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Encerramento de

Contas de 2022 –
aspectos contabilísticos
e Fiscais
ACADEMIA OCAM

Formadora : Lucília Marques


luciliamarques@msn.com

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 1


PROGRAMA
• Introdução

• Operações anteriores ao encerramento

• O processo de encerramento contabilístico

 As asserções da contabilidade.

 A especialização dos exercícios.

 Estudo das principais rubricas do balanço:

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Programa (cont.)

• Estudo das principais rubricas da demonstração


de resultados
• A determinação do imposto corrente
• A preparação das demonstrações financeiras
• Análise Financeira
• Aspectos Fiscais

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Objectivos

• No final da formação os participantes deverão ser capazes de:

 Identificar o quadro legal aplicável à situação concreta;

 Conhecer as asserções da contabilidade e desenvolver os procedimentos para o seu cumprimento;

 Compreender a aplicação nas normas legais relacionadas com os eventos em análise;

 Saber calcular e otimizar o cálculo do IRC, e da tributação autónoma ;

 Elaborar as demonstrações financeiras e conduzir o processo de deliberação e publicação das


contas.

•  

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INTRODUÇÃO

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 ENCERRAMENTO DE CONTAS DE CONTAS –
PREOCUPAÇÕES E OBJECTIVOS
São as operações de fim de exercício, compostas
INTRODUÇÃO 
por um conjunto de procedimentos contabilísticos
não correntes, com objectivo ao apuramento de
resultados, e elaboração da Demostrações
Financeiras tais como: Balanço, demonstração de
resultados, demostração de fluxos de caixa e
demais peças contabilísticas que façam parte do
processo de prestação de contas (NCRF 1).
 Estas operações têm como ponto de partida o
balancete do 12º mês do Razão Geral.

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Prestação de
Contas
A prestação de contas é o meio pelo qual uma
entidade apresenta aos seus detentores de capital e a
terceiros a actividade desenvolvida e os resultados
obtidos durante o período de relato, bem como a
posição financeira no final desse período,
apresentando ainda os valores obtidos no período
anterior.

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A obrigação • A obrigatoriedade de Balanço previsto no art.º 36 do C. Comercial , refere que todo
de apresentar o empresário é obrigado a dar balanço anual ao seu activo e passivo, nos quatro
primeiros meses do ano imediato.
contas
decorre:
• Nos termos do artigo 174.º do Código Comercial, os membros da administração
Código Comercial –
devem elaborar e submeter aos órgãos competentes da sociedade o relatório de
gestão, as contas do exercício e demais documentos de prestação de contas
Decreto –Lei n.º
previstos na lei, relativos a cada exercício anual.
1/2022, de 25 de
Maio • . Nos termos do art.º 175. do C. Comercial, o relatório de gestão e as contas do
exercício devem ser assinados por todos os membros da administração. A recusa
de assinatura por qualquer deles deve ser justificada no documento a que respeita
e explicada pelo próprio perante o órgão competente para a aprovação, ainda que
já tenha cessado as suas funções.

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A obrigação
de apresentar
contas
decorre: • Nos termos do artigo 250 do C. Comercial,” os actos relativos á sociedade estão
sujeitos a registo e publicação nos termos da lei.2.Estando a sociedade sujeita a
Código Comercial – publicar o balanço e contas anuais deve, no prazo de 90 dias após a aprovação
Decreto –Lei n.º
1/2022, de 25 de depositá-las, em versão electrónica, na entidade competente para o registo, para
Maio efeitos de publicação no sitio de internet , referido no artigo 251 deste código,
podendo qualquer interessado requerer por escrito a sua disponibilidade ou àquela
entidade ou sociedade.

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INTRODUÇÃO
O Decreto nº 70/2009 de 22 de Dezembro aprova o Sistema de Contabilidade para o
Sector Empresarial (SCE), baseado nas Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF),
que apesenta as seguintes vantagens da Normalização Contabilística.

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2. OPERAÇÕES ANTERIORES AO
ENCERRAMENTO

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Operações anteriores ao fecho de contas
• Preparar o fecho de contas do
período económico é uma tarefa
extremamente importante para as
empresas, pois, permite avaliar a
saúde financeira da mesma. Para
que este trabalho seja feito de
forma eficiente, é necessário
realizar alguns passos essenciais.

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Operações anteriores ao fecho de contas
• 1. Verificação dos Inventários
• É necessário confirmar se os produtos/serviços existentes coincidem com os dados da
contabilidade da empresa. Proceder ao controlo e gestão do stock é muito importante para
encontrar o equilíbrio entre o investimento realizado em mercadorias e consumíveis e as vendas
efetivas.
• 2. Confirmação dos Ativos Fixos
• Devem ser verificadas todas as operações de aquisições ou alienações de ativos, nomeadamente,
certificar que todos os movimentos se encontram registados na contabilidade e que os mapas de
reintegrações/depreciações e as fichas de cada ativo, estão atualizados e em conformidade legal.

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Operações anteriores ao fecho de contas
• 3. Conciliação Bancária
• Para o correto encerramento de contas, devem ser elaborados mapas de conciliação bancária, para
apontar as diferenças existentes entre o saldo contabilístico e o saldo bancário. Outras contas, aplicações
financeiras ou operações de crédito/financiamento, também devem ser verificadas:
• Contas à ordem e a prazo;
• Aplicações financeiras;
• Créditos (confirmar junto do Banco de Portugal);
• Empréstimos/contas caucionadas;
• Livranças/contratos de leasing;
• Cartões de crédito.

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Operações anteriores ao fecho de contas
• 4.Conferência de Clientes e Fornecedores
• No processo de encerramento de contas, é necessário verificar se todos os valores faturados
aos clientes/fornecedores e recebidos pela empresa estão corretos:
• faturas emitidas devidamente registadas e pela quantia correta;
• notas de crédito assinadas e registadas;
• notas de débito registadas;
• dados do programa de faturação coincidentes com os registos da contabilidade;
• IVA devidamente liquidado;
• operações isentas de IVA corretamente enquadradas na legislação existente.

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Operações anteriores ao fecho de contas

• 5. Verificação da Conta Pessoal


• Neste momento, é essencial verificar o registo dos processamentos de salários efetuados e o respetivo
pagamento das remunerações.
• 6. Validação da Conta Estado
• Implica analisar as diferentes rubricas de impostos e verificar os pagamentos efetuados, nomeadamente:
• IVA;
• Apuramento do IRC;
• Retenções na Fonte de IRPS/IRPC;
• Segurança Social;
• Outros Impostos

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Operações anteriores ao fecho de contas
• 7. Controlo dos Acréscimos e Diferimentos
• É necessário conferir e verificar que se encontram registados todos os movimentos que transitaram
do ano anterior ou que irão transitar para o ano seguinte (operações relacionadas com acréscimos de
custos, proveitos, diferimentos de proveitos, custos, incluindo também os subsídios estatais para ativos
tangíveis).
• 8. Controlo das Remunerações a Liquidar
• Neste ponto, é necessário regularizar os lançamentos efetuados em relação ao pagamento de férias,
subsídio de férias e encargos, relativos aos colaboradores da empresa.

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Operações anteriores ao fecho de contas

• 9. Verificação dos Gastos das Viaturas


• É importante verificar se, todos os gastos suportados com os veículos da empresa, estão
devidamente registados:
• Seguros;
• Imposto Automóvel;

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Procedimentos de Circularização & Conferência

 Conciliações de meios financeiros líquidos:


contagem dos valores em caixa e conciliação com
DF;
conciliações bancárias ,devem ser efectuadas ao
longo do período de forma regular.

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Meios Financeiros Líquidos
 CAIXA
Caixa é dinheiro!

 Sistema de Fundo Fixo de Caixa Procedimentos de encerramento


de contas:
 Contagem física
 Moeda estrangeira (reconhecimento das diferenças de câmbio)
 Vales de Caixa (4512- Adiantamento aos Trabalhadores)
 Cheques pré-datados e sem provisão (411 - contas de clientes)

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Meios Financeiros Líquidos

Bancos
Procedimentos de encerramento de contas:
 Conciliações bancárias
 Moeda estrangeira (reconhecimento das diferenças de
câmbio)
 Juros das contas de depósitos sem contabilização
 Especialização de juros e despesas
 Não compensação de saldos devedores / saldos
credores

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Procedimentos de Circularização e Conferência

 Conciliação com a contabilidade


das contas bancárias (depósitos à
ordem, a prazo, financiamentos,
ou outras).
 Conciliação dos saldos das contas
do estado e outros entes públicos
com guias de pagamento de
impostos e contribuições da
Autoridade Tributária e Segurança
Social.

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Procedimentos de
Circularização e
Conferência
 Solicitação a clientes e fornecedores de extractos de
conta para conciliação de saldos (circularização de
terceiros).
Identificação das facturas (ou saldos) em aberto nas
contas de terceiros e/ou confirmação externa de saldos.
 Conferência das contas correntes do pessoal, dos
accionistas, dos financiamentos obtidos, dos empréstimos
concedidos e de outras contas a receber e a pagar,
incluindo os saldos com entidades relacionadas

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Procedimentos de Circularização e Conferência

 Conferência das contas de


acréscimos e diferimentos.
 Conferência das contas
relacionadas com subsídios
recebidos ou a receber e o
imposto diferido associado (NCRF
12).

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Procedimentos de
Circularização e
Conferência
 Conciliação do cadastro de bens do
activo não corrente com os valores da
contabilidade.
Comparação entre os imóveis e
veículos adquiridos e os constantes na
contabilidade.
Conciliação do valor do inventário
físico com a conta de inventários.

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3. OPERAÇÕES DE ENCERRAMENTO

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Abordagem por contas no PGC – NIRF/ PE

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Meios Financeiros Líquidos
 Os meios Financeiros Líquidos:
• Dinheiro (Notas e Moedas Nacionais ou Estrangeiras)
• Depósitos bancários
• Instrumentos financeiros mensurados ao Justo Valor (NCRF25)

 Para os itens em moeda estrangeira, de acordo com NCRF23 deve – se:


1. Reconhecimento inicial:
• Taxa de câmbio à data da operação
2. Mensuração Subsequente:
• Taxa de câmbio à data de relato (6942; 7842)

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EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS DE REGULARIZAÇÃO
• A empresa Mzmbi, SA, em 31 de Dezembro de N, tinha em caixa $40,00, os quais
tinham sido adquiridos ao Câmbio de $1 – 70MT, nessa data o Câmbio de compra era
de $1 – 65MT.
• Há uma diferença de câmbio favorável não realizada no valor de ($40,00 *70MT) –
($40,00 *65MT)
• (2.800,00 – 2.600,00) = 200MT
Operação Débito Crédito Valor

Actualização 11 7842 200,00


Cambial

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EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS DE REGULARIZAÇÃO
Não Compensação de Saldos
• Considere que o Balancete de determinada empresa em 31/12/N, apresenta:
Conta Descrição Saldo D/C

12 D. À Ordem 10.000,00 D
• 20.000 MT devem ser considerados no activo 1201 Moza 20.000,00 D
Banco
• e 10.000 MT no passivo. 1202 BCI 10.000.00 C

• Saldos credores de Depósitos à Ordem devem ser transferidos para 431 – Descobertos Bancários.

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Contas a Receber e a Pagar

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EXEMPLOS DE LANÇAMENTOS DE REGULARIZAÇÃO
 Divida de Clientes em moeda estrangeira
• A empresa Mzmbi SA. Em 31 de dezembro do ano N, apresentava na conta corrente do fornecedor
M uma dívida de 10.000 dólares americanos, reconhecidos contabilisticamente por 600.000 MT.
Na data do reconhecimento da dívida, o câmbio era de $1 = 60MT.
• A 31/12/N, o câmbio na venda de USD no banco era de $1 = 70 MT.
• À data do fecho a empresa reconhece uma diferença de câmbio desfavorável no montante de
100.000MT [( $10.000 * 60MT)- ( $10.000 *70MT)

Operação Débito Credito Valor

Actualização 6942 421 100.000


Cambial

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ACRÉSCIMOS E DIFERIMENTOS

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Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Diferimentos e Acréscimos)
RÉDITO - RECONHECIMENTO
Riscos e vantagens: Quando tenham sido
transferidos para o comprador.
O que é? Regra geral Balanceamento dos réditos com os gastos:
Rendimento obtido nas Os réditos e os gastos que se relacionem com
actividades ordinárias. uma mesma transacção são reconhecidos
simultaneamente.
Rédito Quando reconhecer?
Vendas
Regras
Prestações de serviços: Método da fase de
especificas acabamento.
Mensuração: Juros, royalties e dividendos
Pelo justo valor líquido de descontos.
Influxo bruto, durante o período contabilístico, de benefícios económicos obtidos no decurso das
actividades ordinárias de uma entidade, quando esses influxos resultem em aumentos do capital
próprio que não relacionados com contribuições dos accionistas.

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ACRÉSCIMOS DE RENDIMENTOS E GASTOS
493 – acréscimos de rendimentos:
Compreendem os juros a receber, bónus/descontos obtidos referentes ao exercício em curso, mas que serão
recebido nos períodos seguintes, subsídios a receber relativos a gastos já incorridos, royalties e outros direitos a
facturar a clientes, vendas ainda não facturadas, ….

 491- acréscimos de gastos:


Compreendem as estimativas com férias e subsídio de férias, gratificações, prémios, a pagar ao pessoal em N+1
pelos serviços prestados em N, gastos a pagar em N+1 mas que devam ser reconhecidos em N (ex. eletricidade,
água, gás, seguro, juros suportados, comunicações, bónus concedido, …)
 Procedimentos de encerramento de contas:
 Verificar se saldos de abertura (gastos e rendimentos acrescidos em N-1) foram regularizados no exercício
 Validar se todos os gastos e rendimentos referentes a N foram acrescidos (formalizados em N+1)

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EXEMPLOS

• Uma empresa presta serviços de tipografia a terceiros. Em 31.12.N, a entidade tinha


“obras em curso”, ou seja estava a prestar serviços, cuja conclusão e factura apenas seria
emitida em N+1, no montante de 800.000 MT (custos da obra). O valor acordado com o
cliente para este serviço é de 900.000 MT, sendo a factura emitida no fim do trabalho. Em
31.12N, estavam encadernados 640.000 peças do total de 800.000 peças da encomenda,
ou seja 80% da obra estava efectuada.

Operações Débito Crédito Valor

Prestação de 4933 72 720.000,00


serviços Acabada

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 492 – Rendimento Diferidos ; 494 Gastos Diferidos
• Compreendem os gastos e os rendimentos contabilizados no
exercício em curso que respeitam a períodos seguintes.
Diferimentos
 Procedimentos de encerramento de contas:
 Regularizar os saldos de abertura
 Comparar os saldos e movimentos do ano N com os de N+1.

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Operações Relevantes de Encerramento
(Diferimentos e Acréscimos)

CONTRATOS DE CONSTRUÇÃO
RECONHECIMENTO E MENSURAÇÃO

Método da percentagem de acabamento:

Custos: reconhecidos no período em que ocorram;

Rédito – O desfecho do contrato pode ser estimado com fiabilidade?


Sim: Reconhecido periodicamente pelo grau de acabamento da construção;
Não: Reconhecido até ao ponto em que seja provável que os custos incorridos do contrato
sejam recuperáveis.

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Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Diferimentos e Acréscimos)
Resolução
Evolução Real do Projecto N-1 N N+1

Valor do Contrato 400.000 420.000 420.000


Custos Totais Incorridos 100.000 240.000 390.000

Custos Estimados para a Conclusão 270.000 150..000 0


Custos Totais Estimados 370.000 390.000 390.000
Lucro Estimado 30.000 30.000 30.000
Percentagem de Acabamento 27% 62% 100%

Cálculo do Rédito Anual


Rédito Anual 108.000 150.400 161.600
Facturação Anual 60.000 170.000 190.000
Acréscimos de Rendimentos 48.000 -19.600 -28.400
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Exemplo
• Em 31/12/N a empresa Matola, LDA não havia contabilizado:
- pagamento de sua apólice de seguro anual efectuado em Junho no montante de
6.000 MT - Recebimento de quatro meses (Novembro /N, Dezembro/ N, Janeiro/N+1 ,
Fevereiro/N+1) de renda de seu estabelecimento que alugou a empresa Mzbim, LDA
no montante de 4.000 MT.
Operações Débito Crédito Valor

Pagamento anual do 63233 11 3.000,00


Seguro 4949 3.000,00
Recebimento da 11 4929 2.000.00
renda 72 2.000.00

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EXEMPLO
 Com base no exemplo anterior em 31/12/N, para o ano N+1 é necessário
efectuar a regularização das contas de Rendimentos Diferidos (492) e dos Gastos
Diferidos (494) para respeitar a base de acréscimos. Assim temos:

Operações Débito Credito Valor

Imputaçao de seguros 63233 4949 3.000,00


pagos em N

Rendas recebidas em N 4929 722 2.000,00

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EXERCÍCIO DE
REFLEXÃO
A Empresa Mzmbi, SA procedeu, em 8 de Dezembro do ano
N-1, à transferência bancária referente ao pagamento
mensal da renda do armazém referente ao mês de Janeiro
do ano N, no montante de 50.000MT (retenção na fonte á
taxa de 20%).

 Qual o procedimento contabilístico nos anos N-1 e N?

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SOLUÇÃO – EXERCÍCIO DE REFLEXÃO

Operação Débito Credito Valor

Pagamento em 4949 50.000


Dezembro, da renda de 4424 10.000
Janeiro em N-1 121 40.000

Imputação da renda de 63232 4949 50.000


Janeiro em N

Pagamento da Retenção 4424 121 10.000


na Fonte

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PROVISÕES

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Provisões (NCRF 24 § 7)

 Condição Cumulativa:
• Passivo de tempestividade ou de quantia incerta
• 1. Existe uma OBRIGAÇÃO PRESENTE (legal ou
construtiva) como resultado de um
acontecimento passado;
• 2. É PROVÁVEL uma saída de recursos para
liquidar a obrigação; e
• 3. Pode efectuar-se uma ESTIMATIVA FIÁVEL da
quantia da obrigação.

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PROVISÕES
O tratamento contabilístico a dar a uma eventual perda vai depender do julgamento/classificação
quanto à PROBABILIDADE DA MATERIALIZAÇÃO DA PERDA
Desfecho Imprevisível
• Remota
Não reconhece
Nem divulda

A probabilidade da perda se
• Provável materializar é baixa Divulga,Passivo
C0ntigente

Elevada probabilidade da perda Provisão


• POSSÍVEL
se materializar

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EXEMPLOS
Um cliente intentou uma ação judicial contra uma empresa
por danos causados numa obra por si realizada, na qual se
vieram a verificar diversos problemas. O valor da
indemnização pedida pelo cliente ascende ao montante de
600.000,00 MT e o advogado diz que a probabilidade da
empresa perder a causa e ter que pagar a indemnização é
elevada

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EXEMPLOS

• Reconhecimento da provisão:

Operação Débito Crédito Valor

Provisão para processos judiciais em curso 661 481 600.000

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Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Provisões)

Exemplo Prático

Uma empresa dedica-se à produção de computadores portáteis, tendo


que prestar garantia dos seus equipamentos nos 2 anos seguintes à
venda.

De acordo com a informação recolhida junto da gerência, em termos médios


os gastos com garantia prestadas ascenderam em N-1 a 5.500 Meticais e em
N a 3.500 Meticais, em N as vendas ascenderam a 100.000 Meticais.

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Operações Relevantes de Encerramento
(Provisões)
Resolução

Data Descrição Débito Crédito Valor

         

31-12-N Provisão para garantias a prestar 662 486 4.500


         

Segundo a informação disponível a probabilidade da empresa ter que prestar


garantias é maior do que não ter que prestar, deste modo devemos reconhecer a
respectiva provisão.

No ano N a empresa vendeu 100.000 Meticais, tendo suportado em N-1 e N um valor


médio de gastos com garantia de 4,5% [(5.500 + 3.500) : 2] : 100.000, pelo que a
melhor estimativa para a constituição da provisão são 4.500 Meticais.

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51
Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Provisões)

Exemplo Prático 2

Uma empresa assume, em 30 de Novembro de N, contratualmente um


compromisso com um cliente de produzir um determinado equipamento
pelo valor de 100.000 Meticais, sendo a sua entrega prevista para o mês
de Janeiro de N+1.

No decorrer do mês de Dezembro de N o preço da principal matéria-prima


que compõe o referido equipamento tem um agravamento de 30%, fazendo
com que o preço de custo do equipamento a fornecer ascenda a 120.000
Meticais. Sabe-se que a renuncia ao contrato implicaria uma indemnização
de 25.000 Meticais.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023


52
Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Provisões)
Resolução
Data Descrição Débito Crédito Valor
         
31-12-N Provisão para contratos onerosos 663 485 20.000
         

De acordo a informação disponível o valor da perda esperada é inferior ao valor


da indeminização contratual, pelo que se deverá criar a respectiva provisão para
contratos onerosos, pelo mais baixo dos dois valores.

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INVENTÀRIOS

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Inventários – NCRF9

• Regista – se pelo montante mais baixo entre Custo


(aquisição ou produção) e Valor realizável líquido (VRL);
• O custo dos inventários deve incluir todos os custos de
compra, de conversão e outros incorridos para colocar os
inventários no seu local e na sua condição atuais.
Mensuração • Em seu paragrafo nº13 a NCRF9 permite , em
determinadas circunstâncias, que os custos com
: empréstimos obtidos sejam incluídos nos inventários ,
quando para a sua aquisição a empresa recorra a
empréstimos, incorrendo em gastos com juros.
• Valor realizável líquido: resulta das estimativas do valor
realizável liquido mais credível que a empresa espera
recuperar no momento com a venda dos inventários.

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Inventários
• Noção de valor realizável líquido
• Por valor realizável líquido entende-se o preço estimado de venda deduzido
dos custos previsíveis de acabamento e de venda. Se o valor realizável
líquido de um inventário for inferior ao seu custo, o seu custo deve ser
reduzido para esse montante.
• O valor da imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre o custo
do inventário e o seu valor realizável líquido e deve ser reconhecida no
período em que ocorre

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Inventários – Imparidade
• O valor da imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre o custo
do inventário e o seu valor realizável líquido e deve ser reconhecida no
período em que ocorre.
• Há ainda que ter em atenção que o normativo contabilístico apenas obriga
ao reconhecimento das perdas relativas a inventários, mas não dos
ganhos.

custo

Imparidade
Valor realizável
Liquido

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 57


Inventário
• Perdas em inventários reconhecidas imediatamente (valor realizável
líquido)
• Ganhos em inventários só são reconhecidos quando realizados

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 58


Exemplos –
Imparidade/Ajustamentos
de Inventários
eEXEMPLO:
•(A) Custo corrente de reposição
•Custo Inicial da Matéria Prima:100 MT
•Valor de reposição:60 MT
•Custo estimado do preço de Acabamento (P.A).:250 MT
•Preço de venda (Bolsa de Mercadorias):230 MT
•Reconhece - se uma perda por imparidade / ajustamento de 20 MT (250-230) e não
uma perda por imparidade de 40 MT (100-60) de acordo com o parágrafo nº 18 da
NCRF9

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 59


Exemplos – Imparidade/Ajustamentos de Inventários
• B) Valor realizável líquido: aplica-se a bens detidos para venda (mercadorias e
produtos).
• Quando o VRL é inferior ao custo deverá ser feito um ajustamento através da
subconta «29», Ajustamentos para o Valor Realizável liquido a qual irá deduzir ao
valor dos Inventários (que se encontram contabilizados ao custo).

Operação Débito Crédito Valor

Imparidade /ajustamento em Inventários 641 292 20.00

05/23/2023 60
Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques
Inventários (NCRF9 § 16 e 17)

FIFO

Bens Gerais
Custo Médio
Formulas de Ponderado
custeio
Bens Custo
Específicos Especifico

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 61


Inventários
 Procedimentos de encerramento de contas:
 Realizar contagens físicas reportadas a 31-12-n ( sua posse e posse de terceiros)
 Valorização do Inventario
 Apurar o CMVMC e Variação da Produção
 Verificar se as contas 21 e 28 ficam saldadas
 Verificar se os saldos das contas 22, 23, 24, 25, 26 e 27 correspondem aos
valores de inventário
 Avaliar eventuais perdas por imparidade ou reversões das mesmas

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 62


Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Inventários e Imparidades)

MENSURAÇÃO DE INVENTÁRIOS
Valor realizável líquido:

redução do custo dos inventários


para o valor realizável líquido

Consistente com o ponto de vista de que os activos não devem ser escriturados por quantias
superiores àquelas que previsivelmente resultariam da sua venda ou uso.
(NCRF 9 §28)

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023


63
EXERCICÍO DE REFLEXÃO
 Considere que a empresa ABC após efectuar a contagem de seu inventario
verificou que em 31/12/N:
- Não tinha sido contabilizada uma incineração realizada pelas autoridades
competentes de mercadorias fora do prazo no montante de 2.500 MT;
- Não foram contabilizadas as ofertas efectuadas pelo nosso fornecedor de
produtos para experimentação no mercado no montante de 3.000 MT.
Pretende –se: lançamentos de Regularização;

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 64


Contabilização

Operação Débito crédito Valor

Quebra p/ incineração das mercadorias 6893 282 2.500.00


Sobras p/ Oferta de fornecedores 282 7649 3.000,00

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 65


Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Diferenças de Câmbio, Justo Valor e Imparidades)
ACTIVOS TANGÍVEIS DE INVESTIMENTO
COMO DISTINGUIR DE OUTROS ACTIVOS?
Propriedade em que parte é detida com objectivo de uso e outra com objectivo de
valorização/rendas:
Se a parte puder ser vendida (ou locada financeiramente) separadamente é contabilizada
separadamente.
Caso contrário, apenas é propriedade de investimento se uma parte não significativa for detida
para uso (fins produtivos ou administrativos).

Serviços de apoio prestados na propriedade:


.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques


05/23/2023
66
• Considera-se ATI:
•Se os serviços forem um componente relativamente insignificante.
• Exemplo: Proprietário de edifício de escritórios proporciona
serviços de segurança e de manutenção.
• Não se considera ATI:
•Se os serviços proporcionados são a componente mais significativa.
• Exemplo: Proprietário presta serviços a hóspedes (Hotel). Estes são
um componente significativo.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 67


Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Diferenças de Câmbio, Justo Valor e Imparidades)
ACTIVOS TANGÍVEIS DE INVESTIMENTO
REGRA DE RECONHECIMENTO
A ATI deve ser reconhecida como um activo quando, e somente quando:
for provável que os benefícios económicos futuros que estejam associados à ATI fluirão para a empresa e
o custo da ATI possa ser mensurado fiavelmente
“Costs of the day-to-day” :
Reconhecimento como gastos:
Dos dispêndios correntes (pessoal e consumíveis a título de reparação e manutenção)
incorridos com a propriedade.
Substituição de partes:
Reconhecimento como activo:
Dos dispêndios incorridos com substituição.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023


68
Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Diferenças de Câmbio, Justo Valor e Imparidades)
ACTIVOS TANGÍVEIS DE INVESTIMENTO
MENSURAÇÃO INICIAL
Se a aquisição é realizada por meio diferente da troca – ao custo:
Mensuração inicial ao custo.
Inclui:
Custos de transacção (as remunerações profissionais por serviços legais, impostos e outros custos de
transacção).
Não inclui:
[?] Custos de arranque (a menos que sejam necessários para pôr a propriedade em condições de
funcionamento);
Perdas operacionais iniciais incorridas antes de a propriedade de investimento atingir o nível planeado de
ocupação;
Quantias anormais de materiais, de mão de obra ou de outros recursos desperdiçados na construção.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023


69
Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Diferenças de Câmbio, Justo Valor e Imparidades)
ACTIVOS Tangíveis de Investimento NCRF 16
MENSURAÇÃO SUBSEQUENTE – MODELO DO JUSTO VALOR
Divergências face à NCRF 13:
Em regra, nos Activos Tangíveis a diferença para o justo valor é considerada excedente de revalorização (NCRF 13).

 Activos Tangíveis de Investimento  Activos Tangíveis [NCRF 13]:


[NCRF 16]:
ATI Ganhos (Resultados) Activo Tangível Excedente (capital)
Valorização Valorização Valorização Valorização

Activo Tangível Ganhos (Resultados)


Se reverte imparidade Valorização Valorização

ATI Perdas (Resultados) Activo Tangível Excedente (capital)


Desvalorização Desvalorização

Activo Tangível Perdas (Resultados)


Se é perda por imparidade Desvalorização
Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023
70
Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Diferenças de Câmbio, Justo Valor e Imparidades)

Exemplo Prático

Uma empresa possui um edifício de escritórios que se encontra


alugado a diversas entidades, adquirido em 01.01.N por 10.000.000
Meticais, tendo-lhe sido atribuída uma vida útil de 20 anos.

Em 31.12. N o justo valor do edifício era de 10.500.000 Meticais.

Pretende-se que identifique o procedimento contabilístico a adoptar na


valorização após reconhecimento deste edifício segundo o modelo do
justo valor previsto na NCRF 16 comparando com o modelo da
revalorização na NCRF 13.
Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023
71
Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Diferenças de Câmbio, Justo Valor e Imparidades)
Resolução
Modelo Justo Valor vs do Modelo da Revalorização

(Modelo do Justo Valor) – ACTIVOS TANGÍVEIS DE INVESTIMENTO

Data Descrição Débito Crédito Valor


         
31-12-N   Aplicação da variação do Justo Valor 361 782 500.000
(Modelo da Revalorização) – Activo Tangível

Data Descrição Débito Crédito Valor


         
31-12-N  Reintegração do edifício em 20 anos 651 386 500.000
31-12-N Revalorização do edifício em N 386 361 500.000
31-12-N Revalorização do edifício em N 361 581 1.000.000
Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023
72
AMORTIZAÇÕES

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 73


AMORTIZAÇÕES/DEPRECIACOES
 As amortizações consistem na imputação
sistemática aos resultados da quantia
depreciável de um activo (activo tangível,
activo tangível de investimento e activo
intangível com vida útil definida ) durante a sua
vida útil.
 A vida útil pode ser definida pelo período
durante o qual uma entidade espera que um
activo esteja disponível para uso.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 74


AMORTIZAÇÕES/DEPRECIACOES

 Amortizações por componentes: um activo tangível ou os seus componentes podem serem


depreciados em conjunto ou em separado, dependendo da vida útil de cada item.
 A amortização começa quando o bem esteja apto para uso.
 A amortização termina quando o bem, estiver totalmente amortizado ou quando for
desreconhecido.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 75


AMORTIZAÇÕES/DEPRECIACOES
 Quantia depreciável: custo de aquisição/produção deduzido do valor
residual
 Podem ser adoptados vários métodos de amortização em função do
modo como se espera que ocorram os futuros benefícios económicos
pelo uso do activo:
 linha recta (quotas constantes);
 com base nas unidades de produção;
 quotas decrescentes (degressivas);

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 76


 Os métodos de depreciação para as grandes empresas
(PGC – NIRF):
AMORTIZAÇÕES
 O método das quotas constantes;
 O método do saldo decrescente; e
 O método das unidades de produção.
 Para as entidades que adoptem a norma das pequenas
empresas (PGC – PE), apenas está previsto o método de
depreciação das quotas constantes.
 

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 77


Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Depreciações/Amortizações, Imparidades e Revalorizações)
MEDIÇÃO SUBSEQUENTE AO RECONHECIMENTO INICIAL
IDENTIFICAR UM ACTIVO EM IMPARIDADE

Quando está um activo em imparidade?


Quando o seu valor líquido (carrying amount) excede a sua quantia
recuperável:
O valor mais elevado entre o preço de venda líquido e o valor de uso.

Imparidade
40.000
Activo Líquido
100.000
Valor Recuperável
60.000
A correspondente avaliação deve ser realizada à data de cada balanço.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023


80
Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Depreciações/Amortizações, Imparidades e Revalorizações)
MEDIÇÃO SUBSEQUENTE AO RECONHECIMENTO INICIAL
IDENTIFICAR UM ACTIVO EM IMPARIDADE
NÃO NADA FAZER

TANGÍVEIS VERIFICA-SE
E ALGUMA DAS
OUTROS FONTES
(…) INTERNA OU
EXTERNA?
REALIZAR ESTIMATIVA
SIM
ACTIVO DA QUANTIA
RECUPERÁVEL
INTANGÍVEIS
COM VIDA
INDEFINIDA

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023


81
Operações Relevantes de Encerramento

Intangíveis com vida indefinida:


Independentemente da existência de indicações
que evidenciem imparidade os activos
intangíveis com vidas indefinidas devem sempre
ser sujeitos a um teste anual de imparidade.
Qual o seu critério de mensuração? Custo
deduzido das perdas de imparidade
acumuladas, pelo que o teste de imparidade
tem sempre de ser efectuado.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 82


Operaçõ es Relevantes de Encerramento
(Depreciações/Amortizações, Imparidades e Revalorizações)
MEDIÇÃO SUBSEQUENTE AO RECONHECIMENTO INICIAL
VALOR RECUPERÁVEL

Definição:
O mais alto do preço de venda líquido ou do valor de uso.

Valor Valor
Recuperável Recuperável

Preço de Venda
Valor de Uso
Líquido Preço Venda Líquido 100.000
100.000 Valor de Uso 50.000
50.000
Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023
83
EXEMPLOS
A empresa Mzbm, SA, adquiriu , no ano N-2, as
seguintes viaturas:
 Viatura ligeira de passageiros, a gasóleo, com o
custo de aquisição de 1.200.000,00 MT
 Viatura pesada de mercadorias, por 15.000.000,00
MT
 Face ao período que prevê utilizar estas viaturas, a
empresa decidiu atribuir-lhe uma vida útil de 10
anos – Taxa de depreciação de 10%

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 84


EXEMPLOS

 Taxa de Amortização Constante = 100% / 10 anos = 10%


 Depreciação viatura A – 1.200.000 MT * 10% = 120.000 MT
 Depreciação contabilística viatura B – 15.000.000 MT * 10%:1.500.000 MT

Operação Débito Crédito Valor


Amortizações do Exercício 651 382 1.620.000

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 85


AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 86


AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
 As Demonstrações Financeiras são uma representação
estruturada da posição financeira e do desempenho
financeiro de uma entidade.
 AS DF´S são o culminar das operações de encerramento
de contas, produzidas pelo contabilista certificado.
 O seu objectivo é o de proporcionar informação acerca da
posição financeira e dos fluxos de caixa de uma entidade
que seja útil a uma vasta gama de utentes na tomada de
decisões económicas.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 87


• Conjunto de DF’S (NCRF 1 § 7) AS DEMONSTRAÇÕES
• BALANÇO
• DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS
FINANCEIRAS
• DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA
• DEMONSTRAÇÃO DAS VARIAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO
• NOTAS EXPLICATIVAS

• adicionalmente pode ser apresentada a demonstração de


resultados por funções;
• as “pequenas entidades” (PGC_PE) estão dispensadas de
apresentar a demonstração das variações no CP e a
demonstração dos fluxos de caixa, podendo apresentar
modelos reduzidos das restantes demonstrações financeiras .

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 88


AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Informação Financeira
Demonstração
Balanço de Resultados
ACTIVO NÃO CORRENTE (+) RENDIMENTOS
(-) GASTOS
ACTIVO CORRENTE (=) RES. “EBITDA”
(+) RENDIMENTOS
(-) GASTOS
CAPITAL PRÓPRIO
= RESULTADO “EBIT”

PASSIVO NÃO CORRENTE (+) RENDIMENTOS


(-) GASTOS FIN.
PASSIVO NÃO CORRENTE
(=) RESULTADO “EBT”
PASSIVO CORRENTE (-) IMPOSTOS
Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques (=) RES. LIQUIDO
05/23/2023 89
DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

Financiamento

D.F.Cx
Investimento
Operacionais

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 90


Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 91
ANALISE
FINANCEIRA
A analise financeira tem como suporte as demonstrações
financeira produzidas com base na contabilidade.
Análise económica e financeira da empresa consiste em medir
o desempenho das actividades operacionais, de investimento e
financiamento da empresa com recurso à utilização de
indicadores.
 Cuidados a ter na classificação dos itens do activo e passivo,
para não distorcer o cálculo dos indicadores, assim como a sua
interpretação.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 92


Demonstração de resultados

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 93


Demonstração de Resultados

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 94


Demonstração de Resultados

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 95


Demonstração de Resultados

+ Colecta
+ Tributação Autónoma

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 96


Indicadores de Análise
• Rentabilidade - os mais usados são o do lucro sobre o activo (ou o retorno do activo - RAT) e o do
retorno do Investimento no negócio (ROI). Evidenciam-se assim a qualidade com que o negócio
usou o investimento de capital e o retornou com lucro.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 97


97
Rentabilidade

A rentabilidade é o conceito mais interessante na medida em que os


investimentos fazem-se nas empresas na perspectiva de esta retornar o
investimento com um prémio de risco associado e superior ao das aplicações sem
risco. Assim, há que medir este efeito.

 Uma entidade deverá ser capaz de gerar rendimento através do seu


negócio/actividade

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 98


98
Rentabilidade

Rentabilidade Líquida das Resultado Líquido


Vendas =
Volume de Negócios
(Margem Líquida %)

Rentabilidade do negócio EBITA


(Margem de negócio%) =
Volume de negócios

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 99


99
Rentabilidade

Rendibilidade do capital = Resultados Líquidos


Próprio Capital Próprio

Resultados operacionais
Rendibilidade do Activo =
Activo

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 100


100
Indicadores de Análise

• Liquidez geral - compara o activo corrente com o passivo corrente. Este rácio
indica a “almofada” disponível para credores correntes para uma possível queda no
valor dos activos correntes. O valor mais adequado é o que resulta de 1:1 sendo que um
valor em excesso pode significar excesso de stocks, controlo inadequado de crédito ou
subutilização de dinheiro.
Activo corrente
Passivo corrente

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 101


101
Indicadores de Análise

• Liquidez imediata- compara o activo representado por meios financeiros líquidos com o
passivo corrente. Este rácio, dependendo do tipo de negócio, não deverá ser superior a 0,05. A diferença
para o anterior representa o grau de dependência da empresa face aos clientes para cumprimento das suas
obrigações correntes:
• Bancos + Caixa
Responsabilidades correntes

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 102


102
Autonomia Financeira

• Os investidores raramente emprestam dinheiro a uma empresa que tem um balanço desfavorável entre o
investimento dos detentores e do financiadores.
• Quem acredita na empresa investe nela. O valor médio adequado é o de 1:2.

Capital Próprio
Activo

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 103


103
Indicadores de Análise

• Prazo médio de recebimento (clientes) - indica a eficiência do controlo de


crédito a terceiros. A organização não beneficia do dinheiro detido
desnecessariamente por terceiros. Será pois útil comparar o valor com o dos
concorrentes. É obtido como segue (normalmente usam-se os valores anuais):

Clientes c/c xdias do período


Vendas (incluindo IVA)

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 104


104
Indicadores de Análise

• Prazo médio de pagamentos (fornecedores) - indica a eficiência da negociação


do crédito para com terceiros. A organização não beneficia do dinheiro entregue
desnecessariamente por terceiros. Será pois útil comparar o valor com o dos
concorrentes.

Fornecedores c/c x dias do período


Compras (incluindo IVA)

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 105


105
Indicadores de Análise
• Rotação de stocks - é o numero de vezes que o stock é utilizado num determinado período. Quando
as margens de lucro são baixas este rácio deve ser elevado, obrigando a uma grande rotação dos stocks.
Nos casos de produtos com grandes margens, poder-se-á aceitar uma rotação menos frequente.

Stock final x dias do período


Custo total das vendas

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 106


106
Indicadores de Análise

Se: PMP > RS + PMR => Excesso

• Se, por exemplo, comprar a 90 dias, demorara a vender 15 dias e receber


a pronto, então há um excesso financeiro que beneficia a tesouraria da
empresa de 65 dias o que permite fazer investimentos ou aplicações
financeiras com capitais alheios a baixo custo.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 107


107
Indicadores de Análise

Se: PMP < RS + PMR => Défice

• Se, por exemplo, comprar a 30 dias, demorar 15 dias a vender e 60 dias a


receber dos clientes, então há um défice de tesouraria de 45 dias que a
empresa tem que cobrir recorrendo a capitais próprios ou alheios, com a
correspondente consequência de encargos financeiros, directos ou
indirectos.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 108


108
A contabilidade Vs Fiscalidade

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 109


Contabilidade VS Fiscalidade
CONTABILIDADE FISCALIDADE

A CONTABILIDADE OBEDECE AO A Fiscalidade Obedece á legislação


NORMATIVO CONTABILÍSTICO ( PGC- Fiscal (IRPC)
NIRF OU PGC – PE )

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 110


Contabilidade VS Fiscalidade

Os dois normativos apresentam diferentes objetivos e, por


isso, assentam em princípios igualmente diferentes. Enquanto
a contabilidade segue critérios económicos, por natureza mais
subjetivos, a fiscalidade, tendo em vista uma maior equidade,
segue critérios de maior objetividade.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 111


• O CIRPC faz reportar o lucro tributável ao resultado
contabilístico, determinado com base no normativo
contabilístico. Nos termos do seu artigo 17.º, a determinação Contabilidade VS
do lucro tributável em IRPC consiste em fazer reportar, na
origem, o lucro tributável ao resultado contabilístico ao qual se Fiscalidade
introduzem, extra contabilisticamente, as correções
enunciadas na lei para tomar em consideração os objetivos e
condicionalismos próprios da fiscalidade. O CIRPC descreve os
gastos fiscais o que equivale por dizer que impõe limites à
dedutibilidade fiscal de encargos expressos na contabilidade. É
que de acordo com o normativo contabilístico todos os gastos
são reconhecidos no período a que respeitam,
independentemente do seu pagamento, mas nem todos são
aceites para efeitos fiscais sendo, por isso, necessário recorrer
a correções fiscais.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 112


Contabilidade VS Fiscalidade
• As rubricas identificadas no slide anterior estão na base das
diferenças produzidas automaticamente pelos normativos e que, por
isso, dão lugar a ajustamentos a efetuar ao resultado contabilístico.
Estas diferenças justificam, porém, as correções a efetuar no Quadro
10 da Modelo 22 com caráter definitivo, ou seja, não geradoras de
impostos diferidos (ID) porque, tratando-se de gastos não aceites ou
com aceitação limitada fiscalmente, não suscetíveis de
compensação noutros períodos.
• Diferenças Definitivas
• Diferenças Temporárias

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 113


Contabilidade Vs Fiscalidade

A contabilidade apura o resultado contabilistico ( resultados antes Impostos – Estimativa de


Imposto = Resultado Liquido

A fiscalidade apura o Lucro Tributável no Quadro 10 do Modelo 22 , a Matéria Colectável no


Quadro 11 do Modelo 22 e a coleta e imposto liquidado no Quadro 12 do Modelo 22

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 114


Modelo 22

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 115


Determinação do lucro tributável – Regime geral

O resultado fiscal assenta, num primeiro momento, no resultado


contabilístico, o qual poderá ser objecto de ajustamentos – positivos e/ou
negativos – de forma a obter o lucro tributável ou prejuízo para efeitos
fiscais em IRPC.

O Quadro 10 da Mod. 22 é a “folha de cálculo” que converte o resultado


contabilístico no lucro tributável ou prejuízo para efeitos fiscais, mediante a
aplicação de ajustamentos positivos e negativos.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 116


BASE : LUCRO
Entidades residentes que exerçam a titulo principal uma actividade
comercial, industrial ou agricola 
Resultado líquido do período (art.º 17.º)

Variações patrimoniais positivas não refletidas no resultado (art. 21º)
-
Variações patrimoniais negativas não refletidas no resultado (art.24º) 
+/-
Correções fiscais (art.23.º,25.º,26.º27.º 28.º29.º,30.º,31.º32.º33.º 34.º. 35º,
36.º,38.º, 39.º,40.º,42.º,43.º,44.º,45.º e seg)
=
Lucro tributável
Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 117
Ajustamentos Fiscais

•Matéria Colectável imputada por sociedades transparentes,


campo 205 do Quadro 10 do Modelo 22

Antes de mais convêm explicitar o que são sociedades transparentes,


tal como definidas no art.º 6.º do IRPC.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 118


119

Transparência fiscal (art. 6.º)


Objectivos .neutralidade fiscal
.combate à evasão fiscal
.eliminação da dupla tributação

Obrigatoriedade Sociedades e agrupamentos de


Do Regime Residentes referidos no art.º 6.º

Soc.Cívis sem forma Comercial


Soc Profissionais
Imputação aos Soc Simples administração
Sócios/Membros De bens

Lucro ou Agrupamentos:
prejuízo ACE, Matéria colectável

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023


Ajustamentos Fiscais
• Reintegrações e Amortizações não são aceites como custos
Campo 206 do Quadro 10 do Modelo 22
Virão para este campo todas a depreciações e amortizações não aceites como gasto,
definidas no artigo 27º do CIRPC e Decreto 72/2013 de 23 de Dezembro "Regime de
Amortizações", designadamente:
 De activos não sujeitos a deperecimento;
 De imóveis na parte correspondente ao valor dos terrenos ou aquele que não esteja
sujeita a deperecimento;
 Que resultem da utilização de taxas de depreciação ou amortização superiores às
previstas;
 Praticadas para além do período máximo de vida útil do bem.

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 120


Ajustamentos
Fiscais

Das viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, na parte


correspondente ao custo de aquisição ou ao valor
revalorizado excedente a 800 000MT, bem como dos barcos
de recreio e aviões de turismo, desde que tais bens não
estejam afectos ao serviço público de transportes nem se
destinem a ser alugados no exercício da actividade normal
do sujeito passivo.

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Ajustamentos Fiscais

Exemplo
A empresa Alfa, Lda., depreciou, no
ano N, tendo utilizado as taxas
máximas previstas no Decreto
72/2013, os seguintes bens do
seu activo fixo tangível

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Ajustamentos Fiscais
  Ano de Custo Depreciação Depreciação

Aquisição Aquisição Praticada Acumulada

Mobiliário (10%) N-3 500 000,00 52 734,38 341 796,88

(1)

Viatura Lig. de N-2 900 000,00 225 000,00 450 000,00


Pas. ( 25%)

(2)

Edificio N-5 2 500 000,00 50 000,00 250 000,00


Comercial (2%)

(3)

Máquina não N-1 1 000 000,00 200 000,00 200 000,00


especificada

(20%)

(4)

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Ajustamentos Fiscais

1) Tem vindo a ser utilizado o método das quotas degressivas;

(2) Viatura adquirida em Leasing financeiro e amortizado pelo método de


quotas constantes;

(3) Valor do Terreno 500 000,00;

(4) Método de quotas constantes

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Ajustamentos
Fiscais

Resolução
(1) Utilização indevida do método de quotas degressivas -
art.8.º do decreto 72/2013
Cálculos da quota anual de amortização que pode ser aceitem
pelo método das quotas degressivas:

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Ajustamentos Fiscais
Ano Valor base anual da depreciação Taxa * Depreciação Depreciação
Coeficient anual aceite
e fiscalmente

N-3 500 000,00 10%*2,5 125 000,00 500 000,00 *


= 25% 10%=50
000,00

N-2 500 000,00 - 125 000,00 = 375 000,00 10%*2,5 93 750,00 50 000,00
= 25%

N-1 375 000,00 - 93 750,00 = 281 250,00 10%*2,5 70 312,50 50 000,00


= 25%

N 281 250,00 - 70 312,50 = 210 937,50 10%*2,5 52 734,38 50 000,00


= 25%

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Ajustamentos
Fiscais
Correcções no Quadro 10
a)52 732,38 - 50 000,00 = 2 732,38 (relativamente ao mobiliário não pode
ser utilizado o método das quotas degressivas, mas tão somente o método
das quotas constantes - art. 6.º, 7.º e 8.º do Decreto 72/2013
b) (900 000,00 *25%) - (800 000,00*25%) = 225 000,00-200 000,00= 25
000,00[art. 27.º alínea e) do CIRPC)
c) Sabendo-se que o valor do terreno é de 500 000,00, o mesmo não é
susceptível de ser amortizado art. 27.º alínea b) do CIRPC, logo:
(2 500 000,00 *2%) - [(2 500 000,00 - 500 000,00)*2%]= 50 000,00
- 40 000,00 =10 000,00

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Ajustamentos Fiscais
d) Máquina não especificada, taxa máxima segundo tabela II
do Decreto 72/2013 - 12,5%
(1 000 000,00*20% - 1 000 000,00 *12,5%) = 200 000,00 -
125 000,00 = 75 000,00
Valor a inserir no campo 209 do Quadro 10 do Modelo 22

2 732,38+25 000,00+10 000,00+75 000,00 = 112 732,38

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Exemplo:

Bem ativo tangível com vida útil de 6 anos.


Taxa de amortização = 16,66%. Coeficiente = 2
Valor de aquisição = 500.000,00 u.m.

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130

Método das quotas


Resolução Método das quotas decrescentes
constantes

Quota anual Taxa Valor não Quota Quotas Valor


500.000,00x 16,66 16,66x2 Amortizado anual acumuladas liquido

ano
1 2 3 4=2x3 5 6
1
83.300,00 33,32 500.000,00 166.600,00 166.600,00 333.3400,00

2
83.300,00 33,32 333.340,00 111.089,00 277.689,00 222.311,00
\
83.300,00 33,32 222.311,00 74.074,00 351.763,00 148.237,00
4
83.300,00 148.237,00 41.650,00* 401.175,00 98.825,00

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques * 148.237,00x33,32= 49.593,00


05/23/2023
148.237,00/3 =49.412,00
500.000,00x0,0833= 41.650,00
131

Resolução
Método das quotas Método das quotas decrescentes
constantes

Quota anual Taxa Valor não Quota Quotas Valor


500.000,00x 16,66 16,66x2 Amortizado anual acumulada liquido
s

ano
1 2 3 4=2x3 5 6

5
83.300,00 98.825,0 49.412,00 450.587,00 49.418,00
6
83.500,00 49.413,00 49.413,00 500.000,00 -------

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023


Resolução *

Nos anos em que a quota resultante da divisão do valor


não depreciável pelo número de anos que falta decorrer,
for superior à quota que resulta da utilização do método
das quotas degressivas, esta deve ser substituída por
aquela não podendo, no entanto, ser inferior à quota
mínima de acordo com o método das quotas constantes

Concebido pela OCAM Formadora Lucília Marques 05/23/2023 132


Ajustamentos Fiscais
Provisões ou Perdas por imparidade não dedutíveis ou para
além dos limites legais e Reposição de Provisões tributadas
Campo 209 e 257 do Quadro 10 do Modelo 22
apenas são aceites como provisões ou perdas por imparidade de créditos
que, com referência ao fim do período de tributação, preencham as
seguintes condições:
• Respeitem a créditos resultantes da actividade normal;
• O risco de incobrabilidade se considere justificado;
• Estejam evidenciados na contabilidade como créditos de cobrança
duvidosa.

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Ajustamentos
Fiscais
Em matéria de provisões, apenas são reconhecidas as
seguintes (cf. n.º 1 do artigo 28.º do CIRPC):
processos judiciais em curso ;
 As provisões técnicas ;
constituídas pelas empresas pertencentes ao sector das
indústrias extractivas ou de tra­tamento e eliminação de
resíduos

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Contabilistica Ajustamentos Fiscais
A sociedade Mzmbi S.A. constituiu as Fiscal
seguintes perdas por imparidade:
Inventários – Valor de custo – 1.000.000,00 • Valor a acresc

VRL – 800.000,00
Imparidade = 200.000,00
Ativos Tangíveis: - Valor de aquisição –
8.000.000,00
Amortizações Acumuladas – 4.000.000,00
Valor Liquido – 4.000.000,00
Valor Realizavel liquido – 1.000.000,00
Imparidade 3.000.000,00
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OBRIGADO PELA
ATENÇÃO

Kanimambo!

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