visando a sua utilização em sub-bases e bases de pavimentos.
Esta especificação‚ constituída por duas partes, constando a primeira das características gerais
comuns aos pavimentos e a segunda das características específicas de cada caso concreto de
pavimento.
Os materiais a utilizar na formação da camada do pavimento em macadame devem ser:
- Obtidos mecanicamente, por britagem e selecionados até à sua integração dentro das
bandas granulométricas estabelecidas;

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- Obtidos a partir de pedra sã e não alterada nem alterável sob a ação dos agentes exteriores;
- Rijos, limpos e sem excesso de fragmentos lamelares, alongados ou alterados. Os
materiais podem ser:
- Brita, murraça, calhau ou seixos britados e areia natural ou britada;
Os calhaus ou seixos britados deverão ter mais de 70%, em peso, de elementos com duas ou
mais faces fraturadas.
A percentagem de perda por desgaste na máquina de Los Angeles deverá satisfazer ao
previsto na Parte II desta especificação.
A dimensão nominal em milímetros deverá satisfazer ao previsto na Parte II desta
especificação;
A granulometria encomendada deverá ainda satisfazer a uma banda granulométrica se a Parte
II desta especificação o prever e indicar.
Se, pela Fiscalização, for previsto que a camada de macadame a granel, numa primeira fase,
seja mantida sem revestimento protetor impermeável, deverá ser especificada uma
percentagem mínima no peneiro nº 200 (ASTM), de cerca de 4 a 10%.
Limite de liquidez e índice de Plasticidade - NP (Não Plástico).
O valor do equivalente de areia deverá apresentar um valor superior ou igual a 50%.
3.3.10. Material de preenchimento
Deverá ser constituído por resíduos de britagem, por areia natural ou saibro, mas sempre com
propriedades aglutinantes adaptadas ao material a ser preenchido, devendo ainda ser bem
graduado e isento de matérias estranhas.
Se forem utilizados saibros como material de preenchimento este deverá obedecer às
seguintes características:
- Limite de liquidez NP
- Índice de plasticidade NP
- Equivalente de areia NP
- Percentagem passada no peneiro nº 200 ASTM <12
Para granulometria do material de preenchimento de dimensão nominal em
milímetros igual a (0-5) recomenda-se:

15/37
Peneiros ASTM 3/8" Nº 4 Nº 80 Nº 200
(9,50 (4,75 (0,180 (0,075
mm) mm) mm) mm)

Percentagem acumulada
100 85-100 7-20 0-12
que passa

3.3.11. Execução
3.3.11.1. Preparação da plataforma
A camada sobre que irá ser executado o macadame deverá ser compactada, na espessura
mínima indicada, a uma baridade seca correspondente a 95% da baridade seca máxima obtida
no ensaio de Proctor Modificado, ou, tratando-se de areias, dever-se-á considerar a máxima
densidade relativa aferida em ensaios por vibração, ser lisa, desempenada e ajustar-se aos
perfis longitudinal e transversais estabelecidos no projeto.
Os solos a aplicar deverão estar isentos de detritos, matéria orgânica ou quaisquer outras
substâncias nocivas, obedecendo às seguintes características:
- CBR 16% (compactação relativa de 98% referida ao O.P.M.)
- Expansão no ensaio CBR<2%
- Índice de grupo igual a zero (0)
- Índice de plasticidade NP
- Limite de liquidez NP
- Equivalente de areia mínimo >5%
Não será permitida a construção da camada de macadame sobre superfícies, apresentando
depressões superiores a 0,02m, verificadas com uma régua de 3m.
3.3.11.2. Espalhamento
O espalhamento do macadame a granel poderá ser feito à pá ou mecanicamente, mas sempre
de modo a obter uma mistura homogénea em toda a espessura da camada.
No caso de espalhamento manual ou com motoniveladora o material segregado não poderá
aparecer aglutinado em qualquer ponto da camada.
Todo o material segregado que ficar na base dos montes ou depósitos deverá ser retirado,
aguardando oportunidade de aplicação.
Se necessário deverá ser assegurado um teor de humidade de cerca de 4% para diminuir a
segregação no transporte e espalhamento. Deverá proceder-se ao espalhamento uniforme de
água.
3.3.11.3. Regularização e compactação
Não serão admitidas quaisquer recargas com macadame para corretivo da regularização final.
Sempre que a superfície apresente depressões superiores a 2cm medidas com régua de 3.00m
16/37
e que necessitem ser corrigidas, proceder-se-á à escarificação das zonas afetadas e à
construção do pavimento nessas áreas, nas condições atrás especificadas.
Tratando-se duma camada sobre a qual será executada uma camada betuminosa ou de betão
hidráulico, as correções de qualquer imperfeição só poderão ser executadas depois de
terminada a limpeza, e feita com massas de regularização com o aglutinante igual à camada a
construir. Em seguida, os remendos serão bem batidos a maço de ferro, de modo a que não
fiquem salientes, nem venham a originar deformações nas camadas superiores.
3.3.11.4. Tolerância
A superfície da camada deve ficar bem lisa e uniforme, isenta de material solto, fendas e
ondulações.

cotas do projeto.
Não serão de admitir ondulações superiores a 0.015m medidas com uma régua de 3.00m.
3.3.11.5. Controlo
O controlo de colocação de cada camada, será feito através de ensaios de compactação e de
controlo granulométrico, conforme a indicação estabelecida pela Fiscalização.
No caso de a Fiscalização não introduzir qualquer programa deverá ser respeitado o do
projecto, a saber:
PARTE I
- Material para base de granulometria extensa ou solos:
a) Na pedreira
- Granulometria 2 ensaios
- Equivalente de areia 2 ensaios
- Ensaio de desgaste na máquina de Los Angeles 2 ensaios
b) Na obra
- Granulometria 1 a 2 ensaios por cada 500 m3
- Equivalente de areia 2 a 4 ensaios por cada 500 m3
- Peso específico das partículas secas 1 a 2 ensaios por cada 5000 m3
- Ensaios de desgaste na máquina de Los Angeles - A repetir de acordo com a
heterogeneidade do material
- Baridade "in situ" 1 a 3 ensaios por cada 500 m3

17/37
PARTE II
A percentagem de perda na máquina de Los Angeles deverá ser inferior a 35%
Índice de vazios - o grau de compactação do ensaio AASHO modificado ser superior a 95%.
Limite de liquidez máximo NP
Índice de plasticidade máximo NP

Equivalente de areia mínimo 50%


A dimensão nominal, em milímetros, será (0-50)
A granulometria deverá satisfazer à seguinte banda:

Peneiros ASTM 2" 1 1/2" 3/4" Nº 4 Nº 40 Nº 200


(19 (4,75 (0,425 (0,075
(50mm) (3,75mm)
mm) mm) mm) mm)

Percentagem
100 85-95 50-85 30-45 8-22 2-9
acumulada que
passa

3.4. Rede de Rega

3.4.1. Tubagem
As tubagens a utilizar serão em polietileno alta densidade (PEAD), do tipo “RAIN BIRD.
O polietileno a utilizar na manufatura de tubagens por extrusão, deverá ser obtido por
polimerização do etileno em condições específicas.
Uma vez que cesse uma qualquer pressão aplicada sobre o polietileno, deverá verificar-se
uma recuperação instantânea correspondente à elasticidade e depois, uma recuperação lenta
e progressiva.
Deverá resistir bem às soluções salinas inorgânicas aquosas, aos alcalis e aos ácidos, exceto
aos ácidos oxidantes.
Na massa de polietileno deverá proceder-se à integração de negro de fumo e de um anti-
oxidante para que os tubos não sejam atacados pelos agentes atmosféricos, nem pela
composição do solo e da água.
A tubagem de polietileno a utilizar em abastecimento de água, deverão ser fisiologicamente
irrepreensível, não lhe transmitindo qualquer sabor ou cheiro.
A sua resistência mecânica deve ser boa quando arrastado por terra ou for utilizado em
mangueiras.

18/37
Na superfície interior deverá estar ausente qualquer rugosidade ou defeito, para que as
perdas de carga sejam nitidamente inferiores às que têm lugar em tubos fabricados com
materiais tradicionais.
As tubagens devem apresentar as características técnicas e exigências normativas seguintes:

Características Unidades PEAD


PE 100
Peso especifico (densidade) Kg/m³ > 940

Conteúdo de negro de fumo % massa 2 – 2,5

Tempo de indução à oxidação 200 Min > 20


°C

Temperatura indução à oxidação °C -

Índice de fluidez g/10’ Var. ± 20 % M.P.

Comportamento ao calor % <3

Resistência à tracção MPa ≥ 19

Alongamento à rotura % > 350

Tensão
MPa 5,5
tangencial a 80°C
MPa 5,0
165 horas
a 80°C 1000 horas
Coeficiente de dilatação linear mm/m°C 0,20

Módulo de elasticidade = MPa 1.400

As soldaduras poderão ser feitas topo a topo ou com acessórios de encaixe, sendo os tubos
cortados à serra fina e acertados para que as faces cortadas fiquem lisas. Um chanfro suave
será feito à meia espessura e do lado interior.

O aquecimento dos bordos dos tubos a soldar será feito sem utilização de chama direta, o que
em nenhum caso será autorizado.

19/37
Quando os bordos tomarem o aspeto brilhante indicativo de princípio de fusão, deverão ser
comprimidos, girando-se alternadamente e em sentido inverso os dois tubos, de modo
assegurar uma boa mistura das partes fundidas.

A soldadura deverá arrefecer naturalmente até atingir a temperatura ambiente.

Na ligação dos tubos topo a topo e nas ligações dos tubos com os seus acessórios poderão ser
utilizadas colas apropriadas cujas características físico-químicas deverão ser previamente
submetidas a aprovação do Dono da Obra.

Os tubos em polietileno de alta densidade (PEAD) devem ser fabricados em conformidade com
as normas DIN 8074-8075 ou UNI 7611-7613-7614, para pressão nominal 10 bars.

Estas tubagens são utilizadas nas redes primárias, secundárias, terciárias e quaternárias bem
como nas ligações domiciliárias, da rede pública à portinhola. As tubagens serão confecionadas
em rolos de 100 m para os diâmetros de 32 a 50 mm e de 200 m para diâmetros inferiores a 32
mm.

3.4.2. Acessórios
As peças especiais estão previstas para todas as execuções singulares que poderão existir ao
longo da tubagem e incluem:

 Curvas para a realização de desvios angulares da tubagem;

 Tês para a realização de derivações angulares da tubagem;

 Cones de redução para a mudança de diâmetro em linha;

 Abraçadeiras para a realização de derivações para ligações domiciliárias

 Junções para a conexão em linha das tubagens;

 Tampões para a vedação da canalização.


As curvas serão realizadas dobrando a tubagem em estrita observância das recomendações do
fabricante, quanto aos raios mínimos de curvatura; poderão também ser realizadas com
elementos de duas mangas em PP de alta pressão, Ferro fundido ou latão.

20/37
3.4.3. Válvulas e equipamentos diversos
De uma maneira geral as válvulas e os equipamentos devem ser de construção robusta e
garantir um bom desempenho hidráulico num vasto leque de condições de funcionamento e
instalação. Os dispositivos devem ser testados na fábrica numa pressão equivalente a pelo
menos 1,5 vezes superior à nominal. A pressão nominal de serviço será no mínimo de 10 bars
para condutas de distribuição de água potável.

De uma maneira geral, os elementos de ferro fundido dúctil serão fornecidos com
revestimento interior e exterior em epóxi, aplicado na fábrica. Os elementos em aço devem ser
galvanizados com pelo menos 600 g de zinco por metro quadrado, mesmo os em aço inox de
primeira qualidade.

3.4.3.1. Válvulas de seccionamento


As válvulas de seccionamento serão utilizadas nas extensões de redes de distribuição. Estas
válvulas serão de construção robusta com corpo em bronze ou em aço inox, cunha em bronze e
cabeça móvel em alumínio ou aço. Serão providas de hastes com tubos de proteção em
plástico, com tampas de superficie (capuchos) em ferro, dotadas de pontas de união com rosca
fêmea e colocadas a jusante da abraçadeira.

3.4.4. Instalação de canalizações e acessórios


3.4.4.1. Generalidades
A colocação em obra das condutas designadamente, métodos de manuseamento, dispositivos
de junção, e de apoios, a profundidade das valas, os revestimentos interiores e exteriores
complementares, os trabalhos e operações suplementares tais como dispositivos de proteção,
de isolamento, o aterro de valas, devem ser efetuados de acordo com regras de boa execução,
prescrições técnicas do fabricante e disposições das presentes especificações.

3.4.4.2. Fixação de tubagens e acessórios


O manuseamento de quaisquer tubagens deve ser feito com as devidas precauções. As
tubagens são dispostas suavemente no solo ou no fundo das valas. O empreiteiro deverá evitar
rodá-las sobre pedras ou em terreno rochoso, sem previamente ter constituído caminhos de
rolar com ajuda de madeiras.

Toda a tubagem que na sequência de uma falsa manobra tiver sofrido uma deformação deve
ser considerada suspeita e não pode ser colocada antes que seja sujeita a uma nova inspeção.

Na altura da colocação as tubagens são examinadas no interior e cuidadosamente libertas de

21/37
todos os corpos estranhos que porventura tenham aí entrado. Todas as prescrições
precedentes se aplicam às peças de ligação e acessórios. Todas as reparações que se
mostrarem necessárias ao revestimento das tubagens e acessórios são da responsabilidade do
empreiteiro.

3.4.4.3. Corte de tubagens


De acordo com as exigências de colocação, o empreiteiro tem a possibilidade de proceder a
cortes de tubagens. Todas as precauções serão tomadas de forma a que esta operação seja
feita nos casos de extrema necessidade.

O corte deve ser feito com ferramentas afiadas ou por corta-tubos, e para tubos de grandes
diâmetros, com serras de forma a obter cortes perfeitos. O corte é feito sempre do lado da
extremidade macho (lisa), pelo que o empreiteiro deve garantir que a nova extremidade
macho, originada pelo corte, seja lisa e proporcione com a manga do tubo vizinho uma junção
tão sólida como a feita com uma flanje simples.

3.4.4.4. Camada de assentamento das tubagens


O fundo das valas deve ser cuidadosamente regularizado com areia fina, de modo que as
canalizações fiquem repousadas sobre a areia em toda a sua extensão.

Quando no meio das valas são encontrados alvenarias ou bancos rochosos, eles devem ser
nivelados a 0,10 metros abaixo da geratriz inferior da tubagem e substituídos, nesta espessura
por terra fina, areia ou gravilha.

3.4.4.5. Colocação de tubagens nas valas


Depois de as ter descido para o fundo das valas, o empreiteiro deve colocar as tubagens no
prolongamento uma da outra, facilitando o alinhamento através de guias temporários. Os guias
temporários são também colocados nas mudanças de direção. Estes guias são constituídos por
pequenos amontoados de terra ou cunhas de madeira. Em suma as tubagens devem ser postas
em filas bem alinhadas e niveladas.

Não é permitido o aproveitamento da flexibilidade da junção das tubagens ou jogo de junções


para desviar os elementos sucessivos da canalização de um valor angular superior àquele
admitido pelo fabricante.

A cada interrupção dos trabalhos, as extremidades das tubagens em curso de colocação devem
ser tamponadas para evitar a intrusão de corpos estranhos ou animais. Nas travessias de
muros, fundações, canais de drenagem de águas pluviais, entre outros, os coletores deverão ser
envolvidos por um tubo colarinho de diâmetro superior.
22/37
3.4.4.6. Maciços de amarração
Curvas, peças de tubagens e todos os dispositivos inseridos nas condutas, submetidos a
esforços que têm a tendência para deslocar as tubagens ou torcer as canalizações, devem ser
amarrados através de maciços capazes de resistir a estes esforços, sem se considerar o apoio
que poderão conferir aos trabalhos vizinhos. Os maciços serão executados diretamente contra
a parede da vala.

3.4.4.7. Proteção das condutas nas travessias de ribeiras / linhas de agua


Nas travessias das linha de agua e ribeiras, as tubagens devem ser convenientemente
protegidas. A proteção das tubagens far-se-à através da sua instalação a maiores
profundidades, entre 1,5 a 2m, por instalação das mesmas em tubos colarinhos de ferro
fundido e/ou por maciços e muros de proteção em alvenarias ou betão ciclópico. Os maciços
serão executados diretamente envolvendo as tubagens e contra a parede da vala.

3.4.5. Ensaio de pressão de condutas e equipamentos hidráulicos


O Empreiteiro deverá solicitar a autorização da Fiscalização para o início dos ensaios de
pressão, após o assentamento e montagem de tubagens, acessórios e equipamentos
hidráulicos e construção dos maciços de ancoragem, bem como de contra – maciços para
efeitos de ensaio.

Após a autorização da Fiscalização, o Empreiteiro poderá começar a encher a conduta e a


coloca-la sobre pressão, a fim de proceder a uma série de ensaios que serão realizados
nas condições seguintes e em conformidade com as normas em vigor e indicações da
Fiscalização.

O comprimento do trecho a ensaiar deverá ser de 500 m. Ensaios em trechos com um


cumprimento superior a 500 m carecerão da autorização prévia da Fiscalização.

No intuito de evitar qualquer deslocamento da canalização sob o efeito da pressão da água,


deverá ser feito o reaterro dos tubos em sua parte central, deixando as juntas a descoberto.
Conforme instruções da Fiscalização, todas as ancoragens necessárias deverão ter sido
executadas antes da realização do teste.

As extremidades do trecho a ensaiar deverão ser tampadas com flanges cegos equipados com
válvulas, para enchimento de água e saída do ar.

A canalização deve ser enchida lentamente, preferencialmente a partir dos pontos baixos.
Antes de submetê-la a pressão, é importante assegurar a completa eliminação do ar na
canalização (pontos altos do trecho).
23/37
Sempre que possível, em função da determinação da Fiscalização, o Empreiteiro deverá
aguardar 24 horas antes de efetuar o ensaio de pressão, de modo que a canalização atinja o seu
estado de equilíbrio.

A pressão deve subir lentamente, de modo que se possa acompanhar o comportamento das
ancoragens. A pressão de teste do trecho de canalização será de:

1,5 vezes a pressão máxima de serviço (PMS), quando esta não for superior a 10 bars, não
devendo nunca ser inferior a 4 bars.

A pressão máxima de serviço (PMS) do trecho, acrescida de 5 bars, quando esta for superior a
10 bars.

O tempo de duração mínima para aplicação do teste de pressão é de 3 horas. Durante esse
período não é admitida uma diminuição de pressão superior a 0,2 bars.

Quando um troço da canalização posto à prova compreende uma válvula de seccionamento,


esta é simultaneamente testada” válvula aberta”.

Uma ficha é preparada para cada teste, e assinada pelo DO e o empreiteiro. A ficha de ensaio é
preparada em três vias pelo empreiteiro e mantida num caderno com folhas numeradas, e
contem as seguintes indicações:

 número de ordem e data do teste;

 designação do troço ensaiado da canalização (por exemplo: denominação ou n° da


casa, localização da mesma na planta, etc.), localização das extremidades do troço;

 croquis indicando de acordo com a ordem de colocação, o número e características das


tubagens, das junções ou peças especiais e dos dispositivos que entram na constituição
do troço;

 duração do teste, pressão de teste, resultados obtidos;

 decisões relativas a todas as eventuais reparações e conclusões.

3.4.6. Limpeza e desinfecção das condutas


Antes da desinfeção, o Empreiteiro deverá proceder à limpeza escrupulosa das condutas. Para o
efeito, deverá utilizar uma quantidade de água igual a 3 vezes ao volume da conduta.

Para a desinfeção, a conduta será enchida de água, a qual deverá ser dosada uma quantidade
de 30 g/m³ de cloro ativo. A dosagem deve ser prosseguida até que a conduta esteja
completamente cheia de água com cloro. Tendo em conta as perdas de água clorada, por
24/37
escoamento das águas não – tratadas, deve-se prever uma quantidade de água clorada igual a 2
vezes ao volume da conduta, que permanecerá enchida durante um período de 24 horas,
devendo o teor de cloro se elevar a 25 g/m³ após o período de reação.

Durante o período de desinfeção, todas as válvulas devem ser operadas várias vezes, a fim de
se efetivar, igualmente, a desinfeção desses elementos.

Uma vez concluída a desinfeção, a conduta será limpa com uma quantidade de água fresca
igual a 2 vezes ao volume da conduta.

Cada desinfeção deve ser objeto de um relatório a ser apresentado à Fiscalização indicando,
nomeadamente:

 o troço de conduta desinfetado, seus comprimento e diâmetro nominal;

 a data, a duração, bem como a quantidade de água necessária para a limpeza da


conduta;

 a dosagem de cloro, com a indicação da natureza e da quantidade utilizada, no inicio e


no fim do enchimento, bem como da quantidade de água clorada;

 a limpeza com água fresca, com indicação da data, da duração e quantidade.


3.5. Rede de Drenagem Pluvial
3.5.1. Colectores
Policloreto de vinilo não plastificado, P.V.C. 10 classe 0,6 com as ligações executadas por
colagem ou juntas de borracha sintética resistentes a uma pressão estática de 0,6 MPa.

3.5.2. Sumidouros
Propõe-se a utilização de sumidouros com caixas pré-fabricadas e Tipo SIROLIS Grelha da
FUCOLI-SOMEPAL ou equivalente.

3.5.3. Diâmetros das tubagens e acessórios


Em todo o traçado das redes serão utilizados os calibres indicados nas peças desenhadas e na
Memória Descritiva.

3.5.4. Execução
3.5.4.1. Abertura e Tapamento de Valas
As tubagens serão assentes em vala aberta para o efeito, com a largura suficiente para a
execução dos trabalhos tendo em atenção a profundidade a atingir, devendo, contudo, ser,
pelo menos, igual ao diâmetro do tubo, mais cerca de 0,40m.

25/37
Todos os tubos serão inspecionados e limpos antes de assentes, não sendo admissíveis fendas,
rachaduras, ou outros defeitos.

O modo de efetuar a escavação ‚ de livre escolha do Empreiteiro, devendo permitir o bom


andamento dos trabalhos e satisfazer às condições de segurança do pessoal.

Será encargo do Empreiteiro o esgoto das águas pluviais, correntes ou de nascentes que
impeçam ou perturbem os trabalhos de execução.

Na condução dos trabalhos de escavação atender-se-á à conveniência de reduzir ao mínimo


possível o tempo que medeia entre a abertura e o enchimento das valas, procurando-se evitar a
desagregação dos paramentos e o alagamento demorado daquelas.

Se, em qualquer ponto do percurso a má qualidade do terreno o exigir, proceder-se-á à


entivação das valas abertas.

Sempre que o leito da vala não seja isento de elementos pétreos será nele aberta uma caixa
com a largura conveniente e à profundidade de 0,15 m abaixo da geratriz inferior da
canalização, caixa esta que será preenchida com areia ou terra isenta de raízes e de pedras que
devidamente compactada constituirá o coxim para assentamento das tubagens.

A tubagem apoiar-se-á sobre o fundo da vala em todo o seu comprimento e o seu encaixe far-
se-á sem a forçar e de forma que cada troço fique perfeitamente retilíneo.

Uma vez assentes as tubagens sobre a almofada de areia, será executado o aterro por camadas
de espessura não superior a 0,20 m bem regadas e cuidadosamente batidas a maço, de modo
que a terra fique bem apertada contra a canalização e uniformemente compactada para que
não se produzam assentamentos desiguais que possam por em perigo a estabilidade das
tubagens; as primeiras camadas de aterro, até uma espessura não inferior a 0,20 m sobre o
extradorso das tubagens, serão constituídas por terra cirandada devidamente compactada de
modo a acompanhar todo o perímetro exterior da conduta. Na compactação dos solos de
aterro poder-se-á utilizar equipamento vibratório, com características adequadas ao tipo de
condutas, à natureza dos solos à espessura das camadas de aterro e ao recobrimento das
condutas.

O aterro da parte superior das valas será feito por camadas de espessura não superior a 0,30 m
devidamente compactados com equipamento adequado. A compactação dos solos de aterro
por inundação não será utilizada.

26/37
3.5.4.2. Assentamento de coletores
As redes de águas pluvais serão executadas de acordo com as indicações dos desenhos de
projeto fazendo-se a verificação das inclinações a nível de óculo.

Todos tubos de P.V.C serão inspecionados e limpos antes de assentes, não sendo admissíveis
fendas, rachaduras, ou outros defeitos.

Os os tubos de P.V.C. apoiar-se-ão sobre o fundo da vala em todo o seu comprimento, e o seu
encaixe deverá fazer-se sem as forçar e de forma que cada troço, compreendido entre caixas de
visita consecutivas, fique perfeitamente retilíneo.

3.5.4.3. Ensaio de redes


As redes deverão ser submetidas a ensaios de estanqueidade e eficiência, de acordo com o
"Regulamento Geral de Sistemas Públicos e Prediais de Distribuição de Águas e de Drenagem de
Águas Residuais", Decreto Regulamentar n.º 23/95.

3.6. Iluminação Pública

3.6.1. Introdução, generalidades


O presente capítulo refere-se às especificações técnicas para as instalações da iluminação
Publica e alimentação de Bombas da Avenida localizado na Cidade do Porto Inglês.
Deverá ser apresentado pelo Empreiteiro, logo no 1º mês da Empreitada, um Boletim de
Aprovação de Materiais (B.A.M) com especificações técnicas e ilustrações, mesmo que as
referências sejam as indicadas no Caderno de Encargos, para submeter à apreciação da
Fiscalização e do Autor do Projeto de Arquitetura.
3.6.2. Âmbito de empreitada
Estão incluídos na presente Empreitada todos os trabalhos e fornecimentos necessários ao
correcto funcionamento da instalação, dos quais se destacam os seguintes:

 Planta de Iluminação;
 Quadro eléctrico da estação de bombagem.
As instalações objecto da empreitada serão entregues ao Dono da Obra, completas, ensaiadas,
a funcionar e prontas a serem utilizadas.
Os materiais e equipamentos a empregar são absolutamente novos em todos os seus aspectos
e partes, sendo da melhor qualidade.
3.6.3. Ensaios e verificações
3.6.3.1.Introdução
Antes da entrada em funcionamento da instalação e de se efectuar a recepção provisória do
equipamento, será efectuado um conjunto de ensaios, experiências e verificações destinadas a
demonstrar e comprovar que os equipamentos e materiais instalados obedecem às normas e
27/37
regulamentos em vigor e ao especificado neste projecto.
3.6.3.2.Verificações
 Comparação entre estas especificações técnicas, desenhos e outros documentos aceite
pelo Dono da Obra e a instalação executada.

 Verificação da conformidade das instalações, às exigências dos regulamentos de


segurança e outras prescrições em vigor.

 Verificação dos desenhos da obra efectivamente realizada e a instalação executada.


 Verificar "in loco" que as boas regras da técnica foram aplicadas às peças e instalações
que não fazem parte específica dos regulamentos de segurança.
Para as verificações e ensaios a efectuar em obra, elaborará o empreiteiro boletins completos
onde se registarão todos os resultados e constatações.
3.6.3.3.Ensaios e medições
Todos os equipamentos de medida e de verificação e todos os materiais necessários para os
ensaios são fornecidos pelo empreiteiro, sem mais expensas para o Dono da Obra.
Exige-se nomeadamente o equipamento seguinte:

 megaohmímetro
 amperímetro
 voltímetro
 medidor de terras
 pinça amperimétrica.
 luxímetro.
Os principais ensaios e medidas a realizar serão as que a seguir se descrevem, apenas a título de
orientação e sem carácter exaustivo:

 Medição de resistências de isolamento dos vários circuitos;


 Medição da resistência de terra;
 Medição de valores de tensão em vários pontos da instalação;
 Verificação do equilíbrio de cargas nas 3 fases dos principais circuitos de distribuição;
 Verificação da intensidade de regulação dos disjuntores;
 Verificação e inspecção da ligação e do aperto dos cabos eléctricos;
 Ensaio de funcionamento dos dispositivos sensíveis à corrente diferencial- residual;
 Ensaio de funcionamento dos blocos autónomos de iluminação;
 Ensaio de todos os comandos e sinalizações;

28/37
 Medida dos valores da intensidade luminosa em diversos locais.
3.6.4. Complementos à empreitada
No final da empreitada e oito dias antes da recepção provisória, o empreiteiro entrega três
colecções de cópias, dobradas em A4 e metidas em caixas de cartão, devidamente rotuladas e
com lista de desenhos no interior.
Será também entregue ao Dono de Obra suporte informático contendo os desenhos de obra
realizada, na versão Autocad 2014 do projecto, que permita reproduzir as peças desenhadas
em plotter.
Os desenhos estão nos formatos normalizados, utilizam a mesma nomenclatura do projecto, e
são previamente aprovados pela Fiscalização.

3.6.5. Instrução do pessoal, manuais de funcionamento e esquemas


3.6.5.1.Instrução do pessoal
Compete ao empreiteiro o treino do pessoal do Dono da Obra na utilização e exploração das
instalações objecto da empreitada.
3.6.5.2.Manuais de funcionamento e esquemas
O empreiteiro fornecerá em triplicado, manuais de instruções, de exploração e de manutenção
de todos os equipamentos e instalações objecto da empreitada. Nesses manuais deverão
constar necessariamente as características mecânicas e eléctricas dos equipamentos e os
planos de rotina completos a observar na manutenção das instalações.
3.6.6. Recepção provisória recepção definitiva
3.6.6.1.Recepção provisória
Se nada for imposto em contrário nas condições jurídicas deste Caderno de Encargos, será
válido o abaixo mencionado:
As instalações objecto da empreitada não entram em funcionamento no seu todo ou em parte
sem se ter procedido à Recepção Provisória respectiva.
Se se reconhecer vantajoso por parte do Dono da Obra a entrada em funcionamento de partes
das instalações objecto da empreitada, dever-se-á então proceder às Recepções Provisórias
Parciais respectivas, nas datas acordadas com a Fiscalização/Dono da Obra.
É necessário para se poder proceder à Recepção Provisória, que se verifique o seguinte:

 Estar a instalação completa e a funcionar;


 Terem sido fornecidos todos os acessórios e complementos;
 Terem sido entregues os desenhos da obra efectivamente realizada, as Telas Finais;
 Terem sido testadas e ensaiadas as instalações com a Fiscalização da Obra;
 Terem sido entregues os manuais de instrução, exploração e de manutenção.

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3.6.6.2.Recepção definitiva
Para além do estabelecido nas condições jurídicas deste Caderno de Encargos fixa-se ainda o
seguinte:

 Entre a Recepção Provisória e a Definitiva registar-se-ão todas as anomalias e


reparações que serão rubricadas, obrigatoriamente, pelo representante do Dono da
Obra e pelo Empreiteiro.

 Na data marcada para a Recepção Definitiva das instalações, dois anos após a Recepção
Provisória, analisar-se-ão todos os registos que a condicionarão.
3.6.7. Instalação e equipamentos eléctricos em B.T.
3.6.7.1. Legislação
Todos os materiais deverão respeitar as normas e legislação de fabrico em vigor, e conter em
locais visíveis e legíveis a marca “CE” (é legalmente obrigatória esta marcação).
3.6.7.2. Tubagens

Os tubos a utilizar na protecção dos condutores usados nas travessias serão do tipo PVC Ф150
PN 10kg para travessias.
3.6.7.3.Quadros
Os quadros eléctricos serão do tipo prefabricado sempre que possível de qualidade não inferior
aos do tipo indicado, com IP adequado ao local da instalação e sempre dotados de porta
opaca ou transparente consoante a Fiscalização o ache mais conveniente.
O IP dos quadros de montagem saliente e à vista não poderá ser inferior a IP 437.
Na eventualidade de haver locais em que os quadros sejam instalados em nichos técnicos
deixados pela Arquitectura, os respectivos atravancamentos terão que ser estudados em
função dos mesmos.
Os quadros serão do tipo capsulado em caixa com chapa do tipo zincor, com espessura mínima
de 1,5 mm, para montagem, convenientemente contraventada e reforçada com aros de
cantoneira e perfil T, tendo portas metálicas com fechaduras do tipo Yale.
Ou poderão ser ainda em termo-plástico auto-extinguível de alta resistência e durabilidade.
Quando estes forem para embutir.
O barramento geral será constituído por barras ou varetas de cobre electrolítico, assentes com
isoladores de porcelana devendo resistir aos esforços electrodinâmicos resultantes da corrente
de curto-circuito estimada. Será pintado nas cores regulamentares e a sua secção será
dimensionada de forma que a densidade de corrente não exceda 2 A/mm2, tendo como base
uma densidade de corrente 1,5 vezes a intensidade nominal do interruptor geral do quadro.
Ao longo dos quadros existirá um colector geral de terra.
Todos os circuitos dos quadros deverão ser referenciados com etiquetas de trafolite, com os
dizeres gravados, obedecendo à seguinte regra:
Todos os parafusos, porcas e anilhas, ou quaisquer outras peças de ligação dos condutores,
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serão de latão niquelado.
Todos os parafusos, porcas e anilhas a usar nas estruturas dos quadros serão de ferro
cadmiado.
As ligações ao barramento serão feitas por terminais de aperto apropriados, fixados por
parafusos. Não serão permitidas ligações com olhais executados com o próprio condutor.
As saídas dos circuitos deverão ser efectuadas a partir de réguas de bornes, de aperto por
parafusos, a estabelecer no interior dos quadros, assentes em perfis adequados. As réguas de
bornes serão obrigatoriamente identificadas em relação aos circuitos que alimentam e terão
uma disposição de montagem tal, que permita com facilidade desligar delas qualquer circuito
para medição de isolamento sem necessidade de pôr fora de serviço os outros circuitos.
A marcação dos condutores deverá ser feita através de etiquetas apropriadas nas ligações à
aparelhagem e aos bornes de ligação, com um código de cores respeitando o anteriormente
definido para a identificação dos circuitos.
As entradas e saídas dos vários condutores ou cabos, nos quadro, far-se-ão sempre por
intermédio de boquilhas ou bucins adequados e as suas ligações eléctricas serão feitas nos
bornes já acima referidos. A aparelhagem será assente em chassis de chapa, fixo por meio de
parafusos e recoberta com anteparo em material plástico auto- extinguível de cobertura com
recortes para comandos. Estes anteparos de cobertura deverão ser facilmente desmontáveis,
não necessitando para o efeito de retirar-se qualquer aparelhagem neles instalada. Poderão
levar dobradiças e fechaduras do tipo automóvel.
Todos os quadros eléctricos devem ser certificados, homologados e dotados de boletins de
ensaio segundo as normas CEI-IEC 439/1.
Devem também conter no canto superior direito a chapa das características técnicas e a
referência do fabricante.
Todos os quadros deverão conter 25 a 30% de espaço de reservas não equipadas, mesmo não
estando indicado claramente nas peças desenhadas.
No interior de cada quadro deverá existir uma bolsa em material plástico adaptada na parte
inferior da porta do quadro eléctrico, na qual será posteriormente colocado o esquema unifilar
do quadro eléctrico respectivo devidamente actualizado tal qual o executado.
As ligações eléctricas entre aparelhagem dentro dos quadros serão realizadas por condutores
do tipo FZX1-U/R.
A aparelhagem a instalar em cada quadro deverá ter as características indicadas nos desenhos
do projecto tendo em especial atenção o seu poder de corte que deverá ser igual ou superior
aos valores indicados nas peças escritas e desenhadas do projecto, de acordo com as normas
NCF 61-410 e IEC-898.
Os quadros eléctricos a instalar terão um índice de protecção regulamentar e adequado ao
ambiente, localização e utilização dos locais afectos às respectivas instalações.
Todos os quadros eléctricos a instalar serão obrigatoriamente certificados de acordo com as
normas IEC 439-1, pelo respectivo fabricante.

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Faz parte da empreitada o fornecimento e montagem dos seguintes quadros eléctricos:

 QAB – Quadro Alimentação Bombas.


3.6.7.4. Aparelhos de corte ou de comando Poder de
corte e de fecho dos aparelhos de corte:

 Os aparelhos de corte estão dimensionados de modo a poderem ligar e desligar a


potência aparente de corte nominal, à tensão e factor das potências nominais, em boas
condições de segurança e no número de vezes adequado às condições normais de
serviço;

 Os aparelhos de corte desempenham igualmente funções de aparelhos de comando ou


de protecção porque obedecem às seguintes prescrições;

 Posição de ligado e desligado;


 Os aparelhos de comando ou de corte estão construídos de forma a assegurarem em
todos os seus pólos, quando manobrados correctamente, a abertura ou fecho do
circuito a que estão ligados, não permitindo posições intermédias;

 Os aparelhos de comando, do tipo inversor, em que a acção da gravidade tem efeito


sobre a sua posição, são dotados de sistema mecânico que permite mantê-los, na
posição de desligados de uma forma segura;

 As posições de desligado ou ligado são fácil e claramente identificadas do exterior.


Serão do tipo Hager, Merlin Gerin, Siemens, ABB ou equivalente.
INTERRUPTOR DE CORTE GERAL
Função
Corte e fecho de toda a instalação eléctrica.
Descrição Geral
Interruptor do tipo compacto, de elevada robustez, em corpo modulado, estanque a poeiras,
com indicação clara da posição "On/Off". Tem contactos de corte duplo (laminas paralelas) com
câmara de extinção de arco em separado (contactos isolados);
Mecanismo de operação protegido por tampa contra penetração de poeiras, de acção rápida
(fecho e corte) independente da velocidade e força do operador. Este mecanismo é manobrado
por manípulo de punho por acoplamento no painel frontal do quadro e será fornecido com
extensão de veio, uma vez que a fixação do interruptor à estrutura de perfis será feita no fundo
do quadro eléctrico, por placa de montagem em chapa de aço galvanizada.
Características

 Tensão de isolamento: 660 V;

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 Pólos: tetrapolar;
 Valor de pico da corrente de curto-circuito: 22 KA;
 Tensão de serviço: 400 V;
 Intensidade de serviço (AC22): indicada em desenho;
 Nº de manobras: elevado;
 Auxiliares.
Tipo de Aparelho: Refª Compact da Merlin Gerin. Nota:
AC22 - Ligação de cargas mistas.
3.6.7.5. Aparelhos de protecção

Poder de corte dos aparelhos de protecção contra sobreintensidades:

 Estes aparelhos de protecção contra sobreintensidades são constituídos de forma a


assegurarem o poder de corte da potência aparente de corte nominal de curto-circuito,
à tensão e factor de potência nominais em boas condições de segurança.
Disjuntores:

 Aparelhos de protecção sensíveis à corrente diferencial-residual:


 Estão a assegurar, directa e indirectamente, o corte omnipolar do circuito em que estão
inseridos e estão dotados de dispositivo que permitem verificar o seu estado de
funcionamento sem quaisquer meios especiais

 Foram dimensionados de forma a provocarem o corte automático da instalação quando


a soma vectorial das intensidades de corrente que o atravessam atingem o valor para
que estão dimensionados.

 O valor mínimo da corrente diferencial – residual, para o qual o aparelho de protecção


vai actuar num determinado tempo, estabelecendo a sua sensibilidade de
funcionamento foi de 300/30 mA (média e alta sensibilidade).

 Disjuntores – tipo Hager, Merlin Gerin, Siemens ABB ou equivalente de características


indicadas nos desenhos;

 Interruptores diferencial – tipo Hager, Merlin Gerin, Siemens ABB ou equivalente;

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3.6.8. Iluminação
3.6.8.1.Generalidades
a) - Consideram-se os seguintes tipos de iluminação:
 Iluminação Avenida
b) - Todas as armaduras a fornecer e a instalar serão devidamente electrificadas com lâmpadas
e acessórios para a tensão de 220 V, 50 Hz.
c) - Nas armaduras serão usadas lâmpadas LEDS, dessa forma não precisando de balastros para
o seu funcionamento, com excepção dos casos em que seja solicitado balastro eletrónico.
3.6.8.2. Iluminação normal
Será obtida fundamentalmente a partir de aparelhos de iluminação equipados com lâmpadas
LEDs, conforme indicado abaixo:
Postes 12 metros
 Poste altura útil 12 metros - Poste curvo duplo, telecônico, com altura útil de 12
metros, com diâmetro nominal de 60,3 mm no topo. Com base para chumbador ou para
engastar no solo. Fabricado em tubo de aço SAE 1010- 1020. Com seção cilíndrica de
diâmetros variados, conificadas e unidas por solda, projetados para suportar diferentes
velocidades de vento. Os postes podem ser fornecidos com ou sem janela de inspeção.

LAMPADAS LED

 LAMPADAS - As lâmpadas usadas serão do tipo LED.

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Características das lâmpadas LED:

Temperatura de Cor (K) 2 700 - 10 000


IRC 80 - 90
Eficácia (lm/W) 90 - 180
Tempo de vida útil (h) 25000 -
100000

A luminária para além de sustentar a fonte de luz e garantir a alimentação elétrica, deve:

 Dirigir o fluxo luminoso, assegurando conforto visual com uma eficiência máxima.
 Evitar o encandeamento.
 Satisfazer as especificações elétricas e mecânicas que garantam a segurança e o bom
funcionamento.

 Proteger os dispositivos elétricos e óticos, bem como a fonte luminosa, das possíveis
agressões exteriores, nomeadamente atmosféricas.

 Promover a dissipação de calor.

Potência 60 Watts
Voltagem 240V
Formato Retangular
Cor da Luz Branco Frio (6000k)
Angulo de Abertura 120º
Fluxo Luminoso (Lm) 4.600 lm +10%
Vida Média* 15.000 H
Altura 8 cm
Comprimento 35 cm
Diâmetro 29 cm
Material Aluminio + Vidro
Indice de Proteção IP65 - resistente a umidade
Tecnologia LED
Temperatura da Lâmpada 60ºC
Temperatura ambiente -20º~+50ºC
(Ta)
Fator de Potência (FP) >0.6
Origem Fabricado na China

3.6.9. Diversos
O Adjudicatário deverá incluir todos os acessórios, materiais e equipamentos necessários ao
bom funcionamento do sistema, ainda que eles não estejam claramente expressos nas peças
desenhadas e escritas do projeto.

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4. Normas ambientais
4.1. Estaleiro
Os locais de implantação do estaleiro, zonas de depósitos de materiais e outras infra-
estruturas temporárias necessárias durante a fase das obras deverão ser concertadas com o
elemento da fiscalização para as questões ambientais e não deverão afectar áreas sensíveis do
ponto de vista ecológico e ambiental (1);
Deve ser assegurada a organização do estaleiro, de forma a permitir o normal funcionamento
das actividades que se desenrolavam anteriormente na zona;
Deve ser assegurada a correcta gestão de todos os resíduos de construção desde a fase da sua
produção até ao destino final, que deve ser assegurado pelo empreiteiro;
Será interdito o armazenamento, mesmo que temporário, de resíduos criados pelo pessoal do
empreiteiro ou subempreiteiros, assegurando desde o início da obra a sua recolha e
encaminhamento ao destino final adequado;
O manuseamento de óleos deve ser conduzido com os necessários cuidados, no sentido de
evitar eventuais derrames susceptíveis de provocarem contaminação de solos, águas
superficiais e aquíferos;
Os trabalhadores afectos à obra deverão estar aptos para intervir rapidamente em caso de
derrames de óleos e hidrocarbonetos, directamente ou chamando entidades competentes, de
modo a reduzir a quantidade do produto derramado e a extensão da área afectada;
Na fase de conclusão da obra e desactivação do estaleiro, dever-se-á proceder à remoção de
todo o material excedente.
4.2. Demolições e Movimentações de Terra
As demolições devem ser executadas de forma cuidadosa, procurando evitar-se a emissão de
poeiras para a atmosfera e o arrastamento de sólidos para o meio hídrico;
Nas operações de escavação, privilegiar o uso dos meios mecânicos que não provoquem
perturbação na estabilidade geotectónica da zona, evitando-se utilizar meios mecânico mais
potentes;
As movimentações de terra devem ser executadas, procurando evitar-se um aumento
excessivo dos níveis de ruído e a ocorrência da poluição de água e do ar;
Caso as pendentes fiquem expostas a eventuais deslizamentos, serão instalados dispositivos
mecânicos e/ou vegetativos de contenção;
Todo o material excedente das escavações deve ser colocado nos pontos originais, de modo a
que os terrenos mantenham uma configuração mais próxima possível da original;
Após a conclusão dos trabalhos serão será removido todo o material excedente, escombros,
andaimes e similares nos locais das obras;

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4.3. Transporte de material
No transporte de terras por camiões, estes materiais devem ser previamente
acondicionados, humedecidos e protegidos, minimizando a emissão de poeiras ao longo das
vias;
4.4. Diversos
Serão proibidas todas as queimas a céu aberto de qualquer tipo de material residual da obra;
Os níveis de ruído produzidos pelas obras nunca deverão ultrapassar os 60 db, para os
receptores, e as actividades ruidosas terão de ser programadas para o período diurno;
As máquinas devem ser mantidas em bom estado de funcionamento e os trabalhadores devem
usar equipamentos de protecção individual, como máscaras, óculos, luvas, tapa ouvidos, etc.;
Os inertes deverão ser retirados em pedreiras devidamente autorizadas para o efeito e em
caso de uso de explosivos (para retirar inertes ou outro fim), as populações devem ser
avisadas previamente;
Na construção dos reservatórios serão utilizadas tintas antifúngicas de modo a prevenir o futuro
desenvolvimento de microrganismos indesejados, que podem por em risco a saúde pública;
As actividades construtivas devem ser executadas no período seco, evitando o período de
chuvas.

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