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Título

Autora
Marta (]uerre1ro
Editora
Plural Ed!to!·es

-v;LURAL
EDITORES
Angola
Centro Logístico de Talatona - Loja C-3
Município de Belas I Luanda
Móvei [-<-241.) 924 :351 990 SET/2015
E-mail pluralfapluraleditores.co.ao

www.plurateditores.co.ao DEP LEGAL GS';:,/20 iS

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MARTA GUERREIRO

PLAN &ERAL
.v

DE CD ~ITABILIDADE
EXPLI ADO .
ANGOLA 2015

-v;LURAL
EDITORES
. Esta obra apresenta a informação necessária à prática contabilística por profissionais
de contabilidade, professores e estudantes de contabilidade.

O livro inclui, na primeira parte, o Plano Geral de Contabilidade (PGC), na segunda


parte, o conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos e, na terceira parte,
IE;gislação complementar.

A segunda parte, dedicada à explicação do conteúdo e movimentação das contas


do PGC, inclui dez capítulos que abordar.n as dez classes de contas previstas pelo
Plano. Em cada um dos primeiros oito capítulos apresenta-se:

• a explicação do conteúdo das contas e a sua movimentação contabilística;


• exemplos práticos que auxiliam a compreensão dos assuntos abordados;
• considerações de auditoria sobre procedimentos de co,ntrolo interno, que permi-
tem melhorar a qualidade da informação contabilística, diminuir riscos de erros,
desvios ou fraudes e melhorar a eficiência das operações;
• considerações fiscais sobre a legislação associada às contas;
• informações sobre o disposto nas normas internacionais de contabilidade emiti-
das pelo Internacional Accounting Standards Board.

As disposições fiscais, de auditoria e incluídas em normas internacionais de conta-


bilidade foram interligadas com a explicação do conteúdo e da movimentação das con-
tas, sempre que foi considerado que a compreensão das contas e a prática contabilís-
tica poderiam beneficiar dessa informação.

Os últimos dois capítulos fazem um breve enquadramento das classes 9 e O, dedi-


cadas à contabilidade analítica e às contas de ordem, respectivamente.

Nota Biográfica

Marta Silva Guerreiro é licenciada em Gestão de Empresas, Mestre em Contabili-


dade e Administração e Doutorada em Contabilidade pela Universidade do Minho.
Iniciou a sua carreira profissional como auditora numa empresa multinacional de audito-
ria, sendo, actualmente, professora adjunta na Escola Superior de Tecnologia e Gestão,
do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, em Portugal, na área da contabilidade
financeira e da auditoria financeira. É autora de livros, capítulos de livros, artigos profis-
sionais e artigos científicos publicados em revistas nacionais e internacionais na área
da contabilidade financeira, contabilidade internacional e harmonização contabilística, e
técnica oficial de contas.

Apesar de todo o esforço e cuidado postos na elaboração deste manual, o editor aconselha os leitores a confrontarem
os textos dos diplomas legais publicados nesta obra com as respectivas publicações oficiais.

ISBN 978-989-611-376-6
Apresentação 2 Quadro e Lista de Contas 61

Introdução 61

Disposições gerais 61
6 1 - Meios fixos e investimentos 61

2 - Existências 63
Decreto de aprovação do
3 -Terceiros 64
Plano Geral de Contabilidade 7
4 - Meios monetários 67
Decreto n. 0 82/2001, de 16 de Novembro 7
5- Capital e reservas 68
Introdução 8 6 - Proveitos e ganhos por natureza 68
1 - Justificação 8 7 - Custos e perdas por natureza 71
2 - Principais alterações 8
8 - Resultados 74
3 -Atenções especiais a ter em conta
no primeiro ano de aplicação do Plano 11 Notas Explicativas 75
4- Disposições transitórias 11 1- Introdução 75
2- Transacções em moeda estrangeira 75
Demonstrações Financeiras 12
3 - Imobilizações corpóreas 75
1- Os utentes e as necessidades de informação 12

2 - Objectivos das demonstrações financeiras 12


4- Imobilizações incorpóreas 78

3- Responsabilidade pela preparação 5- Investimentos financeiros 78


das demonstrações financeiras 13 6 - Existências 80
4- Componentes das demonstrações financeiras 13 7 -Terceiros 84

Plano Geral de Contabilidade 14


8 - Meios monetários 88

1 - Disposições gerais 14 9 - Capital e reservas 89

2- Balanço 15 10 - Notas gerais sobre os proveitos 90

3 - Demonstração de resultados 17 11- Vendas 91

4 - Demonstração de fluxos de caixa 19 12 - Prestações de serviços 93

5 - Notas às contas 23 13- Outras rubricas de proveitos 94

14 - Custos e perdas 97
Políticas Contabilísticas 50
15 - Resultados 100
1 - Definição e objectivos 50
16 - Impostos sobre lucros 101
2 - Aplicação 50
17 - Contingências 101
. 3 - Características qualitativa.s
da informação financeira 50 18 -Acontecimentos ocorrendo
após a data de Balanço 102
4 - Bases de apresentação
das demonstrações financeiras 50 19 - Auxílios do Governo e outras entidades 103

5 - Princípios contabilísticos 51 20 -Transacções com partes em relação


de dependência 103
6 - Critérios para reconhecimento das classes
das demonstrações financeiras 51 21- Fluxos de caixa 105
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~:

3 7 - Outros valores a receber e a pagar 203


38 - Provisões para cobranças duvidosas 212
39 - Provisões para outros riscos e encargos 214

109
CAPÍTULO 4 218
(
Classe 4 - Meios monetários 218
Introdução 110
41 -Títulos negociáveis 218
Elementos relacionados com a posição 42 - Depósitos a prazo 221
financeira da entidade (Balanço) 110
43 - Depósitos à ordem 221
Elementos relacionados com o desempenho 45- Caixa 223
da entidade (Demonstração de Resultados) 111 48 - Conta transitória 226
Outros conceitos fundamentais 111 49 - Provisões para aplicações de tesouraria 226

Critérios de reconhecimento. das classes


de demonstrações financeiras 112 CAPÍTULO 5 227

Classe 5 - Capital e reservas 227


CAPÍTULO 1 113 51- Capital 227

Classe 1 - Meios fixos e investimentos 113 52 -Acções/Quotas próprias 229

11 - Imobilizações corpóreas 113 53 - Prémios de emissão 232

12 - Imobilizações incorpóreas 124 54 - Prestações suplementares 232


55 - Reservas Legais 233
13 - Investimentos financeiros 130
56 - Reservas de Reavaliação 234
14- Imobilizações em curso 138
57 - Reservas com fins especiais 240
18 -Amortizações acumuladas 141
58 - Reservas livres 240
19 - Provisões para investimentos financeiros 150

CAPÍTULO 6 241
CAPÍTULO 2 151
Classe 6- Proveitos e ganhos por natureza 241
Classe 2 - Existências 151
61 -Vendas 242
21- Compras 162
62 - Prestações de Serviços 245
22 - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 164
63 - Outros proveitos operacionais 247
23 - Produtos e trabalhos em curso 165
64 -Variação nos inventários de
24 - Produtos acabados e intermédios 165 249
produtos acabados e de produção em curso
25 - Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 166 65 -Trabalhos para a própria empresa 250
26 - Mercadorias 166 66 - Proveitos e ganhos financeiros gerais 251
27 - Matérias-primas, mercadorias e 67- Proveitos e ganhos financeiros
outros materiais em trânsito 168 em subsidiárias e associadas 256
28 -Adiantamentos por conta de compras 169 68 - Outros proveitos e ganhos não operacionais ~
257
29 - Provisão para depreciação de existências 170 69 - Proveitos e ganhos extraordinários 261

CAPÍTULO 3 172 CAPÍTULO 7 263


Classe ·3 -Terceiros 172 Classe 7 - Custos e perdas por natureza 263
31 - Clientes 173 71 - Custo das existências vendidas 264
32 - Fornecedores 180 72 - Custos com o pessoal 266
33 - Empréstimos 186 73- Amortizações do exercício 269
34- Estado 190 75- Outros custos e perdas operacionais 270
35 - Entidades participantes e participadas 196 76 - Custos e perdas financeiros gerais 276
36- Pessoal 199 77- Custos e perdas financeiros em filiais e associadas 281
78 - Outros custos e perdas não operacionais 282
79 - Custos e perdas extraordinários 287
298
CAPÍTULO 8 289
Classe 8 - Resultados 289 Portaria n. 0 668/72,
81 -Resultados transitados 289 de 28 de Setembro 299
82 - Resultados operacionais 291
-Taxas e limites de provisões 299
83 - Resultados financeiros 292
84 - Resultados financeiros em filiais e associadas 292
Portaria n. 0 755/72,
85 - Resultados não operacionais 293
de 26 de Outubro 300
86 - Resultados extraordinários 293
(alterada pela Portaria. n. 57/74, de 24 de Janeiro)
0
300
87- Impostos sobre os lucros 293
88 - Resultado líquido do exercício 294 -Taxas anuais de reintegrações e amortizações 300
89 - Dividendos antecipados 294

CAPÍTULO 9 296
Classe 9 - Contabilidade analítica 296

CAPÍTULO 10 297
Classe O- Contas de ordem 297
'' _.. . . .. . ·. . . : .. .. ·. .~ . . . ·..

lntroclu,Çao
Demonstrações Financeiras
Plano Geral de Contabilidade
Políticas Contabilísticas
Q.uadro e Lista de Contas
Decreto de aprovação do Plano Geral de Contabilidade 7

~-

Decreto n. o 82/2001, 2 - As demonstrações financeiras preparadas,


de 16 de Novembro em obediência ao Plano Geral de Contabilidade,
deverão ser assinadas por contabilistas inscritos
Face à crescente globalização da economia mun-
na Entidade Representativa dos Contabilistas e dos
dial e à necessidade de harmonizar as práticas lo-
Peritos Contabilistas.
cais éom as internacionais, assume-se com espe-
cial relevância a aprovação do Plano Geral de Artigo 6. o
Contabilidade, em anexo ao presente diploma. Compete ao Ministro das Finanças alterar, atra-
Nos termos das disposições combinadas da alí- vés de decreto executivo, os seguintes elementos
neà f) do artigo 112. 0 e do artigo 113. 0 , ambos da do Plano Geral de Contabilidade ora aprovado:
Lei Constitucional, o Governo decreta o seguinte: a) nomenclatura, código e conteúdo das contas;
Artigo 1. o b) introdução de novas contas ou eliminação das
existentes.
É aprovado o Plano Geral de Contabilidade, anexo
ao presente decreto e que dele faz parte integrante. Artigo 7. o

Artigo 2. 0 1 - Para o exercício das funções referidas no nú-


mero anterior poderá ser consultada a Ordem de
O Plano Geral de Contabilidade é obrigatoria-
Contabilistas e dos Peritos Contabilistas a quem
mente aplicável às Sociedades Comerciais e Empre-
compete a defesa e o desenvolvimento da profis-
sas Públicas, que:
são de contabilista em Angola.
1- Exerçam actividades em Angola.
Artigo 8. 0
2 - Exerçam actividades em outros países, mas
que tenham a respectiva sede em Angola. 1 - As dúvidas e omissões resultantes da inter-
pretação e aplicação do presente decreto serão
Artigo 3. o resolvidas por despacho do Ministro das Finanças.
O Plano Geral de Contabilidade não é aplicável a
Artigo 9. o
entidades que exerçam actividade para a qual es-
teja prevista a existência de planos de contas espe- É revogada toda a legislação que contrarie o
cíficos, nomeadamente actividade bancária e segu- disposto no presente decreto, designadamente o
radora e outras que futuramente venham a estar Decreto n. 0 70/89, de 23 de Dezembro.
sujeitas a idêntico regime. Artigo 10. o
Artigo 4. o Este decreto entra em vigor na data da sua publi-
Ficam dispensados do disposto no n. 1 do artigo 2.
0 0 cação.
aqueles que exerçam actividade a título individual.
Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em
Artigo 5. 0 Luanda, aos 10 de Agosto de 2000. · \._
1- A elaboração da contabilidade das entidades Publique-se.
a quem seja aplicável o disposto no artigo 2. o de-
verá obedecer às disposições constantes do Plano O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
Geral de Contabilidade, o mais tardar, a partir do
primeiro exercício económico com início em 1 de
Janeiro de 2002.
Parte I .. Plano Geral de Contabilidade

1 - Justificação actual por práticas geralmente aceites, o que se


prevê venha a acontecer de forma progressiva.
Com o renascer do desenvolvimento económico do
País e com a crescente internacionalização dos mer- Entretanto, enquanto tal não acontecer, o Plano ]--.

cados de bens e serviços, o País não pode deixar de Geral de Contabilidade agora aprovado estabelece
acompanhar a- ~volução contabilística registada a os critérios para preparação e apresentação das
nível internacional sob pena de perda de oportuni- Demonstrações financeiras para os utentes exter-
dade e competitividade. Neste aspecto, a normaliza- nos, tendo como propósitos fundamentais:
ção contabilística assume um papel primordial à luz Ajudar os preparadores das Demonstrações finan-
da crescente globalização da economia ao preocu- ceiras na aplicação de normas idênticas às inter-
par-se com: nacionais.
A melhoria da informação contabilística produzida. Ajudar os utentes das Demonstrações financeiras
O conhecimento da contabilidade e respectivo na interpretação da informação contida nas
controlo. .Demonstrações financeiras.
A comparação das informações contabilísticas no Ajudar os auditores na formação de opinião quando
tempo e no espaço. as Demonstrações financeiras se encontram ou
não em conformidade com os princípios de contabi-
A elaboração de estatísticas.
lidade geralmente aceites.
A normalização engloba, portanto, duas vertentes
Ajudar a identificar assuntos que devam constituir
fundamentais:
alvo de interpretação detalhada e aprofundamento
Criação de normas. em fases seguintes, para melhor se conformarem
A aplicação das normas com vista à harmoniza- com as necessidades do País sem ferirem os prin-
ção da informação contabilística produzida. cípios básicos internacionais.
A lnternational Federation of Accountants (IFAC),
que tem como objectivo primordial a harmonização 2- Principais alterações
contabilística a nível mundial, tem vindo a desenvol- Este novo Plano Geral de Contabilidade traz como
ver esforços para a consecução do seu objectivo, principais alterações ao anterior Plano de Contas
através do lnternational Accounting Standards Com- Empresarial, as seguintes alterações:
mittee (IASC), órgão dependente do IFAC, mediante a
emissão de normas de contabilidade internacionais. 2.1 - Objectivo externo das demonstrações
financeiras
Com cerca de doze anos, o actual plano de contas
empresarial encontra-se claramente desajustado Mais do que servir de base ao exercício da plani-
face à informação que deveria ser produzida com ficação da gestão e do controlo da actividade
base nas- normas internacionais e, por conseguinte, empresarial, as Demonstrações financeiras pas-
torna-se imperativa a sua revisão com vista a uma sam a ter como objectivo principal dar a conhecer a
crescente aproximação às práticas internacionais. investidores, empregados, financiadores, fornece-
dores, clientes, Governo e seus departamentos e
Embora as normas internacionais assumam um ~

ao público em geral determinadas informações que


carácter de prática geralmente aceit~, resultante de
lhes permitam a tomada de decisões importantes.
uma escolha colectiva com vista a 'solucionar pro-
blemas de carácter repetitivo, em Angola, as nor- 2.2 - Alteração das componentes das
mas contabilísticas têm até agor~; assumido um demonstrações financeiras:
carácter legal que, nesta fase, face às inúmeras Para que as demonstrações financeiras possam
alterações a introduzir se optou por manter. ser úteis aos seus utentes, estas devem proporcio-
À medida que a implementação destas alterações nar informação acerca da posição financeira, desem-
se torne efectiva e com vista a flexibilizar a sua actu- penho e alterações na posição financeira da enti-
alização em função das alterações que vierem .a ser dade. Por esta razão, o conceito de Demonstrações
introduzidas nas normas internacionais, haverá, financeiras passa a integrar, além do Balanço e da
então, conveniência em substituir o carácter legal Demonstração de Resultados, a Demonstração de
lntroduçào 9

Fluxos de Caixa, -dêstinada a proporcionar informa- Apresentação dos activos pelo seu valor líquido
ção acerca das alterações na situação financeira e das correspondentes amortizações e provisões,
as Notas às Contas, destinadas a complementar as deixando estas de fazer parte dos capitais pró-
informações proporcionadas pelas restantes compo- prios da empresa.
nentes das Demonstrações financeiras. Desaparecimento da apresentação da rubrica
Transacções entre a sede e as dependências da
2.3 - Definição de políticas contabilísticas a
empresa, pelo facto de esta dever ficar saldada
adoptar: na preparação das demonstrações
no fim de cada período contabilístico através da
financeiras
integração dos activos e passivos das dependên-
Para que a informação proporcionada pelas cias nas contas da sede.
Demonstrações financeiras possa ir de encontro às
Desaparecimento da coluna destinada a identifi-
necessidades da maioria dos utentes, estas devem
car o código das contas.
respeitar determinadas características e serem pre-
paradas em bases que melhor se adaptem às res- Desaparecimento da apresentação das contas de
pectivas necessidades. Por esta razão passam a ordem na última linha do balanço pelo facto de tais
estar definidas as características qualitativas que informações deverem constar nas notas às contas.
as demonstrações financeiras devem ter, bem como
2.5 - Alterações na estrutura da
as políticas contabilísticas a adoptar por forma a
Demonstração de Resultados por Natureza
cumprir com tais características.
Pelas mesmas razões descritas para as altera-
Estas políticas incluem as bases gerais de prepa- ções efectuadas no Balanço, a estrutura da Demons-
ração, os princípios contabilísticos, os critérios de tração de resultados por natureza foi igualmente
reconhecimento e as bases de valorimetria gerais e alterada.
específicas a adoptar na preparação das Demons-
trações financeiras. Das principais alterações efectuadas destacam-se
as seguintes:
Algumas das bases de valorimetria específicas
Obrigatoriedade de identificação do nome da enti-
agora definidas diferem das disposições fiscais
dade, do período de relato, da moeda e do res-
existentes a respeito do mesmo assunto. Tais situ-
pectivo grau de grandeza usado na apresentação.
ações não devem afectar a preparação das
Demonstrações financeiras de acordo com as Obrigatoriedade de apresentação de comparati-
bases definidas neste plano e apenas devem ser vos do período anterior.
levadas em consideração para efeitos do apura- Eliminação da necessidade de apresentação dos
mento do lucro tributável. valores planificados e respectivos desvios.
Obrigatoriedade de inclusão de coluna para identifi-
2.4 - Alterações na estrutura do balanço
cação do número de ordem das rubricas por forma
Um dos princípios básicos a adoptar na prepara- a fazer de referência cruzada com as divulgações
ção das Demonstrações financeiras é a comparabi- efectuadas nas respectivas notas às contas.
)idade, não só entre períodos contabilísticos de
Obrigatoriedade de apresentação dos resultados
uma mesma empresa mas também entre empre-
financeiros segregados dos resultados operacio-
sas, quer a nível nacional, quer a nível internacio-
nais da empresa.
nal. Por esta razão a estrutura do balanço foi alte-
rada por forma a cumprir com o modelo proposto Obrigatoriedade de apresentação, em separado,
pela lnternational Federation of Accountants. do imposto sobre os resultados relativos a activi-
dades correntes e a actividades extraordinárias.
Das principais alterações daí decorrentes, desta-
cam-se as seguintes: Alteração do conteúdo dos resultados extraordi-
i nários.
Obrigatoriedade de identificação do nome da enti-
dade, do período de relato, da moeda e do res- 2.6 - Alterações na estrutura da
pectivo grau de grandeza usado na apresentação. Demonstração de Resultados por Funções
Or&anização das rubricas do activo por grau cres- Pelas mesmas razões descritas para as alterações
cente de disponibilidade. efectuadas no Balanço, a estrutura da Demonstração
Organização das rubricas do passivo por grau de resultados por funções foi igualmente alterada,
crescente de exigibilidade. embora a sua elaboração tenha natureza facultativa.
O Parte I - Plano Geral de Contabilidade

Das principais alterações efectuadas, destacam-se das necessidades sentidas pela ernpresa e da pon-
as seguintes: deração do binómio custo-benefício.
Obrigatoriedade de identificação do nome da enti- Contudo, recomenda-se o seu uso para empresas
dade, do período de relato, da moeda e do res- industriais onde o apuramento dos custos de pro-
pectivo grau de grandeza usado na apresentação. dução se torne moroso e difícil de executar por
Obrigatoriedade de apresentação de comparati- outra via.
vos do período anterior. Caso a empresa opte pelo uso da Contabilidade
Eliminação da necessidade de apresentação dos Analítica, recomenda-se que a Demonstração de
valores planificados e respectivos desvios. Resultados por Funções seja apresentada em substi-
tuição da Demonstração de Resultados por Natureza.
Obrigatoriedade de apresentação dos resultados
financeiros segregados dos resultados operacio- 2.9 - Alterações nas instruções de aplicação
nais da empresa. do Plano Geral de Contabilidade
Obrigatoriedade de apresentação, em separado, A nível internacional, existem disposições para o
de imposto sobre os resultados relativo a activi- reconhecimento e divulgação de acontecimentos e
dades correntes e a actividades extraordinárias. factos, as quais se encontram organizadas por assun-
Obrigatoriedade de apresentação, fora dos resulta- tos e tal como referido anteriormente não existem dis-
dos correntes, dos resultados em operações em posições sobre a forma de organização das classes,
descontinuação, ou descontinuadas, bem como dos quer em quadro, quer em lista de contas. Consequen-
efeitos das alterações de políticas contabilísticas. temente, estas normas não contêm quaisquer regras
sobre o conteúdo e movimentação de contas.
Alteração do conteúdo dos resultados extraordi-
nários. Face às alterações substanciais que trazem a
implementação deste novo plano de contas optou-
2. 7 - Alterações no quadro e lista de contas -se, nesta fase, pela manutenção do quadro e lista
da Contabilidade Geral de contas mas decidiu-se igualmente transpor para
Embora não existam disposições internacionais este plano o conteúdo das normas internacionais
acerca do quadro e lista de contas a adoptar, optou- existentes. Por esta razão, o termo instruções de
-se pela sua reformulação tendo em consideração a aplicação foi substituído pela designação de Notas
nova filosofia e estrutura de apresentação das con- explicativas.
tas. Os resultados das alterações nas classes As Notas explicativas trazem como principais
podem resumir-se da seguinte forma: alterações as seguintes:
Restrição ao mínimo das regras de movimentação
das contas por se entender que os responsáveis
Classe 1 Meios Fixos e Meios Monetários pela elaboração da contabilidade devem ter conhe-
Investimentos cimentos prévios que os habilitem a fazer os débi-
Classe 2 Existências Terceiros tos e créditos necessários para o registo de factos
Classe 3 Terceiros Existências e acontecimentos, de acordo com as regras de
Classe 4 Meios Monetários Meios Fixos reconhecimento estabelecidas neste plano.
Classe 5 Capital e Reservas Capital Social, Fundos, Inclusão de definições de determinados termos
Reservas e Provisões
contabilísticos por forma a uniformizar e facilitar
Classe 6 Proveitos por Natureza Custos por Natureza
a respectiva interpretação.
Classe 7 Custos por Natureza Proveitos por Natureza
' I
Inclusão de orientações sobre a forma de reco-
Classe 8 Resultados Resultados 'Financeiros
nhecimento de determinados factos e aconteci-
/ mentos específicos, baseadas nas normas inter-
2.8 - Ütilização da Contabilidade Analítica e nacionais aplicáveis aos assuntos em apreço.
apresentação da Demonstração de Resultados
Inclusão de orientações a seguir em situações que
por Funções podem dar origem a registo ou somente divulgação
Não existe qualquer disposição internacional nas Demonstrações financeiras: contingências,
sobre a obrigatoriedade de elaboração da Contabili- acontecimentos ocorrendo após a data de Balanço,
dade Analítica. Por esta razão, a sua utilização auxnios do Governo ou outras entidades e transac-
passa a ter um carácter facultativo, dependendo ções com partes em relação de dependência.
Introdução 11

3 - Atenções especiais a ter em conta b) determinação, registo e divulgação de impos-


no primeiro ano de aplicação do Plano tos diferidos;
No primeiro ano em que forem adoptadas as dis- c) contabilização e relato dos Planos de Benefí-
posições do presente Plano Geral de Contabilidade, cios de reforma;
devem obrigatoriamente ser seguidos os seguintes d) concentrações de actividades empresariais (tam~
procedimentos: bém conhecida por consolidação de contas);
a) os 9aldos e quantias constantes das Demons- e) efeitos das alterações das taxas de câmbio
. trações financeiras do período anterior devem em Demonstrações financeiras de operações
ser reclassificados por forma a conforma- estrangeiras.
rem-se com a nova disposição do Balanço e da
Sempre que qualquer entidade entenda que as
Demonstração de Resultados e poderem ser
apresentados como saldos comparativos; suas demonstrações financeiras devem reflectir as
situações a) a c) de acordo com as normas da
b) o facto referido em a) deve ser divulgado nas
lnternational Federatíon of Accountants pode fazê-lo
Notas às contas com indicação de:
desde que:
Saldos e quantias que não são comparáveis
Siga as correspondentes disposições, quer para
com o exercício precedente, apesar da reclas-
o registo, quer para a divulgação dos factos e
sificação efectuada.
acontecimentos.
Razões que estão na origem da não compara-
bilidade dos saldos. Divulgue nas Notas às contas que tais disposi-
ções foram seguidas.

4 - Disposições transitórias Sempre que qualquer entidade entenda que deve


preparar as Demonstrações financeiras consolida-
4.1 - Suspensões temporárias
das referidas na alínea d) pode fazê-lo desde que:
Ficam temporariamente suspensas as seguintes
Não deixe de preparar as Demonstrações finan-
situações:
ceiras individuais de acordo com as disposições
A obrigatoriedade de elaborar a Demonstração de
deste plano.
Fluxos de Caixa. Contudo, recomenda-se a sua pre-
paração sempre que a empresa já disponha de Prepare as Demonstrações consolidadas de
meios que lhe permitam preparar tal demonstração. acordo às disposições, quer para o registo, quer
para a divulgação, constantes das normas da
A obrigatoriedade de divulgação nas Notas às
lnternatíonal Federation of Accountants referidas
contas do valor dos impostos diferidos.
em d) e e).
4.2 - Exclusões temporárias Apresente, com as necessárias adaptações, as
Ficam excluídas deste plano, até que venham a Demonstrações financeiras consolidadas de
ser regulamentadas, as disposições constantes das acordo com os formatos definidos neste plano.
normas da lnternational Federation of Accountants Divulgue nas Notas às contas consolidadas que
referentes aos seguintes assuntos: foram seguidas as disposições constantes da
a) contabilização de locações; norma da lnternational Federation of Accountants.
... ..s-
-..._f
12 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

1 - Os utentes e as necessidades 2 - Objectivos das demonstrações


de informação financeiras
Existem informações sobre as entidades que são As demonstrações financeiras são uma represen-
úteis para determinados utentes por permitirem tação financeira esquematizada da posição finan-
avaliações é' tomada de decisões importantes, das ceira e das transacções de uma entidade. São, por
quais se destacam: essa razão, úteis, como forma de proporcionar
informação acerca da posição financeira, desempe-
nho e alterações na posição financeira de uma enti-
dade a um vasto leque de utentes na tomada de
Utente Utilidade da Informação
decisões económicas.
Investidores Avaliar o retorno do investimento.
As demonstrações preparadas com este propó-
Auxiliar na tomada de decisão (comprar,
deter ou vender) sito vão de encontro às necessidades comuns da
Determinar a capacidade da empresa de maioria dos utentes mas não proporcionam toda a
pagar dividendos. informação de que estes possam necessitar para
tomarem as suas decisões uma vez que:
Empregados Avaliar a capacidade da entidade de
proporcionar emprego, remuneração e Retratam efeitos financeiros de acontecimentos
benefícios de reforma. passados.
Financiadores Determinar a capacidade da entidade em Não proporcionam necessariamente informação
solver, dentro do prazo, os compromissos não financeira.
com eles assumidos: empréstimos e juros.
2.1 - Posição financeira
Fornecedores e Determinar se as quantias que lhes são
outros credores devidas serão pagas dentro do prazo. II A posição financeira de uma entidade é afectada
Avaliar a capacidade da entidade em I
I pelos seguintes elementos:
operar de forma continuada, caso estejam
dependentes da entidade.
I
J Utilidade
Clientes Avaliar a capacidade da entidade em I I Recursos económicos
operar de forma continuada, caso hajam I
Predição da capacidade da entidade I
controlados e capaci- em gerar caixa e equivalentes de
assumido compromissos de longo prazo II I
dade de modificar caixa no futuro.
com a entidade ou dela estejam estes recursos
dependentes.
Estrutura financeira Predição de futuras necessidades
Governo e seus Avaliar a capacidade de alocação de de empréstimos.
departamentos recursos.
Predição de como os lucros futuros
Regulamentar a actividade das entidades. e fluxos de caixa serão distribuídos
Estabelecer políticas de tributação. entre os que têm interesses na
Servir de base ao apuramento do entidade.
Rendimento Nacional e de Estatísticas Predizer o sucesso que a entidade
semelhantes. terá como a obtenção de fundos

Público Ajudar a avaliar a utilidade da entidade


adicionais. .
em diversos níveis, como por exemplo Liquidez e solvência Predizer a capacidade da entidade
a capacidade de emprego e de de satisfazer os seus compromissos
desenvolvimento de negócios como cliente. financeiros à medida que se vencem.

2.2 - Desempenho
Utente Utilidade da Informação O desempenho e a variabilidade do desempenho
de uma entidade é útil para predizer:
Gestão Auxiliar o cumprimento das suas
responsabilidades de planeamento, A capacidade da entidade em gerar fluxos de
tomada de decisões e controlo. caixa a partir dos recursos básicos existentes.
Demonstrações Financeíras 13

As alterações potenciais nos recursos económi-


Informação Bases essenciais da prestação da i
cos que seja provável que ela controle no futuro. informação. I
2.3 - Alterações na posição financeira Posição financeira Balanço.
As alterações na posição financeira de uma enti·· Desempenho Demonstração de Resultados.
dade são úteis para: Demonstração de(*):
Avaliar as suas capacidades de investimento, Alterações nos Capitais Próprios ou
financiàmento e operacionais durante um período. Alterações nos Capitais Próprios
{:-
que não tenham como origem em
Determinar a capacidade de uma entidade de transacções de capital ou distribuição
gerar dinheiro e equivalentes e as necessidades de resultados a accionistas.
de utilização desses fluxos no futuro.
Alterações na posição financeira- Demonstração
3 ~ Responsabilidade pela preparação de Fluxos de Caixa.
das demonstrações financeiras As componentes das Demonstrações financeiras
A Gerência e/ ou outro órgão de gestão da enti- atrás referidas inter-relacionam-se porque reflectem
dade é responsável pela preparação e apresenta- diversos aspectos dos mesmos factos, razão pela
ção das Demonstrações financeiras. qual é provável que nenhuma componente res-
Embora as Demonstrações financeiras dêem infor- ponda por si só, de forma isolada, a cada uma das
mação sobre a forma de condução dos negócios referidas necessidades.
pela Gerência e sobre a forma como esta geriu os Adicionalmente, estas componentes apenas dão
recursos que lhe foram confiados, esta poderá resposta integral às necessidades de informação,
necessitar de preparar informações adicionais que se acompanhadas por notas explicativas, razão
vão de encontro às suas próprias necessidades. Tais pela qual são também consideradas como compo-
informações, por terem uma utilidade limitada, não nentes das Demonstrações financeiras as Notas
têm que respeitar as disposições do presente plano. anexas às contas, as quais contêm a divulgação
das políticas contabilísticas adoptadas e outras
4 - Componentes das demonstrações notas complementares, onde se poderá incluir a
financeiras demonstração assinalada com(*).

Entende-se, assim, por Demonstrações financei-


ras, o conjunto das componentes capazes de dar
resposta às necessidades de informação, para efei-
tos externos, referidas anteriormente:
14 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

1 - Disposições gerais A demonstração de fluxos de caixa elaborada


pelo método directo ou, em sua substituição, a
1.1 - Identificação
demonstração de fluxos de caixa elaborada pelo
Todas as componentes das Demonstrações finan- método indirecto.
ceiras devem identificar:
As Notas às contas.
O nome d§ entidade que relata.
O período de relato. 1.6 - Disposição, nomenclatura e número
de ordem
A moeda de relato e a respectiva grandeza.
Não são permitidas quaisquer alterações à dispo-
1.2 - Nome da entidade que relata sição, nomenclatura e número de ordem das rubri-
O nome da entidade que relata deve incluir a sigla cas constantes dos modelos das componentes das
identificadora da forma jurídica que tal entidade tem. Demonstrações financeiras definidas neste plano.

1.3 - Período de relato 1. 7 - Rubricas em valores


As Demonstrações financeiras abrangem, regra As rupricas constantes dos modelos das compo-"\.
geral, um período de 12 meses com término em 31 nentes das demonstrações financeiras definidas
de Dezembro. neste plano, que não apresentem qualquer valor no
período a que se refere o relato, poderão ser omiti-
Sempre que tal se justifique, as demonstrações
das desde que os saldos ou quantias do período
financeiras podem, excepcionalmente:
precedente, apresentadas para efeitos comparati-
Referirem-se a um período com término diferente vos, se apresentem igualmente sem valor.
de 31 de Dezembro.
Ainda que tais rubricas sejam omitidas, o número
Abranger um período inferior a 12 meses.
de ordem das restantes rubricas deve manter-se
Contudo, em qualquer das situações, as Demons- inalterado.
trações financeiras devem ser preparadas em refe-
rência ao último dia do último mês do período a que 1.8 -- Notas não aplicáveis
dizem respeito. As notas constantes do modelo de Notas às con-
tas definido neste plano, que não sejam aplicáveis,
1.4 - Moeda de relato e respectiva grandeza poderão ser omitidas desde que não sejam aplicá-
É obrigatório que o relato seja efectuado na veis também em referência aos comparativos do
moeda oficial do País, que no momento presente é exercício precedente. Esta opção fica condicionada
o Kwanza (Kz). à divulgação da sua não aplicabilidade.
Nada obsta a que a entidade elabore, em simultâ- Ainda que tais Notas sejam omitidas, o número de
neo, Demonstrações financeiras usando outra ordem das restantes notas deve manter-se inalterado.
moeda de relato, como por exemplo Dólares Ameri-
canos (USO). 1.9- Derrogações às políticas contabilísticas

Na moeda de relato obrigatória a respectiva gran- Regra geral, não são permitidas derrogações às
deza não deverá ser inferior à unidade de milhar. políticas contabilísticas definidas neste plano.

Em outras moedas de relato a decisão sobre a res- A título excepcional, estas políticas contabilísti-
pectiva grandeza fica ao critério da entidade que relata. cas poderão ser derrogadas:
Se tal for necessário para que as demonstrações
1.5 - Componentes de preparação obrigatória financeiras representem uma imagem verdadeira
São de preparação obrigatórias as seguintes e apropriada da situação financeira e dos resulta-
componentes das demonstrações financeiras: dos das operações da entidade que relata, e
O balanço. Desde que tal facto seja adequadamente divul-
A demonstração de resultados por natureza ou, gado nas Notas às contas.
em sua substituição, a demonstração de resulta- Em contrapartida, o uso de uma política contabi-
dos por funções. lística que ponha em causa a imagem verdadeira e
Plano Geral de Contabilidade 15

apropriada das Demonstrações financeiras não po- Activos correntes, que se espera que permane-
derá ser considerada adequada ainda que se encon- çam na posse da entidade por um período até
tre devidamente divulgada nas Notas às contas. um ano.
Passivo - Obrigações presentes da entidade pro-
2- Balanço venientes de acontecimentos passados, do paga-
2.1- Conceito mento, dos quais se espera que resultem exfluxos
de recursos da empresa incorporando benefícios
O Balanço é uma demonstração contabilística
económicos. Estas obrigações podem dividir-se
destinada a evidenciar, quantitativamente e qualita-
em duas categorias principais:
tivamente, numa determinada data, a posição patri-
monial e financeira de uma entidade. Passivos não correntes, que se espera que ve-
nham a ser pagos pela entidade num período
2.2- Conteúdo superior a um ano.
O balanço é constituído pelas seguintes classes: Passivos correntes, que se espera que venham
Activo - Recursos (bens e direitos) controlados a ser liquidados pela entidade num período até
por uma entidade como resultado de aconteci- um ano.
mentos passados e dos quais se espera que Capital próprio - Interesse residual no Activo de-
fluam para a entidade de benefícios económicos pois de deduzido o Passivo.
futuros. Estes recursos podem dividir-se em duas
categorias principais: 2.3 - Estrutura
Activos não correntes, que se espera que per- A estrutura do Balanço deve obedecer ao modelo
maneçam na posse da entidade por um perí- constante seguinte:
odo superior a um ano.
16 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

Modelo de Balanço
E1npresa .......................................................................................................................................... ..
Balanço em .. .. . . . ... . . . . . .. . . . . .. . .. . . . .. . . ... .. . . . ......... .. . . . . .. .. . .. Valores expressos em ................................... .

Designação Notas

ACTIVO
{
Activos não correntes: I
Imobilizações corpóreas 4
Imobilizações incorpóreas 5 I

~--------~-----~
Investimentos em subsidiárias e associadas 6
Outros activos financeiros 7
Outros activos não correntes 9
Activos correntes:
Existências 8 -l
Contas a receber 9
Disponibilidades 10
Outros activos correntes 11
Total do activo I
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO l
I Capital próprio: I
l Capital 12
I
I

j Reservas 13
I I
I Resultados transitados 14
I Resultados do exercício i !

!---~-~---+1~------i
l

Passivo não corrente:


Empréstimos de médio e longo prazos 15
1 ~ I

1
1
I
Impostos diferidos 16
Provisões para pensões 17
Provisões para·outros riscos e encargos 18
Outros passivos não correntes 19

Passivo corrente:
Contas a pagar 19
Empréstimos de curto prazo 20
Parte cor. dos empr. a médio e longo prazos 15
Outros passivos correntes 21
Total do capital próprio e passivo
t _ __ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ .,L_ _ _ _ ~_._ _ _ _ _ _ _.!,___ _ _ _ _ _ _ _ _ _
Plano Geral de Contabilidade 17

3 - Demonstração de resultados resultem em aumento dos capitais próprios, que


não sejam os relacionados com as contribuições
3.1 - Conceito dos participantes no Capital Próprio.
A Demonstração de resultados é uma demonstra- Custos - Diminuição nos benefícios económicos,
ção contabilística destinada a evidenciar a composi- durante o período, na forma de exfluxos ou perdas
ção do resultado formado num determinado período de valor de activos ou no aumento de passivos
de operações de uma entidade. que resultem em diminuição dos capitais próprios,
que não sejam os relacionados com as distribui-
3.2 7 Conteúdo
ções aos participantes no Capital Próprio.
A Demonstração de resultados é constituída
pelas seguintes classes: 3.3 - Estrutura
Proveitos- Aumentos dos benefícios económicos, A estrutura da Demonstração de resultados deve
durante o período, na forma de influxos ou melho- obedecer a um dos modelos constantes seguintes:
rias de activos ou diminuições de passivos que

Modelo de Demonstração de Resultados (por natureza)


Empresa ............................................................................................................................................
Demonstração de resultados em .. .. .. .............. ... .......... Valores expressos em .................................. ..

r---------'·

I Designação Notas
~s------·----- _________ ,! "''-22
I Prestações de serviço 23 !
I
IOutros proveitos operacionais 24
25
i
f ------- l ~-~ ... - - __ _j

í
1 Variações nos produtos acabados e produtos em vias de fabrico 26 I I
I Trabalhos para a própria empresa II
I! Custo das mercadorias vendidas e das matérias-primas e subsidiárias consumidas 27 I
i i
Custos com o pessoal 28 I
Amortizações 29 I
Outros custos e perdas operacionais 30

Resultados operacionais:
Resultados financeiros 31
Resultados de filiais e associadas 32
Resultados não operacionais 33
---
f
Resultados antes de impostos:
Imposto sobre o rendimento 35

Resultados líquidos das actividades correntes:


Resultados extraordinários 34
Imposto sobre o rendimento 35

Resultados líquidos do exercício

PLAPGC_ 02
Parte I- Plano Geral de Contabilidade

Modelo de Demonstração de Resultados (por função)


Empresa ............................................................................................................................................
Demonstração de resultados em .. .... .... .. ...... .. ............. Valores expressos em .................................. ..

Exercícios
Designação Notas
2XXX 2XXX-1
Vendas ( 22
Prestações de serviço 23 J
Custo das vendas l
Margem bruta:
Outros proveitos operacionais
l
Custos de distribuição
Custos administrativos
Outros custos e perdas operacionais

Resultados operacionais:
Resultados financeiros 31
Resultados de filiais e associadas 32 . I
Resultados não operacionais 33
~····-····-- -····--·-·J
~
Resultados antes de impostos:
Imposto sobre o rendimento

Resultados líquidos das actividades correntes


I
I
35
l-
I I
I
.
i
Resultados de operações em descontinuação ou descontinuadas I ! I
Efeitos das alterações de políticas contabilísticas
Resultados extraordinários 34
Imposto sobre o rendimento 35
-
.. --.-·-·---·--·"-

Resultados líquidos do exercício


Plano Geral de Contabilidade 19

4 - Demonstração de fluxos de caixa 4.3 - Estrutura

4.1 - Conceito A estrutura da Demonstração de fluxos de caixa


deve obedecer a um dos modelos constantes das
A Demonstração de Fluxos de caixa é uma
páginas seguintes.
demonstração contabilística destinada a evidenciar
como foi gerado e utilizado Q dinheiro no período Estes modelos contêm a informação mínima que
em análise. deverá ser relatada e deverá ser tido em conta que:
As linhas a tracejado relativas a resultados extra-
4.2 7 Conteúdo ordinários deverão ser substituídas por designa-
Por forma a evidenciar como foi gerado e utilizado ção apropriadas.
o dinheiro no período em análise a Demonstração Podem ser criadas outras rubricas nas restantes
de fluxos de caixa mostra, por actividades: linhas que se encontram a tracejado.
As fontes de caixa e equivalentes de caixa a que
a empresa teve acesso durante um determinado
período de tempo, e
O destino que foi dado a tais fontes.
Assim, a Demonstração de Fluxos de caixa tem
as seguintes componentes:

Fluxos resultantes Fluxos resultantes das principais


das actividades actividades geradoras de proveitos da
operacionais entidade e de outras actividades que
não sejam de investimento ou de I

:::::i~::~~~tes da aquisição e
0

Fluxos resultantes
das actividades alienação de activos a longo prazo e de
lI
de investimentos outros investimentos não incluídos em
equivalentes de caixa.
Fluxos resultantes Fluxos resultantes d-a-s-a-c-ti-vi-da_d_e_s-q~-~-······~
'j das actividades têm como consequência alterações na I
de financiamento Jdimensão e composição do capital 1.

próprio e nos empréstimos pedidos I


pela entidade. .
I -----·- ..... _ _j
20 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

Modelo de Demonstração de Fluxos de Caixa (método directo)


Empresa ............................................................................................................................................
Demonstração de fluxos de caixa para o exercício findo em ................................................................. ..
Valores expressos em .............................................. ..

Exercícios
Designação Notas
2XXX 2XXX-1 --
I Fluxo de caix~ çdas actividades operacionais:
Recebimentos (de caixa) de clientes
Pagamentos (de caixa) a fornecedores e empregados
1---·

Caixa gerada pelas operações:


Juros pagos:
I ·····························································································································
Impostos s/ os lucros pagos -----·--f--
I
Fluxos de caixa antes da rubrica extraordinária:
.......................................... , ..................................................................................
Caixa líquida proveniente das actividades operacionais
I
Fluxo de caixa das actividades de investimento:
Recebimentos provenientes de:
1
I
Imobilizações corpóreas I
Imobilizações incorpóreas I

Investimentos financeiros 45
l Subsídios a investimento I
I I I
Juros e proveitos similares
II I I
I
I Dividendos ou lucros recebidos I
I o" o o O a O o o O o o o o O o o o o o o 1 o, I I f I I o~ I' I' o 1 I I' o o O o o. o o a o o O o O o o o o O r o O • o o o to o o • a" o o o o O I f I ~ O O 0 • • O O ' O O O O O* • ~ * ' *O ' o • o o o o o o o o o o o o o o o o o o o. I O o O
I I I
Pagamentos respeitantes a: I
l
I
II
I
Imobilizações corpóreas I

Imobilizações incorpóreas I I
I

Investimentos financeiros 46 I
........................................ , ...... ~································~~~,······························· .. ········~· I I
Fluxos de caixa antes da rubrica extraordinária: I
I
I
o I I r I # I I I I t t I I I I - I I I I I O O o o o o o O o o o • o I O .. o O O t o O I I o O 1 I I O O I f I c O O O 0 0 O. o O O O I O o ~ O O O O O O O O O O O O O O O < OO O O O I OOO I I O t f 0 I I O * I O O O O O O O O O * * • O O O O O O 'O

Caixa líquida usada nas actividades de investimento


---... ~~-·-

Fluxo de caixa das actividades de financiamento:


Recebimentos provenientes de:
Aumentos de capital, prestações suplementares e vendas de acções ou
quotas próprias .
Cobertura de prejuízos
Empréstimos obtidos
Subsídios à exploração e doações
I O O O O. o O O I O o o o o O I o o I O_. o 111 f i O O I I I I O O O O O. I''" O I f • I I I e. • a . I I I I f I I a I I I t I I I • a I I t I I I I I I I I J I J I J I PI I I I I I I'- I • I~ o I a • o I a I • t I I* I I I I I t ~I t I I I I

Pagamentos respeitantes a:
I
Reduções de capital e prestações suplementares
Compras de acções ou quotas próprias
Dividendos ou lucros pagos
Empréstimos obtidos
Amortização de contratos de locação financeira
Juros e custos similares pagos
llalilllllllllllllltlltlllltflllffiOIOI&••IIOI•IIIIIIIIJIIIIIItllfiiiiiiiiiiiiii:YIII•*••••••••••••••-ol•••l•lll:tllltlllltfttiiiiJ

Fluxos de caixa antes da rubrica extraordinária:


I I .. I., I t I I I I I I I I I I I I f 1 1 I I I t I I I I I I t i J I I I_! I I I I I I I I I • I I f a I I f I I I f I I f 1 1 I t 1 1 I I a a I I I I . I I I I l i I I ll l I I I li I I I I I~ • • • l t • . _. a • . I • a a a a a a a a a a • a I I

Caixa líquida usada nas actividades de financiamento


Aumento líquido de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no início do período 43,47
Caixa e seus equivalentes no fim do período 43,47
Plano Geral de Contabilidade 21

Modelo de Demonstração de Fluxos de Caixa (método indirecto)


Empresa ............................................................................................................................................
Demonstração de fluxos de caixa para o exercício findo em .................................................................. .
Valores expressos em ............................................... .

Exercícios
Designação Notas
2XXX 2XXX-1
Fluxq..de caixa das actividades operacionais: I
Resultado líquido antes dos impostos e das rubricas extraordinárias
Ajustamentos:
Depreciações
Amortizações
Ganhos na alienação de imobilizações
Perdas na alienação de imobilizações
Resultados financeiros
Resultados extraordinários

Resultados operacionais antes das alterações do capital circulante:


Aumento das existências
Diminuição das existências
Aumento das dívidas de terceiros operacionais
Diminuição das dívidas de terceiros operacionais
Aumento de outros activos operacionais.
Diminuição de outros activos operacionais.
i
Aumento das dívidas a terceiros operacionais.
Diminuição das dívidas a terceiros operacionais
Aumento de outros passivos operacionais I

Diminuição de outros passivos operacionais


l--- ______j
Caixa gerada proveniente das operações 1
I
Juros pagos
Impostos s/ os lucros pagos
·Fluxo de caixa antes de resultados extraordinários:

Caixa líquida proveniente das actividades operacionais


Fluxo de caixa das actividades de investimento:
Recebimentos provenientes de:
Imobilizações corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Investimentos financeiros 45
Subsídios a investimento
Juros e proveitos similares
Dividendos ou lucros recebidos

Pagamentos respeitantes a:
Imobilizações-corpóreas
Imobilizações incorpóreas
Investimentos financeiros 46

(continua)
! Parte I- Plano Geral de Contabilidade

,--
(continuação)
-------·-----··-----------
I Exercícios I
Designação Notas ·--~
2XXX 2XXX-1
I
Fluxo de caixa antes da rubrica extraordinária:
I
I a O a a o a o o "' O o O O O O O O O O O O O O I O I I J I I o O O O a " O O o o o O O O • O O O O O O o o o o O O O O 0 O O

Caixa líquida usada nas actividades de investimento


lt I I I I O I O I O I I I I I I J I J 0 J J I O O Y l - ~ l f I O I f f l \ f f O O l O O O O O o o o o o o O O ~ O O O O l I f--------- .. ·-·--'""~

Fluxo de caixa das actividades de financiamento: ~--~


Recebimentos provenientes de:
I I
Aumentos de capital, prestações suplementares e prémios de emissão
Vendas de acções ou quotas próprias
Cobertura de prejuízos
I
Empréstimos obtidos II
Subsídios à exploração e doações I I
OO I OO O I I O I I I ta I I I 0 I O I J I I a I OO OI a O I I I OOO OOO O O O O OO o I 0 o 0 I O O 0 I I O'- I I f I 0 I I I I I J I I I I I I I O I I 0 I O I O I O O O • >O • • O O ' • O O O O 1 o o O O O 1 O O O o O O O O~ O O0 I O0

Pagamentos respeitantes a:
Reduções de capital e prestações suplementares
Compras de acções ou quotas próprias
Dividendos ou lucros pagos
Empréstimos obtidos I
Amortização de contratos de locação financeira I
Juros e custos similares pagos

Fluxos de caixa antes da rubrica extraordinária:

Caixa líquida usada nas actividades de financiamento


Aumento líquido de caixa e seus equivalentes
Caixa e seus equivalentes no início do período 43,47
1-------t------·-·-·----j
I
Caixa e seus equivalentes no fim do período 43,47 I
Plano Geral de Contabilidade 23

5 - Notas às contas elaboração das notas para as rubricas que apre-


sentem valores inferiores a:
5.1- Conceito
10% do total do Activo, no caso de rubricas de
As Notas às contas são um conjunto de divulga-
Balanço.
ções (descrições narrativas e detalhes de quantias)
destinadas a fornecer informação adicional, que 5% do total dos Proveitos operacionais, para
seja relevante às necessidades dos utentes, acerca rubricas da Demonstração de resultados.
das rubricas do Balanço, da Demonstração de As divulgações dos critérios valorimétricos cor-
Resultados e da Demonstração de Fluxos de caixa respondentes a tais rubricas podem igualmente ser
e acerca dos riscos e incertezas que afectam a omitidas.
entidade e quaisquer recursos e obrigações não
reconhecidos no Balanço. 5.3 Estrutura
A estrutura das Notas às contas deve obedecer
5.2 - Disposições especiais
ao modelo da página seguinte, cáso a entidade
Nas Notas às contas poderão ser omitidas as notas opte por elaborar a demonstração de resultados
que se considerem não ser materiais ou relevantes por natureza.
para a tomada de decisões por parte dos utentes.
Caso a empresa opte por elaborar a Demonstração
Os conceitos de materialidade e de relevância
de Resultados por funções, as notas 22 a 31 deverão
têm inerente um grau de subjectividade elevado e a
ser ajustadas a essa realidade, de forma a que:
definição das fronteiras deve, por essa razão, ser
alvo de julgamento profissional. A composição de uma quantia numa linha da
Demonstração de resultados possa ser verificada
No que respeita ao conceito de materialidade, e
numa nota ou num conjunto de notas às contas.
apenas para efeitos exclusivos da elaboração das
Notas às contas, optou-se por definir um critério As divulgações sejam coerentes com a nova
que sirva de orientação e simplifique o processo de estrutura de decomposição de valores.
elaboração das Notas. Não haja redução no conteúdo das divulgações
Assim, convencionou-se que para efeitos de pre- previstas para quando a Demonstração de resul-
paração das Notas às contas não é obrigatória a tados preparada é a por natureza.

Modelo de Notas às contas


Empresa ............................................................................................................................................
Notas às contas -em referência ao exercício findo em .................. ,........................................................ .
Valores expressos em

Introdução: 12- Capital.


1- Actividade. 13 - Reservas.
2 - Bases de preparação das demonstrações 14- Resultados transitados. ·~
financeiras e derrogações. 15 - Empréstimos de médio e lor~go prazos e res-
3 -Alterações nas políticas contabilísticas. pectiva parte corrente.
16- Impostos diferidos.
Notas ao balanço:
17 -Provisões para pensões.
4- Imobilizado corpóreo.
18 - Provisões para outros riscos e encargos.
· 5- Imobilizado incorpóreo.
19 - Outros passivos não correntes.
6 - Investimentos em filiais e associadas.
20 - Contas a pagar.
7 - Outros activos financeiros.
21 - Outros passivos correntes.
8 - Existências.
9 - Outros activos não correntes e contas a receber. Notas à demonstração de resultados:
10 - Disponibilidades. 22- Vendas.
11- Outros activos correntes. 23 - Prestações de serviço.
!4 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

24- Outros proveitos operacionais. 37 -Contingências.


25 - Variações nos produtos acabados e produtos 38 -Acontecimentos ocorridos após a data de
em vias de fabrico. Balanço.
26- Trabalhos para a própria empresa. 39 - Auxnios de Governo e outras entidades.
27 -Custo das mercadorias vendidas e das maté- 40 -Transacções com empresas do grupo.
rias consumidas.
41 - Informações exigidas por diplomas legais.
28 - Custos com o pessoal.
42- Outras informações consideradas relevantes.
29 - Amortizáções.
30- Outros custos e perdas operacionais. Notas sobre a demonstração de fluxos de caixa:
31 - Resultados financeiros. 43 - Políticas adoptadas.
32 - Resultados de filiais e associadas. 44 -Alterações nas políticas.
33 - Resultados não operacionais. 45 -Alienações de filiais e associadas.
34 - Resultados extraordinários. 46- Aquisições de filiais e associadas.
35 - Imposto sobre o rendimento. 4 7 -Caixa e equivalentes de caixa.
Outras notas relacionadas com a posição financeira e 48 -Operações não efectuadas por caixa e seus
os resultados das operações: equivalentes.
36- Responsabilidades assumidas e não reflecti- 49 -Outras informações necessárias à compreen-
das no passivo. são da demonstração de fluxos de caixa.

Modelo de Notas às contas


Empresa ............................................................................................................................................
Notas às contas em referência ao exercício findo ern .......................................................................... ..
Valores expressos em

INTRODUÇÃO 2.2 - Bases de valorimetria adoptadas na preparação


das Demonstrações financeiras
1 - Actividade
Indicar:
Fazer uma breve descrição das actividades da
A base de valorimetria global adoptada (custo his-
empresa.
tórico ou custo corrente).
2 - Políticas contabilísticas adoptadas na preparação As taxas de câmbio usadas para a valorimetria de
das Demonstrações financeiras activos e passivos cujo valor esteja dependente
2.1 - Bases de apresentação das demonstrações das flutuações da moeda estrangeira.
financeiras
2.2.1 - Critérios de reconhecimento e bases de valori-
Indicar se as Demonstrações financeiras se en- metria específicas
contram preparadas de acordo com o Plano Geral
Indicar os critérios de reconhecimento~ as bases
de Contabilidade em vigor em Angola e se:
de valorimetrias específicas usadas para:
Respeitam as características de relevância e
Imobilizações corpóreas:
fiabilidade.
Indicar:
Foram preparadas na base da continuidade e do
acréscimo. Base de medição usada para determinar a quan-
tia bruta registada.
Foram preparadas em obediência aos princípios
contabilísticos da consistência, materialidade, Critérios de reconhecimento:
não compensação de-saldos e comparabilidade. Valor a partir do qual os bens são capitalizados.

Indicar se existem derrogações às disposições Usados para encargos com melhoramentos.


constantes do Plano Geral de Contabilidade em vigor Usados para encargos com reparação e manu-
em Angola e quais os motivos que as justificaram. tenção.
Plano Geral cJe Contabilidade 25

Métodos de depreciação usados. Em caso de reavaliação:


Vida útil, por categoria e taxas de depreciação Base de reavaliação (incluindo a indicação se es-
usadas. teve envolvido um perito avaliador independente).
Data de entrada em vigor da reavaliação.
Em caso de reavaliação:
Natureza dos índices usados para determinar o
Base de reavaliação (incluindo a indicação se es-
custo de reposição.
teve envolvido um perito avaliador independente).
Data de entrada em vigor da reavaliação. Indicar, no que respeita a outros investimentos:
(i
Base de medição usada para determinar a quan-
Natureza dos índices usados para determinar o
tia bruta registada.
custo de reposição.
Métodos de determinação e reconhecimento de
Imobilizações incorpóreas: declínios não temporários no valor dos investi-
Indicar: mentos.
Base de medição usada para determinar a quan- Existências:
tia bruta registada.
Indicar, para as existências em geral:
Critérios de reconhecimento, em especial para: Políticas contabilísticas adoptadas na medição
Trespasses. dos inventários, incluindo o método de custeio
Despesas de investigação. usado.
Despesas de desenvolvimento. Quando o método de custeio usado for o LIFO, a
diferença entre o valor dos inventários apresenta-
Métodos de amortização usados, em especial:
dos nas demonstrações financeiras e o que resul-
Justificação e fundamentos para a utilização de
taria da aplicação do:
um método diferente das quotas constantes, no
Custo médio ou valor de mercado dos dois o
que respeita a trespasses.
mais baixo e do FIFO ou valor de mercado dos
Vidas úteis, por categoria e taxas de depreciação dois o mais baixo.
usadas, em especial:
Indicar, para os contratos de construção plurienais:
Justificação para a adopção de uma vida útil ou
Método usado para determinar os proveitos dos
período de amortização superior a cinco anos,
contratos reconhecidos no período.
no que respeita a trespasses.
Método usado para determinar a fase de acaba-
Investimentos em subsidiárias e associadas: mento dos contratos em progresso ou em curso.
Indicar: Contas a receber:
Base de medição usada para determinar a quan- Indicar:
tia bruta registada.
Valorimetria adoptada.
Métodos de determinação e reconhecimento de
Critério utilizado para determinação do valor rea-
declínios não temporários no valor dos investi-
lizável líquido, quando aplicável.
mentos.
Disponibilidades:
Outros activos financeiros:
Indicar:
Indicar, no que respeita a·imóveis:
Valorimetria adoptada.
Base de medição usada para determinar a quan- Critério utilizado para determinação do valor reali-
tia bruta registada. zável líquido, quando aplicável.
Critérios de reconhecimento:
Outros activos correntes:
Usados para encargos com melhoramentos.
Indicar:
Usados para encargos com reparação e manu-
Critério utilizado para:
tenção.
O reconhecimento como activo.
Métodos de depreciação usados. O reconhecimento em resultados no ou nos
Vidas úteis, por categoria e taxas de depreciação anos seguintes.
usadas. Valorimetria adoptada.
26 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

Provisões para outros riscos e encargos: Impostos sobre os lucros:


Indicar: Indicar:
Critério utilizado para reconhecimento como passivo: Enquadramento fiscal da empresa, incluindo uma
Valorimetria adoptada. descrição dos fundamentos nos quais se baseia
uma eventual isenção.
Outros passivos correntes:
Base de apuramento do imposto.
Indicar:
Taxa nominal de imposto.
Critério utiHzado para:
Tratamento dado a impostos diferidos.
O reconhecimento como passivo.
Situações que podem levar a ajustamentos no
O reconhecimento em resultados no ou nos cálculo do imposto.
anos seguintes.
Exemplo de nota no caso da empresa pertencer .
Valorimetria adoptada.
ao grupo A:
Vendas: A empresa encontra-se sujeita à tributação em
Indicar: sede de Imposto Industrial -Grupo A.
Políticas contabilísticas adoptadas para o reco- O imposto é calculado com base no lucro tribu-
nhecimento do rédito. tável (resultado contabilístico corrigido para efei-
Prestações de serviços: tos fiscais) utilizando uma taxa nominal de 35%.
O imposto apurado refere-se em exclusivo ao
Indicar:
imposto corrente não sendo calculados nem
Políticas contabilísticas adoptadas para o reco-
registados quaisquer impostos diferidos, quer
nhecimento do rédito.
activos, quer passivos.
Métodos adoptados para determinar a fase de
A entrega do imposto é efectuada por autoliqui-
acabamento das transacções.
dação mediante a entrega de uma declaração
Royalties: que se encontra sujeita à revisão e correcção
Indicar: por parte das autoridades fiscais durante um
Políticas contabilísticas adoptadas para o reco- período de cinco anos.
nhecimento do rédito.
3 - Alterações nas políticas contabilísticas
Subsídios: Indicar se as políticas contabilísticas adoptadas
Indicar: foram alteradas em relação às que haviam sido
Políticas contabilísticas adoptadas para o rec1- seguidas em relação ao exercício precedente. No
nhecimento do rédito. caso de terem sido alteradas, indicar:

Juros: Razões que determinaram a alteração.


Critério usado para o reconhecimento dos efeitos
Indicar:
das alterações das políticas.
Políticas contabilísticas adoptadas para o
Natureza das alterações que deveriam ser efectu-
nhecimento do rédito.
adas na informação do período precedente para
Erros fundamentais: que as informações fossem comparáveis.
Indicar:
Critério utilizado para o reconhecimento de erro~
fundamentais.
Plano Geral de Contabilidade 27

NOTAS AO BALANÇO
4 - Imobilização corpórea
4.1 - Composição
Efectuar o preencl1imento do quadro seguinte:
.------------------------·-------.----------,-------·-l-·-
Valor bruto Amortizaçõe1' Valor líquido
Rubricas
acumuladas
-
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo !
Outras imobilizações corpóreas 1
Taras e vasilhame I

. .~:~:~~i~:de
________n:o:________
~~~s:onta
0
--+-----·----+----------'
b--------.1.-_
de imobilizações corpóreas
___J_ _ _

4.2 - Composição por critérios de valorimetria adoptados


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

l
1 Valor líquido
1...------r 1
Rubricas 1 Valor de 1

L re_a_v_a_li_a_çã_o_··~~.' _
Total
I Custo histórico _j __
1 Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções I I
I Equipamento básico I ! !
I Equipamento de transporte I . !
· Equipamento administrativo
Taras e vasilhame I
Outras imobilizações corpóreas I
Imobilizado em curso
Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas
I

4.3 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, no valor bruto


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:
.
Saldo Abates/ Saldo
Rubricas Reavaliações Aumentos Alienações
inicial ~t transf. final
Terrenos e recursos naturais
Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo I

Taras e vasilhame I
Outras imobilizações corpóreas
I
Imobilizado em curso I
Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas L
~8 Parte I ... Plano Geral de Contabilidade

4.4 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas amortizações acumuladas


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas
Saldo
Reavaliações Reforço Alienações
Abates; I Saldo
inicial transf. 1 final
-
Terrenos e recursos naturais I
I
Edifícios e outras co~struções II
Equipamento básico l !
I
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Taras e vasilhame
Outras imobilizações corpóreas
I l
4.5 - Custos financeiros (diferenças de câmbio e custo de empréstimos) capitalizados
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

I~-----·-------·- Rubricas

------------- +-------
1
Em anos
anteriores
Custos financeiros capitalizados

---- ----·--
No ano Total

Terrenos e recursos naturais 1

Edifícios e outras construções


1

Equipamento básico
I
I Equipamento de transporte
I I
Equipamento administrativo
Taras e vasilhame
Outras imobilizações corpóreas I
I
Imobilizado em curso I

4.6- Restrições existentes


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Valor líquido de imobilizações


Implantadas
Rubricas Em poder Localizadas
em Reversíveis Penhoradas Hipotecadas
de no
propriedade (a) (b) (b)
terceiros estrangeiro
alheia

Terrenos e recursos naturais


Edifícios e outras construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Taras e vasilhame
Outras imobilizações corpóreas
Imobilizado em curso
·-
(a) Indicar as datas e razões da reversibilidade.
(b) Indicar os passivos com os quais se relacionam as garantias.
Plano Geral de Contabilidade 29

4. 7 - Compromissos assumidos para aquisição "'Be imobilizações corpóreas


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Compromisso
I
Rubricas Totais Já Por
I
assumidos
I concretizados concretizar I
Terrenos e recursos naturais
Edifíciios e outras construções
lI I
Equipamento básico I
Equipamento de transporte
II
Equipamento administrativo II
I I

Taras e vasilhame I I
Outras imobilizações .corpóreas I !
II Imobilizado em curso L__
I I
-1
I
I

5- Imobilizado incorpóreo
5.1 - Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Amortizações
I Rubricas Valor bruto
acumuladas
r;~spasses - -------

1 ~espesas de desenvolvimento (a)


I Propriedade industrial e outros direitos e contratos

_ _ _, _ ____J
I Despesas de constituição (b)
Outras imobilizações incorpóreas

(a) As despesas de desenvolvimento referem-se a:


l
Descrever a natureza.
(b) As despesas de constituição referem-se a:
Descrever a natureza.

5.2 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, no valor bruto


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Saldo Saldo
Rubricas Aumentos Diminui9ões
inicial final
Trespasses
Despesas de desenvolvimento
Propriedade industrial e outros direitos e contratos
Despesas de constituição
Outras imobilizações incorpóreas
30 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

5.3 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas amortizações acumuladas


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

I Dimin~ições I
Saldo II Saldo
I Rubricas I Aumentos II
I inicial
I I final

Trespasses I I
Il
Despesas de desenvolvimento II l
Propriedade irfdustrial e outros direitos e contratos I I 1
Despesas de constituição I !
I!
Outras imobilizações incorpóreas
I I
I -rI
!
I -·---·- ----~-
I
I
·-·
____ _ j
-·--------j

6 - Investimentos em subsidiárias e associadas


6.1 - Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:
,~
- -----------~-Valor bruto \ Provisões
Rubricas
I acumuladas
I
~---·-------------·--··-·-

1 Subsidiárias:
- - - - - - ... -----··-·-····T·
·+-----
!
I Partes de capital (a) I
j Obrigações e outros títulos de participação
J Empréstimos
I Adiantamentos por conta I

j Associadas:
I .
j Partes de capital (b)
1 Obrigações e outros títulos de participação
I Empréstimos
!I A.
d1antamentos por conta
l

(a) Partes de capital em subsidiárias.


(b) Partes de capital em associadas.
Se a empresa não for a que relata, indicar quem é a empresa-mãe, qual o nome e forma jurídica e onde se encontra localizada a respectiva
sede.

r
Preencher o quadro seguinte:
--
Contas da subsidiária
Quantia
Resultado %de %de Valores
Rubricas Capitais . . _ votos f bruta
do partlctpaçao detidos detidos
próprios registada
período
- --- i
I
Descrever, por subsidiária, os seguintes dados: I II
Firma.
Forma jurídica
Sede
~- -·-~ .~ ----·-··-··-'--·· _,,~. ·- '-'' ·~·- .. - .................. ~--~-· ........-.....
·-~-
Plano Geral de Contabilidade 31

Preencher o quadro seguinte:


- I I
Contas da associada %de Quantia I
Rubricas Capitais I Resultado
próprios ~período
%de
participação
votos
detidos
Valores
detidos
bruta
registada

Descrever, por associada, os seguintes dados:


Firma
I
Form.a jurídica I i
I
sede l 1
!
·-· I
I

6.2 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas provisões


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições


--·-~-
Saldo final !
------1
I
Subsidiárias:
Partes de capital
Obrigações e outros títulos de participação
Empréstimos
I
Adiantamentos por conta I
I
Associadas: í
Partes de capital
I I
I
Obrigações e outros títulos de participação I I I
Empréstimos
I I I
I

I Adiantamentos por conta I


I . ·----+----- -··---i
--~----- -~

6.3 - Restrições existentes


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

)------ _ Penhoras e o~~r~-~ restrições _________ --1


Rubricas
Quantidade de títulos Valor líquido ~

Subsidiárias:
Partes de capital
Obrigações e outros títulos de participação
Associadas:
Partes de capital ~
Obrigações e outros títulos de participação
' - - - - - - - - - - - - - - - - - - - L - - . . . . . . . . . . . . - _ _________._______ <

6.4 - Contingências
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Nas contas das subsidiárias Parcela da responsabilidade


Rubricas
e associadas da empresa

Subsidiárias:
Contingências e compromissos de capital
Contingências rela~ionadas com passivos
Associadas:
Contingências e com'promissos de capital
Contingências relacionadas com passivos
~-- ... .-~ ... ~--- ... ~
32 Parte I ... Plano Geral de Contabilidade

7 - Outros activos financeiros


7.1 -Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas Valor bruto


---
Amortizações
acumuladas
Provisões I Valor líquido l
_J
Investimentos em outras empresas
lnvestimentos{em imóveis I

L--~
Fundos

L__
Outros investimentos financeiros
- d--
. .

7.2 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nos investimentos em imóveis


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:
--

~
1
Saldo Aumentos Reduções
Rubricas ----
inicial Aquisições Reavaliações Aquisições R~avaliações

Valor bruto
Amortizações acumuladas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) II
1
L_ . - I

7.3 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas provisões


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

1
~--------------------
1
Rubricas
I
1
- ····- ·-
Saldo inicial t- ·--·-···--
Aumentos Diminuições 1 Saldo tÍ·~~~l
i Investimentos em outras empresas ! l !
I ;
I Fundos I I
I Outros investimentos financeiros ! I I
I f-:---·----~-----1--
!
-+------- ·------!
_...L__ -- _________ __j

7.4 - Restrições existentes


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Valor líquido dos investimentos


Implantados
Rubricas Em poder Localizados
em Reversíveis Penhorados Hipotecados
de no I
propriedade (a) (b) (b)
terceiros estrangeiro
alheia
---- ...,...._.,. ...

Investimentos em imóveis
t

(a) Indicar as datas e razões da reversibilidade.


(b) Indicar os passivos com os quais se relacionam as garantias.

Penhoras e outras restrições (a)


Rubricas
Quantidade de títulos Valor líquido
-
Investimentos em outras empresas
Fundos
Outros investimentos financ'eiros

(a) Indicar os passivos com os quais se relacionam as garantias.


Plano Geral de Contabilidade 33

8 - Existências
8.1 - Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Provisões
Rubricas Valor brúto Valor líquido
acumuladas

Matérias-primàs, subsidiárias e de consumo


Prodytos e trabalhos em curso
Produtos acabados e intermédios
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
Mercadorias
Matérias-primas, mercadorias e materiais em trânsito

8.2 ~ Movimentos, ocorridos durante o exercício, das provisões


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo


Produtos e trabalhos em curso
Produtos acabados e intermédios
I

l_
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos I

Mercadorias I
Matérias-primas, mercadorias e materiais em trânsito
----.---
e------
(
. _. _.±_ d
8.3 - Restrições existentes
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Penhores para garantia


Rubricas
de passivos (valor líquido}
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Produtos e trabalhos em curso
Produtos acabados e intermédios
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
Mercadorias
Matérias-primas, mercadorias e materiais em trânsito

8.4- Informações relativas a contratos plurienais em curso


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:
t'
Valores
Rubricas
Reconhecidos em resultados Por
Totais até
Em anos reconhecer
à data No exercício Total
anteriores (b)

Custos dos contratos


Facturado a clientes
A facturar a clientes (a)
Prejuízos estimados
-
Margem acumulada dos contratos

(a) Considerados como outros activos correntes (ver nota 11) por se referir a trabalho executado que se encontra por facturar.
(b) Não foram reconhecidos em resultados por se referirem a:

PLAPGC __ 03
34 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

Preencher o quadro seguinte:


~

Custos inconidos I
Facturação
que não Facturação
em excesso
Rubricas respeitam relativa a Total
do trabalho
a trabalho adiantamentos
executado
executado

Custos dos contratos


Facturado a clientes

Produtos e Outros passivos


Contas a pagar correntes
trabalhos em curso
(Nota 19.1)
(Nota 8.1.) (Nota 21)
-

9 - Outros activos não correntes e contas a receber


9.1 - Composição

,.
I
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Não corrente
~--------~--------~---------~

Rubricas Corrente Vencível I Vencível


I 1 a mais de Total
I ____ _ 5 anos
até 5 anos---l------t---· -------~

I Valor bruto: !
I
Ii
I cr1entes - corren es
1
I
I I
Clientes - títulos a receber I
I
Clientes de cobrança duvidosa I I I
I
Fornecedores - saldos devedores I I
Estado i
I
I I
Participantes e participadas i I
Pessoal
Devedores - vendas de imobilizado
Outros devedores
( ) ( ) ( ) ( )
Provisões para cobranças duvidosas

9.2 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas provisões


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições "saldo final

Clientes - correntes
Clientes - títulos a receber
Clientes de cobrança duvidosa
Fornecedores - saldos devedores
Estado
Participantes e participadas
Pessoal
Devedores vendas de imobilizado
Outros devedores
- ~---
Plano Geral de Contabilidade 35

10 - Disponibilidades
10.1- Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1


Títulos negociáveis
Saldos em bancos
Caixá
( ) ( )
Provisões

10.2 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nas provisões


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Provisões para títulos negociáveis


Provisões para outras aplicações de tesouraria

10.3 - Restrições existentes


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas --·-+:!~~1:0~:5.p~::~vos -TI Outras restrições


(valor líquido)
(valor líquido) I
· - - - - ··-· ..... _.. ......_ -----t-- ·--~

Títulos negociáveis
Saldos em bancos
Caixa I
1 I

11 - Outros activos correntes


11.1 - Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1


Proveitos a facturar:
Contratos plurienais em curso (Nota 8.4)
~
Enumerar as restantes sub-rubricas
Encargos a repartir por exercícios futuros
Enumerar sub-rubricas
-· - --
36 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

12- Capital
12.1 - Composição e movimento no período
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Capital
Acções/quotas próprias
(
Prémios de emissão I
Prestações suplementares I

12.2- Capital
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:
,------------------------- -----------------
Aumentos Saldo final
Rubricas Saldo inicial Diminuições
(a) (b) (c) Ii
Sócios/accionistas com particapação superior a 20%
Indicar o nome ou firma I
I

J-~=-J
Outros sócios/accionistas

L_________
-··-- ~- ..•
-
- ··------ I ---·~--·-

(a) Aumentos de capital.


Indicar a forma como se realizou o capital social.
(b) Capital subscrito e ainda não realizado.
(c) Composição do capital após aumento, no caso da entidade se tratar de uma sociedade anónima.

Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:


.---------- ------------
Rubricas ___--+l_--s=a-1~-o-i~~~ialj Aumentos II Diminuições I s~Ído ---~
final ~.·
I Capital subscrito e não realizado l I
I
!
i
L _______ ----
Indicar:
o número de acções em que se divide o capital social.
valor nominal de cada acção.
categoria das acções, indicando, relativamente a dividendos ou reembolsos, para cada tipo de categoria:
Direitos
Preferências
Restrições

12.3 - Prestações suplementares


Indicar:
Forma de constituição
Restrições de utilização
Plano Geral ele Contabilidade 37

13- Reservas
13.1 - Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final I


-
Reserva legal (a)
Reservas de reavaliação (b) I
Reservas com fins especiais (c) I
Reservas livres !I
(a) Reservas legais:
A reserva legal foi constituída ao abrigo do artigo 192. o do Código Comercial e só pode ser usada para aumentar o capital ou cobrir
prejuízos depois de todas as restantes reservas se terem esgotado.
Indicar a natureza, objectivos -e restrições de distribuição relativas a outras reservas legais.

(b) Reservas de reavaliação:


As reservas de reavaliação foram criadas da seguinte forma:
Ao abrigo das disposições legais em vigor e só podem ser usadas para aumentar o capital ou cobrir prejuízos acumulados até à
data a que se reporta a avaliação; ejou
Mediante avaliação por perito independente e só podem ser usadas para aumentar o capital ou cobrir prejuízos acumulados desde
que se encontrem realizadas ou pela venda dos bens revalorizados pela sua completa amortização.

(c} Reservas com fins especiais:


Indicar a natureza, objectivos e restrições de distribuição para cada um dos tipos de reservas.

14 - Resultados transitados
14.1 - Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

~-s~a-l_d-o~-~n~ic~~~I:==----=====R=u~b-~-~~-~-~=======------====--------~f-S-~-Id_o_i~~;-Au~~~-[~minui~;--iaw~~nali
:

1
1 Movimentos no período:
Transferência dos resultados do exercício anterior
Aplicação de resultados (a)
Erros fundamentais (b)
Alterações de políticas contabilísticas (b)
Efeito de impostos dos erros fundamentais e das alterações
de políticas contabilísticas (b)
Outros movimentos
Discriminar
L----------------------------------------------L-----·------~----------~------~~~----------~

(a} Aplicação de resultados;


(b} Efeito, líquido de impostos, dos erros fundamentais e das alterações de políticas contabilísticas.

Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1


-- --
Reserva legal
Reservas com fins especiais
Reservas livres
Dividendos/lucros distribuídos
38 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:


- "

Efeito nos comparativos


Rubricas
Ano anterior Outros anos Total
--
Erros fundamentais
Indicar a natureza de cada movimento
Alterações de políticas contabilísticas
Indicar a natvreza das políticas alteradas
Impostos sobre os lucros (Nota 35) ( ) ( ) ( )

15- Empréstimos correntes e não correntes


15.1 - Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Não corrente

Rubricas Corrente Vencível


Vencível
a mais de Total
até 5 anos
I 5 anos
- I
!
Empréstimos bancários
Empréstimos por obrigações I
Empréstimos por títulos de participação I
I
d
I
Outros empréstimos I I -'~v-~· ~~---'. --~-
I

15.2 - Movimentos ocorridos durante o exercício


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:
r· ~----~- -·~-- ~-- . • ~~ .• -·L-

Rubricas ---S-aldo inicial I Aumentos Diminuições Saldo final


Empréstimos bancários
Empréstimos por obrigações
Empréstimos por títulos de participação
Outros empréstimos

15.3 -Condições de financiamento


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Moeda Valor da moeda


Rubricas Taxa de juro
estrangeira local
Empréstimos bancários
Efectuar subdivisões por tipo de moeda estrangeira, se aplicável
Empréstimos por obrigações
Efectuar subdivisões por tipo de moeda estrangeira, se aplicável
Empréstimos por títulos de participação
Efectuar subdivisões por tipo de moeda estrangeira, se aplicável
Outros empréstimos
Efectuar subdivisões por tipo de moeda estrangeira, se aplicável

L,
Plano Geral de Contabilidade 39

15.4- Activos afectos à garantia dos empréstimos


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1

I Discriminar

16- Impostos diferidos


Fica temporariamente suspensa a obrigatoriedade de elaborar a presente nota até que a matéria relativa
a impostos diferidos venha a ser regulamentada.

17- Provisões para pensões


17.1 - Movimentos, ocorridos durante o exercício, nestas provisões
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas I Saldo inicial Aumentos .I Diminuições ! Saldo final I


Provisões para pensões
I! I
I
I
I
I
J

17.2 -Activos afectos a estas provisões


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

~iscriminar
Rubricas

18 - Provisões para outros riscos e encargos


18.1 -Movimentos, ocorridos durante o exercício, nestas provisões
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final


--
Provisões para processos judiciais em curso
Provisões para acidentes de trabalho
F
Provisões para garantias dadas a clientes
Provisões para outros riscos e encargos
Descrever a natureza
-
40 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

19 -Outros activos não correntes e contas a pagar


19.1- Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Não corrente
Rubricas Corrente Vencível Vencível a mais
Total
até 5 anos de 5 anos
Fornecedore~ - correntes
Fornecedores - títulos a pagar
Clientes - saldos credores
Adiantamentos de clientes
Outros
Estado (a)
Participantes e participadas
Pessoal
Credores - Compras de imobilizado
Outros credores

(a) Esta rubrica tem a seguinlte composição:

Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx--1


Impostos sobre os lucros
Adiantamentos
Retenções na fonte
Encargo do ano
Imposto de produção e consumo
Imposto de rendimento de trabalho
I

Imposto de circulação
Outros impostos
-------+-----·--·-----------------1
19.2 -Activos afectos a garantia destes passivos
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

I Discriminar
Rubricas
E-2xxx -----t----2xxx-------------l1 I

20 - Empréstimos de curto prazo


20.1 - Composição e movimentos no período
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final

Empréstimos bancários
Empréstimos por obrigações
Empréstimos por título de participação
Outros empréstimos
------- _L------ -.-~ -~---~~--~-
Plano Geral de Contabilidade 41

20.2 - Condições de financiamento


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Moeda Valor da moeda


Rubricas Taxa de juro
estrangeira local
Empréstimos bancários
Efectuar subdivisões por tipo de moeda estrangeira, se aplicável
Empréstimos por obrigações i
Efectuar subdivisões por tipo de moeda estrangeira, se aplicável
Empréstimos por título de participação
Efectuar subdivisões por tipo de moeda estrangeira, se aplicável
Outros empréstimos
Efectuar subdivisões por tipo de moeda estrangeira, se aplicável
. ...

20.3 -Activos afectos a garantia dos empréstimos


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Discriminar
Rubricas

. . .1~----- _2xxx______.-+---1
__ 2xxx--1 -~
21 - Outros passivos correntes
21.1 -Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas
- ,----
I 2xxx
··~··

2xxx-1
~I
I
Encargos a pagar
Enumerar as sub-rubricas I
Proveitos a repartir por exercícios futuros
Facturação de obras de carácter plurienal (Nota 8.4)
Enumerar as restantes sub-rubricas
Diferenças de câmbio favoráveis diferidas

NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

22- Vendas
22.1- Composição das vendas por mercados
Efectuar o preenchiment9 do quadro seguinte:

Mercado interno
Vendas
Rubricas 2xxx 2xxx-1
=l
Subsídios a preços
Mercado externo
---~

........._
__ ---·
42 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

22.2 - Composição das vendas por actividades


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1

Resumir as vendas por tipo de actividade


--

23 - Prestações de serviços
23.1 - Composição das prestações de serviço por mercados
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1

Mercado interno
Mercado externo

23.2- Composição das prestações de serviço por actividades


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Serviços principais
Rubricas

Enumerar por tipo de actividade


---+-
j
I
2xxx 2xxx-1

Serviços secundários
Enumerar por tipo de actividade I
L---------------------------------------~1______________________ - J_ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ j

24 - Outros proveitos operacionais


24.1- Composição
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1


Serviços suplementares
Royalties
Subsídios à exploração (a)
Subsídios a investimentos (b)
Outros proveitos e ganhos operacionais ~

(a) Subsídios à exploração:


Indicar:
Natureza do subsídio.
Condições não satisfeitas.
Contigências decorrentes de condições não satisfeitas.

(b) Subsídios a investimentos


Indicar:
Natureza do subsídio.
Condições não satisfeitas.
Contigências decorrentes de condições não satisfeitas.
Plano Geral de Contabilidade 43

25- Variações nos produtos acabados e em vias de fabrico


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Ofertas e
Existências Existências Variação
Rubricas perdas
iniciais finais no ano
ou ganhos

Produtos e trabalhos em curso


Prodütos acabados e intermédios
Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

26 - Trabalhos para a própria empresa


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1

Trabalhos para imobilizado


Corpóreo
Incorpóreo I
Investimentos financeiros I
I
I

Trabalhos para existências


Trabalhos para encargos a repartir por exercícios futuros I
t ...
_j
··I

27 -Custos das existências vendidas e das matérias-·primas e subsidiárias consumidas


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:
I ! I Ofertas I I
I Existências I Existências I Custo
Rubricas
iniciais
1 Compras I e perdas
finais no ano I
ou ganhos I
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
Mercadorias

28 - Custos com o pessoal


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1


----·
Remunerações dos corpos sociais
...
Pensões
Prémios para pensões
Outras remunerações I
-- - ·
Número de empregados ao serviço da empresa Indicar Indicar
44 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

29 - Amortizações
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1

Imobilizações corpóreas (Nota 4)


Imobilizações incorpóreas (Nota 5)
-- --·

30 - Outros custos e perdas operacionais


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1


- - - c------··
Subcontratas
Fornecimentos e serviços de terceiros
Despesas de investigação
Despesas de desenvolvimento
Conservação e reparação
Royalties
Outras
Impostos
Despesas confidenciais
Quotizações
Ofertas e amostras de existências
Custos e perdas operacionais I
i

~ -- I
~-------------------,

------.....,--~---------· ---·
Plano Geral de Contabilidade 45

31 - Resultados financeiros
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

I Juros
Rubricas
Proveitos e ganhos financeiros
I
2xxx 2xxx-1

Investimentos financeiros
Outros
Rendimentos de investimentos em imóveis
Investimentos financeiros
Outros I
Rendimentos de participações de capital
Investimentos financeiros
Outros
Ganhos na alienação de participações financeiras
Investimentos financeiros
Outros
Reposição de provisões (a)
Investimentos em filiais e associadas (Nota 6)
Outros activos financeiros (Nota 7)
Disponibilidades (Nota 1O)
Diferenças de câmbio favoráveis
Realizadas
Não realizadas
Descontos de pronto pagamento obtidos
I
Outros
Custos e perdas financeiros
Juros
Amortizações de investimentos em imóveis
Provisões para aplicações financeiras I
Investimentos em filiais e associadas (Nota 6)
Outros activos financeiros (Nota 7)
Disponibilidades (Nota 10)
I Perdas na alienação de aplicações financeiras
Investimentos financeiros
Outros
Diferenças de câmbio desfavoráveis
Realizadas
Não realizadas
Descontos de pronto pagamento concedidos
Outros
·--

32 - Resultados de filiais e associadas


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2:xxx:-1


Subsidiárias
Dividendos
Lucros
Associadas
Dividendos
Lucros
46 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

33 - Resultados não operacionais


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1


Proveitos e ganhos não operacionais
Reposição de provisões
Existências (Nota 8)
Cobr~nças duvidosas (Nota 9)
Outros riscos e encargos (Nota 18)
Anulação de amortizações extraordinárias
Ganhos em imobilizações
Ganhos em existências
Recuperação de dívidas
Benefícios de penalidades contratuais
Descontinuidade de operações
Alterações de políticas contabilísticas
Correcções relativas a exercícios anteriores
Outros proveitos e ganhos não operacionais
Custos e perdas não operacionais
Provisões
Existências (Nota 8)
Cobranças duvidosas (Nota 9)
Outros riscos e encargos (Nota 18)
Amortizações extraordinárias I
Perdas em imobilizações
Perdas em existências I
I Dívidas incobráveis

I
Multas e penalidades contratuais
Descontinuidade de operações
I
I

~~'-
Alterações de políticas contabilísticas
I Correcções relativas a exercícios anteriores
Outros custos e perdas não operacionais
I -----
------'------········-·· ····-·- .. - - - - - - - - - - '

34 - Resultados extraordinários
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas
Proveitos e ganhos extraordinários
Catástrofes naturais
Convulsões políticas
Expropriações
--~--~--~- .
2xxx

-i 2xxx-1
. . ,l
I
I

Sinistros
Subsídios (a)
Anulação de passivos não exigíveis I
Custos e perdas extraordinários
Catástrofes naturais I
Convulsões políticas I
Expropriações
Sinistros l
I

~
Outros

(a) Estes subsídios referem-se a:


Descrever a natureza do subsídio.
Plano Geral de Contabilidade 47

35 - Imposto sobre o rendimento


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1


Resultado contabilístico
Correcções para efeitos fiscais:
A somar: Variações patrimoniais positivas
Custos e perdas não aceites para efeitos fiscais
Discriminar
A deduzir: Variações patrimoniais negativas
Proveitos e ganhos não tributáveis
Discriminar
Prejuízos fiscais de anos anteriores
Lucros levados a reservas e reinvestidos I
Lucro tributável (prejuízo fiscal)
Taxa nominal de imposto Indicar Indicar
Imposto sobre os lucros (a)
Taxa efectiva de imposto Indicar Indicar
-
(a) Estes impostos decompõem-se da seguinte forma:

I
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas
Imposto sobre erros fundamentais e sobre as é;"! Iterações das
_.\. _____2_xxx

políticas contabilísticas reconhecido em resultados transitados


I
J
______ ---+--- 2xxx-1 _____ ,
I

i
(Nota 14)
Imposto sobre os resultados correntes
Imposto sobre os resultados extraordinários I
~---------- --j
I
L-----------------------------------~--------------------~----------------l

I OUTRAS NOTAS RELACIONADAS COM A POSIÇÃO FINANCEIRA E OS RESULTADOS DAS OPERAÇÕES

I
r
t
36 - Responsabilidades assumidas e não reflectidas no balanço
Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:

Rubricas 2xxx 2xxx-1


..._..-~~

Garantias
~

Avales
Letras descontadas
Outras
Discriminar o tipo de garantias prestadas

3 7 - Contingências
Indicar:
A natureza das contingências.
Os factores incertos que possam afectar o desfecho futuro.
Estimativa do efeito financeiro ou uma declaração de que tal estimativa não pode ser feita.
48 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

38 - Acontecimentos ocorridos após a data de balanço


Indicar:
A natureza dos eventos.
Estimativa do efeito financeiro ou uma declaração de que tal estimativa não pode ser feita.

39 - Auxílio do Governo e outras entidades


Indicar:
Natureza do auxílio de que a empresa tenha beneficiado directamente.

40 - Transacções com entidades relacionadas


Indicar:
Relacionamentos em que exista controlo, independentemente de ter havido ou não transacções.
Se tiver havido transacções:
Natureza do relacionamento existente.
Tipos de transacções realizadas.
Políticas de determinação dos preços.
Quantia das transacções realizadas.

41 - Informações exigidas por diplomas legais


Indicar informações exigidas por diplomas legais.

42 - Outras informações
Indicar outras informações consideradas necessárias para cumprir com as características qualitativas de
relevância e fiabilidade que a informação financeira deve ter.

NOTAS À DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

43 -: Pblíticas adoptadas
Indicar:
A política adoptada na determinação dos componentes de caixa e seus equivalentes.

44 -Alterações nas políticas


Indicar se as políticas adoptadas para a determinação dos componentes de caixa e seus eq\:livalentes
foram alteradas em relação às que haviam sido seguidas em relação ao exercício precedente. No caso de
terem sido alteradas, indicar:
Razões que determinaram a alteração.
Nat~::~reza
das alterações que deveriam ser efectuadas nos componentes do período precedente para que
os fluxos fossem comparáveis.
Plano Geral de Contabilidade 49

45 - Alienação de filiais e associadas


Preencher, para cada filial ou associada alienada, um quadro do tipo seguinte:
- --
Indicar o nome da filial ou associada

Discriminar o justo valor dos activos (incluindo caixa e equivalentes de caixa) alienados
Discriminar o justo valor dos passivos alienados
Total do preço de venda
Caixa e equivalentes de caixa cedidos ( )
Fluxo de caixa da venda líquida de caixa e equivalentes de caixa cedidos
~
46 - Aquisição de filiais e associadas
Preencher, para cada filial ou associada adquirida, um quadro do tipo seguinte:

Indicar o nome da filial ou associada

Discriminar o justo valor dos activos (incluindo caixa e equivalentes de caixa) adquiridos
Discriminar o justo valor dos passivos adquiridos
Total do preço de compra
Caixa e equivalentes de caixa adquiridos ( )
Fluxo de caixa da aquisição, líquida da caixa e equivalentes de caixa adquiridos ~~-~
---··----
---- --·---- --~-- .... --··-- ------

47 - Caixa e equivalentes de caixa


Efectuar o preenchimento do quadro seguinte:
.. -----
- ··~-~
Rubricas I
I 2xxx -- _____ I
____)_

I
2xxx-~~
Caixa I I
I
Numerário
I
I I
I
Saldos em bancos, imediatamente imobilizáveis
Equivalentes de caixa
I I

Discriminar !
Caixa e equivalentes de caixa (excluindo diferenças de câmbio)
Diferenças de câmbio de caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa (actualizados cambialmente)
Outras disponibilidades
Discriminar
Disponibilidades constantes do Balanço

48 - Operações não efectuadas por caixa e seus equivalentes


Divulgar, no mínimo, informações relativas a:
Compra de uma empresa por meio de emissão de acções.
Conversão de dívidas em capital.

49 - Outras informações necessárias à compreensão da demonstração dos fluxos de caixa


Divulgar, no mínimo, informações relativas a:
Montantes de créditos bancários concedidos e não utilizados para entidade e que possam ser utilizados para:
Futuras actividades operacionais.
Satisfazer compromissos financeiros.
Restrições na utilização dos créditos bancários acima referidos.

PLAPGC_04
50 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

. ·_;_, .... ·.·--'

-•c::: ~t:---~-~llGntíiJIIlsticas
:._--· '~-

1 - Definição e objectivos A relevância influencia as decisões económicas


dos utentes ao ajudá-los a avaliar os acontecimen-
Políticas contabilísticas são os princípios, bases,
tos passados, presentes ou futuros ou confirmar,
convenções, regras e práticas adoptadas por uma
ou corrigir as suas avaliações passadas.
entidade na preparação e apresentação das
Demonstrações financeiras. 2. Fiabilidade
As políticas contabilísticas definidas neste plano A informação é fiável na medida em que não en-
têm como objectivo garantir que as demonstrações ferme de erros materiais e de preconceitos, de-
financeiras foram preparadas em obediência a vendo para tal:
bases que melhor se adequam às necessidades Representar fidedignamente os resultados e a
dos utentes. posição financeira da entidade;
Reflectir a substância económica das operações
2 - Aplicação e outros acontecimentos e não meramente a sua
A escolha das políticas a adoptar fica a cargo da forma legal;
Gerência da entidade e deverá ser orientada no Ser neutra, isto é, não influenciar uma tomada de
sentido de não pôr em causa as características decisão ou o exercício de um juízo a fim de atingir
qualitativas que se pretende que as demonstra- um resultado ou efeito predeterminado;
ções financeiras tenham.
Ser prudente, isto é, resultar do uso de um deter-
Os casos omissos deverão ser tratados pela minado grau de precaução no exercício dos juízos
Gerência com base em julgamento próprio, devendo necessários para fazer estimativas requeridas
a escolha de urna política contabilística ser orien- em condições de incerteza e os activos e provei-
tada no sentido de fornecer a informação mais útil tos não serem sobreavaliados e os passivos e
aos utilizadores das demonstrações financeiras. Ao custos não serem subavaliados;
exercer tal julgamento a Gerência deve considerar: Ser completa em todos os aspectos materiais.
a) a forma como neste plano são tratados os Para o efeito, entende-se por materialidade o
assuntos similares e correlacionados; montante a partir do qual uma omissão ou ine-
b) os critérios estabelecidos neste plano para xactidão de uma informação quantitativa influen-
definir, reconhecer e medir activos, passivos, cia as decisões económicas dos utentes toma-
ganhos e perdas; das na base das demonstrações financeiras.

c) as práticas geralmente usadas por outras enti-


dades, na medida em que estas respeitem o 4 - Bases de apresentação das
referido em a) e b). demonstrações financeiras
A escolha ou o uso de uma política contabilística 1. Continuidade
inadequada não pode considerar-se adequada, As Demonstrações financeiras devem ser prepa-
ainda que se encontre apropriadamente divulgada radas na base da continuidade, a menos que a
nas Notas às contas. gerência tenha intenções de liquidar a ~ntidade ou
cessar a sua actividade ou não tenha outra alterna-
3 - Características qualitativas da tiva realista que não seja fazê-lo.
informação financeira Caso existam incertezas quanto à continuidade
As .características qualitativas· são os atributos da entidade ou das suas operações, tal facto deve
que tornam a informação, prestada pelas demons- ser divulgado nas Demonstrações financeiras com
trações financeiras, útil aos utentes. indicação das razões que estão na origem das
incertezas.
1. Relevância
Caso exista intenção ou necessidade de liquidar a
A informação é relevante quando se torna neces- entidade ou de cessar as suas operações, as
sária para a tomada de decisões por parte dos Demonstrações Financeiras não devem ser prepara-
utentes. das na base da continuidade, devendo ser divulgado
Polfticas Contabilfsticas 51

tal facto, a base usada e as razões pelas quais a 3. Não compensação de saldos
entidade não se considera em continuidade. Não devem ser efectuadas compensações de sal-
dos entre activos e passivos.
2. Acréscimo
A apresentação de rubricas no Balanço pelo seu
Excepto quanto à demonstração de fluxos de
valor líquido de amortizações e provisões não é
caixa, as demonstrações financeiras devem ser pre-
considerada uma compensação de saldos.
paradas na base do acréscimo. Sob este regime, os
efeitos das operações e outros acontecimentos são Podem ser efectuadas compensações de saldos
reconhecidos quando ocorrem (independentemente entre itens de custos e proveitos apenas se os ga-
da data em que ocorra o respectivo recebimento nhos, perdas e despesas relacionadas resultantes
ou pagamento), sendo registadas e relatadas no de uma mesma operação ou de uma operação simi-
lar não for material ou ainda nos seguintes casos:
período a que se referem.
Ganhos e perdas na venda de activos não corren-
Desta forma as Demonstrações financeiras infor-
tes, os qu_?is são relata_dos pela diferença entre o
mam os utentes não somente das operações pas--
proveito da venda e o valor contabilístico do ac-
sadas envolvendo o pagamento e o recebimento de
tivo e respectivas despesas de venda.
dinheiro, mas também das obrigações a pagar no
futuro e de recursos que representam dinheiro a Despesas recuperadas através de um contrato
receber no futuro. com uma terceira entidade (ex: subarrenda-
mento), as quais são relatadas pelo valor líquido
A base do acréscimo pressupõe ainda a utilização dos proveitos obtidos.
do conceito de balanceamento entre custos e pro-
veitos. De acordo com este conceito as despesas 4. Comparabilidade
são reconhecidas na demonstração de resultados De forma que a informação possa ser útil aos
na base do relacionamento directo entre os custos utentes, estes deverão ficar habilitados a:
incorridos e os ganhos que lhe estão associados.
a) efectuar análises comparativas para identificar
Contudo, este conceito não permite o reconheci-
tendências na posição financeira da entidade
mento de itens no Balanço que não satisfaçam os
e no resultado das suas operações:
critérios de definição de activos e passivos.
Por esta razão, para todos os valores contidos
nas Demonstrações financeiras, devem ser
5 - Princípios contabilísticos apresentados os correspondentes valores
1. Consistência comparativos do período precedente.
A apresentação e classificação de itens nas Informação qualitativa do período precedente

li demonstrações financeiras devem ser mantidas de


um período para outro, a menos que:
Uma alteração significativa nas operações da
deve igualmente ser divulgada sempre que for
considerada relevante para a compreensão das
Demonstrações financeiras do período corrente.
r Quando a apresentação ou classificação de
entidade ou uma revisão da apresentação das
Jt demonstrações financeiras demonstre que uma
um item nas demonstrações financeiras forem

I alteração irá resultar numa mais adequada apre-


sentação dos acontecimentos e transacções.
alteradas, deverão ser divulgadas a razão para
a alteração e a natureza das alterações que

I
deveriam ser efectuadas na informaçã'o do
A alteração seja imposta pela entrada em vigor período precedente para qu~ as informações
de n?vas políticas contabilísticas. fossem comparáveis.
I
2. Materialidade b) efectuar comparações entre entidades:
A informação é considerada material se a sua Por esta razão devem ser divulgadas as políti-
. omissão puder influenciar a decisão económica dos cas contabilísticas usadas na preparação das
utentes baseada nas dem6nstrações financeiras. A demonstrações financeiras.
materialidade depende do tamanho e da natureza
de cada item a~aliados nas circunstâncias particu- 6 - Critérios para reconhecimento das

I
I
lares da sua omissão.
Uma divulgação, mesmo que prevista neste
plano, não necessita de ser efectuada se a informa-
classes das demonstrações financeiras
1. Critério geral
Reconhecimento é o processo de incorporar no Ba-
ção daí resultante for imaterial. lanço e na Demonstração de resultados um elemento

.
I
52 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

que satisfaça a definição de uma classe e as condi- existência de registos que demonstrern que a
ções para o seu reconhecimento. regra geral é a devolução por parte dos clientes.
Um elemento que satisfaça a definição de uma
2.2. Imobilizações incorpóreas
classe deve ser reconhecido se forem satisfeitas
Trespasse:
as seguintes condições:
Só devem ser reconhecidos como trespasses os
For provável que qualquer benefício económico fu-
encargos que representem um pagamento feito em
turo, associadocom o elemento, flua para ou da
antecipação de benefícios económicos futuros e
empresa;
que surjam de uma aquisição que:
Seu custo ou valor poder ser quantificado com
Constitua uma actividade comercial e, simultane-
fiabilidade.
amente,
A inter-relação entre as classes significa que um
Resulte na continuação de uma actividade ante-
elemento que satisfaça a definição e critérios para o
riormente exercida.
reconhecimento de uma dada classe automatica-
mente requer o reconhecimento de uma outra classe. Despesas de investigação e desenvolvimento:
Só devem ser reconhecidas como activo as Des-
2. Critérios para reconhecimento de activos pesas de Desenvolvimento que satisfaçam todos
Um activo deve ser reconhecido no Balanço quando: os critérios seguintes:
For provável que os benefícios económicos futu- O produto ou processo esteja claramente definido
ros fluam para a entidade. e os custos atribuíveis ao produto ou processo
O activo tenha um custo ou um valor que possa possam ser demonstrados.
ser quantificado com fiabilidade. A exequibilidade técnica do produto ou processo
A determinação de existência de benefícios eco- possa ser demonstrada.
nómicos futuros deve ser feita atendendo ao grau A empresa pretenda produzir, comercializar ou
de certeza dos benefícios, na base da evidência usar o produto ou processo.
disponível no momento do reconhecimento inicial Exista um mercado para o produto ou processo
do activo. ou, se for para ser usado internamente e não
A existência de suficiente certeza de que os bene- para ser vendido, a sua utilidade para a empresa
fícios fluirão para a entidade necessita a segurança puder ser demonstrada.
de que esta: Existam recursos adequados ou a sua disponibili-
Receberá as recompensas ligadas ao activo e dade possa ser demonstrada para completar o pro-
Assumirá os riscos inerentes. jecto e comercializar ou usar o produto ou processo.
Um dispêndio que tenha sido incorrido e não As despesas de desenvolvimento que não satis-
possa ser reconhecido como um activo, por ser façam todas as condições acima referidas, bem
improvável que dele fluam benefícios económicos como as Despesas de Investigação devem ser
futuros, deve ser reconhecido como um custo na reconhecidas como um custo no período em que
demonstração de resultados. ocorrem.

2.1. Imobilizações corpóreas 2.3. Investimentos financeiros


São reconhecidos como imobilizações corpóreas, Devem ser reconhecidos como investimentos
os bens que: financeiros os activos que:
Satisfaçam as condições gerais para o seu reco- Satisfaçam as condições para o seu reconheCi-
nhecimento como activos. mento como activos.
Se destinem a ficar na posse ou a serem controla- Tenham uma natureza de realizável a médio e
dos pela entidade por um período superior a um ano. longo prazos.
r
Não se destinem a ser vendidos no decurso nor- Sejam detidos por um período superior a um ano. t
mal das actividades da entidade.
No caso de taras e vasilhame que não se desti-
Tenham como objectivo aumentar a riqueza atra-
vés de uma das seguintes formas: I
nem a uso interno da empresa, o seu reconheci- Distribuição, mediante o recebimento de juros,
mento como um activo fica ainda condicionado à royalties, dividendos e rendas.
Ii
L
~
Políticas Contabilfsticas 53

Valorização de capital ou outros benefícios, tais propriedade) nem o controlo efectivo dos bens
como os resultantes de transacções comerciais. vendidos.
Os custos incorridos ou a incorrer referentes à
2.4. Existências
transacção possam ser fiavelmente medidos.
Devem ser reconhecidos como existências, os
bens que: 4.2. Prestações de serviços
Respeitem as condições gerais para o reconheci- O rédito proveniente da prestação de serviços
mento como activos.
(
deve ser reconhecido quando estiverem satisfeitas
Satisfaçam uma ou mais das seguintes condições: todas as seguintes condições:
Sejam detidos para venda no decurso normal da Condições gerais para o seu reconhecimento
actividade operacional da empresa. como proveito.
Resultem do processo de produção da empresa e A fase de acabamento da transacção à data de
se destinem à venda. balanço possa ser fiavelmente medida.
Se destinem a ser consumidos no processo de Os custos ocorridos ou a ocorrer referentes à
produção ou na prestação de serviços e que transacção possam ser fiavelmente medidos.
revistam a forma de matérias ou materiais de
consumo. 4.3. Royalties
O rédito proveniente de royalties deve ser reco-
3. Critério para reconhecimento de passivos nhecido quando estiverem satisfeitas as condições
Um passivo deve ser reconhecido no Balanço gerais para o reconhecimento de réditos.
quando: O reconhecimento deve ser feito na base da
For provável que da liquidação de uma obrigação especialização dos exercícios de acordo com a
presente resulte um exfluxo de recursos incorpo- substância do contrato existente.
rando benefícios económicos; e
4.4. Subsídios
A quantia pela qual a liquidação tenha lugar possa
ser quantificada com fiabilidade. Os subsídios só devem ser reconhecidos após
existir segurança de que:
4. Critério para reconhecimento de proveitos A empresa cumprirá as condições a ela associadas
Os proveitos devem ser reconhecidos na Demons- e
tração de resultados quando:
Os subsídios serão efectivamente recebidos.

'
I
II ;~
Tenha surgido um aumento de benefícios económi-
cos futuros relacionados com o aumento de um
activo ou com uma diminuição de um passivo; e
Estes possam ser quantificados com fiabilidade.
Contudo, o recebimento do subsídio, por si só,
não prova que, de facto, as condições do subsí-
dio foram ou irão ser cumpridas.

I Face ao critério da prudência, os proveitos só


O rédito proveniente de subsídios deve ser reconhe-

I devem ser reconhecidos quando satisfizerem


uma condição adicional: tenham um grau sufici-
cido durante os períodos necessários para os balan-
cear com os custos relacionados que se pretende
que eles compensem, numa base sistemática ..

I ente de certeza.

4.1. Vendas
Por esta razão, o rédito proveniente
f
de· subsídios
deve ser reconhecido pela sua totalidade,· no e)(ercí-

I O rédito proveniente da venda de bens deve ser


reconhecido quando estiverem satisfeitas todas as
cio em que se torne recebível no caso dos subsídios:
Se destinarem a investimentos em activos não

I seguintes condições:
Condições gerais para· o seu reconhecimento
amortizáveis.
Revestirem a forma de uma doação de um activo
como proveito. não amortizável.
Tenham sido Jransferidos para o comprador os Se destinarem a compensar custos ou perdas
riscos e recompensas significativos da proprie- incorridos em períodos contabilísticos anteriores.
dade dos bens. Se destinarem a dar imediato apoio financeiro à
Não haja retenção, envolvimento gerencial conti- empresa sem quaisquer custos actuais ou futu-
nuado (com um grau geralmente associado com a ros relacionados.
54 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

4.5. Erros e alterações de políticas contabilísticas 4.6.Juros


Erros: O rédito proveniente de juros deve ser reconhe-
A correcção de erros na preparação de Demons- cido quando estiverem satisfeitas condições gerais
trações financeiras de um ou mais períodos anterio- para o reconhecimento de réditos.
res que sejam descobertos no período corrente O reconhecimento deve ser feito numa base de
deve ser reconhecida nos resultados líquidos do proporcionalidade de tempo que tome em conside-
período corrente, excepto se reunirem as caracte- ração o rendimento efectivo do activo.
rísticas para(serem considerados erros fundamen-
tais. A correcção de erros fundamentais deverá ser 4. 7. Diferenças de câmbio favoráveis
reconhecida nos resultados transitados de exercí- Os critérios a usar para o reconhecimento de dife-
cios anteriores. renças de câmbio favoráveis são, com as necessá-
rias adaptações, os mesmos que se encontram
Alterações de estimativas contabilísticas:
definidos para o reconhecimento das diferenças de
Porque o processo de estimativa envolve juízos câmbio desfavoráveis, excepto no que se refere à
fundamentais baseados na última informação dis-
situação a seguir indicada, por ser enquadrável no
ponível, esta tem de ser revista se ocorrerem alte- âmbito de ganhos potenciais os quais não devem
rações respeitantes às circunstâncias nas quais a ser reconhecidos.
estimativa se baseou, ou em resultado de novas
informações, de mais experiência ou de desenvolvi- As diferenças de câmbio favoráveis não realiza-
mentos subsequentes. Dada a sua natureza, a revi- das devem ser diferidas:
são de uma estimativa contabilística não reúne as Se forem originárias da conversão de dívidas a
condições para que possa ser considerada, nem médio e longo prazos.
como um erro fundamental, nem como uma rubrica Se houver expectativas razoáveis de que o ganho
extraordinária. é reversível.
Por esta razão, os efeitos das alterações das
estimativas contabilísticas são reconhecidos na
5. Critério para reconhecimento de custos
Demonstração de resultados do período corrente, Os custos devem ser reconhecidos na demons-
na mesma rubrica usada anteriormente para reco- tração de resultados quando:
nhecer a própria estimativa. Tenha surgido uma diminuição dos benefícios eco-
nómicos futuros relacionados com uma diminuição
Alterações de políticas contabilísticas:
num activo ou com um aumento do passivo e
Face aos princípios contabilísticos da consistên-
cia e da comparabilidade dos saldos, as alterações Estes possam ser quantificados com fiabilidade.
de políticas contabilísticas só devem ser efectua- Quando se espera que surjam benefícios econó-
das nos seguintes casos: micos durante alguns períodos contabilísticos e o
proveito ou ganho associado só possa ser deter-
Se for exigida por pisposições contabilísticas emi-
minado de uma forma geral ou indirectamente, o
tidas por órgão competente para o efeito.
critério de balanceamento determina que os cus-
Se a alteração resultar numa apresentação mais
tos sejam reconhecidos na base de procedimen-
apropriada de acontecimentos ou transacções
tos sistemáticos e racionais de imputação.
nas demonstrações financeiras da entidade.
Um custo é imediatamente reconhecido, quando a
Como regra geral, uma alteração numa política despesa não produza benefícios económicos
contabilística deve ser aplicada retrospectivamente, futuros. ou estes não se qualifiquem ou deixem
isto é, a nova política é aplicada aos acontecimentos de qualificar-se para reconhecimento no balanço
e transacções em causa como se tivesse estado como um activo.
sempr<? em uso. Os efeitos desta alteração devem
ser reconhecidos nos resultados transitados. 5.1. Despesas de investigação e desenvolvimento
Caso a quantia do ajustamento a efectuar em A prática demonstra que a generalidade dos cus-
Resultados transitados não puder ser razoavel- tos de pesquisa e desenvolvimento não satisfazem,
mente estimada, admite-se excepcionalmente que na generalidade dos casos, os critérios gerais para
tal ajustamento seja registado nos Resultados do
exercício, devendo ser feita a divulgação apropriada
o seu reconhecimento como activos. Assim, por
norma, devem ser adoptados os critérios específi- I
l
!'
cos seguintes:

IL_
nas Notas às contas.
Políticas Contabilísticas 55

Despesas de investigação devem ser reconheci- Como reservas especiais a serem reconhecidas
das como um custo no período em que ocorrem. nos resultados apenas no período em que o
Despesas de desenvolvimento devem ser reco- investimento financeiro na empresa estrangeira
nhecidas como um custo no período em que ocor- seja vendido, se resultarem de activos ou passi-
rem, a menos que satisfaçam todas as condições vos monetários:
definidas para poderem ser reconhecidas como Recebíveis ou pagáveis de/a empresas estran-
activos. geiras nas quais a entidade tenha um investi-
mento financeiro.
5.2. ·Érros e alterações de políticas contabilísticas
Que não se refiram a operações comerciais.
Os erros e alterações de políticas contabilísticas,
Como alteração ao valor de registo inicial dos
que tenham natureza credora, devem ser reconheci-
activos imobilizados qualificáveis, se:
dos, com as necessárias adaptações, nos termos
Resultarem de passivos monetários originados
definidos para o reconhecimento dos de natureza
pela ~quisição de tais activos;
devedora.
A aquisição dos activos tenha sido recente; e
5.3. Custos de empréstimos obtidos Se em resultado de tal alteração o custo ajus-
Como regra geral, os custos dos empréstimos tado do activo não exceder o mais baixo de:
obtidos devem ser reconhecidos como um custo no Custo de reposição.
período em que ocorrem. Quantia recuperável pela venda (valor realizável).
Alternativamente, os custos com empréstimos Valor de uso do activo.
obtidos podem ser reconhecidos como activos No caso especial dos passivos monetários se
(através de acréscimo ao custo do activo qualificá- referirem a empréstimos para aquisição, constru-
vel relacionado) desde que, cumulativamente, se ção ou produção de um activo, a regra alternativa
verifiquem as seguintes condições: para o reconhecimento das diferenças de câmbio
Estejam a ser incorridos. provenientes das situações atrás referidas é o
acréscimo ao valor do activo qualificável, de acordo
Satisfaçam os critérios para o reconhecimento de
com as seguintes regras:
activos.
Se o activo estiver em curso, ou seja, ainda não
Possam ser directamente atribuíveis à aquisição,
estiver em condições para o uso pretendido ou
construção, ou produção de um activo.
venda.
Se encontrem em curso as actividades necessá-
Se estiverem em curso actividades necessárias
rias para preparar o activo para o seu uso preten-
para preparar o activo para o seu uso pretendido
dido ou venda.
ou venda.
Estejam a ser incorridos dispêndios com tal activo.
Se estiverem a ser despendidos custos com tais
Se em resultado de tal acréscimo o custo ajus- actividades.·
tado do activo não exceder o mais baixo de: custo
Se em resultado de tal acréscimo o custo ajus-
de reposição, quantia recuperável pela venda
tado do activo não exceder o mais baixo de: custo
(valor realizável) ou valor de uso do activo.
de reposição, quantia recuperável pela venda
5.4. Diferenças de câmbio desfavoráveis (valor realizável) ou valor de uso do activo.
Como regra geral, devem ser reconhecidas na 5.5. Perdas contingentes
demonstração de resultados no período em que
As perdas contingentes devem ser reconhecidas
surjam as diferenças de câmbio·provenientes de:
nas demonstrações financeiras como uma perda
Pagamento de elementos monetários. (por contrapartida de um passivo) se:
I

Relato de elementos monetários a taxas diferen- For provável que os acontecimentos futuros ve-
tes das usadas: nham a confirmar que um activo esteja diminuído
No momento do reconhecimento inicial, ou (depois de já se ter tido em consideração qual-
Na data de relato do período anterior. quer recuperação provável) ou que passe a existir
As diferenças de câmbio provenientes das situa- um passivo à data de Balanço; e

I.-·.-

l -_
1-.
~-
ções atrás referidas podem, como regra alterna-
tiva, ser reconhecidas da seguinte forma:
Puder ser feita uma estimativa razoável da quan-
tia da perda daí resultante .

~--o.

líL.__ ___ _
56 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

7 - Valorimetria Os passivos são registados pelo valor presente


descontado dos futuros exfluxos líquidos de caixa
Entende-se por valorimetria o processo de deter-
que se espera que sejam necessários para liqui-
minação da quantia pela qual as operações e ou-
dar os passivos no decurso normal dos negócios.
tros acontecimentos devem ser reconhecidas e ins-
critas no balanço e na demonstração de resultados. Neste Plano é genericamente adoptado como
base de valorimetria global o custo histórico, que
1. Bases de valorimetria globais não tem em atenção nem as variações a nível geral
São bas~s de valorimetria globais, a usar em de preços nem as variações nos preços específicos
graus diferentes e em variadas combinações para dos activos detidos. Contudo, em circunstâncias
efectuar as valorimetrias específicas, as seguintes: particulares é permitido o uso de outras bases de
valorimetria, como por exemplo:
Custo histórico:
Custo corrente, para as imobilizações corpóreas.
Valor original de entrada no património de uma
operação ou acontecimento. Valor realizável, para os inventários.

Os activos são registados pela quantia de di- 2. Bases de valorimetria específicas


nheiro ou seus equivalentes, paga ou a pagar
2.1. Transacções em moeda estrangeira
para os adquirir, no momento da sua aquisição.
As transacções em moeda estrangeira devem ser
Os passivos são registados pela quantia dos pro-
valorizadas na moeda de relato.
dutos recebidos em troca da obrigação ou, em
algumas circunstâncias (ex: impostos sobre os No momento do reconhecimento inicial, as tran-
lucros), pelas quantias em dinheiro que se es- sacções em moeda estrangeira são valorizadas na
pera que sejam pagas para satisfazer o passivo moeda de relato determinada pela aplicação, à
no decurso normal dos negócios. quantia de moeda estrangeira, da taxa de câmbio
entre a moeda estrangeira e a moeda de relato à
Custo corrente: data da transacção.
Valor actualizado de aquisição de activos ou liqui- Na data de relato, as transacções em moeda
dação de passivos. estrangeira são valorizadas na moeda de relato da
Os activos são registados pela quantia de di- seguinte forma:
nheiro e seus equivalentes, que teria de ser paga Pelo valor histórico (valorização do reconheci-
se o mesmo fosse correntemente adquirido. mento inicial), no caso de activos monetários em
Os passivos são registados pela quantia não des- que o câmbio tenha sido previamente fixado.
contada de dinheiro e seus equivalentes que seria Pelo valor histórico (valorização do reconheci-
necessária para liquidar correntemente a operação. mento inicial), no caso de activos não monetá-
Valor realizável (de liquidação): rios, aos quais, na data do reconhecimento ini-
cial, tenha sido atribuído um justo valor em
Valor de realização dos activos e de liquidação
moeda estrangeira.
dos passivos.
Pela taxa de fecho determinada pela aplicação, à
Os activos são registados pela quantia de dinheiro e
quantia da moeda estrangeira, da taxa de câmbio
seus equivalentes que possa ser correntemente ob-
à data de fecho entre a moeda estrangeira e a
tida ao vender o activo numa alienação ordenada.
moeda de relato, no caso de activos monetários
Os passivos são registados pelos seus valores cujo câmbio não esteja previamente fixado.
de liquidação, isto é, quantias não descontadas
de dinheiro e equivalentes que se ~spera sejam 2.2. Imobilizações corpóreas
pagas para satisfazer os passivos no decurso As imobilizações corpóreas devem ser valorizadas
normal dos negócios. ao custo de reconhecimento inicial ou ao custo reva-
Valor presente (actual): lorizado, líquido das correspondentes amortizações.

Valor descontado dos futuros fluxos de caixa. O custo, no reconhecimento inicial, pode ter as
seguintes vertentes:
Os activos são registados pelo valor presente
descontado dos futuros influxos líquidos de caixa Custo de aquisição, para bens adquiridos ao exterior.
que se espera que o elemento gere no decurso O custo de aquisição engloba:
normal dos negócios. O preço de compra.
Políticas Contabilísticas 57

Os gastos suportados directa ou indirectamente A vida útil esperada do bem.


para colocarem o bem em condições de utilização. O método mais adequado para reflectir o mo-
Durante o período em que o imobilizado se encon- delo pelo qual os benefícios económicos deste
trar em curso, poderão ainda ser acrescidos ao bem sejam consumidos.
custo de aquisição os seguintes custos: Amortizações extraordinárias destinadas a redu-
As diferenças de câmbio provenientes dos custos zir o valor dos bens para o seu valor recuperável
relacionados com a aquisição do bem. quando haja diminuição de valor na quantia pela
qual os bens se encontram registados. Estas
Os encargos financeiros provenientes de financia-
amortizações devem ser revertidas se cessa-
mentos relacionados com a aquisição do bem, se tal
rem os motivos que a originaram.
for considerado adequado e se mostrar consistente.
Custo de produção, para bens de produção própria. 2.3. Imobilizações incorpóreas
O custo de produção engloba: Os critérios valorimétricos específicos a adoptar
Os custos de materiais e serviços utilizados. na valorimetria das imobilizações incorpóreas são,
Os custos com o pessoal envolvido na produção com as necessárias adaptações, iguais aos crité-
do bem. rios definidos para a valorimetria das imobilizações
A .depreciação dos activos fixos tangíveis que corpóreas.
foram usados na produção do bem. Destacam-se como situações particulares as
Os gastos gerais de produção relacionados com seguintes:
a produção do bem, que não sejam custos admi-
Despesas de investigação e desenvolvimento:
nistrativos.
O período de amortização não deve exceder cinco
Durante o período em que o imobilizado se encon- anos.
trar em curso, poderão ainda ser acrescidos ao
custo de produção os seguintes custos: Trespasses:
As diferenças de câmbio provenientes dos cus- O período de amortização não deve exceder cinco
tos relacionados com a produção do bem. anos, a menos que o período mais dilatado se justifi-
que e desde que este não exceda o período de uso útil.
Os encargos financeiros provenientes de finan-
ciamentos relacionados com a produção do O método de depreciação a usar deverá ser o das
bem, se tal for considerado adequado e se mos- quotas constantes, a menos que outro seja mais
trar consistente. apropriado nas circunstâncias.
As amortizações extraordinárias não devem ser
l
I.
Custo corrente, para bens recebidos através de
doação. revertidas ainda que cessem os motivos que as ori-
O custo revalorizado, de utilização opcional, tem ginaram.
I por objectivo actualizar o valor de reconhecimento
2.4. Investimentos financeiros
I
I
inicial do bem para o seu justo valor (custo cor-
rente ou custo de realização) na data da revalori- Os investimentos financeiros devem ser valoriza-
i dos aos custos de reconhecimento inicial, líqufdo
I
10
zação. O justo valor pode ser determinado usando
das correspondentes provisões ou amortizações
uma das seguintes formas:
destinadas a garantir que o custo não excede o
Actualização do custo e respectivas amortizações
valor de realização.
acumuladas mediante a aplicação de índices que
reflictam a perda de poder aquisitivo da moeda. O custo, no reconhecimento inicial, pode ter as
Avaliação, com base no valor de mercado, reali- seguintes vertentes:
zada por avaliadores qualificados independentes. Custo de aquisição, para a generalidade dos investi-
As amortizações podem ter as seguintes vertentes: mentos financeiros. O custo de aquisição engloba:
Amortizações sistemáticas baseadas na vida O preço de compra.
útil dos bens, destinadas a reflectir a perda dos Os encargos de aquisição, tais como:
benefícios e..conómicos decorrentes do uso, da Prémios de corretagem.
inactividade ou da passagem do tempo. Estas Honorários.
amortizações são calculadas apenas para bens Direitos e comissões bancárias.
depreciáveis e tendo em atenção: Justo valor, para os investimentos financeiros que
A quantia depreciável do bem. forem adquiridos total ou parcialmente:
58 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

Pela emissão de acções ou outros títulos. Custos de manuseamento.


Por troca com outros activos. Outros custos directamente atribuíveis à com-
pra dos bens.
Podem ser efectuadas alterações ao custo, sub-
sequentes ao reconhecimento inicial, nos seguin- Os custos acima devem ser considerados líqui-
tes casos: dos de descontos comerciais, abatimentos e ou-
Quando o preço pago pela aquisição já incluía tros de natureza semelhante.
uma parcela de juros vencidos. Neste caso, na Custo de conversão, que engloba:
data de r~cebimento dos juros, o custo de aquisi- Os custos com o pessoal directamente envol-
ção é deduzido da quantia de juros nele incluídos. vido na produção.
Pela imputação de diferenças de câmbio resul- Imputação de gastos industriais fixos.
tantes de passivos monetários relacionados Depreciação e manutenção de edifícios e de
com a aquisição de tais activos. equipamentos de fábrica.
As amortizações, aplicáveis aos investimentos Custos de gestão e administração da fábrica.
em imóveis, podem ter as seguintes vertentes: Imputação de gastos industriais variáveis.

Amortizações sistemáticas baseadas na vida útil Materiais indirectos.


dos imóveis, destinadas a reflectir a perda dos Mão-de-obra indirecta.
benefícios económicos decorrentes do uso, da Custos ocorridos para colocar os inventários
inactividade ou da passagem do tempo. Estas nos seus locais actuais e na sua condição de
amortizações são calculadas apenas para imó- utilização ou venda.
veis depreciáveis e tendo em atenção: Desde que os resultados se aproximem dos do
A quantia depreciável do imóvel. custo atrás referido, para a determinação do custo
A vida útil esperada do imóvel. podem ser usadas as seguintes técnicas de medição:
O método mais adequado para reflectir o mo- Método dos custos-padrão:
delo pelo qual os benefícios económicos deste
Esta técnica de medição só deverá ser usada se
imóvel fluam para a empresa.
for apurado com base em princípios técnicos e con-
Amortizações extraordinárias destinadas a redu- tabilísticos adequados, devendo os desvios, se sig-
zir o valor dos imóveis para o seu valor recuperá- nificativos, ser alvo de tratamento adequado.
vel quando haja diminuição de valor na quantia
Método do retalho:
pela qual estes se encontram registados. Estas
amortizações devem ser revertidas se cessarem Por este método, a medição do custo é efectuada
os motivos que as originaram. pelo preço de venda praticado pela empresa deduzi-
dos das margens de lucro, exactas ou aproximadas,
As provisões aplicáveis aos restantes investimen-
englobadas naqueles preços.
tos financeiros devem ser:
Esta técnica de medição do custo só deve ser usada
Registadas no momento em que existam razões
em estabelecimentos de venda a retalho ou equivalen-
fundamentadas que levem a crer que o custo ex-
tes, para medir grande quantidade de unidades:
cede o seu provável valor de realização.
Que mudam rapidamente (têm grande rotação).
Corrigidas ou revertidas, no momento em que se al-
Que têm margens semelhantes.
terarem ou cessarem os motivos que as originaram.

Para as quais não é praticável usar outros méto-
2.5. ·Existências dos de custeio.
As existências devem ser valorizadas ao custo ou A titulo excepcional, para a determinação do custo
valor realizável líquido, dos dois ? mais baixo. podem ser usadas as seguintes técnicas de medição:
O custo das existências deve incluir os seguintes Valor realizável líquido.
custos: Esta técnica de medição pode ser usada para
Custos de aquisição, que engloba: subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
O preço de compra. resultantes do processo de produção, para os
Direitos de importação e outros impostos (que quais não seja prático a utilização de outro critério.
não sejam posteriormente recuperáveis). Valor realizável líquido deduzido de uma margem
Custos de transporte. normal de lucro.

L
Políticas Contabilísticas 59

Esta técnica de medição pode ser usada nos Preço de contrato, no caso de quantidades de
seguintes casos: inventários detidas para satisfazer vendas fir-
Quando a actividade da empresa revista uma ou mes em contratos de prestação de serviços,
mais das seguintes formas: nos quais o preço de venda acordado seja supe-
Agricultura. rior ao custo.
Pecuária. Preços gerais de venda, para as restantes exis-
tências, nos casos em que o respectivo custo for
Silvicultura.
superior ao seu esperado valor de realização.
P~sca.

Extracção. Os ajustamentos para o valor realizável líquido


devem ser reconhecidos através da criação de uma
E quando a determinação dos custos de conversão
provisão para depreciação de existências excepto
acarretem custos excessivos de apuramento.
nos casos em que o custo tenha sido medido e reco-
Podem ser usados como métodos de custeio os nhecido pelos seguintes critérios de reconhecimento:
seguintes métodos:
Método do retalho.
Custo de identificação específica dos custos indi-
Valor realizável líquido.
viduais, para:
Valor realizável líquido deduzido de uma margem
Bens que não sejam ordinariamente intermutáveis.
normal de lucro.
Bens ou serviços produzidos e segregados para
Nos casos em que a actividade da empresa tenha
projectos específicos.
por objecto contratos de construção plurienais, os pro-
Primeiro entrado, primeiro saído (FIFO «first in first dutos e trabalhos em curso no final de cada período
outn) ou custo médio, como métodos preferenci- podem ser determinados usando um dos seguintes
ais, para casos em que não possa ser usado o métodos:
custo de identificação específica.
Percentagem de acabamento:
Último entrado, primeiro saído (LIFO - «/ast in first
Este método só deve ser utilizado se o desfecho
out))), como método alternativo.
do contrato puder ser fiavelmente estimado.
O valor realizável líquido deve ser usado quando o
valor do custo não puder ser recuperável pelo uso Contrato completado:
ou pela venda. Este método deverá ser utilizado apenas quando
Este facto acontece, normalmente, quando: não seja possível usar o método da percentagem
de acabamento.
As existências estiverem danificadas.
Qualquer que seja o método utilizado, quando for
As existências se tornarem total ou parcialmente
provável que os custos totais excedam os proveitos
obsoletas.
totais, o respectivo prejuízo deve ser reconhecido ime-
Os preços de venda tiverem diminuído para um diatamente como um gasto, através da criação de
valor abaixo do custo. uma provisão para depreciação de existências ou para
Os custos estimados de acabamento ou os cus- outros riscos e encargos, independentemente:
tos estimados para fazer a venda tiverem aumen- Do trabalho do contrato ter ou não começado.
tado tornando o custo total estimado superior ao
Da fase de acabamento em que o contrato se
seu esperado valor de realização.
encontra.
O valor realizável líquido é, em casos específicos,
O custo, neste tipo de contratos deve compreender:
equivalente ao:
Os custos que se relacionem directam.ente com
Custo de reposição, no caso de matérias-primas
o contrato.
e subsidiárias das quais se espera que ao
Estes custos incluem:
serem incorporadas no_;" processo de produção,
daí venha a resultar um custo de produto aca- Custos de mão-de-obra local, incluindo os de
bado superior ao valor pelo qual este pode ser supervisão.
vendido. Custos de materiais usados.
Valor de venda, no caso de subprodutos, desper~ Depreciação de activos fixos tangíveis usados.
dícios, resíduos e refugos resultantes do pro- Custos de movimentar os materiais e os activos
cesso de produção, para os quais não seja prá- fixos tangíveis de e para o local do contrato.
tico a utilização de outro critério. Custos de alugar activos fixos tangíveis.
60 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

Custos de concepção e de assistência técnica deste valor deverão ser tidos ern conta os valores
que estejam directamente relacionados com o que se espera que venham a ocorrer com:
contrato. Eventuais descontos e créditos que tenham de
Custos estimados de rectificar e garantir os traba- ser concedidos para conseguir cobrar as dívidas.
lhos, incluindo custos esperados de garantias. Custos de esforço de cobrança.
Reivindicações de terceiras partes. O ajustamento do custo histórico para o valor
Diferenças de câmbio relacionadas com pas- realizável líquido quando este for inferior ao pri-
sivos m-onetários directamente relacionados meiro deverá ser reconhecido através da consti-
com os custos incorridos com a construção: tuição de uma provisão para créditos de co-
Custos atribuíveis à actividade do contrato brança duvidosa, a qual será ajustada ou
em geral e que possam ser imputados aos anulada quando se alterarem ou cessarem as
contratos específicos. razões que determinaram a sua constituição.
Estes custos incluem imputações, por métodos
2.7. Contas a pagar
sistemáticos e racionais baseados no nível nor-
mal de actividade, de: As contas a pagar são, regra geral, valorizadas ao
Seguros. custo histórico. Em condições excepcionais as con-
tas a pagar são valorizadas ao valor de liquidação.
Custos de concepção e assistência técnica que
não estejam directamente relacionados com um O custo histórico é o valor de registo inicial, eventual-
contrato específico. mente corrigido para reflectir as seguintes situações:
Gastos gerais de construção, como seja por Os juros vencidos, relativos a dívidas que não te-
exemplo custos com a preparação e processa- nham sido pagas na data de vencimento.
mento da folha de salários do pessoal.
Diferenças de câmbio não realizadas determina-
Custos de empréstimos obtidos. das pela aplicação da taxa de câmbio à taxa de
Custos especificamente debitáveis a clientes. fecho às quantias em moeda estrangeira em dí-
Estes custos, dependendo dos termos do con- vida na data de relato.
trato, podem incluir alguns custos gerais adminis- Sempre que, em condições excepcionais, o valor
trativos e custos de desenvolvimento cujo reem- de liquidação for inferior ao custo histórico, como
bolso esteja especificado nos termos do contrato. por exemplo no caso de ter havido uma redução ou
Custos incorridos para assegurar o contrato: um perdão de dívida, o valor nominal é reduzido, de
forma directa, para o seu valor de realização atra-
Estes custos só devem ser incluídos no custo se
vés de uma das seguintes formas:
satisfizerem as seguintes condições:
Transformação em subsídio não reembolsável, a
Puderem ser separadamente identificáveis.
tratar de acordo com os critérios definidos para o
Puderem ser medidos fiavelmente. reconhecimento de tais subsídios, se o perdão de
O contrato for firmado no mesmo período em que dívida for concedido mediante determinadas condi-
os custos forem incorridos. ções que o tornem assemelhável a um subsídio.

2.6. Contas a receber Criação de um proveito extraordinário na Demons-


tração de resultados, se daí resultar um passivo
As contas a receber são valorizadas ao custo histó-
não exigível.
rico ou ao valor de realização, dos dois o mais baixo.
O custo histórico é o valor de registo inicial eventual- 2.8. Impostos sobre lucros a pagar
mente corrigido para reflectir as seguinte$ situações: Os impostos sobre lucros a pagar são valorizados
Os juros vencidos, relativos a dívidas que não te- ao custo corrente, determinado pela diferença entre
nham sido recebidas na data de pagamento. o custo histórico do imposto que deveria ser pago e
Diferenças de câmbio não realizadas determina- o custo histórico dos adiantamentos já efectuados.
das pela aplicação da taxa de câmbio à data de O custo histórico dos adiantamentos corresponde
fecho às quantias em moeda estrangeira em dí- à quantia desembolsada para o efeito.
vida na data de relato. O custo histórico do imposto que deveria ser
O valor realizável líquido é o valor pelo qual, atra- pago corresponde à responsabilidade da entidade,
vés de uma análise comercial, se espera que as apurada de acordo com os critérios fiscais defini-
dívidas possam ser recebidas. Na determinação dos para o seu apuramento.
I
L
Quadro e Lista de Contas 61

Introdução Contudo, recomenda-se o seu uso para empresas


industriais onde o apuramento dos custos de produ-
A fim de orientar o processo de reconhecimento
ção se torne moroso e difícil de executar por outra via.
das operações e outros acontecimentos, simplificar o
controlo dos registos efectuados e facilitar a consulta
de saldos e quantias para efeitos de preparação das 1 - MEIOS FIXOS E INVESTIMENTOS
componentes das Demonstrações financeiras, optou-
-se pela sistematização e codificação das rubricas a 11. Imobilizações corpóreas
usar na elaboração dos registos contabilísticos. 12. Imobilizações incorpóreas
Com vista à harmonização, devem ser adoptados 13. Investimentos financeiros
os quadros e listas de contas constante deste Plano
14. Imo-bilizações em curso
e respeitadas as disposições gerais a seu respeito.
15 ... .
Disposições gerais 16 ... .
Classe O - Contas de Ordem: 17 ... .
Esta classe é de uso facultativo. 18. Amortizações acumuladas
Contudo, sugere-se o seu uso para controlo de 19. Provisões para investimentos financeiros
situações de direitos e responsabilidades da enti-
dade para com terceiros e de terceiros para com a
! 1 Imobilizações corpóreas: __
entidade, que de momento não afectam o seu patri-
11.1 Terrenos e recursos naturais
mónio mas que no futuro o podem afectar e que faci-
11.1.1 Terrenos em bruto
litem a respectiva divulgação nas Notas às Contas.
11.1.2 Terrenos com arranjos
Classes I a 8 - Contabilidade Geral:
11.1.3 Subsolos
Estas classes são de uso obrigatório sempre- que 11.1.4 Terrenos com edifícios
existam factos ou acontecimentos que pela sua 11.1.4.1 Relativos a edifícios industriais
natureza devam nelas ser registados. 11.1.4.2 Relativos a edifícios administrativos e
Como regra geral não devem ser efectuadas alte- comerciais
rações na disposição, nomenclatura e códigos de 11.1.4.3 Relativos a outros edifícios
contas das rubricas constantes de cada uma das
classes, sob pena de tais alterações poderem vir a
pôr em causa os objectivos com que foram criadas. 11.2 Edifícios e outras construções
Contudo, a título excepcional, são permitidas alte- 11.2.1 Edifícios
rações desde que daí não venha a resultar qualquer 11.2.1.1 Integrados em conjuntos industriais
prejuízo para a elaboração das demonstrações 11.2 .1.2 Integrados em conjuntos
financeiras nos termos definidos neste Plano. administrativos .e comerciais
11.2.1.3 Outros conjuntos industriais
Podem ser efectuados desenvolvimentos de sub-
11.2.1.4 Implantados em propried?de alheia
-rubricas de acordo com o que se considerar mais
apropriado face à realidade da entidade.
11.2.2 Outras construções
As linhas em branco constantes destas classes 11.2.3 Instalações
podem ser substituídas pela nomenclatura conside-
rada apropriada nas circunstâncias.
11.3 Equipamento básico
Classe 9 - Contabilidade Analítica: 11.3.1 Material industrial
Esta classe é de uso facultativo o qual dependerá 11.3.2 Ferramentas industriais
da necessidade sentida pela empresa e da ponde- 11.3.3 Melhoramentos em equipamentos básicos
ração do binómio custo/benefício.
62 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

11.4 Equipamento de carga e transporte 13.5 Fundos


11.4.1 ... 13.5.1 ...

11.5 Equipamento administrativo


11.5.1 ... 13.9 Outros investimentos financeiros
13.9.1 Diamantes
11.6 Taras e vasilhame 13.9.2 Ouro
11.6.1! ... 13.9.3 Depósitos bancários

11.9 Outras imobilizações corpóreas 14 Imobilizações em curso


11.9.1 ... 14.1 Obra em curso
14.2 Obra em curso
12 Imobilizações _!ncorpórea__s_:-------~-
12.1 Trespasses
14.7 Adiantamentos por conta de imobilizado corpóreo
12.1.1 ...
14.7.1 ...

12.2 Despesas de investigação e desenvolvimento


12.2.1 ... 14.8 Adiantamentos por conta de imobilizado incorpóreo
14.8.1 ...
12.3 Propriedade industrial e outros direitos e contratos
12.3.1 ... 14.9 Adiantamentos por conta de investimentos
financeiros
12.4 Despesas de constituição 14.9.1 ...
12.4.1 ...

18 Amortizações acumuladas
12.9 Outras imobilizações incorpóreas
18.1 Imobilizações corpóreas
12.9.1 ...
18.1.1 Terrenos e recursos naturais
18.1.2 Edifícios e outras construções
13 Investimentos financeiros 18.1.3 Equipamento básico
13.1 Empresas subsidiárias 18.1.4 Equipamento de carga e transporte
13.1.1 Partes de capital 18.1.5 Equipamento administrativo
13.1.2 Obrigações e títulos de participação
18.1.6 Taras e vasilhame
13.1.3 Empréstimos

18.1.9 Outras imobilizações corpóreas


13.2 Empresas associadas
18.2 Imobilizações incorpóreas
13.2.1 Partes de capital
18.2.1 Trespasses
13.2.2 Obrigações e títulos de participação
18.2.2 Despesas de investigação e desenvolvimento
13.2.3 Empréstimos
18.2.3 Propriedade industrial e outros direitos e -
contratos
13.3 Outras empresas
18.2.4 Despesas de constituição
13.3.1 Partes de capital
13.3.2 Obrigações e títulos de participação
18.2.9 Outras imobilizações incorpóreas
13.3.3 Empréstimos
18.3 Investimentos financeiros em imóveis
13.4 Investimentos em imóveis 18.3.1 Terrenos e recursos naturais
13.4.1 ... 18.3.2 Edifícios e outras construções

L_
Quadro e Lista de Contas 63

19 Provisões para investimento~ financeiros 21.7 Devoluções de compras


19.1 Empresas subsidiárias 21.7.1 ...
19.1.1 Partes de capital
19.1.2 Obrigações e títulos de participação 21.8 Descontos e abatimentos em compras
19.1.3 Empréstimos 21.8.1

19.2 Empresas associadas 21.9 ...


• 19.2 .1 Partes de capital 21.9.1 ...
19.2.2 Obrigações e títulos de participação
19.2.3 Empréstimos
22 M_é!_térias-primas, subsidiárias e__ d.e consumo .
19.3 Outras empresas 22.1 Matérias-primas
19.3.1 Partes de capital ... 22.,1.1 ...
19.3.2 Obrigações e títulos de participação
19.3.3 Empréstimos 22.2 Matérias subsidiárias
22.2.1 ...
19.4 Fundos
19.4.1 Partes de capital 22.3 Materiais diversos
22.3.1 ...

19.9 Outros investimentos financeiros


22.4 Embalagens de consumo
19.9.1 Diamantes
22.4.1 ...
19.9.2 Ouro
19.9.3 Depósitos bancários
22.5 Outros materiais
22.5.1 ...

2- EXISTÊNCIAS
----
21. Compras
23 Produtos e trabalhos em curso
22. Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 23.1
23. Produtos e trabalhos em curso 23.2
24. Produtos acabados e intermédios
25. Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 24 Produtos acabados e intermédios

26. Mercadorias 24.1 Produtos acabados


24.1.1 ...
27. Matérias-primas, mercadorias e outros materiais em
trânsito
24.2 Produtos intermédios
28. Adiantamentos por conta de compras
24.2.1 ...
29. Provisão para depreciação de existências

21 C!!__f!!J!E!S_ _ __ 24.9 Em poder de terceiros


·21.1 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 24.9.1 ...
21.1.1 ...

21.2 Mercadorias 25 Subprod'!t_os, desperdícios, resíduos e refugos


21.2.1 ... 25.1 Subprodutos
25.1.1 ...
64 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

25.2 Desperdícios, resíduos e refugos . 29.6.1 ...


25.2.1

26 Mercadorias 3 -TERCEIROS
-----·---- ----- ---------- -----

26.1 31. Clientes


26.2 32. Fornecedores
33. Empréstimos
26.9 Em poder de terceiros
26.9.1 ... 34. Estado
35. Entidades participantes e participadas
27 Matérias-primas, mercadorias e outros materiais em 36. Pessoa/
trânsito
37. Outros valores a receber e a pagar
27.1 Matérias-primas
38. Provisões para cobranças duvidosas
27.1.1 ...
39. Provisões para outros riscos e encargos
27.2 Outros materiais
27.2.1 ... 31 Clientes
31.1 Clientes- correntes
27.3 Mercadorias 31.1.1 Grupo

27.3.1 ... 31.1.1.1 Subsidiárias


31.1.1.2 Associadas
31.1.2 Não grupo
31.1.2.1 Nacionais
28 ~~ié!!_lt~m_e[Jtos por conta d~_~ompras 31.1.2.2 Estrangeiros
28.1 Matérias-primas e outros materiais 31.2 Clientes- títulos a receber
28.1.1 ... 31.2 .1 Grupo
31.2.1.1 Subsidiárias
28.2 Mercadorias 31.2.1.2 Associadas
28.2.1 31.2.2 Não grupo
31.2.2.1 Nacionais
31.2.2.2 Estrangeiros
31.3 Clientes- títulos descontados
29 Provisão para depreciação de existêf2C..Í?_s _ _ __
31.3.1 Grupo
29.1 ...
31.3.1.1 Subsidiárias
29.2 Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 31.3.1.2 Associadas
29.2.1 ... 31.3.2 Não grupo
31.3.2.1 Nacionais
29.3 Produtos e trabalhos em curso 31.3.2 .2 Estrangeiros
29.3.1
31.8 Clientes de cobrança duvidosa
29.4 Produtos acabados e intermédios 31.8.1 Clientes - correntes
29.4.1 ... 31.8.2 Clientes- títulos
31.9 Clientes- saldos credores t
29.5 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos 31.9.1 Adiantamentos
29.5.1 ...

29.6 Mercadorias
31.9.2 Embalagens a devolver
31.9.3 Material à consignação
I
L
Quadro e Lista de Contas 65

32 Fornecedores 34 Estado
32.1 Fornecedores- correntes 34.1 Imposto sobre os lucros
32.1.1 Grupo 34.1.1 ...
32.1.1.1 Subsidiárias
32 .1.1.2 Associadas 34.2 Imposto de produção e consumo
32.1.2 Não grupo 34.2.1 ...
32.1.2.1 Nacionais
32.1.2.2 Estrangeiros
34.3 Imposto de rendimento de trabalho
32.2 Fornecedores - títulos a pagar 34.3.1 ...
32.2.1 Grupo
32.2.1.1 Subsidiárias
34.4 Imposto de circulação
32.2.1.2 Associadas
34.4.1
32.2.2 Não grupo
32.2.2.1 Nacionais
32.2.2.2 Estrangeiros
34.8 Subsídios a preços
34.8.1 ...
32.8 Fornecedores - facturas em recepção e conferência
32.8.1 ...
34.9 Outros impostos
34.9.1 ...
32.9 Fornecedores- saldos devedores
32.9.1 Adiantamentos
32.9.2 Embalagens a devolver 35 Entidade~~ particieantes e participa~~--~ ~~
32.9.3 Material à consignação 35.1 Entidades participantes
35.1.1 Estado
35.1.1.1 C/subscrição
~3 _€mpréstimos ~ 35.1.1.2 C/ adiantamentos sobre lucros
33.1 Empréstimos bancários 35.1.1.3 C/lucros
33.1.1 Moeda nacional 35.1.1.4 Empréstimos
33.1.1.1 Banco
35.1.2 Empresas do grupo- subsidiárias
33.1.2 Moeda estrangeira 35.1.2.1 C/ subscrição
33.1.2.1 Banco 35.1.2.2 c; adiantamentos sobre lucros
35.1.2.3 C/ lucros
35.1.2.4 Empréstimos

33.2 Empréstimos por obrigações


35.1.3 Empresas do grupo- associadas
33.2.1 Convertíveis
35.1.3.1 c; subscrição
33.2 .1.1 Entidade
35.1.3.2 C/ adiantamentos sobre lucros
35.1.3.3 C/lucros
33.2 .2 Não convertíveis
35.1.3.4 Empréstimos
33.2.2.1 Entidade

35.1.4 Outros
35.1.4.1 C/ subscrição
·33.3 Empréstimos por títulos de participação 35.1.4.2 C/ adiantamentos sobre lucros
33.3.1 Entidade 35.1.4.3 C/ lucros
35.1.4.4 Empréstimos

33.9 Outros empréstimos obtidos


33.9.1 Entidade 35.2 Entidades participadas
35.2.1 Estado
PLAPGC_05
66 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

35.2.1.1 C/ subscrição 3 7.1.1 Corpóreo


35.2.1.2 c; adiantamentos sobre lucros 37.1.2 Incorpóreo
35.2.1.3 Cjlucros 37.1.3 Financeiro
35.2.1.4 Empréstimos

37.2 Vendas de Imobilizado


35.2.2 Empresas do grupo- subsidiárias
37.2.1 Corpóreo
35.2.2.1 Cjsubscrição
35.2:2.2 c; adiantamentos sobre lucros 37.2.2 Incorpóreo
35.2.2.3 Cjlucros 37.2.3 Financeiro
35.2.2.4 Empréstimos
37.3 Proveitos a facturar
35.2.3 Empresas do grupo- associadas 37.3.1 Vendas
35.2.3.1 Cjsubscrição 3 7.3 .2 Prestações de serviços
35.2.3.2 C/ adiantamentos sobre lucros
37.3.3 Juros
35.2.3.3 Cjlucros
35.2.3.4 Empréstimos
37.4 Encargos a repartir por períodos futuros
35.2.4 Outros 37.4.1 Descontos de emissão de obrigações
35.2.4.1 Cjsubscrição 37.4.2 Descontos de emissão de títulos de participação
35.2.4.2 C/ adiantamentos sobre lucros
35.2.4.3 C/lucros 37.5 Encargos a pagar
35.2.4.4 ·Empréstimos 37.5.1 Remunerações
3 7.5.2 Juros

37.6 Proveitos a repartir por períodos futuros


36 Pessoal
37.6.1 Prémios de emissão de obrigações
36.1 Pessoal - remunerações 37.6.2 Prémios de emissão de títulos de participação
36.1.1 órgãos sociais 37.6.3 Subsídios para investimento
36.1.1.1 ...
37 .6.4 Diferenças de câmbio favoráveis reversíveis

36.1.2 Empregados
36.1.2.1 ...
37.7 Contas transitórias
3 7. 7.1 Transacções entre a sede e as dependências
da empresa

36.2 Pessoal - participação nos resultados


36.2.1 Órgãos sociais
36.2.1.1 ... 37.9 Outros valores a receber e a pagÇlr
37.9.1
36.2.2 Empregados
36.2.2.1
!~. ~rovisões pa~a cobranças duvidos_a_s_ _ __
38.1 Provisões para clientes
36.3 Pessoal - adiantamentos 38.1.1 Clientes - correntes
38.1.1.1 Grupo
36.3.1
38.1.1.2 Não grupo
38.1.2 Clientes -títulos a receber
38.1.2.1 Grupo
36.9 Pessoal- outros
38.1.2.2 Não grupo
36.9.1
38.1.3 Clientes - cobrança duvidosa
38.1.3.1 Grupo
37 Outros valo~es a recebe! e ~--=-pa-=g=-a_r ___ 38.1.3.2 Não grupo
37.1 Compras de imobilizado
Quadro e Lista de Contas 67

38.2 Provisões para saldos devedores de fornecedores 41.1.1 Empresas do grupo


38.2.1 ... 41.1.2 Associadas
41.1.3 Outras empresas
38.3 Provisões p/ participantes e participadas 41.2 Obrigações
38.3.1 Participantes 41.2.1 Empresas do grupo
38.3.2 Participadas 41.2.2 Associadas
41.2.3 Outras empresas
38.4 Provisões p/ dívidas do pessoal
41.3 Títulos da dívida pública
'38.4.1 ...
41.3.1 ...

38.9 Provisões para outros saldos a receber


38.9.1 Vendas imobilizado 42 D~pósitos a prazo
42.1 Moeda nacional
42.1.1 Banco
39 E!_r_o~isões para OIJtros riscos ~ ~ncargos
42.1.2 Banco
39.1 Provisões para pensões
39.1.1 ... 42.2 Moeda estrangeira
42.2.1 Banco
39.2 Provisões para processos judiciais em curso 42.2.2 Banco
39.2.1 ...

39.3 Provisões para acidentes de trabalho 43 Depósjtos à ordem


39.3.1 ... 43.1 Moeda nacional
43.1.1 Banco
39.4 Provisões para garantias dadas a clientes 43.1.2 Banco
39.4.1 ...
43.2 Moeda estrangeira
43.2.1 Banco
39.9 Provisões para outros riscos e encargos 43.2.2 Banco
39.9.1

44 Outros depósitos
4 - MEIOS MONETÁRIOS 44.1 Moeda nacional
44.1.1 Banco
41. Títulos negociáveis
44.1.2 Banco
42. Depósitos a prazo 44.2 Moeda estrangeira
43. Depósitos à ordem 44.2.1 Banco
44.2.2 Banco
44. Outros depósitos
45. Caixa
46 ... . 45 Caixa- - -
47 ... . 45.1 Fundo fixo
45.1.1 Caixa
48. Conta transitória
45.1.2 Caixa
49. Provisões para aplicações de tesouraria
45.2 Valores para depositar
41 TítU{QS negociáveis 45.2.1
41.1 Acções
68 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

45.3 Valores destinados a pagamentos específicos 52.2 Descontos


45.3.1 Salários 52.2.1 ...

52.3 Prémios
52.3.1 ...
46 ...
46.1 ...

47 ... 53 Prémios de emissão


47.1

5~- Prestações SLJ_f!_fe"!e~!?re_s_ _ __


48 Conta transitória
48.1 Banco
?5 Reservas le~ais
48.2 Banco

56 Reservas de reavaliação
49 Provisões para aplicaçõ~_s _qe tesouraria 56.1 Legais
49.1 Títulos negociáveis 56.1.1 Decreto-Lei n. o
49.1.1 Acções 56.1.2 Decreto-Lei n. 0
49.1.2 Obrigações
49.1.3 Títulos da dívida pública 56.2 Autónomas
56.2.1 Avaliação
49.2 Outras aplicações de tesouraria 56.2.2 Realização
49.2.1

57 Re~_ery_~~com_!_ins especiais ______

5 - CAPITAL E RESERVAS 58 Reservas livres


51. Capital
52. Acçõesjquotas próprias 59 ...

53. Prémios de emissão

54. Prestações suplementares


6 - PROVEITOS E GANHOS POR NATUREZA
55. Reservas legais
61. Vendas
56. Reservas de reavaliação
62. Prestações de serviços

i
57. Reservas com fins especiais
63. Outros proveitos operacionais
58. Reservas livres
59 ....
64. Variação nos inventários de produtos acabados e de
produção em curso I
I
65. Trabalhos para a própria empresa f
51 Capital ~
t
~
66. Proveitos e ganhos financeiros gerais

?~ Acçõesjquotas próprias 67. Proveitos e ganhos financeiros em subsidiárias e


associadas
52.1 Valor nominal
52.1.1 ...
68. Outros proveitos e ganhos não operacionais
69. Proveitos e ganhos extraordinários
i
-,..,.._--------~~~-------~-----~~~
i__
Quadro e Lista de Contas 69

61 Vendas 63.4 Subsídios a investimento


61.1 Produtos acabados e intermédios
61.1.1 Mercado nacional 63.8 Outros proveitos e ganhos operacionais
61.1.2 Mercado estrangeiro 63.8.1 ...
61.2 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
63.9 Transferência para resultados operacionais
61.2.1 Mercado nacional
61.2.2 Mercado estrangeiro 64 Variação nos inventários de produtos acabados e de
61.3 Mercadorias produção em curso _·-- - -
61.3.1 Mercado nacional 64.1 Produtos e trabalhos em curso
61.3.2 Mercado estrangeiro 64.1.1 ...
61.4 Embalagens de consumo
61.4.1 Mercado nacional 64.2 Produtos acabados
61.4.2 Mercado estrangeiro 64.2.1 ...
61.5 Subsídios a preços
61.5.1 ... 64.3 Produtos intermédios
64.3.1

61.7 Devoluções
61. 7.1 Mercado nacional 64.9 Transferência para resultados operacionais

61.7.2 Mercado estrangeiro 65 Trabalhos para ~~ópria empresa


61.8 Descontos e abatimentos 65.1 Para imobilizado
61.8.1 Mercado nacional 65.1.1 Corpóreo
61.8.2 Mercado estrangeiro 65.1.2 Incorpóreo
61.9 Transferência para resultados operacionais 65.1.3 Financeiro
65.1.4 Emcurso
62 Prestações d~- ~~!viços
65.2 Para encargos a repartir por exercícios futuros
62.1 Serviços principais
65.2.1
62 .1.1 Mercado nacional
62.1.2 Mercado estrangeiro
62.2 Serviços secundários 65.9 Transferência para resultados operacionais
62.2.1 Mercado nacional
62.2.2 Mercado estrangeiro 66 Proveitos e ga_l]hOs financeiros gerais
66.1 Juros
62.8 Descontos e abatimentos 66.1.1 De investimentos financeiros
62.8.1 Mercado nacional 66.1.1.1 Obrigações
66.1.1.3 Títulos de participação
62.8.2 Mercado estrangeiro
66.1.1.4 Empréstimos t
62.9 Transferência para resultados operacionais
66.1.1.9 Outros
63 O~t~o.UJrf!_V~j!_()~ operacionais
66.1.2 De mora relativos a dívidas de terceiros
63.1 Serviços suplementares
66.1.2.1 Dívidas recebidas a prestações
63.1.1 Aluguer de equipamento 66.1.2.2 De empréstimos a terceiros
63.1.2 Cedência de pessoal
63.1.3 Cedência de energia 66.1.4 De aplicações de tesouraria
63.1.4 Estudos, projectos e assistência técnica 66.1.5 Desconto de títulos

63.2 Royalties 66.2 Diferenças de câmbio favoráveis


63.3 Subsídios à exploração 66.2.1 Realizadas
70 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

66.2.2 Não realizadas 68.1.1.2 Produtos e trabalhos em curso


66.3 Descontos de pronto pagamento obtidos 68.1.1.3 Produtos acabados e intermédios
68.1.1.4 Subprodutos, desperdícios, resíduos
66.3.1 ...
e refugos
68.1.1. 5 Mercadorias
66.4 Rendimentos de investimentos em imóveis
66.4.1 ...
68.1.2 Cobranças duvidosas
68.1.2.1 Clientes
66.5 Rendimento de participações de capital 68.1.2.2 Clientes - títulos a receber
66.5.1 Acções, quotas em outras empresas 68.1.2.3 Clientes - cobrança duvidosa
66.5.2 Acções, quotas incluídas nos fundos 68.1.2.4 Saldos devedores de fornecedores
66.5.3 Acções, quotas incluídas nos títulos negociáveis 68.1.2.5 Participantes e participadas
68.1.2.6 Dívidas do pessoal
66.6 Ganhos na alienação de aplicações financeiras
66.6.1 Investimentos financeiros
68.1.2.9 Outros saldos a receber
66.6.1.1 Subsidiárias
68.1.3 Riscos e encargos
66.6.1.2 Associadas
66.6.1.3 Outras empresas 68.1.3.1 Pensões
66.6.1.4 Imóveis 68.1.3.2 Processos judiciais em curso
66.6.1.5 Fundos 68.1.3.3 Acidentes de trabalho
68.1.3.4 Garantias dadas a clientes
66.6.1.9 Outros investimentos
68.1.3.9 Outros riscos e encargos
66.6.2 Títulos negociáveis
66.7 Redução de provisões
68.2 Anulação de amortizações extraordinárias
66. 7.1 Investimentos financeiros
68.2.1 Imobilizações corpóreas
66.7.1.1 Subsidiárias
66.7.1.2 Associadas 68.2.2 Imobilizações incorpóreas
66. 7.1.3 Outras empresas 68.3 Ganhos em imobilizações
66.7.1.4 Fundos 68.3.1 Venda de imobilizações corpóreas
68.3.2 Venda· de imobilizações incorpóreas
66. 7.1.9 Outros investimentos 68.4 Ganhos em existências
66.7.2 Aplicações de tesouraria 68.4.1 Sobras
66.7.2.1 Títulos negociáveis
66. 7.2.2 Depósitos a prazo
68.5 Recuperação de dívidas
66.7.2.3 Outros depósitos
68.5.1

66.7.2.9 Outros investimentos


68.6 Benefícios de penalidades contratuais
68.6.1
67 Proveitos e ganhos financeiros em subsidiárias e
associadas
68.7
67.1 Rendimento de participações de capital
67.1.1 Subsidiárias
68.8 Descontinuidade de operações
67.1.2 Associadas
68.9 Alterações de políticas contabilísticas
68.10 Correcções relativas a exercícios anteriores
67.9 Transferência para resultados em filiais e associadas
68.10.1 Estimativa impostos
~~ O!:Jtros proveitos_ ~ ganhos não op~a~_!iJ_na_i_s_ __ 68.10.2 Restituição de impostos
68.1 Redução de provisões
68.1.1 Existências 68.11 Outros ganhos e perdas não operacionais
68.1.1.1 Matérias-primas, subsidiárias e de 68.11.1 Donativos
consumo

L
Quadro e Lista ele Contas 71

68.19 Transferência para resultados não operacionais 71.4 Embalagens de consumo


71.4.1 ...
69 Proveitos e ganhos extraordinários
69.1 Ganhos resultantes de catástrofes naturais
71.5 Outros materiais
69.1.1 ...
71.5.1 ...

69.2 Ganhos resultantes de convulsões políticas


69.2.1 ...
71.9 Transferência para resultados operacionais

69.3 Ganhos resultantes de expropriações 7_~ Custos com o pess_o_a_l _ __


69.3.1 ... 72.1 Remunerações - Órgãos sociais
72.1.1 ...
69.4 Ganhos resultantes de sinistros
69.4.1 ...
72.2 Remunerações- Pessoal
72.2.1 ...
. 69.5 Subsídios
69.5.1 ...
72.3 Pensões
72.3.1 Órgãos sociais
69.6 Anulação de passivos não exigíveis
72.3.2 Pessoal
69.6.1 ...

72.4 Prémios para pensões


69.9 Transferência para resultados extraordinários 72.4.1 órgãos sociais
72 .4.2 Pessoal

7 - CUSTOS E PERDAS POR NATUREZA


72.5 Encargos sobre remunerações
71. Custo das existências vendidas 72.5.1 Orgãos sociais
72. Custos com o pessoal 72.5.2 Pessoal

73. Amortizações do exercício


72.6 Seguros de acidentes de trabalho e doenças
74 •... profissionais
75. Outros custos e perdas operacionais 72.6.1 Órgãos sociais

76. Custos e perdas financeiros gerais 72.6.2 Pessoal

77. Custos e perdas financeiros em filiais e associadas


72.7 Formação
78. Outros custos e perdas não operacionais 72. 7.1 órgãos sociais
79. Custos e perdas extraordinários 72.7.2 Pessoal

71 Custo das existências vendidas 72.8 Outros custos com o pessoal


71.1 Matérias-primas 72.8.1 Órgãos sociais
71.1.1 ... 72.8.2 Pessoal

71.2 Matérias subsidiárias 72.9 Transferência para resultados operacionais


71.2.1 ...
73 A_mortizações do exercício
71.3 Materiais diversos 73.1 Imobilizações corpóreas
71.3.1 ... 73.1.2 Edifícios e outras construções
73.1.3 Equipamento básico
72 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

73.1.4 Equipamento de carga e transporte 75.2.35 Royalties


73.1.5 Equipamento administrativo
73.1.6 Taras e vasilhame 75.2.39 Outros serviços
75.2.39.1 ...
73.1.9 Outras imobilizações corpóreas 75.3 Impostos
73.2 Imobilizações incorpóreas 75.3.1 Indirectos
73.2.1 Trespasses 75.3.1.1 Imposto de selo
73.2.2 (Despesas de investigação e desenvolvimento
75.3.1.9 Outros impostos
73.2.3 Propriedade industrial e outros direitos e
75.3.2 Directos
contratos
75.3.2.1 Imposto de capitais
73.2.4 Despesas de constituição
75.3.2.2 Contribuição predial

73.2.9 Outras imobilizações incorpóreas


75.3.2.9 Outros impostos

73.9 Transferência para resultados operacionais


75.4 Despesas confidenciais
75 Outros custos e perdas op,=--e_r_ac_i_o_na_i_s _ _ _ _ __ 75.5 Quotizações
75.1 Subcontratas 75.6 Ofertas e amostras de existências
75.1.1 ...
75.8 Outros custos e perdas operacionais
75.2 Fornecimentos e serviços de terceiros
75.2.11 Água 75.9 Transferência para resultados operacionais
75.2.12 Electricidade
7§ ç__ust~ e perdas financeiros gerais
75.2.13 Combustíveis e outros fluídos
76.1 Juros
75.2.14 Conservação e reparação
76.1.1 De empréstimos
75.2.15 Material de protecção, segurança e conforto
76.1.1.1 Bancários
75.2.16 Ferramentas e utensílios de desgaste rápido 76.1.1.2 Obrigações
75.2.17 Material de escritório 76.1.1.3 Títulos de participação
75.2.18 Livros e documentação técnica
75.2.19 Outros fornecimentos 76.1.2 De descobertos bancários
75.2.19.1 ... 76.1.3 De mora relativos a dívidas a terceiros
76.1.4 De desconto de títulos
75.2.20 Comunicação
75.2.21 Rendas e alugueres 76.2 Diferenças de câmbio desfavoráveis
75.2.22 Seguros 76.2.1 Realizadas
75.2.23 Deslocações e estadas 76.2.2 Não realizadas
75.2.24 Despesas de representação 76.3 Descontos de pronto pagamento concedidos
75.2.26 Conservação e reparação 76.3.1 ...
75.2.27 Vigilância e segurança
75.2.28 Limpeza, higiene e conforto 76.4 Amortizações de investimentos em imóveis
75.2.29 Publicidade e propaganda 76.4.1 ...
75.2.30 Contencioso e notariado
75.2.31 Comissões a intermediários 76.5 Provisões para aplicações financeiras
75.2.32 Assistência técnica 76.5.1 Investimentos financeiros
75.2.32.1 _Estrangeira 76.5.1.1 Subsidiárias
75.2.32.2 Nacional 76.5.1.2 Associadas
76.5.1.3 Outras empresas
75.2.33 Trabalhos executados no exterior 76.5.1.4 Fundos
75.2.34 Honorários e avenças

L
Quadro e Lista de Contas 73

76.5.1.9 Outros investimentos 78.1.3.4 Garantias dadas a clientes


76.5.2 Aplicações de tesouraria
76.5.2.1 Títulos negociáveis 78.1.3.9 Outros riscos e encargos
76.5.2.2 Depósitos a prazo
76.5.2.3 Outros depósitos 78.2 Amortizações extraordinárias
78.2.1 Imobilizações corpóreas
76.5.2.9 Outros 78.2.2 Imobilizações incorpóreas
76.6 ,Perdas na alienação de aplicações financeiras 78.3 Perdas em imobilizações
76.6.1 Investimentos financeiros 78.3.1 Venda de imobilizações corpóreas
76.6.1.1 Subsidiárias
78.3.2 Venda de imobilizações incorpóreas
76.6.1.2 Associadas
78.3.3 Abates
76.6.1.3 Outras empresas
76.6.1.1 * Fundos
78.3.9 Outras
76.6.1.9 Outros investimentos 78.4 Perdas em existências
76.6.2 Aplicações de títulos negociáveis 78.4.1 Quebras
76.7 Serviços bancários
76.7.1 78.5 Dívidas incobráveis
78.6 Multas e penalidades contratuais
78.6.1 Fiscais
76.9 Transferência para resultados financeiros 78.6.2 Não fiscais
78.6.3 Penalidades contratuais
77 Custos e perdas fin~n_cet~o_s em filiais e a~sociadas

78.1 Custos de reestruturação


77.9 Transferência para resultados financeiros 78.8 Descontinuidade de operações
78.9 Alterações de políticas contabilísticas
78 Outros custqs e perdas não operacioné:JiS
78.10 Correcções relativas a exercícios anteriores
78.1 Provisões do exercício
78.10.1 Estimativa impostos
78.1.1 Existências
78.1.1.1 Matérias-primas, subsidiárias e de
78.11 Outros custos e perdas não operacionais
consumo
78.1.1.2 Produtos e trabalhos em curso 78.11.1 Donativos
78.1.1.3 Produtos acabados e intermédios 78.11.2 Reembolso de subsídios à exploração
78.1.1.4 Subprodutos, desperdícios, resíduos 78.11.3 Reembolso de subsídios a investimentos
e refugos
78.1.1. 5 Mercadorias 78.19 Transferência para resultados não operacionais

78.1.2 Cobranças duvidosas 79 Custos e p_~!das extraordinários


78.1.2.1 Clientes 79.1 Perdas resultantes de catástrofes naturais
78.1.2.2 Clientes- títulos a receber 79.1.1 ...
78.1.2.3 Clientes- cobrança duvidosa
78.1.2.4 Saldos devedores de fornecedores 79.2 Perdas resultantes de convulsões políticas
78.1.2.5 Participantes e participadas
79.2.1 ...
78.1.2.6 Dívidas do pessoal

78.1.2.9 Outros saldos a receber 79.3 Perdas resultantes de expropriações


78.1.3 Riscos e encargos 79.3.1 ...
78.!.3.1 Pensões
78.1.3.2 Processos judiciais em curso 79.4 Perdas resultantes de sinistros
78.1.3.3 Acidentes de trabalho 79.4.1 ...

O número sublinhado foi corrigido pelo editor por incoerência do original.


74 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

82.9 Outros custos operacionais

79.9 Transferência para resultados extraordinários 82.19 Transferência para resultados líquidos

83
--
Resultados-financeiros
-···------
8- RESULTADOS 83.1 Proveitos e ganhos financeiros gerais
81. Resultados transitados 83.2 Custos e perdas financeiros gerais
82. Resultado's operacionais
83.9 Transferência para resultados líquidos
83. Resultados financeiros
84. Resultados financeiros em filiais e associadas 84 Resultados financeiros em filiais e associadas
85. Resultados não operacionais 84.1 Proveitos e ganhos em filiais e associadas
84.2 Custos e perdas em filiais e associadas
86. Resultados extraordinários
87. Impostos sobre os lucros
84.9 Transferência para resultados líquidos
88. Resultado líq~ido do exercício
8~ Resultados não _operacionais
89. Dividendos antecipados
85.:L Proveitos e ganhos não operacionais
81 Resultados transitados 85.2 Custos e perdas não operacionais
---
81.1 Ano _ __
81.1.1 Resultado do ano 85.9 Transferência para resultados líquidos
81.1.2 Aplicação de resultados
86 Resultados extraordinários
· 81.1.3 Correcções de erros fundamentais, no exercício
86.1 Proveitos e ganhos extraordinários
seguinte
81.1.4 Efeito das alterações de políticas contabilísticas 86.2 Custos e perdas extraordinários
81.1. 5 Imposto relativo a correcções de erros fundamen-
tais e alterações de políticas contabilísticas 86.9 Transferência para resultados líquidos
81.2 Ano _ _
87 Impostos sobre os lucros ______ _
81.2.1 Resultado do ano
87.1 Imposto sobre os resultados correntes
81.2.2 Aplicação de resultados
87.2 Imposto sobre os resultados extraordinários
81.2.3 Correcções de erros fundamentais, no exercício
seguinte
81.2.4 Efeito das alterações de políticas contabilísticas 87.9 Transferência para resultados líquidos
81.2.5 Imposto relativo a correcções de erros fundamen-
88 Resultado líquido do exercício
tais e alterações de políticas contabilísticas -----
88.1 Resultados operacionais
88.2 Resultados financeiros gerais
!_~Resultados operacionais
88.3 Resultados em filiais e associadas
82.1 Vendas
88.4 Resultados não operacionais
82.2 Prestações de serviços
88.5 Imposto sobre os resultados correntes
82.3 Outros proveitos operacionais
88.6 Resultados extraordinários
82.4 Variação nos inventários de produtos acabados e
88.7 Imposto sobre os resultados extraordinários
produtos em vias de fabrico
82.5 Trabalhos para a própria empresa
88.9 Transferência para resultados transitados
82.6 Custo das mercadorias vendidas e das matérias
i
f
consumidas 89 Dividendos antecipados ;-

82.7 Custos com o pessoal


82.8 Amortizações do exercício 89.9 Transferência para resultados transitados f

L_
Notas Explicativas 75

No~às_Explicativas

1 - Introdução Justo valor:


Pretende-se que a informação contida neste Justo valor é a quantia pela qual um activo pode ser
Plano Geral de Contabilidade seja rapidamente trocado ou um passivo pago, entre partes conhecedo-
compreensível pelos seus utentes. Contudo, pre- ras e interessadas numa transacção ao seu alcance.
surne-se que os utentes tenham um razoável conhe- Investimento líquido numa empresa estrangeira:
cimento das actividades empresariais, económicas
Investimento líquido numa empresa estrangeira é
e de contabilidade e vontade de interpretar e apli-
a parte da entidade que relata nos activos líquidos
car a informação com razoável diligência.
dessa empresa.
Com base neste pressuposto, as Notas Explicati-
vas constantes ~este cap~tulo destinam-se apenas
a auxiliar na interpretação e aplicação das disposi-
3- Imobilizações corpóreas
ções deste Plano não incluindo, portanto, na gene- 3.1 - Conteúdo das rubricas
ralidade dos casos, quaisquer regras de movimen- Terrenos e recursos naturais (conta 11.1):
tação de contas e outras de natureza similar. Esta rubrica compreende os terrenos e recursos
naturais {plantações, minas, pedreiras, etc.) afec-
2 - Transacções em moeda estrangeira tos às actividades operacionais da empresa. São
2.1 - Definições também incluídos nesta rubrica os custos de des-
Transacções em moeda estrangeira: bravamento, movimentação de terras e drenagem
com eles relacionados.
Transacções em moeda estrangeira são as tran-
sacções que são estabelecidas ou exijam paga- Edifícios e outras construções (conta 11.2):
mentos em moeda estrangeira. Esta rubrica destina-se a registar os edifícios fa-
Moeda estrangeira: bris, comerciais, administrativos e sociais, bem
como as instalações fixas que lhe sejam próprias
Moeda estrangeira é a moeda que não seja a
(água, energia eléctrica, ar condicionado, etc.).
moeda usada na apresentação das Demonstrações
financeiras. São também incluídas nesta rubrica outras cons-
truções, tais como, muros, silos, parques, albufei-
Moeda de relato: ras, canais, estradas e arruamentos, vias-férreas
Moeda de relato é a moeda usada na apresenta- internas, pistas de aviação, cais e docas.
ção das Demonstrações financeiras.
Equipamento básico (conta 11.3):
Taxa de câmbio:
Esta rubrica destina-se a registar o conjunto de
Taxa de câmbio é a taxa de troca de duas moedas. instrumentos, máquinas, instalações e outros bens,
Diferença de câmbio: com os quais a entidade realiza a extracção, trans-
formação e elaboração dos produtos ou a presta-
Diferença de câmbio é a diferença que resulta do
ção dos serviços. São também incluídos nesta ru-
facto de ser relatado o mesmo número de unidades
brica os gastos adicionais com a adaptação da
de moeda estrangeira, na moeda de relato, a dife-
maquinaria e de instalações ao desempenho das
rentes taxas de câmbio.
actividades da entidade.
Taxa de fecho:
Equipamento administrativo (conta 11.5):
Taxa de fecho é a taxa de troca à vista à data de
Esta rubrica destina-se a registar o equipamento
Balanço.
social e o mobiliário diverso.
Activos monetários:
Taras e vasilhame (conta 11.6):
Activos monetários são o dinheiro detido e os
Esta rubrica destina-se a registar os objectos
activos a serem--recebidos em quantias de dinheiro.
destinados a conter ou acondicionar as mercado-
Passivos monetários: rias ou produtos, quer sejam para uso interno da
Passivos monetários são os passivos a serem entidade, quer sejam embalagens retornáveis com
pagos em quantias de dinheiro. aptidão para utilização continuada.
76 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

3.2 - Definições e situações particulares para restaurar ou manter os benetrcios económicos


futuros do activo.
Actividades específicas:
Os dispêndios em manutenção e reparação que
Quando o objecto da entidade respeite a activida-
tiverem sido feitos para repor os benefícios econó-
des de transporte ou de serviços administrativos,
micos futuros do activo cujas perdas, na data do
os equipamentos desta natureza afectos a tais acti-
registo inicial, já haviam sido consideradas, devem
vidades devem ser contabilizados na rubrica de
ser capitalizados desde que a quantia registada:
equipamento básico.
Não exceda a quantia recuperável do activo;
Aquisições conjuntas: Possa ser recuperada do uso futuro do activo.
Um único dispêndio, relativo a um único imobili-
Substituições:
zado com vários componentes, deverá ser contabili-
zado separadamente se os componentes: Os dispêndios com substituições devem ser reco-
nhecidos como um gasto na Demonstração de
Tiverem vidas úteis diferentes.
resultados por se destinarem a manter os benefí-
Proporcionarem benefícios à empresa num modelo cios económicos futuros do activo.
diferente, necessitando, por conseguinte, do uso
de taxas e métodos de depreciação diferentes.
Reavaliações:
Nos casos em que a reavaliação é efectuada com
Os Terrenos e Edifícios são activos separáveis e
base numa avaliação de um perito:
deverão ser tratados separadamente para fins conta-
bilísticos, mesmo quando adquiridos conjuntamente. O justo valor de terrenos e edifícios é geralmente
o seu valor de mercado para o uso existente, o
Sobressalentes: que pressupõe o uso continuado do activo na
A maior parte dos sobressalentes e equipamen- mesma ou similar actividade.
tos de serviço é geralmente registada como exis- O justo valor de instalações e equipamentos é
tências e o seu valor é reconhecido como um gasto geralmente o seu valor de mercado. Quando não
quando consumida. haja evidência de valor de mercado por força da
Os sobressalentes principais e equipamentos de natureza das instalações e dos equipamentos e
reserva são classificados como activos fixos porque estes componentes raramente são vendi-
quando a empresa espera usá-los durante mais do dos (excepto como parte de uma actividade conti-
que um período. nuada), eles são avaliados pelo seu custo de
reposição depreciado.
Melhoramentos:
Activos depreciáveis:
Os melhoramentos só são reconhecidos como
activos quando o dispêndio melhorar a condição do Activos depreciáveis são activos que:
activo para além do seu nível de desempenho origi- Se espera que sejam usados durante mais do
nalmente avaliado. que um período contabilístico.
Exemplos de melhoramentos que resultam em Tenham uma vida útil limitada.
benefícios económicos futuros incluem: Sejam detidos para uso na produção ou no forne-
Modificação de um elemento de uma instalação cimento de bens e serviços, para arrendamento a
para prolongar a sua vida útil, incluindo um au- outros ou para fins administrativos.
mento da capacidade; Os Terrenos não são considerados activos depre-
Actualização das peças de uma máquina para se ciáveis por terem uma vida útil ilimitada.
conseguir uma melhoria significativa na qualidade Vida útil:
de produção;
A vida útil de um imobilizado é:
Adopção de novos processos·de produção que
O período durante o qual se espera que um activo
facilitem uma redução substancial nos custos depreciável seja usado pela empresa; ou
operacionais anteriormente avaliados.
O número de unidades de produção ou similares
Reparações e manutenções: que a empresa espera obter do activo.
Os dispêndios em manutenção e reparação A vida útil é, portanto, definida em termos de utili-
devem ser reconhecidos como um gasto na dade esperada dos bens e pode ser mais curta do
Demonstração de resultados se tiverem sido feitos que a sua vida económica.
f\Jotas Explicativas 77

A estimativa da vida útil é uma questão de julga- activo quando na compra do activo tais custos já se
mento. encontrem previstos.
Ao exercer-se tal julgamento devem ser tidos em Método de depreciação:
consideração os seguintes factores:
O método de depreciação a usar deve reflectir o
Utilização esperada do activo, avaliada com referên- modelo pelo qual os benefícios económicos do ac-
cia à sua esperada capacidade ou produção física;
tivo sejam consumidos pela empresa.
Desgaste e estragos físicos esperados, que
O método adoptado deve ser revisto periodica-
dependem da intensidade do uso, do programa
mente e, se houver uma mudança significativa no
de reparação e manutenção e do cuidado de
modelo esperado de benefícios económicos a obter
manutenção em situação ociosa;
desses activos, o método deve ser alterado para
Obsolescência técnica proveniente de alterações reflectir o modelo alterado.
ou melhoramentos na produção ou de uma altera-
O consumo de benefícios económicos pode
ção no mercado de procura para o serviço ou pro-
resultar de:
duto derivado do activo;
Uso.
Limites legais ou semelhantes sobre o uso do ac-
tivo, tais como as datas de extinção de locações Obsolescência técnica.
com ele relacionadas. Desgaste.

Durante a vida útil de um activo pode tornar-se evi- Rotura.


dente que a estimativa da vida útil seja inapropriada. Este consumo deve ser contabilizado mesmo que
A vida útil pode ser dilatada, por exemplo, por dis- o valor do activo exceda a quantia pela qual este se
pêndios subsequentes no activo que melhorem a encontra registado (valor bruto deduzido das amor-
condição do mesmo para além do seu nível de tizações acumuladas).
desempenho originalmente avaliado.
Retiradas:
A vida útil pode ser reduzida, por exemplo, por
As perdas resultantes da retirada de um ele-
mudanças tecnológicas ou alterações de mercado
mento das imobilizações corpóreas é determinada
dos produtos.
pela diferença entre a quantia pela qual se encon-
A vida útil de um edifício não é afectada pelo au- tra registado (valor bruto deduzido das correspon-
mento no valor do terreno sobre o qual um edifício dentes amortizações) e devem ser reconhecidas
se encontra implantado.
como perdas na Demonstração de resultados.
Quantia depreciável: Um bem cuja retirada se limite a uma retirada do
A quantia depreciável de um activo depreciável é uso activo e seja detido para alienação, deve ser regis-
o seu custo (histórico ou outro que o substitua) tado pela quantia pela qual se encontra registado ou
deduzido do valor residual estimado do activo. pelo valor realizável líquido, dos dois o mais baixo.
O valor residual do activo é determinado por esti- Alienações:
mativa baseada no valor residual, prevalecente à
As perdas ou ganhos resultantes da alienação de
data da estimativa, de activos semelhantes que te-
um elemento das imobilizações corpóreas· são
nham atingido o fim da sua vida útil e que tenham
funcionado sob condições semelhantes àquelas determinados pela diferença entre o produto líquido
t

em que o activo será usado. estimado das alienações e a quantia pela qLJ.al o
activo se encontra registado (valor bruto deduzido
A estimativa é feita à data de çquisição do activo
das correspondentes amortizações) e devem ser
e deverá ser revista na data em que se faça uma
reconhecidos como perdas ou ganhos na Demons-
eventual reavaliação.
tração de resultados, consoante o apropriado.
O valor residual bruto é, em todos os casos, redu-
zido pelos custos de venda esperados no fim da Trocas:
vida útil do activo. Quando um elemento das imobilizações corpó-
O valor residual de um activo pode ainda ser redu- reas seja trocado por um activo fixo semelhante, o
zido de forma a reflectir custos significativos de custo do activo adquirido é igual à quantia regis-
desmantelamento, renovação ou restauração que tada do activo dado em troca, não surgindo da ope-
sejam necessários incorrer no fim da vida útil do ração qualquer ganho ou perda.
78 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

4 - Imobilizações incorpóreas As expectativas de vida ao serviço da empresa dos


principais indivíduos ou grupos de empregados.
4.1 - Conteúdo das rubricas
Trespasses (conta 12.1): Acções esperadas de concorrentes ou potenciais
concorrentes.
Esta rubrica destina-se a registar a diferença,
quando positiva, entre o valor pago para aquisição Cláusulas gerais, regulamentadoras ou contratu-
de um conjunto de activos (e passivos) que consti- ais que afectem a vida útil.
tuam uma actividade empresarial e o justo valor Exemplos de actividades tipicamente incluídas nas
dos activos é passivos adquiridos, desde que a despesas de investigação.
actividade adquirida seja continuada pela adqui- Actividades que:
rente. Na nomenclatura internacional este conceito
Se destinam à obtenção de novos conhecimentos.
de trespasse é denominado por «goodwi/1», «fonds
de commerce11 ou «aviamento~~. Procuram aplicações para as descobertas de
pesquisa ou outros acontecimentos.
Despesas de investigação e desenvolvimento (conta 12.2):
Procuram alternativas de produtos ou processos.
Esta rubrica destina-se a registar:
Formulam ou concebem possíveis produtos novos
Despesas de investigação, que são os encargos
ou melhorados ou alternativas de processos.
incorridos com a investigação original e planeada
destinada a obter novos conhecimentos científi- Exemplos de actividades tipicamente incluídas nas
cos ou técnicos e compreensão dos mesmos. despesas de desenvolvimento:
Despesas de desenvolvimento, que são as despe- Actividades que:
sas resultantes da aplicação das descobertas da Avaliam alternativas de produtos ou de processos.
pesquisa e de outros conhecimentos a um plano Concepcionam, constroem e testam protótipos e
ou concepção para a produção de novos ou modelos de pré-produção.
substancialmente melhorados materiais, mecanis-
Concepcionam ferramentas, aparelhos, moldes e
mos, produtos, processos, sistemas ou serviços
outros cunhas envolvendo nova tecnologia.
prévios ao início da produção comercial ou uso.
Concepcionem. construam e façam funcionar
Propriedade industrial e outros direitos e contratos uma fábrica-piloto que não seja de escala econo-
(conta 12.3): micamente viável para produção que comerciem.
Esta rubrica destina-se a registar patentes, marcas,
Exemplos de actividades relacionadas com as de
alvarás, licenças, privilégios, concessões, direitos de
investigação e desenvolvimento mas que não se
autor e outros direitos e contratos assimilados.
enquadram no seu âmbito:
Incluem-se nesta rubrica as quantias pagas com
Acompanhamentos de engenharia na fase inicial
o objectivo de adquirir o direito ao arrendamento de
de produção comercial.
um determinado imóvel. Por não constituir a aquisi-
ção de uma actividade empresarial, este direito Controlo de qualidade durante a produção comer-
encontra-se excluído do conceito de trespasse. cial, incluindo testes de rotina aos produtos.
Detecção de problemas relacionados com falhas '·
Despesas de constituição (conta 12.4):
durante a produção comercial. í
Esta rubrica destina-se a registar as despesas ini-
Esforços de rotina para refinar, enriquecer ou de
i
ciais de constituição e organização da empresa, bem I
~
outra forma melhorar as qualidades dé um pro-
como as despesas subsequentes relacionadas com
duto existente. i
a sua expansão, designadamente as despesas com f
aumento de capital, estudos e projectos. Adaptação da capacidade existente a um requisito
particular ou a uma necessidade do cliente como t
I
4.2- Situações particulares
Determinação da vida útil do trespasse:
Ao estimar-se a vida útil do trespasse, devem ser
parte de uma actividade comercial contínua.
Alterações de concepção sazonais ou outras peri-
ódicas de produtos existentes.
I
tidos em consideração os seguintes factores: Concepção rotineira de ferramentas, aparelhos,

I
A vida previsível do negócio ou sector. moldes e cunhas.
Os efeitos da obsolescência dos produtos, de alte- Actividades, incluindo engenharia de concepção e
rações na procura e de outros factores económicos. de construção relacionadas com a construção,

L
Notas Explicativas 79

transferência, rearranjo ou arranque de instalações 5.2 - Definições


ou equipamentos que não sejam instalações ou Grupo:
equipamentos usados exclusivamente para um pro-
Um grupo é composto pela empresa-mãe e todas
jecto particular de pesquisa e desenvolvimento.
as suas subsidiárias.
Exclusões no reconhecimento de despesas de Empresa-mãe:
investigação e desenvolvimento:
Empresa-mãe é uma empresa que detém uma ou
Encontram-se excluídos do reconhecimento como várias subsidiárias.
imot:JIIizado incorpóreo os custos de investigação e
desenvolvimento que: Empresa subsidiária:
Empresa subsidiária é aquela que é controlada por
Sejam incorridos por empresas que tenham como
uma outra empresa (conhecida como empresa-mãe).
actividade a investigação e desenvolvimento.
Resultem de pesquisa de minérios, petróleo, gás Controlo:
e similares. Controlo é o poder de gerir as políticas operacio-
nais e financeiras de uma empresa a fim de obter
5 - Investimentos financeiros benefícios das suas actividades.

5.1 - Conteúdo das rubricas Empresa associada:

Empresas subsidiárias (conta 13.1): Empresa associada é aquela em que a detentora


exerce uma influência significativa e que não seja
Esta rubrica destina-se a registar as transacções,
uma subsidiária.
com empresas pertencentes ao grupo, que não
resultem das actividades operacionais exercidas Influência significativa:
pela entidade. Influência significativa é o poder de participar nas
decisões de política operacional e financeira, mas
Empresas associadas (conta 13.2):
que não possa ser considerada como controlo des-
Esta rubrica destina-se a registar as transacções,
sas políticas.
com empresas associadas, que não resultem das
Presume-se que existe influência significativa
actividades operacionais exercidas pela entidade.
quando a investidora detiver directa ou indirecta-
Outras empresas (conta 13.3): mente, através das suas subsidiárias, mais de 20%
Esta rubrica destina-se a registar as transacções, do poder de voto da investida, a menos que possa
com outras empresas, que não resultem das activi- ser demonstrado que tal não se verifica.
dades operacionais exercidas pela entidade. Ao contrário, presume-se que não existe influência
significativa quando a investidora detiver directa ou
Investimentos em imóveis (conta 13.4):
indirectamente, através das suas subsidiárias,
Esta rubrica destina-se a registar os imóveis
menos de 20% do poder de voto da investida, salvo
adquiridos que não se destinem a serem usados se tal influência poder claramente ser demonstrada.
pela entidade ou nas operações por ela realizadas.
A. existência de influência significativa pode ser
O conceito de imóveis pode revestir a forma, quer evidenciada por um ou mais dos seguintes meios: 'if

de terrenos, quer de edifrcios.


Representação no Conselho det Admini?tração ou
Fundos (conta 13.5): em órgão de gestão equivalente.
Esta rubrica destina-se a registar os bens detidos Participação nos processos de definição de polfticas.
pela entidade com o objectivo de fazer face a com- Transacções materialmente relevantes entre a
. promissos prolongados, ·cujos rendimentos lhe investidora e a investida .
estejam adstritos, como por exemplo, fundos de Intercâmbio de pessoal de gestão.
pensões. Fornecimento de informação técnica essencial.
Depósitos bancários (conta 13.9.3): Outras empresas:
Esta rubrica destina-se a registar os depósitos Outras empresas são aquelas que não possam
bancários em instituições de crédito que não pos- ser consideradas como empresas subsidiárias nem
sam classificar-se como meios monetários. como empresas associadas.
80 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

6 - Existências encontram, igualmente, ern condições de armaze-


nagem ou venda no estado em que se encontram.
6.1- Conteúdo das rubricas
Compras (conta 21): Subprodutos (conta 25.1):
Esta rubrica destina-se a registar o custo das Esta rubrica destina-se a registar os bens de
aquisições de bens destinados a serem consumi- natureza secundária resultantes do processo pro-
dos pela empresa no seu processo produtivo ou dutivo e que são obtidos simultaneamente com os
destinados à venda e que satisfaçam os critérios produtos principais.
para reconheéimento como existências. Desperdícios, resíduos e refugos (conta 25.2):
Esta conta deverá ser movimentada da seguinte Esta rubrica destina-se a registar os bens resultan-
forma: tes do processo produtivo que não respeitem as con-
A débito, por contrapartida das contas de forne- dições para serem reconhecidos como subprodutos.
cedores. Mercadorias (conta 26):
A crédito, por contrapartida:
Esta rubrica destina-se a registar os bens adquiri-
Das contas de existências, ao longo do ano, no dos pela entidade e destinados à venda sem que
caso da entidade dispor de inventário permanente. sejam objecto de qualquer modificação.
Da conta custo das existências vendidas e das
Matérias-primas, mercadorias e outros materiais em
matérias consumidas, apenas no final do ano,
trânsito (conta 27):
no caso da entidade optar pelo sistema de
inventário intermitente. Esta rubrica destina-se a registar os bens adquiri-
dos que ainda não tenham sido recepcionados pela
Face ao exposto, no final de cada exercício esta entidade, mas para os quais já tenha sido recebida a
rubrica deverá apresentar saldo nulo. correspondente factura ou documento equivalente.
Matérias-primas (conta 22.1): Adiantamentos por conta de compras (conta 28):
Esta rubrica destina-se a registar os bens que Esta rubrica destina-se a registar os adiantamen-
irão ser incorporados materialmente nos produtos tos feitos pela entidade relativos a compras cujo
resultantes da produção. preço esteja previamente fixado.
Matérias subsidiárias (conta 22.2): · Provisão para depreciação de existências (conta 29 ):
Esta rubrica destina-se a registar os bens que Esta rubrica destina-se a registar as diferenças
irão ser usados na produção, mas que não serão relativas ao custo de aquisição ou produção, resul-
incorporados materialmente nos produtos dela tantes da aplicação dos critérios de valorimetria
resultantes. definidos para as existências, isto é, a diferença
Embalagens de consumo (conta 22.4): apurada entre o valor de custo e o valor realizável
líquido, quando o· primeiro for superior ao segundo.
Esta rubrica destina-se a registar os bens envol-
ventes ou recipientes das mercadorias e produtos, 6.2 - Definições e situações particulares
indispensáveis ao seu acondicionamento e transac-
Gastos industriais de produção fixos:
ção e que não sejam retornáveis.
Os gastos industriais de produção fixos são os
Produtos e trabalhos em curso (conta 23): custos indirectos de produção que permaneçam
Esta rubrica destina-se a registar os bens que se relativamente constantes independentemente do
enc<mtram em curso de fabricação ou produção e volume de produção.
não estão em condições de ser armazenados ou
Imputação de gastos industriais fixos:
vendidos.
A imputação de gastos industriais de produção
Produtos acabados e intermédios (conta 24): fixos é baseada na capacidade normal.
Esta rubrica destina-se a registar os seguintes Por esta razão, a quantia de gastos industriais ;

~
bens resultantes do processo produtivo da entidade: fixos imputada a cada unidade de produção não é
Produtos acabados, que se destinam a armaze- aumentada pela baixa de produção ou instalações i

i
nagem ou venda por se encontrarem acabados. inactivas.
Produtos intermédios, que embora normalmente Em períodos de produção anormalmente alta, a
se destinem a reentrar no processo de fabrico se quantia de gastos fixos imputada a cada unidade

L
Notas Explicativas 81

de produção é diminuída, a fim de que os inventá- Têm margens semelhantes, para as quais nElO é
rios não sejam medidos acima do custo. praticável usar outros métodos de custeio.

Capacidade normal: Exemplos de custos excluídos do custo dos inventários:


Capacidade normal é a produção que se espera Encontram-se excluídos do custo dos inventários,
que seja atingida em média durante um número de devendo ser reconhecidos como gastos no período
períodos ou de temporadas em circunstâncias nor- em que ocorrem, entre outros, os seguintes custos:
mais, tomando em conta a perda de capacidade Quantias anormais de matérias desperdiçadas,
resultante da manutenção planeada. de mão-de-obra ou de outros custos de produção.
Gastos industriais de produção variáveis: Custos de armazenamento, a menos que esses
Os gastos industriais de produção variáveis são custos sejam necessários no processo de produ-
os custos indirectos de produção que variam direc- ção, anterior a um novo estágio de produção.
tamente, ou quase directamente, com o volume de Gastos administrativos que não contribuam para
produção. colocar os inventários nos seus locais actuais e
Imputação de gastos industriais de produção variáveis: na sua condição de uso ou venda.

Os gastos industriais de produção variáveis são Custo de venda.


imputados a cada unidade de produção na base do Métodos de custeio:
uso real das instalações de produção. Designam-se por métodos de custeio os proces-
Imputação em casos de produção simultânea: sos destinados a medir o valor de saída dos inven-
A produção simultânea pode referir-se a: tários, quer para serem incorporados no processo
de produção, quer para serem vendidos.
Produção conjunta.
Produção da qual resulte um produto principal e Método de custeio de identificação específica:
um subproduto. Por este método são atribuídos custos específi-
Quando os custos de conversão de cada produto cos a elementos identificados de inventário.
não sejam separadamente identificáveis, a sua impu- Método de custeio do primeiro entrado, primeiro saído
tação é feita numa base racional e consistente. (uF/FO - first in first outn ):
A imputação pode ser baseada, por exemplo,_ nas Este método pressupõe. que os elementos de
vendas relativas de cada produto. inventário que foram primeiro comprados são vendi-
A maioria dos subprodutos, pela sua natureza, dos em primeiro lugar e, consequentemente, os ele-
são materialmente irrelevantes, pelo que são mui- mentos que permanecem em inventário no fim do
tas vezes medidos pelo valor realizável líquido e período são os elementos mais recentemente com-
este valor é deduzido ao custo do produto principal. prados ou produzidos.
Técnicas para medição do custo: Método de custeio do custo médio:
Designam-se por técnicas para medição do custo Por este método o custo de cada elemento é
os meios usados para medir o valor dos inventários. determinado a partir da média ponderada do custo
Método dos custos-padrão: de elementos semelhantes comprados ou produzi-
dos durante o período.
O método dos custos-padrão é uma técnica de
medição do custo que toma em consideração os A média pode ser determinada,numa ba~e perió-
níveis normais de: dica ou à medida que cada entrega adicional seja
recebida, o que depende das circunstâncias da
Matérias e materiais consumidos.
empresa.
Mão-de-obra.
Eficiência. Método de custeio do último entrado, primeiro saído
Utilização da capacidade. (((LIFO - last in first outn ):
Este método pressupõe que os elementos de
Método do retalho:
inventário que tenham sido comprados ou produzi-
Esta técnica de medição do custo é normalmente dos em último lugar são os primeiros vendidos e,
usada no sector de retalho para medir grande quan- consequentemente, os elementos remanescentes
tidade de unidades que: no inventário do fim do período são os que foram
Mudam rapidamente (têm grande rotação). comprados ou produzidos em primeiro lugar.
PLAPGC_Oó
82 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

Valor realizável líquido: Também se enquadram neste conceito de Contra-


O valor realizável líquido é o esperado preço de tos de construção os contratos de prestação de
venda de um bem deduzido dos necessários custos serviços:
previsíveis de acabamento. Que estejam directamente relacionados com a
construção dos activos.
Situações a considerar na estimativa do valor realizável
líquido: Para a destruição ou restauração de activos.
A estimativa do valor realizável líquido deve ter Para a restauração do ambiente que se segue à
por base: demolição de activos.
As provas mais fiáveis disponíveis no momento Este tipo de contratos pode assumir um dos
em que sejam feitas as estimativas relativas à seguintes tipos:
quantia que se espera realizar. Estas estimativas Contrato de preço fixado, em que o contratante
tomam em consideração: concorda com um preço fixado ou com uma taxa
As condições existentes no fim do período de fixa por unidade.
relato. Contrato de sobrecusto, em que o contratante é
As flutuações de preços ou custos directamente reembolsado por:
relacionados com acontecimentos que ocorram Custos permitidos ou definidos.
após o fim do período, na medida em que confir-
Uma percentagem sobre os custos ou uma
mem as condições anteriores.
remuneração fixada.
A finalidade com que o inventário é detido.
Método da percentagem de acabamento:
Custo de reposição:
De acordo com este método, os proveitos e cus-
Entende-se por custo de reposição aquele que a tos associados ao contrato são reconhecidos com
empresa teria de suportar para substituir um bem referência à fase de acabamento da actividade do
nas mesmas: contrato à data do Balanço. Em consequência da
Condições. utilização deste método:
Qualidades. Os proveitos e custos relacionados do contrato
Quantidades. são reconhecidos na Demonstração de resulta-
Locais de aquisição. dos nos períodos em que o trabalho é executado.
Locais de utilização. Quaisquer excessos de custos que se relacionem
Contratos de construção plurienais: com a actividade futura do contrato é reconhe-
cido como um activo na rubrica de produtos e tra-
Para efeitos do disposto neste Plano designa-se
por Contrato de construção, um contrato especifica-
balhos em curso. i
I"
Qualquer perda esperada no contrato resultante
mente negociado para a construção de um activo ou
de uma combinação de activos que estejam inter- de custos totais estimados superiores aos pro-
I
I
relacionados, ou interdependentes em termos da veitos totais estimados é imediatamente reco-
sua concepção, tecnologia e função ou do seu propó- nhecida como um custo na Demonstração de

II
sito ou uso final, como por exemplo a construção de: resultados, através da criação de uma provisão
Pontes. para depreciação de existências.
Edifícios. Condições para que o desfecho de um contrato de
Barragens. construção possa ser fiavelmente estimado:
Oleodutos.
Estradas.
Navios.
Para que o desfecho de um contrato de constr-u-
ção possa ser fiavelmente estimado, devem ser
satisfeitas todas as condições seguintes:
Ii
Túneis.
Peças complexas de equipamento:
O carácter plurienal destes contratos resulta do
Possam ser fiavelmente medidos:
Os proveitos do contrato:
Os custos incorridos do contrato, por forma a
I
facto de normalmente as datas de início e fim das que possam ser comparados com as estimativas
obras se situarem em períodos contabilísticos prévias.
diferentes. Os custos para acabar o contrato.

---~-~~~~ -~ --~ ------~-------


Notas Explicativas 83

A fase de acabamento. Haja expectativas fundamentadas de que as con-


Seja provável que os benefícios económicos asso- dições serão atingidas.
ciados com o contrato fluam para a empresa. A respectiva quantia possa ser medida com fiabi-
A empresa está normalmente em condições de lidade.
fazer estimativas fiáveis se: Exemplo de custos excluídos dos custos do contrato:
o contrato estabelecer: Encontram-se excluídos dos custos do contrato
Os direitos a cumprir por cada parte respeitante os custos que não possam ser atribuídos à activi-
ao "activo a ser construído. dade do contrato ou que a ela não possam ser
A retribuição a ser trocada. imputados, como por exemplo:

A maneira e os termos do pagamento. Custos administrativos gerais relativamente aos


quais o reembolso não esteja especificado no
Tiver um sistema interno eficaz:
contrato.
De relato.
De orçamentação financeira. Custos de vendas.
Custos de pesquisa e desenvolvimento quanto
Proveitos do contrato:
aos quais o reembolso não esteja especificado
São considerados proveitos de um contrato: no contrato.
Os proveitos iniciais acordados no contrato. Depreciação de activos fixos tangíveis ociosos
As variações subsequentes: que não sejam usados no contrato.
Para mais ou para menos, ern resultado de acor- Fase de acabamento:
dos subsequentes entre as partes.
Para determinação da fase de acabamento a em-
Para mais, baseadas em cláusulas de custo
presa deve usar o método que meça com fiabili-
escalonado.
dade o trabalho efectuado. Dependendo da natu-
Para menos, em consequência de penalidades reza do contrato os métodos podem incluir:
provenientes de atrasos causados pelo contra-
Proporção entre os custos incorridos até à data e
tante na conclusão do contrato.
os custos totais estimados do contrato. Os custos
Para mais, quando o contrato envolva um preço incorridos a considerar devem referir-se apenas ao
fixado por unidade e estas aumentem. trabalho executado devendo ser excluídos, entre
Para mais ou para menos, por alterações ao âm- outros, os seguintes:
bito do trabalho a executar previsto no contrato, Custos que se relacionem com actividades futu-
solicitadas pelo cliente (por exemplo, alterações
ras, tais como custos de materiais que ainda não
nas especificações ou concepção do produto ou
tenham sido usados ou aplicados.
no prazo do contrato).
Adiantamentos feitos a subcontratadores por
Para mais, quando o contratante procura obter, do
conta de trabalho ainda não realizado.
cliente ou de uma terceira parte, o reembolso de
custos não previstos no contrato, decorrentes, por Levantamento do trabalho executado.
exemplo, de demoras causadas pelos clientes, de Conclusão de uma proporção física do trabalho
erros nas especificações ou na concepção. contratado.
Para mais, se os níveis de desempenho especifi- Os pagamentos progressivos e Ós adiantamentos
cados forem atingidos ou excedidos, por exemplo recebidos dos clientes não são usados para deter-
incentivos ao contratador pela conclusão do con- minar a fase de acabamento porque muitas vezes
trato mais cedo do que o previsto. não reflectem o trabalho executado.
O reconhecimento destek> proveitos, como provei- Método do contrato completado:
tos de um contrato, fica condicionado pelas seguin-
De acordo com este método, os proveitos e os
tes situações:
custos associados ao contrato são acumulados
Haja condições que. os tornem prováveis. sendo reconhecidos apenas na data em que a obra
O cliente os aceite. esteja concluída ou substancialmente concluída.
Haja negociações em estado avançado que indi- Contudo, qualquer prejuízo estimado no contrato
quem que serão aceites. é reconhecido imediatamente como um gasto.

L
.

• •
84 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

7 - Terceiros Clientes - Saldos credores - Embalagens a devolver


(conta 31.9.2):
7.1 - Conteúdo· das rubricas
Esta conta, de natureza credora, regista o valor
Clientes- títulos a receber (conta 31.2):
das embalagens enviadas aos clientes por irem a
Esta conta destina-se a registar as letras saca- acondicionar os bens vendidos· mas que se desti-
das a clientes e por estes aceites. nam a ser devolvidas.
Esta conta reflecte, portanto, em qualquer mo- Esta conta será saldada da seguinte forma:
mento, as dívidas de clientes que estejam repre-
Por contrapartida da respectiva conta de clientes -
sentadas por títulos ainda não vencidos, quer este-
correntes, na data da devolução por parte do cliente.
jam em carteira, quer tenham sido descontados.
Por c_ontrapartida da respectiva conta de vendas,
O valor das letras a constar no Balanço deverá
caso as embalagens não sejam devolvidas dentro
dizer respeito às letras em carteira pelo que para o
dos prazos acordados.
respectivo apuramento deverá ser determinada a
diferença entre o saldo desta conta e a conta Clien- Clientes - Saldos credores - Material à consignação
tes -títulos descontados. (conta 31.9.3):
Esta conta, de natureza credora, é criada por con-
Clientes- títulos descontados (conta 31.3):
trapartida da respectiva conta de clientes - corren-
Esta conta tem natureza credora e destina-se a tes e regista o valor dos bens enviados à consigna-
registar as letras descontadas. ção para os clientes.
Na data de vencimento das letras esta conta de- Esta conta será saldada da seguinte forma:
verá ser debitada da seguinte forma:
Por contrapartida da respectiva conta de vendas.
Por contrapartida da conta Clientes - títulos a na data em que os bens tenham sido vendidos
receber, caso na data de vencimento a letra não deixando, portanto, de estar à consignação.
seja devolvida por falta de pagamento.
Por contrapartida da respectiva conta de Clientes
Por contrapartida da conta bancária onde o des- - correntes, em caso de devolução dos bens por
conto haja sido efectuado, caso na data de venci- não terem sido vendidos.
mento a letra seja devolvida por falta de paga-
Fornecedores- títulos a pagar (conta 32.2):
mento. Em simultâneo, deverá ser efectuada a
transferência da letra reflectida em Clientes - títu- Esta conta destina-se a registar as letras saca-
los a receber para a conta Clientes- correntes. das pelos fornecedores e aceites pela entidade.
O saldo desta conta deverá reflectir, em qualquer
O saldo desta conta reflecte, portanto, em qual-
momento, as dívidas a fornecedores não vencidas
quer momento, o valor das letras descontadas
que se encontrem representadas por letras ou ou-
ainda não vencidas que deverá figurar numa nota
tros títulos de crédito.
das Notas às contas, dado que a responsabilidade
da entidade perante o banco se mantém. Fornecedores - facturas em recepção e conferência
(conta 32.8):
Clientes de cobrança duvidosa (conta 31.8):
Esta conta destina-se a reflectir as compras, rela-
Esta conta, conforme o próprio nome indica, des-
tivas a material recebido, cujas facturas:
tina-se a registar os clientes cujos saldos tenham
Não chegaram à entidade até à data.
uma cobrabilidade duvidosa. Quando cessarem as
razões que determinaram a transferência dos sal- Embora tenham chegado à entidade, aiiÍda não
dos para esta conta, o respectivo lançamento de- se encontrem conferidas.
verá ser revertido. Aquando da contabilização definitiva da factura
Clientes - Saldos credores - Adiantamentos esta conta deverá ser saldada por contrapartida da
(conta 31;9.1): respectiva conta de Fornecedores -corrente.

Esta conta regista as entregas feitas à empresa Fornecedores - Saldos devedores - Adiantamentos
relativas a fornecimentos a efectuar a terceiros, (conta 32.9.1):
cujo preço não esteja previamente fixado. Aquando Esta conta destina-se a registar as entregas fei-
da emissão da factura, estas verbas serão transfe- tas pela empresa com relação a fornecimentos a
ridas para as respectivas contas na rubrica Clientes efectuar por terceiros, cujo preço não esteja previa-
-correntes. mente fixado.
Notas Explicativas 85

Aquando da recepção da factura, estas verbas Quando se entender conveniente, esta conta po-
deverão ser transferidas para as respectivas con- derá ser subdividida por exercícios.
tas de Fornecedores - correntes. Imposto de rendimento de trabalho (conta 34.3):
Fornecedores - Saldos devedores - Embalagens a Esta conta, de natureza credora, destina-se a
devolver (conta 32.9.2): registar o imposto deduzido aos empregados pelo
Esta conta, de natureza devedora, regista o valor rendimento do seu trabalho, apurado aquando do
das embalagens enviadas pelos fornecedores por processamento de salários.
virem a acondicionar os bens comprados mas que Esta conta será saldada por contrapartida de
se destinam a ser devolvidas ao fornecedor. Esta meios monetários aquando do respectivo paga-
conta será saldada da seguinte forma: mento ao Estado.
Por contrapartida da respectiva conta de fornecedo- Subsídios a preços (conta 34.8):
res - correntes, na data da devolução ao fornecedor.
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a
· Por contrapartida da respectiva conta de com- registar o complemento a receber do Estado, resul-
pras, caso as embalagens não sejam devolvidas tante do diferencial entre o preço de venda estabe-
ao fornecedor dentro dos prazos acordados. lecido pela empresa e o preço de venda ao público.
Fornecedores - Saldos devedores - Material à O débito deverá ser efectuado por contrapartida
consignação (conta 32.9.3): da conta 61.5 Subsídios a preços.
Esta conta, de natureza devedora, é criada por Esta conta será saldada por contrapartida de
contrapartida da respectiva conta de Fornecedores meios monetários aquando do respectivo recebi-
- correntes e regista o valor dos bens recebidos à mento do Estado.
consignação dos fornecedores. Esta conta será sal- Entidades participantes - conta subscrição
dada da seguinte forma: (contas 35.1.1.1, 35.1.2.1, 35.1.3.1, 35.1.4.1):
Por contrapartida da respectiva conta de compras, Estas contas, de natureza devedora, destinam-se
na data em que os bens tenham sido vendidos a cli- a registar, por contrapartida da conta 51 Capital, as
entes deixando, portanto, de estar à consignação. subscrições de capital efectuadas por terceiros.
Por contrapartida da respectiva conta de fornece- Estas contas serão saldadas, por contrapartida de
dores - correntes, em caso de devolução dos meios monetários, aquando do recebimento dos
bens ao fornecedor por não terem sido vendidos. valores em dívida.

Empréstimos por obrigações - convertíveis Entidades participantes - conta adiantamentos sobre


(conta 33.2.1): lucros (contas 35.1.1.2, 35.1.2.2, 35.1.3.2, 35.1.4.2):
Esta conta destina-se a registar, pelo valor nomi- Estas contas, de natureza devedora, destinam-se
nal, as obrigações subscritas por terceiros que a registar, por contrapartida de meios monetários,
sejam convertíveis em capital. as entregas efectuadas por conta de lucros fu~uros.
Estas contas serão saldadas por contrapartida das
Empréstimos por títulos de participação (conta 33.3): contas Entidades participantes - conta/lucros,
Esta conta destina-se a registar, pelo valor nominal, aquando da atribuição efectiva dos lucros.
os títulos de participação subscritos por terceiros.
Entidades participantes - conta lucros
«
Imposto sobre os lucros (conta 34.1): (contas 35.1.1.3, 35.1.2.3, 35.1.3.3, 35.1.4.3):
Esta conta destina-se a evidenciar a dívida da Estas contas, de natureza credora, des~inam-se a
entidade relativa a impostq sobre os lucros. registar, por contrapartida d~ conta 81 Resultados
A débito deverão ser registados os pagamentos transitados, a atribuição de lucros decidida em
· por conta efectuados e as eventuais retenções Assembleia-Geral de sócios/accionistas.
efectuadas por terceiros aquando da colocação de Estas contas serão saldadas da seguinte forma:
rendimentos à disposição da entidade. Por contrapartida das contas Entidades partici-
A crédito deverá ser registada a estimativa de im- pantes - conta adiantamentos, pela parte que
posto a pagar relativa ao exercício, por contrapar- haja sido adiantada.
tida da conta 87 Imposto sobre lucros e da conta Por contrapartida de meios monetários, pela
81 Resultados transitados. parte remanescente.
86 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

Entidades participadas - conta sÍibscrição Pessoa/- Adiantamentos (conta 36.3):


(contas 35.2.1.1, 35.2.2.1, 35.2.3.1. 35.2.4.1): Esta conta, de natureza devedora, destina-se a
Estas contas, de natureza credora, destinam-se a registar e controlar os vales de empregados relati-
registar, por contrapartida de Investimentos Finan- vos a adiantamentos efectuados a empregados por
ceiros, as subscrições de capital efectuadas em conta de remunerações futuras.
outras empresas. Estas contas serão saldadas, por Esta conta registará a débito, por contrapartida
contrapartida de meios monetários, aquando do de meios monetários, os adiantamentos efectua-
pagamento dps valores em dívida. dos e será saldada por contrapartida da conta Pes-
Entidades participadas - conta adiantamentos sobre soal - Remunerações, após o registo do respectivo
lucros (contas 35.2.1.2, 35.2.2.2, 35.2.3.2, 35.2.4.2): processamento de salários.
Estas contas, de natureza credora, destinam-se a Compras de imobilizado (conta 37.1):
registar, por contrapartida de meios monetários, as Esta conta de natureza credora, destina-se a
entregas recebidas por conta de lucros futuros. registar as dívidas para com terceiros resultantes
Estas contas serão saldadas, por contrapartida das de compras de imobilizado.
contas Entidades participadas - conta lucros,
Esta conta registará a crédito, por contrapartida
aquando da atribuição efectiva dos lucros.
das respectivas contas de imobilizado, os valores
Entidades participadas - contajlucros em dívida e será saldada por contrapartida ele
(contas 35.2.1.3, 35.2.2.3, 35.2.3.3, 35.2.4.3): meios monetários aquando do pagamento.
Estas contas, de natureza devedora, destinam-se
Vendas de imobilizado (conta 37.2):
a registar, por contrapartida de proveitos financei-
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a
ros, a atribuição de lucros decidida em Assembleia-
registar as dívidas de terceiros resultantes de ven-
-Geral de sócios/accionistas das participadas.
das de imobilizado.
Estas contas serão saldadas da seguinte forma:
Estas contas registarão a débito, por contrapar-
Por contrapartida das contas Entidades participa-
tida das contas de resultados respectivas, os valo-
das - conta adiantamentos, pela parte que haja
res facturados e serão saldadas por contrapartida
sido recebida adiantadamente.
de meios monetários aquando do recebimento.
Por contrapartida de meios monetários, aquando
· Proveitos a facturar (conta 37.3):
do recebimento da parte remanescente.
Esta conta, de natureza devedora, serve de con-
Pessoa/- Remunerações (conta 36.1):
trapartida aos proveitos a reconhecer no próprio
Esta conta, de natureza credora destina-se a exercício, para os quais ainda não tenha sido emi-
registar e controlar o processamento e pagamento tida a respectiva documentação vinculativa, por
das remunerações a órgãos sociais e ao pessoal. forma a dar cumprimento ao princípio da especiali-
Esta conta registará a crédito, por contrapartida zação dos exercícios.
de custos, os valores líquidos a pagar resultantes No exercício seguinte, esta conta deverá ser
do processamento de salários e será saldada da saldada por contrapartida da respectiva conta de
seguinte forma: Terceiros após ter sido emitida a respectiva docu-
Por contrapartida da conta 36.3 Pessoal - adian- mentação vinculativa.
tamentos, pela parte que haja sido adiantada.
Encargos a repartir por períodos futuros (conta 37.4):
Por contrapartida de meios monetários, aquando
Esta conta, de natureza devedora, destina-se a
do pagamento na parte remanescente.
registar os custos que devam ser reconhecidos
Pessoal- Participação nos resultados (conta 36.2): apenas no ou nos exercícios seguintes, por forma a
Esta. conta, de natureza credora, destina-se a dar cumprimento ao princípio da especialização dos
registar e controlar os resultados atribuídos a ór- exercícios.
gãos sociais e ao pessoal que tenham sido delibe- No exercício ou exercícios em que os encargos
rados em Assembleia-Geral de sócios/accionistas. devam ser reconhecidos como custos, esta conta
Esta conta registará a crédito, por contrapartida deverá ser creditada por contrapartida da conta de
da conta 81 Resultados transitados, os valores custos apropriada.
líquidos a pagar e serão saldadas por contrapartida Para um maior controlo dos movimentos a incluir
de meios monetários, aquando do pagamento. nesta conta, poderão ser abertas duas subcontas,

L
Notas Explicativas 87

uma de natureza devedora e outra de natureza cre- cada exercício deverá ser apurada na mesrna base
dora, destinadas a controlar, respectivamente, o da determinação das amortizações do imobilizado
valor inicial diferido e o total do valor já transferido a que os subsídios se referem, por forma a cumprir
para resultados em exercícios subsequentes. Neste com o princípio de balanceamento de custos e
caso, no final de cada ano, o total dos encargos a proveitos.
repartir por exercícios futuros é dado pelo saldo lí- Proveitos a repartir por períodos futuros - Diferenças de
quido das subcontas utilizadas. câmbio favoráveis reversíveis (conta 37.6.4):
Enca~gos a pagar (conta 37.5): Esta conta, de natureza credora, destina-se a
Esta conta, de natureza credora, serve de contra- registar as diferenças de ·câmbio favoráveis não
partida aos custos a reconhecer no próprio exercí- realizadas, resultantes de elementos monetários
cio, para os quais ainda não tenha sido recebida a não correntes e relativamente às quais exista a
respectiva documentação vinculativa, por forma a perspectiva de reversibilidade do câmbio.
dar cumprimento ao princípio da especialização dos Esta conta poderá ser subdividida por moedas ou
exercícios. e
por empréstimos outras operações.
No exercício seguinte esta conta deverá ser sal- Contas transitórias - Transacções entre a sede e as
dada por contrapartida da respectiva conta de ter- dependências da empresa (conta 37. 7.1):
ceiros após ter sido recebida a respectiva docu- Esta conta destina-se a registar, ao longo do ano,
mentação vinculativa. as operações entre a sede e as dependências da
Encargos a pagar- Remunerações (conta 37.5.1): empresa, sendo a sua movimentação idêntica a
Esta conta destina-se a reconhecer, entre outros, qualquer outra conta de Terceiros.
os custos com férias do pessoal (e respectivos encar- No final do ano, esta conta deverá ficar saldada
gos fiscais) devidos por motivo de férias, cujo proces- através da integração, nas contas da Sede, dos
samento e pagamento só ocorra no ano seguinte. activos e passivos das dependências.

Proveitos a repartir por períodos futuros (conta 37.6): Para uma maior facilidade de controlo, esta conta
deverá ser subdividida em tantas subcontas quan-
Esta conta, de natureza credora, destina-se a re-
tas as dependências existentes.
gistar os proveitos que devam ser reconhecidos
apenas no ou nos exercícios seguintes, por forma a Outros valores a receber e a pagar (conta 37.9):
dar cumprimento ao princípio da especialização dos As subcontas a incluir nesta rubrica, dependendo
exercícios. da sua natureza, poderão ter saldo devedor ou cre-
No exercício ou exercícios em que devam ser dor. Estão abrangidas por esta rubrica as dívidas a
reconhecidos como proveitos, esta conta deverá receber ou a pagar derivadas de:
ser debitada por contrapartida da conta de provei- Empréstimos concedidos que não sejam de clas-
tos apropriada. sificar nas contas 35 Entidades participantes ou
Para um maior controlo dos movimentos a incluir na conta 36.3 Pessoal- Adiantamentos.
nesta conta, poderão ser abertas duas subcontas, Subsídios recebidos que sejam de natureza reem-
uma de natureza credora e outra de natureza deve- bolsável.
dora, destinadas a controlar, respectivamente, o Outras operações relativas a dívidas de e a tercei-
valor inicial diferido e o total do valor já transferido ros que não sejam de classifipar nas' restantes
para resultados em exercícios subsequentes. Neste contas da classe 3.
caso, no final de cada ano, o total dos proveitos a
Provisões para cobranças duvidosas (conta 38):
repartir por exercícios futuros é· dado pelo saldo lí-
quido das subcontas utilizÇldas. Esta conta, de natureza credora, destina-se a
registar as perdas previsíveis associadas a riscos
· Proveitos a repartir por períddos futuros - Subsídios de cobrança das dívidas de Terceiros, por forma a
para investimento (conta 37.6.3): que estas sejam apresentadas pelo seu valor reali-
Devem ser registados nesta conta os subsídios a zável líquido se este for inferior ao seu valor de re-
fundo perdido destinados a financiar imobilizações gisto inicial (corrigido, eventualmente, pelo efeito
a mo rtizáve is. das diferenças de câmbio).
A quota-parte dos subsídios a transferir para pro- As provisões são criadas por contrapartida das
veitos (conta 63.4- Subsídios a investimento) em correspondentes contas de custos e são corrigidas
88 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

ou anuladas quando, respectivamente, se reduzam Acima do par.


ou cessem os motivos que as originaram. Abaixo do par.
Provisões para outros riscos e encargos (conta 39 ): Quanto ao rendimento:
Esta conta, de natureza credora, destina-se a Fixo.
registar as perdas previsíveis associadas a riscos Variável.
de natureza específica e provável (contingências).
Quanto ao valor do reembolso:
As provisões são criadas por contrapartida das
Sem prémio.
correspondentés contas de custos e são corrigidas
Com prémio.
ou anuladas quando, respectivamente, se reduzam
ou cessem os riscos previstos. Quanto ao modo de reembolso:
Provisões para pensões (conta 39.1): Amortização constante.
Amortização variável.
Esta provisão pode ter como suporte um fundo
afecto, a considerar na conta 13.5 Investimentos Quanto à possibilidade de acesso ao capital:
Financeiros - Fundos. Convertíveis.
Provisões para garantias dadas a clientes (conta 39.4). Não convertíveis.
Consideram-se nesta rubrica as verbas destina- Títulos de participação:
das a suportar os encargos que se espera vir a ter Os títulos de participação são unidades de me-
derivados de garantias previstas em contratos de dida, de igual valor, de cada empréstimo, emitidos
venda. Excluem-se do âmbito desta rubrica os rédi- por empresas públicas ou de capitais maioritaria-
tos que devam ser diferidos de acordo corn o dis- mente públicos.
posto nas notas relativas a conta de Prestações de
Os títulos de participação correspondem, por-
Serviço.
tanto, a uma dívida da sociedade emitente para
7.2 -Definições com cada um dos possuidores dos títulos.

Obrigações:
8 - Meios monetários
As obrigações são unidades de medida, de igual
valor, de cada empréstimo. _Os meios monetários representam disponibilida-
des imediatas de tesouraria, quer em dinheiro, quer
As obrigações correspondem, portanto, a uma dí-
em valores, facilmente convertíveis em dinheiro.
vida da sociedade emitente para com cada um dos
possuidores dos títulos. 8.1 - Conteúdo das rubricas
Classificação das obrigações: Títulos negociáveis (conta 41):
Quanto à forma de apresentação: Esta conta destina-se a registar os títulos adquiridos
Tituladas. para aplicação de excedentes de tesouraria e que são
Escriturais. detidos com o objectivo de serem transaccionados a
curto prazo, ou seja, num período inferior a um ano.
Quanto às garantias oferecidas:
Depósitos a prazo (conta 42):
Sem garantias reais.
Esta conta destina-se a registar os meios de
Ordinárias.
pagamento existentes em contas a prazo nas insti-
Com garantias reais.
tuições de crédito.
Hipotecárias.
Consignação de rendimentos. Depósitos à ordem (conta 43):

Penhor. Esta conta destina-se a registar os meios de


pagamento existentes em contas à vista nas insti-
Quanto à forma de emissão: tuições de crédito.
Nominativas.
Ao portador.
Mistas.
Caixa (conta 45):
Esta conta agrega os meios de pagamento, tais
II
como notas de banco, moedas metálicas de curso
Quanto ao preço: legal, cheques e vales postais, nacionais ou estran- iI
Ao par. geiros.

---·------~~~ -·~----- ----·~~~


L_
Notas Explicativas 89

Caixa- Fundo fixo (conta 45.1): O responsávei pela caixa mudar.


Esta conta destina-se a reflectir os meios de Nessa data, deverá ser:
pagamento destinados a fazer face a compras a di- Cancelado o vale anteriormente emitido.
nheiro de pequeno montante.
Emitido novo vale que deverá ser assinado pelo
Caixa- Valores a depositar (conta 45.2): responsável pela caixa a partir dessa data.
Esta conta destina-se a reflectir os meios mone- A contrapartida do crédito será um débito na
tários compostos por dinheiro ou cheques que mesma conta tendo por base o novo vale.
r
resultem de recebimentos de Terceiros e para os
Os pagamentos efectuados mediante a utilização
quais ainda não tenha sido efectuado o correspon-
dos meios monetários desta caixa deverão ser
dente depósito bancário.
registados a débito nas respectivas contas de cus-
Caixa - Valores destinados a pagamentos específicos tos e a crédito numa das seguintes contas:
(conta 45.3): Bancos - se for passado um cheque à ordem do
Esta conta destina-se a registar os meios mone- responsável pela caixa para reposição do valor do
tários levantados do banco com o objectivo de fazer fundo fixo.
face a pagamentos de montante significativo atra- Caixa -valores destinados a pagamentos especí-
vés de caixa que, em condições normais, seriam ficos, se forem entregues ao responsável pela
pagos directamente através do banco. caixa valores em dinheiro para repor o valor do
fundo fixo.
Caixa- Conta transitória (conta 48):
Esta conta destina-se a registar os meios mone- Os valores em caixa, compostos por meios mone-
tários que já não se encontram em depósitos à tários e documentos de despesa devem, em qual-
quer momento, totalizar o valor do fundo fixo. No
ordem por ter sido solicitada, a uma instituição
final de cada mês o fundo fixo deverá ser composto
financeira, a sua transferência para uma terceira
exclusivamente por meios monetários.
entidade mas relativamente aos quais ainda não foi
obtida confirmação da efectivação da operação.
9 - Capital e reservas
Provisões para aplicações de tesouraria (conta 49):
9.1 - Conteúdo das rubricas
Esta conta destina-se a registar a diferença entre
Capital (conta 51):
o custo de aquisição e o preço de mercado das apli-
cações de tesouraria, quando este for inferior Esta conta destina-se a registar:
àquele. O capital nominal subscrito das empresas sob a
forma de sociedade.
A provisão é constituída por contrapartida da cor-
respondente conta de custos e é corrigida ou anu- O capital inicial e as dotações de capital das
lada na medida em que se reduzirem ou deixarem de empresas p0blicas.
existir as situações que justificaram a constituição. O capital inicial, o adquirido e ainda as operações
de natureza financeira com o respectivo proprietá-
8.2 - Situações particulares rio no caso de comerciantes em nome individual.
Caixa- Fundo fixo (conta 45.1): O capital das cooperativas.
Esta conta deverá ser debitada por contrapartida de:
Acções/Quotas próprias - valor nominal (conta 5~.l):
Bancos, tendo por base um cheque passado à
Esta conta destina-se .a registar o valor nominal
ordem do responsável pela caixa e um vale assi- das acções ou quotas próprias adquiridas pela
nado por este, confirmando a recepção e a res- empresa.
ponsabilização pelo valor que lhe foi entregue; ou
Acções/Quotas próprias- descontos (conta 52.2):
Caixa -valores destinados a pagamentos especí-·
Esta conta destina-se a registar a diferença
ficos, tendo por base um vale assinado pelo res-
quando positiva entre o valor nominal das acções
ponsável da caixa, confirmando a recepção e a
ou quotas próprias adquiridas pela empresa e o
responsabilização pelo valor que lhe foi entregue.
respectivo custo de aquisição.
Esta conta será creditada apenas quando: De forma a manter os descontos corresponden-
For necessário diminuir o valor do fundo fixo; ou tes às acções ou quotas próprias em carteira, esta
90 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

conta deverá ser regularizada por contrapartida de Estas reservas nao podem pois ser utilizadas
reservas quando se proceder à venda das acções para aumentar capital, para cobrir prejuízos ou para
ou das quotas próprias. distribuição aos sócios e accionistas.

Acções/Quotas próprias- prémios (conta 52.3): Reservas de Reavaliação - autónomas - realização


Esta conta destina-se a registar a diferença, (conta 56.2.2):
quando negativa, entre o valor nominal das acções Esta conta destina-se a registar a realização efec-
ou quotas próprias adquiridas pela empresa e o tiva dos ajustamentos monetários resultantes de
respectivo óusto de aquisição. avaliações feitas por perito independente (incluindo
as correcções subsequentes baseadas em revisões
De forma a manter os prémios correspondentes
post.eriores da avaliação) contabilizadas na conta
às acções ou quotas próprias em carteira, esta
Reservas de Reavaliação autónomas - avaliação
conta deverá ser regularizada por contrapartida de
(conta 56.2.1) que ocorram em resultado de:
reservas quando se proceder à venda das acções
ou das quotas próprias. Venda dos bens.
Amortização do ajustamento monetário incluído
Prémios de emissão (conta 53):
nas amortizações dos bens já efectuàdas.
Esta conta destina-se a registar a diferença entre
os valores de subscrição das acções ou quotas Esta conta, de natureza devedora, deve ser:
emitidas e o seu valor nominal. Criada por contrapartida da conta 58 Reservas
livres.
Prestações suplementares (conta 54):
Corrigida em função das correcções subsequen-
Esta conta destina-se a registar as prestações de
tes da avaliação.
capital:
Anulada por contrapartida da conta Reservas de
Previstas na lei especificamente para as socieda-
Reavaliação- autónomas -avaliação (conta 56.2.1)
des por quotas.
quando atinja o mesmo valor desta.
Não previstas na lei, para as restantes entidades
sujeitas a este Plano, rnas cujo carácter seja Reservas com fins especiais (conta 57):
semelhante ao definido para as das sociedades Esta conta destina-se a registar reservas afectas
por quotas. a um determinado fim específico.

Reservas Legais (conta 55):


10 - Notas gerais sobre os proveitos
Esta conta destina-se a registar as reservas que
devam ser constituídas por imposição legal e de- 10.1 Definições
verá ser subdividida, consoante as necessidades, Rédito:
tendo em vista a legislação que lhes é aplicável. Rédito é o influxo bruto de benefícios económicos,
durante o período, proveniente do curso das activida-
Reservas de Reavaliação- legais (conta 56.1):
des ordinárias de uma entidade, recebidos ou a rece-
Esta conta destina-se a registar os ajustamentos
ber de sua própria conta, quando esses influxos
monetários resultantes de faculdades previstas em
resultarem em aumentos de capital próprio, desde
diplomas legais específicos e será movimentada de
que não sejam aumentos relacionados com contri-
acordo com as disposições neles constantes. buições de participantes no capital próprio.
Reservas de Reavaliação - autónomas - avaliação O rédito deve ser medido pelo justo v~lor da retri-
(conta 56.2.1): buição recebida ou a receber, acordada entre a em-
Esta conta destina-se a registar os ajustamentos presa e o comprador ou utente do activo, tendo em
monetários resultantes de avaliações feitas por atenção a quantia de quaisquer descontos comerci-
perito independente, bem como as correcções subse- ais e de abatimentos de volume concedidos pela
quentes baseadas em revisões posteriores da avalia- entidade.
ção. Salvo quanto às correcções já referidas, o saldo Quando surja uma incerteza acerca da cobrabili-
desta conta mantém-se inalterável até que a conta dade de uma quantia já incluída no rédito, a quantia
Reservas de Reavaliação autónomas - realização incobrável ou a quantia a respeito da qual a recupe-
(conta 56.2.2) atinja o mesmo valor, devendo, ração tenha deixado de ser provável é reconhecida
quando. tal acontecer, proceder-se ao respectivo como um gasto e não como um ajustamento da
balanceamento/ anulação. quantia do rédito originalmente reconhecido. I

L
Notas Explicativas 91

10.2 - Situações particulares 11- Vendas


Influxos com recebimento diferido: 11.1 - Conteúdo das rubricas
Quando um influxo de dinheiro ou equivalentes de Vendas (conta 61):
dinheiro for diferido, o justo valor da retribuição Esta conta destina-se a registar o rédito proveni-
pode ser menor do que a quantia nominal do di- ente da venda de bens.
nheiro recebido ou a receber. Nestes casos, quando
Para este efeito, o termo bens incluí bens produ-
o influxo constitua uma transacção de financia-
zidos pela entidade com a finalidade de serem ven-
mento, o justo valor da retribuição deve ser determi-
didos e bens comprados para revenda, tais como
nado, descontando todos os recebimentos futuros,
mercadorias compradas por um retalhista ou terre-
utilizando uma taxa de juro imputada. Esta taxa é a
nos e outras propriedades detidas para revenda.
mais claramente determinável de:
Subsídios a preços (conta 61.5):
Taxa de um instrumento similar de um emitente
com uma classificação de crédito similar. Esta conta destina-se a registar os subsídios a rece-
ber do Estado destinados a complementar os preços
Taxa de juro que desconte a quantia nominal do
de venda de bens que tenham sido por ele fixados.
instrumento para o preço de venda corrente, a di-
nheiro, dos bens ou serviços. Devoluções (conta 61. 7):
A diferença entre o justo valor e a quantia nominal Esta conta destina-se a registar as devoluções de
da retribuição é reconhecida como rédito de juros. clientes relativas a bens que anteriormente lhe te-
nham sido vendidos.
Influxos resultantes de troca de bens:
Para um maior controlo, as subcontas Mercado
Quando os bens sejam vendidos ou os serviços Nacional e Mercado Estrangeiro poderão ser desen-
sejam prestados em troca de bens ou serviços disse- volvidas por natureza de bens devolvidos.
melhantes, a troca é vista como uma transacção que
· gera réditos. O rédito é medido da seguinte forma: Descontos e abatimentos (conta 61.8):

Pelo justo valor dos bens ou serviços recebidos Esta conta destina-se a registar os descontos e
ajustados pela quantia transferida de qualquer abatimentos em vendas que revistam a forma de
dinheiro ou seus equivalentes ou quando este descontos comerciais.
não possa ser medido com fiabilidade. Para um maior controlo, as subcontas Mercado
Pelo justo valor dos bens entregues ajustados Nacional e Mercado Estrangeiro poderão ser desen·
pela quantia transferida de qualquer dinheiro. volvidas por natureza de bens devolvidos.

Influxos resultantes de transacção única mas com 11.2- Situações particulares


componentes separadamente identificáveis: Avaliação da transferência de riscos e recompensas da
Quando numa transacção única existam compo- propriedade para o comprador:
nentes separadamente identificáveis, estas devem Esta avaliação exige um exame das circunstâncias
ser analisadas em separado para efeitos de reco- da operação. Na maior parte dos casos, esta transfe-
nhecimento do rédito. Por exemplo, quando o preço rência coincide com a transferência do documento
de venda de um produto inclua uma quantia identifi- legal ou da passagem de posse para o compradÇ>r.
cável de serviços subsequentes, essa quantia deve
Tratamento quando existe incerteza sobre se os
ser diferida e reconhecida como um rédito durante
benefícios económicos associados com a transacção
o período em que o serviço seja desempenhado.
irão fluir para a entidade:
Influxos resultantes de transacções com forma separada A certeza sobre se os benefícios ec.onómicos
mas com uma substância económica única: associados com a transacção irão fluir para a enti-
Quando em transacções com forma separada dade muitas vezes só ocorre depois da retribuição
exista uma substância única, estas devem ser ana- ser recebida ou de uma incerteza ser removida. Por
lisadas em conjunto para efeitos de reconheci- exemplo, pode ser incerto que uma autoridade
mento do rédito, Por exemplo, se ao vender deter- governamental estrangeira conceda permissão
minado bem se entrar num acordo separado para o para remeter a retribuição de uma venda num pafs
recomprar numa data posterior, negando assim os estrangeiro. Neste caso, o rédito só deve ser reco-
efeitos substantivos das transacções, estas devem, nhecido quando a permissão seja concedida, isto é,
por conseguinte, ser tratadas conjuntamente. quando a incerteza é retirada.
92 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

Exemplo de situações em que a entidade retém os riscos Os bens em poder do_ vendedor. estejam identifi-
significativos e as recompensas da propriedade e em cados e prontos para entrega ao comprador no
que o rédito não deve ser reconhecido: momento em que a venda é reconhecida.
Quando a entidade retenha uma obrigação por O comprador acuse especificamente a recepção
execução não satisfatória, não coberta por cláu- das instruções de entrega diferida.
sulas normais de garantia. Sejam aplicadas as condições usuais de pagamento.
Quando o recebimento do rédito de uma dada Venda de bens sujeitos a instalação e inspecção:
venda est~ja dependente da obtenção de rédito,
Nas vendas de bens sujeitos a instalação, o ré-
pelo comprador, pela sua venda dos bens.
dito é reconhecido imediatamente após aceitação
Quando os bens expedidos estejam sujeitos à da entrega por parte do comprador quando:
instalação e esta seja uma parte significativa do O processo de instalação seja simples por natu-
contrato que ainda não tenha sido concluído. reza e caiba por isso ao comprador fazê-la.
Quando o comprador tenha o direito de rescindir A inspecção seja efectuada apenas para confir-
a compra por uma razão especificada no contrato mar a natureza e qualidade dos bens.
de venda e a entidade não esteja segura acerca
Venda de bens quando tenha sido negociado um direito
da probabilidade da dévolução.
limitado de devolução:
Exemplo de situações em que a entidade retém somente Nas vendas de bens em que tenha sido negociado
um risco de propriedade insignificante: um direito limitado de devolução o rédito deve ser
Retenção do documento legal dos bens unica- reconhecido apenas quando os bens tenham sido:
mente para proteger a cobrabilidade da quantia Formalmente aceites pelo comprador; ou
devida. Neste caso, se a entidade tiver transfe-
Entregues e o período de tempo para devolução
rido os riscos e recompensas significativos da
tenha expirado.
propriedade, a transacção é uma venda e o rédito
deve ser reconhecido. Venda de bens à consignação:

Venda a retalho quando for oferecido um reem- Nas vendas de bens à consignação o receptor
bolso se o cliente não ficar satisfeito. Neste caso (comprador) encarrega-se de vender os bens por
. conta do expedidor (vendedor). Desta forma o ré-
o rédito deve ser reconhecido desde que o vende-
dito só deve ser reconhecido pelo expedido r quando
dor possa estimar com fiabilidade (com base em
os bens são vendidos a um terceiro pelo receptor.
experiência anterior e outros factores relevantes)
as devoluções futuras e reconheça um passivo Venda de bens a intermediários, tais como distribuidores,
correspondente. negociantes ou outros para revenda:
Nas vendas de bens a intermediários, tais como
Tratamento quando os custos não podem ser fiavelmente
distribuidores, negociantes ou outros para revenda
medidos:
em que o comprador esteja actuando, em substân-
Os custos, incluindo garantias e outros custos, a
cia, como um agente, o rédito é reconhecido como
serem incorridos após a expedição dos bens podem se tratasse de uma venda à consignação.
normalmente ser medidos com fiabilidade quando
Nos restantes casos, o rédito deve ser reconhe-
as outras condições para o reconhecimento do ré-
cido com base nos critérios gerais de reconheci-
dito tenham sido satisfeitas. Porém, quando tal não
mento do rédito.
acontecer, o rédito não pode ser reconhecido pelo
que qualquer retribuição já recebida pela, venda dos Vendas nas quais os bens sejam entregues somente
bens deve ser reconhecida como um passivo. quando o comprador faça o pagamento final de uma
série de prestações:
Vendas do tipo ((facture mas não faça.~ expediçãoN:
Por norma, o rédito de vendas nas quais os bens
Nas vendas do tipo ~<facture mas não faça a expe- sejam entregues somente quando o comprador
dição», por norma, a entrega é retardada a pedido faça o pagamento final de uma série de prestações
do comprador, mas este fica com o título de posse deve ser reconhecido apenas quando os bens
e aceita a facturação. Nestas condições, o rédito é sejam entregues.
reconhecido desde que: Contudo, o rédito pode ser reconhecido quando um
Seja provável que a entrega venha a ser feita. depósito significativo tenha sido recebido desde que:
Notas Explicativas 93

A experiência indique que a rnaior parte de tais As subcontas Mercado Nacional e Mercado
vendas são consumadas. Estrangeiro deverão ser desenvolvidas por natureza
Os bens estejam na posse do vendedor e identifi- de serviços prestados.
cados e prontos para entrega ao comprador.
Descontos e abatimentos (conta 62.8):
Venda a prestações: Esta conta destina-se a registar os descontos e
Nas vendas a prestações, a retribuição é rece- abatimentos em prestações de serviço que revis-
bida a prestações pelo que o valor total da retribui- tam a forma de descontos comerciais.
ção inclui o preço da venda e uma quantia referente
Para um maior controlo, as subcontas Mercado
a juros. O preço de venda é o valor presente do
Nacional e Mercado Estrangeiro poderão ser desen-
total da retribuição determinado com base no des-
volvidas por natureza de serviços prestados.
conto para o momento presente das prestações a
receber, usando uma taxa de juro imputada.
12.2 - Definições e situações particulares
O rédito das vendas a prestações deve ser reco-
Fase de acabamento da transacção:
nhécido da seguinte forma:
O correspondente ao preço de venda, na data da O reconhecimento do rédito com base na fase de
venda. acabamento da transacção é por vezes denomi-
O correspondente à quantia de juros·, à medida nado corno o método da percentagem de anulação
que for ganho. segundo o qual o rédito é reconhecido nos períodos
contabilísticos em que o serviço é prestado.
Assinaturas de publicações:
Neste método, aplicam-se com as necessárias
O rédito resultante de assinaturas de publicações
adaptações as disposições relativas a contratos
deve ser reconhecido da seguinte forma:
plurienais constantes das notas explicativas relati-
Proporcionalmente ao período ern que as publica-
vas a existências.
ções sejam expedidas, quando estas sejam de
valor semelhante em cada período de tempo. Métodos para a determinação da fase de acabamento
Proporcionalmente ao valor total das publicações, da transacção:
quando estas variam de valor de período para Para a determinação da fase de acabamento da
período. transacção, deve ser usado o método mais fiável
para medir os serviços executados. Dependendo
12 - Prestações de serviços da natureza da transacção os métodos podem
12.1 - Conteúdo das rubricas incluir:
Prestações de serviços (conta 62): Levantamentos do trabalho executado.
Esta conta destina-se a registar o rédito proveni- Serviços executados até à data como uma percen-
ente da prestação de serviços. tagem do total dos serviços a serem prestados.
A prestação de serviços envolve tipicamente o A proporção que os custos incorridos até à data
desempenho por uma entidade de uma tarefa contra- tenham com os custos totais estimados da tran-
tualmente acordada durante um período de tempo sacção. Para este efeito somente os custos que
igualmente acordado que pode ser prestada dentro de reflictam trabalho executado até à data devem
um período único ou durante mais do que um período.
ser considerados para determinação
t
dos custos
Prestações de serviços - serviços principais (conta 62.1 ): incorridos até à data e somente os custos que
Esta conta destina-se a registar as prestações de reflictam trabalho executado ou a executar devem
serviço que façam parte da actividade da entidade ser incluídos nos custos totais estimados da
e que sejam executadas a título principal. transacção. Nem sempre os pagamentos pro-
As subcontas Mercad~ Nacional e Mercado gressivos e os adiantamentos recebidos de clien-
Estrangeiro deverão ser desenvolvidas por natureza tes reflectem os serviços executados.
de serviços prestados. Elementos facilitadores da determinação de estimativas
Prestações de serviços - serviços secundários (conta 62.2): fiáveis:
Esta conta destina-se a registar as prestações de Normalmente, a empresa está em condições de
serviço que façam parte da actividade da entidade e fazer estimativas fiáveis se tiver acordado com os
que não sejam consideradas actividades principais. parceiros da transacção o seguinte:
t4 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

Os direitos que cada uma das partes está obri- Bilhetes de admissão:
gada a cumprir quanto ao serviço a ser prestado O rédito relativo a bilhetes de admissão para um
e recebido pelas partes. ou mais acontecimentos deve ser reconhecido da
A retribuição a ser dada. seguinte forma:
A maneira e os termos da liquidação. Na data em que o acontecimento tiver lugar,
quando o rédito resultar de desempenhos artísti-
Tratamento quando o desfecho da transacção não pode
ser fiavelmente estimado: cos, de banquetes e de outros acontecimentos
i
especiais.
Quando o desfecho da transacção não puder ser
fiavelmente estimado nenhum lucro deve ser reconhe- À medida que os serviços sejam executados,
cido mas devem ser usados os seguintes critérios: quando for vendida uma assinatura para um nú-
mero de acontecimentos.
Se se espera que os custos incorridos possam
ser recuperados, o rédito deve ser reconhecido Propinas de ensino:
nessa medida. O rédito relativo a propinas de ensino deve ser
Se se espera que os custos incorridos não pos- reconhecido durante o período de instrução:
sam vir a ser recuperados, o rédito não deve ser Quotas de iniciação, entrada e associativismo:
reconhecido mas os custos incorridos devem ser
· O rédito relativo a quotas deve ser reconhecido
reconhecidos como um gasto.
da seguinte forma:
Honorários de instalação: De imediato e na totalidade, quando:
Os honorários de instalação são reconhecidos (i) não exista nenhuma incerteza significativa
como rédito da seguinte forma: quanto à cobrabilidade; e
Na data do reconhecimento da venda dos bens,
(ii) a quota permitir apenas o associativismo e
se forem inerentes a essa venda.
todos os outros serviços ou produtos tenham de
De acordo com a fase de acabamento, se não ser pagos em separado.
forem inerentes à venda.
Numa base que reflicta a tempestividade. natu-
Honorários de desenvolvimento de software a pedido do reza e valor dos benefícios proporcionados, quando
cliente: a quota der direito a:
Os honorários de desenvolvimento de software a (i) serviços ou publicações a serem proporciona-
pedido do cliente são reconhecidos como rédito das durante o período de associação; ou à
com referência à fase de acabamento do desenvol-
(ii) compra de bens ou serviços a preços mais
vimento (incluindo conclusão dos serviços proporci-
baixos do que os debitados a não sócios.
onados por assistência de serviços pós entrega).
Honorários de serviços incluídos no preço dos bens 13- Outras rubricas de proveitos
vendidos:
13.1 - Conteúdo das rubricas
Os honorários de serviços incluídos no preço dos
Serviços suplementares (conta 63.1):
bens vendidos são reconhecidos como rédito durante
o período em que tais serviços serão prestados, se a Esta conta destina-se a registar proveitos ineren-
quantia dos serviços subsequentes incluída no preço tes ao valor acrescentado, de actividades que não
dos bens puder ser estimada. A quantia do rédito a sejam próprias da actividade da entidade. •
diferir na data da venda dos bens deve ser aquela Royalties (conta 63.2):
que cubra os custos esperados dos serviços acorda-
Esta conta destina-se a registar os proveitos deriva-
dos e o lucro razoável desses serviços.
dos do uso, por terceiros de 'imobilizados da entidade,
Comissões de publicidade: como por exemplo, patentes, marcas, copyrights e
O rédito das comissões de publicidade deve ser software de computadores.
reconhecido da seguinteJorma: Subsídios à exploração (conta 63.3 ):
Em referência à fase de acabamento, no caso do Esta conta destina-se a registar subsídios a fundo
rédito se referir a comissões de produção. perdido concedidos à entidade, com a finalidade de
Quando o respectivo anúncio Uornais, rádio ou tele- cobrir custos que não se relacionem com investi-
visão) surja perante o público, nos restantes casos. mentos em imobilizados.
Notas Explicativas 95

Subsídios a investimento (conta 63.4): Proveitos e ganhos financeiros- juros (conta 66.1):
Esta conta destina-se a registar os subsídios a Esta conta destina-se a registar os juros resultan-
fundo perdido concedidos à entidade destinados a tes do uso, por terceiros, de dinheiro ou seus equiva-
financiar imobilizados amortizáveis. lentes, quer resultem de investimentos ou aplicações
O registo é feito apenas pela quota-parte do ano financeiras da entidade ou de atraso no recebimento
que se destine a compensar os custos relaciona- de quantias devidas por terceiros.
dos, a qual deverá ser determinada de acordo com Proveitos e ganhos financeiros - diferenças de câmbio
as di,sposições constantes da rubrica 37 .6.3 Pro- favoráveis- realizadas (conta 66.2.1):
veitos a repartir por exercícios futuros - subsídios
Esta conta destina-se a registar as diferenças de
para investimento.
câmbio favoráveis não realizadas relacionadas com
Variação nos inventários de produtos acabados e de as actividades operacionais da entidade e com o
produção em curso (conta 64): financiamento de activos que não sejam de imputar
Esta conta. destina-se a registar: a imobilizado ou a existências.
A crédito, a compensação dos custos incorridos e São consideradas diferenças de câmbio realiza-
registados, por natureza, nas respectivas contas das aquelas que resultem do diferencial entre o
de custos, que se relacionem com custos neces- valor de registo da dívida na data do reconheci-
sários à produção de bens e que devam, por essa mento inicial da transacção e o valor pelo qual a
razão, ser transferidos para existências. dívida tenha sido paga ou recebida.
A débito, os custos da produção vendida. Proveitos e ganhos financeiros - diferenças de câmbio
favoráveis- não realizadas (conta 66.2.2):
O efeito líquido dos movimentos referidos dá,
obviamente, a variação ocorrida nos produtos aca- Esta conta destina-se a registar as diferenças de
bados e na produção em curso. câmbio favoráveis não realizadas relacionadas com
as actividades operacionais da empresa e com o
Caso a entidade não disponha de meios para
determinar separadamente os custos que devem financiamento de activos que não sejam de imputar
a imobilizado ou a existências e que não devam ser
ser compensados e o custo da produção vendida, a
variação ocorrida nos produtos acabados e na pro- diferidas por se considerar que é pouco provável a
dução em curso poderá ser determinada pelo dife- reversibilidade do câmbio.
rencial entre as existências iniciais e finais, de- São consideradas diferenças de câmbio não rea-
vendo, neste caso, ser: lizadas aquelas que resultem do diferencial entre o
Debitada, pelo valor das existências iniciais de valor de registo da dívida na data do reconheci-
produtos acabado·s e da produção em curso. mento inicial da transacção e o valor que resulta da
actualização dessa dívida para o câmbio em vigor
Creditada, pelo valor das existências finais de
no final do período, quando esta ainda não tenha
produtos acabados e da produção em curso.
sido paga ou recebida até essa data.
Esta conta terá, naturalmente, saldo credor se o
Proveitos e ganhos financeiros - descontos de pronto
saldo final de produtos acabados e da produção em
pagamento obtidos (conta 66.3):
curso for maior que o saldo inicial e saldo devedor
na situação inversa. Esta rubrica destina-se a registar os descontos
desta natureza, quer constem da factura, quer
Trabalhos para a própria empresa (conta 65): sejam atribuídos posteriormente. ~
Esta conta destina-se a compensar os custos
Proveitos e ganhos financeiros - rendimentos de
incorridos e registados, por natureza, nas respecti-
participações de capital (conta 66.5):
vas contas de custos relativos a trabalhos que a
entidade tenha realizado para si mesma, sob a sua Esta conta destina-se a registar os dividendos e
administração directa, aplicando meios próprios ou lucros recebidos de empresas nas quais exista
adquiridos para o efeito. uma participação de capital e que não sejam subsi-
diárias nem associadas.
Estes trabalhos podem destinar-se ao seu imobi-
lizado ou podem referir-se a situações que, pela Proveitos e ganhos financeiros - ganhos na alienação
sua natureza, devam ser repartidos por vários exer- de aplicações financeiras (conta 66.6):
cícios (caso em que serão registados por débito da Esta conta destina-se a registar os ganhos prove-
37.4 Encargos a repartir por exercícios futuros). nientes da alienação de aplicações financeiras,
96 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

sendo as respectivas subcontas creditadas pelo contabilísticas, cujos efeitos não puderarn ser reco-
produto da venda e amortizações respectivas (no nhecidos nos resultados transitados por não ter
caso de investimentos em imóveis) e debitadas sido possível efectuar uma estimativa razoável do
pelos custos correspondentes. valor a reconhecer nessa conta.

Proveitos e ganhos financeiros - redução de provisões Outros proveitos e ganhos não operacionais -
(conta 66. 7): correcções relativas a exercícios anteriores (conta 68.1 O):
Esta conta destina-se a registar de forma global, Esta conta destina-se a registar as correcções
no final do período contabilístico, a variação nega- favoráveis derivadas de erros ou omissões relacio-
tiva da estimativa dos riscos, em cada espécie de nados com exercícios anteriores, que não sejam de
provisão, entre dois períodos contabilísticos conse- grande significado nem ajustamentos de estimati-
cutivos, que seja de natureza financeira. vas inerentes ao processo contabilístico.

Proveitos e ganhos financeiros em subsidiárias e Proveitos e ganhos extraordinários (conta 69 ):


associadas - rendimento de participações de capital Esta rubrica destina-se a registar os proveitos e
(conta 67.1): ganhos extraordinários resultantes de eventos cla-
Esta conta destina-se a registar os dividendos ramente distinguíveis das actividades operacionais
e lucros recebidos de empresas subsidiárias e e da empresa e que, por essa razão, não se espera
associadas. que ocorram nem de forma frequente nem de forma
Outros proveitos e ganhos não operacionais (conta 68): regular.

Esta conta destina-se a registar os factos ou Sempre que eventos desta natureza originem, si-
acontecimentos de natureza corrente que tenham multaneamente, custos e proveitos, estes devem
carácter não recorrente ou não frequente. ser contabilizados nesta rubrica, apenas se o res-
pectivo valor líquido tiver natureza credora.
Sempre que os factos ou acontecimentos em
causa envolvam custos e proveitos, esta rubrica Proveitos e ganhos extraordinários - subsídios (conta 69.5):
registará ambos se o efeito líquido de tais aconteci- Esta rubrica destina-se a registar os subsídios a
mentos e factos for de natureza credora. fundo perdido que não estejam relacionados com
Outros proveitos e ganhos não operacionais - redução custos operacionais actuais ou futuros ou que se
de provisões (conta 68.1): refiram a custos já incorridos em anos anteriores.

Esta conta destina-se a registar de forma global, Proveitos e ganhos extraordinários - anulação de
no final do período contabilístico, a variação nega- passivos não exigíveis (conta 69.6):
tiva da estimativa dos riscos, em cada espécie de Esta rubrica destina-se a registar a anulação de
provisão (de natureza financeira), entre dois perío- passivos que deixem de ser exigíveis mas que não
dos contabilísticos consecutivos. se enquadrem no âmbito de subsídios.
Outros proveitos e ganhos não operacionais - ganhos 13.2 - Definições
em imobilizações (conta 68.3):
Subsídios:
Esta conta destina-se a registar os ganhos prove-
Entende-se por subsídios os auxílios na forma de
nientes da alienação de imobilizações, sendo as
transferência de recursos para uma entidade em
respectivas subcontas creditadas pelo produto da
troca do cumprimento passado ou futur9 de certas
venda e amortizações respectivas e debitadas
condições relacionadas com as actividades opera-
pelos custos correspondentes.
cionais dessa entidade. Os subsídios podem reves-
Outros proveitos e ganhos não operacionais - tir a forma de empréstimos a fundo perdido, istà é,
descontinuidade de operações (conta 68.8): empréstimos em que o emprestador se compro-
Esta conta destina-se a registar os ganhos líqui- mete a renunciar ao seu reembolso sob certas con-
dos resultantes da descontinuidade de uma ou vá- diçôes prescritas. Os subsídios do Governo são
rias das operações da empresa. algumas vezes denominados por outros nomes, I
como dotações, subvenções ou prémios. t
Outros proveitos e ganhos não operacionais - alterações
de políticas contabilísticas (conta 68. 9): Subsídios a investimento:
{
Esta conta destina-se a registar as correcções
favoráveis, derivadas de alterações nas políticas
Entende-se por subsídios a investimento, os sub-
sídios relacionados com activos, cuja condição
I
L
Notas Explicativas 97·

primordial é que a entidade a que eles se propõe 14 - Custos e perdas


deve comprar, construir ou por qualquer forma
:1.4.1 - Conteúdo das rubricas
adquirir imobilizados. Podem também estar ligadas
Custo das mercadorias vendidas e das matérias
condições subsidiárias restringindo o tipo ou locali-
consumidas (conta 71):
zação dos activos ou dos períodos durante os quais
devem ser adquiridos ou detidos. Esta rubrica destina-se a registar a contrapartida
das saídas das existências nela mencionadas, por
Subsídios à exploração:
venda ou integração no processo produtivo.
Entende-se por subsídios à exploração, os subsí-
Caso a entidade disponha de inventário perma-
dios que não se enquadrem no âmbito de subsídios
nente, esta conta será movimentada ao longo do
a investimentos.
ano, sempre que ocorram as referidas saídas.
Dividendos: No caso da entidade optar pelo inventário intermi-
Entende-se por dividendos as distribuições de tente, esta conta será movimentada, apenas no
rendimento a detentores de investimentos em capi- termo do exercício, da seguinte forma:
tal próprio representado por acções, baseadas na A débito, por contrapartida.
proporção das suas detenções de capital, corno
Das contas de existências, pelo valor inicial destas.
remuneração do capital investido.
Da conta 21 compras, pelo valor das compras
Lucros:
efectuadas.
Entende-se por lucros as distribuições de rendi-
A crédito, por contrapartida das contas de exis-
mento a detentores de investimentos em capital
tências, pelo valor das existências finais.
próprio representado por quotas, baseadas na pro-
porção das suas detenções de capital, como remu- Pensões (conta 72.3):
neração do capital investido. Esta rubrica destina-se a registar os custos relativos
Rendimento efectivo de um activo: a pensões, nomeadamente de reforma e invalidez.

Entende-se por rendimento efectivo de um activo Prémios para pensões (conta 72.4):
a taxa de juro necessária para descontar para o mo- Esta rubrica destina-se a registar os prémios da
mento presente os recebimentos de caixa futuros natureza em epígrafe destinados a entidades exter-
esperados durante a vida do activo de forma a igua- nas, a fim de que estas venham a suportar oportu-
lar a quantia escriturada inicial do activo. namente os encargos com o pagamento de pen-
Descontinuidade de operações: sões ao pessoal da entidade.

Entende-se por descontinuidade a venda ou aban- Encargos sobre remunerações (conta 72.5):
dono de uma linha separada e principal de negó- Esta rubrica destina-se a registar as incidências
cios que seja distinta de outras actividades negoci- relativas a remunerações que sejam suportadas
ais, como por exemplo um segmento. obrigatoriamente pela entidade.
Segmentos sectoriais: Outros custos com o pessoal (conta 72.8):
Entende-se por segmentos sectoriais os compo- Esta rubrica destina-se a registar, entre outros
nentes distinguíveis de uma entidade, cada um custos, as indemnizações por despedimento e os
deles empenhado em proporcionar um serviço ou complementos facultativos de refOrma.
produto diferente ou um grupo diferente de produ-
tos ou serviços relacionados, predominantemente Amortizações do exercício (conta 73):
a clientes fora da entidade. Esta rubrica destina-se a registar as amortiza-
ções do imobilizado corpóreo e incorpóreo atribuí-
Segmentos geográficos:
veis ao exercício.
Entende-se por segmentos geográficos os campo··
nentes distinguíveis de uma entidade empenhada Subcontratas (conta 75.1):
em operações em regiões individualmente conside- Esta rubrica destina-se a registar os trabalhos
radas ou consideradas em grupo dentro de áreas necessários ao processo produtivo próprio da enti-
geográficas particulares, tal como se determine ser dade, relativamente aos quais se obteve a cooperação
apropriado nas particulares circunstâncias de uma de outras empresas, submetidos a compromissos for-
entidade. malizados ou a simples acordos.
PLAPGC_07
98 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

Conservação e reparação (conta 75.2.14): Comissões a intermediários (conta 75.2.31):


Esta rubrica destina-se a registar os bens desti- Esta rubrica destina-se a registar as verbas atri-
nados à manutenção dos elementos do activo imo- buídas às entidades que, de sua conta, agenciaram
bilizado e que não provoquem um aumento do seu transacções ou serviços.
valor ou da sua vida útil. Trabalhos executados no exterior (conta 75.2.33):
Ferramentas e utensílios de desgaste rápido Esta conta destina-se a registar os serviços técni-
(conta 75.2.1?): cos prestados por outras empresas que a própria
entidade não pode suportar pelos seus meios, tais
Esta rubrica destina-se a registar o equipamento
como serviços informáticos, análises laboratoriais,
dessa natureza.
trabalhos tipográficos, estudos e pareceres.
Cuja vida útil não exceda, em condições de utiliza-
Honorários e avenças (conta 75.2.34):
ção normal, o período de um ano; ou
Esta rubrica destina-se a registar as remunera-
Que, pelo seu valor, tenham um montante inferior
ções atribuídas aos trabalhadores independentes.
ao definido para permitir o seu reconhecimento no
activo imobilizado corpóreo. Ofertas e amostras de existências (conta 75.6):
Esta rubrica destina-se a registar o custo de ofer-
Outros fornecimentos (conta 75.2.19):
tas e amostras de existências próprias, que não
Esta rubrica destina-se a registar os fornecimen- são de registar no custo das existências vendidas e
tos de terceiros não enquadráveis nas restantes das matérias consumidas.
rubricas como seja, por exemplo, o custo dos bens
Custos e perdas financeiros gerais- juros (conta 76.1):
adquiridos especificamente para oferta.
Esta conta destina-se a registar os juros resultan-
Rendas e alugueres (conta 75.2.21): tes do uso, pela entidade, de dinheiro ou seus equi-
Esta rubrica destina-se a registar as rendas de valentes que resultem de financiamentos obtidos
terrenos e edifícios, bem como as relativas ao alu- ou de atraso no pagamento de quantias devidas a
guer de equipamentos. terceiros.
Nesta rubrica não devem ser registadas as rendas Custos e perdas financeiros gerais - diferenças de
de bens em regime de locação financeira, mas ape- câmbio desfavoráveis - realizadas (conta 76.2.1):
nas as de bens em regime de locação operacional. Esta conta destina-se a registar as diferenças de
câmbio desfavoráveis realizadas, relacionadas com
Seguros (conta 75.2.22):
as actividades operacionais da empresa e com o
Esta rubrica destina-se a registar os seguros a
financiamento de activos que não sejam de imputar
cargo da entidade, com excepção dos relativos a a imobilizado ou a existências.
custos com o pessoal.
São consideradas diferenças de câmbio realiza-
Deslocações e estadas (conta 75.2.23): das aquelas que resultem do diferencial entre o
Esta rubrica destina-se a registar os encargos valor de registo da dívida na data do reconheci-
com alojamento e alimentação fora do local de tra- mento inicial da transacção e o valor pelo qual a
dívida tenha sido paga ou recebida.
balho. Deverão ainda ser registados nesta rubrica
os gastos com transporte de pessoal que tenham Custos e perdas financeiros gerais - diferenças de
um carácter eventual. câmbio desfavoráveis- não realizadas (conta 76.2.2):
Contudo, se os encargos da natureza acima refe- Esta conta destina-se a registar as diferenças. de
rida forem suportados através de ajudas de custo, câmbio desfavoráveis não realizadas relacionadas
estas .deverão ser registadas na rubrica 72.8 Ou- com as actividades operacionais da empresa e com
tros custos com o pessoal. o financiamento de activos que não sejam de impu-
tar a imobilizado ou a existências.
Conservação e reparação (conta 75.2.26):
São consideradas diferenças de câmbio não rea-
Esta rubrica destina-se a registar os serviços des- lizadas aquelas que resultem do diferencial entre o
tinados à manutenção dos elementos do activo valor de registo da dívida na data do reconheci-
imobilizado e que não provoquem um aumento do mento inicial da transacção ou o valor actualizado
seu valor ou da sua vida útil. na data do último período de relato e o valor que
Notas Explicativas 99

resulta da actualização dessa dívida para o câmbio De abates de imobilizado, sendo as respectivas
em vigor no final do período, quando esta ainda não subcontas creditadas pelas amortizações respec-
tenha sido paga ou recebida até essa data. tivas e debitadas pelos custos correspondentes
Custos e perdas financeiros gerais - descontos de aos bens abatidos.
pronto pagamento concedidos (conta 76.3): Outros custos e perdas não operacionais - perdas em
Esta rubrica destina-se a registar os descontos existências (conta 78.4):
desta natureza, quer constem da factura, quer Esta conta destina-se a registar as perdas de
sejam atribuídos posteriormente.
existências apuradas aquando da realização de um
Custos e perdas financeiros gerais - amortizações de inventário físico ou através de qualquer outra forma,
investimentos em imóveis (conta 76.4): e que não devam afectar o custo das existências
Esta conta destina-se a registar as amortizações vendidas e consumidas.
dos imóveis que se encontrem registados em inves-
Outros custos e perdéJS não oper?~ionéJ~S .-:- custos de
timentos financeiros.
reestruturação (conta 78. 7):
Custos e perdas financeiros gerais - perdas na
Esta conta destina-se a registar os custos de
alienação de aplicações financeiras (conta 76.6):
reestruturação da entidade que não resultem em
Esta conta destina-se a registar as perdas resul- expansão para outras actividades.
tantes da alienação de aplicações financeiras,
sendo as respectivas sub contas creditadas pelo Outros custos e perdas não operacionais -
produto da venda e amortizações respectivas (no descontinuidade de operações (conta 78.8):
caso de investimentos em imóveis) e debitadas Esta conta destina-se a registar as perdas líqui-
pelos custos correspondentes. das resultantes da descontinuidade de uma ou vá-
Outros custos e perdas não operacionais (conta 78): rias operações da empresa.
Esta conta destina-se a registar operações de Outros proveitos e ganhos não operacionais - alterações
natureza corrente que tenham carácter não recor- de políticas contabilísticas (conta 78.9):
rente ou não frequente.
Esta conta destina-se a registar as correcções
Sempre que os factos ou acontecimentos em desfavoráveis derivadas de alterações nas políticas
causa envolvam custos e proveitos, esta rubrica contabilísticas. cujos efeitos não puderam ser reco-
registará ambos, se o efeito líquido de tais aconte-
nhecidos nos resultados transitados por não ter
cimentos e factos for de natureza devedora.
sido possível efectuar uma estimativa razoável do
Outros custos e perdas não operacionais - Provisões valor a reconhecer nessa conta.
para riscos e encargos- pensões (conta 78.1.3.1):
Outros custos e perdas não operacionais - correcções
Esta rubrica destina-se a registar as verbas atri-
relativas a exercicios anteriores (conta 78.10):
buídas à provisão para pagamento de pensões
(acumuladas na conta 39.1). Esta conta destina-se a registar as correcções
desfavoráveis derivadas de erros ou omissões rela-
Outros custos e perdas não operacionais - amortizações
cionados com exercícios anteriores, que não s.ejam
extraordinárias (conta 78.2):
de grande significado, nem ajustamentos de esti-
Esta conta destina-se a registar as amortizações,
mativas inerentes ao processo cofltabilístico.
relativas a bens ao serviço da entidade, que tenham
natureza extraordinária e não devam por isso ser Custos e perdas extraordinários (conta 79):
registadas na conta «Amorti?ações do exercício)). Esta rubrica destina-se a registar os custos e per-
Outros custos e perdas não operacionais - perdas em das extraordinários resultantes de eventos clara-
·imobilizações (conta 78.3): mente distinguíveis das actividades operacionais
Esta conta destina-se a registar as perdas prove- da entidade e que, por essa razão, não se espera
nientes: que ocorram, nem de forma frequente, nem regular.

Da alienação de imobilizações, sendo as respecti- Sempre que eventos desta natureza originem
vas subcontas creditadas pelo produto da venda simultaneamente custos e proveitos, estes devem
e amortizações respectivas e debitadas pelos ser contabilizados nesta rubrica apenas se o res-
custos correspondentes. pectivo valor líquido tiver natureza devedora.
100 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

1.4.2 - Definições A correcção dos erros fundamentais que devam


Custos de empréstimos obtidos: afectar, positiva ou negativamente, os capitais
próprios e não o resultado do exercício.
Custos de empréstimos obtidos são os custos de
juros e outros incorridos por uma entidade relativos Os efeitos retrospectivos, negativos ou positivos,
aos pedidos de empréstimos de fundos. das alterações de políticas contabilísticas.
O imposto sobre os lucros derivados das situa-
Activo qualificável:
ções acima referidas. A contabilização efectuada
Activo qualificável é um activo que leva necessa-
por contrapartida da conta 34.1 Imposto sobre
riamente um período substancial de tempo para ser
os lucros.
apresentado para o seu uso ou venda pretendido.
Resultados operacionais (conta 82):
14.3 - Situações particulares Esta conta destina-se a concentrar, no fim do exer-
Exemplos de custos considerados como custos de cício, os proveitos e os custos registados, respecti-
empréstimos obtidos: vamente, nas contas 61 a 65 e 71 a 75 por forma a
Juros de descobertos bancários. apurar os resultados operacionais da entidade. Os
Juros de empréstimos a curto e longo prazos. correspondentes registos deverão ser efectuados
por contrapartida das subcontas denominadas trans-
Amortização de descontos ou prémios relaciona-
ferência ·para resultados operacionais.
dos com empréstimos obtidos.
Amortização de custos acessórios relacionados Resultados financeiros (conta 83):
com a obtenção dos empréstimos obtidos. Esta conta destina-se a concentrar, no fim do
Encargos financeiros relativos a locações finan- exercício, os proveitos e os custos registados, res-
ceiras. pectivamente, nas contas 66 e 76 por forma a apu-
rar os resultados financeiros da entidade. Os cor-
Diferenças de câmbio provenientes de emprésti-
respondentes registos deverão ser efectuados por
mos obtidos em moeda estrangeira.
contrapartida das subcontas denominadas transfe-
Exemplos de activos qualificáveis: rência para resultados financeiros.
Inventários que exijam um período substancial de
Resultados financeiros em filiais e associadas (conta 84):
tempo para os pôr numa condição vendável.
Esta conta destina-se a concentrar, no fim do exer·
Instalações industriais.
cício, os proveitos e os custos registados, respectiva-
Instalações de geração de energia. mente, nas contas 67 e 77 por forma a apurar os
Propriedades de investimento. resultados em filiais e associadas da entidade. Os
correspondentes registos deverão ser efectuados por
Exemplos de activos não qualificáveis:
contrapartida das subcontas denominadas transfe-
Investimentos e inventários: rência para resultados em filiais e associadas.
Fabricados de forma rotineira.
Resultados não operacionais (conta 85):
Produzidos em grande quantidade, numa base
Esta conta destina-se a concentrar, no fim do
repetitiva, num curto espaço de tempo.
exercício, os proveitos e os custos registados, res-
Adquiridos já prontos para o uso pretendido ou pectivamente, nas contas 68 e 78 por forma a apu-
venda. rar os resultados não operacionais da et"~tidade. Os
correspondentes registos deverão ser efectuados
15- Resultados por contrapartida das subcontas denomina~as
15.1 - Conteúdo das rubricas transferência para resultados não operacionais.
Result~dos transitados (conta 81): Resultados extraordinários (conta 86):
Esta conta é utilizada para registar os resultados Esta conta destina-se a concentrar, no fim do
líquidos e os dividendos antecipados provenientes exercício, os proveitos e os custos registados, res-
do exercrcio anterior._ Será movimentada subse- pectivamente, nas contas 69 e 79 por forma a apu-
quentemente de acordo com a distribuição de lu- rar os resultados extraordinários da entidade. Os
cros ou a cobertura de prejuízos que for deliberada
pelos detentores do capital.
correspondentes registos deverão ser efectuados
por contrapartida das subcontas denominadas I
l_
Esta conta destina-se a registar igualmente: transferência para resultados extraordinários.
Notas Explicativas 101

Resultado líquido do exercício (conta 88): 16.2 - Definições


Esta conta servirá para agregar os saldos das Resultado contabilístico:
contas 82 a 87 por forma a determinar os resulta- Resultado contabilístico é o resultado global posi-
dos líquidos do exercício. Os correspondentes tivo ou negativo, de um período, antes da dedução
registos deverão ser efectuados por contrapartida do respectivo imposto sobre os lucros.
das subcontas denominadas transferência para
resultados líquidos. Lucro tributável (Prejuízo fiscal):

No <início do exercício seguinte, o seu saldo de- Lucro tributável (Prejuízo fiscal) é a quantia de
verá ser transferido para a conta 81 Resultados lucro (prejuízo) de um período, determinado de
transitados. acordo com as regras estabelecidas pela Adminis-
tração Fiscal que serve de base ao apuramento do
Dividendos antecipados (conta 89):
imposto a pagar (recuperar).
Esta conta é debitada, por crédito das subcontas
da conta -35.1 Entidades participantes pelos divi- Imposto sobre os lucros:
dendos atribuídos no decurso do exercício, que Imposto sobre os lucros é a quantia de imposto
sejam permitidos nos termos legais e estatutários, incluída na determinação do resultado líquido do
por conta dos resultados desse exercício. período.
No início do exercício seguinte, o seu saldo de- Imposto a pagar (recuperar):
verá ser transferido para a conta 81 Resultados
Imposto a pagar (recuperar) é a quantia a pagar
transitados.
(receber) correntemente de impostos respeitantes
15.2 - Definições ao lucro tributável de um período.
Erros fundamentais: Taxa efectiva de imposto:
Erros fundamentais são aqueles erros que têm Taxa efectiva de imposto é a relação entre a quan-
um efeito de tal significado nas Demonstrações tia de imposto sobre os lucros e o resultado conta-
financeiras de um ou mais períodos anteriores que bilístico que é determinada através da divisão da
essas demonstrações financeiras não podem ser
primeira pelo segundo.
consideradas fiáveis à data da sua emissão.

Erros: 16.3 - Situações particulares

Erros podem resultar de erros matemáticos, erros Repartição do imposto sobre os resultados do exercício:
na aplicação de políticas contabilísticas, má interpre- Sempre que o apuramento do imposto sobre os:
tação de factos, fraudes ou descuidos. Excluem-se Resultados correntes.
deste âmbito as alterações das políticas contabilísti-
Resultados extraordinários.
cas, as quais, pela sua natureza, são aproximações
que podem necessitar revisão à medida que a infor- Resultados dos efeitos da correcção de erros fun-
mação adicional se torne conhecida, razão pela qual damentais e alterações de políticas contabilísticas
os ajustamentos resultantes de tal revisão não se efectuadas na conta de resultados transitados
consideram erros. hão possa ser efectuado, de imediato, de forma
individualizada, o imposto deverá ser apurado de
16 - Impostos sobre lucros forma global, devendo posteriormente ser aloqado,
a cada um dos casos acima referidos, através de
16.1 Conteúdo das rubricas
uma proporcionalidade ou usando a taxa efectiva
Imposto sobre os lucros (conta 87):
de imposto.
Esta conta destina-se a ,registar a estimativa de
imposto sobre os lucros relacionada com resulta-
17 - Contingências
dos líquidos do exercício, devendo ser distinguida a
parte relativa a resultados correntes e a parte rela- 17.1- Definição
tiva a resultados extraordinários. A quantia esti- Contingência é uma condição ou situação cujo
mada de imposto deverá ser contabilizada por con- desfecho final, ganho ou perda, só será confirmado
trapartida da conta 34.1 Estado - Impostos sobre na ocorrência ou na não ocorrência de um ou mais
os lucros. acontecimentos futuros e incertos.
102 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

A contingência reside na incerteza de aconteci- 17.3 - Situações particulares


mentos e não na incerteza de valores pelo que uma Perdas contingentes com várias estimativas:
estimativa não tem carácter de contingência. Quando a quantia de urna perda contingente tiver
várias estimativas:
17.2 - Reconhecimento ou divulgação
O reconhecimento deve ser feito:
Determinação de contingências:
Pela melhor estimativa.
A determinação da existência de cont_ingências
Pelo menos pela menor das estimativas, quando
faz-se a dofs níveis: nenhuma for considerada a melhor.
Comprovação da existência da incerteza, utilizando: A divulgação deve indicar qualquer exposição
Probabilidades quantificadas dos diversos des- adicional a perdas, se houver a possibilidade de
fechos. perdas superiores à quantia reconhecida.
Escalonamento, desde prováveis a remotos, dos Reduções na quantia das perdas contingentes
diversos desfechos. a reconhecer:
Estimativa do desfecho financeiro da contingên- Quando uma perda potencial puder ser reduzida
cia, com base: pelo facto do passivo associado poder ser compen-
No julgamento da gerência. sado, por uma contra-reivindicação ou por uma reivin-
Na experiência em operações semelhantes e, dicação contra um Terceiro, a quantia a reconhecer
como perda deve ser deduzida da quantia recuperá-
em alguns casos, relatórios de peritos indepen-
vel que seja provável resultar da reivindicação.
dentes.
Na revisão dos eventos subsequentes à data de
18 - Acontecimentos ocorrendo após a
Balanço.
data de Balanço
Nas informações disponíveis à data de fecho
das contas. 18.1 - Definição
Acontecimentos ocorrendo após a data de Ba-
Tratamento a dar a ganhos contingentes:
lanço são os acontecimentos favoráveis ou desfa-
Os gant1os contingentes não devem ser reconhe- voráveis que ocorram entre a data de Balanço e a
cidos nas demonstrações financeiras, mas a sua data em que as Demonstrações financeiras sejam
existência deve ser divulgada se do escalonamento autorizadas para publicação.
do seu desfecho resultar provável a realização do Estes acontecimentos podem ter as seguintes
ganho. naturezas:
Tratamento a dar a perdas contingentes: Acontecimentos que forneçam provas adicionais
As perdas contingentes devem ser reconhecidas de condições que existiam à data de Balanço.
nas demonstrações financeiras como uma perda Acontecimentos que sejam indicativos de condi-
(por contrapartida de um passivo) se: ções que surgiram subsequentemente à data do
For provável que os acontecimentos futuros ve- Balanço.
nham a confirmar que um activo esteja diminuído 18.2 - Implicações e divulgação
(depois de já se ter tido em consideração qual- ~

Os acontecimentos ocorrendo após a data de Ba-


quer recuperação provável) ou que se tenha incor-
lanço podem requerer os seguintes tratamentos:
rido num passivo à data de balanço; e
Necessidade de ajustamento dos activos e; ou
Puder ser feita uma estimativa· razoável da quan-
dos passivos, se proporcionarem:
tia ·da perda daí resultante.
Prova adicional para auxiliar na estimativa de
Se as condições acima não se verificarem, a quantias relativas a condições existentes na data
perda contingente não deve ser reconhecida mas do Balanço.
deve ser divulgada. Indicações de que a preparação das demonstra- '
As perdas contingentes não necessitam de ser ções financeiras na base da continuidade das
divulgadas se do escalonamento do seu desfecho operações, em relação à totalidade ou a uma I
L
resultar remota a efectivação da perda. parte da empresa, não é apropriada.
Notas Explicativas 103

Necessidade apenas de divulgação, quando: 19.2 - Reconhecimento e divulgação


Não constituírem prova adicional para auxiliar Os auxílios podem requerer os seguintes trata-
na estimativa de quantias relativas a condições mentos:
existentes na data do Balanço; e Necessidade de reconhecimento e de divulgação
A sua não divulgação possa afectar a capaci- nas Demonstrações financeiras, se forem con-
dade dos utentes de fazerem avaliações e de substanciados em subsídios.
tomarem decisões apropriadas. O reconhecimento deve ser efectuado de acordo
com os critérios definidos no parágrafo 13.2.
18.3'- Situações particulares
A divulgação deverá ser efectuada de acordo
Exemplo de situações em que os activos e passivos
com as diversas indicações constantes das
devem ser ajustados:.
Notas às contas.
Perda numa conta a receber que seja confirmada
Necessidade apenas de divulgação, se forem
pela falência dE; um cliente e que ocorra após a
consubstanciados em benefícios proporcionados
data de Balanço.
directamente à empresa, mas que não sejam
Exemplo de situações que podem indicar cessão da quantificáveis ej ou nem distinguíveis das opera-
capacidade operaCional, total ou parcial da empresa: ções normais da empresa.
Deterioração nos resultados operacionais e na Neste caso, a divulgação deverá incluir apenas
posição financeira da empresa após a data de a natureza do auxílio a divulgar na nota 39 das
Balanço. Notas às contas.
Perda de um cliente ou fornecedor importante
19.3 - Situações particulares
que não possa facilmente ser substituído.
Exemplo de auxílios consubstanciados em subsídios:
Exemplo de situações que não afectam as condições
existentes à data de balanço, mas que podem afectar a Transferência, a fundo perdido, de recursos finan-
capacidade de avaliação e de tomada de decisões ceiros, mediante condições.
apropriadas. Doação de bens.
Destruição de uma parte importante das instala- Perdões de dívidas, mediante condições.
ções por um incêndio após a data de Balanço.
Exemplo de auxílios consubstanciados em benefícios
Uma importante aquisição de uma outra empresa proporcionados directamente à entidade e que não têm
após a data de Balanço. um valor que razoavelmente lhe possa ser atribuído:
Conselhos técnicos e de comercialização gratuitos.
19- Auxílios do Governo e outras
Concessão de garantias.
entidades
19.1 - Definição .Exemplo de auxílios consubstanciados em benefícios
proporcionados directamente à entidade e que não
Entende-se por auxnios do Governo ou outras
podem ser distinguidos das operações comerciais da
entidades as acções concebidas com o objectivo empresa:
de proporcionar benefícios económicos específicos
Política de aquisições responsável por parte das
a uma entidade ou a uma categoria de entidades
vendas da entidade.
que a eles se propõem segundo certos critérios.
Estas formas de auxílio podem ter as seguintes
20 - Transacções com partes em· relação
naturezas:
de dependência
Benefícios consubstanciados em atribuição de
20.1 - Definições
subsídios.
Transacções com partes em relação de dependência:
Benefícios proporcionados directamente à enti-
dade mas para os quais: Consideram-se transacções com partes em rela-
Não existe um valor que razoavelmente lhes ção de dependência, independentemente de ter ha-
possa ser atribuído e; ou vido ou não urn débito de preço, as seguintes:

Não podem ser distinguidos das operações Transferências de recursos.


comerciais da entidade. Obrigações entre as partes.
104 Parte I - Plano Geral de Contabilidade

Partes em relação de dependência: Empresas que tenham um membro-chave da


Considera-se que as partes estão em relação de gerência em comum com a entidade que relata.
dependência se uma parte tiver a capacidade de: Outras empresas em que é possuído um inte-
Controlar a outra parte; ou resse substancial no poder de voto directa ou
indirectamente através de qualquer dos indiví-
Exercer influência significativa sobre a outra parte
duos (e respectivos membros íntimos da família)
ao tomar decisões Financeiras operacionais.
referidos nos parágrafos seguintes, se estes tive-
Controlo: rem a capacidade de nelas exercer influência sig-
Controlo é a posse, directa ou indirectamente nificativa.
(através de subsidiárias), de: Indivíduos que detêm, directa ou indirectamente,
Mais de metade do poder de voto de uma em- um interesse no poder de voto que lhes dê influ-
presa, ou ência significativa na entidade que relata.

Um interesse substancial no poder de voto e o Membros íntimos da família dos indivíduos referi-
poder de dirigir (por estatuto ou acordo) as políti- dos no parágrafo anterior. Para este efeito, consi-
cas financeiras e operacionais da gerência de deram-se membros íntimos aqueles que possam
uma em presa. influenciar ou ser influenciados, por esse indiví-
duo, nos negócios com a entidade.
Influência significativa:
Pessoal-chave da gerência: indivíduos que têm
Influência significativa é a capacidade de partici- autoridade e responsabilidade pelo planeamento,
pação nas decisões operacionais e financeiras de direcção e controlo das actividades da entidade
uma empresa, sem que haja a capacidade de con- que relata. Incluem-se dentro deste âmbito os
trolo dessas políticas. administradores e o pessoal superior da entidade.
Esta influência pode ser exercida, entre outras, Membros íntimos da família dos indivíduos referi-
das seguintes formas: dos no parágrafo anterior.
Representação na Gerência ou no Conselho de
Exclusões do âmbito de partes em relação de
Administração. dependência:
Participação no processo de tomada de decisões. Excluem-se do âmbito de partes em relação de
Transacções interempresas materialmente rele- · dependência as seguintes:
vantes. Duas empresas simplesmente pelo facto de
Intercâmbio de pessoa de gerência. terem um administrador comum, a menos que
Dependência de informação técnica. este tenha a possibilidade de influenciar as políti-
É
cas de ambas as empresas nos seus negócios
Esta influência pode ser obtida através das
comuns.
I
seguintes formas:
Entidades que proporcionam financiamentos.
I
Posse de acções ou quotas.
Sindicatos e centrais sindicais.
Estatuto.
Empresas de serviços públicos. I
Acordo.
Departamentos de agências governamentais, no
Âmbito de partes em relação de dependência: decurso dos seus negócios normais com uma
O âmbito de partes em relação de dependência, empresa. ~

que deve ser visto na substância do relacionamento Um simples cliente, fornecedor, concessor de pri-
e não meramente na sua forma le~al, é o seguinte: vilégios, distribuidor ou agente geral com quem a
Empresas que, directa ou indirectamente (através empresa transaccione um volume significativo de
de um ou mais intermediários),·icontrolam ou são negócios, meramente em virtude de dependência
controladas pela entidade que relata. económica resultante.

Empresas associada_s. 20.2 - Divulgações


Empresas detidas por accionistas maioritários da As transacções com entidades em relação de
entidade que relata. dependência devem ser reconhecidas de acordo
Empresas detidas por administradores da enti- com os critérios definidos para a natureza das tran-
dade que relata. sacções que estejam em causa.
Notas Explicativas 105

Contudo, porque as relações se consideram privi- Caixa:


legiadas, dado que: Caixa, compreende o dinheiro em caixa e em
Existe um maior grau de flexibilidade no processo depósitos à ordem, líquido de descobertos bancá-
de estabelecer o preço, que não está presente nas rios desde que estes sejam usados como forma de
transacções com entidades não relacionadas. financiamento das actividades operacionais.
Algumas vezes não é estabelecido qualquer Equivalentes de caixa:
preço, como por exemplo nos casos de prestação Equivalentes de caixa são investimentos a curto
gratuita de serviços de gestão e de concessão de prazo com as seguintes características:
crédito grátis sobre uma dívida.
Alto grau de liquidez.
Algumas transacções não teriam lugar se o relaci-
Sujeitos a um risco insignificante de alterações
onamento não existisse.
de valor.
Devem ser efectuadas divulgações necessárias à
Prontamente convertíveis para quantias conheci-
compreensão dos efeitos das transacções com par-
das de dinheiro.
tes em relação de dependência nas demonstrações
financeiras da entidade que relata. Fluxos das actividades operacionais:
Desta forma, devem ser feitas as seguintes divul- O$ fluxos das actividades operacionais são os flu-
gações: xos líquidos resultantes destas actividades. Estes
fluxos são:
Relacionamentos em que exista controlo, indepen-
dentemente de ter havido ou não transacções. Um indicador da capacidade da entidade em
gerar meios de pagamento suficientes, sem ter
Se tiver havido transacções:
que recorrer a capitais alheios, para:
Natureza do relacionamento existente.
Manter a capacidade operacional.
Tipos de transacções realizadas.
Reembolsar empréstimos.
Políticas de determinação dos preços.
Pagar dividendos.
Quantia das transacções realizadas.
E fazer investimentos de substituição.
20.3 - Situações particulares úteis, juntamente com outras informações, para
planear os futuros fluxos de caixa operacionais.
Exemplo de situações entre entidades relacionadas, ·
que devem ser divulgadas: Actividades operacionais:
Vendas de bens. As actividades operacionais são as principais
Vendas de imobilizados. actividades produtoras de réditos da entidade e ou-
Prestações de serviço. tras actividades que não sejam de investimento ou
Compras de bens. de financiamento.

Compras de imobilizados. Fluxos das actividades de investimento:


Aquisição de serviços. Os fluxos das actividades de investimento são os
Acordos de gerência. fluxos líquidos resultantes destas actividades.
Contratos de gestão. Estes fluxos representam a extensão dos dispên-
Transferências de pesquisa e desenvolvimento. dios feitos para obtenção de recursos que tenham
em vista gerar, no futuro:
Acordos de licenças.
Empréstimos. Resultados; e
Contribuições de capital em dinheiro ou em espécie. Fluxos de caixa.
Garantias. Actividades de investimento:
As actividades de investimento são a aquisição e
21 - Fluxos de caixa alienação de activos a longo prazo e de outros inves-
21.1 - Definições timentos não incluídos em equivalentes de caixa.
Fluxos de caixa: Fluxos das actividades de financiamento:
Fluxos de caixa são entradas (recebimentos, influ- Os fluxos das actividades de financiamento são
xos) e saídas (pagamentos, exfluxos) de caixa e os fluxos líquidos resultantes destas actividades.
seus equivalentes. Estes fluxos:
106 Parte I- Plano Geral de Contabilidade

Permitem estimar as necessidades de meios de efectuar pela mera utilização da informaçào resui-
pagamento e de novas entradas de capital. tante da aplicação do método indirecto.
Proporcionam informação sobre a capacidade Exemplos de fluxos de caixa das actividades
dos financiadores serem reembolsados. operacionais:
Actividades de financiamento: Recebimentos (de caixa) provenientes da venda
As actividades de financiamento são as activida- de bens e da prestação de serviços.
des que têm como consequência alterações na Recebimentos (de caixa) provenientes de royalties,
dimensão e,- composição do capital próprio e nos comissões e outros réditos não relacionados com
empréstimos pedidos pela entidade. as actividades de investimento ou financiamento.

21.2 - Relato dos fluxos de caixa das actividades Pagamentos (de caixa) a fornecedores de bens e
operacionais serviços.

Os fluxos de caixa das actividades operacionais Pagamentos (de caixa) a empregados ou por
podem ser relatados usando um dos seguintes conta destes.
métodos: Recebimentos (de caixa) e pagamentos (de caixa)
Método directo, segundo o qual os fluxos de caixa de uma empresa seguradora relativos a prémios
são apurados através do relato, pela quantia e reclamações, anuidades e outros movimentos
bruta, das principais classes de recebimentos e derivados de apólices de seguros.
das principais classes de pagamentos. Pagamentos (de caixa) ou restituições de impos-
A informação sobre a quantia bruta das principais tos, a menos que possam ser especificamente
classes de recebimentos e das principais classes identificados com as actividades de financia-
de pagamentos pode ser obtida através de uma mento e de investimento.
das seguintes formas:
Recebimentos {de caixa) e pagamentos (de caixa)
Directamente a partir dos registos contabilísti- de contratos detidos para fins negociais ou
cos da entidade se estes estiverem preparados
comerciais.
para dar tal informação.
Fluxos de caixa provenientes da compra e venda
Pelo ajustamento do valor das rubricas da
de títulos negociáveis.
Demonstração de resultados através da varia-
ção dos saldos iniciais e finais de balanço que 21.3 - Relato dos fluxos de caixa das
lhes correspondem.
actividades de investimento
Método indirecto, segundo os fluxos de caixa são
Os fluxos de caixa das actividades de investi-
relatados partindo do resultado líquido e evidenci-
mento devem relatar separadamente as principais
ando os ajustamentos necessários para excluir
classes dos recebimentos brutos (de caixa) e as
deste, os efeitos de:
principais classes dos pagamentos brutos (de
Operações de natureza que não seja caixa.
caixa), excepto se puderem ser relatados numa
Diferimentos ou acréscimos que não tenham
base líquida.
um fluxo de caixa associado.
Rubricas de réditos que estejam associados Exemplos de fluxos de caixa das actividades
com actividades de investimento ou financia- de investimento:
mento. Pagamentos (de caixa) para aquisição' de activos
Rubricas de custos ou perdas que estejam fixos tangíveis (incluindo os autoconstruídos),
associados com actividades de invéstimento ou intangíveis (incluindo custos de desenvolvimento
financiamento. capitalizados).

Embora o método a utilizar possa ser escolhido, Recebimentos (de caixa} por vendas de activos
encoraja-se a adopção do método directo dado que fixos tangíveis e intangíveis.
este: Pagamentos (de caixa) para aquisição de investi-
Proporciona informações mais detalhadas e mentos financeiros que não sejam:
completas. (i) detidos para fins de negociação ou comercia-
Facilita a preparação de estimativas sobre fluxos lização ou
de caixa futuros, que não são possíveis de (ii) equivalentes de caixa.
Notas Explicativas 107

Recebimentos (de caixa) de vendas de investi- Recebimentos e pagamentos (de caixa) por conta
mentos financeiros que não sejam: de clientes quando o fluxo de caixa reflicta as
(i) detidos para fins de negociação ou comercia- actividades do cliente e não as da entidade.
lização ou Exemplos:
(ii) equivalentes de caixa. Fundos detidos para clientes, por uma empresa
Adiantamentos de caixa e empréstimos feitos a de investimentos.
outras, partes. Rendas cobradas por conta de e pagas a possui-
Reéebimentos (de caixa) provenientes de reem- dores de propriedades.
bolso de adiantamentos e de empréstimos feitos Recebimentos e pagamentos (de caixa) das rubri-
a outras partes. cas em que:
21.4 - Relato dos fluxos de caixa das actividades A rotação seja rápida.
de financiamento As quantias sejam grandes.

Os fluxos de caixa das actividades de financia- 'Os vencimentos sejam curtos:

mento devem relatar separadamente as principais Exemplos:


classes dos recebimentos brutos (de caixa) e as prin- Compra .e venda de aplicações financeiras.
cipais classes dos pagamento brutos (de caixa),
Financiamentos de curto prazo com um período
excepto se puderem ser relatados numa base líquida.
de vencimento de três meses ou menos.
Exemplos de fluxos de caixa das actividades Operações que não sejam por caixa:
de financiamento:
As operações de investimento e de financiamento
Entradas de caixa provenientes da emissão de
que não requeiram o uso de caixa ou equivalentes
acções ou de outros instrumentos de capital
de caixa devem ser excluídas da demonstração de
próprio.
fluxos de caixa.
Pagamentos (de caixa) a detentores para adquirir
ou remir as acções da empresa. Exemplo de operações que não são por caixa:

Entradas de caixa vindas da emissão de certifica- Aquisição de activos:


dos de dívida, empréstimos pedidos, livranças, Através da assunção de passivos directamente
obrigações e outros empréstimos pedidos a curto relacionados.
ou longo prazo. Por meio de uma locação financeira.
Reembolsos (de caixa) de quantias de emprésti- Aquisição de uma empresa por meio de uma
mos pedidos. emissão de capital.
Pagamentos de caixa por um locatário para a Conversão de dívidas em capital.
redução de uma dívida por saldar relacionada
Movimentos entre elementos que constituam caixa e
com uma locação financeira.
seus equivalentes:
21.5 - Situações particulares Estes movimentos por norma fazem parte da ges-
Qualificação como equivalente de caixa: tão de caixa da entidade e não parte das suas acti-
Face às características de equivalentes de caixa, vidades operacionais, de investimento ov de finan-
ciamento pelo que devem ser exêluídos do âmbito
estes são detidos com o objectivo de ir de encontro
aos compromissos de caixa a curto prazo e não de fluxos de caixa.
para investimento ou outros propósitos. Por esta Descobertos bancários:
razão, um investimento só se qualifica normalmente Normalmente, os descobertos bancários são con-
·como um equivalente de caixa quando tiver um ven- siderados uma actividade de financiamento.
cimento de três meses ou menos a partir da data
Contudo, os descobertos bancários devem ser
de aquisição.
incluídos nas actividades operacionais quando os
Relato de fluxos de caixa numa base líquida: descobertos bancários fazem parte da gestão de
Os fluxos de caixa das actividades operacionais, caixa da entidade o que acontece normalmente
de investimento e de financiamento, podem ser quando estes:
relatados numa base líquida nos seguintes casos: São pagáveis à ordem.
LOS Parte 1- Plano Geral de Contabilidade

Têm um saldo que flutua muitas vezes de positivo Os dividendos pagos podem ser classificados nas
a negativo. actividades operacionais de forma a habilitar os
utentes a determinar a capacidade da entidade de
Recebimentos e pagamentos em moeda estrangeira:
pagar dividendos a partir destas actividades.
Os recebimentos e pagamentos em moeda
estrangeira devem ser relatados na moeda de re- Rubricas extraordinárias:
lato aplicando à quantia em moeda estrangeira a Os fluxos de caixa associados a tais rubricas
taxa de câmbio usada na data em que tais recebi- devem ser:
mentos e pagamentos foram efectuados. Classificados nas actividades operacionais, de
Diferenças de câmbio não realizadas: investimento e de financiamento, consoante o
apro.priado.
As diferenças de câmbio não realizadas não são
fluxos de caixa pelo que devem ser excluídas das Evidenciados em linha separada.
actividades operacionais de investimento ou de Impostos sobre os lucros:
financiamento.
Os fluxos de caixa prov~nientes de impostos
Contudo, caso as diferenças de câmbio não reali- sobre os lucros devem ser:
zadas digam respeito a caixa e equivalentes de
Evidenciados em linha separada.
caixa, estas diferenças devem ser evidenciadas em
linha separada, de forma a conciliar os saldos inici- Classificados nas actividades operacionais, a
ais e finais de caixa e seus equivalentes com os menos que possam ser especificamente identifi-
fluxos de caixa apurados. cados com as actividades de financiamento ou de
investimento.
Dividendos e juros:
Na prática, tal identificação torna-se difícil porque
Os fluxos de caixa associados a tais rubricas
enquanto que a estimativa de imposto pode ser
devem ser classificados:
prontamente identificável com a actividade asso-
Em separado. ciada, os respectivos fluxos de caixa são muitas
De forma consistente de período para período. vezes de identificação impraticável porque os fluxos
Nas actividades operacionais, de investimento podem surgir num período diferente daquele em
(por serem retornos de investimento no caso de que a estimativa de imposto foi apurada.
dividendos e juros recebidos) e de financiamento
(porque são custos de obtenção de recursos O Presidente da República, José Eduardo dos Santos.
financeiros no caso de juros e dividendos pagos),
consoante o apropriado.
11 -

Introdução
Capítulo 1 - Classe 1 - Meios fixos iiiij~ii~tftientos
Capítulo 2 - Classe 2 - Existências
Capítulo 3 - Classe 3 ..... Terceiros
Capítulo 4 - Classe 4 - Meios monQ*á~i()~ -·. - : ~:1-- ·:··. . .. · ·;

Capítulo 5 - Classe 5 - Capital e


Capitulo 6 - Classe 6 - Prove~_...""-
natu.reiâ :..
. .. ~. •. ~ ·. '~ .

Capítulo 7 - Classe 7 - Custos e .·•·;·.-:-~''''-"'•·;.:_->····:•'-"''·' ..

Capítulo 8 - Classe 8 - Resu ~.uur~:


Capítulo 9 - Classe 9 - Contabil •
P}•'i~1~~J[f~~~

Capítulo 10 - Classe O - Contas ·


110

Apresentam-se, de seguida, os conceitos fundamentais da contabilidade para me-


lhor se perceber o conteúdo do Plano Geral de Contabilidade (PGC).

Elementos relacionados com a posição financeira da entidade


{Balanço)

Património:

É o conjunto de elementos (bens, direitos e obrigações) utilizados pelas entidades


no exercício da sua actividade sujeitos a uma gestão e afectos a determinado fim.

O património é composto por um conjunto de elementos patrimoniais heterogéneos


que são expressos numa mesma unidade de valor (por exemplo, kwanzas).

Duas classes de elementos patrimoniais:

Activo- consiste num conjunto de valores representativos do que a entidade possui


ou tem a receber (bens e direitos).

"Activo- recursos (bens e direitos) controlados por uma entidade con1o resultado de aconte-
cimentos passados e dos quais se espera que fluam para a entidade benefícios econón1icos fu-
turos." (Disposições gerais)
L ... ·.' ·.. ' •.,. •·.•

Passivo- consiste num conjunto de valores representativos do que a entidade tem a


pagar (obrigações).

"Passivo - obrigações presentes da entidade provenientes de acontecimentos passados, do


pagamento dos quais se espera que resultem exfluxos de recursos da entidade incorporando
benefícios económicos futuros." (Disposições gerais)

Situação líquida ou Capital Próprio:

É o valor do património que corresponde à diferença entre as duas classes de ele-


mentos, ou seja, Activos - Passivos. É o conjunto de valores que pertencem efetiva-
mente aos proprietários.

"Capital Próprio:::- interesse residual no Activo depois de deduzido o Passivo."


(Disposições gerais)
lntroduçao 111

Equação fundarnental da contabilidade:

Activo + Capital Próprio Passivo = Passivo + Capital Próprio Activo


A+ CPP = P + CPA

Logo, há três situações possíveis:


•·A > P, então A- P >O, logo CP> O, ou seja, CPA
• A< P, então A- P <O, logo CP< O, ou seja, CPP
• A= P, então A- P =O, logo CP= O, ou seja, CP Nulo

Elementos relacionados com o desem.pe_ohQ d,"a entidad~


(Demonstração de Resultados)
O resultado da entidade é formado num determinado período económico de operações.

Proveitos: operações que provocam um aumento do património.

"Proveitos- aumentos dos benefícios económicos, durante o período, na forma de influxos ou


1nelhorias de activos ou diminuições de passivos que resultem em aumentos dos capitais pró-
prios, que não sejam relacionados com as contribuições dos participantes no Capital Próprio."
(Disposições gerais)

Custos: operações que provocam uma redução do património.

''Custos- dinünuição dos benefícios económicos, durante o período, na fonna de exfiuxos ou


perdas de valor de activos ou no au1nento de passivos que resultem em din1inuição dos capi-
tais próprios, que não sejam os relacionados com as distribuições aos participantes no Capital
Próprio." (Disposições gerais)

O resultado líquido do exercício corresponde à diferença entre os Proveitos e os Custos.

Outros conceitos fundamentais

Conta:

Conjunto de elementos patrimoniais com características comuns expresso numa


unidade de valor.

Saldo da Conta:

Diferença entre a soma dos débitos (D) e dos créditos (C)

Logo, há tr~s situações possíveis:


• O > C, então o Saldo da conta é devedor
• O < C, então o Saldo da conta é credor
• O = C, então o Saldo da conta é nulo
112 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Método do registo digráfico:

A um débito corresponde sempre um crédito de igual montante.

Soma dos débitos= soma dos créditos


So1natório dos saldos devedores = son1atório dos saldos credores

Regras de contabilização:
· . . ~c!:i:O':;,/:'c.:/,,
.1.\Mm~titos Qifrilq~IÇiles
Activo Débito Crédito

Passivo Crédito Débito

Capital Próprio Crédito Débito

Custos Débito CréditÓ

Proveitos Crédito Débito

Critérios de reconhecimento das classes de demonstrações


financeiras

Critérios para reconhecimento de activos

"Um activo deve ser reconhecido no Balanço quando:


-for provável que os benefícios económicos futuros fluam para a entidade,
- o activo tenha um custo ou um valor que possa ser quantificado com fiabilidade.
A determinação de existência de benefícios económicos futuros deve ser feita atendendo ao
grau de certeza dos benefícios, na base da evidência disponível no momento do reconheci-
mento inicial do activo.
A existência de suficiente certeza de que os benefícios fluirão para a entidade necessita a se-
gurança de que esta:
- receberá as recompensas ligadas ao activo e
- assumirá os riscos inerentes. If.
i
Um dispêndio incorrido que não possa ser reconhecido como activo deve ser reconhecido como
custo na demonstração de resultados." (Políticas contabilísticas)

Critérios para reconhecimento de passivos

"Um passivo deve ser reconhecido no Balanço quando:


- for provável que da liquidação de uma obrigação presente resulte um exfluxo de recursos
incorporando bênefícios económicos; e
- a quantia pela qual a liquidação tenha lugar possa ser quantificada com fiabilidade."
(Políticas contabilísticas)
Capítulo 1 113

Critérios para reconhecimento de proveitos··

"Os proveitos deve1n ser reconhecidos na Demonstração de resultados quando:


-tenha surgido u1n au1nento de benefícios económicos futuros relacionados con1 o au1nento
de u1n activo ou com u1na diminuição de u1n passivo; e
- estes possam ser quantificados com fiabilidade.
F~ce ao critério da prudência, os proveitos só deven1 ser reconhecidos quando satisfizeren1
un1a condição adicional: tenham u1n grau suficiente de certeza." (Políticas contabilísticas)

Critérios para reconhecimento de custos

"Os custos devem ser reconhecidos na demonstração de resultados quando:


-tenha surgido uma diminuição dos benefícios económicos futuros relacionados com uma
düninuição num activo ou com um aumento do passivo, e
-estes possam ser quantificados com fiabilidade.
Quando se espera que surjam benefícios económicos durante alguns períodos contabilísticos e
o proveito ou ganho associado só possa ser determinado de uma fonna geral ou indirecta-
mente, o critério de balancea1nento deternlina que os custos sejam reconhecidos na base de
procedimentos sistemáticos e racionais de imputação.
Um custo é imediatamente reconhecido quando a despesa não produza benefícios económicos
futuros ou estes não se qualifiquem ou deixem de qualificar-se para reconhecünento no ba-
lanço como um activo." (Políticas contabilísticas)

Classe 1 - Meios fixos e investimentos


Esta classe inclui os bens detidos pela entidade com continuidade ou permanência
(por um período superior a um ano) e que não se destinem a ser vendidos ou transfCi>r-
mados no decurso normal das operações da entidade, quer sejam da sua propriedade,
quer estejam em regime de locação financeira.

·11 - Imobilizações corpóreas

Inclui os activos tangíveis, móveis ou imóveis, que a entidade utiliza na sua activi-
dade operacional, e que não se destinam a ser vendidos ou transformados. Estes acti-
vos destinam-se a ficar ou a ser controlados pela entidade por um período superior a
um ano, incluindo os melhoramentos e grandes reparações que sejam de acrescer ao
custo dos respectivos imobilizados.

PLAPGC_08
114 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

De seguida, apresentam-se as disposições do PGC mais relevantes para a conta 11 -


Imobilizações corpóreas, designadamente os critérios para reconhecimento destes activos,
as principais regras de valorimetria e outras considerações de natureza contabilística.

Critérios para reconhecimento em imobilizações corpóreas

"São reconhecidos como imobilizações corpóreas os bens que:


-satisfaçam as condições gerais para o seu reconhecimento como activos,
-se destinem a ficar na posse ou a sermn controlado~ pela entidade por um período superior
a um ano,
- não se destinem a ser vendidos no decurso normal das actividades da entidade."
(Políticas contabilísticas)

Valorimetria (Políticas contabilísticas, Base de valorimetria específica~)

As imobilizações corpóreas devem ser valorizadas ao custo de reconhecimento ini-


cial ou ao custo revalorizado, líquido das correspondentes amortizações.

a) Relativamente ao custo das imobilizações corpóreas:

O custo, no reconhecimento inicial, inclui o custo de aquisição para bens adquiridos


fora da entidade. Este custo engloba o preço de compra mais gastos suportados directa
ou indirectamente para colocar os bens adquiridos em condições de utilização.

O custo revalorizado é de utilização opcional. Consiste na actualização do valor do


custo reconhecido inicialmente para o seu justo valor (valor de mercado ou custo de
reposição depreciado). (Ver explicações na conta 56- Reservas de reavaliação)

b) Relativamente às amortizações:

As amortizações das imobilizações corpóreas podem ter duas vertentes:

1) Amortizações sistemáticas baseadas na vida útil dos bens, destinadas a reflectir


a perda dos benefícios económicos decorrentes do uso, da inactividade ou da
passagem do tempo. Estas amortizações são calculadas apenas para bens de-
preciáveis e tendo em atenção:
• a quantia depreciável do bem (pode ser diferente do valor de aquisição se hou-
ver um valor residual, ou seja, se o bem, no final da vida útil, puder ser vendido),
• a vida útil esperada do bem,
• o método mais adequado para reflectir o modelo pelo qual os benefícios econó-
micos de~te bem sejam consumidos.

2) Amortizações extraordinárias destinadas a reduzir o valor dos bens para o valor


recuperável quando haja diminuição do valor na quantia pela qual os bens se en-
cõntram registados. Estas amortizações devem ser revertidas se cessarem os
motivos que a originaram.

------____,._~~~~-~-· ---·- -- --·--------~~-


Capítulo 1 115

Outras considerações de natureza contabilística


a) Actividades específicas: o reconhecimento do imobilizado corpóreo em cada uma
das contas divisionárias depende da sua função na entidade. Por exemplo, os
meios de transporte são normalmente registados na conta 114- Equipamento de
carga e transporte. Todavia, numa entidade que tenha a actividade de transporte,
os meios de transporte são registados na conta 113 - Equipamento básico.
Um computador pode ser registado como equipamento administrativo quando uti-
, lizado no escritório, mas deverá ser registado como equipamento básico quando
associado a uma máquina de corte na área da produção (ver Notas explicativas do PGC).

b) Aquisições conjuntas: um único dispêndio relativo a um único imobilizado com vá-


rios componentes deverá ser contabilizado separadamente se os componentes:
• tiverem vidas_úteis _diferentes,
• proporcionarem benefícios à entidade num modelo diferente, necessitando, por
conseguinte, do uso de taxas e métodos de depreciação diferentes.

c) Melhoramentos: os melhoramentos de imobilizações corpóreas só são reconheci-


dos como activo quando o dispêndio melhorar a condição do activo para além do
seu nível de desempenho originalmente avaliado (por exemplo, se houver au-
mento da vida útil, melhoria significativa na qualidade de produção, redução subs-
tancial dos custos).

d) Reparações e manutenções: os dispêndios em manutenção e reparação devem


ser reconhecidos como custo se tiverem sido feitos para restaurar ou manter os
benefícios económicos futuros do activo.
Os dispêndios em manutenção e reparação que tiverem sido feitos para repor os
benefícios económicos futuros do activo cujas perdas, na data de registo inicial, já
haviam sido consideradas, devem ser càpitalizados desde que a quantia registada:
• não exceda a quantia recuperável do activo,
• possa ser recuperada do uso futuro do activo.

e) Substituições: os dispêndios com substituições devem ser reconhecidos como um


custo por se destinarem a manter os benefícios económicos futuros do activo.

f) Anualmente, a entidade dever verificar se ocorrem situações que possam ter pro-
vocado alterações significativas do valor de mercado dos seus bens e comparar o
valor contabilístico desses bens com o seu justo valor, de modo a verificar se há
necessidade de reavaliar (no caso de aumento de valor) ou fazer uma amortiza-
ção extraordinária (no caso de diminuição de valor) a esses bens.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


11.1- Terrenos e recursos naturais
11.2 -Edifícios e outr?s construções
11.3 - Equipamento básico
11.4- Equipamento de carga e transporte
11.5 - Equipamento administrativo
11.6 -Taras e vasilhame
11.9- Outras imobilizações corpóreas
116 Parte n ... O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Contabilização

Pelo custo de aquisição inicial ou dos melhoramentos No momento da venda, pelo valor registado do activo,
subsequentes, por crédito da conta por débito da conta 68.3.11 78.3.1 ~ Ganhosjperdas
• 37.1.1- Compras_ de imobilizado, Corpóreo ou em imobilizações, Venda de imobilizações corpóreas.
• 45 -Caixa ou No momento do abate, pelo valor do activo, por débito
" • 43 - Depósitos à ordem da conta 78.3.3 - Perdas em Imobilizações, Abates .
. Pelo custo de produção, pqr crédito da conta Em caso de sinistro, pelo valor do activo, por débito
65- Trabalhos para a própria empresa. da conta 69.4 1 79.4 - Ganhos/perdas resultantes de
Pelo ajustamento ao valor de custo decorrente de uma sinistros.
reavaliação, por crédito da conta 56 -Reservas de
reavaliação.
Pela transferência de imobiJizações em curso quando
.... ------------ ----------estas,estão.tennit=~adasr-POf-Crédito-da-Goota----------- ---------- ------------------------------------------ -------- ------ --------------~-------
14- Imobilizações em curso.

Para uma melhor compreensão da contabilização das operações mais correntes re-
lacionadas com o reconhecimento das imobilizações corpóreas, segue-se um resumo
dos registos contabilísticos a realizar.

;t

lrnobiliiações corpóreas _\reconhecimento inicial


Aquisição ou melhoramentos de imobilizações corpóreas:
Pelo valor do custo de aquisição
Debita 11 - Imobilizações corpóreas
Credita 45 - Caixa (pagamento a pronto em dinheiro) ou
43 -Depósitos à ordem {pagamento a pronto por cheque ou transferência bancária) ou
3 7 .1.1 - Compras de imobílízçdo, Corpóreo (pagamento a prazo)

Imobilizações corpóreas produzidas pela própria entidade no exercício:


Pelo valor do custo de produção
Debità. . l1 . _~ lrnobiliza~õe,sçQrppreas
Grédita •· 65:L:t7 cftiif~ll/J)O$ f/JJl(tfá P.fÓPif[a:filtoRreS;J;)'ãra imópi/izâdo ãortyôreo

~~~~t~~~f~[f~l!4,~=~~:~rq~:1~~v~~:;;::qrJiQ9 gQ ~:(çjQ
Credita. 6!).JA .--Tri.JbalhospéJ~!?J aprópíia ~tnpresa,Pâra imobilitadp;Em curso ·.
Após a.conclu~ê~ da9 irnohíli_zações eorpóreas prodütidas pela própria entidade, pelo valortotal,fegistado em
imobiHi~Ções ~rn curso-: - .• • _. _·...._. · .· ·. ·•. ___. _·. ___ .- . .·_.· . ·•·
Debíla ,.·11. -)lJIQ.bi~lzl#Ç~tJ~;CQtPór~a§. ,.. _ _ : ; ...•. _· ,. . .
Creditá. i.4. ~tlrnobilizéJçÕes .em ~wso(peló valor total)

tm&bilizaÇões.corpór~asre&~b.idas âtitulo •gfatúito:


Debita 11- .,..·fmpbiliza~ões corpóreas
Credita 59.- R€f5ervas
I
Imobilizações corpór.~as re~ult~ntés de umatro.pa: ..· _ .•
Debita . 1i ~-lmobiiizações corpÓ reás (reconhecimento do 11ovÔ activo pêlo valor líquido registado do ac-
tivo ctado à troca) __ . _ _. _ _. _•. ___ •. , , _, . ' · .·. .•·..._·._·
Debita· 18;1 -Amortizações acumuladas, Imobilizações cqrpóregs (pelo valor das élmortiiações acumula-
das do activo dado. à troca)
Credita 11 -Imobilizações corpóreas {pelo valor de aquisição do activo dado à troca)

l
Capítulo 1 117

Para uma melhor compreensão da contabilização das operações relacionadas corn


alienações e outras operações que conduzem à saída de imobilizações corpóreas, se-
gue-se um resumo dos registos contabilísticos a realizar.

,,~~,.;·· :~l~ª~JÍ'i~,~·~~~-~ot~!~~~~~;.aJJ~~aÇ.~s;.~~!t~~~~$~--,~··-. , ···"-:--'~'·-·· ·


AlienaÇões
Há váriast etapas que devem ser seguidas na contabilização das alienações de imobilízações corpóreas:
.(

1) Deve.,se começarpor avaliar o v~lor contabilístico do bem:


Xalor conta bilfstico~.=Valor de.· aquisição ~ qmo1izaçôes._acu uladas rn
2)Depois, apura-seseháum ganho ou uma perda com a'aliena~ão:
__ • Sê o valor de venda- o valor contabil(stico > O7 há um ganho
, • Se o valor devenda -o valor contabilístico < O- há uma perda
3) Posteriormente,escolhe-se acol}ta de ganho ou p_erdaa utilizar para reflectira operação:
• Se houver urn ganho; deve~se registar na conta-68.3.1- Ganhos em imobilizações, venda de imobilizações
corpóreas
• Se houver uma perda; deve-se registar na conta 78.3.1 -Perdas em imobilizaçõ~s, venda de imobilizações
corpóreas
4} Contabilizar a alienação:
a) Pelo valor de venda
Debita 45- Caixa (recebimento a pronto) ou
43- Depósitos à ordem (recebimento a pronto) ou
37.2.1- Vendas de imobilizado, Corpóreo (recebiQlento a prazo)
Credita 68.3.1 I 78.3.1- Ganhos/perdas em imobilizações, Venda de imobilizações corpóreas
(pelo preço de venda sem imposto)
Credita 34.2- Imposto de produção e consumo
b) Pelo valor de aquisição do bem (ou valor ajustado por uma reavaliação) do bem vendido
Debita 68.3.11 78.3.1- Ganhosjperdas em imobilizações, Venda de imobilizações corpóreas
Credita 11 - Imobilizações corpóreas
c) Pelas amortizações acumuladas do bem venç!ido
Debita 18- Amortizações acumuladas
Credita 68.3.1 1 78.3.1 - Ganhos/perdas em imobilizações, Venda de imobi/izações_êorpór:eas
Nota: o valor final da conta 68.3.1/ 78.3.1 deve corresponder ao ganho ou perda apurado na 2. a etapa.

Abates . ' . ·, .. . . . . .. . . ~

Na.·c~ntabiliz~~ã?•• ~-~S'~bfl.(esi·â·tt .troooiift~~~~f·.~cilpóreã~·.âev~{~:ereatizar_ oà-seguifltes• registos:'-.;. ··-..


a) Pélovâ[df~tl~;(qÜ1~rq~o;'ti!l-á~m';(~qt~q(9h;gltt$tât{cf~~~hm'án~~wâitáWâi>J.~'~" ,:; ;. t.,:~'. .. ·'A ., -ê
Debitq_.:-·781~.3 ;-'::eerqél~:~mJmg~u(z,?~~ª·s;AIJetes_: -
credita· · · 1i -_.Jiiu)6Úizaçõéscàrri6reks ·
b) Pelo valor das amortizações acum~ladas
Debita 18 - JJ.mortizações acumuladas
Credita 78.3.3 -.·~• Perdas ein 1mobilitações, Abates

Sinistr(J.s
Há ~árfa~'Rtap~$fqúé ~~yern Ser}~guidâs na contabilizabão: dos sinistros eotn imobUiÚt~Ões êor,póreas, as quais .
são idêntic(:ls às lilfap,as: a·realízar nas <:~l~en(lÇõ~s. ·
-·. .. ..

1) Oeve·se começar por avaliar vàl.óJcootabUístlc() do bem: .


... ····.··.··'···: •. . . ·::···}_,._: ... ·.·.·· .·. ... ·· .
o ·,·., ........ ······ -
v_ _a____ I_P_._r_·._co_. -.·_nta_pU.ís_t[_c_._. ._·. .·_·_=.;.·.·.va_l_o_J.dfi·l·a_ _ <l_.U_._lsiça.-o.•. ··._-:a_m_·. ortízàç·õ· e_S.
•·.o àc.unw_lã'c!à.s --.........
· ....·. . ·...•..·. . .·.·. .· . .· . . ..
. .. ··. :· ..·:..····-·.··-····. ····-,!.
·.·• ·.·.· ·. ........ ·- . . .
Analisam~se, ~çle
séguida, duas situações que podem ocorrer: o ·bem sinistrado. estar coberto por um· seguro ou o
bem sinistrado não,est~r coberto por um seguro.
HiPó!~~rt 1,~;a~m~9!b~rt9PorsE}guro ..•......· . .•
2) De seguida, deve-se.compéuaro valor da indemnização cqm ovaior contabilístico do bem para apurar se há
ou
um g~n~o perda com a alienag~o: . . . ... __ . . . . . '
•. Se a :indethntcaçãtr> vatonconti).~ilfstreo --' há 'Um·~an~o
• Se a indemnizaÇão< vaiM contabilístico- há urna perdá
(continua)

:---.----:-;:~~
118 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

3) Posteriormente, deve-se escolher a conta de ganho ou perda a utilizar para reflectir a operação:
• Se houver um ganho, registar na conta 69.4 - Ganhos resultantes de sinistros
• Se houver uma perda, registar na conta 79.4 .- Perdas resultantes de sinistros
4) Deve-se registar a saída do bem sinistrado como uma venda, em que o valor de venda é substituído pelo
valorda indemnização
Hipótese2:·sem não·coberto por seguro
Deve-se registar como um abate; substituindo a conta 78.3.3 pela conta 79.4 - Perdas resultantes de sinistros

A empresa ABC alienou um bem que tinha adquirido por 10 000 000,00 Kz há dois anos (N-2).
A vida útil do bem tinha sido estimada em 5 anos. Este bem foi vendido este ano (N), a prazo,
·--po{ 3 500 ooo,oo Kz. - .... ______ -- -···· ·-· -------- · ········---· · --·····-·--- ---- ·-----·-- · --------------------- · ----- --

Etapas a seguir:
1. Calcular o valor contabilístico do bem:
Para saber o valor contabilístico, deve-se determinar:
Valor._de aquisição = 10 000 000,00
Amortizações acumuladas = (10 000 000,00 -:- 5) x 2 = 4 000 000,00
Logo,
Valor contabilístico= 10 000 000,00-4 000 000,00 = 6 000 000,00

2. De seguida, deve-se apurar se há um ganho ou uma perda com a alienação:


• Preço de venda do activo (PV) = 3 500 000,00
• Valor contabilístico (VC) = 6 000 000,00
• PV- VC =3 500 000,00- 6 000 000,09 =- 2 500 000,00, ou seja, há uma perda

3. Como há uma perda, deve-se utilizar a conta 78.3.1- Perdas em imobili~ções, Venda de imo-
bilizações corpóreas.
4. Contabilizar a alienação
a) Pelo valor de venda .
Debita 37 .2.1 ~Vendas de ímot).ilizf;ldo corpóreo 3 8q0. OOQ,OO
. - . '

Credita 78.3.1""" Pªrdas ém imobilizações,


Venda de imobilizações corpóreas 3 500 000,00
Credita 34.2- Imposto de produção e consumo (10%) 350-000;00
b) Pelo valor inicial de aquisiç~o do bem vendido

Debita· 78~3.1 --.:.perdas em imopilizações, .r

V~nda de._imobilizaçôe.s- corpóreas 10 OJDO ooo;oo


Credita 11- l~oblli~áções corpóreas 10 000000,00
c) Pelo valor das ah)ort,i~ações acumuladas do bem vendido
i
Debita 18- Âmortizações ácumúladas 4000 000,00
Credita 78.3.1....,. Perdas em imobilizações,
Venda· de imobilizações corpóreas 4 000 000,00

Nota: O saldo final da conta 78.3.1-Perdasem imo1Ji1i4açõe:?, Veng,ade)mob{lizações. corpóreas,


é um saldo devedor de 2 500 000,00 kz, equivalente à perda :apurada na etapa 2.
Capítulo 1 119

No caso específico das imobilizações corpóreas adquiridas em regime de locação fi-


nanceira, os registos contabilísticos a realizar são os apresentados no quadro seguinte.

~pcaÇão-·final1ceira ·

Pelo contrato de locação financeira aquando da aquisição do bem:


Debita 11 - Imobilizações cqrpóreas
Credità' 37.1.1 -Compras de imobi/ízado corpóreo
.tf
Pelo pagamento das rendas em cada período:
Debita 37.1.1 -Compras de imobilizado corpóreo (pelo capital amortizado)
Debita 75.3.1 -Impostos indirectos (pelo imposto de consumo)
Debita 76.1 -Juros (pelos juros)
Credita 45 - Caixa ou
43 - Depósitos à ordem
No final do contrato, pela aquisiçãó do bem pelo seu valor residual:
Debita 3 7.1.1 - Compras de imobilizado corpóreo
Credita 45 - Caixa ou
43 ~·Depósitos à ordem

Durante a vida útil do bem, no final de cada exercício, registar a amortização do exercício:
Debita 73.1 -Amortizações do exercício, ImobilizaÇões corpóreas
Credita 18.1 - Amortizações acumuladas, lmobilízaçõés corpóreas

Considerações de auditoria

A entidade deve ter o cadastro de todos os bens de investimento. Este cadastro


deve constar num ficheiro que reúna todas as informações sobre os bens de investi-
mento que a entidade possui, nomeadamente o seu código de identificação, ano de
aquisição, fornecedor do activo, localização, valor de aquisição, valor reavaliado (se
tiver), vida útil, taxa de amortização, quota de amortização anual e amortizações acumu-
ladas, valor contabilístico.

Adicionalmente, a entidade deve ter estabelecido:


• Os procedimentos para aquisição de activos, dado tratar-se, normalmente, de
bens de valor elevado (deve-se definir níveis de autorização e documentar a justifi-
cação dos motivos da selecção do fornecedor)
• A política de capitalização, incluindo tratamento dos juros suportados nos activos
em curso e diferenças de câmbio
• A política de amortização a seguir
• Os procedimentos a seguir para os bens totalmente depreciados e abates (por
exemplo, autorização)
• As regras de codificação dos bens
• As instruções para a contagem física dos bens e posterior verificação com ficheiro-
-cadastro
• Os proceqimentos de comparação dos valores do ficheiro com valores contabilizados
• Os procedimentos contabilísticos em caso de locação financeira
• Os procedimentos de verificação da cobertura de seguros

··~···~
120 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exempíos práticos

Considerações fiscais

Os bens imobilizados são custo fiscal em função da sua amortização, a qual se en-
contra definida na Portaria n. 0 755/72, de 26 de Outubro, alterada pela Portaria
n. o 57/7 4, de 24 de Janeiro. {Ver considerações fiscais da conta 18- Amortizações acumuladas.)

11.1 - Terrenos e recursos naturais

"Esta rubrica compreende os terrenos e recursos naturais (plantações, minas, pedreiras,


etc.) afectos às actividades operacionais da entidade. São també1n incluídos nesta rubrica os
custos de desbravamento, movimentação de terras e drenagem com eles relacionados."
(Notas explicativas)
_-]_;:~: :'l..':_:~:_;.~õV..:.. ':!li"..'f:-f';-.i_"i. .f_->::,::< -~-.It:-~,__:_ ,,_,~"'#!- -~.::.r·.:..-·""l-~~;:~"·.-""!•:•.'+ ;,Cf-.";'r'l:;...""'"',_ -- :·h"c-.~-=··· ""- ._. - --r-,.--,_-,_-._,,.,.. ,.."".."'""' ~-- -...

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


11.1.1- Terrenos em bruto
11.1.2 -Terrenos com arranjos
11.1.3 - Subsolos
11.1.4- Terrenos com edifícios
11.1.4.1 - Relativos a edifícios industriais
11.1.4.2 - Relativos a edifícios administrativos e comerciais
11.1.4.3 - Relativos a outros edifícios

São registados nesta conta os terrenos subjacentes a edifícios e outras constru-


ções, mesmo que tenham sido adquiridos em conjunto e sem qu~ntificação separada
do seu valor. Neste caso, deve-se proceder à quantificação do valor específico do ter-
reno, dado que este tem, normalmente, uma vida útil ilimitada, pois não está sujeito a
deperecimento e não sendo, por isso, amortizado.

Todavia, há a excepção dos terrenos sujeitos a deperecimento, como é o caso dos


terrenos onde se exploram recursos naturais (por exemplo, pedreiras), que devem ser
amortizados em função da sua vida útil estimada.

Considerações fiscais

De acordo com o n. 0 2 do art. 0 31. 0 do Código do Imposto Industrial aprovado pela


Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro, considera-se que, no que respeita aos imóveis que
tenham sido adquiridos sem indicação expressa do valor referente ao terreno, pode ser
atribuível a esta componente um valor correspondente a 20%1 do valor global do imóvel,
excepto se o sujeito passivo estimar outro valor com base em cálculos tecnicamente
elaborados e fundamentados por entidade_ independente e previamente aceites pela
Direcção Nacional de Impostos.

A Portaria n. 0 755/72, de 26 de Outubro, alterada pela Portaria n. 0 57/7 4, de 24 de


Janeir-o, estabelece que as amortizações de um terreno não são aceites fiscalmente,
excepto as amortizações dos terrenos de exploração, as quais devem ser calculadas
em função do seu esgotamento.
1
Em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2015, sem prejuízo da norma transitóra prvista no art. 0 44. 0 do código.

~-~""=".~ .. ~~ ..,....---,--,-~~:~"""~~~~~- --~~--·~


Capítulo 1 121

11.2 - Edifícios e outras construções

"Esta rubrica destina-se a registar os edifícios fabris, comerciais, administrativos e sociais,


bem como as instalações fixas que lhe sejmn próprias (água, energia eléctrica, ar condicio-
nado, etc.).
São também incluídas nesta rubrica outras construções, tais como muros, silos, parques, albu-
feiras, canais, estradas, arruamentos, vias-férreas internas, pistas de aviação, cais e docas."
(Notas explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


11.2.1- Edifícios
11.2.2 - Outras construções
11.2.2.1- Integrados em conjuntos industriais
11.2.2.2- Integrados em conjuntos administrativos e comerciais
11.2.2.3- Outros conjuntos industriais
11.2.2.4- Implantados em propriedade alheia
11.2.3 - Instalações

Os edifícios e outras construções que a entidade possua e que não estejam ao ser-
viço da sua actividade operacional devem ser registados na conta 13.4- Investimentos
financeiros, investimentos em imóveis.

O valor desta conta deve incluir todos os custos da compra, nomeadamente preço
de compra, registos, comissões, impostos não recuperáveis e outros encargos legais.

11.3 - Equipamento básico

"Esta rubrica destina-se a registar o conjunto de instrumentos, máquinas, instalações e outros


bens, cmn os quais a entidade realiza a extracção, transformação e elaboração dos produtos ou a
prestação de serviços. São também incluídos nesta rubrica os gastos adicionais com a adaptação
da maquinaria e de instalações ao desempenho das actividades da entidade." (Notas explicativas)
-~Ei::1..,.~*";;. __ .._._:~3__ ,.;~.:~~-"+'r:'"""'... t.;~.,;.~~~~~~"i-~-··--:-.:z.:~~

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


11.3.1- Material industrial
11.3.2 - Ferramentas industriais
11.3.3- Melhoramentos em equipamentos básicos

A entidade pode ainda subdividir em subcontas por tipos de bens mais específicos,
por localização, etc., em função das suas características e organização.

Como referido anteriormente, é a actividade operacional da entidade que define a


afectação dos bens a esta conta. Por exemplo, numa entidade dedicada à actividade de
transporte, o equipamento de transporte é considerado equipamento básico, assim
como, numa entidade de serviços administrativos, o equipamento administrativo é clas-
sificado como equipamento básico.

----c,"'i';o;;'~01
122 Parte 11 - O conteúdo. a movimentação das contas e exernplos práticos

11.4 - Equipamento de carga e transporte

Nesta conta registam-se todos os bens de transporte, de carga ou descarga (como,


por exemplo, veículos, barcos, aviões, comboios, vagões, empilhadores, monta-cargas,
gruas, guindastes), que não se destinem a venda e que não pertençam a entidades do
sector dos transportes.

Esta conta deve ser subdividida por tipo de equipamento, podendo ser depois subdivi-
dida de acordo com a organização da entidade. (Ver considerações fiscais no final da conta 18 -Amorti-
zações acumuladas relativas à dedutibilidade fiscal das amortizações de certos tipos de equipamentos de transporte.)

11.5 - Equipamento administrativo

"Esta rubrica destina-se a registar o equipmnento social e mobiliário diverso." (Notas explicativas)

Esta conta é normalmente subdividida em:


• equipamento social,
• equipamento de escritório e
• mobiliário e artigos de decoração

Por "equipamento social" entende-se equipamentos de cozinha (por exemplo,


máquinas de café, microondas), cantinas, refeitórios, postos médicos, instalações des-
portivas e culturais, etc.

Por ''mobiliário diverso'' entende-se equiparnento de escritório (por exemplo, computado-


res, secretárias, impressoras, fotocopiadoras, etc.) e o mobiliário, artigos de conforto e deco-
ração (por exemplo, estantes, candeeiros, tapetes, alcatifas, objectos decorativos, etc.).

11.6 - Taras e vasilhame

"Esta rubrica destina-se a registar os objectos destinados a conter ou acondicionar as merca-


dorias ou produtos, quer sejam para uso interno da entidade, quer sejam embalagens retorná-
veis com aptidão para utilização continuada." (Notas explicativas)
~,_-.,, •. :'\;"~i- ·.• ~?~5:-:<:;;: •,"Ç"·· ~;; ~--.I-:-o·.':""""f."F-.... ··-,.':"":-:-:-~:· "-"7..:.:"~-f!'.< "'~' <>~~-·- ~-.... ~-- ·A'": ~~F -4"~-=--•..,...._ -~,;.;·~.S'=

Deve-se distinguir entre embalagens, embalagens de consumo e taras e vasilhame:

• As embalagens são vendidas quando ocorre a venda do produto ou da mercadoria,


sendo facturadas aos clientes. O produto não se vende separado da eçmbalagem,
apesar de esta poder ser depois devolvida pelo cliente. As embalagens devem ser
registadas numa subconta da conta 26 - Mercadorias.
• Embalagens de consumo são embalagens cujo custo está incluído no custo de
fabrico ou _'de comercialização de um produto ou mercadoria e reflectido no seu
preço de venda. Não podem ser devolvidas pelo cliente. As embalagens de con-
sumo devem ser registadas na subconta 22.4- Matérias-primas, subsidiárias e de
consumo, Embalagens de consumo.

• As taras e vasilhames servem para acondicionar as mercadorias ou produtos ou


para contê-los, mas são propriedade da empresa, que apenas factura o seu valor
ao cliente no caso de não serem devolvidos no prazo estipulado .

.. ------;...:• ..:,-,;='"""'""' -~-~~:'='"""""'='--'=-::-=-~~--,---, -p.~~~=-·


Capitulo 1 123

Relativamente às taras e vasilhame, a empresa pode usar subcontas para distinguir entre:
• embalagens retornáveis, que consistem em taras e vasilhame que acompanham
as mercadorias e produtos no acto da venda e que se destinam a ser devolvidas
pelos clientes num determinado prazo, e
• outras taras e outro vasilhame que não se incluam em outras contas, nomeada-
mente as de uso interno da empresa.

CauÇões ou garantias

A entidade pode exigir cauções ou garantias aos clientes no valor das taras e vasi-
lhame que regularmente está na sua posse, as quais devem ser registadas a crédito na
conta 37.9 - Outros valores a receber e a pagar. Em caso da não devolução no prazo
devido das taras e vasilhame, quando a empresa facturar o seu valor ao cliente, o saldo
da conta 37.9 deve ser regularizado.

Contabilização

A contabilização das operações relacionadas com taras e vasilhame incluídas nas


imobilizações corpóreas da empresa deve ser efectuada conforme indicado no quadro
que se segue.

Taras e vasilhame

Pelo recebimento da caução (se houver):


Debita 45 - Caixa ou 43 - Depósitos à ordem
Credita 37.9.2 -Outros valores a receber e a pagar, Cauções (conta a criar)

Hipótese 1: Venda do vasilhame


Há várias etapas que devem ser seguidas na contabilização da venda de taras e vasilhame, as quais são idênti-
cas às etapas a realizar nas alienações de outras imobilizações corpóreas. · ·
1) Deve-se começar por avaliar o valor contabilístico do bem:
Valor contabilístíco=Valor de aq~j~içãH_-:-_am~rtizaçq~? acum.4ladas.
2) .Posteriormente; apura~ se se há: um:gàiJhõ ou uma· perdâcom a alienação:
• Se ovalor de venda••~ o valorco.r.rta-bUísyco>,O,~háttmganho
•.. _se_ o_ valo__r _ _ de_-_·-.·_._v_._-._·e ___._a___ -:-_. o_·. v_ a_l_o_r cqn_t_a_ _.-_b.-l_l_._r_s_·.t_i__c_ ·_o·.... <_-. ,0_.-~.:h_,a_'_ :_u_·m_ -_a_. -_•___·_P e_ r_d_ _ a_•·
_ _ _n_._ d
3) Aseguir, escolhe~se a contada ganh\H'Ju perda. a utmiar para tefleatiià operação~
• Se houver um ganho, deve.:.se registar na conta 68.3.1- Ganhos em imobilizações, Venda de imobilizações
corpóreas
• Se houver uma perda, deve-se registar na conta 78.3.1 -Perdas em imobilizações, Venda de imobilizações
corpóreas
4) Contabilizar a'vendà•das taras evasilhârne
a) Pelo valór da venda das· taras e vasilhame
Debita ' 31,- C/ient~$ ~~< : • .• - . ._ · _- . -

Credita 68.3.1/ 78.3.1·;- Gan~osjperdas em imobilizações, Venda de imobilizações corpóreas


1
(pelo preçp d~venóa.sern imposto)
Credita 3~;2 ·~fmpost!o deprodução consumo e
b) Pelo valor dê aqui~ição i~cial das taras e vasilhame
Debita .. 68,;3.1/78.3.1- Ganhbsjperdasemímobilizaçges, Venda de imobi/ízações corpóreas
Credita 1J•6 --lmob(lizações.oorpôreasjTaras e vasil~ame
c) Pelas amortizações acumuladas das taras. e vasilhame ·
Debita l8 -AmortiZações acumuladas
Credita 68.3.1 I 78.3.1- Ganhosjperdasem imobllízações, Vendade.itnobilí:fações corpóreas

(continua)

.,;~
124 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

d) Pelo valor da caução referente às embalagens vendidas (se houver):


Debita 37.9.2 -Outros valores a receber ea pagar, Cauções (conta a criar)
Credita 31- Clientes
- .---- .
e) Pelo recebimento do restante valor de venda (diferença entre o valor de venda e a caução)
Debita 45 - Caixa ou 43 - DepósitOs à ordem
Credita 31 - Clientes

Hipótese 2: lnutilização por deterioração ou obsolescência das taras e vasilhame


a) Pelo valor de aquisição inicial das taras e vasilhame
Debita 78.3.3 - Perdas em Imobilizações, Abates
Credita 11.6 - Imobilizações corpóreas, Taras ,.;.·
e vasilhame
b) Pelas amortizações acumuladas das taras e vasilhame
Debita 18.1.6 -Amortizações acumuladas, Imobilizações corpóreas, Taras e vasilhame
Credita 78.3.3 - Perdas em Imobilizações, Abates

11.9 - Outras imobilizações corpóreas

Esta é uma conta de carácter residual, na qual se registam todos os bens que, pela sua
natureza, não sejam incluídos nas outras subcontas da conta 11- Imobilizações corpóreas.

12 - Imobilizações incorpóreas
Inclui os imobilizados intangíveis, englobando, nomeadamente, direitos diversos,
despesas de constituição, arranque e expansão.

Os critérios valorimétricos específicos a adoptar na valorimetria do imobilizado incor-


póreo são, com as necessárias adaptações, iguais aos critérios definidos para a valori-
metria das imobilizações corpóreas.

As aquisições e as alienações contabilizam-se de forma idêntica às imobilizações


corpóreas, com as devidas adaptações das contas.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


12.1- Trespasses
12.2 - Despesas de investigação e desenvolvimento
12.3 - Propriedade industrial e outros direitos e contratos
12.4- Despesas de constituição
12.9- Outras imobilizações incorpóreas

Contabilização

; - .... ,

Pelo custo de aquisiqão inicial por crédito da conta _Npmmn~nto9a.v~nd~,pelo:valor·registado .do activo,
• 37. L2 ·_ Comprâd de imábilizado, Incorpóreo ou ·por tté~Jtó(~r~c~·ryt~~~s.s~2/. 78.3.2 -·.Ganhos/perdas
• 45 - Caixa ou / · ernirr]ol:}fl(gq,Çôg$,Y~n.r;la qe:imqbiliÀaçõesinoorpóreas.
• 43 -.Depósitos à ordem. NomomenJgô.~·a~ata/pelo·.vatordo activo, por débito
Pelo C,Y,stode prodUção, porcré<fitoda conta da coj)~~~ !~~i?t.tfér~as f1Jl1. imobil~zações,Abàtes.
65 .c. Trabalhos para aprópría empresa. Em•.caso •. cl~~i.nistro,·pelo valor . doa~ivo,.por·débito
Pela transférência de imobilizações em curso, quando da contá 69.4/}~;4 ..: Ganhosjpardas rêsuttantes de
estas estão.· termtnadas,.por crétlltêfda· conta ·. sinfsttô's; ,,
14 -Imobilizações em curso.
Capítu!o 1 125

12.1- Trespasses

"Esta rubrica destina-se a registar a diferença, quando positiva, entre o valor pago para aqui-
sição de un1 conjunto de activos (e passivos) que constituam u1na actividade empresarial e o
justo valor dos activos e passivos adquiridos, desde que a actividade adquirida seja conti-
nuada pela adquirente. Na nornenclatura internacional este conceito de trespasse é denmni-
nado por f!oodwill', {fonds de commerce' ou 'avimnento'." (Notas explicativas)
,!_.._:: • •;.:;_-.--: • '::':," ••• • • • '~ •. :·,.. .:, •. -

De seguida, apresentam-se as disposições do PGC mais relevantes para a conta


12.1 - Imobilizações incorpóreas, Trespasses, designadamente os critérios para reco-
nhecimento destes activos e as principais regras de valorimetria.

Critérios para reconhecimento:

"Só devem ser reconhecidos como trespasses os encargos que representen1 urn pagamento
feito em antecipação de benefícios económicos futuros e que surjam de uma aquisição que:
-constitua uma actividade comercial e, simultaneamente,
-resulte na continuação de uma actividade anteriormente exercida." (Políticas contabilísticas)

Valorimetria (Políticas contabilísticas, Bases de valorimetria específicas)

a) Período de amortização- o período de amortização não deve exceder cinco anos,


a menos que o período mais dilatado se justifique desde que não exceda o pe-
ríodo de uso útil.
As Notas Explicativas prevêem que, ao estimar-se a vida útil do trespasse, se
tenha em consideração vários factores, designadamente a vida previsível do negó-
cio ou sector, os efeitos da obsolescência dos produtos e de outros factores eco-
nómicos, as expectativas de vida ao serviço da empresa dos principais indivíduos
ou grupos de empregados, as acções esperadas de concorrentes ou potenciais
concorrentes, e cláusulas gerais, regulamentadoras ou contratuais que afectem a
vida útil deste activo.
b) Método de depreciação - o método de depreciação a usar deverá ser o das quo-
tas constantes, a menos que outro seja mais apropriado nas circunstâncias.

c) Amortizações extraordinárias - as amortizações extraordinárias não devem ser


revertidas, ainda que cessem os motivos que as originaram.

Contabilização

A definição de Trespasse das Notas Explicativas do PGC implica a determinação do


justo valor dos activos e p'assivos adquiridos e a continuação do exercício da actividade
da empresa adquirida, o que remete para a aplicação do Método da Compra previsto
nas normas internacionais de contabilidade (IFRS 3 -Concentrações de actividades em-
presariais). Segundo este método, a empresa adquirente regista, na data da aquisição,
pelo justo valor, os activos adquiridos e os passivos assumidos (identificados e identifi-
cáveis}. Este método só é aplicado quando a empresa adquirente continua a actividade
anteriormente exercida pela adquirida.

----~c·,.,ciHJ
--,. -,'31
126 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Há várias quantias a ter em consideração na contabilização da aquisição de urna


actividade empresarial:
1) Valor da transacção - o qual corresponde, na empresa adquirente, ao custo de
aquisição da empresa adquirida;
2) Justo valor da empresa adquirida - este valor resulta da determinação dos justos
valores dos activos e passivos identificados (constantes no Balanço da empresa
adquirida) e dos justos valores dos activos e passivos identificáveis (os quais não
constam· no Balanço da empresa adquirida, mas devem ser reconhecidos aquando
de uma aquisição).

O Trespasse surge quando o valor da transacção é superior ao justo valor dos acti-
vos e passivos adquiridos.

Segue-se um exemplo de uma aquisição com registo de trespasse.

A empresa ABC adquiriu uma empresa que tem, à data de aquisição, registado no seu balanço ac-
tivos diversos no valor de 20 000 000,00 Kz e passivos diversos no valor de 12 000 000,00 Kz.
Na análise do justo valor dos seus activos e passivos, concluiu-se que um terreno tinha um justo
valor superior ao contabilizado em 500 000,00 Kz.
O valor de aquisição desta empresa foi de 10 000 000,00 Kz.

Há várias etapas a seguir para proceder à contabilização da compra na empresa ABC:


1. Deve-se começar por calcular o justo valor dos activos e passivos adquiridos:
Justo valor dos activos: 20 000 000,00 + 500 000,00 = 20 500 000,00
Justo valor dos passivos: 12 000 000,00
Logo,
Justo valor líquido: 20 500 000,00- 12 000 000,00 =8 500 000,00
2. De seguida, calcúla-se o trespasse ou goodwi/1:
Valor de aquisição: 10 000 000,00
Justo valor dos activos e passivos adquiridos: 8 500 000,00
Logo, I
Trespasse = 10 000 000,00- 8 500 000,00 = 1 500 000,00 l
3. Contabilizar a aquisição na empresa adquirente
Debita 1x a 49>< (pei<P justo valor dos activos da adquirida) ........... 20 500 000,00-
Debita 12.1- Tr1espasses ....................... :·~ ................................... 1 500 ooo,oo
Credita 1x a 49A (pelo justo valor dos passivos da adquirida) ........ 12 000 000,00
Credita 45- Ca'ixa (pagamento a pronto em dinheiro) ou
43 - Depósitos à ordem (pagamento a pronto por cheque
ou transferência bancária) ou
37.9 - Outros valores a receber ou a pagar
(pagamento a prazo) ............................................. 10 000 000,00
Capftulo 1 127

Considerações fiscais

De acordo com a Portaria n. 0 755/72, de 26 de Outubro, alterada pela Portaria


n. o 57/7 4, de 24 de Janeiro, as amortizações do trespasse não são aceites fiscal-
mente. Estas amortizações só são aceites em casos de deperecimento efectivo, devi-
damente comprovados, dentro dos limites que a Direcção Provincial dos Serviços de
Finanças considere razoáveis.

Normas internacionais de contabilidade

Actualmente, a IFRS 3 - Concentrações de actividades empresariais (revista em


2013) estabelece o reconhecimento do goodwi/1 positivo como activo imobilizado incor-
póreo. Este activo não é amortizado, ficando sujeito a testes anuais de perdas de valor.
Se, numa concentração empresarial, se apurar um goodwi/1 negativo (valor de transação
menor do que o justo valor dos activos e passivos adquiridos), este deve ser registado
em proveitos e ganhos do exercício.

12.2 - Despesas de investigação e desenvolvimento

"Esta rubrica destina -se a registar:


-despesas de investigação, que são encargos incorridos co1n a investigação original e pla-
neada destinada a obter novos conhecin1entos científicos ou técnicos e con1preensão dos
l11eSlllOS,
- despesas de desenvolvünento, que são as despesas resultantes da aplicação das descober-
tas da pesquisa e de outros conhecin1entos a un1 plano ou concepção para a produção ele
novos ou substanciahnente 1nelhorados n1ateriais, n1ecanismos, produtos, processos, siste-
mas ou serviços prévios ao início da produção con1ercial ou uso."
(Notas explicativas)

De seguida, apresentam-se as disposições do PGC mais relevantes para a conta


12.2- Imobilizações incorpóreas, Despesas de investigação e desenvolvimento, designa-
damente as principais explicações constantes nas Notas Explicativas, os critérios para
reconhecimento destes activos e as principais regras de valorimetria.

As Notas Explicativas contêm exemplos de actividades de investigação e desenvol-


vimento.

São exemplos de actividades de investigação as actividades que:


• se destinam à obtenção de novos conhecimentos;
• procuram aplicações para as descobertas de pesquisa ou outros acontecimentos;
• procuram alternativas de produtos ou processos;
• formulam ou concebem possíveis produtos novos ou melhorados ou alternativas
de processos.

São exemplos de actividades de desenvolvimento as actividades que:


• avaliam alternativas de produtos ou processos;
• concebem, constroem e testam protótipos e modelos pré-produção;
.28 Parte 11 -O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

• concebem ferramentas, aparelhos, rnoldes e outros cunhos envolvendo nova tec


nologia;
• concebem, constroem e fazem funcionar uma fábrica-piloto que não seja de escala
economicamente viável para a produção que comerciem.

Encontram-se excluídos de reconhecimento como imobilizado incorpóreo os custos


de investigação e desenvolvimento que:
• sejam incorridos por empresas que tenham como actividade a investigação e
desenvolvimento,
• resultem de pesquisa de minérios, petróleo, gás e similares.

Critérios para reconhecimento

"Só devem ser reconhecidos co1no activo as despesas de desenvolvimento que satisfaçam todos
os seguintes critérios:
-o produto ou processo esteja clara1nente definido e os custos atribuíveis ao produto ou pro-
cesso possam ser demonstrados,
- a exequibilidade técnica do produto ou processo possa ser demonstrada,
- a empresa pretenda produzir, comercializar ou usar o produto ou o processo,
-exista um mercado para o produto ou o processo ou, se for para ser usado internan1ente e
não para ser vendido, a sua utilidade para a empresa puder ser demonstrada,
-existam recursos adequados ou a sua disponibilidade possa ser de1nonstrada para con1ple-
tar o projecto e con1ercializar ou usar o produto ou o processo.'' (Políticas contabilísticas)

"A prática dmnonstra que a generalidade dos custos de pesquisa e desenvolvimento não satis-
fazern todos estes critérios para reconhecimento, pelo que devem ser adoptados os seguintes
critérios:
- despesas de investigação devem ser registadas como custo no período em que ocorrern,
-despesas de desenvolvimento devem ser reconhecidas como custo no período em que ocor-
rem, a menos que satisfaçam todas as condições exigidas para poderem ser reconhecidas
como activo." (Políticas contabilísticas)
-::~o:.".-: ::~'!~:-~·0;:::.1f::lf-.r;:;;o-';;$'õ;~~-h~~-:'\l:':-~~~-:";--..._ _ _,__~ :· .,....,J,..,.Q~,,.~ -_:-~"'<r;_;.;·' _.._-.... ·=-;:...-

Valorimetria (Políticas contabilísticas, Bases de valorimetria específicas)

O período de amortização não deve exceder cinco anos.

Normas internacionais de contabilidade

A IAS 38- Activos intangíveis não prevê a-contabilização de dispêndios relacionados


com processos de pesquisa como imobilizações incorpóreas. Estes dispêndios são
obrigatoriamente registados como custos do exercício.

Osdispêndios relacionados com desenvolvimento devem cumprir critérios idênticos


aos do PGC para poderem ser reconhecidos como imobilizado incorpóreo.
Capitulo 1 129

12.3 - Propriedade industrial e outros direitos e contratos

"Esta rubrica destina-se a registar patentes, 1narcas, alvarás, licenças, privilégios, concessões,
direitos de autor e outros direitos e contratos assimilados.
Incluem-se nesta rubrica as quantias pagas com o objectivo de adquirir o direito ao arrenda-
n1ento de um detenninaclo ünóvel. Por não constituir a aquisição de un1a actividade en1presa-
ri<7l, este direito encontra-se excluído do trespasse." (Notas explicativas)
-. ,....~ - .. ,
___ -

De acordo com este conceito, esta conta pode ser dividida em subcontas que deverão
reflectir a natureza do activo (por exemplo, 12.3.1- Patentes, 12.3.2- Marcas, etc.).

Considerações fiscais

De acordo com a Portaria n. 0 755/72, de 26 de Outubro, alterada pela Portaria


n. 0 57/74, de 24 de Janeiro:
• a taxa máxima de amortização das Patentes é de 10%.
• a amortização de Marcas e de Alvarás, Licenças, Concessões e Outros direitos não
sujeitos ao regime de condicionamento industrial não é aceite fiscalmente, excepto
em casos de deperecimento efectivo, devidamente comprovados, dentro dos limites
que a Direcção Provincial dos Serviços de Finanças considere razoáveis.
• a amortização de Alvarás, Licenças, Concessões e Outros direitos sujeitos ao re-
gime de condicionamento industrial, com período determinado, é calculada com
base no período fixado por lei, não podendo ser excedida sem autorização da
Direcção Provincial dos Serviços de Finanças.
• a taxa máxima de amortização de Alvarás, Licenças, Concessões e Outros direitos
sujeitos ao regime de condicionamento industrial, sem período determinado, é de 5%.

12.4 - Despesas de constituição

"Esta rubrica destina-se a registar as despesas iniciais de constituição e organização da em-


presa, bem como as despesas subsequentes relacionadas com a sua expansão~ designadamente
as despesas com aumento de capital, estudos e projectos." (Notas explicativas)
!7;~-~!-<""~~-~-·':::~~;··:~?..ll:c-F~. . .s?·.·.-~-~--- 'rt;->;J;:'f'i... ,__ f-'2:~-'-;*"'--:ir-'t"t"~-'..... :...-e~..t,/'r~=~..,.,.,:.-·.;.'.--~- ~~ """"". . , ..,". -........ ,.._.,... : ...,.-:7-·."···,-"

De.acordo com este conceito, esta conta pode ser dividida em subcontas que deve-
rão reflectir a natureza do activo (por exemplo, 12.4.1 - Constituição da empresa,
12.4.2- Organização da empresa, 12.4.3 -Aumento de capital, etc.).

·Normas internacionais de contabilidade

A IAS 38 -Activos intangíveis não prevê a contabilização de despesas de constitui-


ção como activo. Estas despesas não cumprem a definição de activo, devendo ser regis-
tadas como custo do exercício.

PLAPGC_09

- ~=-~~~~~~,_--:?-:.:/~~~
:O Parte 11 -O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Considerações fiscais

De acordo com a Portaria n. 0 755/72, de 26 de Outubro, alterada pela Portaria


0
n. 57/7 4, de 24 de Janeiro, a taxa máxima de amortização das despesas de constitui-
ção é de 33,33% .

. 12.9 - Outras imobilizações incorpóreas

Esta é uma conta de carácter residual, onde se registam todas as imobilizações in-
corpóreas que, pela sua natureza, não sejam incluídas nas outras subcontas da conta
12 - Imobilizações incorpóreas.

13 - Investimentos financeiros
Esta rubrica inclui aplicações financeiras de carácter permanente, ou seja, detidas
por um período superior a um ano.

As aplicações financeiras de curto prazo registam-se na conta 41- Títulos negociáveis.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:

13.1 - Empresas subsidiárias


13.2 - Empresas associadas
13.3 - Outras empresas
13.4 - Investimentos em imóveis
13.5 - Fundos
13.9 -Outros investimentos financeiros

Contabilização

Peiocustode 9q0isição·inicial por crêdito.da éorita No rnomento da vendá, pelo valor registado do activo,
•· 35.2x1 ·_:_· Entidadçs partícipadàs, d/ subscrição ou por debito da êof\ta.66.6.T/ 7'6.6.1- Ganhos/perdas
• 37.1.3 '- Compr;rs de imobili4ado,.Financeir.o ou ·na alienaÇão de aplicações financeiras, Investimentos
• 45 - Caixa ou financeiros.
• 43 - Depósitos à ordem. Em caso de sinistro, pelo valor do activo, por débito
·~ fi
da conta 69.4/79.4- Ganhos/perdas resultantes de
sinistros.

De seguida, apresentam-se as disposições do PGC mais relevantes para a conta 13


- Investimentos financeiros, designadamente os critérios para reconhecimento destes
activos, as principais regras de valorimetria e as definições dos vários tipos de investi-
mentos financeiros.
Capítulo 1 131

Critérios para reconhecimento

"Deven1 ser reconhecidos como investimentos financeiros os activos que:


-satisfaçam as condições para o seu reconhecimento como activos,
-tenham u1na natureza de realizável a médio e longo prazo,
-sejam detidos por um período superior a um ano,
-tenham como objectivo aumentar a riqueza através de uma das seguintes fonnas:
• distribuição, mediante o recebünento de juros, royalties, dividendos e rendas,
• valorização de capital ou outros benefícios, tais como os resultantes de transacções
COinerciais." (Políticas contabilísticas)
~
''

Valorimetria (Políticas contabilísticas, Bases de valorimetria específicas)

a) No reconhecimento dos investimentos financeiros: Os investimentos financeiros


devem ser valorizados ao custo de reconhecimento inicial, líquido das correspon-
dentes provisões ou amortizações destinadas a garantir que o custo não excede
o valor de realização.
No reconhecimento inicial, o custo pode ser:
• o custo de aquisição para a generalidade dos investimentos financeiros, o qual
engloba o preço de compra e encargos adicionais de aquisição, tais como pré-
mios de corretagem, honorários, comissões bancárias, etc.;
• o justo valor, no caso de investimentos financeiros adquiridos através da emis-
são de acções ou outros títulos ou por troca d~ outros activos.
Posteriormente ao reconhecimento inicial, podem ser efectuadas alterações ao
custo nas seguintes situações:
• quando o preço pago na aquisição inclua uma parcela de juros vencidos, os quais
são deduzidos ao custo de aquisição no momento de recebimento dos juros,
• pela imputação de diferenças de câmbio resultantes de passivos monetários
relacionados com a aquisição de tais activos.

b) Amortizações: relativamente aos investimentos em imóveis, estes devem ser


amortizados de modo sistemático ao longo da sua vida útil ou através de uma
amortização extraordinária, se houver motivos para tal, nos termos explicados
para as imobilizações corpóreas.

A definição dos investimentos financeiros é essencial, uma vez que vai determinar a
sua classificação contabilística e, consequentemente, as regras a seguir e as contas a
movimentar. Apresentam-s_e, de seguida, as definições e características dos vários tipos
de investimentos financeiros.

Definições (Notas Explicativas)

a) Partes de capital
Entende-se por partes de capital as acções ou quotas detidas pela entidade. As
partes de capital a registar na conta 13 são detidas com carácter de permanência, ou

..
'·~~ ~~,.-
32 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

seja, com o objectivo de controlar ou influenciar a gestão da empresa da qual se detérn


partes de capital ejou de obter rentabilidade a médio e longo prazo.
• Grupo: um grupo é composto pela empresa-mãe e todas as suas subsidiárias.
• Empresa-mãe: empresa que detém uma ou várias subsidiárias.
• Empresa subsidiária: empresa controlada por u~a outra empresa (empresa-mãe).
• Controlo é o poder de gerir as políticas operacionais e financeiras de uma em-
presa, a fim de obter benefícios das suas actividades.
• Empresa associada: empresa em que .a detentora exerce uma influência significa-
tiva e que não seja subsidiária.
• Influência significativa é o poder para participar nas decisões de política opera-
cional e financeira, mas que não possa ser considerada como controlo dessas
políticas.
Presume-se que existe influência significativa quando a investidora detiver, directa
ou indirectamente, através das suas subsidiárias, mais de 20% do poder de voto
da investida, a menos que possa ser demonstrado que tal não se verifica.
A existência de influência significativa pode ser evidenciada por um ou mais dos
seguintes meios:
• Representação no Conselho de Administração ou em órgão de gestão equivalente.
• Participação nos processos de definição de políticas.
• Transações materialmente relevantes entre a investidora e a investida.
• Intercâmbio de pessoal de gestão.
• Fornecimento de informação técnica essencial.

• Outras empresas: são aquelas que não possam ser consideradas como empresas
subsidiárias nem como empresas associadas.
Presume-se que não existe influência significativa quando a investidora detiver, di-
recta ou indirectamente, através das suas subsidiárias, menos de 20% do poder de
voto da investida, salvo se tal influência puder ser claramente demonstrada.

Assim, as ligações entre empresas podem ser resumidas da seguinte forma:

Ligação entre Empresas

r
Classificação Contabilística

~ ..
Empresas do Grupo Empresas associadas Outras empresas
>50% ;? 20% e< 50% <20%
T- --- - -- --~-r

t +
Empresa- Empresas
-mãe filiais
Capítulo 1 133

Nota: A influência significativa ou o controlo podem ocorrer em situações em que a par-


ticipação de capital seja inferior a 20% ou 50%, respectivamente, devido a acordos
entre accionistas ou devido ao facto de o capital estar cotado em bolsa e se encontrar
dividido por muitos acionistas.

b) Obrigações

Af> obrigações são unidades de medida, de igual valor, de cada empréstimo.

As obrigações constituem, portanto, uma dívida da sociedade emitente para com


cada um dos possuidores dos títulos.

c) Títulos de participação

Os títulos de participação são unidades de medida, de igual valor, de cada emprés-


timo emitido por empresas públicas ou de capitais maioritariamente públicos.

Os títulos de participação correspondem, portanto, a uma dívida da sociedade emi-


tente para com cada um dos possuidores dos títulos.

Contabilização

A contabilização das operações relacionadas com o reconhecimento inicial de inves-


timentos financeiros apresenta-se resumida no quadro seguinte.

Investimentos financeiros - reconhecimento inicial


1) Aquisição de partes de capital, no momento da constituição da empresa participada
Pela subscrição:
Debita 13.1.1/ 13.2.1/ 13.3.1 - Investimentos financeiros, Partes de cap;tal, Subsidiárias/
Associadas/Outras empresas
Credita 35.2.1.1/35.2.2.1/35.2.3.1/35.2.4.1 - Entidades participadas, cj subscrição,
EstadojSu bsidiáriasjAssociadas/Outros
Pela liberação (pagamên~p):. •• . - _i > > ._- -•- •. ·__ - • _._ _-_- ._. _i .-_ -_-_ ._- - ._ . -_.

:~~: illifii;~;:z~rli~:~~~:::::ção,
2) Aquisição de partes de capital, apps a con~titUiçãp da empresa participada- __ ____ __ .
Debita 13. ~ .1/13.2: 1/ 13;~:1.-.l~~e~tlmentos financeiros/Partes de capital, Subsidiárias/
AssoC{qpas/~ttt~a,~:emRr~s~~·.>·_ :·;_ .- • r

credita 45:'"caJxa~tpagáme~tQ'~tnolnhelrQf~ü ; < • . . . .. · •• i


43. .,.Depóf;ltos.~·à or(.fein (pagamento .por cheque ou transferê~cia.. bancária) ou
· 37.1.3.,. Compras de,I {mobili~ado,Financeiro (pagamento a.prazo)
. . . . :·:_: -·

3) Aquisição de obrigações e títu'los de participação


Debita 13..1-.2/13;2Pf13.3.2 ~Investimentos financeiros, Obrigações e títulos de participação,
Subsicfíárias/As~p9i~da~(qutras e!J!presa? ·. .· · .·. ·.
Debita 37.9- Outros valoresarecebete apagar(se houverjuros·decorridos até ao momento de
aquisição areoeber na qata de .venGirJ1ento) . ·
Credita ~45 - Caixa(pagament9 ~mdihhelro) ou . . . . . ... ·.· ....
43 - Depósitos à. ordem. (pagamento pot cheque .ou transferência bancária) ou
3 7.1.3 - Compras de imobiliz:ado; Financeiro (pagamento a prazo)

(continua)

·:-'"'~""::0~---
L34 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

4) Empréstimos concedidos
Debita 13.1.3/ 13.2.3/ 13.3.3 - Investimentos financeiros, Empréstimos, Subsidiárias;Associadas/
Outras empresas
Credita 45- Caixa (pagamento em--dinheiro) ou
43 - Depósitos à ordem (pagamento por cheque ou transferência bancária) ou
35.2.1.4/35.2.2.4/35.2.3.4/35.2.4.4 - Entidades participadas, Empréstimos, Estado/
Subsidiárias/Associadas/Outros

5) Outros investimentos financeiros


Debita 13.9 - Outros investimentos financeiros
Credita 45- Caixa (pagamento em dinheiro) ou
43- Depósitos à ordem (pagamentc{por cheque ou transferência bancária) ou
3 7.1.3 - Compras de imobilizado, Financeiro (pagamento a prazo)

Relativamente aos rendimentos obtidos, pela empresa, dos seus investimentos finan-
ceiros, a contabilização deve ser efectuada conforme o quadro a seguir apresentado.

lnv~stimentos fi~anceiros .... Rendimêntos


1) Rendimentos de partes de capital
Pela lucros atribuídos à participação:
Debita 35.2.1.3/35.2.2.3/35.2.3.3/35.2.4.3- Entidades participadas, cj lucros, Estado/
Subsidiárias/Associadas/Outros
Credita 67.1- Rendimento de participações de capital (para subsidiárias e associadas) ou
66.5.1- Rendimento de participações de capital, Acções, quotas em outras empresas
Pela recebimento dos lucros distribuídos:
Debita 45 - Caixa ou
43- Depósitos à ordem (pelo valor líquido recebido)
Debita 34.1 -Imposto sobre os lucros (pelo valor do imposto retido)
Credita 35.2.1.3/35.2.2.3/35.2.3.3/35.2.4.3 - Entidades participadas, cj lucros, Estado/
Subsidiárias;Associáda,sjOutros

2) Rendimentos de obrigações e títulos de participação


Debita 45 - Caixa ou
43 _ -Depptit?s-à orq~m (peiOVéllO['IÍq(Jido recebido)
Debita_ 34d -·li1111fl?tfl~>So:órf1JPp. lifçr~~· ~pél{},yalor.aoii11P<?:~toJeti~o) _ ---_- .-. _ . _ _ ___ _.
Credita ·37.9 --~ Óutrpfyalore~-:a~r(Jc~~-ér~ _~; é#Mªr~no~â no_ ~{~_qyJsjç~p. _se ~ouv~r juros decorridos
até_ ao··-·mome.ótó.de_'Çlquis.iça~:·a-.r~~§Á~r. nª-~~~t~.~~~;k~o'Çi.~woto y·
Credita 66.1;1.1/66.1;1.3._~-1uros;Deinvesiímenro{finááceitá$;·ô6figa'ço~sirrt~.Jiosdeparticipação
~ - :·. .. ·.
~ . :...: . :. :
.: .. . . . · ·... ..
·.: ' . : · .-
.·. . . ... :- ... ·: . : •· --. . . . . ·.· , .. :. :·· ·.. :' ... .

3) Rendimentos de depósitos a prazo


Debita 43 ~- Depósitos à ordem {pelo .valor líqu.Jdp recebido)
Debita 34.1 -1f11PQ$to sopre. os l~cr?~ i(pelo valor d?. i.ri)Pqstqretiqq)
Credita 66·. L 1:9_ ..c /urps, ó~Jnvestim~ritos fín.anqéiçà~rQiJtrq,s•. ·

São apresentados no quadro seguinte os registos contabilísticos a realizar quand'o a


empresa vende os investimentos financeiros que detém.

- . ",.-<-,,,,;:,;,:v'-~t'~~·,~~9tà~~~m~;t~l~~~,~%~ú8M:t_
-f

Na alienação de investimentos financeiros, há vári~s et9paS à ~eg9ii:


1) Oeve~se começar por apurar se há ~nt ganho qu perdacorn a alienação:
• Se o valor de venda- o valbrcon~abilís~ipo>.O.~.~áuro gçmho
• Se o valor de venda- o valor contabilístico< O....:. há uma perda

(continua)
Capitulo 1 135

(continuação)

2) Posteriormente, escolhe-se a conta de ganho ou perda a utilizar para reflectir a operação:


• Se houver um ganho, deve-se registar na conta 66.6.1 - Ganhos na alienação de aplicações financeiras,
Investimentos financeiros
• Se houver uma perda, deve-se registar na conta 76.6.1 - Perdas na alienação de aplicações financeiras,
Investimentos financeiros
3) Contabilizar a àlienação dos investimentos financeiros:
a) Pelo valor da venda
Dabita 45- Caixa (recebimento a pronto) ou
. r. 43- Depósitos à ordem (recebimento a pronto) ou
37.2.3- Vendas de imobilizado, Financeiro (recebimento a prazo)
Credita 66.6.1/76.6.1- Ganhos/perdas na alienação de ~plicações financeiras, Investimentos financeiros
b) PC?IO valor de aquisição do investimento vendido
Debita 66.6.1/76.6.1- Ganhosjperdas na alienação de aplicações financeiras, Investimentos financeiros
Credita 13x - Investimentos financeiros

Nota: O valor final da conta 66.6.1;76.6.1 deve corresponder ao ganho ou perda apurado na 1. a etapa.

Considerações fiscais

De acordo com o Código do Imposto sobre a Aplicação de Capitais, revisto e republi-


cado pelo Decreto Legislativo Presidencial, n. 0 2/14, de 20 de Outubro, são sujeitos a
Imposto sobre a Aplicação de Capitais os lucros atribuídos aos sócios, os juros de de-
pósitos em instituições financeiras e de obrigações do tesouro, os prémios de amortiza-
ção ou reembolso e outras formas de remuneração das obrigações ou dos títulos de
dívida pública, entre outros rendimentos incluídos no n. 0 1 do art. 0 9. 0 deste código.

A taxa de imposto a aplicar é de 10% (nos termos do n. 0 2 do art.o 27 .0 ). No caso


dos juros de bilhetes do tesouro, de obrigações de tesouro, e de títulos emitidos pelo
banco central com uma maturidade igual ou maior a 3 anos, a taxa de imposto é de 5%
(nos termos do n. 0 3 do art. 0 27. 0 ).

É de salientar que com a revisão e a republicação do Código do Imposto sobre a


Aplicação de Capitais em 2014:
-o Imposto sobre a Aplicação de Capitais incide sobre o saldo positivo, apurado em
cada ano, entre as mais-valias e menos-valias realizadas, decorrentes da aliena-
ção de participações sociais ou de outros instrumentos financeiros que gerem
rendimentos sujeitos a este imposto (não sendo apenas consideradas as mais-
-valias), nos termos da alínea n) do n. 0 1 do art. 0 9. 0 ;
- as despesas de transacção associadas à aquisição e à alienação de participações
sociais ou de outros instrumentos que gerem rendimentos sujeitos à aplicação
deste imposto, passam a ser consideradas no cálculo das mais-valias e menos
valias, nos termos do n. 0 5 do art. 0 9. 0 ;
-as mais-valias ou menos-valias decorrentes da alienação de títulos de dívida pri-
vada e de títulos de' dívida pública, com uma maturidade igual ou superior a três
anos e realizadas em mercado regulamentado, assim como as mais-valias ou me-
nos-valias resultantes da alienação de participações sociais, quando realizadas
em mercado regulamentado, apenas relevam, para efeitos do saldo positivo su-
jeito a Imposto sobre a Aplicação de Capitais, em 50% do seu valor, nos termos
das alíneas a) e b) do n. 0 6 do art.o 9. 0 •

'''·C..?f~
36 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

De acordo com o art. 0 29. 0 do mesmo código, estes rendimentos são sujeitos a
retenção na fonte, sendo a liquidação de imposto efectuada pelas entidades a quem
incumbe o pagamento dos rendimentos. A sujeição ao imposto ocorre nos termos
do art. 0 11. 0 •

Normas internacionais de contabilidade

Dada a complexidade dos vários instrumentos financeiros que existem actualmente,


as regras de reconhecimento, mensuração e divulgação estão previstas em várias nor-
mas internacionais de contabilidade, design9damente na IAS 27- Demonstrações finan-
ceiras separadas, na IAS 28 - Investimentos em associadas, na IFRS 9 - Instrumentos
financeiros, na IFRS 10 - Demonstrações financeiras consolidadas, e na IFRS 11 - Inte-
resses em empreendimentos conjuntos.

13.1 - Empresas subsidiárias

"Esta rubrica destina-se a registar as transacções co1n empresas pertencentes ao grupo, que
não resultem das actividades operacionais exercidas pela entidade." (Notas explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


13.1.1- Partes de capital
13.1.2 - Obrigações e títulos de participação
13.1.3- Empréstimos

Podem ainda ser criadas outras subcontas para investimentos financeiros de outra
natureza em empresas subsidiárias.

13.2 - Empresas associadas

"Esta rubrica destina-se a registar as transacções com empresas associadas, que não resultem
das actividades operacionais exercidas pela entidade." (Notas explicativas)
B-::?.;~:':;-,;zb.-:r._,=::··"'i>.~"l&-:·,_:<..:-· "'~- ---·t··-.-.. ""~.,...,...,~,.._....,._,.,_,_ ....._~
~--.-

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


13.2.1- Partes de capital
13.2.2- Obrigações e títulos de participação
13.2.3- Empréstimos

Podem ainda ser criadas outras subcontas para investimentos financeiros de outra
natureza em empresas associadas.

13.3 :-::.Outras empresas

"Esta rubrica destina-se a registar as transacções com outras empresas, que não resultem das
actividades operacionais exercidas pela entidade." (Notas explicativas)
:::::-· .,:. _:_....;..-=: ...- :·-••. ,_:;_;:::;-: '~"h~-:--~~:.;;:·_, -~i·.
Capítulo 1 137

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


13.3.1- Partes de capital
13.3.2- Obrigações e títulos de participação
13.3.3 - Empréstimos

Podem ainda ser criadas outras subcontas para investimentos financeiros de outra
natureza noutras empresas.

13.4 - Investimentos em imóveis

"Esta rubrica destina-se a registar os irnóveis adquiridos que não se destinem a ser usados
pela entidade ou nas operações por ela realizada.
O conceito de in1óveis pode revestir a forma quer de terrenos, quer de edificios." (Notas explicativas)

Esta conta pode ser subdividida em Terrenos e recursos naturais e Edifícios e outras
construções.

Os Edifícios e outras construções aqui registados estão sujeitos a amortizações nos


mesmos moldes das imobilizações corpóreas. A amortização anual é reflectida a débito
na conta 76.4- Amortizações de investimentos financeiros em imóveis, por contrapartida
do crédito na conta 18.3 - Amortizações acumuladas, Investimentos financeiros em
imóveis.

A contabilização das alienações de investimentos financeiros em imóveis é idêntica


à contabilização da alienação de imobilizações corpóreas, com as devidas adaptações
de contas.

13.5 - Fundos

"Esta rubrica destina-se a registar os bens detidos pela entidade com o objectivo de fazer face
a compromissos prolongados, cujos rendimentos lhe estejam adstritos, como por exmnplo, fun-
dos de pensões" (Notas explicativas)

:lf.

No caso dos fundos de pensões, esta conta só se movimenta quando o fundo é ad-
ministrado pela própria empresa.

Aconselhamos a leitura das explicações da conta 39.1- Provisões para outros riscos
e encargos, Provisões para pensões.

13.9 - Outros investimentos financeiros

Esta é uma conta de carácter residual, onde se registam todos os investimentos finan-
ceiros que, pela sua natureza, não sejam incluídos nas outras subcontas da conta 13
- Investimentos Financeiros. Tais investimentos podem incluir diamantes, ouro, depósi-
tos a prazo, entre outros.

?2;~
:8 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


13.9.1- Diamantes
13.9.2- Ouro
13.9.3 - Depósitos bancários

A entidade pode ainda utilizar outras subcontas para reflectir investimentos de outra
natureza (por exemplo, obras de arte).

"A conta depósitos bancários destina-se a registar os depósitos em instituições de crédito que
não possam classificar-se como meios monetários." (Notas explicativas)
,,

Ou seja, na subconta 13.9.3- Depósitos bancários devem ser registados os depósi-


tos a prazo por um período superior a um ano.

14 - Imobilizações em curso

Esta rubrica inclui as imobilizações ou investimentos financeiros que estejam a ser


aumentados, melhorados ou substituídos, enquanto não estiverem concluídos.

Esta conta também inclui os adiantamentos feitos por conta de imobilizado, cujo
preço esteja previamente fixado.

Os adiantamentos feitos por conta de imobilizado cujo preço não esteja previamente
fixado podem ser debitados na conta 37.1 - Compras de imobilizado, numa subconta
criada para o efeito.

Resumindo, esta conta tem três vertentes:


• as imobilizações que estão em curso e são realizadas por terceiros,
• as imobilizações que estão em curso e são realizadas pela própria empresa
(trabalhos para a própria empresa),
• os adiantamentos por conta de imobilizados a fornecer por terceiros.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


14.1 e 14.2- Obra em curso
14.7 - Adiantamentos por conta de imobilizado corpóreo
14.8 - Adiantamentos por conta de imobilizado incorpóreo
14.9 - Adiantamentos por conta de investimentos financeiros

Valorimetria (Políticas contabilísticas, Bases de valorimetria específicas)

a) Custos a reconhecer no activo: durante o período em que o imobilizado se encon-


trar em curso, poderão ser acrescidos ao custo de aquisição os seguintes custos:
·• as diferenças de câmbio provenientes de custos relacionados com a aquisição
do bem;
• os encargos financeiros provenientes de financiamentos relacionados com a
aquisição do bem, se tal for considerado adequado e se mostrar consistente;
Capítulo 1 139

• custo de produção, para bens de produção própria. O custo de produção


engloba:
-os custos de materiais e serviços utilizados;
-os custos com o pessoal envolvido na produção do bem;
-a depreciação dos activos fixos tangíveis que foram usados na produção
do bem;
-os gastos gerais de produção relacionados com a produção do bem, que não
sejam custos administrativos.

Durante o período ern que o imobilizado se encontrar em curso, poderão ainda ser
acrescidos ao custo de produção os seguintes custos:
• as diferenças de câmbio provenientes dos custos relacionados com a produção
do bem;
• os encargos financeiros provenientes de financiamentos relacionados com a
produção do bem, se tal for considerado adequado e se mostrar consistente;
• custo corrente, para bens recebidos através de doação.

Adicionalmente, o PGC estabelece, no ponto 5.3 - Critério para reconhecimento


de custos de empréstimos obtidos do capítulo respeitante a Políticas Contabilísti-
cas, que "os custos com empréstimos obtidos podem ser reconhecidos como
activos (através de acréscimo ao custo do activo qualificável relacionado) desde
que, cumulativamente, se verifiquem as seguintes condições:
• estejam a ser incorridos;
• satisfaçam os critérios para o reconhecimento de activos;
• possam ser directamente atribuíveis à aquisição, construção, ou produção de
um activo;
• se encontrem em curso as actividades necessárias para preparar o activo para
o seu uso pretendido ou venda;
• estejam a ser incorridos dispêndios com tal activo;
• se, em resultado de tal acréscimo, o custo ajustado do activo não exceder o
mais baixo de: custo de reposição, quantia recuperável pela venda (valor reali-
zável) ou valor de uso do activo."

Nota: É de salientar que os encargos financeiros associados ao financiamento da


aquisição/produção de um imobilizado ou investimento financeiro apenas podem
ser capitalizados (acrescido ao custo de aquisição) durante o período em que~o
imobilizado ou o investimento financeiro esteja em curso. Após a sua conclusão e
aquando da sua transfer~ncia para a respectiva conta de imobilizações ou de in-
vestimentos financeiros, os custos de financiamento passam a ser registados
como os restantes ,custos de financiamento, nã conta 76.1- Custos e perdas fi-
nanceiros gerais, Juros.

b) Amortizações: As imobilizações em curso não podem ser amortizadas. As amorti-


zações só podem ter início após a conclusão do imobilizado ou investimento
financeiro (investimentos financeiros em imóveis) e da sua transferência para a
respectiva conta.

C"'-:;-- --,~~c-~--õ~"C~~ ·-·.···oc.·:~~~~'"'-"'


;;:.~.~
••-.-
L40 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos ~-~~--

r
i
r
Contabilização
l
A contabilização das operações relacionadas com imobilizações em curso deve ser
efectuada conforme indicado no quadro que se segue. I
i

·
lmo~iltzâç~:esq~m cur~o · I
Hipótese 1: Imobilizações em curso realizadas por terceiros iI
f

Pelo recebimento das facturas dos fornecedores de imobilizado:


Debita 14 -/mobilízações em curso
Credita 45- Caixa (pagamento em dinheiro) ou
43 - Depósitos à ordem (pagamento ~or cheque ou transferência bancária) ou
I
"
37.1.1 -Compras de imobilizado, Corpóreo(pagamento a prazo)
Pelos juros de financiamento destinados a imobilizações:
Debita 14 -lmo,bilizações em curso
I
Credita 43 - Depósitos à ordem ou
76.1.1.1- Juros, Empréstimos; Bancários (se estes juros tiverem sido debitados previamente
nesta conta' aquando do seu pagamento)
I
Pela conclusão da obra:
Debita 11 - Imobilizações corpóreas ou
12 - Imobilizações incorpóreas ou
13- Investimentos financeiros
Credita 14 -Imobilizações em curso

Hipótese 2: Imobilizações em curso realizadas pela própría empresa


Durante os trabalhos:
II
Debita Contas da classe 7 consoante os custos que se estão a suportar i
Credita 45- Caixa (pagamento em dinheiro) ou I
!
43 - Depósitos à ordem (pagamento por cheque ou transferência bancária) ou I
I

3 7 - Outros valores a receber e a pagar


i
No fim de cada exercício em que a obra está em curso, calcula-se o valor dos custos suportados nesse
exercício e pelo seu valor:
Debita 14 -Imobilizações em curso
Credita 65.1.4 - Trabalhos para a própria empresa, Para imobilizado, Em curso

Quando se conclui a obra: ..


I
Debita

Credita
11· -lrrwbilizações corpóreas pu
12 ~. ff!19bil!~áçõesinoorpôt~as. ou
t3 ~~~y~st{'[J!f:ltP~.firagcéjr,ps:~u .. . .
65.1.4 ~ Tra/;Jqfl:lps para a pr{Jwia ~mpresa, para imobilizado, Em curso (pelo valor dos custos
suportados no exercício dá conclusão)
I
Credita 14 -Imobilizações em curso (pelo valor debitado nesta conta nos exercícios anteriores)

Hipótese 3:·Adiantamentos pàr conta de imobi1izado ou investimentos financeiros


Pelo :àdiânta'mêntot:< ·, ,··
.·.Debita;. . · . J~.t/14.8/ t4i9..t Adiantamentos por conta de 1m6bi/izqqçhcorpôreojincorpóreoj
inve.stiinentos financeiros
Credita 45 ·~~ Caixaú1agamento em dinheiro) ou
43 -:Depósito~ à ordem (pagamento por cheque ou tranSferência bancária)
Pela reCepção da factú/a:
Debita 11/12/13 -Imobilizações corpóreasjiilcorpóreasjinvestimentos financeiros
Credita 37J.1--Compras de imobilizado, Corpóreo
Pela regularização do aqiantamento aquando dá recepção. da factura~
Debitá. 37: 1.1 ~ Compras de imobllízado; Corpóreo
Credita 14.7/14.8/14.9 -Adiantamentos por conta de imobl/izado corpóreo/incorpóreo;
investimentos financeiros
Capitulo 1 141

18 - Amortizações acumuladas
Esta conta regista a acumulação das amortizações do imobilizado corpóreo e incor-
póreo e dos investimentos financeiros em imóveis, desde o exercício de início da sua
utilização até ao exercício corrente. A amortização é um conceito contabilístico que
pretende reflectir o consumo dos benefícios económicos dos bens resultante da sua
participação no processo produtivo da empresa, do seu desgaste físico, da perda de
valor por obsolescência, etc.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


18.1- Imobilizações corpóreas
18.2- Imobilizações incorpóreas
18.3- Investimentos financeiros em imóveis

Cada subconta está ainda subdividida em consonância com a subdivisão prevista


para as contas de imobilizações corpóreas, imobilizações incorpóreas e investimentos
financeiros em imóveis.

A movimentação da subconta de amortizações acumuladas deve ser feita em conso-


nância com a conta de imobilizações corpóreas, imobilizações incorpóreas e investi-
mentos financeiros em imóveis (por exemplo, se está a registar a amortização de um
equipamento básico contabilizado na conta 11.3 -Equipamento básico, deve debitar a
conta 73.1.3- Amortizações do exercício, Imobilizações corpóreas, Equipamento básico
por contrapartida do crédito na conta 18.1.3- Amortizações acumuladas, Imobilizações
corpóreas, Equipamento básico).

Contabilização

18- Amortizações acullluladas

Na alienação do imobilizado corpóreo, incorpóreo ou Pela quota de amortização do exercício, por débito da
doiovestirrientofin(.lricelro em.imóveis,peleivalordas COflta ; ·
amorti~_(lções·acu{TiüladélSdG,él~liX(),pqr _ pr~~it_o.d.a 73 -~- J3mOftl4éJÇÕ~~-- do xXercíçio,Se" ~e_trata_~_•_?e
conta quotas •ae árn~itlz~·ç~·6de._lr1lobiliza9qes_:êqrporeas
• 68.3.1/2/78.3.1/2 ~ G.a~hos/:perdas.~m .ou inc~rpóJeª~ ?~- carácter_régúlaro~:porrênte -ou
imobilizações,Venda· (fe imobmzações corpóreas; • · 76.~ -~-.Amqrtízaçqes de iJ1Vf}?fitry~n~of? efT))móveis,
incorpóreas, se ~e:fratar;C!ê"'q[iàtas'cie am()rtização de-
• 66.6.1 1 76.6.1~ Ganhos/perdas na alienação de invéstimentos financeiros em irnóveis ou
aplicações financeiras; Investimentos financeiros. • 78.2- Amortizações extraordinárias, se.~e tratar de
q~otaTdeamqm~~~€lo •. 9.~ .impbJii.zaçQeSc?rpóreas
ç:rn. cqspp~e. ~?~W ~.~)fl1H?lliz9çge~8qrp,~re~s,pu - • _-
incorporeas/ri~.lo·v~l?:r-dâs.;am.o~íz~Ç?es•qcumuladas ·ou ';nf~n>óre~s :d({::éa'râtter eXtr~qrdinârl~_-· . . ·- _.·
do activo; por'cr~dltod~·conta'78.3.3~P~rçias em· ·Petp_. awm~ntod(l§am.o.giz~~pê~-~·culrlFJitio~·s .dó- -
Imobilizações, Abatés. i_m_ .·. o_b. ·_i_.l_iz_.a_ co_ rp_ ó_ r_-e__· o~_-re_:_s.'u_lta_.._.n_-te _ d_ .e üína_ -_ eava_·__li_à-q_ã_··o,
d_._o_ r.

Em caso desinistro, pelo valor d~s ambrtizações por débito dé conta 56 ~ Reservas de reavaliação.
acumuladas do activo, por crédifo da contà 69.4 I
79.4- Ganhosjperdasresuitar{tes de sinistros.

O saldo da$ contas de Amortizações acumuladas será sempre credor ou nulo, nunca
devedor.

-~~.
Parte 11- O conteúdo. a movimentação das contas e exemplos práticos

Outras considerações de natureza contabilística

Há também outras considerações de natureza contabilística que vão influenciar o


saldo da conta 18 - Amortizações acumuladas, as quais se relacionam com o cálculo
das amortizações do exercício.

Conceitos a considerar (Notas Explicativas):

a) Activos depreciáveis:

A entidade deve amortizar os activos depreciáveis. São activos depreciáveis os


activos que:
• se espera que sejam usados durante mais do que um período contabilístico;
• tenham uma vida útil limitada;
• sejam detidos para uso na produção ou no fornecimento de bens e serviços, para
arrendamento a outros ou para fins administrativos.

Os Terrenos não são considerados activos depreciáveis por terem uma vida útil ilimitada.

b) Vidaútil:

Para calcular a amortização, é necessário estimar a vida útil do activo. A vida útil de
um imobilizado é:
• o período durante o qual se espera que um activo depreciável seja usado pela
empresa; ou
• o número de unidades de produção ou similares que a empresa espera obter do activo.

A vida útil é, portanto, definida em termos de utilidade esperada dos bens e pode ser
mais curta do que a sua vida económica.

A estimativa da vida útil é uma questão de julgamento. Ao exercer-se tal julgamento,


devem ser tidos em consideração os seguintes factores:
• utilização esperada do activo, avaliada com referência à sua esperada capacidade
ou produção física;
• desgaste e estragos físicos esperados, que dependem da intensidade do uso, do
programa de reparação e manutenção e do cuidado de manutenção em situação
ociosa;
• obsolescência técnica proveniente de alterações ou melhoramentos na produção
ou de uma alteração no mercado de procura para o serviço ou produto derivado do
activo;
• limites legais ou semelhantes sobre o uso do activo, tais como as datas de extin-
ção de locaçoes com ele relacionadas.

Durante a vida útil de um activo, pode tornar-se evidente que a estimativa da vida útil
seja inapropriada.

A vida útil pode ser dilatada, por exemplo, por dispêndios subsequentes no activo
que melhorem a condição do mesmo para além do seu nível de desempenho original-
mente avaliado.

l
Capitulo 1 143

A vida útil pode ser reduzida, por exemplo, por mudanças tecnológicas ou alterações
de mercado dos produtos.

A vida útil de um edifício não é afectada pelo aumento no valor do terreno sobre o
qual um edifício se encontra implantado.

c) Quantia depreciável:

N quantia depreciável de um activo depreciável é o seu custo (histórico ou outro que


o substitua), deduzido do valor residual estimado do activo.

O valor residual do activo é determinado por estimativa baseada no valor residual,


prevalecente à data da estimativa, de activos semelhantes que tenham atingido o fim
da sua vida útil e que tenham funcionado sob condições semelhantes àquelas em que
o activo será usado.

A estimativa é feita à data de aquisição do activo e deverá ser revista na data em


que se faça urna eventual reavaliação.

O valor residual bruto é, em todos os casos, reduzido pelos custos de venda espera-
dos no fim da vida útil do activo.

O valor residual de um activo pode ainda ser reduzido de forma a reflectir custos
significativos de desmantelamento, renovação ou restauração em que seja necessário
incorrer no fim da vida útil do activo quando na compra do activo tais custos já se
encontrem previstos.

d) Método de depreciação:

O método de depreciação a usar deve reflectir o modelo pelo qual os benefícios eco-
nómicos do activo sejam consumidos pela empresa.

O método adoptado deve ser revisto periodicamente e, se houver uma mudança


significativa no modelo esperado de benefícios económicos a obter desses activos, o
método deve ser alterado para reflectir o modelo alterado.

O consumo de benefícios económicos pode resultar de:


• uso,
• obsolescência técnica,
• desgaste, #
-i]

• rotura.

Este consumo deve ser contabilizado, mesmo que o valor do activo exceda a quantia
pela qual este se encontra registado (valor bruto deduzido das amortizações acumuladas).

Expostos os principa,is conceitos determinantes das amortizações do exercício,


segue-se um resumo das principais características dos dois métodos de cálculo das
amortizações mais utilizados. Todavia, há outros métodos que não são aqui explorados,
como, por exemplo, o método das unidades de produção.

;~~~~
~4 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

MÉTODO DAS QUOTAS CONSTANTES

Características:
o A quantia depreciável é repartida de modo iguál pelos exercícios da vida útil do bem;
o A quota calculada apenas atende ao factor tempo.
Se Quantia depreciável =Valor de aquisição- valor residual,
,Quota de amortização anual =Quantia depreciável x taxa de amortização
ou
Quota de amortização anual= Quantia depreciável+ n. o de anos de vida útil

·M;tr.Dll JlA$.QU0tÁs.·o~GRESSI\IÂS
Características:*
• A quota de amortização é maior nos primeiros anos de vida útil do bem.
• Este método é aplicado quando os custos de manutenção do bem são muito elevados nos últimos anos de
vida útil. Assim, a empresa tem uma quota de amortização maior no início da sua vida útil, altura em que tem
menor custos de manutenção, tendo uma quota de amortização menor à medida que se aproxima o fim da
sua vida útil, altura em que tem maiores custos de manutenção. Com este método de amortização, neste tipo
de activos, os custos totais que a empresa tem com o bem tendem a ficar mais equilibrados ao longo da sua
vida útil.
Se Quantia depreciável =Valor de aquisição -valor residual,
Quota de amortização anual= Qi =Quantia depreciável x (n- i+ 1)
L anos de vida útil
n = anos de vida útil
i= n. 0 da quota

* O Método de Cole é um dos métodos utilizados para calcular quotas degressivos.

Apresentam-se, de seguida, dois exemplos práticos para urna melhor compreensao


dos dois métodos de cálculo de amortizações expostos.

Urna empresa adquiriu, a 2 de Janeiro N, uma máquina no valor de 1 600 000,00 Kz. A empresa
tem a prática de substituir este tipo de . equipamentos de cinco em cinco anos, pelo que
lhe atribuiu uma vida útil de cinco anos. O valor residual que estima obter na venda é de
100 000,00 Kz.

Etapas a.seguir no cálculo das amortizações do exercício:


I
1) Calcular a quantia depreciável:
Qua0Ua depreciável= 1600 qbo,oo -100 000,00 = 1500 000,00

2) Calcular a quota de depreciação anual:

Hipótese 1: Método-das quotas constantes

Quota anual = 1 500 000,00 ..;- 5 = 1 500 000,00 x 20% = 300 000,00

(continua)
Capítulo 1 145

(continuação)

Quadro das amortizações:

f31.12.N 1600 000,00 300 000,00 300000,00 1300 000,00

31.12.N+1 1 600 000,00 300 oop,oo 600 000,00 1 000 000,00

3L12.N+2 1600 000,00 300000,00 ;900000,00 700 000,00

31.12.N+3 1600 opo,oo 300 000,00 1200 000,00 400 000,00

31.12.N+4 1 600 000,00 300 OOQ,OO 1 500 000,00 1oodoo,oo

3.1. Contabilizar a quota anual de amortização pelo método das quotas constantes (igual todos
os anos)
Debita 73.1.3- Amortizações do exercício, Imobilizações corpóreas,
Equipamento básico ....................................................................... 300 000,00
Credita 18.1.3- Amortizações acumuladas, Imobilizações corpóreas,
Equipamento básico ....................................................................... 300 000,00

Hipótese 2: Método das quotas degressivas

Quantia depreciável = 1 600 000,00 - 100 000,00 = 1 500 000,00


Soma dos algarismos que vão até ao número de anos de vida útil do bem:
5 + 4 + 3 + 2 + 1 == 15

A amortização de cada ano resulta da divisão do número de anos de vida útil remanescente pela
soma calculada na etapa anterior:

31.12;N+3 ;..;;:- ·200~QQO,OO

- 1
3L12.N+4 -150_0 OQ0;00X'i5 _<1ttiú Ôp.ú;n,o_ _

(continua)
PLAPGC_ lU

-._:.:---:-~-----==.,...._""-"- - ;;_..--,:;'";::"t~~~-:ç--=;-..;:.~ "'=~~~~~1~~T~~~~ -.:!..1><--::~~~~..li


146 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

3.2. Contabilizar a quota anual de amortização pelo método das quotas degressivas

31.12.N
Debita 73.1.3 -Amortizações do exercício, Imobilizações corpóreas,
Equipamento básico ......................................................... 500 000,00

Credita 18.1.3- Amortizações acumuladas, Imobilizações corpóreas,


Equipamento básico ......................................................... 500 000,00

31.12.N+1
Debita 73.1.3- Amortizações do exercício, lmobJiizações corpóreas,
Equipamento básico ......................................................... 400 000,00
Credita 18.1.3- Amortizações acumuladas, Imobilizações corpóreas,
Equipamento básico ......................................................... 400 000,00

31.12.N+2
Debita 73.1.3 -Amortizações do exercício, Imobilizações corpóreas,
Equipamento básico ......................................................... 300 000,00
Credita 18.1.3- Amortizações acumuladas, Imobilizações corpóreas,
Equipamento básico ......................................................... 300 000,00

Se a empresa realizar uma grande reparação (um melhoramento) num imobilizado


corpóreo, o seu custo pode ser incluído no valor do activo mediante o cumprimento de
determinadas condições (ver "Outras considerações de natureza contabilística, Melhoramentos" nas Imobili-
zações corpóreas). A inclusão deste valor no activo tem impacto no valor das amortizações
do exercício a registar. Apresenta-se, de seguida, um exemplo prático para uma melhor
compreensão desta situação.

·- Ex~mpio prático ~ ~mortiz~Çãa -cí·e gtan~~s ·_rep~u~·aÇões -,- _:' -:: -~<·,'~: · :·----',: '/ -~
Uma empresa adquiriu, a 2 dé Janeiro N, um eqUipamento no valor de 4 000 000,90 Kz~tendo
estimado uma vida útil inicial de 5 anos. El)1 N+3, este equipamento teve uma grande reparação,
no valor de SOO 000,00 Kz,.a qualprolongou
. ~- . .
.a vida
. .
útil do bem·em dois anos.
;r

A en1pre?a ytiliza o métodç d;:ls quptas constantes~

Etapas a seguir ·no cálculo 'das amortizações do exercício:


\

1). Calcular
.·.· .· . depreciação
.· anu'al:
I
Amortização do valor de aqüisição (N, N+1, N+2, N+3, N+4)
4 000 000;00 7 5 = 800 000,00
~~

Amortização da grande reparação (N+3, N+4, N+5,, N+6)


800 000 00 + 4 = 200 000 00 Vida útil
' · ·' adicional

(continua)
Capítulo 1 14 7

(continuação)

Quadro das amortizações:

31.1f.N 4000 000,00 800000,00 800 000,00 3 200 000,00


.fi
31.12.N+1 4 000 000,00 800 000,00 1600 000,00 2400 000,00

31.12.N+2 4 000 000,00 800 000,{)0 2 400 000,00 1. 600 000,00

800 000,00
31.12.N+3 200 obo,oo
4 800 OOó,OO 1 000000;00 3 400 OOO;Oó 1400 000,00

800000,00
31.12.N+4 200-QOQ;OQ
4 800 000;00 1 000. ObO,bó 4 400000,00 400 000,00

31.12.N+5 4800 000,00 209000,00 4 600 000,00 200 000,00

31.12.N+6 4 800 000,00 200 000,00 4 800 000,00 o

2) Contabilizar a quota anual de amortização em N, N+1, N+2:


Debita 73.1.3- Amortizações do exercício, Imobilizações corpóreas,
Equipamento básico .......................... o o . . . . . . . . . . . . . . o· . . . o o . . . . . o •••• o . . . . . . . . . . . 800 000,00
Credita 18.1.3- Amortizações acumuladas, Imobilizações corpóreas,
Equipamento básico ............. , ......................................................... 800 000,00

3) Contabilizar a quota anual de amortização em N+3 e N+4:


Debita 73.1.3- Amortizações do exercício, Imobilizações corpóreas,
EqUipamento básico ...................................... ;............................. 1 000 000,00

Credita 18.1.3- Amortizações acumulgcjas, lrnobiUzações:corpóreas.,


Equipamento básico ..... ;........ ·····:·····~ .... ~ ....... ;.............................. 1 000 000,00

4) Contabilizar a quota anual de amortização em N+5 e N+6:


Debita 73.1.3- Amortizações do exercício, Imobilizações corpóreas,
-Equipamento básico ...................... ; ................................................. ,200 OOO,QO

Credita 18.1.3 - Amortizações. acumuladas, Imobilizações corpór(;as,


Equipamento básico ....................................................................... 200 000,00
I

Considerações fiscais
De acordo com o art. 0 24. 0 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n.o 19/14,
de 22 de Outubro, são aceites como custos ou perdas do exercício os encargos com
reintegração e amortização dos elementos do activo imobilizado sujeito a depereci-
mento, efectuados nos termos deste código.

_cc'"~·:•e"-""'o'-',jl'~o- _:, :-,;.o3'-~~':'."f?ol,~


148 Parte 11- O conteúdo, a movirnentaçao das contas e exemplos práticos

_ As amortizações aceites como custo fiscal são actualmente 1 determinadas pelas taxas
previstas na "Tabela das taxas anuais de reintegrações e amortizações", publicada pela
Portaria n. 0 755/72, de 26 de Outubro, alterada pela Portaria n. 0 57/7 4, de 24 de Janeiro.

Numa determinada actividade, um bem deve ser procurado na tabela das taxas ge-
néricas apenas quando não se encontre na tabela das taxas específicas que compete a
essa actividade, se tal actividade constar na Tabela 1 - Taxas específicas.

Se uma empresa explora uma actividade que não está incluída na tabela das taxas
específicas (Tabela 1), deve aplicar a todos os seus bens a Tabela 2, ou seja, a tabela das
taxas genéricas.

Há, todavia, vários aspectos a considerar para que os encargos com amortizações
sejam fiscalmente dedutíveis:

• Período de vida útil


De acordo com o art. 0 42. 0 do Código do Imposto Industrial, as reintegrações e
amortizações do exercício, devem observar os limites das taxas anuais estabele-
cidas na Tabela das reintegrações e amortizações, definidas em diploma próprio.
As taxas previstas na Portaria n. 0 755/72, de 26 de Outubro, alterada pela portaria
n. 0 57/7 4, de 24 de Janeiro, consistem nas taxas máximas, ou seja, na vida útil mí-
nima aceite fiscalmente. Dividindo estas taxas por dois, calculam-se as taxas míni-
mas, as quais correspondem ao período de vida útil máximo aceite fiscalmente. São
aceites como custos fiscais as amortizações calculadas para um período de vida útil
que oscile entre a vida útil máxima e a vida útil mínima decorrente destas taxas.
Por exemplo, nas taxas genéricas da Portaria, as ferramentas têm prevista uma
taxa de 25%. Logo:
-a taxa máxima é 25%, o que corresponde a uma vida útil de: 1 -:- 0,25 = 4 anos;
-a taxa mínima é 25% -:- 2 = 12,5%, o que corresponde a uma vida útil de:
1-:- 0,125 = 8 anos.
Assim, é aceite como custo fiscal a amortização anual de ferramentas que resulte
da atribuição de urna vida útil a este tipo de bens entre 4 a 8 anos.
• Métodos de cálculo das amortizações
O método de amortização a utilizar, regra geral, é o método de amortização das
quotas constantes. Todavia, é permitida a utilização de outro método quando se
considere que o mesmo é mais adequado à actividade económica da empresa,
desde que tal seja fundamentado tecnicamente e mediante autorização da Direc-
ção Nacional de Impostos (art. 0 27. 0 do Código do Imposto Industrial).!

• Amortizações com valor superior ao estabelecido na Tabela das reintegrações e


amortizações
São fiscalmente dedutíveis os encargos com amortizações que excedam o valor pre-
visto na Portaria n. 0 755/72, de 26 de Outubro, alterada pela Portaria n. 0 57/7 4, de
24 de Janeiro:
- quando resultarem da aplicação de métodos de amortização que não o método
das quotas constantes, mediante autorização da Direcção Nacional de Impostos
(art.o 27. 0 do Código do Imposto Industrial);

1
Em Dezembro de 2014.
Capitulo 1 149

- quando resultarem da utilização das imobilizações corpóreas em regirne inten-


sivo, sendo aceite um acréscimo de 25% à amortização calculada de acordo
com o método que estiver a ser aplicado, se a laboração for de dois turnos, e de
50%, se a laboração for contínua (art. 0 30. 0 do Código do Imposto Industrial);
- quando resultarem de desvalorizações excepcionais provenientes de causas
anormais, mediante autorização da Direcção Nacional de Impostos, presumindo-
-se que, após um prazo de 45 dias de ausência de resposta da repartição fiscal,
o pedido é deferido (art. 0 38. 0 do Código do Imposto Industrial).
As amortizações que num dado exercício não sejam considerados como custos ou
gastos para efeitos fiscais, por excederem a amortização máxima permitida,
podem ser considerados como custos ou gastos do exercício seguinte, quando
aceites nos termos do Código do Imposto Industrial, e desde que se efectue a
adequada regularização contabilística (art.o 41. 0 do Código do Imposto Industrial).

• Amortizações de grandes reparações e beneficiações


São fiscal mente dedutíveis os encargos com amortizações de grandes reparações e
beneficiações, desde que estes se revelem necessários à manutenção da fonte pro-
dutora, aumentem o valor real ou a duração provável de utilização dos bens (n. 0 2 do
art. 0 35. 0 do Código do Imposto Industrial).
As taxas de amortização são aplicadas de acordo com o período de utilidade es-
perada dessas reparações ou beneficiações. Todavia, a Direcção Nacional de Im-
postos pode corrigir estas taxas quando considerar que o período resultante da
sua aplicação é inferior ao que objectivamente deveria ter sido estimado (n. 0 1 do
art.o 35. 0 do Código do Imposto Industrial).

• Amortizações de bens de reduzido valor


Os activos amortizáveis cujo custo individualmente considerado e valorizado não
exceda 30 000,00 Kz (trinta mil Kwanzas) podem ser totalmente amortizados no
exercício em que entram em funcionamento, excepto se fizerem parte integrante
de um conjunto de bens e elementos, que deva ser amortizado como um todo, e
não sejam susceptíveis de avaliação e utilização individualizada (art. 0 36. 0 do Có-
digo do Imposto Industrial).

• Amortizações de imobilizações incorpóreas com vida útil não determinável


Os activos do imobilizado incorpóreo cujo período de vida útil não seja determiná-
vel podem ser amortizados durante um período de cinco anos, com excepção dos
programas informáticos, que devem ser amortizados durante um período de três
anos (n. 05 3 e 4 do art. 0 39. 0 do Código do Imposto Industrial).

• Encargos com amortizações não fiscal mente dedutíveis


As disposições intropuzidas, em 2014, no Código do Imposto Industrial, estabele-
cem que não são fi~calmente dedutíveis os encargos com amortizações:
i

-de bens móveis ~'ujeitos a registo, dos quais o contribuinte não possua, sequer
a respectiva declaração de venda, em que seja identificável o transmitente origi-
nário, e_ elementos identificativos que permitam identificar o bem de forma indi-
vidualizada (n. 0 4 do art. 0 25. 0 do Código do Imposto Industrial);
- de viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, calculadas sobre a parte do custo
inicial, ou do custo revalorizado, que exceda os 7 000 000,00 Kz (sete milhões

---~~
50 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

de kwanzas), excepto se tais viaturas estiverem afectas à exploração de serviços


públicos de transporte ou se destinarem a ser alugadas no exercício da actividade
normal da empresa (alínea e) do art. 0 40. 0 do Código do Imposto Industrial);
-de barcos de recreio e aviões ou helicópteros e de todos os encargos com estes
relacionados, excepto se estiverem afectos à exploração de serviços de trans-
porte ou se destinarem a ser alugados no exercício da actividade normal da
empresa (alínea f) do art. o 40. o do Código do Imposto Industrial);
-que não estejam inscritos nem devidamente justificados nos mapas de amorti-
zação que devem acompanhar declaração anual de rendimentos- Modelo 1 do
Imposto Industrial (alínea h) do art. 0 40. 0 do Código do Imposto Industrial).
É de salientar que as alterações introduzidas no Código do Imposto Industrial, em
2014, apenas são aplicáveis aos bens do ativo imobilizadq que entrarem em fun-
cionamento após a entrada em vigor da legislação (Janeiro de 2015), nos termos
na norma transitória prevista no art. 0 44° deste código. Assim, para os bens ad-
quiridos antes desta data, devem ser mantidos os procedimentos de amortização,
nos termos do regime de amortização anterior à entrada em vigor deste diploma.

19 - Provisões para investimentos financeiros

Os activos financeiros (que não sejam investimentos em imóveis) devem ter o seu
valor reduzido através de Provisões se existirem razões fundamentadas que levem a
crer que o custo excede o seu valor provável de realização.

"As Provisões aplicáveis a investimentos financeiros deve1n ser registadas no momento em


que existam razões fundamentadas que levem a crer que o custo excede o seu provável valor
de realização e devem ser corrigidas ou revertidas no n1omento em que se alterare1n ou cessa-
rem os motivos que as originara1n." (Notas explicativas)

Esta conta está subdividida no Código de Contas em:


19.1 - Empresas subsidiárias
19.2 - Empresas associadas
19.3 - Outras empresas
19.4- Fundos
19.9- Outros investimentos financeiros

Contabilização

• _. . • . . . • . ·•. 1

o.•~da.··proyiÂa(),poFcredito-da Pélácqht)tiWJç~q,:qt(.f~tgrç() ô.9··~róViê~O; por débito· da


. de provisões; lnvestíinentos co?\a 76~5~ ~?f.>(OV{~o'es 'pa.ra aplica:ções financeiras,
financeirós. lnvestímentes·tinanceiros.

Considerações fiscais

Esta provisão não é aceite como custo fiscal, por não estar prevista no art. 0 45. 0 do
Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro.
Capitulo 2 151

CAPÍTUL02

Classe 2 - Existências
Esta classe inclui os bens armazenáveis adquiridos ou produzidos que se destinem
a venda ou a ser consumidos no processo produtivo da empresa.

A classificação das existências está, usualmente, associada ao tipo de actividade


desenvolvida pela empresa.

As empresas comerciais dedicam-se à comercialização de mercadorias:


• Mercadorias- bens adquiridos para revenda sem transformação interna na empresa.

As empresas industriais dedicam-se à transformação de matêrias-primas, subsidiá-


rias e de consumo em produtos finais:
• Matérias-primas - bens que se destinam a ser incorporados nos produtos resul-
tantes da produção.
• Matérias subsidiárias e de consumo- bens que são usados na produção, mas que
não são incorporados materialmente nos produtos resultantes.
• Produtos e trabalhos em curso - produtos que se encontram em curso de fabrica-
ção e que ainda não estão em condições de ser armazenados ou vendidos.
• Produtos acabados e intermédios- produção apta para venda.
• Subprodutos - produtos secundários resultantes do processo produtivo e que são
obtidos simultaneamente com os produtos principais.
• Desperdícios, resíduos e refugos - bens resultantes do processo produtivo, de
baixo valor económico, que não respeitam as condições para serem reconhecidos
como subprodutos.

De seguida, apresentam-se as disposições do PGC mais relevantes para a Classe 2 -


Existências, designadamente os critérios para reconhecimento destes activos e as prin-
cipais regras de valorimetria.

Critérios para reconhecimento

"Devem ser reconhecidos como existências, os bens que:


• respeitem as condições gerais para o reconhecimento como activos.
• satisfaçan1 uma ou mais das seguintes condições:
-sejam detidos para venda no decurso normal da actividade operacional da empresa.
- resultem do pro~esso de produção da em.presa e se destinem à venda.
- se destinem a ser consumidos no processo de produção ou na prestação de serviços e que
revistmn a forma de matérias ou materiais de consumo." (Políticas contabilísticas)

-~-c:'--c;_f~c~~
152 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Valorimetria (Políticas contabilísticas, Bases de valorimetria específicas)


A valorimetria das existências aborda várias questões, das quais se destacam:
• o custo das existências, designadamente;
-o que incluir no custo das existências;
-as técnicas para medição do custo;
-as fórmulas de custeio.
• o valor realizável líquido, ou seja, como valorizar as existências à data do Balanço, e
• o caso específico dos contratos de construção.

1) Custo das existências


1.1) A incluir no custo das existências
O custo das existências deve incluir todos os custos de compra, custos de conver-
são e outros custos incorridos para colocar as existências prontas a serem utilizadas
para o seu fim.
De acordo com as Políticas Contabilísticas definidas no PGC, o custo das existências
deve incluir os seguintes custos:
a) Custos de aquisição, que englobam:
• Preço de compra;
• Direitos de importação e outros impostos (que não sejam posteriorrnente recu-
peráveis);
• Custos de transporte;
• Custos de manuseamento;
• Outros custos directamente atribuíveis à compra dos bens.

Os custos acima referidos devem ser considerados líquidos de descontos comer-


ciais, abatimentos e outros de natureza semelhante.

b) Custo de conversão, que engloba:


• Custos com o pessoal directamente envolvido na produção;
• Imputação de gastos industriais fixos;
• Depreciação e manutenção de edifícios e de equipamentos de fábrica;
• Custos de gestão e administração da fábrica;
• Imputação de gastos industriais variáveis;
• Materiais indirectos;
• Mão-de-obra indirecta;

• Custos 'ocorridos para colocar os inventários nos seus locais actuais e na sua
condição de utilização ou venda.

1.2) Técnicas para medição do custo


Em empresas industriais, desde que os resultados se aproximem dos do custo atrás
referido, para a determinação do custo podem ser usadas as seguintes técnicas. de
medição:
Capítulo 2 153

1.2.1) Método dos custos-padrão:


Esta técnica de medição só deverá ser usada se o custo for apurado com base em
princípios técnicos e contabilísticos adequados, devendo os desvios, se significativos,
ser alvo de tratamento adequado. Os custos-padrão tomam em consideração os níveis
normais dos materiais e consumíveis, da mão-de-obra, da eficiência e da utilização da
capacidade produtiva. Estes custos devem ser revistos com regularidade (pelo menos,
uma vez por ano), de modo a reflectir as alterações das variáveis que incorpora.

1.2.2) Método do retalho:


Por este método, a medição do custo é efectuada pelo preço de venda praticado
pela empresa, deduzido das margens de lucro, exactas ou aproximadas, englobadas
naqueles preços.
Esta técnica de medição do custo só deve ser usada em estabelecimentos de venda
a retalho ou equivalentes, para medir grande quantidade de unidades:
• que mudam rapidamente (têm grande rotação);
• que têm margens semelhantes;
• para as quais não é praticável usar outros métodos de custeio.

A título excepcional, para a determinação do custo, podem ser usadas as seguintes


técnicas de medição:

1.2.3) Valor realizável líquido:


Esta técnica de medição pode ser usada para subprodutos, desperdícios. resíduos e
refugos resultantes do processo de produção, para os quais não seja prático a utiliza-
ção de outro critério.

1.2.4) Valor realizável líquido, deduzido de uma margem normal de lucro:


Esta técnica de medição pode ser usada nos seguintes casos:
Quando a actividade da empresa se revista de uma ou mais das seguintes formas:
• agricultura
• pecuária
• silvicultura
• pesca
• extracção
e quando a determinação dos custos de conversão acarrete custos excessivos de ap~­
ramento.

1.3) Métodos de custeio das existências


Podem ser usados como métodos de custeio os seguintes:

1.3.1) Custo de identificação específica dos custos individuais, para:


• bens qye não sejam ordinariamente intermutáveis (bens únicos/diferenciados,
como, por exemplo, peças de arte na actividade de um antiquário, automóveis
na actividade de compra e venda de viaturas usadas, casas e apartamentos
numa empresa imobiliária, etc.).

--~.-: -,:~~~~t
.54 Parte 11- O conteúdo, a ITlovimentação das contas e exemplos práticos

• bens ou serviços produzidos e segregados para projectos específicos. f\lestes


casos, o custo das existências vendidas reflecte o custo do activo específico
que está a ser vendido.

1.3.2) Para casos em que não possa ser usado o custo de identificação específica (bens inter-
mutáveis):
• Primeiro entrado, primeiro saído (FIFO ou «first in first outn) ou custo médio,
como métodos preferenciais,
• Último entrado, primeiro saído (LIFO ou «last in first out»), como método alternativo.

2) Valor realizável líquido


O valor realizável líquido deve ser usado quando o valor do custo não puder ser recu-
perável pelo uso ou pela venda.
Este facto acontece, normalmente, quando:
• as existências estiverem danificadas;
• as existências se tornarem total ou parcialmente obsoletas;
• os preços de venda tiverem diminuído para um valor abaixo do custo;
• os custos estimados de acabamento ou os custos estimados para fazer a venda
tiverem aumentado, tornando o custo total estimado superior ao seu esperado
valor de realização.

O valor realizável líquido é, em casos específicos, equivalente ao:


• custo de reposição, no caso de matérias-primas e subsidiárias das quais se espera
que, ao serem incorporadas no processo de produção, daí venha a resultar um
custo de produto acabado superior ao valor pelo qual este pode ser vendido;
• valor de venda, no caso de subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos resultantes
do processo de produção, para os quais não seja prático a utilização de outro critério:
• preço de contrato, no caso de quantidades de inventários detidas para satisfazer
vendas firmes em contratos de prestação de serviços, nos quais o preço de venda
·· acordado seja superior ao custo;
• preços gerais de venda, para as restantes existências, nos casos em que o respec-
tivo custo for superior ao seu esperado valor de realização.

Os ajustamentos para o valor realizável líquido devem ser reconhecidos através da


criação de uma provisão para depreciação de existências, excepto nos casos em que o
custo tenha sido medido e reconhecido pelos seguintes critérios de reconhec•mento:
• Método do retalho;
• Valor realizável líquido;
• Valor realizável líquido deduzido de urna margem normal de lucro.

3) Contratos de construção

Nos-casos em que a actividade da empresa tenha por objecto contratos de constru-


ção plurianuais, os produtos e trabalhos em curso no final de cada período podem ser
determinados usando um dos seguintes métodos:
Capítulo 2 155

1) Percentagem de acabamento:
Este método só deve ser utilizado se o desfecho do contrato puder ser fiavelrnente
estimado.

2) Contrato completado:
Este método deverá ser utilizado apenas quando não seja possível usar o método da
percentagem de acabamento.

Qualquer que seja o método utilizado, quando for provável que os custos totais exce-
dam os proveitos totais, o respectivo prejuízo deve ser reconhecido imediatamente
como um gasto, através da criação de uma provisão para depreciação de existências ou
para outros riscos e encargos, independentemente:
• de o trabalho do contrato ter ou não começado;
• da fase de acabamento em que o contrato se encontra.

O custo, neste tipo de contratos, deve compreender:

1) Os custos que se relacionem directamente com o contrato.


Estes custos incluem:
• Custos de mão-de-obra local, incluindo os de supervisão;
• Custos de materiais usados;
• Depreciação de activos fixos tangíveis usados;
• Custos de movimentar os materiais e os activos fixos tangíveis de e para o
local do contrato;
• Custos de alugar activos fixos tangíveis;
• Custos de concepção e de assistência técnica que estejam directamente rela-
cionados com o contrato;
• Custos estimados de rectificar e garantir os trabalhos, incluindo custos espera-
dos de garantias;
• Reivindicações de terceiras partes;
• Diferenças de câmbio relacionadas com passivos monetários directamente re-
lacionados com os custos incorridos com a construção;
• Custos atribuíveis à actividade do contrato em geral e que possam ser imputa-
dos aos contratos específicos.

Estes custos incluem imputações, por métodos sistemáticos e racionais basea-


dos no nível normal de actividade, de:
• Seguros;
• Custos de concepção e assistência técnica que não estejam directamente rela-
cionados com urn contrato específico;
• Gastos gerais d~ construção, como, por exemplo, custos com a preparação e
processamento da folha de salários do pessoal;
• Custos de empréstimos obtidos;
• Custos especificamente debitáveis a clientes.

Estes custos, dependendo dos termos do contrato, podem incluir alguns custos
gerais administrativos e custos de desenvolvimento cujo reembolso esteja espe-
cificado nos termos do contrato.

-~_'i:;õ!·..~~:::->-""!--"-2 ~~€'-- ----:;_-;_-;-:--~~"";~~-::i"'1""-é'~~~~~~


156 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

2) Os custos incorridos para assegurar o contrato.


Estes custos só devem ser incluídos no custo, se satisfizerem as seguintes con-
dições:
• puderem ser separadamente identificáveis;
• puderem ser medidos fiavelmente;
• o contrato for firmado no mesmo período em que os custos forem incorridos.

Contabilização

Expostas as principais regras de valorimetria, apresenta-se, de seguida, a contabili-


zação das operações com existências. Esta contabilização vai depender do sistema de
inventário utilizado pela empresa.

As Notas Explicativas do PGC da conta Compras permitem a movimentação desta


conta de duas formas:
1) sistema de inventário permanente (SIP)
2) sistema de inventário intermitente (Sil)
A principal diferença entre os dois sistemas de inventário reside na frequência da
movimentação das contas. No SIP, as contas de existências são movimentadas aquando
da entrada e saída de bens durante o exercício, permitindo, assim, conhecer o valor das
existências, do custo das existências vendidas e da respectiva margem bruta de forma
permanente ao longo do ano.
No Sll, as contas de existências não se movimentam durante o período, reflectindo,
portanto, o valor das existências iniciais. A informação sobre o valor das existências, do
custo das existências vendidas e da respectiva margem bruta só está disponível de
modo intermitente, normalmente no final do ano, altura em que é realizada a contagem
física dos bens, apurado o custo das existências vendidas e atualizado o saldo das
contas de existências para o valor das existências finais.
A contabilização das operações relacionadas com existências apresenta-se resumida
no quadro que se segue.

Compras:
Pelo valor da Factura, acrescido dos custos adicionais da compra (transporte, seguro; imposto$ não
recuperáveis, taxas aduaneiras, emolumentos gerais aduaneiros, taxas portuárias, etc.):
Debita 21.1 - compra~; fy1CJ,térias-ptímas, subsidfárlas e de consumo. ou
21.2 - Compri:lsiM~tcadorías

Credita 4q- CalXfl \Pª~a~~n;oa. prontpem?Jnheiro).ou.·....· ..·....• ·.


43 ~, o~pó9lips:~ ordem ú>ágaménto a pronto porctieq.uéóu.tranMeréncia bancária) ou
32.t- Fornecedores, Fornecedores- correntes ou· ·
32.8- Fornecedores, Fornecedores.-: fac_turas emrecÇJpç~o e conff!rência
J
Entrada em armazem:
Debita 22 - Matérias~primas, subsidiárias e de consumo ou
26- Mercadorias
Credita 21.1- Compras, Matérias-primas, subsidiárias e de consumo ou
21.2 - Compras, Mercadorias

(continua}
Capítulo 2 157

(continuação)

Devolução de compras ou descontos comerciais obtidos não incluídos na factura:


Pela contabilização da Nota de Crédito:
Debita 45 - Caixa ou
43 - Depósitos à ordem ou
32.1 -Fornecedores, Fornecedores- correntes
Credita 21.7 - Compras, Devolvções de compras ou
21.8- Compras, Descontos e abatimentos em compras
Salda/ a ~onta Compras:
Debita 21.7- Compras, Devoluções de compras ou
21.8- Compras, Descontos e abatimentos em compras
Credita 22 - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo o'u
26 - Mercadorias

Vendas:
Pela contabilização da Factura:
Debita 31.1 -Clientes, Clientes,- correntes ou
45 ;. , Caixa (recebimento a pronto em dinheiro ou cheque) ou
43 - Depósitos à ordem (recebimento a pronto por transferência bancária ou multicaixa)
Credita 61.1 I 61.2/61.4- Vendas, Produtos acabados e intermédios; Subprodutos, desperdícios,
resíduos, refugos I Embalagens de consumo ou
61.3 - Vendas, Mercadorias
Credita 34.2 - Imposto de produção e consumo
Pela saída de armazém (pelo valor do custo dos bens que se estão a vender):
Debita 71.1 I 71.2/71.3/71.4/ 71.5- Custo das existências vendidas, Matérias-primas/ Matérias
subsidiárias 1 Materiais diversos 1 Outros materiais ou
71.6- Custo das existências vendidas, Mercadorias*
Credita 22 - Matérias-primas, subsidiárias ou de consumo ou
2 6 - Mercadorias
* subconta sugerida pela autora

Devoluções de vendas e descontos comerciais concedidos, não incluídos na factura:


Pela contabilização da Nota de Crédito:
Debita 61 ~ 7 - Vendas, Devoluções ou
61.8- Vendas; Descontos e a_batímentos
Debita 34 _:lmpostode_praduçãoe.consumo
Credita ~ Lt ~. Clientes, Cli~ntes ::-·correntes ou
45~carxaoo ·
43..--~@e,pg?f~ós,â oU/em
da
Pela anulação do custo venda (apenas para as devoluções de vendas):
Debita 22 - Matérias-primas, subsidiárias ou de consumo ou
26 --Mercadorias
Credita 71.1{ 71.2 (I1.3 / 7L4I]L5. ~ Custq das ~xistê(Jciªsvendidas, Matérias-primas 1 Matérias
súi}sidiárléis /Materiais diversos/ Outrosmateríais . ou
71.6 - Custo dás existênCfãs ·v_endidas, Mercãctorías

Apenas se movimentam as contas. 23- Produtos e trabalhos em curso,24- Produtos acabados e intermédios,
e 25 -~ Slibfrodutos, dfFsperd(cio~ire§íduqs é refugos se existir um sistema de custeio industrial ou de
. contabllidar:Ie analítica •que. permfta valorizar, ao longo do exercício,_ os prp-dutos e trabalhosem. curso e os
produtos acabados e intermédios. Como o PGC não exige a sua aplicação, mesmo que a empresa use o SIP, pode
movimentar estas contas de forma intermitente, ou seja, no fim do exercício e pelo valor da existência final de
modo semelhante ~_contabilização pelo SIL

·'·'":i:~
158 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Sistema de hw~ntário lnt~.rmit~nte

Compras:
Pelo valor da Factura, acrescido dos custos qdicionais da compra (transporte, seguro, impostos não recuperáveis,
taxas aduaneiras, emolumentos gerais aduaneiros, taxas portuárias, etc.):
Debita 21.1 -Compras, Matérias-primas, subsidiárias e de consumo ou
21.2- Compras, Mercadorias
Credita 45- Caixa (pagamento a pronto em dinheiro) ou
43- Depósitos à ordem (pagamento a pronto por cheque ou transferência bancária) ou
32.1 - Fornecedores, Fornecedores - correntes ou
32.8- Fornecedores, Fornecedores- facturas em recepção e conferência

Devolução de compras ou descontos comerciais obtidÓs, não incluídos na Factura:


Pela contabilização da Nota de Crédito:
Debita 45 - Caixa ou
43 - Depósitos à ordem ou
32.1 - Fornecedores, Fornecedores - correnres
Credita 21.7 - Compras, Devoluções de compras ou
21.8 - Compras; Descontos e abatimentos em compras

Vendas:
Pela contabilização da Factura:
Debita 31.1 - Clientes, Clientes - correntes ou
45- Caixa (recebimento a pronto em dinheiro ou cheque) ou
43- Depósitos à ordem (recebimento a pronto por transferência bancária ou multicaixa)
Credita 61.1 1 61.2 1 61.4- Vendas, Produtos acabados e intermédios 1 Subprodutos, desperdícios,
resíduos, refugos I Embalagens de consumo ou
61.3- Vendas, Mercadorias
Credita 34.2 - Imposto de produção e consumo

Devoluções de vendas e descontos comerciais concedidos, não incluídos na Factura:


Pela contabilização da Nota de Crédito:
Debita 61.7 -Vendas, Devoluções ou
61.8- Vendas, Descontos e abatimentos
Debita 34.2 - Imposto de produção e consumo
Credita 31.1 - Clientes, Clientes - correntes ou
45- Caixa ou
43 - Depósitos à ordem

com e~istências, Estas consistem em:


1) Realizar, em primeiro lugar, a inventariação das eXistências e a sua valorização.
2} Posteriormente, saldam~se as contas. de com,pras:
Debita 7~ J Mat~{~M,PfíEP?ª; su~$idiârií:ls. ~ de consiJmo QtJ
·. ·Q6 """Merêadodas Jl;

Credita ·21: 1- C~rnp(às,Matérias1Jttrni1s, subsiqfariasé,ç!f1 qób§Umb·:bu ··


21:.2 - Co;npras, M~rcadoriás · · · · ·
3) De seguida:
3.1) Retayvarnente. à~ contas ~e: M~ténas~prtmas, subsidiárii:ls e de co.ns«l)lQ.~ à~ ~11!às d.~ ~e~dôrias, colocam-se
estas' contas co~ o•·valo'r dás.existêncías finais invehtariadÇJs1 ré~raiJ.d.o~dé$tés () custo •. d(ls existências vendidas:
Debita 71.1 I 71.2 I 71.3/ 71.4/71.5 .:; Custo ctaSéxistêhCias vendidas, Matéria:H>rÚnas I
Matérias subsl~iâriasj Materiais diversos l?utrd:~ f'n~t&riais ou
71~6 7".custo das existências vttndida~;/Ytero{ldqrlas ·
Credita 22- Matérias~prímas, subsidiária.s e de consumo ou
26 - Mercadorias
Sabendo que: Custo das existências vendidas :::;:
Existências iniciais + Compras - Existências finais
(continua)
Capítulo 2 159

(continuação)

3.2) Relativamente às contas relacionadas com a produção, reflecte-se o valor das existências finais nas contas
de existências:
Debita 23 - Produtos e trabalhos em curso ou
24- Produtos acabados e intermédios ou
25- Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos
Credita 64.1 -·variação nos inventários de produtos acabados e de produção em curso, Produtos e
trabalhos em curso ou
64.2- Variação nos inventários de produtos acabados e de produÇão em curso, Produtos
fT acabados ou
64.3 - Variação nos inventários de produtos acabados e de produção em curso, Produtos
intermédios ou
64.4 - Variação nos inventários de produtos acabatfos e de produção em curso, Subprodutos,
desperdícios, resíduos e refugos*
* Conta sugerida pela autora
Reflecte-se a saída das existências iniciais retirando o seu valor das contas de existências: ·
Debita 64.1 - Variação nos inventários de produtos acabados e de produção em curso, Produtos e
trabalhos em curso ou
64.2 - Variação nos inventários de produtos acabados e de produção em curso, Produtos acabados ou
64.3- Variação nos inventários· de produtos acabados e de produção em curso, Produtos
intermédios ou
64.4 - Variação nos inventários de produtos acabados e de produção em curso, Subprodutos,
desperdícios, resíduos e refugos
Credita 23 - Produtos e trabalhos em curso ou
24- Produtos acabados e intermédios ou
25 - Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

Apresentam-se, de seguida, três exemplos de fichas de armazém, com três métodos


de custeio diferentes.

"~ . :M~~.~~~~.~~~~~ctí ~ ·~·~~4ijl~~~ a~.·~~:~~~!~~ a,~~:·~~~.~~~q~J~~.i,.~~\ ~< ~J~~~t4~~}!j~~~l~r:r~~·\t)~~~

Dia-
1

4 z.?
"'if:

10 60 13 I 780 360
j
780
1140

Cálculos:
Existência inicial = O
Compras realizadas = 1000 + 600 + 780 = 2380
. Existência final = 1140
(continua)

.. -,~~~~
160 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

logo, o Custo das existências vendidas = Existências + Compras - Existências finais =


= o+ 2380 - 1140 ::= 1240
ou calculando o valor através da coluna das véndas: 800 + 440 = 1240
... ,..-..·.~-~....,.,, ...:.~·T·._.,,; e;::~;.;,_ lf:~~::.--::;.~.:. . _:-2·;·~~~~~~~~-4n!~..;.~~-4's:~~i:='i~~>~~~~~~~,.w~~~$~~~~~i~~it~~~j~\~~.:P:~~""'-k*~""ª':l·::~g~
•.f.;t:Y~~.;r~~:r~.p:C;0-<J~"c-:l~~,-;;~,:~,..:.T·:;.:·,~:

Dia Quant.
1 100 1000 1000
2 50 600 150 1. 600 +.150 1000 + 600
= 10;66 :::::1600
4 80 10,66 853,33 70 10,66 746;66
8 40 10,66 426,66 30 10;66 320
10 60 '13 . 780 90 1100 + 90 320 + 780
=·12,22 = 1100

* Em primeiro lugar, calcula-se o valor das existências em armazém. Depois, calcula-se o custo médio, dividindo o valor das
existências em armazém pela quantidade.

Cálculos:
Existência inicial = O
Compras= 1000 + 600 + 780 = 2380
Existência final = 1100
logo, o Custo das existências vendidas =O+ 2380- 1100 = 1280
ou calculando o valor através da coluna das vendas: 853,33 + 426,66 = 1280
r·-

Cálculos:
Existência inicial = O
Compras = 1000 + 600 + 780 = 2380
Existência final ~1080
logo, o Custo das existências vendidas =O + 2380 - 1080 = 1300
ou calculando o valor através da coluna das vendas: 900 + 400 1300 =
Capitulo 2 161

Considerações de auditoria

Quando as contas de existências têm valores materialmente relevantes, a inventaria-


ção física das existências é um procedimento de extrema importância. Assim, diversas
regras deverão ser seguidas, designadamente:

• Realização de uma reunião preparatória -as instruções escritas para a realização


do inventário devem ser distribuídas antecipadamente a todas as pessoas envolvi-
das, de forma a realizar-se uma reunião, alguns dias antes das contagens, entre o
responsável e os elementos da contagem, para esclarecer quaisquer dúvidas exis-
tentes.

• Existência de instruções detalhadas e redigidas de modo claro. Estas devem incluir:


• Datas e locais das contagens;
• Inventários a contar (informar se é contagem completa ou parcial);
• Procedimentos de pré-contagem (limpeza, arrumação, separação de artigos ob-
soletos, etc.);

• Constituição das equipas de contagem: um "contador" (funcionário do arma-


zém) e um "escrivão" (funcionário da área administrativa). Em cada secção,
deve estar também um "conferente" que supervisiona o cumprimento das re-
gras (funcionário da contabilidade);
• Forma de realização da contagem (sequência e forma de apontar o que está
contado).

• Anotação das contagens -anotadas em listas/talões, com páginas nurneradas ti-


pograficamente (controlo dos números das folhas distribuídas às equipas de con-
tagens).

• Estabelecimento de procedimentos relativos ao "corte das operações" -garantia


de que todas as existências finais resultam de compras do ano e que as existên-
cias finais não incluem mercadorias vendidas nesse ano ou cuja compra tenha
sido registada no ano seguinte.

• Recolha, no final das contagens, das folhas utilizadas, não utilizadas e inutilizadas
pelo responsável das contagens. O responsável deve efectuar um resumo da utiliza-
ção das folhas de contagem, trancar com um traço as linhas não escritas das folhas
utilizadas e assiná-las, assim como arquivar as folhas não utilizadas/inutilizadas.

• Definir procedimentos pós-contagem -comparar as quantidades contadas com qs


respectivos registos de quantidades (programa de stocks) e do inventário perma-
nente (caso seja adotado) -a análise das diferenças deve ser realizada de ime-
diato. Se houver diferenças, corrigir mediante autorização de superior hierárquico.

Considerações fiscais

O n. 0 2 do art.o 20. 0 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14,


de 22 de Outubro, exige autorização prévia da Direcção Nacional de Impostos para que
seja aceite a aplicação de critérios que utilizem custos-padrão ou preconizem uma valo-
rimetria especial para as existências.

PLAPGC_11

,-- ~7~...-
L62 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exernplos práticos

21- Compras

"Esta rubrica destina-se a registar o custo das aquisições de bens destinados a serem consu-
midos pela empresa no seu processo produtivo ou destinados à venda e que satisfaçam os cri-
térios para reconhecimento como existências.
Esta conta deverá ser movimentada da seguinte forn1a:
• A débito, por contrapartida das contas de fornecedores.
• A crédito, por contrapartida:
Das contas de existências, ao longo do ano, no éaso de a entidade dispor de inventário
permanente.
Da conta custo das existências vendidas e das matérias consumidas, apenas no final do
ano, no caso de a entidade optar pelo sistema de inventário intermitente.
Face ao exposto, no final de cada exercício esta rubrica deverá apresentar saldo nulo."
(Notas explicativas)
••• y~

Nesta conta são registadas as facturas de compras das mercadorias que chegaram
à empresa, assim como as despesas adicionais das compras, como transporte, despe-
sas alfandegárias, direitos aduaneiros, etc.

São também registadas nesta conta as facturas das compras de existências que
ainda não tenham chegado à empresa ou que ainda não tenham sido conferidas por
contrapartida da conta 32.8 - Fornecedores - Facturas em recepção e conferência.
(Após chegada da mercadoria ou conferência da factura, a conta 32.8- Fornecedores
- Facturas em recepção e conferência é saldada por contrapartida da conta 32.1- For-
necedores - Correntes).

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


.21.1- Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
21.2 - Mercadorias
21.7 -Devoluções de compras
21.8- Descontos e abatimentos em compras
É aconselhável o desdobramento das várias contas de Compras em subcontas que
evidenciem a origem da compra. Por exemplo:
21x1 - Compras no mercado nacional
21x2- Compras no mercado estrangeiro

Considerações de auditoria

No final do ano, a empresa deve garantir que as existências de todas as compras


registadas nesse exercício estão em armazém e são incluídas no valor das existências
finais e que o valor das existências finais não inclui existências cuja compra tenha sido
registada no ano seguinte (caso contrário, o custo da existências vendidas e o saldo de
existências apresentado não será o correcto).
Capitulo 2 163

21.1 e 21.2 - Compras de Matérias-primas, subsidiárias e de consumo, e Com-


pras de Mercadorias

Estas contas registam todas as aquisições de bens armazenáveis destinados a con-


sumo ou venda. Estas contas apresentam saldo devedor ou nulo.

Contabilização
\.f · ...·•··· . ·•i> ·.· .. ·.:·" ...•.. ·.• .... ·..... ,,;:,;;.-~." >······'•'··.-•· >. ;·, •.•;o.,: .. ·•. ,,·.
21.1 e 21.2 ... Compfíls de· Mat~rias~primas! subsidiarias Et de çonsymo, ~·compras-de Merçadarias
'-,··: ;-· ·--·:, • :.. ·~-::-·.-.··-~--~·.~-, · - · .. · --,~ .-_-.,,:;-:_··:··:.:· .. -.· . . ·----~--···:._.~.:---.-··_.·-.:-,·.·:-:··:· ·.:·.··.- t·;·-:·_;,_·: ..:-··''·'· ··.- ··.·:· -·r.,-.-._-_.:·..,-~':··.:~:-·-:·;;

Pelo valor das compras e despesas adicionais, por Se utiliza o Sll, no final do ano, pelovalordas compras
crédito da conta anuais,
•· 45- Caixa, ou se utiliza o SIP, quando as existências entram em
• 43- Depósítos à ordem, ou armazém, pelo valor da compra,
o 32.1 -Fornecedores- Correntes, ou
por débito da conta 22 - Mat~rias-prímas, subsidiárias
• 32.8- Fornecedores- Facturas em recepção e
e de consUmo, ou da conta 26- Mercadorias.
conferência.

21.7 - Devoluções de compras


Esta conta regista as devoluções de compras efectuadas a fornecedores, pelo que
apresenta normalmente saldo credor ou nulo.

Contabilização

21.7- Devoluções de compras

Se utiliza o Sll, no final do ano, pelo valor das compras Pelo valor das compras devolvidas aos fornecedores,
devolvidas, por débito da conta
~- 45 - Caixa, ou
se utiliza o SIP, aquando da saída das mercadorias,.
pelo valor das compras devolvidas, • 43 - Depósitos à ordem, ou
• 32.1- Fornecedores- Correntes.··
por crédito da conta 22 - Matérias-primas, subsidiá-
rias e de consumo,_ ou da conta 26- Mercadorias.

21.8- Descontos e abatimentos em compras


Esta conta regista os descontos ou abatimentos de natureza comercial e fora da
factura, documentados habitualmente através de notas de crédito. Esta conta apre-
senta normalmente saldo credor ou nulo.
"ti

Contabilização

Se utiliz,;t oSII, no finéjl do ano1 pelo valor dos Pelo valor do$ descontos e abatimentos obtidos, por
descontos ou abatiinentos<obtidos, débíto da ·tdnta
.. · :·.:/
.···••·· .

se utiliza o SIP, aquando dacont~bilização da riota de


' ·.. .· .··
• 45 ~ Caixa, ou
crédito, pelo valor do desconto óu abatimento obtido, • 43- Depósitos à ordem, ou
• 32.1 -:-Fornecedores -Correntes.
por crédito da-contâ22 .. Mat~rias-prírnas, sübsidiá-
rias e de consumo;uu dà conta 26 :_ Mercadorias.

-:.~~~
164 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

22 - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo

"Matérias-prin1as (conta 22.1): Esta rubrica destina-se a registar os bens que irão ser incorpo-
rados materialmente nos produtos resultantes da produção.
Matérias subsidiárias (conta 22.2): Esta rubri~a destina-se a registar os bens que irão ser usa-
dos na produção, mas que não serão incorporados n1aterialmente nos produtos dela resultantes.
Embalagens de consumo (conta 22.4): Esta rubrica destina-se a registar os bens envolventes
ou recipientes das mercadorias e produtos, indispensáveis ao seu acondicionamento e transac-
ção e que não sejam retornáveis." (Notas explicativas)

A movimentação destas contas depende do sistema de inventário utilizado, con-


forme explicado anteriormente. No final do ano, o seu saldo deve corresponder ao valor
das existências finais inventariado na contagem de existências.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


22.1- Matérias-primas
22.2 - Matérias subsidiárias
22.3 - Materiais diversos
22.4 - Embalagens de consumo
22.5 -Outros materiais

Contabilização
~ . - .. -. ~

22.1, 22~2 e 22.3 -_Matéri~s-primªs, Matérias subsidiárias>~ ~~t~tiài~ diyersos


f :.-{ t

Saldo inicial Em Sll, no final do a~o. pelo v~lor do consumo, para


Em Sll, no final do ano, pelo valor líquido das compras que o saldo da contá fique com a existência final
dQ ~(:m~f~t~Jçeruprn$ :" r1ev91JJÇfies - dascontgs e •in~en,t~n~~a.pordêbíto da ?ó~t~,71: 1/7-1.2/ 71.3 1
abatlm~n1Qs} •. ~ ·_ ...._.· .._·. __ · ·.· _· _ _· . _.•.·. _ 71.4J71.)6- Y~.~to~ª$-ªXi~t~ncí:sven~ídas,

if~~~!J;~;i~;;;;~::::;~::,:~ai, ·'~lltl~~~t1~'~ffi:s em SIP,pelasaída,d~arrn~u~érn,pél9~alordo custo dos


e

bens, por (Jt}bitQ da 0011ta 71.t/ 7~;2J 71J /71.4 1


71.5 '"" Co~t(J das. exfstênctá$· venf;fldas,,

22.4 - Embalagens de consumo

Esta conta segue a contabilização apresentada no esquema das contas 22.1, 22.2
e 22.3- Matérias-primas, Matérias subsidiárias e Materiais diversos.

Esta conta respeita a embalagens cujo custo está incluído no custo de fabrico ou de
um pt:oduto e que, portanto, se reflecte no seu preço de venda. Estas embalagens acom-
panham o produto, acondicionando-o até ao consumidor final (embalagem do leite, da
pasta dentífrica, dos detergentes, etc.). Estas embalagens não podem ser devolvidas pelo
consumidor, pelo que se denominam, normalmente, como embalagens perdidas.

~~~~~ .,- CCT.,..,_.""""'"""•


Capítulo 2 165

23 - Produtos e trabalhos em curso

"Esta rubrica destina-se a registar os bens que se encontram em curso de fabricação ou produ-
ção e não estão e1n condições de ser annazenados ou vendidos."
'F-:~~;~?:.:--;::;-:~~'i-t~-~~--;~::r~:.f.;:;:..-"i~~:~:=,~~~-i:.;;'; ·.3~:;c±--~~~~ ~ .::-~-~~ ..- ~~.~,:..~~r~~=:~ti::.~-lt·--:·~--:!'- ;- - .. -=-,··~·--::":'.':,-;:.7"'~"-- ...;;:..._::::;:::-o:+=~- ,._:::.~,'7 ;:.~.,i.:-~~""·-~"c:"~:;;-:".-::o_,_

O PGC inclui, no ponto 6.2- Definições e situações particulares das Notas Explicati-
vas,·a valorimetria dos contratos de construção plurianuais, os quais podem ser valori-
zados no final do exercício pelo método da percentagem de acabamento ou pelo mé-
todo do contrato completado (ver ponto 3 das Regras de valorimetria no início deste capítulo).

Contabilização

23 - ~rodlltos :~ tra.balhos :ijrn .ct~rsp- ·


Pelo vàlor das existências-finais, por crédito da conta Pelo valor das existências iniciais, por dé~ito da conta
64.1 - Variação nos inventários de prod~tos acabados 64.1 - Variação nos inventários de produtos acabados
e de produção em curso, Produtos e trabalhos em e de produção em curso, Produtos e trabalhos em
curso. curso.

Normas internacionais de contabilidade

Relativamente aos contratos de construção plurianuais, a IAS 11 - Contratos de


construção estabelece o tratamento contabilístico dos proveitos e dos custos associa-
dos a este tipo de contratos.

Esta norma estabelece como obrigatório o método da percentagem de acabamento


sempre que o resultado de um contrato de. construção puder ser estimado de forma
fiável, esclarecendo quais os requisitos que devem ser cumpridos para que exista a
fiabilidade necessária à sua aplicação.

Quando o resultado de um contrato de construção não puder ser estimado de forma fiável:
(a) as receitas serão reconhecidas somente na proporção dos custos incorridos do
contrato cuja recuperação seja provável; e
(b) os custos do contrato serão reconhecidos como ·despesa no período em que
forem incorridos.

Quando for provável que os custos totais do contrato excederão as receitas totais do
contrato, as perdas esperadas deverão ser imediatamente reconhecidas como despesa.

24 - Produtos acabados e intermédios

"Esta rubrica destina-se a registar os seguintes bens resultantes do processo produtivo da


entidade:
Produtos acabados, que se destinam a armazenagem ou venda por se encontrare1n acabados.
Produtos intermédios, que embora normalmente se destinem a reentrar no processo de fabrico
se encontram, igualmente, em condições de armazenagem ou venda no estado em que se en-
contram." (Notas explicativas)
~~~'$.&~~~::~.;:,:~..;--:__'":t~:f~ri~:t~á!~·h~~:""'..._'G-h-;.;;s@;·t.:::..-~~7;."".e""-'l".''.P::.~.,.'.·,-~...,...;:ç:"'.• ~:o,:;r

----=:~
166 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

A movimentação desta conta é feita de modo idêntico à movimentação da conta


23 - Produtos e trabalhos em curso, apenas alterando a subconta da conta 64- Varia-
ção nos inventários de produtos acabados e de produção em curso, a qual passa a ser a
conta 64.2 - Produtos acabados ou 64.3 - Produtos intermédios.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


24.1- Produtos acabados
24.2 - Produtos intermédios
24.9 - Em poder de terceiros

Relativamente à subconta 24.9 - Produtos acabados e intermédios, Em poder de


terceiros ver explicação da conta 26.9- Mercadorias, Em poder de terceiros.

25 - Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

"Subprodutos (conta 25.1): Esta rubrica destina-se a registar os bens de natureza secundária
resultantes do processo produtivo e que são obtidos simultaneamente co1n os produtos princi-
pais.
Desperdícios, resíduos e refugos (conta 25.2): Esta rubrica destina-se a registar os bens resul-
tantes do processo produtivo que não respeitem as condições para serem reconhecidos con1o
subprodutos." (Notas explicativas)
-

A movimentação desta conta é feita de modo idêntico à movimentação da conta


23 - Produtos e trabalhos em curso; apenas alterando a subconta da conta 64 - Varia-
ção nos inventários de produtos acabados e de produção em curso, a qual poderá ser a
conta 64.4- Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos.

26 - Mercadorias

"Esta rubrica destina-se a registar os bens adquiridos pela entidade e destinados à venda sem
que sejam objecto de qualquer modificação." (Notas explicativas)

"
A movimentação destas contas depende do sistema de inventário utilizado, con-
forme explicado anteriormente. No final do ano, o seu saldo deve corresponder ao valor
das existências finais inventariado na contagem de existências.
Capitulo 2 167

Contabilização

2ç ;.'IVJercijtJ~~-s:·.
Saldo inicial Em Sll, no final do ano1 pelo valor dei. GollsUmo, para
Em Sll, no final do ano, pelo valor líquido das compras que o saldo da conta fique .com a existência final
do exercício (compras - devoluções - descontos e aba- inventariáda,pord.ébito dácontá 71.6 -Custo das
timentos), existências vendidas; Mercadorias
em ~lP, ciquando da entrada em armazém, pelo valor em SIP,pela devoluçã() de compras ou descontos a
da compra, abatimentos fora.dafactura, por débito da conta
21.7- Devoluções de compras ou 21.8- Descontos e
por crédito da conta 21.2- Compras, Mercadorias.
abatim~ntos em compras

em SIP, pela saíd~ de armazém, pelo valor do custo


dos bens, por débito da conta 71.6 -:-Custo das exis-
tências vendidas, Mercadorias.

Esta conta pode conter uma subconta destinada a embalagens que são facturadas
aos clientes, por exemplo, 26.2 - Mercadorias, Embalagens. Tal conta movimentar-se-á
se se venderem mercadorias ou produtos acompanhados de embalagens que são fac-
turadas aos clientes e que podem ser devolvidas posteriormente por estes. Pelo preço
de venda destas embalagens, credita-se a conta 61- Vendas, juntamente com a conta
34.2- Imposto de produção e consumo, por contrapartida do débito na conta 45- Caixa
ou da conta 43- Depósitos à ordem ou da conta 31- Clientes.

Posteriormente, se o cliente devolver a embalagem, pelo valor de venda da embala-


gem devolvida, debita-se a conta 61.7- Vendas, Devoluções e a conta 34.2- Imposto de
produção e consumo, por contrapartida do crédito da conta 45 - Caixa ou da conta 43
-Depósitos à ordem ou da conta 31- Clientes.

Não confundir esta conta com a conta 11.6 - Imobilizações corpóreas, Taras e vasi-
lhame, nem com a conta 22.4 - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo, Embala-
gens de consumo (ver explicação na conta 11.6- Taras e vasilhame).

26.9- Mercadorias em poder de terceiros

Esta conta evidencia as mercadorias que se encontram à guarda de terceiros ou à


consignação.

As vendas à consignação consistem em enviar as existências para outra entidade (o


consignatário), que tentará proceder à sua venda. Todavia, as mercadorias permanecem
propriedade da entidade que os envia.

Se o consignatário não conseguir vender as mercadorias, estas são devolvidas ao


proprietário. Se conseguir vender as mercadorias, o consignatário informa o proprietário
da venda, o qual procede à emissão de uma factura de venda ao consignatário.

Contabilização

A contabili~9ção das operações relacionadas com mercadorias em poder de tercei-


ros depende do sistema de inventário utilizado. A sua contabilização encontra-se resu-
mida no quadro que se segue.

,,,?é"~
.68 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

IV19rf?-iJdoria~ em- p()d~rdet~rc~iros


~m sistern~ de inventário perQlanente
Durante_.o ano_.efectu:a-se o._ registo quando há-t>envio.ao consignatário_ da mercadoria
Debita 26.9·- Mercadorias, Ein podérdeterceiros
Credita.. _••-• .•-26:1_~-Merca~ori(s··-
Pela _vénd(l ~f~9tué;lda atl OQnsignatário
_Pela contabiHzaçãp da ·ract(fra: ·
Debita 3 Ll ~-clientes, Blient~s- correntes ou
45...: Caixa(recebimento a pronto em dinheiro ou cheque) ou
43 :-·Depósitos--~ ord~m (recebimento a pronto por transferência bancária ou multicaíxa)
Credita 6L6- vendas, Mercadorias*
Credita 342 -Imposto de produção e.consumo
Pela saída de armazém (pelo valor do cUsto_ dós bens que se_ estão a vender):
Debita 71.6- Custo das existências vendidas; Mercadorias*
Credita 26.9- fv1()icadorias, Em poder de terceiros
* subconta sugerida pela autora
Em_ sistema. dê inventário intermitente
Durante o ano, só se efectua oregistb·da venda ao consignatário
Pela contabilização da factura:
Debita 31.1 - Clientes, Clientes - correntes ou
45- Caixa (recebimento a pronto em dinheiro ou cheque) ou
43 - Depósitos à ordem (recebimento a pronto por transferência bancária ou multicaixa)
Credita 61.6 - Vendas, Mer~adorias
Credita 34.2 - Imposto de produção e consumo
No final do ano, avalia-se o que está nos armazéns de terceiros e ajusta-se o saldo da conta de mercadorias
Pelo valor das existências finais: ·
Debita 26.9 - Mercadorias, Em poder de terceiros
Credita 21.2 - Compras, Mercadorias
Pelo valor das existências iniciais:
Debita 71.6- Custo das existências vendidas, Mercadorias
Credita 26.9 - Mercadorias, Em poder de terceiros

Considerações de auditoria
É conveniente validar o valor das existências em poder de terceiros através de con-
tagens físicas no local onde estas se encontrem.

27 - Matérias-primas, mercadorias e outros materiais em trânsito

"Esta rubrica destina-se a registar os bens adquiridos que ainda não tenham sido recepciona-
dos pela entidade, mas para os quais já tenha sido recebida a correspondente factura ou docu-
mento equivalente." (Notas explicativas)
·~~~~;;;;;;:;:;;::::;,.~~~-~---"'V_"'-':~-~- ..,.-- ···"Z!l';:t:;'..,_,, ••

Esta conta é normalmente utilizada em empresas que realizam importações, uma


vez que há morosidade dos processos e desfasamento temporal na chegada dos docu-
mentos (factura, frete, seguro, taxas, etc.).

Contabilização
A movimentação desta conta depende do tipo de sistema de inventário. Segue-se
um exemplo da movimentação da subconta 27.3 - Matérias-primas, mercadorias e ou-
tros materiais em trânsito, Mercadorias.
Capitulo 2 169

Merç~dorias em trân$1to
Em sistema de inventário permanente
Pela recepção dos documentos:
Debita 21.2 - Compras, Mercadorias
Credita 45- Caixa (pagamento a pronto em dinheiro) .ou
43- Depósitos à ordem (pagamento a pronto por cheque ou transferência bancária ou
multicaixa) ou
. .r
32.1 - Fornecedores, Fornecedores - correntes
Pela transferência do saldo de compras:
Debita 27.3- Matérias-primas, mercadorias e outros materiais em trânsito, Mercadorias
Credita 21.2 - Compras, Mercadorias
pela recepção das mercadorias:
Debita 26 - Mercadorias
Credita 27.3- Matérias-prim,as, mercadorias e outros materiais em trânsito, Mer~adorias

Em sistema de inventário intermitente


Pela recepção dos documentos:
Debita zr:2 •- ·Compras,· Mercadorias ,
Credita 45 -Caixa (pagamento a pronto em dinheiro) ou
43 -Depósitos à ordem (pagamento a pronto por cheque ou transferência bancária ou
multicaixa) ou
32.1 -Fornecedores, Fornecedores- correntes
No fim do ano, pelas mercadorias em trânsito:
Debita 27.3- Matérias-primas, mercadorias e outros materjais em trânsito, Mercadorias
Credita 21.2 - Compras, Mercadorias
No início do ano seguinte:
Debita 21.2- Compras, Mercadorias
Credita 27.3 - Matérias-primas, mercadorias e outros materiais em trânsito, Mercadorias

28 - Adiantamentos por conta de compras

"Esta rubrica destina-se a registar os adiantamentos feitos pela entidade relativos a compras
cujo preço esteja previamente fixado." (Notas explicativas)
:.- .::..~~--.--- -_-___ &-;j;i""';;, __ :~~---~~-::....~-
~~ ~-=r-o~l"-~~-'if.'?;f-.E

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


28.1- Matérias-primas e outros materiais
28.2 - Mercadorias

Esta conta é uma das excepções em que se registam créditos sobre terceiros f~ra
da classe 3 - Terceiros.

Ver explicação sobre adiantamentos pagos com preço fixado e sem preço fixado na conta 32.9 - Fornecedores -
saldos devedores.

Contabilização

Pelos ~(Haiitameritos· efêtuados, por crédito dá cohta. Pelé·····regutari:làcã_Ô•. doa~J~htatrie.n~ó·quar1oo.se•··r~ce.be


• 4p..,Caixâou a façtura ~efitiitiva,p9r.qé.bito qa conta·$2)-._:·{ome~
cedores-cor7enúi~~--·-··~,--c- ''"' .. _._,·---.·.-.c- ..
~ 43 - Depósitos à ordem.

,,,~=-~~
L70 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

29 - Provisão para depreciação de existências

"Esta rubrica destina-se a registar as diferenças relativas ao custo de aquisição ou produção,


resultantes da aplicação dos critérios de valorimetria definidos para as existências, isto é, a
diferença apurada entre o valor de custo e o valor realizável líquido, quando o primeiro for
superior ao segundo." (Notas explicativas)
'.--:'. ri':'"·-··;_.-,_;:_:_::l.l-;'"-(~'1~:.;-:~~- ..
,,_~~~::::;~~:;-=:;:;::~~~{.~":·-~;~~:.-~ ~::::.~:;:<~~;~r-;~~~-F':.'~~

Esta conta não deve ser utilizada quando ocorram perdas físicas de existências (tais
como derrames, inutilização, etc.), ou sinistros. Nestas situações, deve-se retirar as exis-
tências das respectivas contas e registar o custo na conta 78.4- Perdas em existências.

Esta conta é debitada quando a provisão é constituída ou reforçada pela diferença


existente entre o valor registado das existências e o seu valor realizável líquido, quando
este é menor, por contrapartida da conta 78.1.1 - Provisões do exercício, Existências.
Esta conta é creditada quando se reduza ou cesse essa diferença, por contrapartida da
conta 68.1.1- Redução de provisões, Existências.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


29.2 -Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
29.3 - Produtos e trabalhos em curso
29.4- Produtos acabados e intermédios
29.5 -Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugo
29.6- Mercadorias

Contabilização

29.6 '~ ·Provi~ões para depreciação de existênc\8~


Pela reçJução ou anulação da provisão, por crédito da . Pela constituição ou reforço da provisão, por débito da
contá· 68; 1.1-- Redução depço.visõe~rf;xi~tê(1Gi?I~~ . conta
~
UtJ.1-..Provisões do
- -. . .- __.. ..· . ' :. ; ··.· ·. .-. '. - .
exercício,_Çxistêncías.
. ; .·. "'.· .. : ._ :: . . . <. ·. . . ' ..
?· : - _.._: '

E:xél1111to pr~tico- Provi~õ~s pélra existêntias


No final do ano N, uma empresa que comercializa materiàlinformá:tko iden1Jficoú n~s mercado-
rias em
armazém um lote de computadores, adquiridohá 2 anos por 1 2QOOOO,QO'Kz, o qual,
à. data, tem urn. . Yél19:{91.'.rn~rqad~··.~~p~tapçiéJI?1~·~te . rll~npr, . avaJi~99 . ~.rT1.7PQ•.•. oqo,oo Kz. A em-
presa n~o tem :coh~tib.ifd~ q~alqüe~ existências. . ·... · · .· ·. , . ~- . . . pràvi·sã-6 para
. -~ . ·:::::- ' .

Como o valor. de reali4açãc) ,é menor do que o preço de custo -7 con$tituir provisão.


··.·.. ·. ·.... ,··.. ····r··.· :•, ·'· ... : · ·. > .. .·.· . ;...........· .... .
Provisão para existências necessária = 1 200 000,00- 700 000,00 = 500 000,00

ContabilizaÇão a 31.12.N /
1
Debita 78.1.1 - Provis ões do exercício, Existências .................................... 500 000,00
Credita 2~.6 _::Prqyí~ões.para gepryyj~çã(). ~e ~)(i$t~nsia9,.fv1~rci3dorias ........ 500 ooo,oo
Durante o ano· N+1, os. computadores-são vendicios, regi?t9ntJo~se avenda.normalrnente e não
se efectuando qu(llquer movimento·na conta . 4.9.• 6 -. Prq.yi~q.e$ Pªtéi d~preci9ção de existências,
Mercadorias.

(continua)
Capitulo 2 171

(continuação)

A 31.12.N+1,
Hipótese 1- No final do ano N+1, não existem quaisquer existências em armazém com valor
realizável inferior ao preço de custo.
Como o valor realizável de todas as existências é maior do que o valor de custo registado, é
necessário anular a provisão para depreciação de existências.
Nesta data, contabilizar a anulação da provisão:
!-r

Debita 29.6 - Provisões para depreciação de existências, Mercadorias -........ 500 000,00
Credita 68.1.1 - Redução de provisões, Exi_?tências .................................... 500 000,00

Hipótese 2 - No final do ano N+1, a empresa identifica um lote de monitores, adquirido por
800 000,00 Kz, cujo valor realizável é estimado em 400 000,00 Kz.
Como o valor de realização é menor do que o preço de custo, é necessário ajustar a provisão.
Valor da provisão existente .que transitou do ano anterior: 500 000,00
Valor da provisão necessária: diferença entre o preço de custo e o Valor realizável=.
800 000,00 - 400 000,00 = 400 000,00
Logo, reduz-se a provisão em 100 000,00.

Contabilização a 31.12.N+1
Debita 29.6- Provisões para depreciação de existências, Mercadorias ........ 100 000,00
Credita 68.1.1- Redução de provisões, Existências .................................... 100 000,00
O saldo final da conta 29.6 - Provisões para depreciação de existências, Mercadorias é de
400 000,00 Kz.

Hipótese 3 - No final do ano N+1, a empresa identifica um lote de monitores, adquirido por
800 000,00 Kz, cujo valor realizável é estimado em 200 000,00 Kz.
Como o valor de realização é menor do que o preço de custo, é nece·ssário ajustar a provisão.
Valor da provisão existente que transitou do ano anterior: 500 000,00
Valor .da provisãonec~ssária,: diferença entre o preço de custo e valor.realizável =
80Ç> 000,00 - 2b0 000,007 600000;09
' -_ ·• . . '

Logo, reforça"'se a provisão em 100 000;00.

Contabilização a 3:L12.N-l-1
Debita 78.1.1- Provisões do exercício, Existências .................................... 100 000,00
.:r
Credita 29.6 "'""'Provisões para depreciação de existências, Mercadorias ........ 100 000,00 ~ ~

O saldo final da conta 29.6 - Provisões para depreciação de existências, Mercadorla~;.~ :cj~
600 000,00 Kz. ·: !':"·

Considerações fiscais

O art. 0 21. 0 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de


Outubro, exige autorização prévia da Direcção Nacional de Impostos para que sejam acei-
tes fiscalmente as perdas de valor em existências por obsolescência ou outros motivos.

A alínea c) do art. 0 45. 0 do mesmo código prevê a dedutibilidade fiscal do custo das
provisões destinadas a cobrir a perda do valor das existências.

-~=--~:~---:::-~·~:;,..:~
172 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

o~Pllt~tta

Classe 3 - Terceiros
Esta classe divide-se em três grupos principais:
• Contas de terceiros: registam valores a pagar e a receber, decorrentes das opera-
ções da entidade. As operações são contabilizadas essencialmente em função da
sua natureza (por exemplo, a dívida a receber resultante de uma venda de mercado-
rias é registada em clientes, indepef!dentemente do cliente se tratar de uma em-
presa do Estado, de uma entidade participante ou participada ou de um funcionário).
• Contas de acréscimos e diferimentos: registam os custos e os proveitos no exercício a
que respeitam, quando as despesas e as receitas não ocorrem no mesmo exercício.
• Contas de provisões: registam as perdas previsíveis associadas a riscos de cobrança
de dívidas de terceiros ou associadas a riscos de natureza específica e provável.

As contas de terceiros estão, genericamente, na classe 3. Todavia, as classes 1 e 2 tam-


.bém contêm contas que registam dívidas a receber ou a pagar a terceiros, designadamente:
• as contas 13 - Investimentos financeiros, designadamente as subcontas relativas
a Obrigações e títulos de participação e Empréstimos;
• as contas 14.7/14.8/14.9- Imobilizações em curso, Adiantamentos por conta de
imobilizado corpóreojimobilizado incorpóreo/investimentos financeiros;
• a conta 28- Adiantamentos por conta de compras, utilizada para registar o valor de
adiantamentos por conta de compras com preço fixado pagos a fornecedores.

A apresentação, no Balanço, dos valores das contas de terceiros deve atender ao


prazo de recebimento/pagamento:
• as dívidas a curtó prazo, cujo vencimento ocorre num prazo inferior a um ano,
devem ser distribuídas pelas rubricas de curto prazo,
• as dívidas de médio e longo prazo, cujo vencimento ocorre num prazo igual ou su-
perior a um ano, devem ser distribuídas pelas rubricas de médio e longo prazo.

Valorimetria (Políticas contabilísticas, Bases de valometria específicas)


Contas a receber

As contas a receber são valorizadas ao custo histórico ou ao valor de realização, dos


dois o mais baixo.

O custo histórico é o valor de registo inicial, eventualmente corrigido para reflectir as


seguintes situações:
• os juros vencidos, relativos a dívidas que não tenham sido recebidas na data de
pagamento,
• diferenças de câmbio não realizadas determinadas pela aplicação da taxa de câm-
bio, à data de fecho, às quantias em moeda estrangeira em dívida na data de relato.

O valor realizável líquido é o valor pelo qual, através de uma análise comercial, se
espera que as dívidas possam ser recebidas. Na determinação deste valor, deverão ser
tidos em conta os valores que se espera que venham a ocorrer com:

---::-~....,__.....,._ ~:·~~~:=-""
Capítulo 3 173

• eventuais descontos e créditos que tenham de ser concedidos para conseguir co-
brar as dívidas,
• custos de esforço de cobrança.

O ajustamento do custo histórico para o valor realizável líquido, quando este for infe-
rior ao primeiro, deverá ser reconhecido através da constituição de uma provisão para
créditos de cobrança duvidosa, a qual será ajustada ou anulada quando se alterarem ou
cessarem as razões que determinaram a sua constituição.

Contas a pagar
As contas a pagar são, regra geral, valorizadas ao custo histórico. Em condições ex-
cepcionais, as contas a pagar são valorizadas ao valor de liquidação.

O custo histórico é o valor de registo inicial, eventualmente corrigido para reflectir as


seguintes situações:
• os juros vencidos, relativos a dívidas que não tenham sido pagas na data de ven-
cimento;
• diferenças de câmbio não realizadas, determinadas pela aplicação da taxa de câm-
bio, à taxa de fecho, às quantias em moeda estrangeira em dívida na data de relato.

Sempre que, em condições excepcionais, o valor de liquidação for inferior ao custo


histórico, como, por exemplo, no caso de ter havido uma redução ou um perdão de dí-
vida, o valor nominal é reduzido, de forma directa, para o seu valor de realização através
de uma das seguintes formas:
• transformação em subsídio não reembolsável, a tratar de acordo com os critérios
definidos para o reconhecimento de tais subsídios, se o perdão de dívida for conce-
dido mediante determinadas condições que o tornem assemelhável a um subsídio.
• criação de um proveito extraordinário na Demonstração de Resultados, se daí re-
sultar um passivo não exigível.

31 - Clientes
Nesta conta incluem-se as dívidas a receber dos compradores de mercadorias, produ-
tos ou serviços da empresa. De acordo com o explicado, não é relevante o tipo de enti-
dade compradora (accionista, Estado, pessoal, etc.), mas sim a natureza da operação que
é efectuada, que, neste caso, deve tratar-se de vendas ou de prestações de serviços. çF
.. ~

Esta conta debita-se pela extensão inicial e pelos aumentos de valores e credita-se
pelas suas diminuições, sendo o seu saldo normalmente devedor (com excepção da
conta 31.9- Clientes - saldos credores).

As subcontas prevista;$ no código de contas do PGC são:


31.1 - Clientes -correntes
31.2 - Clientes -títulos a receber
31.3- Clientes- títulos descontados
31.8- Clientes de cobrança duvidosa
31.9- Clientes -saldos credores

-:~t~~~~
174 Parte 11;.. O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

31.1 - Clientes - correntes

Nesta conta registam-se todos os movimentos ocorridos com clientes que:


• sejam da actividade corrente da empresa;
• não sejam titulados;
• não sejam de cobrança duvidosa.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


31.1.1 -Grupo
31.1.1.1- Subsidiárias
31.1.1.2- Associadas
31.1.2 -Não grupo
31.1.2.1- Nacionais
31.1.2.2- Estrangeiros

Contabilização:

· '-3l~·f~ êli~ntes·•··~.·correntés
Saldo inicial Pelos recebimentos de clientes, por débito da conta
Pelo valor das vendas ou prestações de serviços a 45- Caixa, ou 43- Depósitos à ordem.
crédito, por crédito da conta 61 - Vendas ou Pelo saque de:títulos aos clientes, por débito da conta
62 - Prestações de serviços. 31.2 - Clientes - títulos a receber.
Pela reforma ou devolução de letras, por crédito da Pela devolução de vendas, por débito da conta
conta 31.2 - Clientes - títulos a receber. 61.7 - Vendas, Devoluções.
Pelas notas de débito, por crédito de uma conta da Pelos descontos comerciais fora da factura, por débito
classe 6. da conta 61.8- Vendas, D~scontos e abatimentos.
Pelos descontos financeJrós de1pronto pagamento,
por débito da conta 76.3- Custos e perdas
financeiros gerais, Déscontos de pronto pagamento

~e~~~~~q~~>· . . · · · .· ..·. . . .· . ..· :·.

.~lllillllltltf:~~;:·
o1~fàoiory~tsi.:~rrrd~$inéi?~~;j;r· )i:

,:iifJilJJíiYl~il~rt;;~;.a
Considerações de auditoria

A empresa deve confirmar com regularidade os saldos de clientes, pedindo a estes


que comprovem os saldos e;ou identifiquem as diferenças. Este processo deve ser
realizado por um funcionário independente do registo contabilístico e supervisionado
superiormente.

Deve-se verificar, igualmente, a antiguidade dos saldos de clientes e a sua razoabilidade.


Capítulo 3 175

31.2 - Clientes - títulos a receber

"Esta conta destina-se a registar as letras sacadas a clientes e por estes aceites. Esta conta a
reflecte, portanto, e1n qualquer mon1ento, as dívidas de clientes que estejan1 representadas I
por títulos ainda não vencidos, quer estejam em carteira, quer tenham sido descontados.
O valor das letras a constar no Balanço deverá dizer respeito às letras em carteira pelo que
P<tra o respectivo apuramento deverá ser determinada a diferença entre o saldo desta conta e
a conta Clientes- títulos descontados." (Notas explicativas)
.;.~:-;;::;';:~,:t'J?~-r':;:~::.~~?-": .-..:-~:,..,_:.-."

Uma letra é um título de crédito que permite titularizar uma dívida e transferir essa
dívida para terceiros. Através da letra, uma entidade (designada o sacador), que é cre-
dora de outra, dá ordem a essa outra entidade (o sacado) para pagar uma determinada
quantia (o valor nominal da letra), ao fim de um determinado prazo, a quem seja possui-
dor dessa letra (o portador).

A titularização de dívidas através de letras, além de poder proporcionar uma garantia


adicional sobre o.. crédito (aval), também pode proporcionar liquidez, dada a sua possibi-
lidade de desconto numa instituição de crédito.

Contabilisticamente, quando a empresa emite uma letra que titula um crédito sobre
um cliente, está-se perante um saque que altera a natureza da dívida (de não titulada
para titulada).

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


31.2.1- Grupo
31.2 .1.1 -Subsidiárias
31.2.1.2- Associadas
31.2.2- Não grupo
31.2.2.1- Nacionais
31.2.2.2 -Estrangeiros

Contabilização

Apresenta-se, de seguida, um resumo dos registos contabilísticos das operações


com títulos a receber de clientes.

Saque: etnlssãcfdaletra;emqu~o sacàdor (crêdor)


qu~pti(;l na._data'de v~?pim~. n~o d~ l~tf?·: ·• ..·. . .. . ·. . . •
···''oebíta : ;áf.2·t. cJi6nt~s~:&ilentes- útulos a recébi:w
·······•::···;·.:'·· .··.··.• >·····. '•.:·.··,:::.··,. ......... :•·;·'········I·'· . :•·~.· .. •.:•·. . .·•·.·: .. . ·. . . . . ·...
Credita 31.1 ,_;·.C/ientl~Sl Clientes - correntes
.·. ··.·.:··/ . . . . ·.· ....... ": ····".'.·: . . ,.:i .·.·":c:··: .•:.·;· • ... -·. . • . "- .. .. '
Endossoro sacado,r (endossante)transmiteuma letra a um terceiro (endossé)dO). ~statransmissão permittFQl1eo·
endpssÇlnte . pagu~ díviqa&gqr m~ipde l~tr~s g~e possui; ll~meaqamente 9~fo~n~c~.cjores.
· béhitâ ·. · 3~.._Forneéedotés · · · ·· · ·
cr~dità ai .2 ~ Ôliente~, ctFentek ~.títUlos aréce/Jer /

(continua)
176 Parte 11 - O conteúdo, a rnovimentação das contas e exernplos práticos

(continuação)

Cobrança do saque: o portador da letra apresenta-a a pagamento no seu vencimento, com o objectivo de
receber o respectivo valor. A cobrança pode ser:
1) Directa - quando o portador da letra a apresenta directamente ao sacado, recebendo o valor nominal da letra
Debita 45 _, Caixa ou
43 - Depósitos à ordem
Credita 31.2 - Clientes! Clí~ntes - títulos a receber
2) Bancária - quando o porta<iorda letra utiliza os serviços de um banco para cobrar o saque, pagando, para o
efeito,.as despesàs inerentes a esse serviço
Debita 43 -'- Depósitos' à ordem
Debita 76.1.4- Custos e perdas financeiros gerais. Juros, De descontos de títulos ejou
76.7 - Custos e perdas financeiros gerais, Serviços bancários ·
Credita 31.2 - Clientes, Clientes - títulos a reçeber
Recâmbio de letra: devolução da letra por falta de pagamento na data de vencimento
• Pela anulação da letra
Debita 31.1 -.Clientes, Clientes- correntes
Credita 31 ..2 -Clientes, C/i~ntes - títulos a receber
• Pelo pagamento de despesas (se houver)
Debita 76. 7 - Custos e perdas financeiros gerais, Serviços bancários
Credita 43 - Depósitos· à ordem
• Pelo débito das despesas ao cliente (se for essa a opção)
Debita 31.1- Clientes, Clientes- correntes .
Credita 76.7 - Custos e perdas financ@iros gerais, Serviços bancários .
Reforma da letra: substituição de uma letra na data do seu vencimento por outra( a) com outro(s) valor(es) e novo
vencimento
• Anulação da letra a reformar
Debita 31.1 - Clientes, Clientes - correntes
Credita 31.2 - Clientes, Clientes - títulos a receber
• Recebimento de parte da dívida (pode existir ou não)
Debita 45 - Caixa ou
43 - Depósitos à ordem
Credita 31.1 - Clientes, Clientes - correntes
• Saque de nova letra
-se a nova letra incluir encargos ..de reforma
Debita 31.1 - Clientes, Clientes - correntes
Credita 66.1.6- Proveitos e ganhos financeiros, Juros, Reforma de títulos* ejou
68.11.8 - Outros proveitos eganhos não operacionais, Outros ganhos e perdas não operacionais, Outros
-:p~l~.~ov~l~tf(l ..·__ ·... · > . . : ; • < i>,

.D~qitá. ·• ~. -91.4~~·-~Ijeptes! Çlieptes .... títulq~ a ~dêbêr.


credita · ,· 3 ii~ cuentés, Clientes ~ cori:entés ·
·, .. · ; . . . . . · . . . . . ·.: ·.::·· .. ·:·· ··: . . · -:.-.·-·-;·'_;!';·_;;.: ·. _.,

*
ch6ia sugérid~'f)éJaâiJtôfa·

31.3 - Clientes - títulos descontados


I
"Esta conta tem natureza credora e destina-se a registar as letras descontadas.
Na data de vencimento das letras esta conta deverá ser debitada da seguinte forma:·
• por contrapartida da conta Clientes- títulos a receber, caso na data de vencimento a letra
não seja devolvida por falta de pagamento;
• por contrapartida da conta' bancária onde o desconto haja sido efectuado, caso na data de venci-
mento a letra seja devolvida por falta de pagamento.
Em simultâneo, deverá ser efectuada a transferência da letra reflectida em Clientes- títulos
a receber para a 9onta Clientes - correntes.
O saldo desta conta reflecte, portanto, em qualquer momento, o valor das letras descontadas
ainda não vencidas que deverá figurar numa nota das Notas às contas, dado que a responsa-
bilidade da entidade perante o banco se 1nantém." (Notas explicativas)
~~~;;_~~~5t~~:;.;;:t,r:~-j~':_').'::':f~-~~~-~~P~:r+:,::··-,.~.'1t;Y,..~-F.r,'!•"~ .'-#·· .;.n._,_,.-, ... ,. .".,~;-.-:u-i '!~
Capitulo 3 177

Tal como referido anteriormente, a titularização de dívidas através de ·letras permite


às empresas obter financiamento através do desconto das letras que têm em carteira,
recorrendo, para o efeito, a um banco.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:

31.3.1- Grupo
31.3.1.1- Subsidiárias
31.3.1.2 -Associadas
31.3.2 - Não grupo
31.3.2.1- Nacionais
31.3.2.2 - Estrangeiros

Contabilização

Pode-se sun1ariar da seguinte forma a contabilização das operações relacionadas


com o desconto de letras de clientes:

Desconto da letra: envio da letra para o banco para antecipar o seu recebimento.
Debita 43- Depósitos à ordem (valor líquido recebido)
Debita 76.1.4 - Custos e perdas financeiros gerais, Juros, De descontos de títulos ou
31.1- Clientes, Clientes- correntes (se encargos do desconto debitados ao cliente)
Credita 31.3- Clientes, Clientes- títulos descontados (pelo valor nominal da letra)
No vencimento:
• Se há confirmação do pagamento da letra descontada
Debita 31.3- Clientes, Clientes- títulos descontados
Credita 31.2 - Clientes, Clientes - títulos a. receber
• Se há recâmbio de letra descontada (devolução por parte do banco por falta de pagamento da letra
descontada).
- Pela devolução da letra e pagamento do valor descontado mais despesas
Debita.. 31.. 3 ""'Ciiente_s,CHentes -:t ntados . ·-.

,~:;;,, ·,;~~!·J~t.;~~~~~ra;~· ~A~~~~~;~~;~~,cn~n~r


{ Pélaan'úfá9~<f<i~;fet~à _. _, --~ -· -<·,;-. -
entes,· clientes
Débitâ - -.- 3i~ 1. ~·cu ·i. correntes-
Credita 31.2 - Clientes, Clientes - títulos a receber

31.8 - Clientes de cobrança duvidosa

"Esta conta, conforme o p;róprio nome indica, destina-se a registar os clientes cujos saldos f
~
tenham uma cobrabilidade duvidosa. Quando cessarem as razões que determinaram a transfe-
rência dos saldos para• esta conta, o respectivo lançamento deverá ser revertido." (Notas explicativas)

Sempre que um cliente for considerado de cobrança duvidosa, o valor da sua dívida
deve ser transferido de clientes correntes para esta subconta. Este procedimento deve
ser seguido porque o recebimento deste tipo de dívidas é moroso e tal permite um
melhor acompanhamento dos créditos considerados duvidosos.

PLAPGC_12
178 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


31.8.1- Clientes- correntes
31.8.2 - Clientes -títulos

Conta bi Iização

O quadro que se segue resume a contabilização das dívidas de clientes de cobrança


duvidosa.
'· - . . :·.· ... · .. '' . . '. .

:. :·9Ii!nJ~~-···u.~,~~~réll1ça õ~~Jdos&t
Identificação da dívida como sendo. de cobrança duvidÓsa
Debita 31.8 - Clientes, C/{entes de cobrança duvidosa
Credita 31 ;t - CIÍentes, Clientes - Correntes ou
31.2 .,.. Clit]ntes, Clientes - títulos a receber
• Se a dívida for reêebida .
Debita 45 '- Caixa ou
.. 43.~DepositÓs àor(J.em
Crédlta · 31$:... Cíiehtes, Clientes de cobrança duvidosa
• Se a dívida for considerada incobrável
Debita 18.5 - Outros custos e perdas-!}ão operacionais, Dívidas incobráveis
Credita 31.8 - Clientes, Clientes de cobi'ança duvidosa

Considerações de auditoria

A empresa deve elaborar mensalmente um balancete de antiguidade de saldos com


base na política de concessão de crédito que tem definida. Este balancete deve ser-
analisado para se detectarem as situações de incumprimento e se tornarem medidas
imediatas conducentes ao recebimento das dívidas em atraso.
(Ver explicações contabilísticas e fiscais da conta 38- Provisões para cobranças duvidosas)

31.9 - Clientes - Saldos credores

A conta Clientes apresenta normalmente um saldo devedor. No entanto, em determi-


nadas situações, esta conta pode apresentar um saldo credor relacionado, nomeada-
mente, com adiantamentos de clientes e com o valor de embalagens e materiais à
consignação a serem devolvidos pelos clientes.

31.9.1 - Clientes- Saldos credores, Adiantamentos

"Esta conta regista as entregas feitas à empresa relativas a fornecimentos a efectuar a terceiros,
cujo preço não esteja previamente fixado. Aquando da emissão da factura, estas verbàs serão
transferidas para as respectivas contas na rubrica Clientes -correntes." (Notas explicativas)

Os adiantam~ntos podem ser:


• De natureza monetária, quando não há preço fixado previamente. Estão a ser
adiantados meios monetários por conta de um fornecimento cujas condições
finais ainda não estão definidas;
• De natureza não monetária, quando os preços dos fornecimentos a realizar estão
definidos. Neste caso, está a ser adiantado um ''sinal", que, muitas vezes, repre-
senta uma percentagem do valor total da encomenda.
Capítulo 3 17!

As Notas Explicativas da conta 31.9.1 - Clientes - Saldos credores, Adiantamentos


referem que esta conta deve ser utilizada em adiantamentos relativos a fornecimentos
sem preço fixado, ou seja, quando se tratar de adiantamentos monetários.

O PGC não estabelece uma conta específica para registar os adiantamentos recebi-
dos relativos a fornecimentos com preço fixado. Dadas as contas definidas no código
de contas do PGC, sugerimos a contabilização deste tipo de adiantamentos numa sub-
co~ta de outros valores a receber e a pagar, nomeadamente numa subconta da conta
37.9 - Outros valores a receber e a pagar, Outros valores a receber e a pagar.

Contabilização

A contabilização das operações relacionadas com adiantamentos recebidos deve


ser efectuada conforme indicado n6-quadro qúe se segue.

Pelo recebimento do adiantamento


Debita 45 ~ Cé7ixa ou
43 - DepÓsitos à ordem _ _
Credita 31.9 .1 - Clientes - saldos credores, Adiantamentos (sem preço fixado) ou
3 7.9 - Outros valores a receber e a pagar, Outros valores a receber e a pagar (com preço fixado)
Credita e
34.2 - Imposto de produção consumo (incide sopre o valor do adiantamento)
Pela emissão da factura
Debita 31.1 - Clientes, Clientes - correntes
Credita 61 -Vendas ou 62- Prestações de serviços
Credita 34.2 -Imposto de produção e consumo (incide sobre o valor da factura)
Pela regularização do adiantamento
Debita 31.9.1 - Clientes- saldos credores, Adiantamentos (sem preço fixado) ou
37.9- Outros valores a receber ea pagar, Outros valores a receber e a pagar (com preço fixado)
Debita 34.2 - Imposto de produção e consumo (incide sobre o valor do adiantament9)
Credita 31.1 -Clientes, Clientes- correntes

31.9.2- Clientes- Saldos credores- Embalagens a devolver

"Esta conta, de natureza credora, regista o valor das embalagens enviadas aos clientes por
irem a acondicionar os bens vendidos mas que se destinam a ser devolvidas.
Esta conta será saldada da seguinte forma:
Por contrapartida da respectiva conta de clientes - correntes, na data da devolução por parte
do cliente.
Por contrapartida da respectiva conta de vendas, caso as embalagens não sejam devolvidas
dentro dos prazos acordados." (Notas explicativas)

31.9.3 - Clientes- Saldos credores - Material à consignação

"Esta contá~ de natureza credora, é criada por contrapartida da respectiva conta de clientes
-correntes e regista o valor dos bens enviados à consignação para os clientes.
Esta conta será saldada da seguinte forma:

(continua}
180 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

Por contrapartida da respectiva conta de vendas, na data em que os bens tenha1n sido vendi-
dos deixando, portanto, de estar à consignação.
Por contrapartida da respectiva conta de Clientes- correntes, em caso de devolução dos bens
por não terem sido vendidos." (Notas explicativas)

Ver explicação da conta 26.9- Mercadorias em poder de terceiros.

32 - Fornecedores
Nesta conta incluem-se todos os registos resultantes das compras de bens e servi-
ços para utilização ou consumo na actividade corrente da empresa.

Os fornecedores de bens e serviços destinados ao imobilizado da empresa regis-


tam-se na conta 37.1- Compras de imobilizado.

Esta conta credita-se pela extensão inicial e pelos aumentos de valores e debita-se
pelas suas diminuições, sendo o seu saldo normalmente credor (com excepção da
conta 32.9- Fornecedores- saldos devedores).

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


32.1- Fornecedores- correntes
32.2- Fornecedores- títulos a pagar
32.8- Fornecedores- facturas em recepção e conferência
32.9- Fornecedores- saldos devedores

32.1 - Fornecedores - correntes

Esta conta inclui as dívidas a pagar a fornecedores decorrentes da aquisição de


bens e serviços adquiridos pela empresa desde que:
• estejam relacionados com a utilização ou consumo desses bens ou serviços na
actividade corrente,
• não estejam representadas por letras ou outros títulos a pagar,
• não respeitem a facturas em recepção e conferência.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


32.1.1 - Grupo
32.1.1.1-- Subsidiárias
32.1.1.2 -Associadas
32.1.2 - Nãó grupo
32.1.2.1- Nacionais
32.1.2.2 - Estrangeiro·
Capitulo 3 181

Contabilização

Pelos pagamentos a fornecedores, por crédito da conta Saldo inicial


45 .~ C?Jxa. ou 43 .:-'Depósitos à ordrjm . . Pelo vajprdélS' compras a cré~ito, pordébito da conta
Pelo. aqeit~ de·.• títul~$ atornecedores,·. porcr~gito da 2t -::porppras ou 75.'2ctf9r?~Pifr1el1to$ e serviços de
conti:t32j - Forneàidores :. . títulos a pagar: terceiros, .caso.•_sejamparª.f~nsumo,
t
PelqsAevoiUções de compras, por crédito da conta Pelaanulação de·letras,p?rdé~itoda conta
2 1. 7 - Compras, Devoluções de compras, caso a . 32.2 "- Fornecedores;__títulos. a,pagar.
compra tenhasído.registada inicialmentea débito na Pelas nO\as de débito dos fornecedores, por débito de
conta 21.- Compras; caso contrário usa-se a.conta u'ma co~ta da· classe 7.
75,2 - Fornecimentos e serviços de terceiros.
Pela trarisferêneiaâe.fatturªsem· recepÇão e
Pelos descontos com~rciais fora. da factura, por crédito conferência,_por débito·daconta;j2.8;- Fornecedores
dB, conta 21.8- Comprªs,Dt?s~ontos1 e abatirr_Jentos. ..,factl)ras em recepç~o e conter.êncía .
.em compras: caso a compra tenha sfdo registada
inicialmente a débito na conta 21 '-' Compras; caso
contrário usa-se a çgnta 752- Fornecimentos e
serviço$ de terceiros.
Pelos descontos financeiros de pronto pagamento ou
de antecipação de pagamento, por crédito da cbnta
66.3 -:: Proveitos e ganhas financeiros gerais,
Descontos de pronto pagamentos obtidos.
Pela regularização de adiantamentos, embalagens a
devolver ou material à consignação a fornecedores
por crédito da conta 32.9- Fornecedores- saldos
devedores, ou da conta 28 -Adiantamentos por conta
de·comp'ras, se se tratar <;le um adiantamento a
fornecedores com preço fixado.

Considerações de auditoria

A empresa deve confirmar com regularidade os saldos de fornecedores, pedindo a


estes que comprovem os saldos ejou identifiquem as diferenças. Este processo deve
ser realizado por um funcionário independente do registo contabilístico e supervisio-
nado superiormente.
Deve-se verificar igualmente com regularidade a razoabilidade dos saldos.

32.2 - Fornecedores - títulos a pagar

"Esta conta destina-se a registar as letras sacadas pelos fornecedores e aceites pela entidade.
O saldo desta conta deverá reflectir, em qualquer momento, as dívidas a fornecedores não ven-
cidas que se encontrem representadas por letras ou outros títulos de crédito." (Notas explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


32.2.1- Grupo
32.2.1.1 - Subsidiárias
32-.2.1.2 - Associadas
32.2.2 - Não grupo
32.2.2.1- Nacionais
32.2.2.2- Estrangeiro
182 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exernplos práticos

Contabilização

Apresenta-se, de seguida, um resumo dos registos contabilísticos das operações


com títulos a pagar a fornecedores.

-·~:'·\j:;f",!;·:{1L;;;f~·;J:t:;';!:;~;~\/":i";;~"f{/~:-;;~?~~~Í~~-:3fo~~t?:~~~~f~!~s. ~·-~f!~'gf:;.~-,:~~·~à{
Aceite: cdlócação da assináturaina letra sacada pelo fornecedor, contraindo a obrigação de pagar u-ma certa
j quantia·. nadata.devenci(hentoda••letra;
Debita 32.1 ~ Fomec(Jdores, Fornecedores ~ correntes
Credita 322- Fomecedores,Fornecedores ~títulos a pagar
Pagamento do aceite:
Debita 32.2.-: Fornecedores, Fornecedores~ títulos a pagar
Credita 45 .,. Cé:!bf4 o~
43 •. 7 Depósitos
. :·--/

àôrdem
'
'

Reformada letra: substitóiÇão de uma letra na data do seu vencimento poroutra(a) com outro(s) valor(es) e
novo vencimento.
•· Anulaç~o da l~traa réform&r
Debita 32.2 - Fornecedores; Fornecedores '- títulos a pagar
Credita 32.1 -Fornecedores, Fornecedores.- correntes
• -Pagamento de parte da dívida (pode existir O!J não)
Debita 32.1 - Fornecedores; Fornecedores - correntes
Credita 45 - Caixa ou
43 - Depósitos à ordem
• Aceite de nova letra
- se a nova letra incluir encargos de reforma
Debita 76.1.5 - Custos e perdas financeiros gerais, Juros, De reforma de títulos*
Credita 32.1 -Fornecedores, Fornecedores- correntes
- pela nova letra
Debita 32.1 - Fornecedores, Fornecedores - correntes
Credita 32.2 -Fornecedores, Fornecedores- títulos a pagar
* Conta sugerida pela autora

32.8 - Fornecedores - facturas em recepção e conferência

"Esta conta destina-se a reflectir as compras, relativas a material recebido, cujas facturas:
• Não chegara1n à entidade até à data;
• Embora tenham chegado à entidade, ainda não se encontrem conferidas.
Aquando da contabilização definitiva da factura esta conta deverá ser saldada por contrapar-
tida da respectiva conta de Fornecedores - corrente." (Notas explicativas)

Contabilização

Eorneç~l(i11~f1t!:>s···e. .serytços.·.·~e·.·.:ê~qeirq~.pa$6.~êj~;Té·#árâconsumo
32.8·~ 'Fô,frieided'ôfe·s 2·fc·~·ciUn~s em r~cepÇ~o e ciontêt~nma · -
Pela recepção d~~ cornPtiaS DlitÇOfl'fiétêrlcia
o~t>ita 32.8 - Forrléc~~dol~es :
Credita 32. r:... FonrJec1edores correntes
Capítulo 3 183

32.9 - Fornecedores - saldos devedores

Esta conta destina-se a registar valores a receber de fornecedores.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


32.9.1- Adiantamentos
32.9.2- Embalagens a devolver
32.9.3- Material à consignação

32.9.1 -Fornecedores- Saldos devedores- Adiantamentos

"Esta conta destina-se a registar as entregas feitas pela empresa com relação a fornecimentos
a efectuar por terceiros, cujo preço não esteja previamentefixado:
Aquando da recepção da factura, estas verbas deverão ser transferidas para as respectivas
contas de Fornecedores- correntes." (Notas explicativas)

Esta conta pertence ao activo, uma vez que representa direitos sobre terceiros.

A conta 32.9.1- Fornecedores- Saldos devedores- Adiantamentos é utilizada no caso


de adiantamentos pagos a fornecedores de natureza monetária, ou seja, sem preço fixado.

Se o adiantamento pago for de natureza não monetária, ou seja, representar uma


parte de uma encomenda com preço já definido (adiantamento com preço fixado), o seu
valor deve ser registado na conta 28 -Adiantamentos por conta de compras.

Contabilização

A contabilização das operações relacionadas com adiantamentos pagos deve ser


efectuada conforme indicado no quadro que se segue.

32.9.2 - Fornecedores -Saldos devedores- Embalagens a devolver

"Esta conta, de natureza devedora, regista o valor das embalagens enviadas pelos fornecedo-
res por virem a acondicionar os bens comprados mas que se destinam a ser devolvidas ao for-
necedor. Esta conta será saldada da seguinte forma:
(continua)
184 Parte 11 -O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

Por contrapartida da respectiva conta de fornecedores- correntes, na data da devolução ao


fornecedor.
Por contrapartida da respectiva conta de compras, caso as embalagens não sejam devolvidas
ao fornecedor dentro dos prazos acordados." (Notas explicativas)

32.9.3 - Fornecedores -Saldos devedores- Material à consignação

"Esta conta, de natureza devedora, é criada por contrapartida da respectiva conta de Fornece-
dores - correntes e regista o valor dos bens recebidos à consignação dos fornecedores.
Esta conta será saldada da seguinte forma:
Por contrapartida da respectiva conta de compras, na data em que os bens tenham sido vendi-
dos a clientes deixando, portanto, de estar à consignação.
Por contrapartida da respectiva conta de fornecedores- correntes, em caso de devolução dos
bens ao fornecedor por não terem sido vendidos." (Notas explicativas)

Valorimetria das dívidas em moeda estrangeira de clientes/fornecedores

O subponto 2.1 Transacções em moeda estrangeira do ponto 2. Bases de valorimetria


específicas, no capítulo do PGC intitulado Políticas Contabilísticas, estabelece o seguinte:

"As transacções em n1oeda estrangeira deven1 ser valorizadas na 1noeda de relato.


No momento do reconhecimento inicial, as transacções e1n n1oeda estrangeira são valori-
zadas na 1noeda de relato determinada pela -aplicação, à quantia de moeda estrangeira, da
taxa de câmbio entre a moeda estrangeira e a moeda de relato à data da transacção.
Na data de relato, as transacções em 1noeda estrangeira são valorizadas na moeda de relato
da seguinte forma:
-Pelo valor histórico (valorização do reconhecimento inicial), no caso de activos monetários
em que o câmbio tenha sido previamente fixado.
-Pelo valor histórico (valorização do reconhecimento inicial), no caso de activos não monetá-
rios, aos quais, na data do reconhecimento inicial, tenha sido atribuído um justo valor em
moeda estrangeira.
-Pela taxa de fecho determinada pela aplicação, à quantia da moeda estrangeira, dp. taxa de
câmbio à data de fecho entre a moeda estrangeira e a moeda de relato, no caso de activos
monetários cujo câmbio não esteja previamente fixado."

Estas orientações são complementadas pelas explicações contidas nos subpontos


4. 7 Diferenças de câmbio favoráveis e 5.4 Diferenças de câmbio desfavoráveis do mesmo
capítulo do PGC.

Resumidamente, o PGC estabelece o seguinte:


1. No registo das operações em moeda estrangeira utiliza-se a taxa de câmbio da
data da operação, excepto se houver fixação da taxa de câmbio.
Capitulo 3 185

2. À data do fecho de contas, actualizam-se os saldos dos activos e passivos mone-


tários associados às operações em moeda estrangeira para a taxa de câmbio em
vigor nessa data, excepto se houver fixação da taxa de câmbio.

3. Tipo de diferenças de câmbio:


3.1 Diferenças de câmbio positivas
• em operações activas (por exemplo, clientes ou empréstimos concedidos),
quando câmbio do fim de exercício > câmbio da data da operação;
• em operações passivas (por exemplo, fornecedores ou empréstimos obti-
dos), quando câmbio do fim de exercíc)o < câmbio da data da operação.
3.2 Diferenças de câmbio negativas
• em operações activas (por exemplo, clientes ou empréstimos concedidos),
quando câmbio do fim de exercício < câmbio da data da operação;
• em operações passivas (por exemplo, fornecedores ou empréstimos obti-
dos), quando câmbio do fim de exercício > câmbio da data da operação.
4. Contabilização das diferenças de câmbio à data de fecho:
a) Princípio geral: diferenças de câmbio registadas em resultados
-se positivas: 66.2.2- Diferenças de câmbio favoráveis, Não realizadas;
-se negativas: 76.2.2 -Diferenças de câmbio desfavoráveis, Não realizadas.

b) Se originárias da conversão de dívidas a médio e longo prazo


• Caso haja expectativa de reversibilidade das diferenças de câmbio
-se positivas: 37.6.4- Proveitos a repartir por períodos futuros, Diferenças
de câmbio favoráveis reversíveis;
-se negativas: 76.2.2- Diferenças de câmbio desfavoráveis, Não realizadas.
• Caso haja expectativa de irreversibilidade das diferenças de câmbio
-se positivas: 66.2.2- Diferenças de câmbio favoráveis, Não realizadas;
-se negativas: 76.2.2- Diferenças de câmbio desfavoráveis, Não realizadas.

Exemplo prático - Dívidas de clientes, em moeda estrangeira


...~;.;.. :.'.r: ' .· :;:,'.. "~-
. ' .•.... -·-. ~-~

. A 30dé Outubro, a· empresa XPTOv~hdeu ~ercadoriâ$hOVáldr deiO OOÔ eurôs à um cliente


europeu, com um prazp de recebimento superior a 1 ano.

Contabilização a 30.10.N -taxa de câmbio à data 1 Eur/140 Kz


Debita 3L1..,. Clie,nttes-- qqrrentes ................. , ................................... ~ 1 400 OOO,QO ·~
Credita
.... ·. . ',, ';- ·.·.·· ...···.··.··· ·.·········. .
. . .· ·._ . - •···.
61.3 ~ V~ndas, Mercgqorias ......................... ~ ..... ,........................
·. ·.·· . . .· . . . ·.
1400~ 000,00
. :';-,:,·::, :
.
Kt:
/-
A 31.12.N é necessáriG ajustar o activo financeiro para a taxa de câmbio à data: 1 Eur/150 Kz
. í -.
Valor a 31.12;N - 10 ~00 Eu r x 150 = 1 500 CJOO,OO Kz
Valor reconhecido inicialmente: 1 400 000;00 Kz
Diferença de·. câmbio positiva de 100 0()0,00 Kz; considerada reversível.
Debita 31.1 ~Clientes- correntes .........'................................................ 100 000,00 Kz
Credita 37 .6.4- Proveitos a repartir por períodos futuros, Diferenças
de câmbio favoráveis reversíveis ...........................:...................... 100 000,00 Kz

(continua)
186 Parte 11 -O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

A 30 de Novembro de N+1, a empresa recebeu 40% da dívida -taxa de câmbio à data: 1 Eur/143 Kz
1. 0 Anula 40% do diferimento efectuado a 31.12.N
Debita 37 .6.4 - Proveitos a repartir por períodos futuros, Diferenças
de câmbio favoráveis reversíveis ................................................... 40 000,00 Kz
Credita 31.1 .;_Clientes- correntes ........................................................... 40 000,00 Kz
2. 0 Regista o recebimento
Recebe: 4 000,00 Eur x 143 = 572 000,00 Kz
Reduz à dívida de clientes: 4 000,00 Eur x 140 = 56'0 000,00 Kz
Debha 43- Depósitos à ordem ............................................................. 572 000,00 Kz
Credita 31.1 - Clientes - cerrentes ......................................................... 560 000,00 Kz
Credita 66.2.1- Diferenças de câmbio favoráveis, Realizadas .................... 12 000,00 Kz

A 31.12.N+1 é necessário ajustar o activo financeiro para a taxa de câmbio à data: 1 Eur/142 Kz
Dívida que transita do período anterior: 6 000,00 EUR x 150 = 900 000,00 Kz
Valor a 31.12.N+1 - 6 000,00 Eur x 142 = 852 000,00 Kz
Logo, é necessário ajustar o activo financeiro para reflectir a taxa de câmbio à data de fecho
pela diferença: 48 000,00 Kz.
Debita 37 .6.4- Proveitos a repartir por períodos futuros, Diferenças
de câmbio favoráveis reversíveis ................................................... 48 000,00 Kz
Credita 31.1 - Clientes -correntes ........................................................... 48 000,00 Kz

33 - Empréstimos

Nesta conta registam-se os empréstimos obtidos, com excepção dos incluídos na


conta 35 - Entidades Participantes e Participadas.

Os empréstimos obtidos podem ter a seguinte classificação:


-em função da sua natureza,
• Correntes ou de funcionamento - visam cobrir insuficiências temporárias de
tesouraria;
• Financiamento - financiam os projectos de investimento, de modo ;a permitir o
crescimento da empresa. São empréstimos de médio e longo prazo.

- em função do seu prazo de vencimento,


• Curto prFlZO- menos de 1 ano;
• Médio e longo prazos - superior ou igual a 1 ano.

ln_dependentemente da classificação, todos os empréstimos obtidos registam-se


nesta conta (com excepção dos concedidos pelos accionistas ou sócios, que são incluí-
dos na conta 35- Entidades Participantes e Participadas).
Capítulo 3 187

Relativamente aos empréstimos concedidos, com excepção dos incluídos na conta


13 -Investimentos financeiros (13.1.3, 13.2.3 e 13.3.3) e na conta 35- Entidades Par-
ticipantes e Participadas, estes devem ser registados:
• na conta 36 -Pessoal, se forem empréstimos concedidos a pessoal da empresa,
• na conta 37.9- Outros valores a receber e a pagar, se forem empréstimos conce-
didos a outros devedores.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


33.1 - Empréstimos bancários
33.2 - Empréstimos por obrigações
33.3 - Empréstimos por títulos de participação
33.9 - Outros empréstimos obtidos

33.1 - Empréstimos bancários

Registam-se nesta conta os empréstimos obtidos junto das instituições de crédito.

Contabilização

A contabilização das operações relacionadas com empréstimos obtidos está sinteti-


zada no quadro que se segue.

Empréstimos obtidos
Pela obtenção do empréstimo
Debita 45 - Caixa ou
43 - Depósitos à ordem
Credita 33.1 - Empréstimos bancários ou
33.9 - Outros empréstimos obtidos ou
35xx4- Entidades participantes e participadas, Empréstimos
Pelo pagam~nw éf~,J~to~;' ··.c· ·

•·s~m:~e~~~ç~c> .dai(l}P9~Q! ~tl~rf};o.·rert~~e~~(J _ •..·. . . . .• .· . · . . ·. . .


· g~a~ . ·. ~~~~~S~lJt%;~~0~s ~~n~iifRPW~is, J~ro_t~P~s.urnos
· -4$ '-"'l!)ê/1õ:~ltos;lr drtJem · ~·
• Com retenção.de irnpôstósobre·o rendimento
Debita 76.1.1- Custos e perdas financeiros gerais, Juros, Empréstimos
Credita 34.9 - Estado, Outros impostos
Crec:lita ... 45z,S~l*~gu,, i ... :
Pe,~;~~~k;~~~~r~@~~ra~m •.,
·oebita · ·· a;f~;~·_girJp(é~tfmo~JJfmcâitos ou
$·S.~:~ q~trg~:~m:Or~stii]JpS, ?bti(}qs ou .. ...... •· •.......
:ª§~~ j.;;gQpdacfép p[Já[c/pa~r~~ eparÚçipagas,Ef1JJJr~$tirnq~
Credita 45·: c~lxa~u. ·r , · · · · ··· ·· · ··· . ·· · ··
43 - DepÓsitos á ordem

Considerações -de auditoria

Os saldos de empréstimos devem ser confirmados através da verificação dos docu-


mentos bancários e da circularização dos bancos.
188 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

33.2 - Empréstimos por obrigações

"Esta conta destina-se a registar, pelo valor nominal, as obrigações subscritas por terceiros
que sejam convertíveis em capital." (Notas explicativas)

~o empréstimo por obrigações são emitidos títulos a serem subscritos pelas entida-
des· interessadas: as obrigações ..

As obrigações são unidades de medidf1, de igual valor, de cada empréstimo. As obri-


gações correspondem, portanto, a uma dívida da sociedade emitente para com cada
um dos possuidores dos títulos.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


33.2.1- Convertíveis
33.2.2 - Não convertíveis

A conta 33.2.1 - Empréstimos por obrigações, Convertíveis movimenta-se quando as


obrigações são convertíveis em acções após um período pré-definido e verificadas de-
terminadas condições.

A conta 33.2.2 - Empréstimos por obrigações, Não convertíveis movimenta-se nos


restantes casos.

Os empréstimos por obrigações podem ser emitidos:


• ao par- se valor nominal = valor de subscrição
• abaixo do par- se valor nominal > valor de subscrição, existindo, neste caso, um
desconto de emissão
• acima do par- se valor nominal < valor de subscrição, existindo, neste caso, um
prémio de emissão.

De acordo com o regime do acréscimo, se existir desconto ou prémio de emissão, o


respectivo custo ou proveito deve ser repartido pelos exercícios em que o empréstimo
está em vigor, utilizando, para o efeito, a conta 37.4.1- Encargos a repartir por períodos
futuros, Descontos de emissão de obrigações ou a conta 37.6.1- Proveitos a repartir por
períodos futuros, Prémios de emissão de obrigações, respectivamente.

Contabilização

A contabilização das operações relacionadas com empréstimos obrigaciónistas está


sintetizada no quadro que se segue.

Pelif.~M~~~tiǪ9 ~M:~§r('. ·· · · · · · ·· · · · · ·· · ·
D~blta ·· 37~8·~·-rr_ . . _.-.· · ·- ·;~%/~res.a•··rêcetseFou·_-élc})~gâfbbri/tª&i~Jl{~t~~~%~ãJotd·~·:~hií~$ão)
D~bM··· · .$I;~:1'\·-~n.Ç9~go§ a r~par~trpo,rp~rfodÇs(lltqros,pé~qqntgs qe em{ssão . _qeioprigações
($e, hoüy~r9ysc·9nt~ _de _eft1iss~p)~ • _.• _. .• . ._. ·_ . _.·_ . .•
Crédità 33;2':.• kmf;téstknós por obfíg~Çõ~s (valohiórflinal) -·
.Cred ij~· ª[. 6_;18:Jirq~~it~s ~lePqftfrp_gtp~if<;9fls f11Wrqs1 /'(~f1Jiós. de. emissãq d~ obrigações
(se houver.p(émio de ernissao)** - [
(continua}
Capítulo 3 189

(continuação)

Pelo recebimento do valor das obrigações subscritas


Debita 43 - Depósitps àordem .
Crédita 37.8 ~ Oüiros valores a recebeióúa pagar, OJJtigaciof1lstas*
Peló prbcessamento:deJuros . . . . > •.. . . ..•• . . .

Deb.ita 76.1.1- c~stoseperdas tinae.ceirosgerai~, Juros,·~fTipréstimosOuro real)


Debita· 3T6·~f f!rqveitps:~ r~gqrttçp~r~~ríodpsJu~~(O~;préfl1los de •. emissão de. obrigações
(p~I<lPropwção'do p~~n1ip ~e emissâoi**•···.······.···.··.·.··•·· •····· ·.·•.•.·. . . •. .•.•. . · ·
Credita 37;8. ~ ()utros valores ·arece9eroua pasa~ Obrigacionistas
• <). Ouro. lfqüido =_juro nominal - impostoreUdo) ·.· ·
Credita 34.9-;- Estado, Outros impostos (imposto retido)
Credita a
37A.1- Encargos repartir porperíodosfuturos, Descàntos de emissão de obrigações
(pela proporção do desconto de emissão)** ·
. . .
Pelo pagamento. dl)S jüros
· Debita · 3 7.8 ~• Outros valores a receber ou a pagar, Obrigacionistas Ouro líquido)
Credita 43 -. Dépósitos .à orgpm,
Pelo reembolso das obrigações
Debita 33.2.,. Empréstimos porpbrigações
Credita 43 :c.• Oepósítos à ordem
* Subconta sugerida pela autora
* * Contas mutuamente exclusivas, ou seja, ou se tem prémio de emissão ou se tem desconto de emissão

33.3 - Empréstimos por títulos de participação

"Esta conta destina-se a registar, pelo valor nominal, os títulos de participação subscritos por
terceiros." (Notas explicativas)

Os títulos de participação são unidades de medida, de igual valor, de cada emprés-


timo, emitidos por empresas públicas ou de capitais maioritariamente públicos.

Os títulos de participação correspondem, portanto, a uma dívida da sociedade emi-


tente para com cada um dos possuidores dos títulos.

Títulos de participação conferem ao seu titular o direito a receber uma remuneração


com uma componente fixa e outra variável, dependente da evolução de indicadores da
actividade da entidade emitente. Tanto a remuneração fixa como a remuneração variável
são determinadas sobre uma percentagem do valor nominal do título de participação.

Contabilização

No vencitn~nto.· do~·gtaJ~~,·p8r:~t:éóit()·.~~.9~ni~~·.· :· · -.~· ·


37.9 ~Outros valores a tec~ber ~~·-,jaga'r;·ütUizando
a subconta.criaqa r)(rmorneQJodd~Út)scriç~o;
.·~~~~~~~~~~i~~~~~\~ZJfr~%%~~ftJri
. .criar~§~ urj1a :ÓP?têi·diyj~i9pária ?.~nqrnl?a~a
' ..• . .· . ....... ' . . . ·r <·;· ··" ~· ' .. r ''...·" . 1
'$Úbs,~rit~m$~:ttª: irtú.lqs .de- p~rtk;ipà'ç~b ;~;· ·•
' ·, f •

33.9 - Outros empréstimos obtidos

Esta conta destina-se a registar empréstimosque não sejam obtidos de sócios/accio-


nistas e que não respeitam a empréstimos por obrigações ou por títulos de participação.

Esta conta tem uma movimentação idêntica à conta 33.1- Empréstimos bancários.
190 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exernplos práticos

34- Estado
Nesta conta registam-se todos os valores resultantes das operações que a entidade
realiza com o Estado e outras entidades públicas que tenham caracterfstica de impos-
tos ou taxas.

Excluem-se desta contas as operações correntes, as operações de financiamento e


as transacções de imobilizado que possam ocorrer com entidades públicas (por exem-
plo, se a entidade vende mercadorias a prazo ao Estado, a dívida fica registada na conta
31- Clientes).

Esta conta pode apresentar saldo devedor ou credor. Não se deve colocar no Ba-
lanço o valor líquido dos saldos das várias subcontas desta conta. A entidade deve
calcular o total dos saldos devedores das subcontas desta conta e evidenciar o seu
valor no Balanço no Activo, e apresentar no Passivo o total dos saldos credores das
subcontas desta conta.

34.1- Imposto sobre os lucros

"Esta conta destina-se a evidenciar a dívida da entidade relativa a imposto sobre os lucros.
A débito deverão ser registados os paga1nentos por conta efectuados e as eventuais retenções
efectuadas por terceiros aquando da colocação de rendimentos à disposição da entidade.
A crédito deverá ser registada a estimativa de imposto a pagar relativa ao exercício, por
contrapartida da conta 87- Imposto sobre lucros e da conta 81- Resultados transitados.
Quando se entender conveniente, esta conta poderá ser subdividida por exercícios." (Notas explicativa::; 1

O PGC estabelece a obrigatoriedade de apresentação, em separado, de imposto


sobre os resultados relativo a actividades correntes e a actividades extraordinárias na
Demonstração de Resultados.

Contabilização e considerações fiscais

As operações relacionadas com o imposto sobre os lucros estão sumariadas no


quadro a seguir apresentado.

~
a). Para a•· gt>neralida. . . .d····..•.·•. ·.·.o··.··.
··.e.·.·.·.·.·... ·•.··.······d····.·
.. s.·... c.·.•.o· .
·.n·•·····t·.·.····r· b·.· .·.·. ·
. ·i···... ·u.·.··•.
·.·.·.i··.·.·...·•... ·.·.(···gr···.·
e···········.··s·.·.·
·.·.·.t··.·.·
·••·...
" ..•.. ..• . .• · . • ·.·.····u·········.··········P······..
•·.o········.··s··· A·• .•·..·•.
...•..•.·....•.•.·.. ·.·.·········e···· B···.······:.._··)····.•.·..
... ·.···,·..·.. •..e•.·~·. . o·······.brigâtó···.r·.···.la.. .....···.'.·i·.·q.u·.. ....a. · provisória de imposto nos
;:p:~::: a.. ··ld·.· Ç.·.ãO

;-cl~~it~·~:\ . c c .., " , '·~ . . \

·Débita·· ·············'34t.t.:·~~~p61Nô's~prê ôsíúcrÓs(pelolmpost<>rêHdd)


Dê.bita 43 ·- o:~4f.f!os .à ordem Çp~lovalor l~qtJido recet?id,o)
~tiiY~ ... .f3~:t./?rQYCiflt9~·~~{J~nho?·fiQéJnG~{rA~.:~~ràis · · ···

c}lii~~~~1Jl1Lf11lil~~~~~l~t~i:;rente
realizados
cúStos e perdas pelà ·entidllifé. . . .
(continua)
Capítulo 3 191

(continuação)

Pelo cálculo do imposto estimado


Debita 8 7 - Impostos sobre os lucros
Credita 34.1 .... Imposto sobre os lucros
d) Na liquidaÇão do imposto (Grupo 8 até 30 de Abril do ano seguinte, Grupo A até 31 de Maio do ano
seguinte):
d.1) comparar o valor de imposto estimado (no encerramento) com o valor do imposto liquidado (resultante do
preenchimento da declaração fiscal):
•. Se~ imposto estimado = imposto liquidado, não se faz qualquer correcção. contabilística
· ; Se imposto estimado < imposto liquidado
Debita 78.10.1- Outros custos e perdas não operacionais, Correcções relativas a exercícios anteriores,
Estimativa impostos
Credita 34.1- Imposto sobre os lucros
• Se imposto estimado > imposto liquidado
Debita .34.1 ~Imposto sobr(:} os lucros
Credita 68.10.1- Outros ptbveitos e ganhos não operacionais, Correcç'ões relativas a exercícios anterio-
res, Estimativa impostos
d.2) verificar o saldo final da conta 34.1 - Imposto sobre os lucros
• Se o saldo for devedor, este será utilizado· no ano seguinte para abater ao impOsto a pagar.
• Se o saldo for credor, a empresa deve pagar o valor em falta até 30 de Abril (grupo B) ou 31 de Maio
(Grupo A)
Debita 34.1 - Imposto sobre os lucros
Credita 43- Depósitos à ordem

Outras considerações fiscais

A determinação do imposto sobre os lucros segue o Código do Imposto Industrial,


aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro. Este imposto é calculado com base no
lucro tributável da entidade. O lucro tributável_ é diferença entre os proveitos e ganhos e
os custos e perdas do exercício, apurados de acordo com a contabilidade, eventual-
mente corrigidos nos termos das regras fiscais.

A determinação da matéria colectável dos contribuintes do Grupo A está regulada


pelo Capítulo 11 do Código do Imposto Industrial (art. 05 12. 0 a 50. 0 ), e para os contribuin-
tes do Grupo 8 no art. 0 59. 0 deste código.

Taxas de imposto aplicáveis (art. 0 64. 0 do Código do Imposto Industrial):


• 30% taxa geral;
• 15% para as actividades agrícolas, aquícolas, avícolas, pecuárias, piscatórias e
silvícolas;
• 6,5% para os contribuintes do Grupo B que determinem a matéria colectável nos
termos do n. 0 2 do art. 0 59. 0 •

Nos termos do regime transitório, a taxa de Imposto Industrial de 30% é já aplicável


ao exercício de 2014 (n. 0 .'i do art. 0 4. 0 do Código do Imposto Industrial).

O Código do Imposto Industrial estabelece tributação autónoma sobre os seguintes


encargos, os quais também não são fiscalmente dedutíveis:
• custos indevidamente documentados, à taxa de 2% (n. 0 2 do art. 0 17.0 );
• custos não documentados, à taxa de 4% (n. 0 3 do art. 0 17. 0 );
ll
1 192 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos
n

!
• despesas confidenciais, à taxa de 30%, sendo esta taxa elevada para 50% quando
as despesas originem um custo ou um proveito na esfera de sujeitos passivos
isentos ou não sujeitos a tributação em sede de Imposto Industrial (n. 05 4 e 5 do
art. o 17. 0 );
• donativos não elegíveis nos termos da Lei do Mecenato, à taxa de 15% (n. 0 2 do
art. 0 19. 0 ).

Relativamente à liquidação provisória de imposto, as regras são distintas para as


actividades de vendas e para as atividades de prestações de serviços.

Atividades de vendas:
• nos termos do n. 0 1 do art. 0 66. 0 do Código do Imposto Industrial, a liquidação
provisória deve ser feita até ao final do mês de Agosto, para os contribuintes do
Grupo A, e até ao final do mês de Julho, para os contribuintes do Grupo B;
• o cálculo do valor a liquidar é efetuado mediante a aplicação de uma taxa de 2%
sobre o valor total das vendas realizadas nos primeiros seis meses do ano, po-
dendo ser deduzido o imposto, comprovadamente, entregue em excesso nos paga-
mentos provisórios dos exercícios anteriores (n.o 2 e n. 0 6 do art. 0 66. 0 do Código
do Imposto Industrial).

Atividades de prestação de serviços:


• a liquidação provisória consiste na retenção na fonte a que os contribuintes dos
Grupos A e 8 que exerçam actividades de prestação de serviços estão sujeitos, à
taxa de 6,5%, a efectuar pela entidade pagadora do serviço (n. 05 1 e 2 do art.o 67. 0
do Código do Imposto Industrial);
• o valor retido na fonte é provisório, sendo deduzido à colecta final aquando da
realização da liquidação definitiva do imposto (n. 0 3 do art. 0 67. 0 do Código do
Imposto Industrial);
• para este tipo de actividades, a matéria colectável corresponde ao valor dos servi-
ços prestados, deduzido do custo com as matérias-primas ou materiais necessá-
rios à prestação de serviços, devidamente documentados.

A falta de pagamento ou insuficiência na estimativa da liquidação provisória dentro


dos prazos estabelecidos implica o pagamento dos juros de mora devidos.

O reporte de prejuízos fiscais é aceite por um período de três anos (art. 0 48. 0 do
Código do Imposto Industrial).

Considerações de auditoria

Há vários procedimentos a realizar nesta conta, nomeadamente:


• a verificação das retenções na fonte, através da análise dos documentos emitidos
í
pelas entidades que realizaram a retenção;
• a verificação dos pagamentos da liquidação provisória, através dos documentos
- comprovativos de pagamento;
• a verificação do cálculo da estimativa do valor da liquidação provisória e do im-
posto sobre os lucros.
Capítulo 3 193

34.2- Imposto de produção e consumo

Esta conta destina-se a registar as situações decorrentes da aplicação do Regula-


mento do Imposto de Consumo (RIC), emitido pelo Decreto n. 0 41/99, alterado pelo
Decreto n. 0 29/02, de 21 de Maio, e Decreto Legislativo Presidencial n. 0 7/11 de 30 de
Dezembro.

Contabilização

Pela entrega ao Estado do imposto cobrado, pú Pelo.imposto sobre a produção e consurnocóbrado


crédito da .conta 43 ~·Depósitos à ordem ou nas facturas ou documentos éqüivalerites emitidos
45- Caixa. pela .empresa por débi.to da oontél31-: Cliftnte.s óu da
·conta 37- Outros valores areceber e a pagar.

34.3 - Imposto de rendimento de trabalho

:•.

"Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar o imposto deduzido aos empregados
pelo rendimento do seu trabalho, apurado aquando do processamento de salários.
Esta conta será saldada por contrapartida de meios monetários aquando do respectivo paga-
mento ao Estado." (Notas explicativas)
.... ·. . . • . ,... ...
. :····.
' ..

Nesta conta registam-se as situações decorrentes da aplicação do Código do


Imposto sobre os Rendimentos de Trabalho (CIRT), aprovado pela Lei n. 0 18/14, de 22
de Outubro.

A entidade responsável pelo pagamento efectua a retenção do imposto nos termos


definidos no art. o 10. o deste código.

Os rendimentos do trabalho dividem-se em três grupos (art. 0 3. 0 ):


• grupo A- que reúne as remunerações atribuídas ou pagas pela entidade patronal,
ao abrigo de vínculo laboral celebrado nos termos da Lei Geral do Trabalho, bem
como os rendimentos dos trabalhadores enquadrados no regime da função
pública;
• grupo 8 - que inclui as remunerações auferidas pelos trabalhadores por conta
própria, como honorários, avenças, etc., resultantes de .actividades constante"s
da lista de profissões anexa ao CIRT, bem como os rendimentos auferidos pelos
titulares de cargos de gerência ou administração ou outros órgãos sociais de
sociedades;
• grupo C - que compreende todas as remunerações auferidas pelo desempenho
de actividades industriais e comerciais, conforme disposto na Tabela de Lucros
Mínimos.

PLAPGC_13
194 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

34~3 -. ·hnpqs~o de r~lldiment() de trabalho

Pela entrega· ao Estado dos valores· retidos, por crédito Pelo valor de imposto retido aquando do pagamento
da conta43- Depósitos à ordem ou 45- Caixa. · do rendimento, por débito da conta 72- Custos com o
pessoa/ou da conta 75.2.3.4 - Outros custos e
perdas operacionais, Fornecimentos e derviços de
terceiros, Honorários e avenças.

(Ver -explicação do processamento de salários na conta 36 - Pessoal)

Considerações fiscais

Relativamente aos rendimentos do Grupo A, a matéria colectável incide sobre a totali-


dade dos rendimentos mensais sujeitos a IRT, sobre os quais incidem taxas progressivas
até 17%, conforme tabela anexa (art. 0 16. 0 do CIRT), sendo a retenção na fonte efectuada a
título definitivo pela entidade patronal no momento do pagamento da remuneração.

Relativamente aos rendimentos do Grupo 8, a matéria colectável é determinada nos


termos do art.o 8. 0 do CIRT, sobre a qual incide uma taxa de 15%. Se os rendimentos
são atribuídos por pessoas colectivas ou singulares, com contabilidade organizada há
retenção na fonte sobre 70% da remuneração, à taxa de 15% (art. 0 16 do CIRT).

Relativamente aos rendimentos do Grupo C, a matéria colectável é determinada nos


termos do art. o 9. o do CIRT. Se os rendimentos são pagos por pessoas colectivas ou
singulares, com contabilidade organizada, há retenção na fonte sobre o valor dos servi-
ços prestados, à taxa de 6,5% (art. 0 16. 0 do CIRT).

Considerações de auditoria

Verificação dos valores processados e do respectivo pagamento.

34.4- Imposto de circulação

Nesta conta regista-se o valor do imposto de circulação dos veículos pertencentes à


empresa.

Contabilização

34.5 - Contribuições para a Segurança Social*

Esta conta pode ser criada para registar todos os movimentos relacionados com as
contribuições para a Segurança Social, respeitantes:

• às retenções efectuadas aos funcionários da entidade, pela parte da sua contribuição;


• aos valores de contribuição a cargo da entidade patronal.

* Esta conta é sugerida pela autora. podendo ser utilizada para o mesmo efeito uma subconta da conta 34.9- Outros
impostos.
Capítulo 3 195

Contabilização

Pela entrega ao· Estado· do valor das contribuições, Pela retenção efetuada aos funcionários referente à
pc)r crédito da conta 43 - Depósitos à ord~m ou· S~gurançaSo-ci~l,pordêbitoda conta 72.1;; Custos
45-: Caixa. ~or.n -opes~9al; .RemJ;n~ra9qes - órgãos sooiais ou
72~2 c:C«sros.coín.opessoq/, Remunerações
-·Pessoal.
Pelas contribuições da empresa pata a Segurança
Soêíal, por débito da conta 72.5- Custos com o
pessoal, Encargos sobre remunerações.

(Ver explicação do processamento de salários na conta 36 - Pessoal)

Considerações fiscais

De acordo com o Regime Jurídico de Vinculação e de Contribuição de Protecção So-


cial Obrigatória, publicado pelo Decreto n. 0 38/08, de 19 de Junho, compete à entidade
empregadora proceder ao pagamento das contribuições devidas à entidade gestora da
Protecção Social Obrigatória, incluindo a parcela a cargo do trabalhador (art. 0 13. 0 ).

Para os trabalhadores por conta de outrem, de acordo com o n. 0 3 do art. 0 15. 0 do


mesmo Regime, a taxa contributiva é fixada em 3% para o trabalhador e em 8% para a
entidade empregadora.

Para os trabalhadores por conta própria, de acordo com o art. 0 10. 0 do Regime dos
Trabalhadores por Conta Própria, publicado pelo Decreto n. 0 42/08, de 3 de Julho, a
taxa contributiva é de 8%, sendo de 11% se optar pelo esquema alargado de prestações
sociais.

Considerações de auditoria

Verificação dos valores processados e do respectivo pagamento.

34.8 - Subsídios a preços

"Esta conta, de natureza devedora, destina-se a registar o complemento a receber do Estado,


resultante do diferencial entre o preço de venda estabelecido pela empresa e o preço de venda
ao público.
O débito deverá ser efectuado por contrapartida da conta 61.5 -Subsídios a preços. Esta conta
será saldada por contrapartida de meios monetários aquando do respectivo." (Notas explicativas)

"Os subsídios só devem ser reconhecidos após existir segurança de que:


• A empresa cumprirá as condições a ela associadas e os subsídios serão efectivamente
recebidos.
Contudo, o recebimento do subsídio, por si só, não prova que, de facto, as condições do subsídio
foram ou irão ser cumpridas.

(continua)
196 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

O rédito proveniente de subsídios deve ser reconhecido durante os períodos necessários para
os balancear com os custos relacionados que se pretende que eles compensem, numa base sis-
temática.
Por esta razão, o rédito proveniente de subsídios deve ser reconhecido pela sua totalidade, no
exercício em que se torne recebível no caso dos subsídios:
• Se destinarem a investimentos em activos não amortizáveis.
• Revestirem a forma de uma doação de um activo não amortizável.
• Se destinarem a compensar custos ou perdas incorridos em períodos contabilísticos
anteriores.
• Se destinarem a dar imediato apoio financeiro à empresa sem quaisquer custos actuais ou
futuros relacionados." (Políticas contabilísticas)

Contabilização

Pelo valor fi receber do Estado pelo subsídio ·atribuído, Pelo valor recebido do Estado, por débito da conta
por crédito da conta 61.5 -Vendas, Subsidias à·preços. 43 - Depósitos à ordem.

34.9 - Outros impostos

Esta conta movimenta-se pelas relações com o Estado e outras entidades públicas,
referentes a impostos ou taxas, não enquadráveis nas restantes subcontas da conta 34.

35 - Entidades participantes e participadas


Incluem-se nesta conta as operações relativas às relações com os titulares do capi-
tal da entidade (participantes) e com as entidades das quais a empresa detém capital
(participadas). Excluem-se as operações que respeitem a transacções correntes e a
transacções de imobilizado.

A designação "accionistas" aplica-se aos detentores de partes de capital (acções}


de sociedades anónimas. A designação "sócios" é utilizada para os detentores de par-
tes de capital dos outros tipos de sociedades.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


35.1 - Entidades participantes
35.1.1- Estado
35.1.2 - Empresas do grupo- subsidiárias
35.1.3- Empresas do grupo- associadas
35.i.4- Outros
35.2 - Entidades participadas
35.2.1 - Estado
35.2.2 - Empresas do grupo- subsidiárias
35.2.3- Empresas do grupo- associadas
Ver explicação sobre as ligações entre empresas na conta 13 - Investimentos financeiros.
Capítulo 3 197

35.1.1.1, 35.1.2.1, 35.1.3.1, 35.1.4.1 - Entidades participantes - conta subscrição

"Estas contas, de natureza devedora, destinam-se a registar, por contrapartida da conta


51- Capital, as subscrições de capital efectuadas por terceiros. Estas contas serão saldadas,
por contrapartida de meios monetários, aquando do recebimento dos valores em dívida." (Notas
Explicativas)

Ver explicação na conta 51 - Capital.

35.1.1.2, 35.1.2.2, 35.1.3.2, 35.1.4.2 - Entidades participantes - conta adianta-


mentos sobre lucros

"Estas contas, de natureza devedora, destinam-se a registar, por contrapartida de meios mo-
netários, as entregas efectuadas por conta de lucros futuros. Estas contas serão saldadas por
contrapartida das contas Entidades participantes - conta I lucros, aquando da atribuição efec-
tiva dos lucros." (Notas Explicativas)

Ver explicação na conta 89- Dividendos antecipados.

35.1.1.3, 35.1.2.3, 35.1.3.3, 35.1.4.3 - Entidades particípantes - conta lucros

"Estas contas, de natureza credora, destina1n-se a registar, por contrapartida da conta 81


-Resultados transitados, a atribuição de lucros decidida em Assembleia-Geral de sócios/accio-
nistas. Estas contas serão saldadas da seguinte forma:
• Por contrapartida das contas Entidades participantes- conta adiantam.entos, pela parte
que haja sido adiantada.
• Por contrapartida de meios monetários, pela parte remanescente." (Notas Explicativas)

Ver explicação na conta 81 -Resultados transitados.

35.1.1.4, 35.1.2.4, 35.1.3.4, 35.1.4.4 - Entidades participantes - empréstimos

Esta conta engloba todos os empréstimos concedidos às entidades participantes e


obtidos das entidades participantes. Deve ser feita uma subdivisão desta conta par.a
reflectir separadamente os empréstimos concedidos e os empréstimos obtidos.

No Balanço, o valor a receber de empréstimos concedidos a Entidades participantes


num prazo superior a um a'no deve ser evidenciado em Activos não correntes, em Outros
activos não correntes e cqntas a receber. O valor a receber a curto prazo deve ser evi-
denciado nos Activos correntes, em Contas a receber.

No Balanço, _o valor a pagar de empréstimos obtidos de Entidades participantes num


prazo superior a um ano deve ser evidenciado em Passivo não corrente, em Outros pas-
sivos não correntes. O valor a pagar a curto prazo deve ser evidenciado no Passivo
corrente, em Contas a pagar.
198 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Contabilização

Empréstimos concedidos

. . "' .'-

P~í9v~lorê~prestaclo. ã.•~ntr.da.~e·· participante,.· por Pêlo válorrecebido da entidade participante a


crédito da contá 43 - Depô$itos ·à ordem. reembolsar o empréstimo, por débito da conta
43- Depósitos à ordem.

Empréstimos obtidos - lançamentos opostos aos empréstimos concedidos.

Ver explicação adicional na conta 33 - Empréstimos.

35.2.1.1, 35.2.2.1, 35.2.3.1, 35.2.4.1 - Entidades participadas - conta subscrição

"Estas contas, de natureza credora, destinam-se a registar, por contrapartida de Investimen-


tos· Financeiros, as subscrições de capital efectuadas em outras empresas. Estas contas serão
saldadas, por contrapartida de meios monetários, aquando do pagamento dos valores em dí-
vida." (Notas Explicativas)

Ver explicação na conta 13- Investimentos financeiros sobre o reconhecimento inicial de investimentos financeiros.

35.2.1.2, 35.2.2.2, 35.2.3.2, 35.2.4.2 - Entidades participadas - conta adianta-


mentos sobre lucros

"Estas contas, de natureza credora, destinam-se a registar, por contrapartida de meios n1one-
tários, as entregas recebidas por conta de lucros futuros. Estas contas serão saldadas, por
contrapartida das contas Entidades participadas- conta lucros, aquando da atribuição efec-
tiva dos lucros." (Notas Explicativas)

35.2.1.3, 35.2.2.3, 35.2.3.3, 35.2.4.3 - Entidades participadas - conta lucros

"Estas contas, de natureza devedora, destinam-se a registar, por contrapartida de proveitos


financeiros, a atribuição de lucros decidida em Assembleia-Geral de sócios/accionistas das
participadas.
Estas contas serão saldadas da seguinte forma:
• Por contrapartida das contas Entidades participadas - conta adiantamentos, pela parte
que haja sido recebida adiantadamente.
í
• Por contrapartida de m€lios monetários, aquando do recebimento da parte remanescente."
(Notas Explicativas)

Ver explicação na conta 13 - Investimentos financeiros sobre a contabilização de rendimentos de investimentos


financeiros.
Capitulo 3 199

35.2.1.4, 35.2.2.4, 35.2.3.4, 35.2.4.4 - Entidades participadas - empréstimos

Esta conta engloba todos os empréstimos concedidos às entidades participadas e


obtidos das entidades participadas. Todavia, no que respeita a empréstimos concedidos
a médio e longo prazo a entidades participadas, dado que a conta 13 - Investimentos
Financeiros prevê subcontas para empréstimos a entidades participadas (13.1.3,
13.2.3, 13.3.3), deduz-se que este tipo de empréstimos não se inclua no âmbito das
subcsmtás da conta 35.2 - Entidades participadas relativas a Empréstimos.

Assim, esta conta deve incluir:


• os empréstimos obtidos de todas as entidades participadas,
• empréstimos concedidos a curto prazo a todas as entidades participadas,
• empréstimos concedidos a médio e longo prazo a entidades participadas que
· sejam cons-fderádas Estado.

Deve ser feita uma subdivisão desta conta para reflectir separadamente os emprés-
timos concedidos e os empréstimos obtidos.

Contabilização e evidenciação do Balanço idênticas à conta 35.1.XX.4 - Entidades


participantes, Empréstimos.

36- Pessoal
Esta conta engloba as operações relativas ao pessoal e abrange as que se reportam
aos órgãos sociais, entendendo-se que estes são constituídos pela mesa da assembleia
geral, administração/gerência, fiscalização ou outros corpos com funções equiparadas.

36.1 - Pessoal - remunerações

"Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar e controlar o processamento e paga-


mento das remunerações a órgãos sociais e ao pessoal.
Esta conta registará a crédito, por contrapartida de custos, os valores líquidos a pagar resul-
tantes do processamento de salários e será saldada da següinte forma:
Por contrapartida da conta 36.3 -Pessoal- adiantamentos, pela parte que haja sido adiantada.
Por contrapartida de meios monetários, aquando do pagamento na parte remanescente."
(Notas explicativas)

Contabilização

Apresenta-se, de seguida, um resumo da contabilização do processamento de salários.

o.pr()c~~sa.ine_ntô d~ sarátiôs.~Jvldé~sfJ êrô3 taá~~:


:.·.·:· .·. ·::.. :.· - '~::-·.:·. ··... ·;.:·;· .···,--;~:··, .: .....-•...•'\;~~--!-:_.:-':'', ·•..•_··,._.·:·.:,.·,, .:·.:;.·:.'::··t-:•:. :.. :

1) R~~Çe$sam~nto ·das. •. rernuQ~r!içôes,_d7ntr-9··•qomês. a··q~e. r~.sl>~itarn•:.


.Pebíta 72.1 ~ Cvstos:çomp~~SO:éJI,B~{n.LJ.oeraç~es _:.Qrgã.p~·$Ociais·.
Debita 72.2.~. Ct~?tos GOffhf)~$5JQai,Ji~ff!un~r~f}i1es?-JJ~~~,.'., ·.. ·.•.... __ ·. > •.
Ctedita 36.1.1 '-Pessoa/.;.. remunerações, Órgãos sociais {Vencimento ffqúido) ';

(continua)
200 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

Créditâ ~6.1.2.,. Pessoal~ remunerações, Empregados (vencimento líquido)


crêdJta 34~3 ~JrnPQ~:O de rendimento de trabalho (imposto" sobre rendimento retido)
ê;~âíi~'"' $4.5 ~cpp.triqyiçpespara a ~equrança Social* (contribuições da parte dos trabalhadores retidas)
·cré~}~~ ~6.3;-Pe~$àf3I.,:a~diéJI1tamerftos(sebouver)
2} Pr~c~~a~~nto~o~. ehfargp~····~at~o.9ais
Detiítá ··: 72:5..f_;cgsto;com pessoai,EnCargos sobrere~Uile~ações, Órgãos sociais
Deb!r~· 72.;9;2 7PP~t9·~ çam fesscial~ Encafgos sobre remuneraçõ~s, Pessoal
Çredita 3.4,5 ~ Contrit)vições para a Segurança Social* (contribuições da parte da empresa)
3) Pagamentos
Aos Órgãos sociais e ao Pessoal:
Debita 36.1.1 - Pesso9l ._ refJ1une_rações, órg~ns sociais (vencimento líquido)
Debita 36.1.2- Pessoal-: remunerações, Empregados (vencimento líquido)
Credita 43 - Depósitos à ordem ou 45 - Caixa
A outras entidades:
Debita 34.3 -Imposto de rendimento de trabalho (imposto sobre rendimento retido)
Debita 34.5- Contribuições para a Segurança Social* (contribuições da parte dos trabalhadores
retidas e da parte da empresa)
CréCiita · 43 - Depósitos à otdem ou 45 - Caixa
* Conta sugerida pela autora

Exemplo prático - Processament«j) de salários

Informações (em Kz):


órgãos sociais Pessoal Total
Valor ilíquido das remunerações 150 000 400 000 550 000
Deduções por conta do empregado
Imposto de rendimento de trabalho 8 600 14000 22 600
Segurança Soc.ial (3%) 4500 12 000 16 500
Encargos por conta dà empresa
SeguranÇaSoc.iªl {$%) · 12.000 32 000 44000
Adiantamentos pagos 500 500

1.0 Processamento das remunerações


Debita 12.1...:: CU'sto·s :com pessõar, Remunerações 2 órgãos sociaís ............. 150 ooo Kz .\
Debita 72.2- Custos 'Cóm pessoal, Remunerações- pessoal ...................... 400 000 Kz
Credita 36.1.1- PessoaL- remLmerações, Órgãos sociais (a) ........................ 136 900 Kz .
. I

Credita 36.1.2 .:. . Pessoal/~ remunerações, Empregados (b) ............................ 373 500 Kz
I
Credita 34;3 --lmpo~t{) ~e rendimento d~ trapalho. ···~·."'h·································· 22 600 Kz
Credita 34.5- Contribuições para a Segurança Social* ............. ; ..................... 16 500 Kz
Credita 36.3 ~··ressÔaT~ adiantamentos ·········~·········~········································· 500 Kz
(a) 150 000 - 8 600 - 4 500 = 136 90()
(b) 400 000 ..,. 14 000 - 12 000 ~ 500 ::::; 373 5<:>0

(continua)
Capítulo 3 201

(continuação}

2. 0 Processamento dos encargos


Debita 72.5.1- Custos com pessoal, Encargos sobre remunerações,
Órgãos sociais .......................,. .......................................................... 12 000 Kz
Debita 72.5.2 -Custos com pessoal, Encargos sobre remunerações,
Pessoal ................................................................................................ . 32 000 Kz
_

Cred1ta 34.5- Contribuições para a Segurança Social* (contribuições


....................... 44 000 Kz
da parte da empresa) .................................................._

3. o Pagamentos
Aos órgão sociais e ao Pessoal
Debita 36.1.1 -Pessoal--:- remunerações, órgãos sociais ............................. 136 900 Kz
Debita 36.1.2- Pessoal- remunerações, Empregados ............................. ; .. 373·500 Kz
Credita 43- Depósitos â ordem ou 45- Caixa ............................................. 510 400 Kz

A outras entidades
Debita 34.3 - Imposto de rendimento de trabalho ......................................... 22 600 Kz
Debita 34.5- Contribuições para a Segurança Social* .................................. 60 500 Kz
Credita 43 - Depósitos à ordem ou 45 - Caixa ............................................... 83 100 ~
* Conta sugerida pela autora

Considerações de auditoria
• Para cada trabalhador, a empresa deve possuir um processo individual e uma ficha
individual:
- O processo individual deve conter os documentos que conduziram à admissão
do trabalhador, fotocópia dos documentos de identificação, comprovativos de
habilitações académicas e profissionais, e toda a correspondência emitida para
o trabalhador;
-A ficha individual deve estar permanentemente atualizada com nome, morada,
fotografia, filiação, naturalidade, estado civil, agregado familiar, habilitações aca-
démicas e profissionais, dados do documento de identificação, ordenado-base,
prémios, histórico do ordenado, etc.
• A empresa deve controlar a hora de entrada/saída através de livro de pontojre-
~isto eletrónico.

• A secçã~ de pessoal dev~ elaborar a folha de remunerações, com base no registo


de horas trabalhada$ e de acordo com a legislação laboral e com as leis e regula-
mentos da empresa::
I

• A folha de remunerações deve ser aprovada pelo responsável da secção de pes-


soal e por outro responsável independente desta secção (por exemplo, o director
financeiro-, o qual pode solicitar 5 recibos aleatoriamente para verificação).
• Os pagamentos devem ser efetuados por transferência bancária (através de uma
conta criada para o efeito} ou através de cheques (todavia, esta opção dificulta a
reconciliação bancária).
202 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

• No caso de ser imperioso pagar em dinheiro, o tesoureiro (caixa) responsávei


pelos valores em caixa deve efectuar os pagamentos contra a assinatura do res-
petivo recibo.
• Para grandes empresas (com mais de 100 trabalhadores), deve-se proceder, perio-
dicamente, a inspeções físicas do pessoal por amostragem e comparar com o
pessoal constante das folhas de vencimento.

36.2 - Pessoal - participação nos resultados

"Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar e controlar os resultados atribuídos a ór-
gãos sociais e ao pessoal que tenha1n sido deliberados em Assembleia-Geral de sócios/accionistas.
Esta conta registará a crédito, por contrapartida da conta 81 -Resultados transitados, os va-
lores líquidos a pagar e serão sal_dadas por contrapartida de meios monetários, aquando do
pagamento." (Notas explicativas)

Contabilização

3â.2:L Pessoâl- pªr.tiêipaçã~ nos resulta(los


. ...... . \." .. - .. -- '

Pelo pagamento dos resultados atribuídos, por crédito Pela atribuição dos resultados a distribuir ao pessoal
da conta 43- Depósitos à ordem ou 45- Caixa. deliberada na Assembleia-Geral de sócios/ accionistas,
por débito da conta 81 - Resultados transitados.

Ver explicação na conta 81 -Resultados transitados.

36.3 - Pessoal - adiantamentos

"Esta conta, de natureza devedora, destina-se a registar e controlar os vales de empregados


relativos a adiantamentos efectuados a empregados por conta de remunerações futuras.
Esta conta registará a débito, por contrapartida de meios monetários, os adiantamentos efec-
tuados e será saldada por contrapartida da conta Pessoal - Remunerações, após o registo do
respectivo processamento de salários." (Notas explicativas)

Contabilização

· &ontà;;:·

'·ff~l,~rf,~!1!f~l\~~~;;s~~;:,a
Considerações de auditoria

A empresa deve ter definidas regras de concessão de adiantamentos ou "vales"


sobre ordenados, assim como, as autorizações necessárias.
Capítulo 3 203

36.9 - Pessoal - outros

Nesta conta registam-se as operações com órgãos sociais e pessoal que não se
enquadrem nas contas anteriores.

37 - Outros valores a receber e a pagar


Nesta conta registam-se todos os débitos e créditos relativos a operações com
terceiros que não se enquadrem nas restantes contas da classe 3 - Terceiros.

Esta é uma conta mista, de âmbito alargado, que integra subcontas de natureza
activa e subcontas de natureza passiva.

Esta conta está subdividida no Có~igo de Contas do PGC em:


37.1- Compras de imobilizado
37.2 -Vendas de imobilizado
37.3- Proveitos a facturar
37.4- Encargos a repartir por períodos futuros
37.5- Encargos a pagar
37.6 - Proveitos a repartir por períodos futuros
37.7 - Contas transitórias
37.9- Outros valores a receber e a pagar

37.1 - Compras de imobilizado

"Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar as dívidas para com terceiros resultan-
tes de compras de imobilizado.
Esta conta registará a crédito, por contrapartida das respectivas contas de imobilizado, os
valores em dívida e será saldada por contrapartida de IDE}Íos monetários aquando do paga-
mento." (Notas Explicativas)

Esta conta subdivide-se em 37 .1.1 - Compras de imobilizado, Corpóreo, 37.1.2 -


e 37 .1.3- Compras de imobilizado, Financeiro.
Compras de imobilizado, Incorpóreo

Contabilização

(continua)
204 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

• 14.7 -Adiantamentos por conta de imobilizado


corpóreo
• 14.8 ~Adiantamentos por conta de}mobi!ízad.o
íncwpóreo ...---·
• 14,9 "'Adiantamentos por contá de investimentos
· tiáanceiros ·
Pelos descontos de proti~O:J)~gáh1.ent0 obtidos na
aquisiçijo·cíe . irnQIJilizado,pórçrédito na·conta
e
66.3- Proveitos ganhos Onªnceiros gerais1
Descontos de Piêmto pagaifú=Jnto Obtidos.

37.2- Vendas de imobilizado

"Esta conta, de natureza devedora, destina-se a registar as dívidas de terceiros resultantes de


vendas de imobilizado.
Estas contas registarão a débito, por contrapartida das contas de resultados respectivas, os
valores facturados e serão saldadas por contrapartida de meios monetários aquando do rece-
bimento." (Notas Explicativas)

Esta conta subdivide-se em 37.2.1 - Vendas de imobilizado, Corpóreo, 37.2.2 -


Vendas de imobilizado, Incorpóreo e 37 .2.3- Vendas de imobilizado, Financeiro.

Contabilização

Pelo valor de venda de imobilizações corpóreas ou Pelo recebimento do valor da venda do imobilizado,
incorpóreas, por crédito da conta 68.3.1 - Ganhos em por débito da contaA3 - Depósitos à ordem ou
45 -Caixa.
:l~*;~{jtJ"fJ,R~ÍJ~fift,~if.ú~. O'.f?elq~f,· q~ntg~;dft:i:tf.qp~d pa~[n~tit.o Çonc~ôidos

o ~~~~:~f!~~f~I{~~~~fbtos e
);.~dt~ctiRI-tnP~~J~:%t/lfmg~{iígt:t~~:' o

(Ver explicações na conta 11 -/mobi/ízações corpóreas, relativas a alienações e retiradas de imobinzado)

37.3 - Proveitos a facturar

"Esta conta, de natureza devedora, serve de contrapartida aos proveitos a reconhecer no pró-
prio exercício, para os quais ainda não tenha sido emitida a respectiva documentação vincula-
tiva, por forma a-dar cumprimento ao princípio da especialização dos exercícios.
No exercício seguinte, esta conta deverá ser saldada por contrapartida da respectiva conta de
Terceiros após ter sido emitida a respectiva documentação vinculativa." (Notas Explicativas)
Capítulo 3 205

Esta conta é debitada quando o proveito ocorre num exercício anterior ao exercício
da respectiva receita (direito de receber).

Esta conta subdivide-se em 37 .3.1 ~Proveitos a facturar, Vendas, 37 .3.2 ~Proveitos


a facturar, Prestações de serviços, 37 .3.3 ~Proveitos a facturar, Juros.

Quando a empresa não tem documentação vinculativa que suporte o valor dos pro-
veitos a registar no exercício, deve realizar estimativas razoáveis com base nas informa-
ções que possui {por exemplo, estimativa de juros a receber de depósitos a prazo que
devem ser registados em rendimentos do exercício pelo período em que o dinheiro es-
teve depositado nesse ano, cujo valor se vence no exercício seguinte).

Esta conta apresenta sempre um saldo devedor ou nulo.

Contabilização

Pelo valor dos acréscimos de proveitos, por crédito da Pela regularização do valor, no exercício em que ocorre a
conta específica do proveito. receita, por débito da'.respéctivaconta de terceiros, da
conta 43 -: Depósitos à ordem, ou da conta 45 - Caixa.

Ou seja,
No ano N
• Debita 3 7.3 ~ Proveitos a facturar
• Credita 6 ~Proveitos e ganhos por natureza

No ano N+1
• Debita 3- Terceiros, ou 43--- Depósitos à ordem, ou 45- Caixa
• Credita 37.3 - Proveitos a facturar

Considerações de auditoria

O valor desta conta deve ser verificado de modo rigoroso. A sua análise deve incidir
sobre a razoabilidade das estimativas realizadas, sobre os cáÍculos realizados e sobre
os documentos associados.

37.4 - Encargos a repartir por períodos futuros

"Esta conta, de natureza devedora, destina-se a registar os custos que devam ser reconhecidos I
apenas no ou nos exercícios seguintes, por forma a dar cumprimento ao princípio da especiali-
zação dos exercícios.
No exercício ou exercícios em que os encargos deva1n ser reconhecidos como custos, esta conta
deverá ser creditada por contrapartida da conta de custos apropriada.
Para um maior controlo dos movimentos a incluir nesta conta, poderão ser abertas duas sub-
contas, uma de natureza devedora e outra de natureza credora, destinadas a controlar, respec-
tivamente, o valor inicial diferido e o total do valor já transferido para resultados em exercí-
cios subsequentes. Neste caso, no final de cada ano, o total dos encargos a repartir por
exercícios futuros é dado pelo saldo líquido das subcontas utilizadas." (Notas Explicativas)
206 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exernplos práticos

Esta conta é debitada quando a despesa (obrigação de pagar) ocorre num exerdcio
anterior ao exercício em que ocorre o custo.

Esta conta apresenta sempre um saldo devedor ou nulo.

Contabilização

Pelo valor dos encargos a repart,irporperíodos fut~ros, Pela regularização do valor, no exercício em que ocorre
por credito da respectiva cónta de terceiros, da conta o custo, por débito da respectiva conta de custos.
43 - Depósitos à ordem, ou da conta- 45 ~ Caixa.

Ou seja,

No ano N
• Debita 37.4 - Encargos a repartir por períodos futuros
• Credita 3 -Terceiros, ou 43- Depósitos à ordem, ou 45- Caixa

No ano N+1, ejou seguintes


• Debita 7 - Custos e perdas por natureza
• Credita 37.4- Encargos a repartir por períodos futuros

(Ver exemplo prático sobre a contabilização de seguros na conta 75.2.22- Seguros)

37.4.1/2 - Encargos a repartir por períodos futuros, Descontos de emissão de obrigações/


títulos de participação

Estas duas subcontas movimentam-se a débito quando os respectivos empréstimos


são emitidos por um valor inferior ao valor nominal (abaixo do par), no momento da emis-
são do empréstimo, sendo creditadas ao lorigo da vida dos empréstimos.

Contabilização

*'n:q~Jlliinf~~'~fé~~§W.m~~~:.~mt&fé~t~rnú J>.ói•.l)firlgações
:x)h-:ppt:f.ítQiqtd.~-B~t'tigipa,9~p;·~ro:p9.~Ionai~Y:nte ao

~~~J§;c~i~3~~f~l~~j~;~~~Z~it~;sCustos
(Ver explicação da contabilização dos empréstimos obrigacionistas na conta 33.2 -·Empréstimos por obrigações).

Considerações ~e auditoria

O valor desta conta deve ser verificado de modo rigoroso. A sua análise deve incidir
sobre a razoabilidade das estimativas realizadas, sobre os cálculos realizados e sobre
os documentos associados.
Capítulo 3 207

37.5- Encargos a pagar

"Esta conta, de natureza credora, serve de contrapartida aos custos a reconhecer no próprio
exercício, para os quais ainda não tenha sido recebida a respectiva documentação vinculativa,
por forma a dar cumprimento ao princípio da especialização dos exercícios.
No exercício seguinte esta conta deverá ser saldada por contrapartida da respectiva conta de
ter,ceiros após ter sido recebida a respectiva documentação vinculativa." (Notas Explicativas)

Esta conta é creditada quando o custo ocorre num exercício anterior àquele em que
ocorre a despesa (obrigação de pagar).

Esta conta subdivide~se em 37 .5.~ ~,-~(lfél_(gos a_ pagé;lr., Remunceraç~es, ,~ 37.5_;2 .-::


Encargos a paga0 Juros.

Quando a empresa não tem documentação vinculativa que suporte o valor dos cus-
tos a registar no exercício, deve realizar estimativas razoáveis com base nas informa-
ções que possui (por exemplo, estimativa de juros a pagar de empréstimos obtidos, que
devem ser registados em custos do exercício pelo período referente ao empréstimo
desse ano, cujo valor se vence no exercício seguinte).

Esta conta apresenta sempre um saldo credor ou nulo.

Contabilização

Pela regularização do valor, no exercício em que ocorre Pelo valor do custo a registar no exercício, por débito
a despesa, por crédito da respectiva conta de terc~iros, da respectiva conta de custos.
da conta 43- Depósitos à ordem, ou da conta
45- Caixa.

Ou seja,

No ano N
• Debita 7 - Custos e perdas por natureza
• Credita 37.5- Encargos a pagar

No ano N+1
• Debita 37.5 - Encargos a pagar
• Credita 3- Terceiros, ou 43- Depósitos à ordem, ou 45- Caixa

37.5.1- Encargos a pagar- Remunerações

"Esta conta destina-s~ a reconhecer, entre outros, os custos com férias do pessoal (e respecti- _,
vos encargos fiscais) devidos por motivo de férias, cujo processamento e pagamento só ocorra
no ano seguinte." (Notas explicativas)

De acordo com o art. 0 135. 0 da Lei Geral do Trabalho de Angola- Lei n. 0 2/00, de 11
de Fevereiro, os trabalhadores têm direito, em cada ano civil, a um período de férias.
208 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Esse direito reporta-se ao trabalho prestado no ano civil anterior e vence no dia 1 qe
Janeiro de cada ano (salvo no que respeita às férias reportadas ao ano de admissão ao
trabalho, em que o direito se vence no dia 1 de Julho). A alínea a) do n. 0 1 do art. 0 165. 0
da mesma lei estabelece a obrigatoriedade de pagar uma gratificação de férias equiva-
lente a 50% do salário-base.

Consequentemente, no final do ano, a empresa deve apurar os valores a pagar no


ano seguinte (considerando a evolução salarial) relativos às férias e ao subsídio de fé-
rias correspondentes ao exercício corrente.

Contabilização

Pela regÜiarização do valor no exercício seguinte, no Pelos encargos relativos ao mês de férias e gratificação
qual é pago o valor do -mês de/ férias e da gratificação
... .......... .
(subsídio) de férias do exercício, a liquidar no exercício
(subsídio)-dfférias; por creditó.tf(l5 seguintes contas: seguinte, por~êbiJo das seguintes contas:
• ·36.i.1- ~ P~ssoal-rem~netações, t5igâos §ocfais · • 72.1 ·- Custos com pessoal, Remunerações -
• 36;1.2- Pessoal-rel7wrieiáçôés, Empregados órgãos sociais
• 34.3 -Imposto de rendimento de trabalho • 72.2- Custos com pessoal, Remunerações-
pessoal
• 34.5- Contribuições para a Segurança Social*
• 72.5- Encargos sobre remunerações

* Conta sugerida pela autora (ver explicação da conta 34.5 - Contribuições para a Segurança Social)

Considerações de auditoria

O valor desta conta deve ser verificado de modo rigoroso. A sua análise deve incidir
sobre a razoabilidade das estimativas realizadas, sobre os cálculos realizados e sobre
os documentos associados.

37.6- Proveitos a repartir por períodos futuros

"Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar os proveitos que devam ser reconheci-
dos apenas no ou nos exercícios seguintes, por forma a dar cumprimento ao princípio da espe-
cialização dos exercícios.
No exercício .ou exercícios em que devam ser reconhecidos como proveitos, esta conta deverá
ser debitada por contrapartida da conta de proveitos apropriada.
Para um maior controlo dos movimentos a incluir nesta conta, poderão ser abertas duÇLs sub-
contas, uma de natureza credora e outra de natureza devedora, destinadas a controlar, respec-
tivamente, o valor inicial diferido e o total do valor já transferido para resultados em exercí-.
cios subsequentes. Neste caso, no final de cada ano, o total dos proveitos a repartir por
exercícios futuros é dado pela; saldo líquido das subcontas utilizadas." (Notas Explicativas)

Est~~conta é creditada quando a receita (direito a receber) ocorre num exercício an-
terior ao exercrcio em que ocorre o proveito.

Esta conta subdivide-se em 37.6.1 -Proveitos a repartir por períodos futuros, Pré-
mios de emissão de obrigações, 37 .6.2 - Proveitos a repartir por períodos futuros,
Capítulo 3 209

Prémios de emissão de títulos de participação, 37 .6.3 -Proveitos a repartir por períodos


futuros, Subsídios ao investimento e 37 .6.4 - Proveitos a repartir por períodos futuros,
Diferenças de câmbio favoráveis reversíveis.

Esta conta apresenta sempre um saldo credor ou nulo.

Contabilização

Pela regularização do proveito no ano a que este Pelo va)or da receita, no exercício em que esta ocorre,
respeita, por crédito da conta específica do proveito. por débito da respectiva conta de terceiros, da conta
43- Depósitos à ordem; óu da conta 45- Caixa.

OT!--séja~ .....

No ano N
• Debita 3- Terceiros, ou 43- Depósitos à ordem, ou 45- Caixa
• Credita 37.6- Proveitos a repartir por períodos futuros

No ano N+1 ejou seguintes


• Debita 37.6 - Proveitos a repartir por períodos futuros
• Credita 6 - Proveitos e ganhos por natureza

37.6.1/2- Proveitos a repartir por períodos futuros, Prémios de emissão de obrigações/


títulos de participação

Estas contas movimentam-se a crédito quando os respectivos empréstimos são emi-


tidos por um valor superior ao valor nominal {acima do par), no momento da emissão do
empréstimo, sendo debitadas ao longo da vida dos empréstimos. (Ver explicação da contabili-
zação dos empréstimos obrigacionistas na conta 33.2- Empréstimos por obrigações).

Contabilização

37.6.3 - Proveitos a repartir por períodos futuros, Subsídios para investimento

"Devem ser registados nesta conta os subsídios a fundo perdido destinados a financiar imobi-
lizações amortizáveis. A quota-parte dos subsídios a transferir para proveitos (conta 63.4 ~
Subsídios ii investimento) em cada exercício deverá ser apurada na mesma base da determi-
nação das amortizações do imobilizado a que os subsídios se referem, por forma a cumprir com
o princípio de balanceamento de custos e proveitos." (Notas Explicativas)

PLAPGC_14
210 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Contabilização

· ···:a1~~~á.:; ·P.rovtdfôs••ª· ret1~~it ptir.períôd9$,ftlt~rós,·Subsídio$;parâ .inv~$1irn~nto · •·


' . . •• •. • . . ·-~>·:·-~' • ..
r . ·. . • .· • : ' .. . .- . ' ' . . . . -• ·. .·· . . . . . :: . .. • • .•.. : . ... - • .. . . ' • ;.; . ,·:

Anualmente, pela proporção idêntica à amortização do Pelo recebimento do subsídio, por débito da conta
bem subsidiado, por crédito da conta 63.4- Outros 43- Depósitos à ordem, ou da conta 45- Caixa.
proveitos operacionais, Subsíáios a investimento.

Para uma melhor compreensão da contabilização dos subsídios ao investimento,


apresenta-se, de seguida, um exemplo.

Exemplo prático - Subsídios a investimento

Uma empresa adquiriu um equipaJnento fabril no valor de 10 000 000,00 Kz, o qual tem uma
vida útil estimadaLJe 5 ànos (taxa de amortização de 20%). Foi-lhe concedido um subsídio ao
investimento no mesm·o ano, no valor de 40% do equipamento.

1) No momento de aquisição do bem e do recebimento do subsídio


Pela aquisição do bem:
Debita 11.3 - Imobilizações corpóreas, Equipamento básico ................... 10 000 000 Kz
Credita 43 - Depósitos à ordem .. . . . .. .. . . . ... . . . . ... . . . .... . . ..... . . ... . . . ... . . . . .. . . .. . ... 10 000 000 Kz

Pelo recebimento do subsídio:


Debita 43 - Depósitos à ordem ............................................................... 4 000 000 Kz
Credita 37 .6.3 - Proveitos a repartir por futuros, pe~íodos
Subsídios para investimento : ........................................................ 4 000 000 Kz

2) No final do ex~rcício, procede-se à contabilização da amortização do exercício do bem adqui-


rido e da imputação anual do subsídio

Pela amorti~aç~o çfo. ~)(g~cfciq d9 P~E;m adquirido:


(20% x 10 doo·oÇ)o;Klf":: - .- · ·, ·-
Debita 7$.1:32Arriúrtizações·ci6exêréfdi<{·.·lmobúizaçõe~· cOtpÓreàs,
EquipamentO básico ... ; ...... ; .......................... ; ................................ 2 o,oo ooo Kz
Credita 18.1.3'- At11Óttizaç(;~!> actJfnuladas, 1~obiiizaçõescorpô(ea$;
EquiR~l11~Dto ~~~l~ff)·. ~·~}~··>:· ••.... ·...••• ·~··.'~ ..••• ~ ...•.•... ;•x·· .;,,?··:· .. H.; ·•· ••• • •• • ·. 4 QPO. fOCLKz,
Pela· imputação··afltiàfdó·~~b~râi6:·. ·
(20% X 4 000 000 Kz)
I . .

Debita 37 .6.3,, ProveitQs a repartir por períodos futuros,


Subsídiôs'para··vhvestimento ........................•......• ;...................... ~ .... 800 ooo Kz
Credita · 63.4 ~ Outr6s proveitos operacionais, Subsídios a invéstifnéhto ......... 800 000 Kz
Capítulo 3 211

37.6.4- Proveitos a repartir por períodos futuros, Diferenças de câmbio favoráveis reversíveis

"Esta conta de natureza credora, destina-se a registar as diferenças de câmbio favoráveis não
realizadas, resultantes de elementos monetários não correntes e relativamente às quais exista
a perspectiva de reversibilidade do câmbio.
Esta conta poderá ser subdividida por moedas ou por empréstimos e outras operações." (Notas
Explicativas)

Contabilização

Regul~lrizaǧo do valor ajustado, aqlÍando do Pelas difer~nças de éâmbiQ favoráveis. de dívidas de e


pagamento/recébirrientodas dívidas previamente a terceiros' apresentadas.aquando do i'ljustamento das
ajustad~s por crém!o dacoQt<l deterceifos~ respeçtivf!s dívidas no.finaJ1-do exercfci91 POr <tébito da
conta de terceiros onde se ·encontra a dívida.

(Ver explicação sobre valorimetria de dívidas de clientes/fornecedores em moeda estrangeira no final da conta
32 - Fornecedores).

Considerações de auditoria

O valor desta conta deve ser verificado de modo rigoroso. A sua análise deve incidir
sobre a razoabilidade das estimativas realizadas, sobre os cálculos realizados e sobre
os documentos associados.

37.7- Contas transitórias

Nesta conta registam-se as transacções efectuadas, ao longo do ano, entre a sede


e as respectivas dependências. No final do ano, os activos e passivos das dependên-
cias são integrados nas contas da sede.

37.7.1- Transacções entre a sede e as dependências da empresa

"Esta conta destina-se a registar, ao longo do ano, as operações entre a sede e as dependências
da empresa, sendo a sua movimentação idêntica a qualquer outra conta de Terceiros.
No final do ano, esta conta deverá ficar saldada através da integração, nas contas da Sede, dos
activos e passivos das dependências.
Para uma maior facilidade de controlo, esta conta deverá ser subdividida em tantas subcontas
quantas as dependên~ias existentes." (Notas Explicativas)

37.9- Outros valores a' receber e a pagar

''As subcontas a incluir nesta rubrica, dependendo da sua natureza, poderão ter saldo devedor
ou credor. Estão abrangidas por esta rubrica as dívidas a receber ou a pagar derivadas de:
• Empréstimos concedidos que não sejam de classificar nas contas 35 - Entidades partici-
pantes ou na conta 36.3- Pessoal-Adiantamentos.
(continua)
212 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exernplos práticos

(continuação)

• Subsídios recebidos que sejam de natureza reembolsável.


• Outras operações relativas a dívidas de e a terceiros que não sejam de classificar nas res-
tantes contas da classe 3." (Notas Explicativas)

38 - Provisões para cobranças duvidosas

"Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar as perdas previsíveis associadas a ris-
cos de cobrança das dívidas de Terceiros, por forma a que estas sejam apresentadas pelo seu
valor realizável líquido se este for inferior ao seu valor de registo inicial (corrigido, eventual-
mente, pelo efeito das diferenças de câmbio).
As provisões são criadas por contrapartida das correspondentes contas de custos e são corrigidas
ou anuladas quando, respectivamente, se reduzam ou cessem os motivos que as originaram."
(Notas Explicativas)

As provisões para cobranças duvidosas devem ser constituídas quando há probabili-


dade de não ocorrer o recebimento de dívidas de terceiros que a empresa tem regista-
das. A constituição da provisão para cobranças duvidosas deve seguir critérios estabe-
lecidos pela gestão, os quais devem ser adequados à observância do princípio da
prudência. Consequentemente, o valor das provisões pode exceder os limites aceites
em termos fiscais, efectuando-se a respectiva correção aquando do preenchimento da
declaração de rendimentos.

As subcontas previstas no código· de contas do PGC são:


38.1 - Provisões para clientes
38.2 - Provisões para saldos devedores de fornecedores
38.3 - Provisões pjparticipantes e participadas
38.4- Provisões p/ dívidas do pessoal
38.9- Provisões para outros saldos a receber

A criação da provisão deve ser específica para cada devedor, ainda que possa ser
feito um único lançamento contabilístico de constituiçãojreforçojreduçãojanulação da
provisão para cobranças duvidosas pelo valor total calculado.

Relativamente a provisões para clientes, a movimentação desta conta deve ser


acompanhada pela movimentação da conta 31.8- Clientes de cobrança duvidosa.

Contabilização

Pelª:a@l~~.ãg'·•tiJ-rê~tZ~ô'da_provi~ªd•·prev.t~rtiªnte,• f>etª'_Ç~6~ti1~iÇã~:.t1~·:·rMf1rço d~ provis~õ.


co~stiWída•. ~prcré~it9da conta 68.L2- Reduçã~{ de t}Xertíóio; por'dábito da conta 78.1.2 ~Provisões do
·provist5f;S; CobranÇas duvi(:JO$ªS. . ·. exercfci6, êcipfahça$'·éf[J_Vic/d~as.

,
Capítulo· 3 213

A contabilização das operações relacionadas com provisões para cobranças duvido-


sas deve ser efectuada conforme apresentado no quadro que se segue .

. ,. . . ·. -~· · ';·~ia~,~~~~;~~~~~~~,~~rif~~~~$·:1,"~11~.ij.~~-~Y
1) Relativamf)nte ª constituição iJtici~Jd~ PróYiSâo
Pela tfansferência da dívida de.
Client~s·corrent~s para Cden~es d~ cobrança. duvidosa, no momento em. que. o
recebirn~nto da dívida
i1 ·. . . . . . ·.,.
é considerado
• ... •· " .. :. .
duvidô~o(durànte
:··.: . · , · '
ó anoN)
Debita 31:8 - Clientes de cobranç~ dyviçl~sa
Credita 31; 1 - Clientes - totrehtes .
No final do exercício N, pela constituição da provisão pelo Valor da dívida considerado em risco de receber
Debita 78.1.2.1 ""Outros custos e perdas não operacionais, Provisões do exercício, Cobranças
duvidosas, Clientes
Credita 38.1 - Provisões p~r,a cobranças duvidosa~, Provisões para clien,tes

2) No ano seguinte (N+ 1) podem ocorrer várias situações


Hipótese 1: O clie11te paga a sua dívidá
No momento do tecebimentoi pelo teéebitnento do valor ern dívida
Debita 43 ,., Depósitos à ordem OU>45 ,... Caixa
Credita 3l.8- Clientes de cobrança duvidosa
No final do exercício N+l, pela anulação da proVisão
Debita 38.1- Provisões para cobranças duvidosas, Provisões para clientes
Credita 68.1.2.1- Outros proveitos e ganhos não operacionais, Redução de provisões, Cobranças
duvidosas, Clientes
Hipótese 2: A dívida é considerada incobrável
Aquando do reconhecimento da incobrCJbilidade da dívida
Debita 78.5 - Ovtros custos e perdas não operacionais, Dívidas incobráveis
Credita 31.8 - Clientes de cobrança duvidosa
No final do exercício N+1, pela anulação da provisão
Debita 38.1 - Provisões para cobranças duvidOSé!S, Provisões para clientes
Credita 68.1.2.1- Outros proveitos e gan-hos não operacionais, Redução de provisões, Cobranças
duvidosas, Clientes

Quand9 a ernpres·a.t~m.y~rias dívi9~s qe ylieq~~§. ?on~iqera~.B~ ..q~P?Pran?a dyvidg~~-~Q? ~nat d(>e~ercr~;? deve

~~J;~~~~~~Ef!~l~;~o[~!f{~~!Iftfj!J{d~~~i~~~~W~~~~~~Jt~~s~$m
•.. . .se.o.·satoo. ·~~·-·~ó~f~~,lia·.-Qll~nt~sd~\ct6~t?;~9iJd§V!gQ~~;~::q_s;W~h.cta.son~;q~;r·~Rrk\lfM~~ . e~ra
cobranças· duvidosas:. ~r?visôespàia _cl!énlesP~~vê~sêf~t~.rÇár·çr{irci~~ã-o~:·_· _
_._ •..•.-.•~::. >·\··.·•: ,_-·. •·~ ··• .,_. ·.· . · ·.· ·. •·. ·•
Debita 7Rf;2.1'"' Outros custos e perdas n?ó.qp;[?I(]iory~i~t-ProVi$ões.do e)(ercíciq,Cqbranças
duvidosas;C/ientes . ·. ..·. •· .· ··••·· .· . . . • : . ~. ·....•.· ....•..•.....· ; .
Credita 38. t ;-" Provisõ~$_para cob.r.twças dvvidosaSt: ProvlsôesP.ara é/íf:wtes ·-
•.· . $e .• 9.9~)do,qa.• _çq~t~R,+·a:
7 Diientes.•decqbraf:1~?:\GP,Y!q~~ª·-~A~,~~!q~:,~a:·çpf1iã .a?;*.~
cobréJnças'duviclqsas;Prov}spesparacf!entes.;dév~~sere;~úzir~.P,rovisfJo: · .
. pr,qvlsl)(7~··.·Pa,ta
· · ·· · .·
Debita 3~; 1 ""f?rovis(jª§l'Piira, ço?ranç[ls (Juvidpt;as,·WHVI~{je$J!?(~ cl~~nt,~s: .·.· · · · • ·•. .·. . .•.•. . •. . ., ', • ....•
Credita 68.1.2. 1 - oútr~sprovéitbs e ganhos n?o op~iaclqnaist'R~âúÇão defirovisões,~ éobran~as
duvidosas, Clientes
··r
/

Considerações fiscais

Provisões para cobranças duvidosas - As provrsoes consideradas como custo do


exercício para efeitos fiscais nos termos da alínea h) do art. 0 14. 0 do Código do Imposto
Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro, estão previstas no art.o 45. 0
do mesmo código. A alínea b) do n. 0 1 do art. 0 45. 0 estabelece que são aceites como
214 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

custo fiscal as provisões que tiverem por fim a cobertura de créditos de cobrança duv1
dosa, calculadas em função da soma dos créditos resultantes da actividade normal da
empresa existentes no fim do exercício e da sua antiguidade.
A tabela de taxas anuais e limites das provisões actualmente em vigor\ estão defini-
das na Portaria n. 0 668/72, de 28 de Setembro.

Dívidas incobráveis- De acordo com o art. 0 46~ do Código do Imposto Industrial, os


0

créditos incobráveis só são aceites como custo fiscal na medida em que resultem de
processos de execução, falência ou insolvência, devidamente documentados através de
certidão pública.

Considerações de auditoria

Deve-se verificar os critérios e as informações que serviram de base ao cálculo das


provisões para cobrança duvidosa.

As provisões. registadas devem ser específicas, isto é, criadas em função da identifi-


cação das várias dívidas consideradas de cobrança duvidosa. O critério de gestão e a
observância do princípio da prudência devem prevalecer, não se devendo limitar o cál-
culo das provisões aos valores aceites pelas regras fiscais.

39 - Provisões para outros riscos e encargos

"Esta conta, de natureza credora, destina-se a registar as perdas previsíveis associadas a


riscos de natureza específica e provável (contingências).
As provisões são criadas por contrapartida das_ correspondentes contas de custos e são corrigi-
das ou anuladas quando, respectivamente, se reduzam ou cessem os riscos previstos."
(Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


39.1- Provisões para pensões
39.2- Provisões para processos judiciais em curso
39.3- Provisões para acidentes de trabalho
39.4- Provisões para garantias dadas a clientes
39.9- Provisões para outros riscos e encargos

39.1- Provisões para pensões

"Esta provisão pode ter como suporte um fundo afecto, a considerar na conta 13.5- Investi-
mentos Financeiros- Fundos." (Notas Explicativas)

Conforme a nota explicativa, esta conta deve ser utilizada quando a empresa tem
um fundo de pensões constituído, evidenciado no activo e gerido autonomamente.
1
Em Dezembro de 2014.
Capítulo 3 215

Conta bi Iização

Pela q_nulação ou redução da provisão; porcrédito da Pela constituição ou reforço da provisão, no final do
conta 68.1.3.1.,.. Redução deprovisões,Ríscos e exercfcio,por débito da conta ·78.1.3. 1 -Provisões do
ef1cargos,.·Pensões. exeicíêíb, Riscos• eencãrgos,·Pensões.

Normas internacionais de contabilidade

A IAS 19 - Benefícios aos empregados enquadra os fundos de pensões nos benefí-


cios pós-emprego,,os quais são os benefícios pagáveis ao empregado após o término
do emprego.

Esta norma distingue entre:


• Planos de contribuição definida -são planos de benefícios pós-emprego, nos quais
uma entidade paga contribuições fixas a uma entidade separada (um fundo), não
tendo nenhuma obrigação legal ou presumida de pagar contribuições adicionais,
se o fundo não tiver ativos suficientes para pagar todos os benefícios aos empre-
gados relativamente aos seus serviços no período corrente e em períodos anterio-
res. Neste tipo de planos, a contabilização do custo é efectuada no momento
em que os empregados prestam serviços para a entidade, não existindo outras
responsabilidades para a entidade, não havendo, por isso, lugar à constituição de
uma provisão.
• Planos de benefício definido - são planos de benefícios pós-emprego que não
sejam planos de contribuição definida. Em conformidade com os planos de benefí-
cio definido:
(a) a obrigação da entidade é a de fornecer os benefícios pactuados aos atuais e
aos ex-empregados; e
(b) o risco atuarial (de que os benefícios venham a custar mais do que o esperado)
e o risco de investimento recaem, substancialmente, sobre a entidade. Se a
experiência atuarial ou de investimento for pior que a esperada, a obrigação da
entidade pode ser aumentada.

Nos planos de benefícios definidos, a entidade tem obrigação de proporcionar bene-


fícios de reforma aos empregados no activo e aos reformados, determinados com refe-
rência a uma fórmula normalmente baseada na remuneração dos empregados ejou
nos anos de serviço.

Este tipo de planos pode ter um fundo de benefícios de reforma para satisfazer todas
ou algumas obrigações da entidade por benefícios de reforma, ou pode não ter fundo
constituído, estando, nes~e caso, o pagamento dependente da capacidade de a entidade
satisfazer as obrigações dos benefícios de reforma à medida que estes se vencem.

Consideraçõe§ fiscais

As provisões para pensões não são consideradas como custo do exercício para efei-
tos fiscais, por não estarem no âmbito do art.o 45. 0 do Código do Imposto Industrial,
aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro.
216 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

-Todavia, as despesas com pensões podem ser enquadradas da seguinte forma:


• pagamento de pensões aos empregados, sem que se constitua provisão, movi-
mentando-se a conta 72.3- Custos com pessoal, Pensões;
• pagamento de prémios para fundos de pensões geridos por outras entidades,
movimentando-se a conta 72.4- Custos com pessoal, Prémios para pensões.

Estes custos são aceites fiscalmente nos termos da alínea d) do n. 0 1 do art. 0 14. 0
do Código do Imposto Industrial.

39.2- Provisões para processos judiciais em curso

Nesta conta contabilizam-se as provisões pelo montante de custos esperados resul-


tantes dos processos judiciais pendentes de resolução e quando se espera que a em-
presa venha a perder os mesmos.

O seu valor deve resultar da melhor estimativa possível do valor a liquidar desta
obrigação.

Contabilização

Pela anulação ou redução da provisão, por crédito da Pela constituição ou reforço da provisão, no final do
conta 68.1.3.2- Redução de provisões, Riscos e exercício, por débito da conta 78.1.3.2 - Provisões do
encargos, Processos judiciais em curso. exercício, Riscos e encargos, Processos judiciais em
curso.

Normas internacionais de contabiÍidade

A IAS 37- Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes fornece orientações


específicas no sentido de determinar se um processo judicial em curso deve dar origem
a uma provisão, reconhecida no Balanço, ou se apenas deve ser divulgado como pas-
sivo contingente, nas Notas às contas.

Considerações fiscais

As provisões para processos judiciais em curso são consideradas como custo do


exercício para efeitos fiscais nos termos da alínea a) do n. 0 1 do art. 0 45. 0 do Código do
Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro.

39.3 - Provisões para acidentes de trabalho

Nesta conta, contabilizam-se as provisões que a empresa pretenda constituir para


fazer face a indemnizações ou outros gastos com acidentes de trabalho e doenças pro-
fissionais.

Esta provisão deve ser constituída quando a empresa não transfira para outrem (por
exemplo, seguradoras) as responsabilidades inerentes a acidentes de trabalho e doen-
ças profissionais.
Capíttllã'l

Contabilização

Pela anulação ou redução da provisão, por crédito da Pela constituição ou reforÇo da provisão, no final do
conta 68.1.3.3- Redução de provisões, Riscos e exercício, por débito daeonta 78.1.3.3- Provisões do
encargos, Acidentes de trabalho. exercício, Riscos e encargos,AcHdentes de trabalho.

Considerações fiscais

As provisões para acidentes de trabalho não são dedutíveis para efeitos fiscais,
por não estarem no âmbito do art. 0 45 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela
Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro.

39.4 - Provisões para garantias dadas a clientes

"Consideram-se nesta rubrica as verbas destinadas a suportar os encargos que se espera vir a ''
ter derivados de garantias previstas em contratos de venda. Excluem-se do âmbito desta ru-
brica os réditos que devam ser diferidos de acordo com o disposto nas notas relativas a conta
de Prestações de Serviço." (Notas Explicativas)

As empresas que proporcionam garantia de assistência após a venda devem criar


um fundo que lhes permita cobrir os gastos com essa assistência.

Contabilização

Pela anulação ou redução da provisão, por crédito da Pela cónstituição ou refor~o da provisão, no final do
c?nta ~8.L3 .4 ~ ~edy9ão q~provi$ões~Ri~pgs.e . ~xe,rcíoiq;•fl%d~~jt0.•~ª:9~ryJ9,:T~·"1.3.4 7 R!?Visqe,~
encargostGaran,ti€J§Q~(j~$a-cfí~(ifés.-:'- .-- -
··~#êdt~iícJ0iP'sco,~ ~~~~§:)~~~*t~?(Jà~~Sõ
. l'.r .. ·-

Considerações fiscais

As provisões para garantias dadas a clientes não são consideradas como custo do
exercício para efeitos fiscais, por não estarem no âmbito do art. 0 45. 0 do Código do
Imposto Industrial, aprovdo pela Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro.

39.9- Provisões para outros riscos e encargos

Registam-se nestas r4bricas as provisões para riscos e encargos que não se enqua-
drem nas subcontas anteriores, tratando-se de uma conta de carácter residual.
218 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

CAPÍTUL04

Classe 4 - Meios monetários

"Os meios monetários representam disponibilidades imediatas de tesouraria, quer em


dinheiro, quer em valores, facilmente convertíveis em dinheiro." (Notas Explicativas)

Esta classe inclui:


• meios líquidos de pagamento de propriedade da empresa;
• valores que a empresa tem ern depósito nas instituições de crédito nas diversas
modalidades;
• títulos negociáveis que a empresa detém com intenções de venda no curto prazo
(menos de 1 ano);
• contas de provisões, as quais registam as perdas de valor dos títulos negociáveis
detidos ou de outras aplicações de tesouraria.

Valorimetria dos meios monetários em moeda estrangeira

Os meios monetários em moeda estrangeira são contabilizados ao câmbio do dia.


No entanto, no final do exercício, o seu valor deve ser ajustado para reflectir o câmbio
em vigor nessa data. Tal ajustamento é realizado por contrapartida das contas 662
-Proveitos e ganhos financeiros gerais, Diferenças de câmbio favoráveis, se a diferença
for positiva, ou por contrapartida da conta 762 - Custos e perdas financeiros gerais.
Diferenças de câmbio desfavoráveis, se a diferença for negativa.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


41 -Títulos negociáveis
42 - Depósitos a prazo
43 - Depósitos à ordem
44- Outros depósitos
45- Caixa
48 - Conta transitória
49 - Provisões para aplicações de tesouraria

41 - Títulos n~gociáveis

"Esta conta destina-se a registar os títulos adquiridos para aplicação de excedentes de tesou-
raria e que são dêtidos com o objectivo de serem transaccionados a curto prazo, ou seja, num
período inferior a um ano." (Notas Explicativas)
Capitulo 4 219

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


41.1- Acções
41.2 - Obrigações
41.3 -Títulos da dívida pública

41.1- Acções
Esta conta destina-se a registar o valor das acções detidas pela empresa com inten-
ções de venda no curto prazo.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


41.1.1 - Empresas do grupo
41.1.2 -Associadas ·
41.1.3- Outras empresas

Contabilização

Apresenta-se, de seguida, um resumo dos registos contabilísticos das operações


com Acções adquiridas com intenção de venda no curto prazo.

Títuhié negoci~veis - Acç~es


Aquisição das acções:
Debita 41.1.X - Títulos negociáveis, Acções
Credita 45- Caixa (pagamento a pronto) ou
43- Depósitos à ordem (pagamento a pronto) ou
37.9- Outros valores a receber e a pagar (pagamento a prazo)

Rendimentos das acções


Debita 45 - Caixa ou
43 -Depósitos à ordem (pelo valor líquido recebiqo)
Credita 34.1 -Imposto sobre os lucros (pelo imposto retido)
66:-9·.3 -~Bendím~ntQ§ d~.P:artip!P~Ç9~~(je Cf!P!l?/H~eçp~s·R110f4~Jnerv[q~~ ags. ~tglgs n~fiQCiçíve:{s
.· .'- ··.··.·._ -.· ···· .....:.: .. ·.-·--·;

AH~Q~ç~?·!t.~~·'a~9,~.-: > - · '· · •


Há v~.ri~S~tap~~ ~~-·r~âHÍar····na.;~,i~nação·q~~a"cç6ês:
1J Goméça-se-por ªi:l9mrseli~)um. ganho oy.perqa com.• a âH~naç~o:
• Se o·valorde venda-' o-valor contàbilfstico >O ~·há utn ·gçrnno
• Se o valordevenda,- o valor cóntabilístico .<;.O- há uma perda
2) D~ seguida é~cdme.:~eél'contád_e gáQhó oup~rôa a utili4arpar~·reflecirr a operaç~o:
• ~e houy~r um garyho, ·tfeve~se :registar na tonta 66J;:~·;.-Gahhos-mr alieil{Jção dê aplicações financeiras,
-~~~1~~-!l~~~l~Y~{§-,.c, {L· .-i: ., .- • .•. . ·. ,. . _ . . _ .. . . : .< . .. . .. .~ ..... .
~ s~·.tio~~~r.trrn~· p_~.rêª' t;iªY~.cs~regi§tarnÇ~cçnta 76.6.~ ..... P~rda.s. na a/íemr~~,q de ap/iÇt:JÇõ<?sfinanceiças,
de
AplicáÇões tftu/Ó$ nêgqoiâvels •' -.. - . . . . .
\.'
. .. - . - .. . . ' '· .
3) Contabilizara alienaÇão dâsacÇÕês
a) P~lo ;v~lor d~ ven?ÇL . . , •;
Déblta ·. · 45 ~drtxa (re?e~i01~rito apron\e)ou
43 ~ betJósitós ~ órdem (reçebill):entoa prorito) o~
37 ..9 "":.Outros valoresarecebere él p9gar (recebimento a. prazo)
Credita 66!'9,!4/76 •. 6,? 7 Qannq~fperd§S./18. fJii~naç~q df? apliGÇJÇQ~~ ~flaqceil(l$. Tftylo§ negoci~veis
b) Pelo valor de aQúís!Qãoi~icialda~ acçÕes vendidas .
Debita 66.6.2/76.6.2 ~ Gan/Josjperdas na alienação.de aplicações financeiras, Títulos negqcí~v~i$
Credita 41.1.X,.. Tftulos negooíáveis,Aoções
Nota: Ovalor final da conta 66.6.2/76.6.2 deve corresponder ao ganho ou perda apurado na 1. a etapa.
220 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exernplos práticos

41.2 - Obrigações 1 41.3 Títulos da dívida pública

Estas contas destinam-se a registar o valor das obrigações e dos títulos de dívida
pública detidos pela empresa com intenções de venda no curto prazo.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


41.2.1- Empresas do grupo
41.2.2 -Associadas
41.2.3 - Outras empresas

Contabilização

Apresenta-se, de seguida, um resumo dos registos contabilísticos das operações


com Obrigações/Títulos da dívida púbiica adquiridas com intenção de venda no curto
prazo.

·.•. J(íij!~,.:;#~ggÇi~~·'~-~·C)~tigaÇpes/TitLit9s•~.à~dívid.~p~~~i.~tf···
Aquisição de obrigações e títulos de. dívida Pú,blica
Debita 41.2.X/ 41.3.X- Títulos negocláveisjObrigaçõesjTítulos de dívida pública
Debita 3 7.9 - Outros valores a receber e a pagar (se houver juros decorridos até ao momento
de aquisição, a repéber na data de vencimento)
Credita 45- Caixa (pagamento a pronto) ou
43- Depósitos à ordem (pagamento a pronto) ou
37.9- Outros valores a receber e a pagar (pagamento a prazo)

Rendimentos de obrigações e títulos de dívida pública


Debita 45 - Caixa ou
43- Depósitos à ordem (pelo valor líquido recebido)
Debita 34.1- Imposto sobte .ósjucros (pelo imposto retido)
Credita 37.9- Outros valores· a receber e a pagar (se houver juros decorridos até ao momento
de aquisição, recebidos na data de vencimento)
Credita 66.1.4 -Juros, de aplicações de tesouraria

Alt'~~viv',~~··~~;._' ,_ , · i·:•- · : . ~~Ê~~@~«t~~~ª-íª~'I9;t:.·--z-'(i


R.égi~~$Õ~htá~flrsuia~1d~fl~êbs1t~s·.Ja•·-:c6ciiJc-4t.{-titulos•·nê~t1c1áv~~~;-Acoõés.
~-! : .. :. :.:: :··. ":. \ :·_ ..: ·>> :.. ..:.- ·- .... . . . .. . .. . . . ·-: .·. :: :. ·:: ../-.-. :_ ·.
._· -·: ·'-.< . :::- _.. : . ; ~-"" :::" .. ~:~~;_ ---::,<_ .._:.:.:: .. : :.~:.\. ~: .. --.. ~-- .:·-- ::-: .· . ·..... .:~_

Valorimetria dos títulos negociáveis

Os títulos negociáveis são valorizados ao custo de aquisição, o qual inclui o preço de


compra, acrescido das despesas de compra (por exemplo, comissões). Do seu valor
devem ser excluídas parcelas de rendimento que estão incluídas no preço de transação
à data de aquisição, relativas ao período de tempo decorrido entre a data do último
vencimento do rendimento e o momento de aquisição dos títulos.

À data do balanço, se o valor de mercado dos títulos for menor que o seu custo de
'
aquisição, os títulos devem ser valorizados ao valor de mercado. Este ajustamento do
custo de aquisição para o valor de mercado é feito através da constituição de uma pro-
visã~_ para aplicações de tesouraria, a qual reflete a respectiva perda de valor.

Considerações de auditoria

Há vários procedimentos a realizar nesta área, nomeadamente deve-se confirmar:


Cap(tulo 4 221

• se os valores registados em títulos negociáveis não correspondem a investimen-


tos financeiros;
• se a classificação nas subcontas está em conformidade com o tipo de ligação
entre empresas;
• a valorização dos títulos, quer à data do reconhecimento, quer à data do final do
exercício.

42 - Depósitos a prazo

"Esta conta destina-:-se a registar os meios de pagamento existentes em contas a prazo nas
instituições de crédito." (Notas Explicativas)

Estes depósitos têm uma data pré-fixada para poderem ser movimentados sem pe-
nalização dos juros a receber.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


42.1- Moeda nacional
42.2 - Moeda estrangeira

Contabilização

42 - Depósitos a prazo

Pela constituição do depósito com a transferência de Pelo levantamento do depósito a prazo, por débito
valores para contas de depósitos a prazo, por créqito a conta
da conta 43- Depósitos à ordem. • 43 - Depósitos à ordem ou
• 45- Caixa.

43 - Depósitos à ordem

"Esta conta destina-se a registar os meios de pagamento existentes em contas à vista nas ins-
tituições de crédito." (Notas Explicativas)

O saldo desta conta é normalmente devedor, representando os valores depositados


a curto prazo em instituições financeiras. Nesta situação, o saldo deve constar no
Balanço no Activo.

Todavia, o saldo desta conta também pode ser credor, se houver um plafond de
crédito negociado com as instituições financeiras que permita à empresa retirar
valores das contas bancárias superiores às disponibilidades depositadas (desco-
bertos bancários). Nesta situação, o saldo é credor, devendo constar no Balanço no
Passivo.

--- --·--·--.""'"..,_.o-;-,qj
222 Parte 11 - O conteúdo, a movimentaçào das contas e exemplos práticos

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


43.1- Moeda nacional
43.2- Moeda estrangeira

Contabilização
. -: ·· .. · . . .. . ..... · · · .·.· ·,

.. 4~ --·~~·posít~$: â orªem,.
Pelo depósito de valores, por crédito da conta Pelo levantamento de valores, por débito da conta
45- Caixa. 45- Caixa.
Pelas transferências bancárias recebidas de terceiros, Pela constituiçã.o de depósitos a prazo, por débito
por crédito da respectiva conta do terceiro da conta 42 -Depósitos a prazo.
(por exemplo, clientes ou .outros valores a receber Pelos cheques ernitidos ou pelàs ordens de transferência
e a pagar). para tercefros 1 por débito da conta do respectivo
Por valores depositados na conta relativos a diversas terceiro (por exemplo, fornecedores ou outros valores
operaç(les: . a receber e a p~gar).
• Desconto de letras Por valores retirados da conta relativos a diversas
operações:
• Cobrança de títulos
• .Ordens de pagamento
• Juros vencidos
• Reembolso de empréstimos
• Empréstimos obtidos, etc.
• Pagamento de letras descontadas e não cobradas
• Juros de empréstimos obtidos, etc.

Considerações de auditoria

Dado o elevado número de movimentos que as contas de depósitos à ordem concen-


tram e, tendo em conta o facto de se tratar de dinheiro, devem ser instituídos vários
procedimentos de controlo interno associados a esta conta, nomeadamente:

1) Reconciliações bancárias

Periodicamente (por exemplo, mensalmente) devem ser realizadas reconciliações


bancárias por um funcionário independente. As reconciliações bancárias consistem na
comparação entre o valor registado na contabilidade numa determinada data (por exem-
plo, no final do mês) e o valor do extracto do banco nessa mesma data.

A diferença entre o valor constante no banco e o valor constante na contabilidade da


empresa nessa data deve ser justificada através da listagem dos movimentos penden-
tes, cujo valor total deve igualar a diferença.

A reconciliação bancária deve ser analisada pelo responsável financeiro, o qual deve
ter especial atenção a movimentos com mais antiguidade que transitem de meses an-
teriores.

N~ encerramento do exercício, é necessário verificar e corrigir os movimentos que


ocorreram no banco em Dezembro, ainda não contabilizados pela empresa, assim como
a especialização dos juros e dos encargos bancários.
Capítulo 4 225

Contabilização

Quando existe um fundo fixo de caixa, o saldo da conta 45.1- Caixa, Fundo fixo per-
manece inalterado ao longo do tempo. Esta conta apenas é movimentada quando o
fundo fixo é constituído, aumentado ou diminuído, sempre por contrapartida da conta
43 - Depósito à ordem.

Neste sistema, o fundo fixo tem um determinado valor em dinheiro, por exemplo,
100 000,00 Kz, o qual vai diminuindo ao longo da semana (ou mês), sendo substituído
pelos documentos de despesa que correspondem ao dinheiro retirado do fundo. Assim,
em qualquer momento, o valor do dinheiro em caixa mais o valor dos documentos de
despesa devem totalizar o valor do fundo fixo.

No final da semana (ou mês), o valor do fundo é reposto, retirando-se de depósitos


à ordem o valor equivalente aos documentos de despesa a contabilizar.

Segue-se um resumo dos registos contabilísticos associados à utilização de um


fundo fixo de caixa.

Pela constituição do fundo fixo


Debita 45.1 - Caixa, Fundo fixo
Credita 43 - Depósitos à ordem

Pela reposição do fundo fixo no final da semana (ou mês)


Debita 75- Outros custos e perdas operacionais ou outra conta da classe 7 (com base nos documentos
de despesa retirados do fundo)
Credita 43 - Depósitos à ordem (pelo valor necessário para repor o valor do fundo)

Eventualmente, pode haver necessidade de aumentar o valor do fundo fixo ou de o reduzir.


Pelo reforço do valor do fundo fixo
Debita 45.1 - Caixa, Fundo fixo
Credita 43.,. Depósitos à ordem
q?
Pela dirJ]i:nuição do valor fun(fq ~o
betiita · · 45.~1 '., Gâi.Xª~ ·Furidà flxô ·.
CrMítá 43 ~Depósitos ai:Jfdein

45.2 - Caixa - Valores para depositar

~
"Esta conta destina-se a reflectir os meios monetários compostos por dinheiro ou cheques que =
resultem de recebimentos de Terceiros, e para os quais ainda não tenha sido efectuado o cor-
respondente depósito bancário." (Notas Explicativas)

Por exemplo, esta cont~ pode registar os cheques de clientes recebidos pelo correio
ou outros recebimentos efectuados na empresa.

Deve haver .o cuidado de depositar estes valores com regularidade (preferencial-


mente diariamente) e de não utilizar estes valores para efectuar pagamentos. Como
referido anteriormente, os pagamentos devem ser realizados através de bancos ou, se
os mesmos tiverem montantes reduzidos, através do fundo fixo de caixa.

PLAPGC_15
226 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

45.3 - Caixa - Valores destinados a pagamentos específicos

"Esta conta destina-se a registar os meios monetários levantados do banco com o objectivo de
fazer face a pagamentos de montante significativo através de caixa que, em condições nor-
mais, seriam pagos directamente através do banco." (Notas Explicativas)

48 - Conta transitória

"Esta conta destina-se a registar os meios monetários que já não se encontram em depósitos à
ordem por ter sido solicitada, a uma instituição financeira, a sua transferência para uma ter-
ceira entidade mas relativamente aos quais ainda não foi obtida confirmação da efectivação
da operação." (Notas Explicativas)

49 - Provisões para aplicações de tesouraria

"Esta conta destina-se a registar a diferença entre o custo de aquisição e o preço de n1ercado
das aplicações de tesouraria, quando este for inferior àquele.
A provisão é constituída por contrapartida da correspondente conta de custos e é corrigida ou
anulada na medida em que se reduzirem ou deixarem de existir as situações que justificaram
a constituição." (Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


49.1- Títulos negociáveis
49 .1.1 - Acções
49.1.2- Obrigações
49.1.3- Títulos da dívida pública
49.2- Outras aplicações de tesouraria

O cálculo das provisões deve ser realizado separadamente para cada categoria de activos.

Contabilização

ilOtlláÇEia·da, provi~ã.o~·•p.otçf~~J~~ ··p~Jâ;cl&ri~t~tDição·:ê:~retorÇ().··d_~.P.ró~isãoi·p()r_·débito


_ _/ _i • : •• _.·.· .·_. ·... ·· _ . _·.·· ga.nbo~_finqnÇ(}ItQJ
-~~-'<J~f1~~:T&t.~~2. .~ Q~stQq e.per:çiÇlsfínançeirçsgerais,
i " .
gerals;-'Rç([uçãodeprovisqes; Aplícaçõe$ cfe tesowaria; -Ptoví_sq$s/:ú:~raaplicaçÕes financeiras, Aplicàções de
·tesaq(â(ta . · ·
(Ver explicação sobre a valorimetria dos títulos negociáveis na conta 41 -Títulos negociáveis)
Capítulo 5 227

Classe 5 - Capital e reservas


A classe 5 - Capital e reservas regista os fundos aplicados pelos proprietários da
empresa, os resultados não distribuídos que constituem as reservas, e os valores resul-
tante,s de reavaliação de activos.

O capital próprio ou a situação líquida da empresa inclui as contas que compreen-


dem a classe 5 - Capital e reservas, assim como os Resultados transitados e o Resul-
tado líquido do exercício registados na classe 8- Resultados.

51- Capital

"Esta conta destina-se a registar:


O capital nominal subscrito das empresas sob a forma de sociedade.
O capital inicial e as dotações de capital das empresas públicas.
O capital inicial, o adquirido e ainda as operações de natureza financeira com o respectivo
proprietário no caso de comerciantes em nome individual.
O capital das cooperativas." (Notas Explicativas)

Nas sociedades por quotas e anónimas, existem normalmente duas fases na aber-
tura da sua atividade:
1.a Fase- Subscrição de capital, a qual corresponde ao compromisso assumido
pelos sócios de entregarem para a sociedade valores correspondentes à
sua parte no capital social;
2.a Fase- Realização do capital, a qual corresponde à entrega dos valores pelos
sócios. Esta realização pode ser feita de uma só vez (integral) ou faseada
(parcial) (art. 0 28. 0 da Lei das Sociedades Comerciais- LSC). A realização
do capital pode ainda ser feita através da entrega de dinheiro ou em espé-
cie (bens) (ver art. 05 10. o e 30. 0 da LSC relativos às entradas em espécie).

Posteriormente, o capital social pode ser aumentado, com ou sem prémio de emis-
são, ou reduzido.

Capital social mínimo

Nas sociedades por quotas, o capital social não pode ser inferior ao valor correspon-
dente, em moeda nacional, a USO 1 000,00, sempre actualizado de acordo com. a
flutuação da mesma, de acordo com o art. 0 221. 0 da LSC.

Nas sociedades anónimas, o valor nominal das acções não pode ser inferior a uma
quantia express·a em moeda nacional, equivalente a USO 5,00, assim como o capital
social não pode ser inferior a um valor expresso em moeda nacional, equivalente a
USO 20 000,00, devendo ser sempre indexados a esses valores, de acordo com os
05
n. 2 e 3 do art. 0 305. 0 da LSC.
228 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Con~abilização

Pela redução de capital;por crédito das contas: Pela subscrição do capital inicial e dos aumentos de
• 35.1 - Entidades participantes e participadas, capital, por débito das contas:
Entidades· pélrticipantes•·ou • 35:1 X 1- Entidades participantes e participadas,
• 81- Resultados transitados. Entidades participantes, c/ subscrição ou
• 55 - Reservas legais (art. 0 328. 0 LSC) ou
58 - Reservas livres QU
• 81 -Resultados transitados.

Há diversas operações que podem ser realizadas com o capital social. O quadro
seguinte sintetiza o registo contabilístico das operações mais comuns.

. .. ·: .. · ·.·

· .Ç~J1~~~~~i9~9 .~e soci~dades(_A~me_ntos<d~ c~pitaljReduçõ~s d~ _capital ·


1) Constituição de sociedades
1.1) Se a subscrição for particular
Pela subscrição das quotas ou· acções:
Debita 35.1.X.1- Entidades participantes e participadas, Entidades participantes, cj subscrição
Credita 51 - Capital
Pela realização do capital
Debita 11/12/13/2X/3X/4X (se capital realizado em espécie)
45- Caixa (se capital realizado em dinheiro) ou
43- Depósitos à ordem (se capital realizado em dinheiro)
Credita 35.1.X.1- Entidades participantes e participadas, Entidades participantes, cj subscrição
1.2) Subscrição Pública com excesso de subscrição e rateio:
Pela subscrição das acções
Debita 35.1.X.1 - Entidades participantes e participadas, Entidades participantes, cj subscrição
Credita 51 - Capital ·
Credita 35.1.X.9- Entidades participantes e participadas, Entidades participçmtes, c/ excesso de subscrição*
Pela realização do capital
Debita 45 - Caixa ou

.· ·45·-.;.>(fiilxâ .,,.

2) A~rn,~ntos; dEt~Pital :· ·-
2 .•~y~~·tJ~p~rPPctag~p-,d~X~~~o/~f .. .·.· . .
· D~~" ;;l:\~~~,~r~1:
· ,:~.rçR~~ul~~çtos transitados
~credit~ · Bt~'·c~P!Wf
.·.i· · :· ·.·:·.· · · . ·.· •· . •. _
...... ·..

~~~t~ilf~~~~~~~il~{!"'a~~r . . •· · · •· . .L ; •c;·· t> ·•· · •··.·i'


D.ebitê··
.....· •· <. .•
·.·3.5. t.x.1--EntlçJades··partlçípàntes •.··~····flariioJbªfi(J§;~~nt/q.ades'Partiqtpa.nte{)l• c/ subscrição
SfecJ.i~~
. :~r0;~~Rft~~- . .
P~là~~~~i~ç~~-~ocâÍ>ttãr, ·. · • .· . . ·. >·.·· .· ·.· •· ..
· · IJebttà • · 32 ~ ffafneçedores ou
·>•33tEffJ~t~~tiiJ}?fOU· . ·-.•• ...... . >···· ..:·'.
. 3{ ~ Qqtros:yal@rys (1 tepebere ap~ge1r ... ·.·:·•·.· · . ·. ·.......· .....·.·.·.· .•.·: .. · ·. · . ·.·. .. . ·. .·.
Credita 35.1 :x.1·- Entidades participantes e participadas, Entid8'des participantes, c/ subscrição
(continua)
Capítulo 5 229

(continuação)

2.3) Por entradas de dinheiro


Registos contabilísticos idênticos à constituição das sociedades. Todavia, nos aumentos de capital é comum
haver Prémio· de emissão a registar. _/

3) Reduçõesde capital
3.1) Com reempolso {saída de sócio ou excesso de capital)
Pela deliberaçãodáredüçãodo capital
Debít~ 51- Capital
Credita 35.1.~.5- Entidades participantes e participadas, Entidades participantes, outras operações*

Pelo· pagamento
Debita 35.1.X.5 - Entidades participantes e participadas, Fintidades participantes, outras operações*
Credita 43 - Depósitos à ordem ou
45- Caixa.
3.2) Sem reembolso (anulação de resyltados transitados negativos}
Debita 51 - Capital
Credita 81 - Resultados transitados
* Subco11tas
-..<
sugerid{ls pela autora

Nota: A modalidade de redução de capital com reembolso depende da obtenção prévia de autorização judicial,
nos termos do art. 0 101 o da LSC.

52 - Acções/Quotas próprias

Esta conta destina-se a registar o valor das acções/quotas próprias adquiridas pela
empresa.

No momento de aquisição, há necessidade de distingui o valor nominal das acções;


quotas adquiridas e o seu preço de aquisição.

O valor nominal das acçõesjquotas adquiridas regista-se a débito na subconta 52.1


-Acções/Quotas próprias - valor nominal.

A diferença entre o valor nominal e o preço de aquisição regista-se a crédito na sub-


conta 52.2- Acções/Quotas próprias - descontos, se o preço de aquisição for inferior ao
valor nominal, ou a débito na subconta 52.3- Acções/Quotas próprias -prémios, se o
preço de aquisição for superior ao valor nominal.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


52.1 -Valor nominal
52.2 - Descontos
52.3 - Prémios

A aquisição de acções e quotas próprias está limitada por diversos artigos da LSC,
dos quais se salientam os seguintes:
• a sociedade só pode qdquirir acções e quotas próprias totalmente liberadas, nos
termos do n. 0 1 do art. 6 243. 0 e art.o 340. 0 da LSC, salvo nos casos previstos na lei;
• só podem ser adquiridas acções e quotas próprias (n. 0 2 do art.o 243. 0 , art. 0 339. 0
da LSC):
- a título gratuito,
-em acção executiva movida contra um sócio,
- se se dispuser de reservas livres de valor igual ao dobro do valor de aquisição;
230 Parte 11- O conteúdo,· a movimentação das contas e exemplos práticos

• após a aquisição, a sociedade deve indisponibilizar reservas em subconta específica


em montante igual ao valor de aquisição (n. 0 4 do art. 0 243. 0 e art. 0 346. 0 da LSC);

• uma sociedade anónima não pode deter mais de 10% do capital em acções próprias
(n. 0 1 do art. 0 345. 0 da LSC).

52.1 - Acções/Quotas próprias - Valor nominal

"Esta conta destina-se a registar o valor nominal das acções ou quotas próprias adquiridas
pela en1presa." (Notas Explicativas)

52.2 - Acções/Quotas próprias - Descontos

"Esta conta destina-se a registar a diferença quando positiva entre o valor nominal das acções
ou quotas próprias adquiridas pela empresa e o respectivo custo de aquisição.
De forma a manter os descontos correspondentes às acções ou quotas próprias em carteira,
esta conta deverá ser regularizada por contrapartida de reservas quando se proceder à venda
das acções ou das quotas próprias." (Notas Explicativas)

52.3 - Acções/Quotas próprias - Prémios

"Esta conta destina-se a registar a diferença, quando negativa, entre o valor nominal das
acções ou quotas próprias adquiridas pela empresa e o respectivo custo de aquisição.
De forma a manter os prémios correspondentes às acções ou quotas próprias em carteira, esta
conta deverá ser regularizada por contrapartida de reservas quando se proceder à venda das
acções ou das quotas próprias." (Notas Explicativas)

Apresenta-se, de seguida, um exemplo prático para uma melhor compreensão da


contabilização das operações com acções próprias.

Exemplo prático - Acções próprias ~

o preço ·de aqüisiç~O:ê:fe.ºadª··àcção.foi·de 1200;00 Kz.


~ : ~-- ~- ··.. :·: -~c- ..::~.:-:-· .. ·:-~.·::;.:<<~~>··:>.:.-'::, :-· .._.:~ .: :_.: _--· .. :-: _:_:- ~:· : :_ .: :, .. .':' :: ..::. ,- .:_ -- .- -._ ·_ ~.. :
· ·
Etapas a seguir: I
l"·

1) Verificar a·exls~!,~.,~~-'~e,_~·~e~V~§'Uyres no valor <;Jo dobro _do valor (Je aquisição:


2 x 5oooxl~~Q;~:('§o;~~qfu~~qoo:c>:oo,oo Kzi .· ·
2) Distinguir o ·pr~ço de aguisiç~.odas acções. do valor noJ11iru:tlda$ acções:
• Valorqomjn~í :::; qqqq_x·1000;00 == 5 ooo ·OQO ;OÔ J\z
• Preço de aquisiç~o 5000 x 1200,00 = 6 ooo ooo,oo Kz =
Como Preço de aqyisição· > Valor nominal, há t~.~i~~q _d~ um Prémio
• Prémio na aquisiç~o == 5000 x 200,00 = 1 000 OOO,OO.Kz
(continua)
Capítulo 5 231

(continuação)

3) Contabilizar a aquisição de acções próprias e a indisponibilização de reservas livres


a) Pelo valor de aquisição das acções próprias
Debita 52.1- Acçõesjquotas próprias, Valor nominal .............................. 5 000 000,00
Debita 52;3- Acçõesjquotas próprias, Prémios ...................................... 1 000 000,00
Credita 43- Depósitos à ordem .............................................................. 6 000 000,00
IJ) Pela indisponibilização de reservas livres
Debita 58- Reservas livres .................................................................... 6 000 000,00
Credita 57.1- Reservas com fins especiais, Acções próprias* .................. 6 000 000,00

Posteriormente, a empresa
.
alienou 3000 acções próprias por 1250,00 Kz cada. . ·-

Etapas a seguir:
1) Distinguir o preço de venda das acções do val?r nominal das acções vendidas:
• Valor nominal = 3000 x 1000,00 = 3 000 000,00 Kz
• Preço de venda = 3000 x 1250,00 = 3 750 000,00 Kz
Como Preço de venda> Valor nor)in~l, há registo de um Prémio
• Prémio na venda= 3 750 000,00-3 000 000,00 = 750 000,00 Kz

2) Calcular o resultado da operação (a transferir para reservas livres):


• Preço de aquisição= 3000 x 1200,00 = 3 600 000,00 Kz
• Preço de venda = 3000 x 1250,00 = 3 750 000,00 Kz
Logo, há um ganho de
3 750 000,00- 3 600 000,00 = 150 000,00 Kz
ou 3000 x (1250,00- 1200,00) = 150 000,00 Kz

3) Contabilizar a alienação das acções próprias e a disponibilização d~ reservas


Pela alienação das acções próprias
Debita 43 - D~pósitos
--
à ordem ou 4!:) - CqiX8 ..................... ·~ .................. _3 750 000!00
;

Credita 5~.1 ~-Acçõés/quotas:próprias,Valorneminal .. ;;i····~ ........... •.~•····· 3 000 ooo;.Qo


Credita 52.3.-.; Acçõés/ quotas· ptóprias, ·.Prémios 750 000;00

Debita 57.1- Reservas com fins especiais, Acções próprias* ................... 3 600 000,00
Credita 58- Reservas livres .................................................................... 3 600 000,00
Pelél r~gularização dp gêH}ho
o • : • > •"" o "• - : ~ • • • ' • • o >~•"• •H • ~

Debita 52.3- Acçõesjquota.s próprias, Prémios a a a a • a • 11 a ·.•··~ ., *.a. ~ a a li" 11. a ti a a ~ • • a I 1·. jJ ~-a .-a a ._ jl_ a a I'

Credita 58- Resetvas liVres ....................................................................... 150 OÓO,OO

Saldos finais: I
52~1 (sd): 2000 x 10ÓO,OO = 2 000 000,00 Kz (valor nominal das acções. qeticias)
52.3 (s(j): 2~_oo x 200,00 = 400 000,00 Kz (P,rémio pagq das acçõf)s detidas)
57.1 (se): 2000 x 1200,00 ==2 400000,00.Kz (vaJor de aquisição·das:acçõ_a~ detidas)
58{sc): 3000 x50,00 = 150 000;00 Kz ,(ganho obtido na alienaç~p ~as~c9õ7s}
* Subconta sugerida pela autora
232 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

53 - Prémios de emissão

"Esta conta destina-se a registar a diferença entre os valores de subscrição das acções ou
quotas emitidas e o seu valor nominal." (Notas Explicativas)

Assim, se o valor de subscrição das acções (ou quotas) for igual ao valor nominal,
não há prémio de emissão. Se o valor de subscrição das acções (ou quotas) for maior
do que o valor nominal, regista-se um prémio de emissão da diferença.

De acordo com o art. 0 330° da LSC, as acções não podem ser emitidas por valor in-
ferior ao seu valor nominal, sob pena de nulidade da deliberação e do acto de emissão.

Contabilização

Pela incorporação do prémio de emissão no capital Pelo prémio de. emissão, por débito da conta
social, por crédito da conta.51- Capital, · 35.1.X.1 - Entidades participantes e participaçlas,
Pela utilização do prémio de émissão para cobertura Entidades participantes, cj subscrição.
de prejuízos, por crédito da conta 81- Resultados
transitados.

54 - Prestações suplementares

"Esta conta destina-se a registar as prestações de capital:


• Previstas na lei especifican1ente para as sociedades por quotas.
• Não previstas na lei, para as restantes entidades sujeitas a este Plano, mas cujo carácter
seja semelhante ao definido para as das sociedades por quotas." (Notas Explicativas)

O art. 0 231. 0 da LSC, apenas aplicável às sociedades por quotas, dispõe, entre ou-
tros assuntos, o seguinte:
-se o contrato da sociedade o permitir, os sócios podem deliberar que lhes sejam
exigidas prestações suplementares de montante limitado,
-as prestações suplementares têm sempre por objecto uma quantia em dinheiro,
não vencendo juros.

O n. 0 1 do art.o 235. 0 da LSC dispõe ainda que a restituição das prestações suple-
mentares depende da deliberação dos sócios, só podendo ser aprovada se, em virtude
I

da mesma, a situação líquida da sociedade não ficar inferior à soma do capital social e
da reserva legal e, se os sócios a que respeitem, já tiverem liberado as suas quotas.

Prestações suplementares/Suprimentos/Prestações acessórias

É necessário distinguir prestações suplementares, as quais correspondem a uma


parcela específica do capital próprio, de:
Capítulo 5 233

-suprimentos (art. 05 269. 0 a 271. 0 da LSC), os quais consistem em empréstirnos


dos sócios à sociedade com carácter de permanência, vencem juros e correspon-
dem a uma parcela do passivo;
-prestações acessórias, previstas para as sociedades por quotas no art. 0 230. 0 da
LSC, e para as sociedades anónimas no art. 0 319. 0 da LSC, as quais podem ser con-
tabilizadas como uma parcela de capital próprio, se forem gratuitas (não vencerem
juros) ou como uma parcela do passivo, se forem onerosas. As prestações acessó-
rias não dependem de deliberação dos sócios, dependendo apenas de estar previs-
tas no contrato de sociedade para que possam ser directamente exigíveis aos sócios.

Contabilização

Pela restituição das·pre~tações suplemeFltares aos Pela entrega dos sóCios, po(débito da conta
sócioKpor cr~qit(l (fa-lio.nta •-.43 ~Depósitos à ordem ()u
• 43--De/)ósitosàordemou • 45.,. Caixa.
• 45...: Caixa.
Pela incorporação 9aspr,estações suplementare~
no capital social, por crédito da conta 51 -Capital.

55- Reservas Legais

"Esta conta destina-se a registar as reservas que devan1 ser constituídas por imposição legal
e deverá ser subdividida, consoante as necessidades, tendo em vista a legislação que lhes é
aplicável." (Notas Explicativas)

Nas sociedades por quotas, o art. 0 240. 0 da LSC prevê a obrigatoriedade de consti-
tuir uma reserva legal de montante não inferior a 30% do capital social. A sua constitui-
ção é feita através da reserva de um valor não inferior à 20.a parte (5%) dos lucros líqui-
dos da sociedade (remissão do art. 0 240. 0 para o art. 0 327. 0 dá LSC).

Nas sociedades anónimas, o art. 0 327. 0 da LSC prevê a obrigatoriedade de consti-


tuir uma reserva legal de montante não inferior a uma 5.a parte (20%} do capital social.
A sua constituição é feita através da reserva de um valor não inferior à 20.a parte (5%)
dos lucros líquidos da sociedade.

O art. 0 328. 0 da LSC prevê as condições de utilização da reserva legal (cobertura de


prejuízos ou incorporação em capital social).

Contabilização
234 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

56 - Reservas de Reavaliação
As subcontas da conta 56- Reservas de reavaliação destinam-se a registar o valor
resultante dos ajustamentos efectuados ao valor dos meios fixos e investimentos da
empresa por motivos de desvalorização monetária ou por motivos económicos.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


56.1- Legais
56.2 - Autónomas
56.2.1- Avaliação
56.2.2- Realização

56.1 - Reservas de Reavaliação - Legais

"Esta conta destina-se a registar os ajustamentos monetários resultantes de faculdades pre-


vistas em diplomas legais específicos e será movimentada de acordo com as disposições neles
constantes." (Notas Explicativas)

As reservas de reavaliação criadas ao abrigo das disposições legais em vigor só


podem ser usadas para aumentar capital ou cobrir prejuízos acumulados até à data a
que se reporta a avaliação (PGC: Esclarecimento à nota 13.1 das Notas ao Balanço).

Contabilização
·.. . . ....

r:- ~es·ervas de reâvaliação -leg'Jls


'

56~

Pelo aumento de valor das amortizações acumuladas Pelo aumento de valor dos- activos reavaliados,
dos activos reavaliados, por crédito da conta por débito da conta ·
• 18.1.- Amortizaç(jes acumUladas, Imobilizações • 11- Imobilizações" corpóreas ou

·.: .•.•.·_•--·. "c'_·.~·~·!G:._·,.[if!.~~~~~if?M~M~~;~~·-~1~Í)(iÁ;·;,;~~;~,-~_;;}.c· : ·.~-l.·_, ._·~


h: e.= ~.s_· .~-· -Uo,.·"' · .~e '.-• ·. .~.- .·•:43.4~n~~$timentof3fiJJan.c..eír()pf.Jav_estirnentos
' ' .::.· ":"---· ·.., ·__' .::...... ~ _ -.- ,;, .•.t~/ff'-~1)'!_-r~X~X?.~.~:'
... ;· ?··~f·-,·~·i.
.. ..;·... ... .. m-.:_
... ____ •..' __;_..•.t._._.. o.-.·._··.·.·.s.·.-..••..•·•..••.•..•...:_•.···.·.·:·.·,•.·.....·.•.. ··.·••
· : .,
"fi. . ·.·.-=c; /~
·-:' :· • "'· . ,., ·"· •.

-· -. -.. . .:~_ . ,- :·-·_· . - -:- _~:~:r~:~~~ 'l~~~ ~ ·~~i t


·. Pe!~U~~~f- va ém capital
?H-CJ~ ' '{~:i_,i.:·t?ú&;. -
-P~Iâ·J•tQ!~~9~~~~a r~~ercv~~~-~t~.q.ot>·~.rtcur~• cte.pre}yí~os, -
por. cr~gttoda;'éõniâ ái'~ l~~suiiâêJõs
;_f·;·>( .- .: - :-:::·;.
:transitados:~
. . :.: -'- : ·.:. _: _-- . -_- . :_ . :·.
,__.. ·::. ··• ':: .ó -:::_\__--:~<;:'. :::~_:_·--. "~t:: ~:::·::·'_: ~- ~~:: ~:'"!: ~:: '::.:(.(\_-:'~-·:;::-:·- -~- ~

(Ver explicação sobre aplicação dos resultados na conta 81 -Resultados transitados)

56.2 - Reservas de Reavaliação - Autónomas

As subcontas da conta 56.2 - Reservas de reavaliação - autónomas destinam-se a


registar o valor resultante das reavaliações efectuadas por iniciativa da empresa.

56.2.1- Reservas de Reavaliação- Autónomas- Avaliação

"Esta conta destina-se a registar os ajustamentos monetários resultantes de avaliações feitas


por perito independente, bem como as correcções subsequentes baseadas em revisões posterio-
res da avaliação. Salvo quanto às correcções já referidas, o saldo desta conta mantém-se
(continua)
Capítulo 5 d]Í

i continuação)

inalterável até que a conta Reservas de Reavaliação autónOJnas - realização (conta 56.2.2)
atinja o mes1no valor, devendo, quando tal acontecer, proceder-se ao respectivo balancea1nento/
/anulação.
Estas reservas não podem pois ser utilizadas para au1nentar capital, para cobrir prejuízos ou
para distribuição aos sócios e accionistas." (Notas Explicativas)

Contabilização

Pelo aumento de valor das amortizações acumuladas Pelo aumento de valor dos activos reavaliados,
dos activos reavaliados, por crédit9'da
.
cpnta
.
c pordébíto.da conta:
• 18.1 -Amortizações acumuladas, Imobilizações • 11 - Imobilizações corpóreas ou
corpóreas· ou _ • 13.4- lnvestimentostinanceirosJ Investimentos
• 18.3- Amortizações acumuladas! Investimentos em imóVeis.
financeiros em imóveiS
Pela anulação do saldo da conta, quando os bens
reavaliados estão totalmente amortizados ou quando
estes são vendidos, pordébito da conta 56.2.2- Reservas
de Reavaliação, Autónomas, Realização.

56.2.2 - Reservas de Reavaliação - Autónomas- Realização

"Esta conta destina-se a registar a realização efectiva dos ajustamentos monetários resultan-
tes de avaliações feitas por perito independente (incluindo as correcções subsequentes basea-
das em revisões posteriores da avaliação) contabilizadas na conta Reservas de Reavaliação
autónomas- avaliação (conta 56.2.1) que ocorram em resultado de:
• Venda dos bens.
• Amortização do ajustamento monetário incluído nas amortizações dos bens já efectuadas.
Esta conta, de natureza devedora, deve ser:
• Criada por contrapartida da conta 58 -Reservas livres.
• Corrigida em função das correcções subsequentes da avaliação.
• Anulada por contrapartida da conta Reservas de Reavaliação - autónomas - avaliação
(conta 56.2.1) quando atinja o mesmo valor desta." (Notas Explicativas)

Contabilização

:--_. . . :· .:_. · :_·.....;:·_:::· ·. ··:· :.. "<. ·~f.:. ·-. .{·:_:: '<':. -: ·.. :_ ·/:. :_· : ....: . :.: .:. ,:· · ·:·__ ·,
P~Joy~lgr/éo~tiz~dq.~,a,t~$er:ya,ppr:rédi~o:9Rço.ntª- ·
ss·y~2~~~~:Jl~'f;~Y."/•···\···•·-·······'i;·:i::.:. .•··r-•••········ ;;-.?- . ·_·._ .· .._·...·
Pe.lp •. ajust~ ril~.nto qoyalor··r~él.flzi:ldo da. rey~ry~ -· ·•·. ;· · · ·• . ·
.deç?rr~nt~d~ .·_.C,orfrçÇões_ su.~~~qu~~t~.~···ã r~~~r~a· ?e
re~vali(l9âolnipiéJ;,_pqt.pté~Ut9(J_flG()Qt(j•a~-?Be$é!'Vas
livres. ·· ·· · · · ··
236 Parte 11 -O conteúdo, a movimentação das contas e exernplos práticos

Apresentam-se, de seguida, vários exemplos práticos representativos das diversas


modalidades de reavaliação.

Deve-se começar por distinguir:

1) Se o~ béns já foram ou não reavaliados:


a. Bens nunca reavaliados- aplica-se o coeficiente ao valor de aquisição. Este coeficiente é
referente ao ano de aquisição.
b. Bens já reavaliados- aplica~se o coeficiente aoc;valor do activo resultante da última reava-
liação. Este coeficiente é referente ao ano da última reavaliação.

2) Se os bens estão ou não totaJmente amortizados


a. Bens totalmente amortizados - deve-se estimar o período de vida útil adiciona I.
b. Bens não totalmente amortif:ados -deve-se ajustar as depreciações acumuladas até ao
momento.
3) Sendo uma reavaliação autónoma
a. Se são reavaliados terrenos ou edifícios
b. Se são reavaliadas instalações ou equipamentos

• Exemplo 1 - Reavaliação legal: bens não totalmente amortizados


Uma empresa adquiriu um equipamento no ano N, por 10 000 000,00 Kz, tendo estimado uma
vida útil de 10 anos (taxa de amortização 10%).
Realizou a reavaliação a 31.12.N+3 (após a contabilização das amortizações do exercício).
O coeficiente de correção monetária utilizado foi de 1,12.

Etapas a seguir:
1) Determinar os saldos das contas associadas ao bem a reavaliar à data da reavaliação:
11.3- Equipamento básico: 10 000 000,00 Kz
18.1.3- Amortizações acumuladas, equip. básico: 10 000 000,00 + 10 x 4 =
=4 Ç>OO OOO,OOKz
- ·. '

2) Calcular ovalor . ~os ~aldos_das .é~~tas aJu,st_~dopelo c~eficient~v- _- __ - _ _


Valor de àquislção -
aJust~do
·. . . -
(G9!1fa
_.
11;3}:.
-
~O 000 OQQ,QQ
. . : -. -
x 1_,12
. '- -· . .. ·...-. . ·•• . ~~ . ... - . . :. . '·
=:11 200 000,00 Kz
Valor das atnórjiÍaçâes acuhlllladâs ajustado (conta 18.1.3): 4 OOQ 000100 X 1,12 =
= 4 480 000,00-Kz
3) Calcular o aumento a registar em cada conta, dado pela diferença entre o valor ajustado e o
valor inicial:
Aumento da conta 11.3: 11200000,00-10 000 000,00 = 1200 000,00
Aumento c;la cont~<L8.1.3:
·.... ·_.·_.- -. ·:> .· . -:··-.;,\: .--.
~
4 480 ooo,oo
.. . ·:-- : - . . . .
~ 4 ooo
.
ooo,oo
·. . .
480,. _. .ooo,qo = ~

4) Contabilizar areêlValla~âp: /-~-


a) Pelo aumento dàiVªIdr dfi aquisiÇão
,.; -: . ..--::·~-:<_::.~-:~':}:~---~~~-~:~~~~~\-~r-~ :·'t~_:·>/:._:.~- ~ :. ·.:-. \--:: . . . . ·-=_:: :·~- -->· :. l:
Debita 11.3-"- lmobHiz{ corp . , Equipamento básico ................................... 1 200 000,00
Credita 56.1 '- Reservas de reavaliação, Legais ........................................ 1 200 000,00
. . ..
b) Pelo aumentótlás amOrtizações acumuladas
Debita 56.1 ~ Reserv~sde;teavéliação, Legafs ·············~····························· 480 000,00
Credita 18.1.3- ArhórtizaÇôes ãcumuladas,;Equip. básico ........................... 480 ooo,oo

(continua)
Capítulo 5 237

(continuação)

Saldos finais:
11.3 (sd): 11 200 000,00 Kz
18.1.3 (se): 4 480 000,00 Kz (11 200 000,00 + 10 x 4)
56.1 (se): 720 000,00 Kz
Amortizações do exercício dos 6 anos seguintes:
11 200 000,00 X 10% = 1120 000,00 Kz
f

• Exemplo 2- Reavaliação legal: bens totalmente amortizados


Uma empresa adquiriu um equipamento no ano) N, por 10 000 000,00 Kz, tendo estimado uma
vida útil de 5 anos (taxa de amortização 20%) .
. Realizou a reavaliação a 31.12.N+4 (após a contabilização das amortizações do exercício).
O coeficiente de correção,monetária _utili?ado foi de 1,2.
Vida útil adicional atribuída: 3 anos. Ou seja, a vida útil total do bem passa a ser de 8 anos
(taxa de amortização correspondente: 1 + 8 = 12,5%).

Etapas a seguir:
1) Determinar os saldos das contas associadas ao bem a reavaliar à data da reavaliação:
11.3- Equipamento básico: 10 000 000,00 Kz
18.1.3 -Amortizações acumuladas, Equip. básico: 10 000 000,00 + 5 x 5 =
= 10 000 000,00 Kz

2) Calcular o valor dos saldos das contas ajustado pelo coeficiente:


11.3- Equipamento básico: 10.000 000,00 x 1,2 = 12 000 000,00 Kz
18.1.3- Amort. acum., Equip. básico: 10 000 000,00 x 1,2 = 12 000 000,00 Kz
3) Calcular a correcção das amortizações acumuladas, pelas amortizações dos anos de vida útil
adicionais (conta 18.1.3):
3
12 000 000,00 X - - = 4 500 000:00 Kz
5+3
(Vaq. reav. X n. 0 anos de vida adicionais+ n. 0 anos de vida útil total)

4) Calcular o valor a registar em cada conta, da~o. pela diferença entre o valor ajust<:~~? e o valor
inicial: .. .
~_umento •. <Jél_•- cp_nt~_• j_~~.$:_·-'12 .OOQ_·. Q.OQ~Oo··_ ~_•io _ooo··oo010Ó =,_2.000 _oo.o,oo··~
Aumento_aai·é6ntél-~B~i~3:}2-poo·.ooo,po- 10 9óQO~Q;go = ~.(){)oogg,oo
Diminuição dà.conta 18.1~3:' 4 5Ó'O ÓOO~OO Kz (váíbr t6tEil'âas arriortrzàÇõ'és·a regfstár'Hos
3 anos seguintes)
5) Contabilizar
a) Pelo aum~nto do valor de aquisição
Debita 11.3- ltnobitiz.
-
corp., Equipamento
:-
. .
básico
-. . .
................................._.. 2 '"" ...."''
. . .

Credita 56.1- Re$erva7 .de reavaliação, Legais ......................... ;.............. :


b) Pelo aumento das amortizações acumuladas
' i

Debita 56.1- Re~ervas de reavaliação, Legais ........................................ 2 000 000,00·


Credita 18.1.3- Ámortizações acumuladas, Equip. básico 2 000 000,00
c) Pela diml!Juição das amortizações acumulaçias
Debita 18.1.3 -Amortizações acumulaqas, Equip. básico ........................ 4 500 000,00
Credíta 56.1 - Reservas de reavaliélção, Legais ........................................ 4 500 OOO.,QQ,

(continua)
238 Parte 11 -O conteúdo, a n1ovín1entação das contas e exernplos práticos

(continuação)

Saldos finais:
_'11.3 (sd): 12 000 000,00 Kz
·18.1.3 (se): 7 500 000,00 Kz (12 000 000,00 + 8 x 5)
õ6.1 (se): 4 500 000,00 Kz
Amortizações do exercício dos 3 anos seguintes:
12 000 000,00 + 8 ~ 12 000 000,00 X 12,5% ~ 1 500 000,00 Kz

" 3 - Reavaliação autónoma: imóvel


• Exemplo
Uma empresa adquiriu um imóvel no ano N, por 100 000 000,00 Kz, tendo estimado uma vida
útil de 25 anos (taxa de amortização 4%). O valor do terreno foi de 25 000 000,00 Kz e valor
do edifício de 75 000 000,00 Kz.
Em N+6, a empresa realizou uma avaliação autónoma do imóvel, tendo-lhe sido atribuído o
valor de 180 000 000,00 Kz.

Ou seja,
avaliação do terreno: 25% x 180 000 000,00 ~ 45 000 000,00 Kz
avaliação do edifício: 75% x 180 000 000,00 ~ 135 000 000,00 Kz
(estas percentagens 25%/75% correspondem à proporção que o terreno e o edifício represen-
tam no valor de aquisição inicial do imóvel).

Etapas a seguir:
1) Determinar os saldos das contas associadas ao bem a reavaliar à data da reavaliação:
11.1.4- Terreno: 25 000 000,00 Kz
11.2- Edifício: 75 000 000,00 Kz
18.1.2- Amortizações acumuladas do edifício: 75 000 000,00 + 25 x 7 =
~ 3 000 000,00 x 7 = 21 000 000,00 Kz

Valor líquido do edifício: 75 000 000,00 - 21 000 000,00 = 54 000 000,00 Kz

Nota: Na reavaliação de edifícios, o registo contabilístico segue uma lógica ·de substituição do
valor do activo anteriormente registado pelo seu novo valor de avaliação. Assim, ajusta-se o
valor líquido do edifício para o seu valor de- avaliação ..
. . ··' ..... . .

~-~) ·_:.catç~l~r o._f.luJ11et1tode_~al()ra r~g~$tar-_n·<>- ac,tlvq: _ .-_


JAumeqto oa~u~ota:1i1~: _.-45 -OQGlDOO, e> o·--~ ;'2s,oooooo;oo :.=7 2?--- oo.o _ -.·o9p,oo
~V[lj@_nto:~~.9Ôtltª,~1~1: 1;3p ClQO.··Q()Q,OÓ· .•.~.·.54pO-O·.•Qü0,00.==··81- 000000,00
'(após ~àldar~ coríb:{i812) · · -- · : · .

3) Contabilizar a reavaliação do imóvel


q}Pela reavaliação do terreno
:metbita <11.1.0:--:Jerrenos comedifíciqs ................................... ; ............. 20QOOODO,OO . .,
::6réJita· . ··.·_5~~L2.1~,B~$. ~e.reav.,.Autônomas,Avaliaçãcl ........... -'-'•···············
.:.:.: ··.·· .·· .: ....... >·.-.·:·. .. > .. _:. ;·.· .-
2o·ooo.oô<Y,ôó
.b) Reavaliação dó edifício
b1.) Anulação das am.prtiza_çõ~s acumuladas
tlêbitã fEt1.2L h.mortizJções acumuladas, Edifíció··e 6wtrasccmstruçõés .... 21 ooo ooo,oo
Credita 11.2.1. - Edifício's ; ..................................................................... 21 ooo ooo,oo
tb2) Ajustamento CW'Valor líquido do edifício para o seU valor dé avaliação
;Debita 11.2.1- Edifícios ...................................................................... 81 000 000,00
.credita 56;2.1 - Res. de reav., Autónomas, Avaliação ............................ ·' 81 000 000,00

(continua)
Capítulo 5 239

(continuação)

Saldos finais:
11.1.4 (sd): 45 000 000,00 Kz
11.2.1 (sd): 135 000 000,00 Kz
56.2.1 (se): 20 000 000,00 + 81 000 000,00 = 101 000 000,00 Kz
Amortizações do exercfcio do edifício dos 18 anos seguintes:
135 000 000~00 + 18 = 7 500 000,00 Kz
' ~

4j Contabilizar anualmente a realização da reserva de reavaliação:


• a reserva de reavaliação do terreno só será realizada quando a empresa o alienar (dado
que não é depreciável)
• a realização da reserva de reavaliação do edifício ocorre através das amortizações do
exercício:
81 000 000,00 + 18 =4 500 000,00 Kz
Este valor corresponde à diferença de valor das amortizações que a empresa teria se não
houvesse reavaliação'e as amortizações que a empresa tem por ter feito a reavaliação:
7 soo ooo,oo Kz- 3 ooo·ooo,oo Kz = 4 5oo ooo,oo Kz

Contabilização das amortizações e da realização da reserva do edifício nos 18 exercícios


seguintes (se o imóvel não for vendido):
a) Pela amortização do exercício do edifício
Debita 73.1.2- Amortizações do exercício, Edifícios e outras construções .... 7 500 000,00
Credita 18.1.2- Amortizações acumuladas, Edifícios e outras construções 7 500 000,00
b) Pela realização anual da reserva de reavaliação
Debita 56.2.2- Res. de reav., Autónomas, Realização ............................. 4 500 000,00
Credita 58- Reservas livres ..... ~ ........ ~ ..................................................... 4 500 000,00

Rea~aliação a~.tón~ma: i~st~laçê)e~ e. equiJ]amfJn~os


NestetipG de reayaH9çê)esjjà<;tçonsid~rar'9·seguinte:
• 9 p~nt& dpc~~WP~Ô1ért1:ô é ajult~~qa (~q@él1tád~) ~ara ó ·seviJusto dé.reQ!j~l~ão/-(Válor qe, aqui-
sição. a.ctqaf.. cfO activo):.;~.": -· ;, - . -. : :: . . , ". .- · , · ·· · ., : ' ..

• ·rel~t~me~t~;ttls âtnó~itáÇiíe~-áclliiJulâdâs.itjq• ·é%ft1fPa!YlêHlô,·i~'• çQrí~JÍi~~~~ré ··idêntiQq à


cont;qbilizaçãp dos exemplo$ dados para a.·reavaliaqão ·íegal. As •. aníorti~a?'?;~~:têrn,de .ser ajus-
taqa§ na.·.·rnesm.a •. proporçãQ . ·do cij~~t~mento.r~allz(3<:fo .• a?· y~lor.dr·aqui~iç~·-~;'·~9p.~xemplo,,se o
valqr de ··aqui~Iç.ã.~•.tive_r s.i~o q~: ~0:8go,?9. .Kf. •. ~R:!qqsto .• p.~f~.~R§iÇ?<?;-~:P:\-~1i@,~.&rnento for .de
·=~t.~f!·.~~Jittâ~~~~~&~7~á~J~~~~:~1~lã~~~~i~~!:~~~W~~-~~~:~~~~~;~:o 009
/:RP.:.
• relativamehte à· realitpçâOJinuql da resérvà dere.àvaligÇão, o seYf~~:tÕrjê daltdlado atrav.és~ da
diferença das amortizaçõe$ que a empresa teria se não houvesse reavaliação e as
amortizações que ·a kmpresa tem por ter feito à reavaneção •oü, de urn modo mais directo,
dividindo a reserva de reavaliação pelos anos de vida restantes do bem reavaliado.
240 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exernplos práticos

57 - Reservas com fins especiais

"Esta conta destina-se a registar reservas afectas a um determinado fin1 específico."


(Notas Explicativas)

Podem ser criadas várias subcontas desta conta, nomeadamente para registar as
reservas indisponíveis associadas às acções próprias (conforme explicação dada na
conta 52- Acçõesjquotas próprias) ou para registar as reservas associadas a contratos
assumidos pela empresa, durante a realização dos mesmos.

Contabilização

Pela anu1àç~o ou_ dirnimlição da. reserva. conlftns · Pela cónstítl.lição'fou retorço da reserva com fins
especiais;· por crédito da conta- 58 ._ 'Reservas livres. especiais, por débito da conta
• 81 -Resultados transitados ou
• 58 - Reservas livres.

58 - Reservas livres

Esta conta destina-se a registar as reservas que não estão vinculadas a nenhum
objectivo específico, podendo os sócios decidir livremente sobre a sua utilização.

Contabilização

t·::_ :' .. -:,.--:_ ~- ...:_:··~-.-:. ·:_~::·> ::'~- <..:.<_:_:: _-.__:': _. ·:".._ ·.:. ·->·:·: .. -:: -
_L :.§8 i; f!e$~,rva$ ~~v~e.$ -, _//·
Pela incorporação das reservas livres em capital so"cial, . Pela co~stituição Ol.l reforço das r<:}servas livres,

(Ver explicação sobre aplicação dos resultados na conta 81 -Resultados transitados)


I
Capítulo 6

OAPÍT:UL06

Classe 6 - Proveitos e ganhos por natureza


Esta classe regista os proveitos e ganhos que a empresa obtém no desenvolvimento
da sua actividade, os quais representam um aumento da sua situação líquida.

"Rédito:
Rédito é o influxo bruto de benefícios econónlicos, durante o período, proveniente do curso das
actividades ordinárias de uma entidade, recebidos ou a receber de sua própria conta, quando
esses influxos resultarem em aumentos de capital próprio, desde que não sejam aumentos
relacionados com contribuições de participantes no capital próprio.
O rédito deve ser medido pelo justo valor da retribuição recebida ou a receber, acordada entre
a empresa e o comprador ou utente do activo, tendo em atenção a quantia de quaisquer des-
contos comerciais e de abatimentos de volume concedidos pela entidade.
Quando surja uma incerteza acerca da cobrabilidade de uma quantia já incluída no rédito, a
quantia incobrável ou a quantia a respeito da qual a recuperação tenha deixado de ser prová-
vel é reconhecida como um gasto e não como um ajustamento da quantia do rédito original-
rnente reconhecido." (Notas Explicativas)

A classe 6 está organizada em função da natureza dos proveitos e ganhos, designa-


damente em proveitos operacionais (nas contas 61 a 65), proveitos e ganhos financeiros
(nas contas 66 e 67), proveitos e ganhos não operacionais (na conta 68) e proveitos e
ganhos extraordinários (na conta 69).

Movimentação das contas da classe 6 - Proveitos e ganhos:

Regra geral, as contas da classe 6 apenas se creditam (excepto se houver um es-


torno ou uma anulação de lançamentos anteriores).

Todavia, há subcontas nesta classe que não seguem este princípio geral, urna vez
que se destinam a registar a redução de proveitos resultantes de descontos e abati-
mentos concedidos a clientes e devoluções ocorridas. As subcontas nas quais se debitam
as reduções de proveitos são as seguintes:

61.7- Vendas, Devoluções


61.8 -Vendas, Descontos e abatimentos
62.8- Prestações de serviços, Descontos e abatimentos

Todas as contas têm uma última subconta 6X.9 que é utilizada para transferir o
saldo da conta para resultados durante o exercício ou no final do mesmo. Assim, a sub-
conta 6X.9 d~ cada conta de proveitos e ganhos é debitada por crédito da respectiva
conta de resultados: 82 - Resultados operacionais, 83 - Resultados financeiros, 84 -
Resultados financeiros em filiais e associadas, 85- Resultados não operacionais ou 86-
Resultados extraordinários.

PLAPGC_16
242 Parte n - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Considerações fiscais

O art. 0 13. 0 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de


Outubro, determina os proveitos e ganhos considerados fiscalmente:

"1. Consideram-se proveitos ou ganhos realizados no exercício, os provenientes de quaisquer


transacções ou operações efectuadas pelos contribuintes em consequência de uma acção
normal ou ocasional, básica ou meramente acessória, e designadamente dos derivados:
a) da exploração básica, tais como a venda de bens ou serviços, de bónus e abatimentos
conseguidos, de comissões e corretagens;
b) de explorações complementares ou acessórias, incluindo as de carácter social e assisten-
cial de que advenham proveitos ou ganhos;
c) de operações de natureza financeira, tais como juros, dividendos, participações em lucros
de sociedades, descontos, ágios, transferências, variações cambiais e prémios de emissão
de acções e de obrigações, não tributados noutro imposto;
d) de rendimento da propriedade industrial ou outros análogos;
e) da prestação de serviços de carácter científico ou técnico.
f) os valores de construções, equipamentos, ou outros bens de investimento produzidos e
utilizados na própria empresa;
g) as inde1nnizações que representem compensação por lucro cessante ou dano e1nergente
de quaisquer tipos;
h) as mais-valias realizadas que, para efeitos do presente Código se consideram os provei-
tos ou ganhos realizados, mediante transmissão onerosa, de quaisquer bens ou direitos,
qualquer que seja o título por que se opere a sua transmissão;
i) as variações patrimoniais positivas, excluídas as que decorrem de entradas de capital ou
coberturas de prejuízos, efectuadas pelos titulares do capital ou créditos de impostos;
j) os perdões de dívidas.
2. Não se consideram proveitos ou ganhos as rendas recebidas pelo exercício de qualquer acti-
vidade sujeita a imposto predial urbano."

61- Vendas

"Esta conta destina-se a registar o rédito proveniente da venda de bens.


Para este efeito, o termo bens inclui bens produzidos pela entidade com a finalidade de serem
vendidos e bens comprados para revenda, tais como mercadorias compradas por um retalhista
ou terrenos e outras propriedades detidas para revenda." (Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


61.1 - Produtos acabados e intermédios
61.2 - Subprodutos, desperdícios, resíduos e refúgos
61.3 - Mercadorias
Capítulo 6 2

61.4- Embalagens de consumo


61.5- Subsídios a preços
61.7 - Devoluções
61.8- Descontos e abatimentos
61.9- Transferências para resultados operacionais

Cada uma das subcontas da 61.1 à 61.8 está subdividida em 61.X.1 - Mercado
nacional e 61.X.2- Mercado estrangeiro.

Contabilização

61· ...-VenQé~

Pelas devoluções, descontos fora da factura ou Pelo valor de venda (líquido de descontos e
rectificações, por crédito da conta .. abatimentos comerciais! registados na própria factura),
• 31.1 :- Clientes, Cliéntes - correntes ou . por débito da conta
• 43 ~ Depósitos à ordem ou • 31.1 ~Clientes, Clientes- correntes ou
• 45 ~Caixa. • 43 - Depósitos à ordem ou
• 45- Caixa.

(Ver explicações sobre vendas, descontos e devoluções na Classe 2 - Existências)

Considerações fiscais

As vendas estão sujeitas a imposto sobre o consumo, nos termos do n.o 1 do art.o 1. 0
do Regulamento do Imposto sobre o Consumo (RIC) aprovado pelo Decreto Presidencial
n. 0 3-A/14, de 21 de Outubro, podendo, contudo, estar isentas, nomeadamente nas ex-
portações, em função da actividade do sujeito passivo dos bens a transmitir, ou outras
previstas no art. 0 4. 0 do RIC.

O valor tributável sujeito a Imposto sobre o Consumo está definido no art. 0 7. 0 do


RIC. As formalidades para emissão de facturas e documentos equivalentes e prazos
estão definidas nos art. 05 15. 0 e 16. 0 do RIC.

O art. o 16. o do RIC estabelece a obrigação de a contabilidade estar organizada de


forma a possibilitar o conhecimento claro e inequívoco dos elementos necessários ao
correcto cálculo do imposto.

61.1 - Produtos acabados e intermédios

Esta conta destina-se a registar a vendas de produtos acabados (produto final) ou


intermédios (que podem ser vendidos numa fase anterior ao seu acabamento ou reen-
trar no ciclo normal de produção) efectuadas a terceiros. A utilização desta conta é ca-
racterística de empresa~ industriais.

61.2 - Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos

Esta conta destina-se a registar as vendas de produtos que resultam do processo


produtivo normal, não consistindo no objectivo principal de produção. Estes produtos
têm normalmente valor comercial reduzido (ou nulo). A utilização desta conta é caracte-
rística de empresas industriais.
~44 Parte 11 -O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

61.3 - Mercadorias

Esta conta destina-se a registar as vendas de bens e produtos adquiridos ao exte-


rior, os quais não são sujeitos a qualquer transformação.

61.4 - Embalagens de consumo

Esta conta destina-se a registar as vendas de embalagens que são facturadas aos
clientes, e que podem ser devolvidas posteriormente por estes.

(Ver explicação sobre embalagens de consumo e taras e vasilhame na conta 11.6- Taras e vasilhame).

61.5- Subsídios a preços

"Esta conta destina-se a registar os subsídios a receber do Estado destinados a co1nplementar


os preços de venda de bens que tenham sido por ele fixados." (Notas Explicativas)

(Ver explicação na conta 34.8 -Subsídios a preços)

61.7 - Devoluções

"Esta conta destina-se a registar as devoluções de clientes relativas a bens que anteriormente
lhe tenhan1 sido vendidos.
Para um maior controlo, as subcontas Mercado Nacional e Mercado Estrar1-geiro poderão ser
desenvolvidas por natureza de bens devolvidos." (Notas Explicativas)

Contabilização

· • ~~~~s-~~~wij~~ya~'véhdas,'pyr;órlé~itb;;dà·• ~ohta··· ·
·· -•.:~§tt :J'.êfféntõs;tiiêlit~s ~--aorrehtes: ou
• 43 -Depósitos à ordem ou
• 45- Caixa.

(Ver explicações sobre descontos e devoluções na Classe 2 - Existências)

61.8 - Descontos e abatimentos

I
"Esta conta destina-se a registar os descontos e abatimentos em vendas que revistam a forma
de descontos comerciais.
Para um maior controlo, as subcontas Mercado Nacional e Mercado Estrangeiro poderão ser
desenvolvidas por natureza de bens devolvidos." (Notas Explicativas)
Capítulo 6 24

Contabilização

.q~~SPQ.isco~tc1se:ªba1imel}to$
Pelos descontos e abatimentos registados fora da
factura:( em notas de crédito), porcrédito da conta
• 31.1 -: Clientes, Clientes--- correntes ou
··43- Ç>epósitos à ordem ou
• .45-
11
Caixa .

(Ver explicações sobre descontos e devoluções na Classe 2 -Existências)

61.9 - Transferência para resultados operacionais

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta de Vendas por contrapartida
da conta 82.1 - Resultados operacionais, Vendas. Esta conta é movimentada aquando
do apuramento dos resultados.

Contabilização

«;f.9 .,. Transfe.rêne,ia par~ resultéldos operacionais


,·. .. . .. . ·-;. · .. -··"/ . . ........ :.·

Pela transferência anual do saldo das vendas, aquando Pela transferência anual do saldo das devoluções de
do apuramento dos resultados, por crédito da conta vendas e descontos e abatimentos (fora da factura),
82.1 - Resultados operacionais, Vendas. aquando do apuramento dos resultados, por débito
da conta 82.1- Resultados operacionais, Vendas.

62 - Prestações de Serviços

"Esta conta destina-se a registar o rédito proveniente da prestação de serviços.


A prestação de serviços envolve tipicamente o desempenho por uma entidade de uma tarefa
contratualmente acordada durante um período de tempo igualmente acordado que pode ser
prestada dentro de um período único ou durante mais do que um período." (Notas Explicativas)

Os serviços prestados pela empresa, pelo facto de não serem tangíveis, uma vez
prestados não podem ser devolvidos.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


62.1- Serviços principais
62.2 - Serviços secundários
62.8- Descontos e abatimentos
62.9- Transferências para resultados operacionais

Cada uma das subcontas da 62.1 à 62.8 está subdividida em 62.X.1 - Mercado
nacional e 62.X.2- Mercado estrangeiro.
246 Parte 11 - O conteúdo. a movimentação das contas e exemplos práticos

Contabilização

Pelos descontos fora da factura ou rectificações, Pelo valor da prestação de serviços (líquido de
por crédito da conta descontos é abatimentos comerciais registados
• 31.1- Clientes, Clientes - correntes ou na própria factura), por débito da conta
• 43 - Depósitos à ordem ou • 31.1 - Clientes, Clientes . .:. correntes ou
• 45- Caixa. • 43 - Depósitos à ordem ou
• 45- Caixa.

Considerações fiscais idênticas às da conta 61- Vendas.

62.1 - Prestações de serviços - serviços principais

"Esta conta destina-se a registar as prestações de serviços que façam parte da actividade da
entidade e que sejam executadas a título principal.
As subcontas Mercado Nacional e Mercado Estrangeiro deverão ser desenvolvidas por natu-
reza de serviços prestados." (Notas Explicativas)
...,,,,..

62.2 - Prestações de serviços - serviços secundários

"Esta conta destina-se a registar as prestações de serviço que façam parte da actividade da
entidade e que não sejam consideradas actividades principais.
As subcontas Mercado Nacional e Mercado Estrangeiro deverão ser desenvolvidas por natu-
reza de serviços prestados." (Notas Explicativas)

62.8- Descontos e abatimentos

. "Esta conta destina-se a registar os descontos e abatimentos em prestações de serviço que


revistam a forma de descontos comerciais.
Para um maior controlo, as subcontas Mercado Nacional e Mercado Estrangeiro poderão ser
desenvolvidas por natureza de serviços prestados.)' (Notas Explicativas)

Contabilização idêntica à da conta 61.8- Vendas, Descontos e abatimentos.

62.9- Transferência para resultados operacionais

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta de Prestação de serviços por
contrapartida da conta 82.2 - Resultados Operacionais, Prestações de serviços. Esta
conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 61.9- Transferência para resultados operacionais.


Capítulo 6 24 7

63 - Outros proveitos operacionais

Esta conta destina-se a registar os proveitos decorrentes das actividades que não
sejam próprias dos objectivos principais da empresa, assim como as verbas concedi-
das à empresa sob a forma de subsídios.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


6,3.1 - Serviços suplementares
63.2- Royalties
63.3- Subsídios à exploração
63.4 - Subsídios ao investimento
63.8 - Outros proveitos e ganhos operacionais
63.9- Transferência para resultados operacionais

63.1 - Serviços suplementares

"Esta conta destina-se a registar proveitos inerentes ao valor acrescentado, de actividades


que não sejam próprias da actividade da entidade." (Notas Explicativas)

O PGC tem previstas subcontas de maior grau, designadamente, 63.1.1- Aluguer de


equipamentos, 63.1.2- Cedênc!a de pessoal, 63.1.3- Cedência de energia e 63.1.4-
Estudos, projectos e assistência técnica.

Estas subcontas são creditadas apenas quando este tipo de proveitos não faz parte
da actividade corrente da empresa. Quando fazem parte da actividade corrente da em-
presa, os proveitos devem ser registados na conta 62- Prestações de serviços.

Contabilização

· Pélos_ ·_descohtosfora.-.da-.f~çtu~a··,ôu.r~Ctifi.c~çÕ~§.•···por-
crédito da conta
v • • • -
7
• ' ' • • • • • • • • ~
.

~· 3f.$;·•~•-·•OvfrQS-valot~s.:qrcà~per:qq.ª:Pªgfl.r:9o_
: ~~'J:,_~_• _:_·;- ·._P.-~ x_-. ~.:-~1-·t.~~~ q~~~,:~üi'Y"' , -..···'< ,:. '
' ' '
••

.' .
~-:-.' ·o.·~·::·~~<:_!}:~~.~ :\~_f(-'"· ',

63.2 - Royalties

"Esta conta destina-se .a. registar os proveitos derivados do uso, por terceiros de imobilizados f
da entidade, como por exemplo, patentes, marcas, copyrights e software de computadores." ~
(Notas Explicativas)
248 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Considerações fiscais

De acordo com a alínea d) do n. 0 1 do art. 0 13. 0 do Código do Imposto Industrial,


aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro, os rendimentos de propriedade indus-
trial são considerados proveitos fiscais no exercício em que ocorrem.

63.3 - Subsídios à exploração

"Esta conta destina-se a registar subsídios a fundo perdido concedidos à entidade, com a
finalidade de cobrir custos que não se relacionein com investimentos em ünobilizados."
(Notas Explicativas)

Contabilização
.,
· ea.s:- sij~sídlos ã._explo~ç~~'-
Pelo valor dos subsídios atribuídos, por débito da
conta
• 37.9- Outros valores a receber ou a pagar ou
• 43 - Depósitos à ordem ou
• 45- Caixa.

63.4 - Subsídios a investimento

"Esta conta destina-se a registar os subsídios a fundo perdido concedidos à entidade destina-
dos a financiar imobilizados amortizáveis.
O registo é feito apenas pela quota-parte do ano que se destine a compensar os custos relacio-
nados, a qual deverá ser determinada de a'cordo com as disposições constantes da rubrica
37.6.3- Proveitos a repartir por exercícios futuros- subsídios para investimento."
(Notas Explicativas)

Contabi Iização

-·, :~n~t~ico., . .-,";~, ., . . . <···_.J~~~-ijª;~tõp~?ç~~~;~~~uifsrH(~·/;:·


(id~pfip~~~~2if.tnP~izflçªo .do b~JJi.·~ci~~i~Iapq>·ppr;'~e~Jto
d~·cdntâ-'~a·.6;3 ~Piovêttos.a.re~artJf(Por i>erfodos
futuro$, Sub$fdios para1rive~tlm~nto: ~", · ·

(Ver explicação na conta 37.6.3- Proveitos a repartir por períodos futuros, Subsídios para investimento)

63.9 - Transferência para resultados operacionais

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Outros proveitos operacionais
por contrapartida da conta 82.3- Resultados Operacionais, Outros proveitos operacionais.
Esta conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.
Capítulo 6 249

Contabilização

·· ·. :rc--'~;~i'·:~;~:. ~ \·; :~"-"~·.·_,~~::rsars·:·..:tr~~~!~-t~~,~i~Jia~ra·rij~íJitâd.tis}~íl~rtiç1oliªi~'


4

Pela tra.nsferência anual do saldo dos outros proveitos


operacionais, aquand() do apuramento dos resultados,
por: crédito.da_·_cor~ta82.3'_7' Resultados operacionais,
Outros proveitos operacionais.

64 - Variação nos inventários de produtos acabados e de produção em curso

"Esta conta destina-se a registar:


A crédito, a compensação dos custos incorridos e registados, por natureza, nas respectivas
contas de custos, que se relacionem com custos necessários à produção de bens e que devam,
por essa razão, ser transferidos para existências.
A débito, os custos da produção vendida.
O efeito líquido dos movimentos referidos dá, obviamente, a variação ocorrida nos produtos
acabados e na produção em curso.
Caso a entidade não disponha de meios para determinar separadamente os custos que devem
ser compensados e o custo da produção vendida, a variação ocorrida nos produtos acabados e
na produção em curso poderá ser determinada pelo diferencial entre as existências iniciais e
finais, devendo, neste caso, ser:
Debitada, pelo valor das existências iniciais de produtos acabados e da produção em curso.
Creditada, pelo valor das existências finais de produtos acabados e da produção em curso.
Esta conta terá, naturaln1ente, saldo credor se o saldo final de produtos acabados e da produ-
ção em curso for maior que o saldo inicial e saldo devedor na situação inversa."
(Notas Explicativas)

Contabilização

Pelo custo da produção· vendida, por crédito das ·Pela cornpênsÇ~ÇãO dos êustosincorridos·e.registádos,
r~sp.eftixas:o~~s_d_~ ~f.í~tê_ncia§ porn~Nrezél_;,rya.~-wspyc~i.Vª~ ygnta~?x cJJst9~. qye _ se
• 24 7Pr~âÚto~'~?étb~~qª;~;JQt~rrnédiÓ~ ______ ._____ . _;relt{qi~n~~.!P:~m"·cu~ro$~rêó~ª~~fi~$-a . tJMâu·çã~o-_··aé~- ~
~ 4;9:.~:-~ubprodyt~$~ ·4~~p~rdf~iq$,-•r~:;fq~os e·. r,f1[ugq~
ou í·'-
.· ;7~lf't~~,~~?W~t~ili~âr$o! . .. ·• · ·• ··
Peloiva.lor;d~§: ~.Xi$t~n9iêR.JgiPi.~j,~-~J~.-9ro~yt?$_ ·•-.-f4. 7 B/o.~uias. acabqo/o~·e-íf1termidiós_._ _•
~2~:~-~~R?_-!,â~.-R~9 .___ -;~mt~~~f:ii . B~r~r~_dit?g~r
· <~)tR_.;-~il#li,:~--~~{!~t,~~i~~M~B~rgíciqs;ry~íg~q$ ~~·te/u$os
ou ·<.
·re$pecti~ar--Cô.f1~~7.~j ~t(~s!!õ.!iàs-_:_•••··•--· · ·• o.:_••·· -___· · ·.· ·- _-_- ·:p,~'?:vàlbrd~si~xistência_~:finai~--dep~dut~s.·a.b~_~a~9s
• 23 - Produtos e tr?[J~Ihqs:-~i}-oúfsq : ~- · · .•.• ·•. -• - - ·.
•. _?4_ ~- - p~ogutqs ac~~~~os·.-~}n~~rpêdio~.- :•-• ·•· -• -· -·•-·_-._ •· .·• rG~Ofg§~.d\t.7~t§f~nc1~.(.
~~·pr9ÇV?~8evr·~Urso,-~or:.~ebit~---~a~re{)p~otiy9s. .
···25 .;- supprodutç#tw~~~~fâf.~id$;:'~síd~ds eri:Jfdgos - •:····:·_.•-o>::; ·- ·.

•-. ·23'.-t ~ro?utos._ª·-~?b~J{losem··çürso. _.


~ ·- 7~ ~Rro~l1~es:éic~pa~~09?;ín_te\mê~ios·;·- • - ·i.:i·•-·•·-
.' '25 ~--Sqtmtottt1'fO'S/,~~iP~riff.ct~titrê$f~uo~ "-l~rugos
250 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

64.9 - Transferência para resultados operacionais

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Variação nos inventários de
produtos acabados e de produção em curso por contrapartida da conta 82.4 - Resulta-
dos Operacionais, Variação nos inventários de produtos acabados e produtos em vias de
fabrico. Esta conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização

Pela transferência anual do saldo da variação nos Pela transferência anual do saldo da variação nos
inventários de produtos acabados e de produção inventários de produtos acabados e de produção em
em curso, aquando do apuramento dos resultados, curso, aquando do apuramento dos resultados,
por crédito da conta 82)1- - Resultados Operacionais, por débito da conta 82.4- Resultados Operacionais,
Variação nos inventários de produtos acabados e Variação nos inventários de produtos acabados e
produtos em vias de fabrico, (se a variação de produtos em vias de fabrico (se a variação de
produÇão for positiva- saldo credor). produção for négativa - saldo devedor).

65 - Trabalhos para a própria empresa

"Esta conta destina-se a compensar os custos incorridos e registados, por natureza, nas res-
pectivas contas de custos relativos a trabalhos que a entidade tenha realizado para si mesma,
sob a sua administração directa, aplicando meios próprios ou adquiridos para o efeito.
Estes trabalhos podem destinar-se ao seu ünobilizado ou podem referir-se a situações que,
pela sua natureza, devam ser repartidos por vários exercícios (caso em que serão registados
por débito da conta 37.4- Encargos a repartirpor exercícios futuros)." (Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


65.1- Para imobilizado
65.1.1- Corpóreo
65.1.2- Incorpóreo
65.1.3- Financeiro
65.1.4- Em curso
65.2 - Para encargos a repartir por exercícios futuros
65.9- Transferência para resultados operacionais

Contabilização

·péW~y~Ior}ci:?~;tr~balhó§j~~ozado~ ·p~ra•. a.pró~ria


~~:row.w~~rpor-.q~~~t<i·.-~~--~qptâ·:····--··- -
_- ~-- -~-r,?:t~;~----·-·'''·--~~~~;fp,rºê?t~~§-g9:-•.
_•~-:12'f1rpg _ .•_
. .-.-,.~Çd~:Sifp99fl?;p~fifl§ 9u
.-_:ts.·_-~)~~~S;tlpent9~-.Íina.~~eír~~-qu ·
·~J4:.~'1f!1?Rillf?ções etn_çLJ[Sppu _•-
a
• -37 A ~ En(iargo~ -repartirpqrpetíodos futuros.
Capítulo 6 251

65.9 - Transferência para resultados operacionais

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Trabalhos para a própria
empresa por contrapartida da conta 82.5- Resultados Operacionais, Trabalhos para a
própria empresa. Esta conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 63.9- Transferência para resultados operacionais.

66 - Proveitos e ganhos financeiros gerais

Esta conta destina-se a registar os proveitos e ganhos obtidos com as aplicações


financeiras ou com os investimentos financeiros (curto, médio e longo prazo).

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


66.1- Juros
66.2 - Diferenças de câmbio favoráveis
66.3- Descontos de pronto pagamento obtidos
66.4- Rendimentos de investimentos em imóveis
66.5- Rendimentos de participações de capital
66.6- Ganhos na alienação de aplicações financeiras
66.7 - Redução de provisões

66.1- Juros

"Esta conta destina-se a registar os juros resultantes do uso, por terceiros, de dinheiro ou seus
equivalentes, quer resultem de investimentos ou aplicações financeiras da entidade ou de
atraso no recebimento de quantias devidas por terceiros." (Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


66.1.1- De investimentos financeiros
66.1.2 - De mora relativos a dívidas de terceiros
66.1.4- De aplicações de tesouraria
66.1.5- Desconto de títulos

Contabilização

P~tq-?renqlJ1JeQ1os Q.wos~ qe1qy7stir:ne9t?s ou


gplic~çRe$'fiõtín~eiráSc,Por·:qébi~Qct~·-donta.· ··
i''~~,~~i~~~w~ l!t!/~í!Jio~< . .
PtiBs]yt:~~;Aei{TIQra,r~létÍvgs;a:d,~Wd~stdeterc,eiros;·_ ·.

~?~1?~t~~i~~·• .• • . •. ·)i."'i':;····················· .
~. $·1~9,,b:O#t/;(l~\;Wfl[~~,tttªeep~rª apCig~r·ou
• 4a L ô~íi6sJtcis ~~óréfJfh·aiJ<f
• 45- Caixa.
252 Parte 11 -O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Considerações de auditoria

É necessário verificar o cumprimento da especialização deste rendimento no exercí-


cio a que respeita.

Considerações fiscais

Nos termos do art. o 9. o do Código do Imposto sobre a Aplicação de Capitais, revisto


e republicado pelo Decreto Legislativo Presidencial, n. 0 2/14, de 20 de Outubro, os
juros de depósitos em instituições financeiras e de obrigações do tesouro, entre outros
rendimentos incluídos neste artigo, estão sujeitos a uma taxa de imposto de 10%.
No caso dos juros de bilhetes do tesouro, de obrigações de tesouro, e de títulos emiti-
dos pelo banco central com uma maturidade igual ou superior a 3 anos, a taxa de
imposto é de 5%.

De acordo com o art. 0 29. 0 do mesmo código, estes rendimentos são sujeitos a
retenção na fonte, sendo a liquidação de imposto efectuada pelas entidades a quem
incumbe o pagamento dos rendimentos. A sujeição ao imposto ocorre nos termos do
art. 0 11. 0 do mesmo código.

(Ver considerações fiscais na conta 13 - Investimentos financeiros)

66.2 - Diferenças de câmbio favoráveis

Esta conta destina-se a registar as diferenças de câmbio favoráveis não realizadas


relacionadas com as actividades operacionais da entidade e com o financiamento de
activos que não sejam de imputar a imobilizado ou a existências.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


66.2.1- Realizadas
66.2.2 -Não realizadas

Contabilização

Pei~'·&yt~élli~~Qffiu._dpvalgt~os·•rrl~.ias··rnohetárlos em
moepa.estran~eir?·9ocâmbio da d~ta de. fim de
d.~bito.da c.onta ·

-!W·~; .;>.-~•·'"· · iii ~,; . . . . .· ·.· .


...

••. S!J ~J.Júl~fQ~3V~'I@rE~s. -.•?· . _tQ!{ebe.r:~i~:pagar ·


.(9Jí~n!jq'J~~l~l~~:~~Oq.(). P-~·v~lor~~m.~o.~ct,~·estrangeira,
hãtí~s~i~ffl..11[\i'iââiü\ié O}.~tii?~~'ÍOilg~ pmío,ou· sendo
ºá
rifvfdM• nA' mã:ttttf~Jo~~Q ~f?.Zo . e~p~ctativa de
irre1versmmdacle daSditerençaá.d~
', . "·t ' .
áamliio).

(continua)
Capitulo 6 253

(continuação\

Pela diferença de câmbio realizada aquando do


recebimento ou do pagamento da dívida de ou a
terceiros, por débito da conta
• 43- Depósitos·à ordem ou
• 45- Caixa
(no recebimento de terceiros) ou (no pagamento a
terceiros) da conta do terceiro.

(Ver explicação sobre Valorimetria das dívidas em moeda estrangeira de clientes/fornecedores no final da conta
32 -Fornecedores)

66.2.1 -Diferenças de câmbio favoráveis- realizadas

"Esta conta destina-se a registar as diferenças de câmbio favoráveis realizadas* relacionadas


co1n as actividades operacionais da entidade e con1 o financiamento de activos que não sejam
de imputar a imobilizado ou a existências.
São consideradas diferenças de câmbio realizadas aquelas que resultem do diferencial entre o
valor de registo da dívida na data do reconhecünento inicial da transacção e o valor pelo qual
a dívida tenha sido paga ou recebida." (Notas Explicativas)

* As Notas Explicativas têm "diferenças de câmbio não realizadas". Todavia. a conta destina-se a registar diferenças
de câmbio realizadas, pelo que foi retirada a palavra ·'não".

66.2.2 - Diferenças de câmbio favoráveis- não realizadas

"Esta conta destina-se a registar as diferenças de câmbio favoráveis não realizadas relaciona-
das co1n as actividades operacionais da en1presa e con1 o financia1nento de activos que não
sejam de imputar a in1obilizado ou a existências e que não devan1 ser diferidas por se conside-
rar que é pouco provável a reversibilidade do câmbio.
São consideradas diferenças de câ1nbio não realizadas aquelas que resultem do diferencial
entre o valor de registo da dívida na data do reconhecimento inicial da transacção e o valor
que resulta da actualização dessa dívida para o câmbio em vigor no final do período, quando
esta ainda não tenha sido paga ou recebida até essa data." (Notas Explicativas)

66.3 - Descontos de pronto pagamento obtidos

"Esta rubrica destina-se a registar os descontos desta natureza, quer constem da factura, quer
sejam atribuídos posteriormente." (Notas Explicativas)

Contabilização

Pelo ~e&cooto ·de· pronto páganiento ()btido, PQr d~bito


da conta
• 2 (_ compras (sé o desconto estiver incluído
ná facturá) ou
• 32.1:..'Pornecedoms - correntes {se o desconto
for efectuado fora da factura).
254 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

66.4 - Rendimentos de investimentos em imóveis

Esta conta destina-se a registar os rendimentos de investimentos em imóveis que


estão registados na conta 13.4 - Investimentos financeiros, Investimentos em imóveis,
tais como rendas.

Contabilização

· ·.· 66jJ.: ~ Rendimentos de investiitl,ntos em hnóveis ·


, Pelos rendimentos de imóveis não afectos à actividade
da empresa, por ~ébito da conta
• 43 - Depósitos à ordem ou
• 45- Caixa.

Considerações de auditoria

É necessário verificar o cumprimento da especialização deste rendimento no exercí-


cio a que respeita.

66.5 - Rendimentos de participações de capital

"Esta conta destina-se a registar os dividendos e lucros recebidos de e1npresas nas quais
exista un1a participação de capital e que não sejam subsidiárias nem associadas."
(Notas Explicativas)

Registam-se nesta conta os rendimentos de participações de capital noutras empre-


sas (por exemplo, lucros atribuídos à empresa, decorrentes da distribuição de resulta-
dos da empresa participada).

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


66.5.1- Acções, quotas em outras empresas
66.5.2 - Acções, quotas incluídas nos fundos
66.5.1- Acções, quotas incluídas nos títulos negociáveis

Contabilização

eét:õ&::f~~eyfrií-~~tds de participaçõés ··cte :capitàl,


po(d~~~~9:ªª conta ... : ....··• .· ·. .·. . ·....• .
·.~~~~jd;~;~~~~~ipq<J~s,·o;Jutros.ou
• 45·'~ é~~ª-' . ,

(Ver explícação na conta 13 - Investimentos financeiros)


Capitulo 6 255

Considerações fiscais

Nos termos do art.o 9. 0 do Código do Imposto sobre a Aplicação de Capitais, revisto


e republicado pelo Decreto Legislativo Presidencial, n. 0 2/14, de 20 de Outubro, os lu-
cros atribuídos aos sócios estão sujeitos a uma taxa de imposto de 10%.

66.6 - Ganhos na alienação de aplicações financeiras

"Esta conta destina-se a registar os ganhos provenientes da alienação de aplicações financei-


ras, sendo as respectivas subcontas creditadas pelo produto da venda e an1ortizações respecti-
vas (no caso de investimentos em imóveis) e debitadas pelos custos correspondentes."
(No tas Explicativas)

O saldo credor desta conta representa o ganho obtido na alienação de investimentos


financeiros e na alienação de títulos negociáveis.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


66.6.1 - Investimentos financeiros
66.6.1.1- Subsidiárias
66.6.1.2- Associadas
66.6.1.3- Outras empresas
66.6.1.4- Imóveis
66.6.1.5- Fundos
66.6.2 -Títulos negociáveis

Contabilização

_., J;,~;~·~;,; >.,t)''"';d' <~·,~~~J~§~~i::~~i~~fi~n!~tfl~!l1~il!Jff~~lftl~@&;p~~-·~~."~~l{i~!i··~"~~~r~r,;·~J{ittJ''f~,~~::#'·~t/='::,i•-..


, .• -.•
,· '.": ... ·· ... ··. ·: :. ·:·. ·.· ... ... . .· .,... ...... . . . .·

Pelo· custo.das(lplicaçõ~stinanceita~,porçré~ito · Pelas· ~tt,h01'tiza~õesildUfnt.Hil!;fáft.dbs ínVestiJ]@ntos-·


da contà · "' . · ·:·;·~·-:;.~; .•~ ..·:· .;:;~_~; >--~-" :: ,:~inà~p&W: -·.·.···.·-- ·~w~i~~~~~if~P.~l#·~lj.01tttE~onta
~ 1$. ~_•.·_. lQve_$tí_m_.:.t:_n_·.._.to_•_(fi_J_._o_•. _._ª·_n_.keiros.oti ·. ~ ê.·3..·._ · · · ··· · ·· · ·§,lnttªst(rp~ilt?s
-~· 4i""irwiôs'"n(;güci~veúi- · · ·.- ~1fifá%~ , . .• . ... .. ;-.r<'· ~-fitN1reÍI~~~,o !

de um' investimentofinanàeiro
' ... .,
:-,,.... - .. ::-.
.'- .
em írr1oyel);
~. -
--·' ·\- . :·~- :: -~·..- - .. . ·.: . .-.:_ •. - :. :. _.. ~-: . .

Pel? pr~ç()~de venda da$âpliçaçõ,e.sfihancejras, ,


pórdebito dà conta. .. . . .
•. 37,9 ~cp~trqs:y?tqres_a:·S~c~peréa pagatoJi
~4a·~·;p~positcís·ã.6r.tt~m:pri>· .· . . · · t

• 45-- Çàix~. ··
(Ver explicação na conta 13- Investimentos financeiros)

66.7 - Redução de provisões

"Esta conta destina-se a registar de forma global, no final do período contabilístico, a variação
negativa da estimativa dos riscos, em cada espécie de provisão, entre dois períodos contabilís-
ticos consecutivos, que seja de natureza financeira." (Notas Explicativas)
256 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


66.7 .1 - Investimentos financeiros
66.7.1.1- Subsidiárias
66.7 .1.2 -Associadas
66.7.1.3- Outras empresas
66.7.1.5- Fundos
66.7.2- Aplicações de tesouraria
66.7.2.1- Títulos negociáveis
66.7 .2.2 - Depósitos a prazo
66.7 .2.3 - Outros depósitos
66.7.2.9- Outros investimentos

Contabilização

Pelo valor das provisões a reduzir, por débito da conta


• 19 - Provisões para investimentos financeiros· ou
• 49 - Provisões para aplicações de tesouraria.

66.9 - Transferência para resultados financeiros*

*Esta subconta é sugerida pela autora. O PGC não inclui esta subconta. Todavia, por
uma questão de consistência no processo de apuramento dos resultados, a utilização
desta subconta permite registar o valor líquido da conta Proveitos e ganhos financeiros
gerais por contrapartida da conta 83.1 -Resultados financeiros, Proveitos e ganhos finan-
ceiros gerais. Esta conta deve ser movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 63.9- Transferência para resultados operacionais.

67 - Proveitos e ganhos financeiros em subsidiárias e associadas


67.1- Rendimento de participações de capital

"Esta conta destina-se a registar os dividendos e lucros recebidos de empresas subsidiárias e


associadas." (Notas Explicativas)

Contabilização idêntica à conta 66.5 - Rendimentos de participações de capital.

67.9 - Transferência para resultados em filiais e associadas

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Proveitos e ganhos financeiros
em subsidiárias e associadas por contrapartida da conta 84.1 - Resultados financeiros
em filiais e associadas, Proveitos e ganhos em filiais e associadas. Esta conta é movimen-
tada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 63.9- Transferência para resultados operacionais.


Capitulo 6 257

68 - Outros proveitos e ganhos não operacionais

"Esta conta destina-se a registar os factos ou acontecimentos de natureza corrente que te-
nhanl carácter não recorrente ou não frequente.
Sempre que os factos ou acontecimentos em causa envolvam custos e proveitos, esta rubrica
registará a1nbos se o efeito líquido de tais acontecimentos e factos for de natureza credora."
(Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


68.1 - Redução de provisões
68.2 -Anulação de amortizaÇões extraOrdinárias
68.3- Ganhos em imobilizações
68.4 - Ganhos em existências
68.5 - Recuperação de dívidas
68.6 - Benefícios de penalidades contratuais
68.8 - Descontinuidade de operações
68.9- Alterações de políticas contabilísticas
68.10- Correcções relativas a exercícios anteriores
68.11 - Outros ganhos e perdas não operacionais
68.19- Transferência para resultados não operacionais

68.1 - Redução de provisões

"Esta conta destina-se a registar de forma global, no final do período contabilístico, a variação r
negativa da estimativa dos riscos, em cada espécie de provisão (de natureza financeira), entre
dois períodos contabilísticos consecutivos." (Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


68.1.1 - Existências .. ! .."'

68.1.2 -Cobranças duvidosas


68.1.1 - Riscos e encargos

Contabilização

. P~IQVfll<itdll$ provi~~~s aret:fu~ir, pqt~ébit9tia' (Jorita


~.-2El,~• ·Prqvi~~ppar.ad,e{J[epfggiig':~e:~Xtff~ev.çu{s..ºll
·:·.··3~·.-:.•.Pf()X!$õ~~··para.?p9.ff!QÇ~sqyvi(iQ~q~-Q.9;·.·.··. ·
••• a9.~:Prnl!l~spara:autr~ri~e.Q$ f>-~~~rgM~ ··

PLAPGC_I7
258 Par.te 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e ·exemplos práticos

68.2 - Anulação de amortizações extraordinárias

Esta conta destina-se a registar a redução das amortizações acumuladas de imobili-


zações corpóreas e imobilizações incorpóreas sempre que a empresa considere exces-
sivas as amortizações extraordinárias registadas em amortizações acumuladas e as
queira reduzir.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


68.2.1 - Imobilizações corpóreas
68.2.2 -Imobilizações incorpóreas

Contabilização
'.·. . . . . . . .. .
,.-. &~~2--.-~-•Anutàç_~o,tt_~amortii~lçõ{t$-_-~xt~a.órdtnárms
Pelo valor a reduzir das amortizações extraordinárias
incluídas nas a~ortizações acumuladas, por débito
da conta
• 18.1 - Amortizações acumuladas, Imobilizações
corpóreas ou
• 18.2 -Amortizações acumuladas, Imobilizações
incorpóreas.

68.3 - Ganhos em imobilizações

"Esta conta destina-se a registar os ganhos provenientes da alienação de imobilizações, sendo


as respectivas subcontas creditadas pelo produto da venda e amortizações respectivas e debi-
tadas pelos custos correspondentes." (Notas Explicativas)
·.·

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


68.3.1 -Venda de imobilizações corpóreas
68.3.2 -Venda de imobilizações incorpóreas

O saldo credor desta conta representa o ganho obtido com a alienação de imobiliza-
ções ou com o seu abate.

Contabilização

:}oÍ&~fj~~iiõ~)ImlllfJõte]SYWJijtW~~~$;!· ' ~~;;;ttf~i~B~~~·~~~~


• t.{- J!TIÓI)l/izªçÕe$ corpór~a~ ou
.•_12 .0 lmôbilizadõéA
:- • . -· ' • . . > ·:
Jnêorn6reas.
:":'i'' ~::'::'··,,i"'·:~f~:~ ··::'i• -·:t· ·->-'';:'':·•::;
. <·~·r· ·.·
--~--: _.::..t .. ; .

P~ltol)p~~§;~~,y~Jiqap~lSjÜTO~tliztiÇ:qe~, por ~ébito da conta


. -~-- .. :.·:~
~ ·:·J• Lf:ll f;c(JUtros 11aroreséfreceber eapagar ou
ordem ou

(Ver explicação na conta 11 -Imobilizações corpóreas)


Capítulo 6 259

68.4 - Ganhos em existências

Esta conta destina-se a registar os ganhos com existências que não estejam relacio-
nados com a sua venda, nomeadamente sobras.

Contabilização

-~-~,~~4/:7~<3~1l-ri~ps~~-~:k~ttJ~n'J~i -_ -- ·:s-: c

Pelo valor das s~bras de existências, por débit~ da


conta
• 22 - Matér;as-primas, subsidiárias e de consumo
ou
• 26- Mercadorias.

68.5 - Recuperação de dívidas

Esta conta destina-se a registar o recebimento de dívidas que já tinham sido consi-
deradas incobráveis.

Contabilização

68.5 ~Jíecuperação de)Jíy.das


r : : . ........ · :_ , ....:·:- ·: .:. :_ .... \ ·;,- .. _._
~ -~

Pelo valor recebido, por débito da conta


• 43 - Depósitos à ordem ou
• 45- Caixa.

68.8 - Descontinuidade de operações

"Esta conta destina-se a registar os ganhos líquidos resultantes da descontinuidade de uma


ou várias das operações da empresa." (Notas Explicativas)

68.9 - Alterações de políticas contabilísticas

"Esta conta destina-se a registar as correcções favoráveis, derivadas de alterações nas políti-
cas contabilísticas, cujos efeitos não puderam ser reconhecidos nos resultados transitados por
não ter sido possível efectuar uma estimativa razoável do valor a reconhecer nessa conta."
(Notas Explicativas)

(Ver explicação na conta seguinte)

68.10 - Correcções relativas a exercícios anteriores

"Esta conta destina-se a registar as correcções favoráveis derivadas de erros ou omissões rela- f
cionados com exercícios anteriores, que não sejam de grande significado nem ajustamentos de
estimativas inerentes ao processo contabilístico." (Notas Explicativas)
260 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Se se tratar de ajustamentos a estimativas inerentes ao processo contabílrstico, o


efeito desse ajustamento deve ser registado na conta usada para registar a própria
estimativa.

Se as correcções relativas a exercícios anteriores forem de grande significado (consi-


deradas erros fundamentais), deve movimentar-se a conta 81 - Resultados transitados.

Se se tratar da alteração de uma política contabilística, esta alteração tem efeito


retrospectivo. O efeito dessa alteração também deve ser registado na conta 81- Resul-
tados transitados.

O PGC esclarece, no ponto 4.5 da secção Políticas Contabilísticas, o seguinte:

"Erros:
A correcção de erros na preparação de Demonstrações financeiras de um ou mais períodos
1
anteriores que sejam descobertos no período corrente deve ser reconhecida nos resultados lí-
quidos do período corrente, excepto se reunirem as características para serem considerados 1

erros fundamentais. A correcção de erros fundamentais deverá ser reconhecida nos resultados
transitados de exercícios anteriores.

Alterações de estimativas contabilísticas:


Porque o processo de estimativa envolve juízos fundamentais baseados na última informação
disponível, esta tem de ser revista se ocorrerem alterações respeitantes às circunstâncias nas :

quais a estimativa se baseou, ou em resultado de novas informações, de mais experiência ou


de desenvolvimentos subsequentes. Dada a sua natureza, a revisão de un1a estimativa conta-
bilística não reúne as condições para que possa ser considerada, ne1n con1o un1 erro funda-
mental, nem como uma rubrica extraordinária.
Por esta razão, os efeitos das alterações das estimativas contabilísticas são reconhecidos na
Demonstração de resultados do período corrente, na mesma rubrica usada anteriormente
para reconhecer a própria estimativa.

Alterações de políticas contabilísticas:


Face aos princípios contabilísticos da consistência e da comparabilidade dos saldos, as altera-
ções de políticas contabilísticas só devem ser efectuadas nos seguintes casos:
Se for exigida por disposições contabilísticas emitidas por órgão competente para o efeito.
Se a alteração resultar numa apresentação mais apropriada de acontecimentos ou ·transac-:-
ções nas demonstrações financeiras da entidade.

Como regra geral, uma alteração numa política contabilística deve ser aplicada retrospectiva-
mente, isto é, a nova política é aplicada aos acontecimentos e transacções em causa como se
tivesse estado sempre em uso. Os efeitos desta alteração devem ser reconhecidos nos resulta-
dos transitados.
Caso a quantia dõ ajustamento a efectuar em Resultados transitados não puder ser razoavel-
mente estimada, admite-se excepcionalmente que tal ajustamento seja registado nos Resulta-
dos do exercício, devendo ser feita a divulgação apropriada nas Notas às contas."
Capítulo 6 261

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:

68.10.1- Estimativa impostos


68.10.2- Restituição de impostos

Contabilização

··6:8:.10•· ~·.··cqrrêcç~es ·relativ()s··'~· ~~êtc~1tf~.:~nfê.tíWfi~'i . · ·;. . .·.


Pelas correcções relativas a exercícios anteriores,
por débi!o da conta
• ·34.1·~ Estado, lmpostosobreostucros (na parte
em que a estimativél excedeu o VéliOr pago) ou
• outra que se esteja a corrigir devido a um erro
(não fundamental) ou a uma alteração das
estimativas associàdas à. conta.

Normas internacionais de contabilidade

A IAS 8 - Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros


prevê a correcção dos saldos de abertura de cada componente do Capital próprio e de
outras quantias afectadas pela alteração para o período anterior mais antigo apresen-
tado nas Demonstrações Financeiras (o qual, normalmente, é o ano anterior), como se
a nova política tivesse sido sempre aplicada.

O PGC não prevê a correcção dos saldos comparativos.

68.19 - Transferência para resultados não operacionais

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Outros proveitos e ganhos não
operacionais por contrapartida da conta 85.1- Resultados não operacionais, Proveitos e ga-
nhos não operacionais. Esta conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 63.9- Transferência para resultados operacionais.

69 - Proveitos e ganhos extraordinários

"Esta rubrica destina-se a registar os proveitos e ganhos extraordinários resultantes de even-


tos claramente distinguíveis das actividades operacionais e da empresa e que, por essa razão,
não se espera que ocorram nem de forma frequente nem de forma regular.
Sempre que eventos desta natureza originem, simultaneamente, custos e proveitos, estes
devem ser contabilizados nesta rubrica, apenas se o respectivo valor líquido tiver natureza
credora." (Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


69.1- Ganhos resultantes de catástrofes naturais
69.2- Ganhos resultantes de convulsões políticas
69.3- Ganhos resultantes de expropriações
262 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

69.4- Ganhos resultantes de sinistros


69:5- Subsídios
69.6- Anulação de passivos não exigíveis
69.9- Transferência para resultados extraordinários

·69.4 - Ganhos resultantes de sinistros

Esta conta destina-se a registar os ganhos provenientes de sinistros. A conta é mo-


vimentada pela indemnização recebida (por exemplo, de urna companhia de seguros) e
pelo valor contabilístico do activo sinistrado, sempre que o valor da indemnização for
superior ao valor contabilístico do activo sinistrado.

Contabilização

. ··~· .· .. ·. ',-·-

Pelo custo do activo sinistrado, por crédito da conta Pelas amortizações acumuladas dos imobilizados
• 11 -Imobilizações corpóreas ou corpóreos, incorpóreas ou activos financeiros em
• 12 .., Imobilizações incorpóreas ou imóveis sinistrados por débito da conta
• 13 - Investimentos financeiros ou, 18- Amortizações acumuladas (se se tratar de um
• 22/23/24/25/26/27- Conta dás existências sinistro neste tipo de activos).
sinistradas. Pelo valor da indemnização recebida derivada do
sinistro, por débito da conta
• 37.9- Outros valores a receber e a pagar ou
• 43 - Depósitos à ordem ou
• 45- Caixa.

(Ver explicação na conta 11 -Imobilizações corpóreas)

69.5 - Subsídios

"Esta rubrica destina -se a registar os subsídios a fundo perdido que não estejam relacionados
com custos operacionais actuais ou futuros ou que se refiram a custos já incorridos em anos
anteriores." (Notas Explicativas)

69.6 - Anulação de passivos não exigíveis

r,
"Esta rubrica destina-se a registar a anulação de passivos que deixem de ser exigíveis mas ~
que não se enquadrem no âmbito de subsídios." (Notas Explicativas)

69.9 - Transferência para resultados extraordinários

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Proveitos e ganhos extraordi-
nários por contrapartida da conta 86.1 - Resultados extraordinários, Proveitos e ganhos
extraordinários. Esta conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 63.9- Transferência para resultados operacionais.


Capítulo 7 263

CAFfÁtULfl··1·····.

Classe 7 - Custos e perdas por natureza


Esta classe regista os custos e perdas que a empresa tem no desenvolvimento da
sua actividade, os quais representam uma diminuição da sua situação líquida.

A classe 7 está organizada em função da natureza dos custos e perdas, designada-


mente em custos e perdas operacionais (nas contas 71 a 75), custos e perdas financeiros
(nas contas 76 e 77), custos e perdas não operacionais (na conta 78) e custos e perdas
extraordinários (na conta 79).

Movimentação das contas da classe 7 - Custos e perdas por natureza


Regra geral, as contas da classe 7 apenas se debitam. Eventualmente, podem surgir
créditos referentes a devoluções, descontos e abatimentos, estornos ou anulações de
lançamentos anteriores.

Todas as contas têm uma última subconta 7X.9 que é utilizada para transferir
o saldo da conta para resultados durante o exercício ou no final do mesmo. Assim, a
subconta 7X.9 de cada conta de custos e perdas é creditada por débito da respectiva
conta de resultados: 82 - Resultados operacionais, 83 - Resultados financeiros, 84 -
Resultados financeiros em filiais e associadas, 85 - Resultados não operacionais ou
86- Resultados extraordinários.

Considerações de auditoria

Na realização de testes às várias subcontas, é necessário verificar:


• a necessidade dos custos incorridos para a obtenção dos proveitos e ganhos,
• a documentação de suporte dos custos incorridos,
• a correcta classificação dos mesmos- por exemplo, custos registados que deve-
riam ter sido capitalizados (manutenção versus grandes reparações),
• o cálculo ou outros pressupostos assumidos em estimativas realizadas (por
exemplo, amortizações, provisões),
• a consistência das políticas contabilísticas,
• a especialização dos custos no exercício a que respeitam.

Considerações fiscais

O art.o 14. 0 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de


Outubro, determina os custos e perdas considerados fiscalmente. Apresenta-se, de se-
guida, a sua transcrição:

"Consideram-se custos ou gastos imputáveis ao exercício, aqueles que se revelem, comprovada-


mente pelo contribuinte, e tomados pela Direcção Nacional dos Impostos, como indispensáveis
à manutenção da fonte produtora, ou à realização dos proveitos e ganhos sujeitos a imposto,
nomeadamente os seguintes:

(continua)
!64 Parte 11 -O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

a) Encargos da actividade básica, acessória ou complementar, relativos à produção ou aqui- ·~


sição de quaisquer bens ou serviços, tais como materiais utilizados, 1não-de-obra, energia
e outros gastos gerais de fabricação, conservação e reparação;
b) Encargos de distribuição e venda, abrangendo os de transportes, seguros, publicidade e
colocação de mercadorias;
c) Encargos de natureza financeira, entre os quais juros de capitais alheios aplicados na
empresa, descontos, ágios, transferências, variações cambiais, cobrança de dívidas e
emissões de acções e obrigações e prémios de reembolso;
d) Encargos de natureza administrativa, designadamente com remunerações, ajudas de
custo, pensões de reforma, contribuições para fundos de pensões, material de consumo
corrente, transportes, comunicações, rendas e alugueres, segurança, serviços jurídicos e de
contencioso, seguros, gastos com benefícios atribuídos pela cessação de relações laborais;
e) Encargos coni análises, racionalização, investigação, consulta e formação do seu pessoal;
D Encargos fiscais e parafiscais, sem prejuízo do disposto no Artigo 18. o;
g) Reintegrações e amortizações dos elementos do activo sujeitos a deperecimento, mas com
observância das disposições específicas sobre a matéria, contidas no presente Código;
h) Provisões constituídas nos termos da legislação em vigor;
i) Indemnizações e prejuízos resultantes de inventos cujo risco não seja segurável."

Os custos suportados devem estar devidamente documentados para ser aceites.

71 - Custo das existências vendidas

Caso a entidade disponha de inventário permanente, esta conta será movimentada ao longo
do ano, sempre que ocorram as referidas saídas.
41.
No caso da entidade optar pelo inventário intermitente, esta conta será movimentada, apenas
no termo do exercício, da seguinte forma:
A débito, por contrapartida:
Das contas de existências, pelo valor inicial destas.
Da conta 21- Compras, pelo valor das compras efectuadas.
A crédito, por contrapartida das contas de existências, pelo valor das existências finais."·
(Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


71.1- Matérias-primas
71.2- Matérias subsidiárias
71.3- Materiais diversos
Capítulo 7 265

71.4- Embalagens de consumo


71.5- Outros materiais
71.9- Transferência para resultados operacionais

Contabilização

A movimentação desta conta depende do sistema de inventário adoptado pela empresa.

Ver explicações na Classe 2 - Existências sobre os registos contabilísticos a fazer


nos dois tipos de inventários.

• Sistema de inventário permanente

Pelo custo das_ mE)rcéldOrias vendidas e das matérias Pelp:cus~ç ela~ rne~cadoriMou matérias devolvidas,
consutnidas, .POf creditÓ da' conta por débito da conta
• 22 - Mátérias-primas, subsidiárias e de consumo ou • 22 -Matérias-primas; subsidiárias e de consumo ou
• 26 - Mercadorias. • 26- Mercadorias.

Esta conta é movimentada ao longo do ano, reflectindo permanentemente o custo


das mercadorias vendidas e das matérias consumidas até ao momento. O registo con-
tabilístico pode ser feito operação a operação ou por totais periódicos (diários, sema-
nais, etc.).

• Sistema de inventário intermitente

Pelo custo das mercadorias vendidas e das matérias


consumidas, calculado após a inventariação das
existên?i~s fi~ais, ppr?~?itoda conta
•- ~2 ~'ft#at~{~~~P'f:lfla~:,~ui:Js(cii~riéW.e:y~otJflsl1inó ;ou
• 26 .. 1yffir{18t:j{fri;Jli{· ~- ., - -, :: ,,
~· .- : .-

Neste tipo de inventário, esta conta é apenas movimentada no final do exercício.


Nesta data é efectuada a contagem física das existências, a qual é valorizada, determi-
nando-se assim o valor das existências finais.

O custo das existências vendidas (CEV) é dado pela fórmula:

CEV = Existências iniciais + Compras - Existências Finais

O registo do valor do CEV na conta 71- Custo das existências vendidas regulariza o
saldo da conta 22 - Matérias-primas, subsidiárias e de consumo ou da conta 26 -
Mercadorias, qye passa a reflectir o valor das existências finais inventariadas.

Considerações de auditoria

Ver considerações de auditoria no início da Classe 2 - Existências.


266 Parte 11 - O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Considerações fiscais
O Custo das existências vendidas é um custo aceite fiscalmente por se enquadrar
na alínea a) do art. 0 14. 0 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14,
de 22 de Outubro.

71.9 - Transferência para resultados operacionais

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Custo das existências vendi-
das por contrapartida da conta 82.6 -Resultados Operacionais, Custo das mercadorias
vendidas e das matérias consumidas. Esta conta é movimentada aquando do apura-
mento dos resultados.

Contabilização

Pelatraosferêncià anual do saldo do custo das


existências vendidas, aquando do ápuramento dos
resultados, por débito da conta 82.6- Resu/tad0s
Operacionais, Custo dás mercadorias vendidas e das
matérias consumidas.

72 - Custos com o pessoal


Esta rubrica destina-se a registar as remunerações e encargos com o pessoal e com
os órgãos sociais da empresa.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


72.1- Remunerações - órgãos sociais
72.2 - Remunerações - Pessoal
72.3 - Pensões
72.4- Prémios para pensões
72.5 - Encargos sobre remunerações
72.6 - Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais
72.7 - Formação
72.8- Outros custos com o pessoal
72.9- Transferência para resultados operacionais
(Ver explicações sobre o processamento de salários na conta 36 - Pessoa/)

Considerações fiscais

Os custos com pessoal são um custo aceite fiscalmente nos termos das alíneas a)
e d) do art. 0 14. 0 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22
de Outubro.
Capítulo 7 267

72.1 - Remunerações - órgãos sociais

Esta rubrica destina-se a registar as remunerações ilíquidas dos órgãos sociais: da


administração ou gerência, mesa da assembleia geral, membros do conselho fiscal, etc.

Contabilização idêntica à conta 72.2- Remunerações -Pessoal.

72.2 - Remunerações - Pessoal

Esta rubrica destina-se a registar os ordena~os e salários, assim como as remune-


rações adicionais. Esta conta deve ser subdividida de acordo com o tipo de remunera-
ções, nomeadamente:
• ordenados e salários,
• horas extraordinárias,
• gratificações,
• despesas de representação,
• prémios,
• incentivos,
• abonos para falhas,
• comissões,
• subsídios de deslocação, ajudas de custo, etc.

Contabilização

Pelas remunerações ilíquidas processadas, por crédito


da conta
• 36.1.1 - Pessoal - remunerações, órgãos sociais
(vencimento

(Ver explicações na conta 36 - Pessoal)

Considerações de auditoria

Deve ser verificada a especialização dos custos registados nesta conta, com particular
atenção à estimativa das férias e subsídio de férias, assim como às comissões pagas, no
início do ano seguinte, a trabalhadores, que respeitem a operações realizadas no exercício.

Considerações- fiscais

O n.o 2 do art. 0 3. 0 do Código do Imposto sobre os Rendimentos de Trabalho, apro-


vado pela Lei n. 0 18/14, de 22 de Outubro, considera rendimentos de trabalho por
conta de outrem todas as remunerações atribuídas ou pagas por uma entidade
268 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

patronal, por força de vínculo laboral como definido nos termos da Lei Geral do Trabalho.
Estes rendimentos são sujeitos às taxas constantes na tabela de Imposto sobre os
Rendimentos do Trabalho em vigor, nos termos do art. 0 16. 0 do mesmo código.

72.3 - Pensões

"Esta rubriCa destina-se a registar os custos relativos a pensões, nomeadamente de reforn1a e


invalidez." (Notas Explicativas)

(Ver explicações da conta 39.1 - Provisões para pensões)

72.4 - Prémios para pensões

"Esta rubrica destina-se a registar os prémios da natureza em epígrafe destinados a entida-


des externas, a fim de que estas venham a suportar oportunamente os encargos com o paga-
mento de pensões ao pessoal da entidade." (Notas Explicativas)

72.5 - Encargos sobre remunerações

"Esta rubrica destina-se a registar as incidências relativas a remunerações que sejam supor-
tadas obrigatoriamente pela entidade." (Notas Explicativas)

Contabilização

1~.5 - Coritrib~_içÕ,es. sobre ref11uneraçõ$s,

~élas.colltrí~4!99~~-9ii•8ti1PrQsa-·para .a-segurança

ft:~i~r~;!i~~~~,R .~· çoR~húiç~~


(Ver explicações na conta 34.5- Contribuições para a Segurança Social)

72.8 - Outros custos com o pessoal

"Esta rubrica destina-se a registar, entre outros custos, as indemnizações por despedimento e
os complementos facultativos de reforma." (Notas Explicativas)

72.9- Transferência para resultados operacionais

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Custos com o pessoal por
contrapartida da conta 82.7 - Resultados Operacionais, Custos com o pessoal. Esta
conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 71.9- Transferência para resultados operacionais.


Capítulo 7 269

73 - Amortizações do exercício

"Esta rubrica destina-se a registar as an1ortizações do in1obilizado corpóreo e incorpóreo atri-


buíveis ao exercício." (Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


13.1 - Imobilizações corpóreas
73.1.2 - Edifícios e outras construções
73.1.3 - Equipamento básico
73.1.4- Equipamento de carga e transporte
73.1.5- Equipamento administrativo
73.1.6 -Taras e vasilhame
73.1.9- Outras imobilizações corpóreas
73.2 - Imobilizações corpóreas
73.2.1- Trespasses
73.2.2- Despesas de investigação e desenvolvimento
73.2.3 -Propriedade industrial e outros direitos e contratos
73.2.4- Despesas de constituição
73.2.9- Outras imobilizações incorpóreas
73.9- Transferência para resultados operacionais

Conta bi Iização

73 ·- Amopti~ações do éxercício
Pelo valor das quotas de amortização do ano,
por crédito da respectiva subconta da conta
18- Amortizações acumuladas.

(Ver explicações na conta 18- Amortizações acumuladas)

As amortizações relativas a investimentos financeiros em imóveis debitam-se na conta


76.4- Custos e perdas financeiros gerais, Amortizações de investimentos em imóveis.

As amortizações extraordinárias debitam-se na conta 78.2 - Outros custos e perdas


não operacionais, Amortizações extraordinárias.

Considerações fiscais

Ver as considerações fiscais incluídas na conta 18- Amortizações acumuladas.

73.9 - Transferência para resultados operacionais

Esta conta _destina-se a registar o valor líquido da conta Amortizações do exercício


por contrapartida da conta 82.8 - Resultados Operacionais, Amortizações do exercício.
Esta conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 71.9 - Transferência para resultados operacionais.


270 Parte 11- O conteúdo, a rnovimentação das contas e exemplos práticos

75 - Outros custos e perdas operacionais


Registam-se nesta conta as despesas com aquisição de bens de consumo corrente,
serviços prestados por terceiros, assim corno outros custos operacionais necessários à
atividade da empresa.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


75.1- Subcontrates
75.2 - Fornecimentos e serviços de terceiros
75.3 - Impostos
75.4- Despesas confidenciais
75.5- Quotizações
75.6- Ofertas e amostras de existências
75.8- Outros custos e perdas operacionais
75.9- Transferência para resultados operacionais

Contabilização

Pelo valor das despesas relacionàdas com a aquisição


de bens, serviços prestados e outros custos
operacionais, por crédito da conta
• 32 - Fornecedores ou
• 37. 9 - Outros valores a receber e a pagar ou
• 43 - Depósitos à ordem ou
• 45- Caixa.

Considerações fiscais

Os custos incluídos em custos operacionais incluem-se, à partida, na alínea a) do


art. 0 14. 0 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de Outu-
bro, pelo que são aceites como custo fiscal. Todavia, é necessário que cumpram ainda
o requisito de serem indispensáveis para a realização dos proveitos ou ganhos da em-
presa, previsto na parte inicial deste artigo.

75.1 - Subcontratas

"Esta rubrica destina-se a registar os trabalhos necessários ao processo produtivo próprio da [f


entidade, relativamente aos quais se obteve a cooperação de outras empresas, submetidos a
compromissos formalizados ou a simples acordos." (Notas Explicativas)

Se_.os trabalhos; serviços subcontratados não estiverem relacionados com o processo


produtivo, deve-se movimentar a conta 75.2.3.3- Trabalhos executados no exterior.
Capitulo 7 271

75.2 - Fornecimentos e serviços de terceiros

Esta conta destina-se a registar todas as despesas com a aquisição de bens de


consumo corrente e/ ou serviços prestados por terceiros.

O PGC tem previsto o desdobramento desta conta em várias subcontas. Todavia,


este desdobramento não abrange todas as situações possíveis. Sempre que necessá-
rio, a empresa deve criar subcontas adequadas aos fornecimentos e serviços que
adquire.

Considerações de auditoria

A facturação de vários custos incluídos nesta conta pode não coincidir com o pe-
ríodo em que se realiza o consumo (por exemplo, água, electricidade, comunicação,
etc.). Assim, as subcontas com esta característica devem ser objecto de análise no
final de cada exercício, para se verificar a especialização do custo no exercício a que
respeita.

75.2.11 -Água
Esta rubrica destina-se a registar os custos suportados com a água consumida pela
empresa.

75.2.12 -Electricidade

Esta rubrica destina-se a registar os custos suportados com o consumo de energia


eléctrica (iluminação, produção, aquecimento, etc.).

75.2.13 -Combustíveis e outros fluídos

Esta rubrica destina-se a registar os custos suportados com as várias formas de


combustíveis: líquido, sólido ou gasoso.

Se se tratar de combustíveis armazenáveis, estes devem ser registados na conta


21 -Compras.

75.2.14- Conservação e reparação

"Esta rubrica destina-se a registar os bens destinados à manutenção dos elementos do activo
imobilizado e que não provoquem um aumento do seu valor ou da sua vida útil."
(Notas explicativas)

Registam-se nesta conta os contratos de assistência técnica relativos à conserva-


ção e reparação de bens imobilizados, podendo incluir peças consumidas na reparação.

Se a reparação aumentar a vida útil do bem do imobilizado, deve ser debitada na


respectiva conta do imobilizado reparado (ver "Outras considerações de natureza contabilística, Melho-
ramentos" na conta 11 - Imobilizações corpóreas).
272 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

75.2.16- Ferramentas e utensílios de desgaste rápido

"Esta rubrica destina-se a registar o equipamento dessa natureza.


Cuja vida útil não exceda, en1 condições de utilização normal, o período de um ano; ou
Que, pelo seu valor, tenham um montante inferior ao definido para permitir o seu reconheci-
n1ento no activo imobilizado corpóreo." (Notas explicativas)

75.2.17 - Material de escritório

Esta conta regista os custos referentes à aquisição de material de escritório como,


por exemplo, esferográficas, papel, tinteiros para impressoras, etc.

O equipamento de escritório não deve ser registado nesta conta, devendo ser utilizada
a conta 11.5 -Imobilizações corpóreas, Equipamento administrativo para esse efeito.

75.2.18- livros e documentação técnica

Esta rubrica destina-se a registar o valor de aquisição de livros e documentação


técnica, desde que relacionados de forma directa ou indirecta com a actividade.

75.2.19 - Outros fornecimentos

"Esta rubrica destina-se a registar os fornecimentos de terceiros não enquadráveis nas res-
tantes rubricas como seja, por exemplo, o custo dos bens adquiridos especificamente para
oferta." (Notas Explicativas)

75.2.20 - Comunicação

Esta rubrica destina-se a registar os custos suportados com comunicação, nomea-


damente selos, taxas postais, acesso à Internet, telefone, etc.

75.2.21 -Rendas e alugueres

"Esta rubrica destina-se a registar as rendas de terrenos e edifícios, bem como as relativas ao !:'
aluguer de equipamentos.
Nesta rubrica não devem ser registadas as rendas de bens em regime de locação financeira,
mas apenas as de bens em regime de locação operacional." (Notas Explicativas)

Os contratos de locação financeira devem ser registados na classe 1 - Meios fixos e


investimentos (ver,explicações sobre locação financeira no início da classe 1).

75.2.22 -Seguros

"Esta rubrica destina-se a registar os seguros a cargo da entidade, com excepção dos relativos
a custos com o pessoal." (Notas Explicativas)
Capitulo 7 273

Os seguros relativos a pessoal devem ser registados na conta 72.6- Custos com o
pessoal, Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais.

O custo dos seguros relacionados com a aquisição de existências ou imobilizado


representa encargos com a compra e, como tal, deve ser contabilizado na mesma conta
do activo comprado.

o pagamento do prémio dos seguros implica normalmente a utilização da conta


37 .4·- Outros valores a receber e a pagar, Encargos a repartir por períodos futuros, uma vez
que os prazos abrangidos pelo seguro ultrapassam normalmente o exercício corrente.

Apresenta-se, de seguida, um exemplo prático para uma melhor compreensão desta


situação.

Uma empresa pagou o seguro de. incêndio do edifício fabril, no valor de 900.000,00 Kz, o qual
abrange o período de 01.Maio.N a 30.Abrii.N+1.

Etapas a seguir:
1) Deve-se começar por calcular o valor do custo a reflectir em cada ano:
• Ano N (8 meses - Maio/N a Dezembro/N):
900 000,00 + 12 x 8 = 600 000,00 Kz
• Ano N+1 (4 meses- Janeiro N+1 a Abril N+1):
900 000,00 + 12 X 4 = 300 000,00 Kz

2) Contabilizar:
a) No pagamento do seguro em Maio de N
Debita 75.2.2.2- Seguros ........................................................................ 600 000,00
Debita 37 .4.X- Encargos a repartir por períodos futuros ............................. 300 000,00
Credita 45 - Caixa (pagamento em dinheiro) ou
4.3 -.P~póstto$ à, orçiem (pagamento por· ch,equ~<t)u .
transferência bancária) .·... :,. ... ·...... ~ .................. ~ ...... ~ ......................... 900 ooo,oo
b) Em N+1regúlarizà' o saldo da conta 37.4:
Debita 75.2.2.2 - Seguros ........................................................................ 300 000,00
Credita 37 .4.X -Encargos a repartir por períodos futuros ............................. 300 000,00

75.2.23 - Deslocações e estadas

"Esta rubrica destina,;.se a registar os encargos com alojamento e alimentação fora do local de
trabalho. Deverão ainda ser registados nesta rubrica os gastos com transporte de pessoal que
tenham um carácter eventual.
Contudo, se os encargos da natureza acima referida forem suportados através de ajudas de custo,
estas deverão ser registadas na rubrica 72.8- Outros custos com o pessoal." (Notas Explicativas)

PLAPGC_18
74 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Os transportes de pessoal de carácter eventual podem ser transportes colectivos ou


transportes individuais, incluindo em veículo próprio do trabalhador, em que a desloca-
ção lhe é paga em função dos quilómetros percorridos (recebe um determinado valor
por quilómetro).

Considerações fiscais

A alínea c) do n. 0 1 do art. 0 2. 0 do Código do Imposto sobre os Rendimentos do Tra-


balho, aprovado pela Lei n. 0 18/14, de 22 de Outubro, determina que os abonos para
viagens e deslocações recebidos pelo trabalhador não são tributados até ao limite legal
dos quantitativos estabelecidos para os funcionários do Estado. Na parte que excede
este limite, são considerados rendimentos do trabalho nos termos da alínea a) do n. 0 3
do art. 0 1. 0 do mesmo código.

75.2.24 - Despesas de representação

Esta rubrica destina-se a registar as despesas consideradas de representação da


empresa, nomeadamente ofertas de refeições, viagens a clientes, a fornecedores ou a
outras entidades com quem habitualmente a empresa se relacione.

75.2.26- Conservação e reparação

"Esta rubrica destina-se a registar os serviços destinados à manutenção dos elementos do activo
imobilizado e que não provoquem um aumento do seu valor ou da sua vida útil." (Notas Explicativas)

(Ver explicação da conta 75.2.14- Conservação e reparação)

75.2.27- Vigilância e segurança

Esta rubrica destina-se a registar os custos referentes:


• à aquisição de materiais de vigilância e segurança (que não devam ser registados
em imobilizações corpóreas), e
• à aquisição de serviços de vigilância e de segurança prestados por terceiros.

Os custos com as compras de materiais devem ser registados quando são factura-
dos, o que normalmente ocorre com a entrega física dos materiais.

Os custos com serviços de vigilância e segurança devem ser registados quando são
prestados à empresa, independentemente de se encontrarem ou não factura;Jos, utili-
zando-se, se necessário, a conta 37.5 - Encargos a pagar.

75.2.30- Contencioso e notariado

Esta rubrica destina-se a registar o custo com tribunais, cartórios notariais, conser-
vatórias de registo comercial, predial, etc.

75.2.31.- Comissões a intermediários

"Esta rubrica destina-se a registar as verbas atribuídas às entidades que, de sua conta, agen- f
ciaram transacções ou serviços." (Notas Explicativas)
Capítulo 7 275

Estas entidades não podem ser trabalhadores pertencentes ao quadro de pessoa i


da empresa. Se for esse o caso, as comissões registam-se na conta 72.2- Custos com
o pessoal, Remunerações - pessoal.

75.2.33- Trabalhos executados no exterior

"Esta ~onta destina-se a registar os serviços técnicos prestados por outras empresas que a
própria entidade não pode suportar pelos seus meios, tais como serviços infonnáticos, análises
laboratoriais, trabalhos tipográficos, estudos e pareceres." (Notas explicativas)

75.2.34 - Honorários e avenças

"Esta rubrica destina-se a registar as remunerações atribuídas aos trabalhadores indepen-


dentes." (Notas Explicativas)

Estes trabalhadores trabalham para a empresa sem fazerem parte do seu quadro de
pessoal, nomeadamente advogados, consultores, técnicos de contas, etc.

Considerações fiscais

Nos termos da alínea a) do n. 0 2 do art. 0 10. 0 do Código do Imposto sobre os Rendi-


mentos do Trabalho, aprovado pela Lei n. 0 18/14, de 22 de Outubro, se os rendimentos
são atribuídos por uma pessoa colectiva ou singular, com contabilidade organizada, há
retenção na fonte de imposto, a qual incide sobre 70% da remuneração paga. A taxa a
aplicar é de 15%, de acordo com o art. 0 16. 0 do mesmo código.

75.2.35 - Royalties

Esta rubrica destina-se a registar os custos com royalties devidos a terceiros por
utilização de propriedade intelectual (por exemplo, direitos de autor), por utilização de
propriedade industrial (licenças, marcas, patentes, processos de fabrico, etc.) ou por
contratos de cedência de know-how.

Como este custo está associado às vendas ou prestações de serviços realizados,


deve-se registar o custo no mesmo período em que sejam registadas as respectivas
vendas ou prestações de serviços.

75.3 - Impostos

Esta rubrica destina-se a registar os impostos directos e indirectos suportados pela


empresa, com excepção do imposto sobre os lucros.

Impostos directos são impostos sobre o rendimento ou sobre o património.

Impostos indirectos destinam-se a tributar a riqueza através da tributação do con-


sumo. São exemplos o Imposto de Selo e o Imposto sobre o Consumo.

Esta conta é debitada por contrapartida do registo do pagamento na conta 45 - Caixa ou


na conta 43- Depósitos à ordem, ou por contrapartida da conta 34- Estado, se o valor ficar
em dívida.
276 Parte 11 -O conteúdo, a rnovimentação das contas e exernplos práticos

7 5.4 - Despesas confidenciais

Esta rubrica destina-se a registar despesas confidenciais ou não documentadas.

Considerações fiscais

De acordo com o n. o 4 do art. o 17. o do Código do Imposto Industrial, aprovado pela


Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro, as despesas confidenciais não são aceites como cus-
tos fiscalmente dedutíveis e são objecto de tributação autónoma à taxa de 30% (a qual
pode ser elevada para 50% quando estas despesas originam um custo ou um proveito
na esfera de sujeitos passivos isentos ou não sujeitos a tributação em sede de Imposto
Industrial, de acordo com o n. 0 2 do mesmo artigo).

75.5 - Quotizações
Esta conta destina-se a registar as quotizações do período a favor de entidades ex-
ternas como associações patronais, associações sectoriais, etc.

75.6 - Ofertas e amostras de existências

"Esta rubrica destina -se a registar o custo de ofertas e amostras de existências próprias,
que não são de registar no custo das existências vendidas e das matérias consumidas."
(Notas Explicativas)
.....

Esta conta regista o custo de bens adquiridos especificamente para oferta.

Se a empresa oferecer existências. da própria empresa, o custo é reflectido através


da diminuição das existências finais e, consequentemente, através do custo das exis-
tências vendidas e das matérias consumidas.

75.9 - Transferência para resultados operacionais

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Outros custos e perdas operacio-
nais por contrapartida da conta 82.9- Resultados Operacionais, Outros custos operacionais.
Esta conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 71.9- Transferência para resultados operacionais.

76 - Custos e perdas financeiros gerais


Esta conta destina-se a registar os custos resultantes da utilização de capital alheio da
empresa, assim como as perdas associadas aos activos financeiros detidos pela empresa.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


76.1- Juros
76.2 - Diferenças de câmbio desfavoráveis
76.3 - Descontos de pronto pagamento concedidos
76.4- Amortizações de investimentos em imóveis
Capftulo 1 277

76.5 -Provisões para aplicações financeiras


76.6 - Perdas na alienação de aplicações financeiras
76.7 - Serviços bancários
76.9 -Transferência para resultados financeiros

76.1- Juros

"Esta conta destina-se a registar os juros resultantes do uso, pela entidade, de dinheiro ou
seus equivalentes que resultem de financiamentos obtidos ou de atraso no pagmnento de
quantias devidas a terceiros." (Notas Explicativas)

"Exen1plos de custos considerados como custos de empréstimos obtidos:


Juros de descobertos bancários.
Juros de empréstin1os a curto e longo prazos.
Amortização de descontos ou prémios relacionados com empréstimos obtidos.
Amortização de custos acessórios relacionados com a obtenção dos en1préstimos obtidos.
Encargos financeiros relativos a locações financeiras.
Diferenças de câmbio provenientes de e1npréstimos obtidos e1n moeda estrangeira."
(Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


76.1.1- De empréstimos
76.1.2- De descobertos bancários
76.1.3- De mora relativos a dívidas a terceiros
76.1.4- De desconto de títulos

Contabilização

Pelos CliStos Q.uros) de financiamentos obtidos,


por'créditp d<:t:tonta
• ·.• 43·. ~p~i19fi~osà Rrderp ou
• 4S ~ . eaixa~'f ~>~:i:{;; •... •.' .·. ·
Pei~S:iJ~·r.~~~~~.f~~rfi~ reíat!yq~ ª· 4fvi8a~·a:têrp~lrq$,'
porcréq~t;-·dk~:eoHtci· ;~ · · · · ' · · \. :' · ·= · ·
J':
• 32Lf:"Ji~'ébédóh~s8u·. ·. ·
•. 37? ~}(Jútros:yalo~ç~àf,ec~betGâpagélr«Jll
• 43~.!3~fJÓ~jt{,jp a.oriJern·:ou. . r '. .
• 4S-'Cáixa;

Considerações de auditoria

É necessário verificar a especialização dos juros no exercício a que correspondem,


sempre que haja financiamentos obtidos cujo prazo de vencimento dos juros ultrapasse
o exercício corrente.
l18 Parte 11 -O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Considerações fiscais

Genericamente, os juros incluem-se na alínea c) do art.o 14. 0 do Código do Imposto


Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro, pelo que são aceites como
custo fiscalmente dedutível.

Todavia, os juros de empréstimos dos detentores de capital ou de suprimentos


nao são aceites como custo dedutível, nos termos do n. 0 1 do art. 0 16. 0 do mesmo
código.

76.2 - Diferenças de câmbio desfavoráveis

Esta conta destina-se a registar as diferenças de câmbio desfavoráveis, relaciona-


das com as actividades operacionais da empresa e com o financiamento de activos que
não sejam de imputar a imobilizado ou a existências.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


76.2.1- Realizadas
76.2.2- Não realizadas

Contabilização

76.2 - ·Difere11ç~s de câmbio desfavoráveis


Pela actualização do valor dos meios monetários em
moeda estrangeira, ao câmbio da data de fim de
exercício, por crédito da conta
• 43 - Depósítos à ordem ou
• 45- Caixa
(quando existe perda de valor em moeda estrangeira).
Pela actuati~~·ção dos débitos .e créditos em moeda
~stréln,géif~ ap câmbio da. data·d~jlm de exercício,
·pclt tir~~hiii{et~··~~hta."" :·· · ·· >"' · · ·· · é

•. ~t/~:· ~~.~9y~~: . c ' . . ,:


.;;ª~~W -~6ú~c > ···· · ·' ·· ·
~~. ·31:: _.§r~~~~i~&êi>"éE~·&·pJg$f:
(qüandc) ê.xlst(Fpêrap~dê ~áiO(~i11·hiôed~ ·é$trângeira )·.·

r.•.i.i.i.·~3p·;· -·~·H· ·:.:p~#8et•~,~ ~1i!~ ~ n~Q~g~


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u~r6elrostdã ·conta:ti<i teriieiro. ·
.:., . . . ..-·. : . ,. ,·.:r··f' . . . . . .-,. . .
·
"~·:·.·:.

(Ver explicação sobre Valorimetria das dívidas em moeda estrangeira de clientes/fornecedores no final da conta
32- Fornecedores)
Capítulo 7 279

76.2.1- Diferenças de câmbio desfavoráveis- realizadas

"Esta conta destina-se a registar as diferenças de câmbio desfavoráveis realizadas, relaciona-


das com as actividades operacionais da en1presa e com o financiamento de activos que não
sejam de imputar a ünobilizado ou a existências.
São consideradas diferenças de cân1bio realizadas aquelas que resultem do diferencial entre o
valor de registo da dívida na data do reconhecimento inicial da transacção e o valor pelo qual
a dÍvida tenha sido paga ou recebida." (Notas Explicativas)

76.2.2 - Diferenças de câmbio desfavoráveis - não realizadas

"Esta conta destina-se a registar as diferenças de câmbio desfavoráveis não realizadas rela-
cionadas com as actividades operacionais da empresa e com o financiamento de activos que
não sejam de imputar a imobilizado ou a existências.
São consideradas diferenças de câmbio não realizadas aquelas que resultem do diferencial
entre o valor de registo da dívida na data do reconhecimento inicial da transacção ou o valor
actualizado na data do último período de relato e o valor que resulta da actualização dessa
dívida para o câmbio em vigor no final do período, quando esta ainda não tenha sido paga ou
recebida até essa data." (Notas Explicativas)

76.3 - Descontos de pronto pagamento concedidos

"Esta rubrica destina-se a registar os descontos desta natureza, quer constem da factura, quer f
sejam atribuídos posteriormente." (Notas Explicativas)

Contabi Iização
280 Parte 11 -O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

76.4 - Amortizações de investimentos em imóveis

"Esta conta destina-se a registar as amortizações dos imóveis que se encontrem registados em
investimentos financeiros." (Notas Explicativas)

Contabilização
. .. . .. .
7G~ll.•rAm9tti~~çõ~.sde.·.investilpé~(«~Jl~· .• il1}~veis
Pelas amortizações do exercício de imóveis não afectos
à actividade da empresa, por crédito da conta
• 18.3- Amortizações acumuladas, Investimentos
financeiros em imóveis.

76.5 - Provisões para aplicações financeiras

Esta conta destina-se a registar, no final do período contabilístico, a variação positiva


da estimativa dos riscos de desvalorização associados às aplicações financeiras
que ocorreu entre dois períodos contabilísticos seguidos (constituição ou reforço da
provisão).

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


76.5.1- Investimentos financeiros
76.5.1.1- Subsidiárias
76:5.1.2- Associadas
76.5.1.3- Outras empresas
76.5.1.4- Fundos
76.5.1.9- Outros investimentos
76.5.2 -Aplicações de tesouraria
76.5.2.1- Títulos negociáveis
76.5.2.1- Depósitos a prazo
76.5.2.3- Outros depósitos
76.5.2.9- Outros

Contabilização

[~tãçifl!~~~~~~v:s:otrid~:rercm<
!'~~PrtJV/S'ae~II;~Píl:g~~~!2f!i~4 ~u.···
Considerações fiscais

O custo de constituição ou reforço das provisões para aplicações financeiras não é


aceite como custo fiscal, por não estar previsto no art. 0 45. 0 do Código do Imposto
Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14, de 22 de Dezembro.
Capitulo 7 281

76.6 - Perdas na alienação de aplicações financeiras

"Esta conta destina-se a registar as perdas resultantes da alienação de aplicações financeiras,


sendo as respectivas subcontas creditadas pelo produto da venda e amortizações respectivas (no
caso de investin1entos e1n imóveis) e debitadas pelos custos correspondentes." (Notas Explicativas)

O ··saldo devedor desta conta representa a perda obtida na alienação de investimen-


tos financeiros e na alienação de títulos negociáveis.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:

76.6.1- Investimentos financeiros


76.6.1.1 - Subsidiárias
76.6.1.2 -Associadas
76.6.1.3 -Outras empresas
76.6.1 ..4* - Fundos
76.6.2 -Aplicações de títulos negociáveis

Contabilização

76.6 - Perdas Of! alienação de apUcaç()es financeiras


Pelo custo das aplicações financeiras vendidas, por Pelas amortizações acumuladas dos investimentos
crédito da conta financeiros em imóveis vendidos por débito da conta
• 13 -Investimentos financeiros ou 18.3- Amortizações acumuladas, Investimentos
• 41 - Títulos negociáveis financeiros em imóveis (se se tratar da alienação
qe um investimento financeiro em imóvel).
Pelo preço de venda das aplicações financeiras,
por débito da conta .- '
• 37.9 '-Outros valores a receber e a pagar ou
• 43.-pepó~ltoos.àor(jem, ou
• ·45·- Caixa.··

(Ver explicação na conta 13- Investimentos financeiros)

76.9 - Transferência para resultados financeiros

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Custos e perdas financeiros
gerais por contrapartida da conta 83.2 - Resultados Financeiros, Custos e perdas finan-
ceiros gerais. Esta conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 71.9- Transferência para resultados operacionais.

77 - Custos e perdas financeiros em filiais e associadas


Esta conta destina-se a registar os custos e perdas com empresas filiais e associa-
das, nomeadamente a cobertura de prejuízos nestas empresas.

O número sublinhado foi corrigido pelo editor por incoerência do original.


282 Parte 11 -O conteúdo, a rnovirnentação das contas e exemplos práticos

Contabilização

_.,,._-~. Çii~fqs" e--_p~rita.~ fi"nâricêiros'ém ftliais-:e.• assoêfada!)


Pelos custos e perdas com participações de capital,
por crédito da conta
• 35.2;2/3 ""' Entidades participadas, Empresas do
grupo ,-subsidiáriasjassociadas ou
' • 43 - Depósitos à ordem ou
• 45- Caixa.

77.9 -Transferência para resultados financeiros

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Custos e perdas financeiros
em filiais e associadas por contrapartida da conta 84.2 - Resultados Financeiros em
Filiais e Associadas, Custos e perdas em filiais e associadas. Esta conta é movimentada
aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 71.9- Transferência para resultados operacionais.

78 - Outros custos e perdas não operacionais

"Esta conta destina-se a registar operações de natureza corrente que tenham carácter não
recorrente ou não frequente.
Sempre que os factos ou acontecimentos em causa envolvam custos e proveitos, esta rubrica
registará ambos, se o efeito líquido de tais acontecimentos e factos for de natureza devedora."
(Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


78.1- Provisões do exercício
78.2- Amortizações extraordinárias
78.3 - Perdas em imobilizações
78.4- Perdas em existências
78.5 - Dívidas incobráveis
78.6 - Multas e penalidades contratuais
78.7 - Custos de reestruturação
78.8- Descontinuidade de operações
78.9- Alterações de políticas contabilísticas
78.10 -Correcções relativas a exercícios anteriores
78.11- Outr9s custos e perdas não operacionais
78.19 -Transferência para resultados não operacionais

78.1 .:;; Provisões do exercício

Esta conta destina-se a registar, no final do período contabilístico, a variação positiva


da estimativa dos riscos com uma natureza operacional que ocorreu entre dois períodos
contabilísticos seguidos (constituição ou reforço da provisão).
Capitulo 7 283

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


78.1.1- Existências
78.1.2- Cobranças duvidosas
78.1.3- Riscos encargos

Contabilização

Pela constituição ou reforço da provisão no exercício,


por crédito da conta
•_ 29 - Provisão para depreciação de existência~ ou
• 38 - Provisões para cobranças duvidosas
• 39- Provisões par~ outros riscos e encargos.

Considerações fiscais

Genericamente, o art. 0 45. 0 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14,
de 22 de Outubro, determina em que condições os custos com provisões são aceites
como custo fiscal. Todavia, aconselhamos a leitura das considerações fiscais nas res-
pectivas contas de provisões: 29- Provisão para depreciação de existências, 38- Provi-
sões para cobranças duvidosas e 39- Provisões para outros riscos e encargos.

78.2 - Amortizações extraordinárias

"Esta conta destina-se a registar as a1nortizações, relativas a bens ao serviço da entidade, que
tenham natureza extraordinária e não devam por isso ser registadas na conta «A1nortizações
do exercício»." (Notas Explicativas)

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


78.2.1- Imobilizações corpóreas
78.2.2 - Imobilizações incorpóreas

Contabilização

Pelas amortizaçpes e)(t~aordinárias, por crédito da


conta -1.8 .; Amortizações acumuladas.

Considerações fiscais

O n. 0 1° do art. 0 38. 0 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14,


de 22 de Outubro, relativo às desvalorizações excepcionais dos activos amortizáveis,
prevê que as desvalorizações excepcionais decorrentes de causas anormais, devida-
mente comprovadas possam ser aceites como custo fiscal. Todavia, o n. 0 2 do mesmo
artigo exige que o contribuinte solicite aprovação ao Chefe da Repartição Fiscal, me-
diante exposição devidamente fundamentada, até ao final do mês seguinte ao da ocor-
rência do facto que determinou a desvalorização excepcional.
(continua)
~84 Parte 11 -O conteúdo, a movimentação das contas e exernplos práticos

(continuação)
O n. 0 4 do mesmo artigo refere que, findo o prazo de 45 dias após a entrega do pedido de
autorização, a ausência de resposta da repartição fiscal resulta no deferimento do mesmo.

78.3 - Perdas em imobilizações

1:
"Esta conta destina-se a registar as perdas provenientes:
Da alienação de imobilizações, sendo as respectivas subcontas creditadas pelo produto da
venda e amortizações respectivas e debitadas pelos custos correspondentes.
De abates de imobilizado, sendo as respectivas subcontas creditadas pelas a1nortizações
respectivas e debitadas pelos custos correspondentes aos bens abatidos." (Notas Explicativas)

O saldo devedor desta conta representa a perda obtida com a alienação de imobili-
zações ou com o seu abate.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


78.3.1- Venda de imobilizações corpóreas
78.3.2 -Venda de imobilizações incorpóreas
78.3.3 -Abates
78.3.9 -Outras

Contabilização

78.3: Perdas em imobilizações

Pelo custo das imobilizações corpóreas ou incorpóreas, Pelas amortizações acumuladas das imobilizações
por crédito da conta corpóreas ou incorpóreas vendidas' por débito da conta
• 11 - Imobilizações corpóreas ou • 18.1 -Amortizações ãcumuladas, Imobilizações
• 12.-lmo/;Jilizações incorpóreas. . corpóre?,$ ou ... . ... .·.. .. _
•' 18.2 tcéf!JP&~tfl9.P~S,-~e_~mpJ~f);~s, Jf[lo/:Jii!EaçfJ~s .
incorpóté.~s:·'}'
~-~~}:~>~r.~:i{:~-~~-~~-~1-f~::~· -_ . ~ /l -
Pelo preç{l
- ._.
de
.
\fenda ~~s imobilizaçees,
. . .. . .
. .. ·.... ' ~
pordétlitõda eonta
....
.. . . . .. .

•,37.9 :_Outros v~llorf]s arecebere a pagar ou


• 43 ~ Oepósitos à ordem .ou
• 45..,. Caixa.

(Ver explicação na conta 11 -Imobilizações corpóreas)

Na contabilização de um abate não se regista o lançamento correspondente ao preç_o


de venda.

78.4 - Perdas em existências

;:;

"Esta conta destina-se a registar as perdas de existências apuradas aquando da realização de


um inventário físico ou através de qualquer outra forma, e que não devam afectar o custo das
existências vendidas e consumidas." (Notas Explicativas)
Capftuio 7 285

Esta conta movimenta-se quando ocorrem sinistros ou quebras anormais de existências


que se considere que não devam afectar o custo das existências vendidas e consumidas.

Contabilização

Pelo custo tias existências, por crédito da conta


• 22 ·-"Matérias-primas, subsidiárias· e de consumo ou
• 26 - Mercadorias.

78.5 - Dívidas incobráveis

Esta conta destina-se a registar os valores a receber que a empresa considerou


incobráveis.

Contabilização

78.5,!- pí~ida~ :.iJ,l~f~riivçi~


Pelo valor do crédito incobrável, por crédito da conta
• 31.1- Clientes- correntes ou
• 31.2 - Clientes - títulos a receber ou
• 31.8 - Clientes de cobrança duvidosa ou
• 3 7 - Outros valores a receber e a pagar.

Considerações fiscais

De acordo com o art. 0 46. 0 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14,
de 22 de Outubro, os créditos incobráveis só são aceites como custo fiscal na medida
em que resultem de processos de execução, falência ou insolvência, devidamente docu-
mentados através de certidão pública.

78.6 - Multas e penalidades contratuais

Esta conta destina-se a registar as penalizações atribuídas à empresa, resultantes


do seu incumprimento de disposições legais ou contratuais.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


78.6.1- Fiscais
78.6.2- Não fiscais
78.6.3 - Penalidades contratuais

ContabiUzação
i
i~

Pelp.yalor~da····rnulta.·()llpenalidade, . por.créQito···da··corita II
• 37~ 9uirosvatorésa rec~~ér-eapagar·
• •4~· -7 Dé[jó$ltos à ordem ou

I
• ·45::.. Caixa.·'
Z86 Parte 11- O conteúdo. a movirnentação das contas e exernplos práticos

Considerações fiscais

Nos termos da alínea d) do art. o 18. o do Código do Imposto Industrial, aprovado pela
Lei n. 0 19/14, de 22 de Outubro, não são aceites como custo fiscal as importâncias de
multas e demais encargos pela prática de infracções de qualquer natureza.

7~.7 -Custos de reestruturação

"Esta conta destina-se a registar os custos de reestruturação da entidade que não resultem r
e1n expansão para outras actividades." (Notas Explicativas)
' ·. . ·~· ... , .......

78.8 - Descontinuidade de operações

"Esta conta destina-se a registar as perdas líquidas resultantes da descontinuidade de uma


ou várias operações da empresa." (Notas explicativas)

78.9 - Alterações de políticas contabilísticas

"Esta conta destina-se a registar as correcções desfavoráveis derivadas de alterações nas políticas
contabilísticas, cujos efeitos não puderam ser reconhecidos nos resultados transitados por não ter
sido possível efectuar uma estünativa razoável do valor a reconhecer nessa conta." (Notas explicativas)

Ver explicações sobre erros, alterações nas estimativas contabilísticas e alterações


de políticas contabilísticas na conta 68.10- Correcções relativas a exercícios anteriores.

78.10 - Correcções relativas a exercícios anteriores

r
"Esta conta destina-se a registar as correcções desfavoráveis derivadas de erros ou omissões ~
relacionados com exercícios anteriores, que não sejam de grande significado, nem ajustamen-
tos de estimativas inerentes ao processo contabilístico." (Notas Explicativas)

Ver explicações sobre erros, alterações nas estimativas contabilísticas e alterações


de políticas contabilísticas na conta 68.10- Correcções relativas a exercícios anteriores.

Contabilização

. . ,·l;::_~:l~~;~;;~;}~~;~;i;\;; ·c.· ... _~ -~;1,~;:..-~~flló~-~·~o~r:~,('~'"·:~e ···:_itg;:~~~~~~~#~.::~~í~rt~,~~:,~::·.


Pelaseorr~c_çqef féiatfyas _a ex~tcfcios anteriores i

porc~~i~Rd~)t?ritfi ·... "·· · · · · · · · · .· • •-.•\;_•·•·•· · · · . ._·. .··.•·.·•··.··c , < ;·•


· •. . a.~.·t::;:g~rfJ~p,l~n~sto·.so~ke. ~~··'~cro~ J.~~··H-~~~-· .· •
efu qu~_• .·~··ê·~timptlv~foi:•l~f,~riÇtê~:va.lqt. daá?X-oti··.·_.····
•. .·a.utr?:i9_~~·~t~~t~j·~~pgrrlgif._ct~Vi?ó· a._um•.--erro · ·
(tlêo<f~~~.m~.tJtaí}Qu a urn~ ,alteração das · ·
estimativas associadas à conta;
Capítulo 7 28'4

78.11 - Outros custos e perdas não operacionais

Esta conta é uma conta residual, a qual se destina a registar outros custos e perdas
não operacionais que não possam ser registados noutras subcontas da conta 78 -
Outros custos e perdas não operacionais.

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


78:11.1- Donativos
78.11.2- Reembolso de subsídios à exploração
78.11.3- Reembolso de subsídios a investimentos

Contabilização
- '. ·. --:(- :"" -: . (.:.~ _- _-_ ;-.-----~-~:' .-.._~:-_: . . . . _:___ ._ .:< . :. : ,. -:· - : . _-- . _:·:_·_ ...~.- . . --~-
78~ 1i •. -... Q.lltros .cqs~os•· e p~rd~$ não .op~ra~l.qmais;

Pelo valor do donptÍVO atribuído pela empresa ou do


subsfdio devolvido~ pó r crédito da. conta
• 37 - Outros valores a receber e a pagar
• 43 - Depósitos à ordem ou
• 45- Caixa.

Considerações fiscais

O n. 0 1 do art. 0 19 do Código do Imposto Industrial, aprovado pela Lei n. 0 19/14, de


22 de Outubro, estabelece que a aceitabilidade dos donativos como custos fiscais en-
contra-se regulada pela Lei do Mercado.

De acordo com o n. 0 2 do mesmo artigo, os donativos não elegíveis nos termos da


Lei do Mercado não são aceites como custo fiscal mente dedutível e são sujeitos a tribu-
tação autónoma à taxa de 15%.

78.19 - Transferência para resultados não operacionais

Esta conta destina-se a registar o valor líquido da conta Outros custos e perdas não
operacionais por contrapartida da conta 85.2- Resultados não operacionais, Custos e per-
das não operacionais. Esta conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 71.9- Transferência para resultados operacionais.

79 - Custos e perdas extraordinários

"Esta rubrica destina -se a registar os custos e perdas extraordináríos resultantes de eventos
claramente distinguív;.eis das actividades operacionais da entidade e que, por essa razão, não
se espera que ocorram, nem de forma frequente, nem regular.
Sempre que eventos desta natureza originem simultaneamente custos e proveitos, estes
devem ser contabilizados nesta rubrica apenas se o respectivo valor líquido tiver natureza
devedora." (Notas Explicativas)
288 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

As subcontas previstas no código de contas do PGC são:


79.1- Perdas resultantes de catástrofes naturais
79.2 -Perdas resultantes de convulsões políticas
79.3 - Perdas resultantes de expropriações
79.4- Perdas resultantes de sinistros
79.9 -Transferência para resultados extraordinários

79.4 - Perdas resultantes de sinistros

Esta conta destina-se a registar as perdas provenientes de sinistros.

A conta é movimentada pelo valor contabilístico do activo sinistrado.

Se houver indemnização do sinistro (por exemplo, de uma companhia de seguros),


esta conta também é movimentada pela indemnização recebida. Assim, a conta 79.4-
Perdas resultantes de sinistros deve ser utilizada sempre que o valor da indemnização
seja inferior ao valor dos activos sinistrados, correspondendo o saldo devedor da conta à
perda líquida ocorrida.

Ainda que pouco provável, se o valor da indemnização recebida for superior ao valor dos
activos sinistrados, deve-se movimentar a conta 69.4 - Ganhos resultantes de sinistros,
correspondendo o saldo credor da conta ao ganho líquido ocorrido.

Contabilização

79.4 - Pf}rdas resultantes de sinistros

Pelo custo do activo sinistrado, por créditÓ da conta Pelas amortizações acumuladas dos imobilizados
• 11 - Imobilizações corpóreas ou corpóreos, incorpóreas ou activos financeiros em
• 12 -Imobilizações incorpóreas imóveis sinistrados por débito da conta
• 13 -Investimentos financeiros ou _ 18 .-: AmortizéJções é;lcumu/qdas (se se tratar de
• 22/23/24t25/26/27 _;oçania aés f:Xis~êhéiªs ···-~m:.~ih,i~~~tt~st~ .p~P.c~ê•,·a~!\i~t--:'~_·:··, -
$W[tJtt~flt!s ~;t@.i~al~r~~,} ·- ,:v;~jj~~~~-i~b~,~H~~;d~rlvª_dê;ldq

't!~~l~,~~~fil~~#~r~M~~r.Ou
••45-Caíxa. ·

(Ver explicação na conta 11 - Imobilizações corpóreas)

79.9 - Transferência para resultados extraordinários

Esta conta destira-se a registar o valor líquido da conta Custos e perdas extraordinários
por contrapartida da conta 86.2- Resultados extraordinários, Custos e perdas extraordiná-
rios. Esta conta é movimentada aquando do apuramento dos resultados.

Contabilização idêntica à da conta 71.9- Transferência para resultados operacionais.


Capítulo 8 289

Classe 8 - Resultados
Esta classe engloba os resultados transitados, as várias subcontas utilizadas no
processo de apuramento do resultado líquido do exercício e os dividendos antecipados.

As- subcontas previstas no código de contas do PGC são:


81- Resultados transitados
82- Resultados operacionais
83 - Resultados financeiros
84- Resultados financeiros em filiais e associadas
85 - Resultados não operacionais
86- Resultados extraordinários
87 - Impostos sobre os lucros
88- Resultado líquido do exercício
89 - Dividendos antecipados

81 - Resultados transitados

"Esta conta é utilizada para registar os resultados líquidos e os dividendos antecipados prove-
nientes do exercício anterior. Será movimentada subsequentemente de acordo com a distribui-
ção de lucros ou a cobertura de prejuízos que for deliberada pelos detentores do capital.
Esta conta destina-se a registar igualmente:
A correcção dos erros fundamentais que devam afectar, positiva ou negativamente, os capi-
tais próprios e não o resultado do exercício.
Os efeitos retrospectivos, negativos ou positivos, das alterações de políticas contabilísticas.
O imposto sobre os lucros derivados das situações acima referidas. A contabilização efec-
tuada por contrapartida da conta 34.1- Imposto sobre os lucros." (Notas explicativas)

Contabilização

' ·. . . .

Pela·_ prej~f~o•••do,ex7rcício pJ)tenor,_.Porcréditó.dtl•••cqnt~ . · ._· Pel.o••IÚ5.r9:.do .• ~~ercício .• ·ant~n?r,·por·~ébi~o~.défç?Qtà


.•~-~:~~~~Yifag~;{fqY:lPQ; ~~,;~xercfpjf>:._f.qy~nqcr.p;R~~PW~tiQ . ·~ª· z;;:~.~~·~(~~(~.t[~ijíl:#fdp.~x~rq[Çia:~(~~nqó:Q····:--•
lfquiqq dp e,~~rçícip:antêtlor forn~~tivo); • . . · ·-· . . .•. -· •. · · · Re§Uit~9gffqyjdo. d(}~xercfçi()_alJt~ctgr.J:Or·.·posl}iVo).·.
:. ·i ;.·· ·:· ~ •• ;-'·• :)· :< ).:·· .• · . ·••. ·.· ; : :
PeiÇJ; apii.c9ç,~o 9<>~Je,s~:llP#9$ dp ~-x~rcfcio~ecidJqa: em . ··~~~-~-··•-qo~~cturê.•-.de··J)r~jil$~os.•·•P.ór.pa~~;?,ôs··$õ~l(js.·· •.
Assernb,l~i~•. :~l~ral_,:.e~r:.~~~dit~;cta~tiryta.<:_·_•• . •. ·•. _.• ._.·_. •.-.•_·· ·•·•· ·._·. (~.eGip:h!st~.s),.•pordêbi~<>:~a. qpn!a.3q;l~·.EOtHJ,gdes
•. 35. ~,X.3 L;"Enüqa~.k~rtitÍpantes, cjfuéros o~ · p~rticíp~~trs. :._. _- .• · . ._ .>.·.·····>_.··•.··.._· ...·.• •·•_·. . ·..•..••-_·_ . . . . _i
• 5? '-Resf}rvasl~~ai~·~u .. ..·...... _.. .. ·. ·. . . .... · Peta.•. Gót~e~~o-·d.e_._errosfu.nq9mEmtaiª···qe·grélncrê
•. 5T~.ffeseryas co11J fi~.~fldiJde§ especiais ()~ ~iinfff4.~.tio.~(lfl)~~elt(}:~~0~lt;voi .po·r"ô4~Jto,.dá·;ÇUntâ .
• 58 -·Reservas livres ol.i . .. . a regularizar. ·
(continua}
PLAPGC_19
290 Parte 11 -O conteúdo. a movimentação das contas e exemplos práticos

(continuação)

Pela correcção de erros fundamentais de grande Pelo efeito retrospectivo positivo da alteração de
significado com efeito negativo, por crédito da conta a políticas contabilísticas, por débito da conta a ajustar.
regularizar.
Pelo efeito retrospectivo negativo da alteração de
políticas contabilísticas, por crédito da conta a ajustar.

Outras considerações

A Assembleia Geral de Sócios; Accionistas deve deliberar a aplicação dos resultados


do exercício anterior. Nos termos do art. 0 396. 0 da Lei das Sociedades Comerciais, as
Sociedades Anónimas devem deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados
nos três primeiros meses de cada ano.

Esta deliberação deve respeitar o valor mínimo a colocar em reservas legais:


• nas sociedades por quotas, o art. 0 240. 0 da LSC prevê a obrigatoriedade de consti-
tuir uma reserva legal de montante não inferior a 30% do capital social. A sua cons-
tituição é feita através da reserva de um valor não inferior à 20.a parte (5%) dos lu-
cros líquidos da sociedade (remissão do art. 0 240. 0 para o art. 0 327. 0 da LSC);
• nas sociedades anónimas, o art. 0 327. 0 da LSC prevê a obrigatoriedade de cons-
tituir uma reserva legal de montante não inferior a uma 5.a parte (20%) do capital
social. A sua constituição é feita através da reserva de um valor não inferior à
20.a parte (5%) dos lucros líquidos da sociedade.

A contabilização da aplicação dos resultados deve realizar-se conforme o quadro que


se segue:

i~~licação do$ Resultad~s

Se houver lucros:
1) No início do ano, deve-se transferir o Resultado do Exercício (positivo) apurado no ano anterior para
Resultados transitqdos
Detiluf - _· 8§ ~.'flê:SUJtâd(jffqufâo d6 exeiêíoió
-e~üit~------_.- :a1-Flesu}tàdm~~~rah~ita~~::t_> . ._•.• -. .• .•.-· ••·-_. i·-•·--·--->-•----.·.-.·_: _ ··-~
2rt5e1~:~(j~~~rtibã~,; · .· · - ··a~~:r~~~~fi~s.·r~~:!\~i~lnfit~1à:~M~D: ·
-\>~J~~tt~,('~ª~;; S.{t{JJ}J!$·; . ,., '<; ;;~.;; )~.,:-c ~> -· ,.
Credita·· · 55 -l~eserya~}~~àfs
Credih1 · 58 ~.Reservas livres
Credita 35.1.X.3 --~ EniidadespartiCípanté$, c//ucrcis'(pelos resúltad()sdlstrlbufdos aos sótiÍosjacCiônistas)
Credita 36.2 :. . Pessoal ~ pàrticlpação nosfesultados (pelo~nesültados distribuídos ao pessoal)
3) Pelo p~~arnentq dos r~siJitáô.os,. aos s<>oíals/f.ltoioní!stas
Debita · - · :.. piirticípª~1ão ·.o.osr~$ultatt_os CP.~Iós.lcê~QIItatl.ôs ..~distlribufdos ~B R~!>~? ai} <• '" : _·.>
:ó~bttâ -. · .· 66.;f.~·t:3-~;JdtitJat(t~~i: fJ.a..rtt~1fJ~l1J~§r;)itf',i.®J -~ps.sê~jp~;a®ion•~~~):
ore·Ei"ité .._: ~;- ··· . . -
. -:· ·· ·-··· . · ·
Crédità· ··

1
Se hooverpreJuízo;
NO:Infcip (ip_a~o,· <:Jeve,.s~ tratuiferir o·Hesult(ldo do-EXercíCio (negativo) apurado- no ano ante~or _para Resultados
transitadas · · · · · ·
Debita 81 - Resultt;ldOS tran$itados _ .·. ,
Creóita · 88 7 Rt:tSIJ/tadoHquido do exetcJcio ,
Capítulo 8 291

Apuramento do Resultado Líquido do Exercício

O apuramento do Resultado Líquido do Exercício faz-se através das seguintes etapas:


1) Apuramento dos resultados operacionais, através da transferência dos proveitos
e ganhos operacionais registados nas contas 61 a 65 e dos custos e perdas
operacionais registados nas contas 71 a 75;
2) Apuramento dos resultados financeiros, através da transferência dos proveitos e
'ganhos financeiros gerais registados na conta 66 e dos custos e perdas financei-
ros gerais registados na conta 76;
3) Apuramento dos resultados financeiros em filiais e associadas, através da transfe-
rência dos proveitos e ganhos financeiros em filiais e associadas registados na
conta 67 e dos custos e perdas financeiros em filiais e associadas registados na
conta 77;
4) Apuramento dos resultados não operacionais através da transferência dos provei-
tos e ganhos não operacionais registados na conta 68 e dos custos e perdas não
operacionais registados na conta 78;
5) Cálculo do resultado corrente decorrente da soma dos resultados operacionais,
dos resultados financeiros, dos resultados financeiros em filiais e associadas e
dos resultados não operacionais;
6) Cálculo da estimativa do respectivo imposto sobre os resultados correntes;
7) Apuramento dos resultados extraordinários através da transferência dos proveitos
e ganhos extraordinários registados na conta 69 e dos custos e perdas extraordi-
nários registados na conta 79;
8) Cálculo da estimativa do imposto sobre resultados extraordinários;
9) Registo do imposto sobre os lucros com base no cálculo efectuado do imposto
sobre resultados correntes e do imposto sobre resultados extraordinários;
10) Apuramento do Resultado Líquido do Exercício, através da transferência dos resul-
tados operacionais registados na conta 82, dos resultados financeiros registados
na conta 83, dos resultados financeiros em filiais e associadas registados na
conta 84, dos resultados não operacionais registados na conta 85, dos resulta-
dos extraordinários registados na conta 86 e do imposto sobre os lucros regis-
tado na conta 87.

Nas várias etapas deve ser utilizada a respectiva subconta 8X.9- Transferência para
resultados ... , a qual reflecte o saldo da conta a transferir para a etapa seguinte.

82 - Resultados operacionais

"Esta conta destina-se a concentrar, no fim do exercício, os proveitos e os custos registados,


respectivamente, nas contas 61 a 65 e 71 a 75 por forma a apurar os resultados operacionais
da entidade. Os correspondentes registos deverão ser efectuados por contrapartida das sub-
contas denominadas Transferência para resultados operacionais." (Notas explicativas)
292 Parte 11- O conteúdo, a movimentação das contas e exemplos práticos

Contabilização

Pela transferência do saldo déls contas de custos e Pela transferência do saldo das contas de proveitos e
perdas operaCionais, por crédito da conta ganhos operacionais, por débito da conta
• 11·- Custo das existências vendidas • 61-Vendas
~ 72 ~ Custos com o pessoal • 62 - Pres~ações de serviços
~· 73 - ArnórtlzaÇões dó exercício • ·63 ..:.>Outros proveitos operacionais
• 64-- VariaÇão nos inventários de produtos • 64 ~··VariaÇão nos inventários de produtos
acabados e de produção em curso (se negativa) acabados e.deproduçãá em curso.'(se positiva)
• 75 - Outros custos e perdas operacionais. / • 65 - Trabalhos para a própria empresa.
Se o saldo da conta for credor, pela transferência do Se o saldo da con~ for devedor, pela transferência do
saldo por crédito da conta 88 - Resultado líquido do saldo por débito da conta 88"'"" Resultado líquido do
exercício. exercício.

83 - Resultados financeiros

"Esta conta destina-se a concentrar, no fim do exercício, os proveitos e os custos registados,


respectivamente, nas contas 66 e 76 por forma a apurar os resultados financeiros da entidade. f;
Os correspondentes registos deverão ser efectuados por contrapartida das subcontas denomi-
nadas Transferência para resultados financeiros." (Notas explicativas)

Contabilização

83.- Resultados•• financeiros


Pela transferência do saldo da conta de custos e· Pela transferência do saldo da conta de proveitos e
perdas financeiros gerais, por crédito da conta ganhos financeiros gerais, gor déqito da conta
76 - Custos e perdas financeiros gerais. 66 - Proveitos e ganho~financeiràs gerais.
S~ o s~l?odacpntaJorcredor, ~ela.transff}rênciado Se o saldo da conta for deveclor, pela transferência do
.:~~~~!~af~~~f:~!~~:-~2-~f8~f~.·~·~~o~J3€J~~~mv9:rfqut.âg,.J'~····.
..-~·/
·; ···!!~~~;~1:.tJêbifo•.oa .·conttt·.·ss•.·-~.•·rresattado JíqWdJrdo

84 - Resultados financeiros em filiais e associadas

"Esta conta destina-se a concentrar, no fim do exercício, os proveitos e os custos registados,


respectivamente, nas contas 67 e 77 por forma a apurar os resultados em filiais e assqciadas·
da entidade. Os correspondentes registos deverão ser efectuados por contrapartida das sub-
contas denominadas Transferência para resultados em filiais e associadas." (Notas explicativas)

Contabilização

P~la~;~fari.sf~r~6aiq.clo salpod.à;cqnt~ .de.c4stos e........ Pr:Ja·.traôsf~r~.oqlâ·•.do. s~ldo•.·d~·· conta•; d~< proveitos.··e


P~.rd~$Jioaoc7iW~~e.m·•. ~in~.i$•.~.• assp9i~dél$tPoF~rê9It9· ·. g~nhosn.nánc~içps em.fit.ia is·.•.~.·.·.as~ocr~.dils~·.·•por-~ébito
da conta 17 - Custos eperdas firfanéeiros em filiais e. da- ool'Ít:a 67 .~ ·Próveítos e gánhosfíncmceiros em
associadas. subsidiárias e associadas.
(continua)
Capitulo 8 293

(continuação)

Se o saldo da conta for credor, pela transferência do Se o saldo da conta for devedor, pela transferência do
saldo por crédito da conta 88 -Resultado líquido do saldo por débito da conta 88- Resultado líquido do
exercício. exercício.

85 - Resultados não operacionais

"Esta conta destina-se a concentrar, no fim do exercício, os proveitos e os custos registados,


respectivan1ente, nas contas 68 e 78 por forma a apurar os resultados não operacionais da
entidade. Os correspondentes registos deverão ser efectuados por contrapartida das subcon-
tas denominadas Transferência para resultados não operacionais." (Notas explicativas)

Contabilização

Pela transferência do saldo das contas de custos·e Pela transferência do saldo das contas de proveitos e
perdas não _operacionais, por crédito da conta ganhos não operacionais, por débito da conta
78 - Outros custos e perdas não operacionais. 68 - Outros proveitos e ganhos não operacionais.
Se o saldo da conta for credor, pela transferência do Se o saldo da conta for devedor, pela transferência do
saldo por crédito da conta 88 - Resultado líquido do saldo por débito da conta 88- Resultado líquido do
exercício. exercício.

86 - Resultados extraordinários

"Esta conta destina-se a concentrar, no fim do exercício, os proveitos e os custos registados,


respectivamente, nas contas 69 e 79 por forma a apurar os resultados extraordinários da enti-
dade. Os correspondentes registos deverão ser efectuados por contrapartida das subcontas
denominadas Transferência para resultados extraordinários." (Notas explicativas)

Contabilização

. -. . . . ..

Pela.tra.ost~rência•_d()•····saJdo•dâscont<is.•de..custós.·ê·- ~etaJr~p~~~rên~!~·<lô:~~~~~::~~~:~?~W~.~l~oprpv~I}Q~•.~
perda~. . exttçwrdin~~l9s;,pprcr~clJto, da conta. gé1nhp~.~~raord;in~l_rj<J&, P9t~~bi~B>â.a/çº:nta: . .·. · • ~
!9 .. ~ys~o~ ~pe~r:~~ ·{l~trapr~ih?ri~f· . ·. . . >, •.. . •. i · · · · , .... 69· -..ProvêÍtos:e ganhds extrqflrtlinários.· · ·

:!~i~f~~~f~~-WJ~t~@~~: . ~i~i~soc:~~;"<~i~~~~l!~~á~~~~%
<

87 - Impostos sobre os lucros

"Esta conta destina-se a registar a estimativa de imposto sobre os lucros relacionada com resul-

tados líquidos do exercício, devendo ser distinguida a parte relativa a resultados correntes e a
parte relativa a resultados extraordinários. A quantia estimada de imposto deverá ser contabi-
lizada por contrapartida da conta 34.1- Estado- Impostos sobre os lucros." (Notas explicativas)
294 Parte 11 -O conteúdo, a n1ovimentaçào das contas e exempios práticos

Contabilização

Peta estimativa do imposto sobre os resultados Pela transferência do saldo por débito da conta
correntes, por crédito da conta 34.1 - Estado - 88- Resultado líquido do exercício.
Impostos sobre os lucros.
Pela estimativa do imposto sobre os resultados
}extraordinários, por crédito da conta 34.1 - Estado -
Impostos sobre os lucros.

88 - Resultado líquido do exercício


--

"Esta conta servirá para agregar os saldos das contas 82 a 87 por fonna a detern1inar os resul-
tados líquidos do exercício. Os correspondentes registos deverão ser efectuados por contrapar-
tida das subcontas denominadas Transferência para resultados líquidos.
No início do exercício seguinte, o seu saldo deverá ser transferido para a conta 81-Resultados
transitados." (Notas explicativas)

Contabilização

88 - Resultado líquido do exercício

Pelos saldos devedores das contas de resultados Pelos saldos credores das contas de resultados
operacionais (82), resultados financeiros (83), operacionais (82), resultados financeiros {83),
resultados financeiros em filiais e associadas {84), resultados financeiros em filiais e associadas (84),
resultados não operacionais (85), resultados resultados não operacionais (85), resultados
extraordinários (86), por crédito das respectivas " extraordinários (86), por débito das respectivas
subcontas. subcontas.
Pelo imposto sobre o resultado, por crédito da conta Pela transferência dos prejuízos, por débito .da conta
87 - Impostos sobre os lucros. 81 -Resultados transitados (no ano a seg~ir ao
Pera tran~tefenóia do~ Juc-ros',_p6rc:hidito da contá àpurarrrento·do-resultado líqul~o 99 ex{1rçíclo ).~~ .
81 :..•R:e~ultéldostransitàdos.(n&ánoa_séguír ào
apurarnentb dq resultado líquido do exercício). ··

89 - Dividendos antecipados

"Esta conta é debitada, por crédito das subcontas da conta 35.1 - Entidades participantes . . I
pelos dividendos atribuídos no decurso do exercício, que sejam permitidos nos termos legais e Í
i
estatutários, por conta dos resultados desse exercício. '
No início do exercício seguinte, o seu saldo deverá ser transferido para a conta 81-Resultados
transitados." (Notas explicativas)

O arl. 0 329. 0 da Lei das Sociedades Comerciais prevê que as Sociedades Anónimas
possam distribuir dividendos relativos a lucros do próprio exercício desde que seja cum-
prido um conjunto de condições a seguir transcritas:
Capítulo 8 295

"1- O órgão de administração da sociedade pode, no decurso de um exercício, deliberar adian-


tamentos sobre lucros aos accionistas desde que:
a) os adiantamentos sobre lucros sejam expressarnente pernlitidos pelo contrato da
sociedade; 2

b) a distribuição dos adiantamentos seja autorizada pelo órgão de fiscalização e precedida ~


de um balanço intercalar, elaborado com a antecedência máxima de 30 dias e certifi-
cado pelo perito contabilista, den1onstrando a existência de in1portâncias disponíveis
para o efeito;
c) sejam observados, no que for aplicável, os artigos 34. 0 e 35. 0 , tendo em consideração os
resultados apurados durante o período do exercício que já tiver decorrido;
d) se_ e~ectue um só adiéJ.ntamento no decurso de cada exercício e sempre na segunda Ine-
tade deste;
e) as importâncias a adiantar não exceda1n metade das que seriam distribuíveis.
2- Se o contrato da sociedade for alterado para permitir. o adiantamento sobre lucr9s, o pri-
n1eiro adiantamento só pode ser efectuado no exercício seguinte àquele em que ocorrer a
alteração."
·..

Se as disposições previstas da Lei das Sociedades Comerciais forem cumpridas e a


distribuição de dividendos antecipados for deliberada, a contabilização realiza-se con-
forme o quadro que se segue:

Dividendos. antecipados

1) Pela deliberação dos dividendos a distribuir durante o exercício


Debita 89 - Dividendos antecipados
Credita 35.1.X.2 - Entidades participantes, cj adiantamentos sobre lucros
2) Pelo pagamento dos dividendos
Debita 35~ LX.2- Entidades partic;lpantes, cjadiantamentossobre lucros
Cre_difa fl4~~9<9'1tro,~liJJIW~tos üwlo
valor do imposto retic(o. na fonte)
Credít~{ 4S_'- êâixa oJ' . ,- - _. . . . - -
43 ..c·•Dep.ósitos-à ordem (pei9Ví:llorlíquido pÇ~go)
3) ·No inicio do é}no seguÍnte, reflecte-se emResultados transitados os divid~-ndoàjá. distribuídos
Debita 81 -Resultados transitados
Credita 89 - Dividendos antecipados
296 Parte 11- O conteúdo, a rnovimentação das contas e exemplos práticos

Classe 9 - Contabilidade analítica

"Esta classe é de uso facultativo o qual dependerá da necessidade sentida pela empresa e da
ponderação do binómio custo/benefício.
Contudo, recomenda-se o seu uso para empresas industriais onde o apuramento dos custos de
produção se torne moroso e difícil de executar por outra via." (Quadro e lista de contas)

Esta classe destina-se a registar os movimentos realizados na contabilidade geral,


com particular incidência nas contas de resultados, organizando-os de modo a fornecer
informação útil à tomada de decisão da gestão da empresa (por exemplo, por secções
de produção, por secções de estrutura, como os serviços administrativos e os serviços
de distribuição e venda).

A estrutura desta classe deve ser adaptada às características de cada empresa e do


sector empresarial em que a mesma está inserida.

Há diferentes sistemas de ligação entre a contabilidade geral (classes 1 a 8) e a


contabilidade analítica (classe 9), designadamente:
• o sistema monista, no qual contas da contabilidade geral são movimentadas por
contrapartida da classe 9;
• o sistema dualista, no qual as contas da contabilidade geral nunca são movimen-
tadas por contrapartida da classe 9. Neste sistema, as contas da classe 9 debi-
tam-se e creditam-se por contrapartida de contas da classe 9, sendo a ligação
entre a contabilidade analítica e a contabilidade geral realizada através de contas
reflectidas ou contas de ligação.

Dada a especificidade desta classe, é recomendada literatura específica sobre o assunto.


Capítulo 10 297

Classe O - Contas de ordem

"Esta classe é de uso facultativo. Contudo, sugere-se o seu uso para controlo de situações de
di;eitos e responsabilidades da entidade para com terceiros e de terceiros para com a enti-
dade, que de momento não afectam o seu patrünónio n1as que no futuro o poden1 afectar e que
facilitem a respectiva divulgação nas Notas às Contas." (Quadro e lista de contas)

As contas de ordem podem ser utilizadas para registar situações que ainda não são
factos patrimoniais (não alteram nem o valor nem a composição do património), mas
que poderão vir a sê-lo.

Estas contas são criadas duas a duas, por cada direito ou responsabilidade a regis-
tar, com o código 01, 02, etc.

Exemplo:
• Letras descontadas
Letra A, a vencer em ...
Letra B, a vencer em ...
Etc.
• Responsabilidades por letras descontadas
Banco X
Banco Y
Etc.

joevedores por valores entregues como caução


l_yalores entregues como caução

Estas contas poderão fornecer a informação necessária ao preenchimento da nota


36dasNo~saoBa~nço.

Esta classe também pode ser utilizada para registar todos os fluxos de caixa da em-
presa, representando um subsistema informativo que facultará a informação necessá-
ria ao preenchimento da Demonstração de Fluxos de Caixa.

Todavia, os meios informáticos actualmente disponíveis permitem controlar os diver-


sos factos extrapatrimoniais, assim como elaborar a Demonstração de Fluxos de Caixa
sem utilizar esta classe, pelo que a mesma raramen~e é utilizada.
Portaria n.o 668/'72, de 2S.de Setembro
- Taxas e liiTiltes de provisões

Portaria n.o 755/72, de 26 de Outubro


... . . . . . .,

{alterada··pelirPortaria n.o 57/74, de 24de Janeiro)


- Taxas anuais de reintegrações e amortizações
Portaria n. o 668/72. de 28 de Setembro - Taxas e limites de provisões 299
.. ' i~·

Dispõe o artigo 9. 0 do Diploma Legislativo No uso da competência atribuída pela alínea c)


n. 35/72, de 29 de Abril, que o Governador-Geral
0
do artigo 135. 0 da Constituição, o Encarregado do
fixará as taxas e limites das provisões que tiverem Governo-Geral de Angola manda:
por fim a cobertura de créditos de cobrança duvi- Número único. É aprovada a tabela das taxas e
dosa e as que se destinarem a cobrir as perdas de dos limites das provisões a que se referem as alí-
valor·· que sofrerem as existências, provisões que neas c) e d) do artigo 36. 0 , n. 0 1 do Código do Im-
serão de considerar custos ou perdas imputáveis posto Industrial, aprovado pelo Diploma Legislativo
ao exercício, para efeitos de determinação da maté- n. 0 35/72, de 29 de Abril, a qual faz parte inte-
ria colectável sujeita a imposto industrial. grante da presente portaria.
Ouvidos nos termos do n. 0 2 do artigo 36. 0 do
Cumpra-se.
Código do Imposto Industrial, aprovado pelo men-
cionado diploma legislativo, os organismos repre- Residência do Governo-Geral de Angola, em
sentativos das actividades comerciais e industriais Luanda, 28 de Setembro de 1972.
da província; - O Encarregado. do Governo-Geral, Mário Governo
Visto o parecer do Conselho Económico e Social; Montez.

Tabela das taxas e dos limites das provisões a que se refere o n. 0 2 do artigo 36. 0
do Código do Imposto Industrial, conforme portaria desta data

Provisões Taxas Anuais Limites


Para cobertura de créditos de cobrança duvidosa 2,0% 6,0%
Para cobertura, por ramos de actividade, das perdas de valor sofridas pelas existências:
I - Indústria e outras actividades, com excepção do comércio
1 -Pesca 1,0% 4,0%
2 - Indústrias extractivas 1,0% 4,0%
3 - Indústrias transformadas
Matérias-primas 1,0% 4,0%
Produtos acabados
a) indústrias alimentares, com excepção das indústrias das bebidas 2,0% 5,0%
- ----

b) restantes indústrias transformadoras 1,0% 4,0%


4 - Construção e obras públicas 0,5% 2,5%
5 - Electricidade, gás, água e serviço de saneamento 1,0% 4,0%
11 - Comércio
a) acessórios e sobressalent~s de máquinas, veículos a motor e bicicletas 2,0% 8,0%
b) artigos têxteis, vestuários~ calçado 1,5% 5,0%
c) livros e artigos de escritório 1,5% 5,0%
d) brinquedos e jogos infantis 1,5% 5,0%
e) existência de artigos não especificados 1,0% 4,0%
---·-· --------

Residência do Governo-Geral de Angola, em Luanda, 28 de Setembro de 1972.


-O Encarregado do Governo-Geral, Mário Governo Montez.
300 Parte III - Legislação Complementar

A alínea a) do artigo 9. do Diploma Legislativo


0
Número único -São aprovadas as tabelas I e li,
n.o 35/72, de 29 de Abril, dispõe que o Ministro anexas à presente portaria, referentes às taxas
das Finanças fixará, até 31 de Julho de 1972, as anuais de reintegração e amortização dos elemen-
taxas de reintegração e amortização para efeitos tos do activo sujeitos a deperecirnento, tabelas cuja
de impostq industrial, reintegração e amortização utilização será feita com observância do disposto
que o Código do Imposto Industrial, aprovado pelo nos artigos 29. o a 35. o do Código do Imposto Indus-
citado diploma, admite, dentro de condições que trial, aprovado pelo Diploma Legislativo n. 0 35/72,
estabelece, sejam tidas corno custos ou perdas do de 29 de Abril.
exercício, até ao limite das taxas anuais que se en-
Cumpra-se.
contram definidas em tabela a publicar por portaria.
Residência do Governo-Geral de Angola, em
Nestes termos; Luanda, 26 de Outubro de 1972.
Visto o parecer do Conselho Económico e Social; - O Encarregado do Governo-Geral, Mário Governo
No uso da competência atribuída pela alínea c) Montez.
do artigo 135. o da Constituição, o Encarregado do
Ministério das Finanças manda:

T~BELAI- TMA$' ES_~ECiFIC~S


ACTIVIDADE (CAE)
Divisão O Percentagens
Indústria agro-pecuária e de pesca.
Agricultura, silvicultura, caça e pesca.
Agricultura, silvicultura e exploração florestal.
A. Construções
1. Armazéns, celeiros, abegoarias e similares 5,00
------ ··- -----······--·

2. Outras construções de uso específico 5,00


B. Plantações:
1. Bosques e florestas (a)
2. Pomares:
2.1. De citrinos, macieiras, pessegueiros, pereiras e ameixieiras 12,50
2.2. Outros 4,00
3. Cana-de-açúcar 20,00
- ·-----------·-• -·-·--------···r••••··•·•--

4. Sisai 10,00
C. Tractores e motocultivadores 16,66
D. Equipamento específico:
1. Sem motor (charruas, ceifeiras, etc.) 10,00
-·-·---- ~ -------·

2. Com motor (atomizadores, enfardadeiras, ceifeiras-debulhadoras, etc.) 16,66


E. Animais de trabalho 12,50
F. Ferramentas e utensnios de uso específico 25,00
Pe,scas:
A. Barcos de pesca:
(continua)

~~~~-~-.---------- ---
Portaria n. 0 755/72. de 26 de Outubro {alterada pela Portaria n, 0 57/74. de 24 de Janeiro) 301
-Taxas anuais de reintegrações e amortizações

(continuação)

1. Costeiros (traineiras e embarcações de pequeno calado) 15,00


2. De alto mar:
2.1. De ferro 8,33

2.2. De madeira 10,00


3. Navios-fábricas e navios-frigoríficos 8,33

4. Aparelhos localizadores, detectores, de telefonia, de radiogoniometria e de radar 16,66


5. Aprestos de pesca 33,33

6. Ponte-cais:
6.1. De madeira 6,25
6.2. De ferro 16,66
7. Equipamento transportador de bordo para a fábrica de peixe (b) 12,50
8. Máquinas, aparelho e caldeiras para farinação e extracção de óleo de peixe (b) 15,00
9. Ferramentas e utensílios para uso específico 25,00
10. Instalações de conservação e congelação 10,00

Divisão I

Indústrias extractivas
A. Terrenos de exploração (c)
B. Terrenos destinados a entulheiras (d)
c. Fornos de ustulação e fundição 20,00
O. Equipamento mineiro fixo:
1. De superfície 10,00
2. De subsolo 14,28
E. Vias-férreas e respectivo material rolante 12,50
F. Equipamento móvel sobre rodas ou lagartas 20,00
G. Ferramentas e utensílios de uso específico 33,33
---- ------- ----------
Divisão 11 e III

tndústrias transformador-as:
Indústrias de alimentação~ com exclusão das indústrias das bebidas:
A. Silos 4,00
B. Depósitos:
1. De cimento 6,66
2. Metálicos 7,14
C. Fornos fixos:
1. Eléctricos e de combustíveis líquidos ou gasosos 10,00
2. A lenha ou carvão 7,14
D. Fornos móveis 12,50
E. Prensas 5,00
F. Torradores:
1. Fixos 10,00
2. Móveis 12,50
G. Maquinaria e instalações industriais de uso específico:
1. De moagem, descasque e polimento de arroz e refinação de óleos vegetais 8,33
(continua)
302 Parte III - Legislação Complementar

\continuação)

2. Conservas de carne, cacau e gelados 12,50


3. Outras indústrias 10,00
H. Moldes e formas 25,00
I. Ferramentas e utensílios de uso específico 20,00
J. Instalações frigoríficas e de ventilação 12,50
Indústria das bebidas
Bebidas alcoólicas:
A. Tanques, cubas, depósitos de fermentação, repouso e armazenagem:
1. De madeira 7,14
2. Metálicos 6,66
3. De betão e similares 5,00
B. Caldeiras e alambique 6,66
C. Maquinaria e instalações de uso específico 10,00
o. Ferramentas e utensílios de uso específico 20,00
Bebidas não alcoólicas e águas gaseificadas:
A. Instalações de captação, poços e depósitos de água 5,00
B. Depósitos e tanques para a preparação de mistura e armazenagem:
f
1. De aço inoxidável 5.00 I
2. De outros materiais 8,33 r
C. Maquinaria para filtragem, esterilização e engarrafamento e rotulagem:
1. Automáticas e semiautomáticas
2. Não automáticas
10,00
8,33
II
I.
O. Maquinaria e instalações de selecção, lavagem, trituração, prensagem e concentração de frutos: I
I
1. Automáticas e semiautomáticas 12,50 [
2. Não automáticas 10,00
i
E. Instalações frigoríficas 10,00
F. Ferramentas e utensílios de uso específico 20,00
Indústria do tabaco:
j

A. Maquinaria e instalações para a preparação e fabrico de produtos de tabaco 12,50


B. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
Indústrias têxteis:
A. Maquinaria para fabrico de malhas 16,66
8. Maquinaria para fabrico de cordas, cabos e redes 10,00
C. Teares para a indústria de tapeçarias 12,50
O. Outras máquinas e instalações de uso específico:
1. Para uso em ambiente normal 10,00
2. Para uso em ambiente corrosivo 16,66
E. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
Fabricação de calf9dO, outros artigos de vestuário e têxteis em obra:
A. Máquinas e instalações industriais de uso específico 12,50
B. Caldeiras para a produção de vapor 20,00
C. Formas para calçado 33,33
(continua)
Portaria n.o 755/72. de 26 de Outubro (alterada pela Portaria n, 0 57/7 4. de 24 de Janeiro) 303
- Taxas anuais cic reintegrações e arnortizações

(continuação 1

D. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00

Indústria de madeira e de mobiliário de madeira:

A. Instalações industriais de uso específico 10,00

B. Maquinaria:
1. De serração e fabrico de móveis e alfaias de madeira 12,50
2 .. Para fabrico de folheados, contraplacados e aglomerados de partículas e fibras de madeira 10,00

C. · Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00

Indústria de papel e de artigos de papel:


A. Geradores de vapor 6,25

B. Lixiviadores 12,50
C. Máquinas de uso específico para:
1. Fabricação de pasta 8,33

2. Formação da folha de papel 7,14

3. Preparação e acabamento de papel 10,00


4. Transformação de papel 12,50
o. Moldes, ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
Tipografia, editoriais e indústrias conexas:
A. Máquinas de composição de jornais diários 16,66
B. Máquinas de impressão 12,50
c. Aparelhagem electrónica para comando, reprodução, iluminação e corte 16,66
O. Outras máquinas e apetrechos de uso específico 10,00
E. Tipos e cortantes 33,33
F. Ferramentas e utensílios de uso específico 20,00
Indústria de curtume e de artigos de couro e pele (excepto calçado e artigos de vestuário):
A. Instalações industriais de uso específico 12,50
B. Máquinas de uso específico 12,50
c. Ferramentas e utensôios de uso específico 25,00
Indústria de borracha:
A. Máquinas e instalações de uso específico 12,50
8. Moldes e formas 33,33
C. Ferramentas e utensnios de uso específico 25,00
Indústrias qufmicas:
Fabricação de fibras artificiais e sintéticas, resinas sintéticas e outras matérias plásticas:
A. Máquinas e instalações industriais de uso específico 12,50
B. Prensas 5,00
c. Moldes e formas 33,33
o. Material de laboratório 20,00
E. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
Fabricação de_explosivos e pirotecnia:
A. Edifícios industriais 5,00
B. Máquinas e instalações industriais de uso específico 10,00
C. Máquinas e instalações industriais de uso específico de ambiente corrosivo 16,66
{continua)
304 Parte III - Legislaçao Complementar I
i-
I
{continuação) J::
I"
D. Ferramentas e utensílios de uso específico 33,33
Óleos e gorduras animais e vegetais:
A. Edifícios industriais sujeitos a corrosão 5,00
B. Máquinas e instalações industriais de uso específico 10,00
C. Máquinas e instalações industriais específicas em ambiente corrosivo 16,66
D. Aparelhos ~ utensílios de laboratório 20,00
E. Ferramêntas e utensílios de uso específico 33,33

Fabricação de produtos químicos diversos n.e.:


A. Edifícios industriais sujeitos a corrosão 5,00

it
B. Fornos reactores para síntese 16,66
C. Fornos reactores para fusão 16,66
D. Instalações de electrólise e electrossíntese 16,66
E. Instalação de fabrico de ácidos 16,66
F.
G.
H.
Máquinas e outras instalações industriais de uso específico
Máquinas e outras instalações industriais de uso específico em ambiente corrosivo
Ferramentas e utensílios de uso específico
10,00
14,28
25,00
II
I - Indústria dos derivados do petróleo e do carvão: I
~
(Redacção conforme a Portaria n. o 57/74, de 24 de Janeiro) Ii
A. Edifícios industriais sujeitos a corrosão 5,00 Il

B.
C.
Máquinas e instalações industriais de uso específico
Máquinas e instalações industriais de uso específico sujeitos a ambiente corrosivo
10,00
14,28 l
I
I•
D. Oleodutos, reservatórios e instalações de distribuição 8,33
E. Bombas de gás (petróleo) 12,50
I
F. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00 I
A.
Produção de gases comprimidos:
(Aditamento feito pela Portaria n. o 57/74, de 24 de Janeiro)
Instalações industriais de uso específico 10,00
I
----.-
8. Máquinas de uso específico 12,50
C. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
D. Material de distribuição de gases (embalagens) 10,00 ~·

~'

~
lndústrtas de produtos minerais não metálicos, com excepção dos derivados de petróleo bruto e do carvão:
Fabricação de materiais de barro para construção:
A. Terrenos de exploração (c)

B. Edifícios industriais 5,00


C. Fornos e muflas intermitentes 12,50
D. Fornos e muflas contínuos 15,00
E. Máquinas e outras instalações industriais de uso específico 12,50
F. Cubos e matrizes 20,00
G. Moldes (gesso ou madeira) 33,33

H. Ferramentas de usq específico 25,00


Fabricação de vidro e artigos de vidro:
A. Fornos 12,50
8. Máquinas e instalações industriais de uso específico 10,00
(continua)
Portaria n.o 755/72, de 26 de Outubro (alterada pela Portaria n, 0 57/74, de 24 de Janeiro} 305
- Taxas anuais de reintegrações e amortizações

(continuação)

c. Moldes 20,00

D. Ferramentas e utensílios de uso específico 33,33

Olaria, porcelana e faiança:


A. Fornos 12,50

B. Máquinas e outras instalações industriais de uso específico 12,50

c. Ferramentas e utensílios de uso específico 33,33

Fabricação de cimento (hidráulico):


A. Edifícios industriais 5,00
B. Fornos 12,50
c. Máquinas e instalações industriais de uso específico 12,50
O. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
Fabricação de produtos minerais não metálicos n.e.:
A. Máquinas e instalações industriais de uso específico 10,00
B. Moldes 20,00
C. Edifícios industriais 5,00
o. Fornos 10,00
E. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
Indústrias metalúrgicas de base:
Indústrias básicas de ferro e aço:
A. Edifícios industriais 5,00
B. Fornos 10,00
C. Máquinas e outros equipamentos industriais de uso específico 12,50
D. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
Indústrias básicas de metais não ferrosos:
A. Edifícios industriais 5,00
B. Fornos 2,50
C. Células electrolíticas e outras instalações para reagentes químicos 14,28
O. Máquinas e outras instalações industriais de uso específico 12,50
E. Ferramentas e utensílios de uso específico 33,33
Construção de máquinas, aparelhos, utensílios e outro material eléctrico:
A. Fornos de secagem 16,66
-if
B. Outros fornos e estufas 12,50
C. Instalações de vácuo 20,00
O. Células electrolíticas e instalações para reagentes químicos 12,50
E. Equipamento de soldadura 16,66
F. Outras instalações de uso específico 10,00
G. Prensas
1. De tipo ligeiro 12,50
-··---

2. De tipo pe~ado 8,33


H. Máquinas de bobinar 20,00
I. Máquinas para corte de chapa magnética 16,66
J. Outras máquinas de uso específico 12,50
(continua)
PLAPGC_20
;
306 Parte III - Legislação Complementar l!
I
;;

I
(continuação)
i
li

L. Moldes 33,33
M. Ferramentas e utensnios de uso específico 33,33
~
j
Construção de material de transporte:

A.
Construção naval e reparação de navios:
Docas flutuantes 8,33
Ji; ~

---·-

B. Docas secas, cais e ponte-cais 4,00


C. Embarcações para navegação fluvial:
1. De ferro 6,66
2. De madeira 8,33
II
D. Fornos 12,50
E. Outras instalações industriais de uso específico 10,00 I

F.
G.
Máquinas de uso específico
Ferramentas e utensílios de uso específico
14,28
25,00 I
i
!
i
Indústrias transformadoras diversas: I
i
Fabricação de instrumentos profissionais, científicos, de medida e de verificação: a
I
A.
B.
Instalações industriais de uso específico
Máquinas de uso específico
10,00
12,50 I
C. Fornos 10,00
I
i

D. Ferramentas e utenst1ios de uso específico


Fabricação de jóias e de artigos de ourivesaria:
33,33
I
i
I
A.
B.
Instalações industriais de uso específico
Máquinas de uso específico
10,00
12,50 I
I
~
C. Ferramentas e utensílios de uso específico 33,33 I
I
Fabricação de artigos de matérias plásticas: I
I
1
A. Instalações industriais de uso específico 10,00 •
B. Máquinas de uso específico 16,66
I
C. Moldes 33,33
-~

D. Ferramentas e utensílios de uso específico 33,33

Divisão IV

Construção civil e obras públicas


A. Construções ligeiras não afectas a obras em curso 12,50
B. Material de desenho, de tipografia e de ensaio e medida. 14,28
C. Materiais auxiliares de construção:
1. [}e madeira
1.'1. Andaimes 100,0.0
1.2. Cofragem 100,00
2. Metálicos:
2.1.Andaimes 12,50
2.2. Cofragem 25,00
2.3. Diversos 20,00
O. Equipamentos:
1. De transporte geral 20,00

(continua)
Portaria n.o 755/72. de 26 de Outubro (alterada pela Portaria n.o 57/74. de 24 de Janeiro) 307
- Taxas anuais de reintegrações e amortizações

{continuação)

2. De oficinas:
2.1. Carpintaria 14,28

2.2. Serralharia 12,50

3. Para produção e distribuição de energia eléctrica 12,50

4. Para movimentação e armazenagem de materiais 12,50

5. Para trabalhos de ar comprimido 20,00

6. Para trabalhos de escavação e terraplanagem 16,66

7. De sondagem e fundações 16,66


8. Para exploração de pedreiras, fabricação e aplicação de betões e argamassas 16,66
9. Para construção de estradas 16,66
10. Para obras hidráulicas 5,00

11. Ferramentas e equipamentos individuais 33,33

Divisão V

Electricidade, gás e água


Produção, transporte e distribuição de energia eléctrica (e):

A. Obras hidráulicas fixas 3,33


B. Equipamento de centrais:
1. Hidroeléctricas 5,00

2. Termoeléctricas 7,14

C. Subestações e postos de transformação 5,00


D. Linhas de A.T. e suportes 5,00
!V
[ 7,14
~ E. Linhas de B.T. e suportes
~ F. Aparelhos de medida e de controlo 10,00

I
li
G. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00

I Captação e distribuição de águas:


~
A. Obras hidráulicas fixas 3,33
B. Comportas 5,00
C. Reservatórios:
- ----··-~-

1. De torre ou de superfície 4,00


I -------
I 2. Subterrâneos 2,50

I D. Condutas 4,00
E. Redes de distribuição

I
----------·---- --------·--··-

1. De ferro q,OO
------ ----------- ------·-·

2. De fibrocimento ou similares 6,25

I F. Outras instalações ou máquinas de uso específico . 10,00


G. Aparelhos de medida e controlo 10,00
ti H. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00

I tr-
Transportes, armazenagem e comunicações
Transportes:
Camínhos-de-ferro:
Divisão Vlf

A. Túneis e obras de arte (a) 2,00

(continua)
308 ·Parte III - Legislaçao Complementar

(continuação)

B. Vias-férreas 6,25
C. Subestações de electricidade e postos de transformação 5,00
D. Linhas eléctricas e respectivas instalações 5,00
E. Instalações de sinalização e controlo 12,50
F. Locomotivas 6,25
--- ----------------
G. Automotoras
1. Ligeiras 7,14
2. Pesadas 6,25
H. Vagões
1. Cubas, cisternas e frigoríficos 6,25
2. Não especificados 5,00
I. Carruagens e outro material rolante 5,00
J. Material de carga e descarga 7,14
L. Outras máquinas e instalações de uso específico 10,00
M. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
Outros transportes terrestres:
A. Veículos automóveis de serviço público:
1. Pesados para passageiros 33,33
2. Pesados e reboque, para mercadorias 33,33
3. Ligeiros e mistos 33,33
B. Outras instalações de uso específico 10,00
C. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
Transportes marítimos, fluviais e lacustres:
A. Navios de ferro:
1. Cisternas e frigoríficos 10,00
2. Outros 8,33
B. Navios de madeira 10,00
---------------------------- ------------------- ------------- ----

c. Dragas, gruas flutuantes, barcaças, etc., de ferro 7,40


D. Fragatas, barcaças e outras embarcações de madeira 10,00
o,,,_ M'" "'''~'"'"'''o''''''''' o ' ' ' ' " · - · • • - • • • • · · - - • • • · - - - · - - · · - • • • • - · • - • • • • • ,_,,,,,., •--• ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' ' •-•

E. Máquinas e instalações portuárias 8,33


F. Outras máquinas e instalações de uso específico 10,00
G. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
Transportes aéreos:
A. Aviões
1. Com motores de reacção 14,28
2. Com motores turbo-hélice 14,28
3. Com motores convencionais 25,00
B. Frota terrestre 20,00
------------------ -------------
C. Instalações auxiliares, nos aeroportos, para carga, embarque, etc. 10,00
---------- --------
D. Máquinas e instalações de oficinas de reparação e revisão 10,00
E. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00

(continua)
Portaria n.0 755/72, de 26 de Outubro (alterada pela Portaria n, 0 57/7 4, de 24 de Janeiro) 309
- Taxas anuais de reintegrações e amortizações

(continuação)

Comunicações:
A. Centrais de transmissão e de recepção 10,00
B. Redes aéreas, suportes e cabos subterrâneos 5,00
C. Instalações de sincronização e controlo 12,50
D. Instalações de registo de rádio 20,00
E. ~~~~~s- públicos e particulares 8,33
F. Ferramentas e utensílios de uso específico 25,00
Divisão VIII

Serviços:
Serviços de saúde
A. Decorações interiores, incluindo tapeçarias (f) 20,00
-· -----------

B. Mobiliário (f) 10,00


c. Colchoaria e cobertores 25,00
D. Roupas brancas e atoalhados 50,00
E. Louças e objectos de vidro, excepto decorativos 33,33
- ··-· --- ···-·- ·--

F. Talheres e utensílios de cozinha 20,00


G. Aparelhagem e material médico-cirúrgico de rápida evolução técnica 33,33
H. Outro material, aparelhos, utensílios e instalações de uso específico 12,50
Serviços recreativos:
Casas de espectáculos:
A. Máquinas de projecção e instalação sonora 12,50
B. Cortinas metálicas contra incêndio 4,00
c. Decorações interiores, incluindo tapeçarias (f) 16,66
D. Aparelhagem e mobiliário de uso específico 10,00
Estações de radiodifusão e televisão:
A. Instalações radiofónicas 10,00
B. Instalações de teledifusão e televisão 14,28
c. Instalações de sincronização e de controlo 12,50
D. Instalações de gravação e registo 20,00
-- ------~---------

E. Equipamento móvel para serviço no exterior 16,66


F. Outra aparelhagem, ferramentas e utensílios de uso específico 20,00
Serviços pessoais:
Hotéis, restaurantes, cr;1fés e actividades similares:
A. Decoração de interiores, incluindo tapeçarias (f) 20,00
.·-------------------·-
B. Mobiliário (f) ~0,00
c. Colchoaria e cobertores 16,66
D. Roupas brancas e atoalhados 50,00
----------- -- -- -·· -----------1.---------- ·--·----------------- ---------
E. Louças e objectos de vidro, excepto decorativos 33,33
F. Talheres e utensílios de cozinha 25,00
G. Máquinas, aparelhos, utensílios e instalações de uso específico 12,50
Lavandarias e tinturarias:
A. Maquinaria de uso específico 12,50

(continua)
310 Parte III - Legislação Complementar

(Continuação)
B. Instalações industriais de uso específico 10,00
C. Utensílios de uso específico 16,66
Barbearia, salões de cabeleireiro e instituto de beleza:
A. Aparelhos e instrumentos para massagens, depilação, secagem e trabalhos similares 16,66
B. . Instalações de uso específico 10,00
C. Roupas br~ncas 50,00
D. Utensílios de uso específico 20,00

TABElA li .-.,l'J\1CA$ G~NÉRICAS .


ACTIVO CORPÓREO
Divisão I Percentagens
Grupo I - Imóveis (g)
1. Edificações ligeiras (lusalite, madeira, zinco, etc.) 10,00
2. Edifícios:
2.1. Habitacionais 2,00
2.2. Comerciais e administrativos 2,00
2.3. Indústrias e dependências comerciais e administrativas quando neles integradas 4,00
3. Fornos 10,00
4. Obras hidráulicas, incluindo poços de água 4,00
5. Obras de repavimentação de pedra, cimento, betão, etc. 4,00
6. Pontes e aquedutos
6.1. De betão ou alvenaria 3,33
6.2. De madeira 20,00
6.3. Metálicos 8,33
7. Reservatórios de água:
7.1. De torre ou de superfície 5,00
7.2. Subterrâneos 3,33
8. Silos 5,00
9. Vedações e arranjos urbanísticos:
9 .1. Arranjos urbanísticos 10,00
9.2. Vedações ligeiras 8,33
9.3. Muros 4,00
Grupo 11 - Instalações
1. De água, electricidade, ar comprimido, refrigeração e telefónicas {instalações interiores) 10,00
2. De aquecimento central 6,66
3. Ascensores, monta-cargas e escadas mecânicas 8,33
4. De cabos aéreos e suportes 10,00
5. De caldeiras e alambiques 7,14
6. De captação e distribuição de água (instalações privativas) 5,00
7. De carga, descargas e embarque (instalações privativas) 7,14
8. Centrais telefónicas privativas 8,33
(continua)

__j
Portaria n. 0 755/72, de 26 de Outubro (alterada pela Portaria 11, 0 57/7 4, de 24 de Janeiro) 311
-Taxas anuais de reintegrações e amortizações

{continuação)
9. De distribuição de combustíveis líquidos {instalações privativas) 10,00
. _ 10. De embalagem 10,00
11.1. De betão 5,00
11.2. De madeira 6,66
11.3. Metálicos 8,33
12. De lagares e prensas 7,14

13. · Postos de transformação 5,00


14. Radiofónicas, radiotelegráficas e de televisão (instalações privativas) 10,00
15. Refeitórios e cozinhas privativas 10,00
16. Reservatórios para combustíveis líquidos 6,66
17. Vitrines e estantes fixas 10,00
18. Não especificadas 10,00
Grupo III - Máquinas, aparelhos e ferramentas
1. Aparelhagem electrónica 16,66
2. Aparelhagem de reprodução de som 16,66
3. Aparelhos de laboratório e de precisão 12,50
4. Compressores 20,00
5. Equipamento de oficinas privativas:
5.1. De carpintaria 10,00
5.2. De serralharia e mecânica 12,50
6. Ferramentas 25,00
7. Guindastes 10,00
8. Máquinas de escrever, de calcular e de contabilidade 14,28
9. Máquinas-ferramentas:
9.1. Ligeiras 16,66
9.2. Pesadas 10,00
Máquinas não especificadas 10,00
>' ·-'"~-,---------- ..-·-··---
Motores 10,00
Grupo IV '- Material rolante ou de transportes
Aeronaves 20,00
2. Barcos:
2.1. De ferro 8,33
2.2. De madeira 10,00
3. Bicicletas, triciclos e motociclos 25,00
4. Tractores e atrelados 14,28
5. Vagões 4,00
6. Veículos de tracção animal, compreendendo animais de tiro 12,50
7. Vias-férreas normais 4,00
8. _Vias-férreas (sistema Decauville) e respectivo material rolante 10,00
9. Veículos automóveis:
9.1. Funerários 10,00
~--

9.2. Ligeiros e mistos 33,33

(continua)
312 Parte III - Legislaçào Complementar

(continuação)

9.3. Pesados, de passageiros 33,33

9.4. Pesados e reboques de mercadorias 33,33

10. Tanques 20,00

Grupo V - Elementos diversos

1. Artigos de conforto e decoração (f) 10,00


2. Embalagens de transportes (h)
2.1. De· madeira 20,00
2.2. De metal 14,28
2.3. De outros materiais 33,33
3. Encerados 50,00
4. Filmes (í) 25,00
5. Material de desenho e de tipografia 10,00
6. Mobiliário 10,00
7. Moldes, matrizes, formas e cunhas 25,00

Divisão 11

1. Gastos plurienais iniciais (despesas de constituição, prospecção, estudo, publicidade e outras preliminares) 33,33

2. Gastos plurienais não iniciais (despesas com aumentos de capital, transformação jurídica das
33,33
sociedades, emissão de obrigações, campanhas publicitárias, prospecção, estudos, etc.)
3. Patentes 10,00
4. Trespasses (j)

5. Marcas (j)

6. Alvarás, licenças, concessões e outros dJ/eitos:


6.1. Sujeitos ao regime de condicionamento industrial:
6.1.1. Com período determinado (/)

6.1.2. Sem período determinado 5,00


6.2. Não sujeitos ao regime de condicionamento industrial (j)

(a) De acordo com o regime de exploração; mas as espécies arbóreas cuja vida normal é igual ou superior a 100 anos, não são reintegráveis.
(b) As fábricas de farinha e de conservas de peixe situam-se noutras classificações.
(c) Em função do esgotamento.
(d) Em função da superfície degradada.
(e) Tratando-se de concessões, tomar-se-ão, como taxas máximas, as que se deduzem dos respectivos contratos ou de disposições legais.
(f) Excluem-se os móveis e objectos de arte, antigos ou de alto valor.
(g) Os terrenos não poderão ser objecto de reintegração.
(h) As embalagens facturadas, ainda que recuperável, não são objecto de reintegração, por serem havidas como existências.
(i) Poderão aplicar-se as seguintes taxas sobre os valores de aquisição: no 1. 0 ano- 40 por cento; no 2. 0 ano- 30 por cento; no 3. 0 ano
- 20 por cento; no 4. 0 ano- 10 por cento.
Ü) Só em casos de deperecimento efectivo, devidamente comprovados, poderá aceitar-se a sua amortização dentro dos limites que a
Direcção Nacional de Impostos considere razoáveis.
(/) A taxa da amortização será calculada com base no período fixado na lei, não podendo ser excedida sem que a Direcção Nacional de
Impostos o autorize.

Residência do Governo-Geral de Angola, em Luanda, 26 de Outubro de 1972.


- O Encarregado do Governo-Geral, Mário Governo Montez.

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LEGISLACÃO
FISCAL I

3.3 edição

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