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Setembro de 2001
ÍNDICE
1. Introdução 1
2. Constituição das coberturas inclinadas 6
2.1. Esteira horizontal 6
2.2. Cobertura com estrutura contínua 10
2.3. Cobertura com estrutura descontínua 14
3. Classificação de coberturas inclinadas 18
3.1. Quanto ao número de vertentes 18
3.2. Quanto ao funcionamento estrutural dos elementos de revestimento 19
3.3. Quanto ao tipo de estrutura de suporte dos materiais de revestimento 21
3.4. Quanto à natureza dos materiais de revestimento 22
3.5. Quanto à continuidade dos elementos de revestimento 24
3.6. Quanto à forma dos elementos de revestimento 24
3.7. Quanto à dimensão dos elementos de revestimento 25
3.8. Quanto à opacidade dos elementos de revestimento 26
4. Revestimentos pétreos naturais 27
4.1. Soletos de ardósia 27
4.1.1. Campo de aplicação 27
4.1.2. Classes de soletos 27
4.1.3. Condições de aplicação 28
5. Revestimentos pétreos artificiais 29
5.1. Telha cerâmica 29
5.1.1. Campo de aplicação 29
5.1.2. Vantagens e desvantagens 30
5.1.3. Tipos de telha Portuguesa 31
5.1.4. Processo de fabrico das telhas 32
5.1.5. Concepção e construção de coberturas de telha cerâmica 32
5.1.5.1. Sistema de suporte 32
5.1.5.2. Assentamento das telhas 33
5.1.5.3. Materiais e componentes 36
5.1.5.4. Sistemas de ventilação 36
5.1.5.5. Isolamento térmico 37
5.1.6. Exemplos práticos de aplicação 39
5.2. Telha de cimento 39
5.2.1. Campo de aplicação 39
5.2.2. Vantagens e desvantagens 40
5.2.3. Tipos de telha de cimento em Portugal 41
5.2.4. Processo de fabrico das telhas 42
5.2.5. Concepção e construção de coberturas de telha de cimento 43
5.2.6. Exemplos práticos de aplicação 43
5.3. Fibrocimento 44
5.3.1. Características gerais 44
5.3.2. Campo de aplicação 45
5.3.3. Vantagens e desvantagens 46
5.3.4. Tipos de chapas 47
5.3.5. Processo de fabrico 48
5.3.6. Pormenores construtivos 48
5.3.6.1. Superfície a cobrir 48
5.3.6.2. Balanço 49
5.3.6.3. Formas e tipos de apoio 49
5.3.6.4. Sobreposições 50
5.3.6.5. Montagem 51
5.3.6.6. Corte da chapa 52
5.3.6.7. Cuidados na montagem 52
5.3.6.8. Perfuração das chapas 53
5.3.6.9. Fixação 53
5.3.6.10. Acessórios de fixação 54
5.3.6.11. Perfuração das chapas 56
5.3.7. O fibrocimento e a saúde 57
6. Betuminosos 59
6.1. Chapas betuminosas com fibras celulósicas 59
6.1.1. Campo de aplicação 59
6.1.2. Vantagens e desvantagens 59
6.1.3. Constituição das chapas 60
6.1.3.1. Chapas onduladas acabadas com resina termo-endurecível 60
6.1.3.2. Chapas onduladas acabadas com uma pintura 60
6.1.4. Dimensões 61
6.1.5. Limitações de utilização 61
6.2. Placas, membranas, telas e feltros betuminosos 61
7. Metálicos 62
7.1. Campo de aplicação 62
7.2. Vantagens e desvantagens 63
7.3. Materiais utilizados 64
7.3.1. Aço 65
7.3.2. Zinco 68
7.3.3. Cobre 69
7.3.4. Alumínio 70
7.4. Pormenores construtivos 71
7.4.1. Geometria do perfil 71
7.4.2. Suporte 72
7.4.3. Sistemas de montagem 72
7.4.4. Fixações e acessórios 73
8. Plásticos 75
8.1. Características gerais 75
8.2. Vantagens e desvantagens 76
8.3. Tipos de chapa de policarbonato 78
8.3.1. Chapa alveolar de parede múltipla 78
8.3.2. Chapa alveolar ondulada 79
8.3.3. Chapa alveolar de parede múltipla com encaixe 80
8.3.4. Chapa alveolar canelada 80
8.3.5. Chapa alveolar piramidal 82
8.3.6. Chapa alveolar com engate 82
8.4. Aplicação de chapas de policarbonato 82
8.4.1. Orientação das chapas 82
8.4.2. Selagem dos alvéolos 83
8.4.3. Extremidade final da chapa 84
8.4.4. Ligação entre chapas (fixação linear) 84
8.4.5. Corte das chapas 85
8.4.6. Aparafusamento das chapas (fixação pontual) 86
8.4.7. Dilatação linear 86
9. Revestimentos mistos 88
9.1. Chapas de aço revestidas com betume e folhas de alumínio 88
9.1.1. Campo de aplicação 88
9.1.2. Constituição das chapas 88
9.1.3. Limitações de utilização 89
9.2. Painéis sandwich com camada de isolamento térmico 89
9.2.1. Constituição das chapas 89
9.2.2. Campo de aplicação 89
9.3. “Telhas” metálicas revestidas com grânulos minerais 90
9.3.1. Constituição das chapas 90
9.3.2. Campo de aplicação 91
9.3.3. Limitações de utilização 91
9.3.4. Tolerâncias dimensionais 91
9.4. Telhas asfálticas 92
9.4.1. Constituição das chapas 92
9.4.2. Aplicação 92
10. Bibliografia 94
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Classificação das coberturas inclinadas e respectivos revestimentos por Pedro Paulo e Jorge de Brito
1. INTRODUÇÃO
As coberturas têm como principal função proteger o interior dos edifícios das intempéries, de
forma a garantir determinados padrões de conforto e salubridade, preservando também os
elementos construtivos. Os sistemas de cobertura que foram sendo utilizados foram evoluindo
desde as estruturas mais primitivas (Fig. 1) à medida que o Homem foi desenvolvendo a sua
capacidade construtiva e o seu conhecimento no domínio de novos materiais e tecnologias de
construção. Desta forma, foi possível a concepção de coberturas capazes de corresponder às
crescentes exigências de qualidade e funcionalidade, procurando simultaneamente obedecer a
determinados critérios estéticos e económicos.
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Classificação das coberturas inclinadas e respectivos revestimentos por Pedro Paulo e Jorge de Brito
simples assentes sobre o terreno e revestidas por peles de animais, colmo, folhas e ramos de
árvores. De forma a aumentar o espaço útil dentro da construção, foi necessário introduzir um
novo elemento de madeira colocado na horizontal, capaz de absorver os impulsos horizontais
da cobertura e transferi-los para os elementos verticais da construção (paredes e pilares). A
partir desta estrutura de madeira inicial, desenvolveu-se o elemento hoje designado por asna
(Fig. 2), utilizado ainda com muita frequência na actualidade, apesar de inserido em estruturas
de maior complexidade e utilizando diversos materiais.
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Classificação das coberturas inclinadas e respectivos revestimentos por Pedro Paulo e Jorge de Brito
As coberturas inclinadas são um traço muito marcante da arquitectura Portuguesa, sendo que
o seu revestimento tradicional tem sido, pelo menos no âmbito dos edifícios correntes, a telha
cerâmica. Nos edifícios industriais e outras coberturas de grande vão, já se encontram
institucionalizadas há algumas dezenas de anos soluções de revestimento do tipo chapa
ondulada, ou com outro tipo de secção transversal, em fibrocimento, aço galvanizado (ou
outros metais) e plástico, ao mesmo tempo que as telhas de cimento se têm vindo a instalar
com grande sucesso no mercado da habitação.
A exemplo das telhas de cimento, diversos outros tipos de revestimento têm vindo a melhorar
a sua componente estética através da imitação do aspecto exterior da telha cerâmica ou por
recurso a pigmentos, pinturas e lacagens das mais variadas cores. Simultaneamente, tem
havido, nos últimos anos e no domínio dos revestimentos de coberturas, progressos notáveis
no que se refere ao desempenho térmico e acústico, à durabilidade, à resistência mecânica e a
vários outros factores comportamentais que eram encarados como limitações à utilização de
diversas soluções.
Pode-se hoje dizer que as diversas soluções evoluíram todas ao ponto de serem alternativa em
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Classificação das coberturas inclinadas e respectivos revestimentos por Pedro Paulo e Jorge de Brito
Pretende-se neste documento, após a descrição da constituição dos diversos elementos que
constituem uma cobertura inclinada, apresentar uma classificação geral e uma descrição
resumida das soluções disponíveis no mercado Português de revestimento de coberturas
inclinadas, com particular ênfase nos edifícios. Em relação às várias soluções, são descritas as
respectivas vantagens e desvantagens relativas e apresentados alguns casos práticos.
Este documento pretende servir de apoio aos alunos do Mestrado Avançado em Construção e
Reabilitação do Instituto Superior Técnico na Cadeira de Construção de Edifícios. Foca parte
do capítulo dessa mesma cadeira dedicado às coberturas que, tal como toda a restante matéria,
se restringe fundamentalmente aos edifícios correntes. Dentro deste capítulo, insere-se nas
coberturas inclinadas e, mais concretamente, nos revestimentos descontínuos das mesmas.
A elaboração deste documento não resultou de investigação específica sobre o tema efectuada
pelos seus Autores mas sim de alguma pesquisa bibliográfica, da consulta dos profissionais
do sector, da organização de um Seminário de Especialização sobre o tema e de monografias
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Classificação das coberturas inclinadas e respectivos revestimentos por Pedro Paulo e Jorge de Brito
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Enquanto que o tipo de revestimento exterior, bem como a constituição das outras camadas,
influirá na pormenorização construtiva e nalguns cuidados específicos a observar de acordo
com a tipologia destes elementos ou componentes, o tipo de espaços adjacentes e o tipo de
estrutura adoptada influem na própria concepção de base do sistema de isolamento térmico.
Nas situações em que o espaço de desvão formado pela cobertura inclinada não desempenhe
uma função que requeira um estado de conforto termo-higrométrico (espaço de arrumos,
instalação de determinado tipo de equipamentos, espaço não habitado), o sistema de
isolamento térmico deverá ser aplicado na esteira horizontal da cobertura. Deve existir, neste
caso, uma adequada ventilação desta área de desvão (de preferência esta área será fortemente
ventilada), pelo que habitualmente esta solução faz recurso, para as vertentes inclinadas, a
estruturas descontínuas como barrotes de madeira, vigotas em betão, etc..
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Classificação das coberturas inclinadas e respectivos revestimentos por Pedro Paulo e Jorge de Brito
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A esteira horizontal poderá ser constituída por uma laje maciça ou aligeirada, ou ainda por
elementos leves (esteira leve), habitualmente de revestimento de tecto, como placas de gesso
cartonado, placas de estafe, tecto de madeira, etc. Neste último caso, existirão elementos
resistentes de suporte à esteira leve (Figs. 4 e 5).
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Fig. 4 - Cobertura inclinada, isolamento térmico na esteira horizontal (esteira leve acessível):
1 - esteira leve / revestimento interior; 2 - estrutura de suporte da esteira; 3 - camada de apoio
do isolamento térmico; 4 - isolamento térmico; 5 - revestimento do isolamento térmico
(eventual); 6 - ripado de apoio da telha; 7 - elemento estrutural da vertente inclinada; 8 -
revestimento da cobertura
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Fig. 5 - Cobertura inclinada, isolamento térmico na esteira horizontal (esteira leve não
acessível): 1 - esteira leve / revestimento interior; 2 - estrutura de suporte da esteira; 3 -
isolamento térmico; 4 - ripado de apoio da telha; 5 - elemento estrutural da vertente inclinada;
6 - revestimento da cobertura
No caso de esteiras leves cuja estrutura seja descontínua, é necessário, antes de mais, garantir
que estes elementos resistentes poderão suportar as acções previstas para o desvão (preocu-
pação pertinente sobretudo em obras de reabilitação). Neste tipo de soluções, dever-se-á aten-
der à resistência mecânica dos materiais isolantes, considerando as acções de compressão que
são exercidas pela fixação da camada de protecção aos elementos estruturais e pela utilização
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Classificação das coberturas inclinadas e respectivos revestimentos por Pedro Paulo e Jorge de Brito
/ função da zona do desvão. Faz-se recurso, em geral, a materiais isolantes na forma de placas
rígidas. É ainda necessária a aplicação de uma camada que se constitua como superfície
contínua de apoio às placas de isolamento térmico, de forma a ser garantida uma adequada
resistência do conjunto, considerando que a estrutura do pavimento é descontínua (Fig. 4).
No entanto, uma nota prévia merece especial referência: quer nos casos de estrutura contínua
como naqueles de estrutura descontínua, a camada de isolamento térmico deverá, sempre que
possível, ser aplicada na face exterior da estrutura. Procura-se, deste modo, manter os
próprios elementos estruturais na zona isolada do edifício, o que traz todo o conjunto de
benefícios característicos do facto de uma estrutura estar sujeita a uma variação de
temperatura reduzida (neste caso, semelhante à variação da temperatura interior).
Adicionalmente, nos casos em que a estrutura disponha de uma boa capacidade térmica, será
esta aproveitada em benefício da inércia térmica do espaço interior subjacente, melhorando
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Classificação das coberturas inclinadas e respectivos revestimentos por Pedro Paulo e Jorge de Brito
assim o conforto interior. Algumas intervenções de reabilitação poderão não prever a remoção
do revestimento da cobertura pelo que, nestes casos, se poderá equacionar a possibilidade de
aplicação do material isolante térmico na face interior do elemento estrutural.
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Fig. 6 - Cobertura inclinada com estrutura contínua (isolamento térmico exterior): 1 - contra-
ripado; 2 - ripado de apoio da telha; 3 - revestimento interior; 4 - laje inclinada (maciça ou
aligeirada); 5 - fixação da camada isolante; 6 - camada de regularização; 7 - isolamento
térmico; 8 - espaço de ar drenado e ventilado; 9 - revestimento da cobertura
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térmico. Deve no entanto considerar-se que, nos casos em que tal seja necessário, os
dispositivos de fixação do material isolante atravessarão esta camada de regularização, pelo
que a sua constituição deve considerar os esforços daí resultantes.
A fixação dos materiais rígidos é realizada, em geral, fazendo recurso a buchas plásticas
apropriadas (Fig. 7), que devem ter o comprimento suficiente para penetrarem no suporte
estrutural cerca de 3,0 a 4,0 cm. Devem utilizar-se quatro buchas por placa rígida de
isolamento térmico, colocadas a cerca de 10/15 cm dos seus cantos.
Nos casos em que exista uma camada auxiliar de impermeabilização colocada sob o isolante
térmico, não é conveniente a utilização de meios de fixação mecânicos, uma vez que a sua
execução implica a perfuração das camadas adjacentes. Assim, para se evitar a perfuração
daquela camada de impermeabilização, é conveniente a fixação da camada de isolamento
térmico mediante o recurso a meios aderentes como colas. Deve no entanto assegurar-se que a
cola utilizada é compatível com o suporte e o material isolante seleccionado. Por outro lado,
deve atender-se a que não é aconselhável a utilização de fixação por meios aderentes em
coberturas cuja inclinação seja superior a 30º (58%). Nestes casos apenas será admissível a
fixação mecânica.
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Fig. 7 - Fixação mecânica de isolante térmico numa cobertura inclinada com estrutura contínua
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Classificação das coberturas inclinadas e respectivos revestimentos por Pedro Paulo e Jorge de Brito
levantamento das telhas; não existindo este espaço de ar, o risco de destaque das telhas é
considerável; (ii) permitir uma secagem mais rápida da humidade que é absorvida pelas
telhas; esta humidade, associada às diferenças diárias nos valores da temperatura do ar,
origina fenómenos de fadiga no material de que as telhas sejam constituídas (fenómeno
semelhante ao ciclo gelo-degelo); a ausência deste espaço de ar ventilado implica que as
telhas estarão consideravelmente mais sujeitas àqueles fenómenos.
O sistema de apoio das telhas deverá ser constituído então por um contra-ripado e um ripado,
que poderão ser pré-fabricados ou executados in-situ. Nalguns casos, poder-se-á tirar partido
da fixação destes elementos para fazer também a fixação do material isolante térmico.
Os casos mais correntes de coberturas inclinadas com estrutura descontínua são aqueles em
que a estrutura é constituída por elementos em madeira (Fig. 8, à esquerda). No entanto,
poderão também ser consideradas estruturas pré-fabricadas em betão (Fig. 8, à direita) ou
estruturas metálicas. Uma estrutura descontínua exige algumas características específicas dos
materiais de isolamento térmico, uma vez que, não dispondo de apoio contínuo, deverão ser
capazes de resistir à deformação por flexão. Apenas nos casos em que exista um forro
interposto entre a estrutura e o material isolante, aquelas características poderão não ser tão
exigentes.
Nos casos em que o forro da cobertura é aplicado sob a estrutura, o material isolante não
dispõe de um suporte contínuo, pelo que algumas regras deverão ser observadas: (i) como em
qualquer aplicação de isolamento térmico, a espessura da camada de material isolante não
deverá diminuir sob qualquer acção, incluindo nas zonas de fixação; (ii) a distância entre
elementos de apoio do isolamento, a eixo, não poderá exceder metade do comprimento de
cada parcela de material aplicado (rolo, manta ou placa); esta regra garante que cada parcela
tem, pelo menos, dois apoios, condição essencial para a sua estabilidade; (iii) no caso de
recurso a material isolante em placas, a sua aplicação deve garantir que as suas juntas
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Classificação das coberturas inclinadas e respectivos revestimentos por Pedro Paulo e Jorge de Brito
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A fixação do material isolante à estrutura poderá ser executada por meio de pregagem (nos
casos de estrutura de madeira). Deve ainda empregar-se uma anilha com diâmetro não inferior
a 3.0 cm, como forma de evitar que o meio de fixação penetre no material isolante, o que
implicaria perda de eficácia da fixação. Nos casos de estrutura em betão ou metálica, deve
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Refira-se ainda que existem disponíveis painéis pré-fabricados (tipo “sandwich”) com
material isolante térmico incorporado, que podem constituir alternativa ao tipo de aplicações
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aqui mencionadas. Estes painéis podem, por vezes (dependendo da sua constituição),
substituir as camadas independentes de forro, isolamento térmico e/ou impermeabilização
auxiliar. Outro tipo de painéis existentes inclui revestimento interior, material isolante e
revestimento exterior: é o caso de painéis “sandwich” com chapas metálicas (uma ou duas) e
um preenchimento com material isolante (em geral, espuma de poliuretano, injectada e
prensada; a lã de rocha é menos usada). Deve no entanto acautelar-se, nestes casos, a
necessidade de se evitarem pontes térmicas, pelo que especial atenção deve ser posta no
sistema de fixação e na união dos painéis.
Como nota final a este capítulo, é de referir que, embora se tenham aqui apresentado apenas
as soluções de isolamento térmico sobre o elemento estrutural, uma outra possibilidade
consiste na aplicação do isolante térmico sob este mesmo elemento i.e., no tecto do espaço
interior adjacente à cobertura, quer fixo àquele elemento (por colagem ou fixação mecânica),
quer integrado num sistema de tecto falso. Refira-se, no entanto, que esta solução (i) implica
o facto do elemento resistente estar sujeito a variações de temperatura elevadas; (ii) não
permite o aproveitamento da capacidade térmica daquele elemento em proveito da inércia
térmica interior e de um melhor equilíbrio das temperaturas de conforto; (iii) em obras de
reabilitação, implica a perda de cota de pé-direito.
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de uma água (telheiro), cobertura inclinada constituída por uma vertente (Fig. 11, em
cima à esquerda);
de duas águas, cobertura inclinada constituída por duas vertentes que formam a
cumeeira na sua intersecção, formando duas empenas (Fig. 11, em cima à direita);
de quatro águas, cobertura inclinada constituída por quatro vertentes que se
intersectam definindo uma cumeeira e quatro rincões (Fig. 11, em baixo à esquerda);
pavilhão, forma particular da cobertura de quatro águas em que as vertentes se
intersectam definindo apenas quatro rincões que concorrem num ponto; designa-se
geralmente por pavilhão a cobertura de quatro águas constituída por quatro vertentes
iguais, correspondentes a uma planta quadrada (Fig. 11, em baixo à direita).
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Fig. 11 - Em cima, à esquerda, cobertura de uma água; em cima, à direita, cobertura de duas
águas; em baixo, à esquerda, cobertura de quatro águas; em baixo à direita, pavilhão
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Fig. 13 - À esquerda, asnas, madres e varas em madeira e, à direita [2], madres e ripas em
betão pré-esforçado apoiadas em muretes em alvenaria
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Fig. 17 - À esquerda [2], ripado e contra-ripado em madeira e, à direita, varas e ripas pré-
fabricadas de betão pré-esforçado
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Fig. 18 - À esquerda [2], ripado e varedo em perfis metálicos e, à direita [17], revestimento
em colmo e ramos de árvores
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Fig. 20 - Em cima, à esquerda, telha de betão; em cima, à direita, chapa metálica; em baixo,
aplicação de placas betuminosas
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pequenas dimensões
- telhas;
- soletos;
médias dimensões
- chapas;
grandes dimensões
- canaletes;
- painéis;
- cascas.
opacos;
translúcidos;
transparentes.
Passa-se agora a uma descrição sucinta dos diversos sistemas de revestimento, identificando-
se, para as soluções mais correntes, as respectivas vantagens e desvantagens relativas e o
campo de aplicação, seguindo-se a apresentação de alguns casos práticos.
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É uma telha de aplicação muito restrita no nosso país, sendo só aplicadas em casos muito
particulares, como são as recuperações de casas típicas transmontanas.
Apresenta-se como uma telha plana, de baixa estanqueidade. A sua aplicação é feita sobre um
ripado de madeira e as placas são fixas por grampos de aço galvanizado (Fig. 22).
classe A
- absorção de água inferior ou igual a 0.3% (NP-311);
- sem escamação após 15 ciclos de imersão e secagem (NP-312);
classe B
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Em função das classes anteriormente indicadas, os soletos devem ser aplicados nas seguintes
condições:
soletos de classe A:
- coberturas sujeitas à acção de atmosferas poluídas;
soletos de classe B:
- coberturas correntes;
soletos de classe C:
- coberturas de menor importância e paredes
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mão-de-obra intensiva, o que hoje em dia faz com que a solução seja relativamente
onerosa;
desempenho muito dependente da concepção e pormenorização em obra dos pontos
singulares (remates, cumeeira, rincões, larós, chaminés, clarabóias, beirados, etc.);
o revestimento necessita de ser complementado com outros materiais / elementos
(isolamento térmico, impermeabilizações, rufos, algerozes, tubos de queda, mantas
aderentes e de ventilação, etc.) para ter um elevado desempenho;
material relativamente frágil, susceptível a estragos quando em contacto com pessoas;
exige manutenção assídua.
Existem diversos tipos de telhas no nosso mercado, as quais na sua maioria podem ser
adquiridas em diferentes colorações e texturas. As telhas distinguem-se fundamentalmente
pelo seu sistema de encaixe e pela sua geometria. Existem os seguintes tipos:
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O processo de fabrico das telhas cerâmicas [1] consiste basicamente nas fases apresentadas na
Fig. 18, as quais se podem agrupar nas etapas de extracção e preparação da matéria-prima,
moldagem / secagem e processo térmico.
Os sistemas de suporte das telhas podem ser em madeira (Fig. 29), em betão (Fig. 30),
metálicos (Fig. 31), em tabique de alvenaria (Fig. 32) e mistos.
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Fig. 27 [2] - Exemplos de peças acessórias disponíveis no mercado para a telha Lusa
No que se refere ao assentamento das telhas, é preciso ter em conta diversos aspectos:
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Fig. 30 - À esquerda, varas e ripas pré-fabricadas de betão e, à direita, laje estrutural inclinada
de betão
Chapa de cobertura
Envidraçado
Laje de esteira
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os bordos laterais,
as inclinações máximas (de que depende o sistema de fixação);
os aspectos específicos da telha Canudo (grampos e sobreposições);
os acertos de geometria (cortes, meia telha e telha e meia);
as regras de segurança (durante a construção e a manutenção).
36
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Fig. 34 - À esquerda [2], contra-ripado (5) apoiado em forro (4) e recebendo o ripado (6); à
direita, laró revestido com caleira nervurada em PVC
Fig. 35 - À esquerda, janela de sótão instalada e, à direita, subtelhas sobre superfície contínua
com isolamento térmico
As telhas, por si só, não asseguram em geral um isolamento térmico compatível com a
utilização do desvão para habitação, para o que se recorre a soluções construtivas (Fig. 37) e
materiais específicos, tais como:
37
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Fig. 36 - À esquerda, beirado protegido com ripa de ventilação e, à direita [2], abertura de
ventilação em paredes do desvão
38
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39
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ter sido possível dar uma tonalidade às telhas de cimente praticamente idêntica à das telhas
cerâmicas, o efeito estético destas é assim imitado. Para um observador mais atento, a
diferença nota-se na geometria das telhas (Fig. 40, à esquerda). Daí que se considere que a
reabilitação de edifícios tradicionais e dos edifícios industriais mais antigas não deve integrar
o campo de aplicação desta solução de revestimento (ainda que existam excepções - Fig. 30, à
direita), que passa a integrar:
40
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maior peso;
grande consumo energético;
qualidade estética;
falta de autenticidade na manutenção da tradição arquitectónica.
Deve ser referido que, com o aumento do rigor tecnológico no fabrico e com a optimização
das características do material, conseguidos tanto para as telhas cerâmicas como para as de
cimento, as diferenças entre estas duas soluções tendem a esbater-se, o mesmo acontecendo às
vantagens e desvantagens relativas acima listadas.
telha de perfil Dupla Romana (com várias designações comerciais: latina regional,
rústica, argilusa, ibérica, castanha, vermelha granulada e ardósia) (Fig. 41, à
esquerda);
telha de perfil Duplo S (com a designação comercial de atlântica) (Fig. 41, à direita);
acessórios (Fig. 42).
41
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Fig. 42 - Exemplos de peças acessórias disponíveis no mercado para a telha de perfil Dupla
Romana
O processo de fabrico das telhas de cimento (Fig. 43) efectua-se segundo as operações
seguintes:
preparação da argamassa;
moldagem e corte;
revestimento superior;
cura, desmoldagem, empacotamento e cintagem.
42
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Fig. 43 - Processo de fabrico das telhas de cimento: silo de matérias primas (à esquerda) e
vista geral da linha de telhas (à direita)
43
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5.3. FIBROCIMENTO
peso específico
Cerca de 1.6 g/cm3.
módulo de elasticidade
De 150.000 a 200.00 kgf/cm2.
condutibilidade térmica
O fibrocimento revela-se como mau condutor de calor. A passagem do calor através
do material, para uma temperatura de 20ºC, é calculada considerando-se o valor 0.35
kcal m/m² h °C.
dilatação térmica
Por cada grau de aumento ou diminuição de temperatura, o fibrocimento varia em 0.01
mm por metro ( = 1.00 x 10-5 mm/m ºC). Este valor é aproximadamente igual ao do
betão armado.
resistência ao calor
A chapa de fibrocimento resiste, em aquecimento lento e contínuo, até 300° C.
Repetidos aquecimentos até 110° C com arrefecimentos bruscos por imersão em água
44
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Como sistema único de cobertura, está normalmente associado a construções que apresentam
menores níveis de exigência ou carácter provisório.
45
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Como qualquer outro material, as chapas plásticas apresentam vantagens e desvantagens que
se apresentam de seguida. Das vantagens, destacam-se:
facilidade de execução, pelos processos simples e tradicionais que envolve a sua aplicação;
permite a execução de revestimentos de cobertura com baixos custos;
rapidez de execução;
permite a ventilação sob o revestimento.
46
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- chapas lisas (Fig. 47, em cima à esquerda), podendo ser de menores dimensões, em cujo
caso são designadas por soletos ou “ardósias” (Fig. 36, à direita);
- chapas onduladas: corrente (Fig. 47, em cima à direita) e de pequenas ondas (Fig. 47,
em baixo à esquerda);
- chapas de ondulações especiais (perfil trapezoidal e nervuradas);
- canaletes (Fig. 47, em baixo à direita);
- chapas onduladas.
Fig. 47 - Em cima à esquerda, chapa lisa; em cima à direita, chapa ondulada corrente; em
baixo à esquerda, chapa ondulada de pequenas ondas; em baixo à direita, canaletes
47
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48
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Fig. 48 - À esquerda, superfície poliédrica; à direita, pormenor DET entre duas chapas que
formam uma superfície poliédrica
5.3.6.2. Balanço
Fig. 49 - Em cima à esquerda, balanço numa cobertura com beiral sem calha; em cima à
direita, balanço numa cobertura com beiral sem calha; em baixo, balanço lateral
Os apoios que suportam as chapas de fibrocimento podem ser de madeira, metal, betão
armado (vulgarmente vigotas pré-esforçadas). Os apoios devem estar aplicados perpendicu-
larmente à direcção das chapas da cobertura para que esta assente correctamente (Fig. 50).
49
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5.3.6.4. Sobreposições
50
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5.3.6.5. Montagem
A montagem das chapas deve ser realizada de baixo para cima (do beiral para a cumeeira). As
chapas devem ser montadas, preferencialmente, no sentido contrário aos ventos dominantes
na região, com o objectivo de se garantir maior estanqueidade da cobertura (Fig. 52).
A sequência de montagem das várias chapas deve estar de acordo com a Fig. 53.
Para evitar a sobreposição de quatro espessuras das chapas, deve cortar-se os cantos das
telhas intermédias. O corte é executado segundo a hipotenusa de um triângulo rectângulo de
catetos iguais aos recobrimentos longitudinal e lateral (Fig. 54).
51
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Para realizar o corte das chapas, desde que sejam pequenos troços, pode utilizar-se um
riscador e serra. O corte no sentido longitudinal das telhas pode ser feito por flexão, desde que
as mesmas sejam previamente riscadas por um riscador, numa profundidade de no mínimo 1
mm (Fig. 55). Para grandes quantidades de comprimentos de corte a realizar, é aconselhável
utilizar uma serra eléctrica de disco, com aspirador de poeiras.
Aquando da colocação das chapas, o aplicador não deve pisar directamente as chapas de
forma a evitar quebras numa fase ainda precoce, face à sua fraca resistência à flexão. Para
isso, devem ser utilizadas tábuas, colocadas nos dois sentidos, de modo a permitir livre
movimentação dos aplicadores. As tábuas devem ser colocadas de forma a distribuir os
esforços nos pontos de apoio das chapas de fibrocimento (Fig. 56).
52
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As chapas podem ser perfuradas para passagem de tubos até um diâmetros de 250 mm. Para
diâmetros superiores, deve colocar-se apoios suplementares para garantir a resistência das
chapas. Os rasgos devem ser executados através de brocas de aço rápido, serra e grosa para
ajustes finais (Fig. 57). Deve prever-se, também, o sistema de vedação com saia metálica e
materiais vedantes.
5.3.6.9. Fixação
É indispensável uma correcta fixação das chapas de fibrocimento aos apoios, para se obter um
bom desempenho da cobertura (Quadro 1).
53
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Parafuso ou gancho com rosca * Sistema de fixação indicado para os locais onde há
deposição de materiais em forma de fibras ou em pó
Gancho liso
como por exemplo: indústrias têxteis, etc..
54
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Os parafusos são utilizados quando os apoios são madres de madeira. São, vulgarmente, de
aço galvanizado para resistir melhor às acções ambientais. Para garantir uma correcta
vedação, os parafusos devem possuir duas anilhas: uma metálica e outra de borracha -
neoprene (Fig. 59). Os elementos de fixação devem ser bem apertados para que fique
garantida a estanqueidade. Contudo, o aperto exagerado pode originar fissuras nas chapas de
fibrocimento. A cabeça do parafuso pode ainda estar coberta por uma cápsula para aumentar a
sua durabilidade e, consequentemente, a do sistema de cobertura. Existem, ainda, parafusos
auto-roscantes para serem aplicados em madres metálicas.
Fig. 60 - À esquerda, fixação através de grampo galvanizado a uma madre metálica; à direita,
componentes do grampo galvanizado
O campo de aplicação dos pinos com rosca é igual ao dos grampos galvanizados. A vantagem
55
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deste acessório de fixação reside no facto de se poder adaptar a apoios que possam apresentar
geometrias não correntes, pois eles não dobrados em obra (Fig. 61).
A colocação de ganchos lisos pode complementar a fixação das chapas. São elementos
galvanizados, adaptando-se a apoios de madeira, metálicos e de betão armado (Fig. 62).
Fig. 62 - Em cima à direita, ligação gancho liso - madeira; à esquerda, ligação gancho liso -
madre metálica; em baixo à direita, ligação gancho liso - betão armado
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6. BETUMINOSOS
A sua base de suporte pode ser: superfícies contínuas de betão ou madeira (Fig. 66, à
esquerda), superfícies descontínuas de betão pré-fabricado, perfis metálicos ou ripado de
madeira (Fig. 56, ao centro) e sistemas de isolamento térmico (Fig. 66, à direita).
59
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- betume ( 38%);
- fibras celulósicas ( 32%);
- resina termo-endurecida ( 1,1%);
- granulado ( 18%);
60
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6.1.4. Dimensões
61
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7. METÁLICOS
Por razões relacionadas fundamentalmente com a tradição (que praticamente impõe a telha,
cerâmica ou não, nas coberturas inclinadas), mas também com algumas das desvantagens do
revestimento em chapa metálica referidas a seguir, a aplicação em Portugal deste tipo de
solução em edifícios de habitação, comércio, escritórios e ensino tenha sido até aqui bastante
reduzida e se tenha limitado fundamentalmente a edifícios acessórios, anexos e instalações de
carácter provisório.
Já no âmbito das estruturas industriais, esta solução é muito frequente por permitir coberturas
leves, baratas e rápidas de executar, tendo como principais concorrentes os revestimentos em
fibrocimento ou plástico. Daí que seja uma solução aplicada já há várias décadas e que tem
conhecido um incremento de aplicação significativo pela introdução de novos materiais e
sistemas, que permitem coberturas com uma melhor estética, um melhor isolamento térmico e
acústico e uma grande durabilidade. Daí que a sua utilização tenha também sido estendida a
pavilhões gimno-desportivos, aeroportos, centros comerciais, edifícios agrícolas e de agro-
pecuária e outras estruturas de grande vão, para além de habitações, edifícios administrativos
e escolares.
As coberturas de grande vão são também um dos campos em que o revestimento em chapa
metálica é mais utilizado, se bem que neste curso as soluções indiferenciadas de coberturas
(em que o mesmo elemento tem uma função de suporte e de vencer o vão e simultaneamente
de revestimento) não sejam tratadas.
62
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As vantagens da utilização destes materiais em chapa para coberturas têm a ver com a sua
produção pré-fabricada e com a sua constructibilidade. Por outro lado, as desvantagens
reflectem a natureza química dos metais e a sua alta condutibilidade térmica e acústica.
São portanto estas as principais vantagens deste tipo de revestimento de coberturas inclinadas
relativamente aos alternativos (telhas cerâmicas e de cimento, chapas onduladas ou com
outras formas em fibrocimento, plástico e outros materiais e soluções não tradicionais):
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Resta acrescentar que a procura de leveza das peças determina uma escassa espessura de
chapa, o que exige que se considere este revestimento como uma “pele” que necessita de
elementos associados para correcções de desempenho.
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estes, estão pequenas quantidades de outros metais o que lhes confere maiores resistências
mecânicas, químicas e físicas. Como camada de protecção da superfície, surgem tintas
poliméricas, óxidos e metalizações. A qualidade em termos de isolamento térmico e acústico
pode ser garantida através de chapas compostas, formadas por duas folhas metálicas, que
funcionam como acabamento interior e exterior, e por uma alma em material isolante,
intimamente ligadas ou sobrepostas em obra (painéis sandwich). Resta ainda referir as
diversas soluções mistas, em que a camada que confere a resistência mecânica é geralmente
metálica.
Quadro 2 - Características físicas e mecânicas dos diversos metais usados em chapa metálica
METAL DENSIDADE COEFICIENTE CONDUTIBILIDADE TENSÃO DE
DE DILATAÇÃO TÉRMICA ROTURA
TÉRMICA
AÇO 7,87 kg/m3 12 x 10 –6 ºC-1 57 W/m ºC 330 - 550 N/mm2
ZINCO 7,50 kg/m3 27 x 10 -6 ºC-1 119 W/ m ºC Rt 190 N/mm2
Rt 250 N/mm2
COBRE 8,93 kg/m3 16,8 x 10 -6 ºC-1 399 W/ m ºC 220 - 300 N/mm2
ALUMÍNIO 2,7 kg/m3 24 x 10 -6 ºC-1 230 W/ m ºC 70 - 150 N/mm2
65
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Existe uma grande variedade de perfis (Fig. 70), em que as diferenças passam pela altura,
geometria e frequência da onda, para além da espessura da chapa e do tipo de acabamento. A
escolha do perfil tem mais a ver com a eficiência funcional (impermeabilidade, drenagem e
distância entre apoios) do que com a sua aparência. Existem chapas planas correntes,
onduladas e de perfil trapezoidal.
O aço necessita de uma protecção anti-corrosiva que pode passar pela aplicação de
metalizações e lacagens.
A liga de alumínio (55%) e zinco (45%) é outra metalização onde se obtém particular
resistência à corrosão atmosférica e maior reflectividade (pela presença do alumínio).
As lacagens (Fig. 71, à direita) são aplicadas à chapa lisa sobre capa de galvanização (275
g/m2 de zinco) através de um processo de rolos, passando por uma estufa para secar e
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endurecer. São tintas orgânicas que têm características diferentes caso sejam para interior ou
para exterior.
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As lacagens aplicadas em exterior são dos seguintes tipos: poliester (composto por poliester
modificado, co-polimerizado com resina de poliester e vários solventes); PVDF (polivinilo
flúor, resinas fluoradas); Plastisol (dispersão de uma resina de vinílico).
As lacagens para interior são em poliester de menor espessura, para situações comuns (20
mícrons), e em PVC se os ambientes internos forem mais agressivos.
Existem ainda as chamadas chapas isotérmicas que são constituídas por chapas de aço
galvanizado perfiladas, protegidas em ambas as faces por uma camada betuminosa e uma
lâmina de alumínio gofrado, referidas mais adiante nos revestimentos mistos.
As fases do processo de produção são a flutuação, para obtenção de mineral enriquecido (50 a
55% de zinco), a ustulação (posto em solução e purificado), a electrólise, onde se deposita em
placas sobre cátodos, e a refundição a partir do qual é vazado em contínuo e passa em
laminadores obtendo-se chapas e bobines.
O zinco, tal como o cobre e o alumínio, fazem parte dos metais não ferrosos, que,
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Como todos os metais tipo não ferrosos já descritos, o alumínio auto-protege-se. Este efeito é
potenciado com o aumento artificial da espessura da camada de óxido (anodização) pois esta
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O maior perigo de corrosão relaciona-se com proximidades de áreas industriais que emitem
grandes quantidades de produtos químicos agressivos, como por exemplo, fábricas
metalúrgicas de cobre. Nestes casos, o recobrimento deve ser executado com matéria plástica
de espessura mínima de 25 mícrons.
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7.4.2. Suporte
A estrutura projectada resulta das características mecânicas do material a utilizar. O aço, pela
sua resistência, é dos materiais em que as chapas são auto-portantes. Assim, para estas, é
construída, além da estrutura primária constituída por pórticos, normalmente em betão ou aço,
a estrutura secundária constituída por uma grelha de madres e varas em aço, tipo Z ou U, ao
qual são fixas as chapas. Quando o sistema é composto, é ainda aplicado um outro perfil no
espaço entre as chapas.
Quando se trata de perfis do tipo faixa, é necessário uma subestrutura contínua de apoio, o
qual facilita o estender do metal laminado por toda a área. A escolha do material de suporte
deverá responder a solicitações estruturais, a requisitos de segurança contra incêndios e ser
compatível com o material de revestimento.
chapa simples (Fig. 75.1), onde a sua função é unicamente de estanqueidade à água, não
respondendo a exigências de conforto; como vantagens, tem baixo custo, rápida execução
e fácil introdução de elementos que permitem iluminação natural;
chapa dupla montada em obra (Figs. 75.2 e 75.3), constituída por duas chapas, uma
inferior e uma exterior, com interior preenchido por material isolante, garantindo níveis de
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1 2 3 4
Fig. 75 - Sistemas de montagem: 1 - em chapa simples; 2 - em chapa dupla; 3 - em painel
sandwich
Os elementos que complementam o sistema são no mesmo material e acabamento das peças
perfiladas. Existem peças já conformadas que respondem a objectivos de remate (beirado,
canto, cumeeira, cantoneira, tapa-juntas), de drenagem (caleira, algeroz, tubos de queda,
pingadeira), para além de clarabóias, chapas translúcidas, lanternins e ventiladores (Fig. 78, à
direita).
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1 2 3 4 5
Fig. 76 - Sistemas de montagem com fixações aparentes em perfil trapezoidal
Fig. 78 - À esquerda, fase de montagem de chapas com junta com réguas e, à direita,
ventilador
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8. PLÁSTICOS
Os plásticos apresentam uma grande vantagem, na aplicação em coberturas, que é o seu baixo
peso específico. No entanto, apresentam também um grande inconveniente, que é a sua
variabilidade / incerteza em relação à resistência ao envelhecimento perante a luz solar e aos
agentes atmosféricos.
chapas opacas de policloreto de vinilo planas ou onduladas ou ainda com formas a imitar
telhas ou as placas de lousa; o policloreto de vinilo, vulgo PVC, apresenta uma estrutura
molecular resistente ao ataque da maioria dos produtos químicos; amolece no intervalo
compreendido em 80ºC e 140ºC, perdendo a esta temperatura toda a resistência mecânica;
envelhece sujeito à acção prolongada dos raios ultravioletas [6]; o processo de fabrico
vulgar é feito através de uma extrudora que aquece o PVC, mistura e comprime,
produzindo, através de uma fileira, chapa lisa ou corrugada que depois é arrefecida;
chapas translúcidas, planas ou onduladas, de poliester reforçado com fibras de vidro; as
fibras de vidro conferem ao poliester uma maior resistência, sendo adicionadas antes do
seu endurecimento; as suas propriedades dependem do seu grau de reticulação; os
materiais assim reforçados possuem uma maior resistência por unidade de massa que os
metais, boas propriedades eléctricas, resistência à corrosão e reduzida combustibilidade;
as características da resina poliester utilizada no fabrico das chapas, em particular a
resistência à radiação ultravioleta, resistência ao fogo e propriedades mecânicas, são
critérios a utilizar na selecção e controlo das chapas; para maior resistência das chapas aos
elementos climáticos, devem-se escolher resinas com resistência à hidrólise e não devem
ser utilizadas fibras com ligantes ou tratamentos superficiais de emulsão; o fabrico das
chapas planas de poliester reforçado com fibras de vidro é efectuado numa máquina com
as seguintes operações em cadeia: espalhamento, desenrolamento do material,
impregnação, remoção de bolhas, aquecimento, “pós-cura”, separação do filme, corte e
remoção.
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Como qualquer outro material, as chapas plásticas apresentam vantagens e desvantagens que
se apresentam de seguida: Das vantagens, destacam-se:
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As desvantagens são:
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Fig. 79 - À esquerda, perfil das chapas alveolares de parede múltipla; à direita, exemplos de
aplicação de chapas alveolar de parede múltipla
Quadro 3 - Características térmicas das chapas alveolares de parede múltipla (Fig. 80)
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Este tipo de chapas é utilizado quer para coberturas planas, quer para coberturas curvas.
Fig. 81 - À esquerda, perfil de chapa alveolar ondulada; à direita em cima, chapa alveolar ondu-
lada curva; à direita em baixo, o parafuso e a anilha devem ser de aço galvanizado (entre a cha-
pa alveolar ondulada e a anilha de aço galvanizado deve ser colocada uma anilha de neoprene)
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Pode ser utilizado para coberturas tipo ”shed”, tectos falsos iluminados, entre outras
utilizações.
Fig. 82 - À esquerda perfil de chapas alveolar de parede múltipla com encaixe; à direita,
aplicação possível para as chapas alveolar com encaixe
Estas chapas, face ao seu perfil (Fig. 83 e Fig. 84, à direita), têm grande utilização em
coberturas realizadas por revestimentos metálicos, nomeadamente em pavilhões industriais
(Fig. 84, à esquerda). São utilizadas para aproveitar a luz natural (Fig. 84).
80
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Fig. 83 - À esquerda, chapa alveolar canelada com as caneluras de igual altura; à direita,
chapa alveolar canelada com caneluras de alturas diferentes
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A sua ligação à estrutura de suporte é realizada com chapas metálicas (normalmente zinco),
que são furadas de forma a permitir movimentos transversais. Para evitar a sua corrosão,
utilizam-se mastiques entre as chapas e material isolador para conferir a pendente (Fig. 86, à
direita).
As chapas alveolares com engate (Fig. 87, à esquerda) têm utilização para revestimento quer
de coberturas curvas (Fig. 87, à direita), quer de coberturas planas. O engate no perfil
metálico permite um melhor encaixe das chapas.
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Fig. 87 - À esquerda, ligação entre duas chapas alveolares com engate; à direita, aplicação das
chapas: 1 - chapa alveolar com engate, 2 - perfil de apoio em aço zincado, 3 - Perfil
longitudinal de fecho, 4 - Perfil para fecho de painel em policarbonato, 5 - Espuma de
vedação em PE e 6 - Perfil em aço inox
Declive
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Deve ser colocado, na extremidade final da chapa de policarbonato, um perfil “U”, também
de policarbonato, para garantir uma correcta protecção do perfil de alumínio (Fig. 89, à
direita).
A união entre duas chapas de policarbonato é realizada através de um perfil “H”. As chapas
devem ficar com uma folga de 3 mm para que a chapa possa dilatar e retrair sem introduzir
esforços no sistema de cobertura (Fig. 90).
A ligação entre chapas pode também ser realizada através de um perfil de alumínio, como se
mostra na Fig. 91. Não se deve utilizar vedantes de PVC, porque isso pode afectar
quimicamente a estabilidade da estrutura interna da chapa de policarbonato e provocar o
aparecimento de fissuras (normalmente são de EPDM).
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Para cortar as chapas na direcção transversal dos alvéolos, utiliza-se um elemento cortante
afiado (x-acto). Faz-se duas ou três passagens contínuas com essa ferramenta e,
posteriormente, pressiona-se a chapa sobre um elemento ao longo do corte efectuado de modo
a provocar a separação da chapa em duas (Fig. 92).
Para realizar o corte segundo a direcção dos alvéolos, pode utilizar-se ainda o x-acto.
Contudo, é necessário primeiro efectuar a marca do corte e, só depois, apenas com um único
golpe (para não a vincar), cortar a chapa na sua totalidade. No entanto, o ideal será realizar o
corte com o auxílio de uma serra eléctrica (Fig. 92).
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Fig. 92 - Da esquerda para a direita: corte efectuado com x-acto na direcção transversal dos
alvéolos; pressão para destacar as chapas segundo a linha de corte; corte da chapa através de
uma serra tico-tico segundo os alvéolos; serra de disco
Algumas vezes, torna-se necessário realizar fixações das chapas de policarbonato através de
parafusos. Para tal, deve-se furar as chapas com uma broca com um diâmetro superior em 2
mm ao do parafuso, para que a chapa apresente folga para poder dilatar sem transmitir
esforços à superfície de contacto parafuso - chapa.
Quando se efectua o furo, deve-se segurar firmemente a chapa de modo a que o furo não fique
demasiadamente largo face ao diâmetro do parafuso. O parafuso não deve ser demasiado
apertado para que não danifique pontualmente a chapa de policarbonato e para permitir
deslocamentos da chapa devidos a acções térmicas (Fig. 93, à esquerda).
O parafuso e anilha, a serem utilizados, devem ser de aço galvanizado (ou latão) e ainda deve
ser utilizada uma outra anilha, de neoprene, colocada entre a anilha de aço galvanizado e a
chapa translúcida (Fig. 93, à direita).
É necessário garantir que qualquer peça possa dilatar. Para tal, e dado o coeficiente de
dilatação térmica das chapas (6.5 x 10-5 m/m ºC), é fundamental prescrever um sistema que
tenha folgas, nos dois sentidos, de aproximadamente 4 mm/m l, e atender aos seguintes
cuidados:
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Fig. 93 - À esquerda, duas situações: em cima, o furo que apresenta folga (aproximadamente
2 mm) é a situação correcta, pois permite a dilatação da chapa; em baixo destaca-se o nível de
aperto do parafuso, que não deve ser demasiado; à direita, colocação do parafuso galvanizado
com bainha galvanizada e anilha de neoprene
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9. REVESTIMENTOS MISTOS
Fig. 94 - Materiais constituintes de chapas de aço galvanizada revestidas com betume e folhas
de alumínio
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Este revestimento misto permite um melhor isolamento térmico do espaço / área a cobrir,
devido à espuma de poliuretano que tem na sua composição. São fabricados através do
processo de injecção em prensa, de espuma de poliuretano com revestimento em chapa de aço
galvanizada e / ou lacada ou plastificada (Fig. 95). As camadas exteriores podem também ser
constituídas por madeira ou derivados da madeira (Fig. 96).
Enquanto que os painéis sandwich “metálicos” têm o seu campo de aplicação restringido
fundamentalmente aos pavilhões de grande vão, os painéis “em madeira” são destinados
sobretudo a edifícios correntes de habitação, comércio e serviços, funcionando também como
forro.
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1 - suporte em aço;
2 - galvanização de dupla-face;
3 - primário epoxi 2 faces;
4 - resina acrílica;
5 - granulados de rocha;
6 - aglomerante acrílico mais fungicida.
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A fixação das “telha” é realizada através de oito pregos por chapa com um diâmetro de 2.5
mm.
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granulado cerâmico;
betume oxidado;
fibra de vidro de 125 g pré-impregnado;
betume oxidado;
areia de sílica.
9.4.2. Aplicação
A sua aplicação é muito semelhante à das placas de ardósia, com excepção da fixação que é
realizada com pregos zincados ou galvanizados (Fig. 100).
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Fig. 100 - À esquerda, aplicação das telhas asfálticas; à direita, cobertura revestida com telhas
asfálticas
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10. BIBLIOGRAFIA
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