Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Eletricidade Geral
Prática
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP, 2003
Trabalho editorado a partir de conteúdos extraídos da Intranet por Meios Educacionais da Gerência de
Educação da Diretoria Técnica do SENAI-SP.
Equipe responsável
Coordenação Airton Almeida de Moraes
Seleção de conteúdos Luiz Cláudio Vecchia
Diagramação UNICOM - Terceirização de Serviços Ltda
Capa José Joaquim Pecegueiro
E-mail senai@sp.senai.br
Home page http://www.sp.senai.br
SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Sumário
Apresentação 5
Ferramentas para instalações elétricas 7
Ferramentas para eletrodutos 15
Utensílios para eletricistas 25
Normas técnicas 31
Condutores elétricos 39
Técnicas de conexão de condutores elétricos 45
Eletrodutos 53
Acessórios para eletrodutos 63
Proteção contra os perigos da energia elétrica 67
Instrumentos de medição de grandezas elétricas 73
Fontes de alimentação 93
Lâmpadas incandescentes 105
Luminária para lâmpadas fluorescentes 109
Dispositivos de manobra, ligação e conexão 119
Dispositivo de proteção, acionamento e sinalização 127
Diagramas elétricos 141
Noções de ergonomia 153
Riscos ergonômicos 177
Prevenção de incêndios 187
Descarte de materiais 197
Emendar, soldar e isolar condutores 207
Serrar, abrir roscas e curvar eletrodutos 213
Montar rede de eletroduto 219
Medir resistência elétrica 229
Medir grandezas elétricas 233
Comprovar a lei de Ohm 241
Comprovar as leis de Kirchhoff 247
Instalar tomada, interruptor e lâmpada 257
SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Apresentação
Caro Aluno;
SENAI-SP - INTRANET 5
Eletricidade geral - Prática
6 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Ferramentas para
instalações elétricas
Alicates
SENAI-SP - INTRANET 7
Eletricidade geral - Prática
Esse tipo de alicate é uma das principais ferramentas usadas pelo eletricista, pois
serve para prender, cortar ou dobrar condutores.
Este alicate é composto de dois braços articulados por um pino ou eixo, que permite
abri-lo e fechá-lo, e em uma das extremidades se encontram suas mandíbulas. São
encontrados nos comprimentos de 150 mm, 165 mm, 175 mm, 190 mm, 200 mm,
210 mm e 215 mm.
ponta articulação
mandíbula
estriado
corte braço
8 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Alicate de bico redondo é utilizado para fazer olhal em condutores com diâmetros
diferentes, de acordo com o parafuso de fixação. É encontrado nos comprimentos de
130 mm e 160 mm.
Outro alicate usado pelo eletricista instalador é o alicate gasista, também chamado de
alicate bomba d’água, que possui mandíbulas reguláveis, braços não isolados e não
tem corte. Serve para montar rede de eletrodutos, e especificamente buchas e
arruelas. É encontrado nos comprimentos de 160 mm, 200 mm e 250 mm.
SENAI-SP - INTRANET 9
Eletricidade geral - Prática
Chave de fenda
Ela é constituída por uma haste de aço-carbono ou aço especial, com uma das
extremidades forjada em forma de cunha e outra, em forma de espiga prismática ou
cilíndrica estriada, encravada solidamente em um cabo.
cunha
face haste cabo
O cabo normalmente é feito de material isolante rígido com ranhuras longitudinais que
permitem uma boa empunhadura do operador e impedem que a ferramenta
escorregue da mão.
A região da cunha da chave de fenda é temperada para resistir à ação cortante das
ranhuras existentes nas fendas dos parafusos. O restante da haste deve apresentar
uma boa tenacidade para resistir ao esforço de torção quando a chave de fenda estiver
sendo utilizada.
face esmerilhada
10 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Além da chave de fenda comum, existem alguns outros modelos indicados para o uso
em trabalhos da área eletroeletrônica. Elas são:
• Chave Philips;
• Chave tipo canhão.
Chave Philips
A chave Philips é uma variante da chave de fenda. Nela, a extremidade da haste,
oposta ao cabo, tem o formato de cruz. É usada em parafusos que usam este tipo de
fenda.
SENAI-SP - INTRANET 11
Eletricidade geral - Prática
Para que a chave de fenda se mantenha em perfeito estado para uso, deve-se seguir
os seguintes cuidados de manuseio:
• Não usar o cabo da chave como um martelo;
• Não usar a chave para cortar, raspar ou traçar qualquer material;
• Usar a chave adequada ao tamanho e tipo do parafuso;
• Jamais esmerilhar ou limar a cunha da chave.
Para evitar acidentes, ao apertar parafusos, a peça deve estar apoiada em um lugar
firme. Do contrário, a chave poderá escorregar e causar ferimentos na mão que estiver
segurando a peça.
Exercícios
b) Qual dos alicates estudados nesta lição serve para prender, cortar e dobrar
condutores?
12 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 13
Eletricidade geral - Prática
14 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Ferramentas para
eletrodutos
Para executar seu trabalho, além dos materiais e acessórios para redes de eletrodutos,
o eletricista necessita também de ferramentas. Algumas delas serão estudadas neste
capítulo.
Ferramentas
Dentre as ferramentas que o eletricista pode usar em seu trabalho diário, podem ser
citadas a serra manual para cortar eletrodutos metálicos e as tarraxas para abrir
roscas nesses mesmos eletrodutos.
Serra manual
A serra manual é uma ferramenta composta de um arco de aço e uma lâmina de aço
rápido ou carbono dentada e temperada. Ela é usada para cortar ou abrir fendas em
materiais metálicos.
arco ajustável
cabo
SENAI-SP - INTRANET 15
Eletricidade geral - Prática
A lâmina de serra, que pode ser alternada ou ondulada, possui um lado dentado com
trava, permitindo a execução de um corte com largura maior que a espessura da
lâmina.
trava alternada
Os dentes das lâminas de serra não têm sempre o mesmo tamanho. Esse tamanho
depende do passo, ou seja, do número de dentes, contidos em determinada distância
(25,4 cm ou 1”).
Peças finas, tais como chapas e tubos, devem ser serradas com serra de dentes finos,
ou seja, aquelas que têm maior quantidade de dentes por polegada. Por outro lado,
material muito macio ou blocos inteiriços podem ser serrados com serras de dentes
relativamente mais grossos, isto é, aquelas que têm menor quantidade de dentes por
polegada. Veja tabela a seguir.
Tamanho dos
Passo da lâmina Tipo de material Ilustração
dentes
18 dentes por
Dentes grossos Aços resistentes
polegada
16 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Ao serrar, o ritmo de corte deve ser mantido em aproximadamente sessenta golpes por
minuto. A serra deve ser usada em todo o seu comprimento. Ao se aproximar do
término do corte, deve-se diminuir a velocidade e a pressão sobre a serra para evitar
acidentes.
Inicialmente, a lâmina de serra deve ser guiada com o dedo polegar, a fim de que seja
mantida ligeiramente inclinada para a frente.
SENAI-SP - INTRANET 17
Eletricidade geral - Prática
A tarraxa para tubos é uma ferramenta destinada a fazer roscas nos eletrodutos
metálicos e plásticos.
tarraxa simples de
tarraxa universal cossinete ajustável
parafusos de
fixação dos
cossinetes
cossinetes
braço
braço parafuso de
ajuste dos
cossinetes
corpo da tarraxa
parafuso de fixação
do guia
guia
18 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
A tarraxa universal, é assim chamada em virtude de permitir, com apenas dois jogos de
cossinetes, fazer roscas em qualquer tubo, cujo diâmetro esteja compreendido entre
1/2” e 2”.
Toda a vez que houver necessidade de montar cossinetes em tarraxa universal, deve-
se verificar se o número gravado no cossinete corresponde ao gravado no corpo da
tarraxa, ao lado do alojamento de cada cossinete.
Com exceção da tarraxa universal, todos os outros tipos de tarraxa utilizam um jogo de
cossinetes para cada diâmetro de eletroduto a ser roscado.
SENAI-SP - INTRANET 19
Eletricidade geral - Prática
Utilização da tarraxa
Para a utilização desta tarraxa, deve-se escolher a guia de acordo com o diâmetro do
eletroduto, prendendo-a firmemente com o parafuso de fixação.
guia
O par de cossinetes deve ser montado com a parte escareada para dentro, e os
parafusos devem ser ligeiramente apertados.
As marcas contidas nos cossinetes e na tarraxa são referências para dar simetria à
abertura.
20 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Os cossinetes devem ser fixados de forma que o eletroduto fique preso na altura da
metade dos filetes da rosca de corte.
abertura parafuso de
ajuste
espessura
Esse procedimento deve ser repetido até que o comprimento necessário de rosca seja
atingido.
SENAI-SP - INTRANET 21
Eletricidade geral - Prática
A montagem desta tarraxa é bem mais simples, pois o guia e o cossinete são
encaixados e fixados com parafusos.
A cada meia volta de avanço no sentido horário, deve-se voltar duas vezes no sentido
anti-horário.
Exercícios
22 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
b) Quais são as peças que compõem uma tarraxa para eletroduto metálico?
SENAI-SP - INTRANET 23
Eletricidade geral - Prática
24 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Para executar seu trabalho, muitas vezes o eletricista precisa, além de ferramentas
como alicates e chaves, de equipamentos adicionais que o auxiliem na execução de
determinadas tarefas.
Neste capítulo, serão apresentados três utensílios que ajudam o eletricista em seu
trabalho. Serão mostradas também as formas corretas de sua utilização.
Escadas
SENAI-SP - INTRANET 25
Eletricidade geral - Prática
O apoio contra as paredes deve ter uma inclinação tal, que os pés fiquem distantes da
parede aproximadamente ¼ do comprimento “L”.
26 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Esses tipos de escada não precisam ser apoiadas em paredes, porque possuem dois
lados que se abrem com o auxílio de uma dobradiça. Além disso, um braço articulado
mantém a escada na posição aberta.
escada dupla
Cinto porta-ferramentas
SENAI-SP - INTRANET 27
Eletricidade geral - Prática
O cinto deve ser colocado na cintura com as ferramentas encaixadas nos espaços
separados para cada uma; alicates, chaves de fendas e canivete.
Guia de náilon
O guia de náilon é utilizado para facilitar a passagem dos condutores nos eletrodutos.
Na ponta desse utensílio existe uma mola com uma esfera para guiar a haste de nailon
através das curvas.
Na outra extremidade do guia, a fixação dos condutores é feita por meio do olhal
metálico, conforme ilustração a seguir.
28 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Exercícios
b) O que deve ser feito quando se utiliza uma escada simples em pisos
escorregadios?
SENAI-SP - INTRANET 29
Eletricidade geral - Prática
30 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Normas técnicas
Isso se tornou ainda mais necessário quando a Revolução Industrial, que começou no
fim do século XVIII, fez surgir a produção em massa, ou seja, a fabricação de um
mesmo produto em grandes quantidades. Para racionalizar custos de produção e
facilitar o uso e manutenção dos produtos fabricados, começaram a surgir critérios de
padronização que reduziram a variedade de tamanhos e formatos das peças,
diminuindo a quantidade de itens de estoque e facilitando a vida do consumidor.
O que é normalização
A padronização foi o primeiro passo para a normalização. Esta nada mais é do que
um conjunto de critérios estabelecidos entre as partes interessadas, ou seja, técnicos,
engenheiros, fabricantes, consumidores e instituições, para padronizar produtos,
simplificar processos produtivos e garantir um produto confiável que atenda às
necessidades de seu usuário.
SENAI-SP - INTRANET 31
Eletricidade geral - Prática
32 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
O CNN tem a função de estruturar todo o sistema de normalização, enquanto que cada
ONS tem como objetivo agilizar a produção de normas específicas de seus setores.
Para que os ONS passem a elaborar normas de âmbito nacional, eles devem se
credenciar e ser supervisionados pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
(ABNT).
A ABNT é uma entidade privada, sem fins lucrativos e a ela compete coordenar,
orientar e supervisionar o processo de elaboração de normas brasileiras, bem como
elaborar, editar e registrar as referidas normas (NBR).
SENAI-SP - INTRANET 33
Eletricidade geral - Prática
• Normas de simbologia
Que estabelecem convenções gráficas para conceitos, grandezas, sistemas ou
partes de sistemas, com a finalidade de representar esquemas de montagem,
circuitos, componentes de circuitos, fluxogramas etc.;
Observação
A simbologia facilita a comunicação entre fabricantes e consumidores. Sem códigos
normalizados, cada fabricante teria que escrever extensos manuais para informar as
características dos equipamentos, projetos, desenhos, diagramas, circuitos, esquemas
de seus produtos.
Para existir, uma norma percorre um longo caminho. No caso de eletricidade, ela é
discutida inicialmente no COBEI - Comitê Brasileiro de Eletricidade.
O COBEI tem diversas comissões de estudos formada por técnicos que se dedicam a
cada um dos assuntos específicos, que fazem parte de uma norma. Estes
profissionais, muitas vezes partem de um documento básico sobre o tema a ser
normatizado, produzido pelo IEC. Como este documento é feito por uma comissão
internacional, ele precisa, como já foi dito, ser adaptado para ser aplicado no Brasil.
Esta norma poderá ser uma NBR1, o que a torna obrigatória; uma NBR2, obrigatória
para órgãos públicos e chamada de referendada; ou uma NBR3, chamada de
registrada e que pode ou não ser seguida.
34 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
ABNT
comissão comissão
técnica COBEI técnica
INMETRO
Periodicamente, as normas devem ser revistas. Em geral, esse exame deve ocorrer
em intervalos de cinco anos. Todavia, o avanço tecnológico pode determinar que
algumas normas sejam revistas em intervalos menores de tempo.
O consumidor e a norma
SENAI-SP - INTRANET 35
Eletricidade geral - Prática
Exercícios
36 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 37
Eletricidade geral - Prática
38 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Condutores elétricos
Nas lições anteriores, você aprendeu que para a eletricidade poder ser utilizada,
precisa da existência de um circuito por onde possa circular a corrente elétrica.
Você estudou, também, que o circuito elétrico mais simples é composto por três
componentes: a fonte geradora, a carga e o condutor.
Nesta lição, vão ser estudados os diferentes tipos de condutores que podem ser
usados nos mais variados tipos de instalações elétricas.
Por causa disso, os condutores elétricos são fabricados com materiais cuja formação
atômica facilita a ocorrência de uma corrente elétrica, ou seja, materiais que
conduzem eletricidade com maior eficácia devido a sua condutibilidade.
SENAI-SP - INTRANET 39
Eletricidade geral - Prática
A tabela que segue apresenta em destaque os itens nos quais um material apresenta
vantagem sobre o outro.
Cobre Alumínio
2 2
Ω /mm ) / m
Resistividade (0,017Ω Resistividade (0,028Ω /mm ) / m
Boa resistência mecânica Baixa resistência mecânica
Soldagem das emendas com estanho Requer soldas especiais
Custo elevado Custo mais baixo
3 3
Densidade 8,9 Kg/dm Densidade 2,7 Kg/dm
Tipos de condutores
O condutor pode ser constituído de um ou vários fios. Quando é constituído por
apenas um fio é denominado de fio rígido. Quando é constituído por vários fios, é
chamado de cabo.
fio
cabo
O cabo é mais flexível que um fio de mesma seção. Assim, quando se necessita de
um condutor com seção transversal superior a 10 mm2 é quase que obrigatório o uso
do cabo devido a sua flexibilidade, uma vez que o fio a partir desta seção é de difícil
manuseio .
40 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
O cabo pode ser formado por um condutor (cabo simples ou singelo) ou vários
condutores (múltiplo)
cabos múltiplos
Isolação
Para proteção do condutor é utilizado uma capa de material isolante denominado
isolação , com determinadas propriedades destinadas a isolá-los entre si.
isolação condutor
cobertura
SENAI-SP - INTRANET 41
Eletricidade geral - Prática
Cloreto de polivilina
70 100 160
(PVC)
Borracha etileno-
90 130 250
propileno (EPR)
Polietileno reticulado
90 130 250
(XLPE)
Normalização
No Brasil, até 1982, os condutores elétricos eram fabricados de acordo com a escala
AWG / MCM. A partir daquele ano, de acordo com o plano de metrificação do Instituto
Nacional de Metrologia, foi implantado a série métrica conforme as normas da IEC.
Como conseqüência, a NBR 5410 inclui duas novas características nas especificações
dos fios e cabos: nova escala de seções padronizadas em mm2 e emprego de
materiais isolantes com nova temperatura-limite, aumentando de 60° C para 70° C.
Com isso, houve um aumento da densidade de corrente (ampères por mm2 ) uma vez
que o emprego de materiais isolantes com maior temperatura-limite possibilita este
aumento.
Outra vantagem dessa mudança é que as seções são dadas em números redondos,
ou seja, com menor números de casas decimais em relação ao sistema AWG / MCM.
42 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
A tabela que segue mostra o limite de condução de corrente elétrica pelos condutores,
no sistema métrico, a capacidade de condução de corrente para cabos isolados até 3
condutores carregados, e maneiras de instalar n°s. 1,2 ,3 ,5 e 6 da norma NBR 5410.
SENAI-SP - INTRANET 43
Eletricidade geral - Prática
Exercícios
( ) Prolongamento
b) Cabo múltiplo
( ) 90°
c) Isolação PVC
( ) Condutor único
d) Isolação EPR
( ) Vários condutores
44 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Técnicas de conexão de
condutores elétricos
As técnicas para realizar esses tipos de conexão entre condutores elétricos são o
assunto deste capítulo.
Emendas e derivações
SENAI-SP - INTRANET 45
Eletricidade geral - Prática
Para se executar este tipo de emenda, os condutores a serem unidos devem ser
desencapados em aproximadamente 50 vezes seu diâmetro.
50 D
O fio sem isolação deve ser cruzado, e as primeiras espiras enroladas com os dedos.
Então, prossegue-se com o alicate universal, dando o aperto final com dois alicates.
46 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
condutor principal
condutor derivado
SENAI-SP - INTRANET 47
Eletricidade geral - Prática
condutor
principal
condutor
derivado
alicate
O condutor derivado deve ser enrolado com os dedos sobre o principal mantendo-se
as espiras uma ao lado da outra, e um mínimo de 6 espiras.
condutor principal
condutor derivado
alicate
48 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Emendas em
prolongamento e em Instalações externas
derivação
cobre
Prolongamento ou
Emenda com
derivações em fios singelos
conector inibidor
ou cabos.
alumínio
metal de
adição
ferro de
soldar
SENAI-SP - INTRANET 49
Eletricidade geral - Prática
Para executar a emenda por soldagem, o ferro de soldar deve estar com a ponta limpa,
quente, e com uma certa quantidade de metal de adição derretido.
O ferro deve ser o apoio da emenda, e o metal de adição deve estar apoiado na parte
superior da emenda, até que a solda fundida preencha todos espaços entre as espiras
e cubra totalmente a emenda.
Conectores especiais
A conexão de condutores pode também ser feita por meio de conectores especiais,
denominados bornes ou conectores bornes, que unem fios ou cabos por meio de
parafusos.
Toda emenda e derivação deve ser protegida por uma isolação restabelecendo as
condições de isolação dos condutores. Essa isolação é feita por meio da fita isolante.
50 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Independente do tipo de emenda ou derivação, esta deve ser isolada com, no mínimo,
duas camadas de fita sem que ela seja cortada, procurando deixá-la bem esticada e
com a mesma espessura do isolamento do condutor.
SENAI-SP - INTRANET 51
Eletricidade geral - Prática
52 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Eletrodutos
Eletroduto
SENAI-SP - INTRANET 53
Eletricidade geral - Prática
3m
Os eletrodutos rígidos de aço são especificados de acordo com as normas NBR 5597,
5598, 5624 e 13057. Apresentam variação de diâmetro e espessura de parede
conforme a tabela a seguir.
Observações:
• A designação do diâmetro do eletroduto deve ser feita pelo diâmetro nominal e
não pela designação da rosca.
54 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Dobramento de eletrodutos
Em alguns casos, é necessário dobrar eletrodutos de aço. Isso é feito para adaptá-los
ao traçado de uma instalação, quando se deseja que uma rede de eletrodutos
transponha um obstáculo, acompanhe uma superfície com uma eventual curvatura ou
mesmo por falta de uma curva pré-fabricada.
SENAI-SP - INTRANET 55
Eletricidade geral - Prática
As partes que serão curvadas devem ser marcadas no eletroduto conforme a figura a
seguir.
1a marcação 2a marcação
Para executar essa operação, pode-se usar, também, o tripé do tipo dobra-tubos.
Com esse equipamento, porém, o tripé fica fixo e é o eletroduto que é movimentado.
56 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
São fabricados em barras de 3 metros, tendo também seus extremos roscados e seus
diâmetros e espessura de parede são determinados pela NBR 6150, conforme tabela
que segue.
o
Para utilização em desvios da instalação, são fabricadas curvas de 90 .
SENAI-SP - INTRANET 57
Eletricidade geral - Prática
Para curvar o eletroduto de PVC, primeiro deve-se marcar a zona a ser curvada com
dois traços. Depois disso, seleciona-se a mola correspondente ao eletroduto,
introduzindo-a de maneira que coincida com a zona a ser curvada.
16 D faça topo
zona a curvar
D
58 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Este eletroduto é formado por uma cinta de aço galvanizada, enrolada em espirais
meio sobrepostas e encaixadas de tal forma que o conjunto proporcione boa
resistência mecânica e grande flexibilidade. Esse produto também é fabricado com
um revestimento de plástico a fim de proporcionar maior resistência e durabilidade.
SENAI-SP - INTRANET 59
Eletricidade geral - Prática
Exercícios
60 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 61
Eletricidade geral - Prática
62 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Acessórios para
eletrodutos
Acessórios
Acessórios são materiais que complementam as instalações de rede de eletrodutos.
Eles são de diversos tipos, a fim de se adaptarem a cada necessidade. Os acessórios
mais utilizados são:
• Buchas e arruelas;
• Conectores;
• Conduletes.
Buchas e arruelas
As conexões de tubos roscados às caixas de passagem são feitas por meio de buchas
e arruelas, que são indispensáveis para a proteção da isolação dos condutores. Elas
são fabricadas em alumínio, latão ou plástico.
SENAI-SP - INTRANET 63
Eletricidade geral - Prática
Conectores
O conector é um acessório que conecta um eletroduto a uma caixa ou condulete. Eles
podem ser fixados sem a necessidade de roscar a extremidade do eletroduto. São
fabricados em alumínio fundido, e fixados nas caixas com uma bucha.
Condulete
O condulete é uma peça empregada em rede exposta de eletrodutos. Ele é usado
como caixa de passagem, de ligações e ainda para evitar curvas nos eletrodutos.
64 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Os conduletes podem ser encontrados nos tipos simples, duplos, triplos e quádruplos.
Todos eles possuem tampas intercambiáveis que permitem inúmeras combinações de
tomadas, interruptores, botões de comandos e lâmpadas-piloto encontrados nos
catálogos do fabricante. Esses acessórios são apresentados conforme as figuras
abaixo.
Quanto à entrada, os conduletes são denominados de: C, T, LB, LR, LL, TB, e E, e
atendem em sua forma construtiva às necessidades de qualquer instalação. Veja
exemplos a seguir:
SENAI-SP - INTRANET 65
Eletricidade geral - Prática
Observação
As letras que definem o tipo do condulete, provêm do inglês. Assim, temos:
• E de end, que quer dizer fim;
• C de continuation, que significa continuação;
• B de back, que significa parte de trás;
• L de left, que quer dizer esquerdo;
• R de right, que significa direito.
Exercícios
66 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Muitas vezes subestimamos os perigos das energia elétrica, por não ser um perigo
visível ou apalpável como ocorre em mecânica, por exemplo.
Mas uma simples troca de lâmpada pode ser fatal se não forem observados alguns
aspectos importantes com relação a segurança.
Neste capítulo serão abordados assuntos que devem ser encarados com muita
seriedade, pois, sua vida é mais importante que qualquer outra coisa, inclusive seu
trabalho.
SENAI-SP - INTRANET 67
Eletricidade geral - Prática
A passagem da corrente elétrica pelo corpo humano pode ser perigosa dependendo
da sua intensidade, do caminho por onde ela circula e do tipo de corrente elétrica.
Assim, uma pessoa suporta, durante um curto período de tempo, uma corrente de até
40 mA.
68 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Veja na ilustração a seguir, o que pode ocorrer em alguns dos órgãos do corpo
humano, quando atravessado por uma corrente, entrando pela mão e saindo pelos pés
de uma pessoa descalça sobre um chão molhado.
Devido ao que acabou de ser explicado, os seguintes cuidados devem ser tomados:
• Os reparos de equipamentos elétricos devem ser sempre feitos por especialistas;
• As partes do corpo expostas à tensão devem estar devidamente isoladas;
• Os equipamentos devem estar desligados por completo durante a execução
dos reparos.
SENAI-SP - INTRANET 69
Eletricidade geral - Prática
Medidas de proteção
Várias medidas podem ser tomadas para proteger as pessoas contra choques
elétricos. As mais usuais são:
• Proteção através do condutor terra;
• Proteção por isolamento;
• Proteção por separação de circuitos.
O condutor de proteção deve ter cor verde com espiras amarelas (NBR 5410).
70 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 71
Eletricidade geral - Prática
Exercícios
1. Responda às questões que seguem.
a) Qual é o valor limite de corrente elétrica que uma pessoa pode suportar
durante um curto período de tempo ?
b) O que pode ocorrer com uma pessoa quando submetida a passagem de uma
corrente elétrica de 30 mA ?
d) Cite um exemplo de dano que a corrente elétrica pode causar ao passar pelo
coração de uma pessoa.
72 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Instrumentos de medição
de grandezas elétricas
Existem vários instrumentos para medições dessas grandezas elétricas mas, neste
capítulo, estudaremos alguns deles.
Instrumento digital
SENAI-SP - INTRANET 73
Eletricidade geral - Prática
Multímetro digital
Com a utilização do multímetro digital, a leitura dos valores observados é de fácil
execução, pois eles aparecem no visor digital, sem a necessidade de interpretação de
valores como ocorre com os instrumentos analógicos, ou seja, que têm um mostrador
com um ponteiro.
Observação
Nunca se deve mudar de escala ou função quando o instrumento de medição estiver
conectado a um circuito ligado, porque isso poderá causar a queima do instrumento.
Para a mudança de escala, deve-se desligar antes o circuito. Para a mudança de
função, deve-se desligar o circuito, desligar as pontas de prova, e selecionar a função
e escala apropriadas antes da ligação e conexão das pontas de prova no circuito.
pilha
74 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
50
Volt-amperímetro alicate
Para a medição de tensão e resistência com o volt-
condutor
amperímetro alicate deve-se seguir os mesmos
procedimentos empregados na utilização do multímetro.
SENAI-SP - INTRANET 75
Eletricidade geral - Prática
Megôhmetro
76 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Existem megôhmetros sem esse botão, nos quais a tensão do gerador se mantém
constante, independentemente da velocidade do giro da manivela.
Funcionamento
O funcionamento do megôhmetro é baseado no princípio eletrodinâmico com bobinas
cruzadas, tendo como pólo fixo um ímã permanente e, como pólos móveis, as bobinas
B e B1.
SENAI-SP - INTRANET 77
Eletricidade geral - Prática
Resistência de isolação
A resistência de isolação é medida pelos megôhmetros e existem vários fatores que
interferem na medição a saber:
• Temperatura ambiente e da máquina;
• Tipo de construção, potência e tensão;
• Umidade do ar e do meio envolvente;
• Condições da máquina, ou seja, se é nova, recuperada, estocada;
• Qualidade dos materiais usados e seus estados.
Em virtude desses fatores, é difícil formular regras fixas para se determinar com
precisão o valor da resistência de isolação para cada máquina. Por isso, é necessário
usar o bom senso baseado em experiências e anotações anteriores.
78 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Há, em todo caso, algumas regras que podem ser utilizadas e que são descritas a
seguir.
Com esta fórmula deduz-se que para cada volt deveremos ter 1000 Ω de isolação,
admitindo porém que as resistências de isolação para circuitos, mesmo quando
calculadas, não podem ser menores que 1 MΩ, devido a problemas de corrente de
fuga.
Este sistema, embora muito aceito, fica restrito a instalações elétricas, pois deixa a
desejar em termos de precisão técnica.
Assim, Rm = En + 1
Ω com
Nessa igualdade Rm é a resistência de isolação mínima recomendada em MΩ
enrolamento a 40°C, e En é a tensão nominal da máquina (enrolamento em kV).
SENAI-SP - INTRANET 79
Eletricidade geral - Prática
Observações:
• Quando a medição for feita a temperatura diferente de 40°C, será necessário
corrigir o seu valor através da fórmula R40°C = Rt ⋅ Kt40°C, para satisfazer o valor
de Rm.
Veja a curva no gráfico a seguir.
80 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
• Quando não se dispõe dessa curva, pode-se fazer o levantamento de uma nova
curva para que sejam estabelecidos parâmetros específicos para determinada
máquina.
• A cada 10°C de temperatura diminuída no enrolamento, resistência de isolação
praticamente dobra.
• Máquinas novas poderão fornecer valores de resistência de isolação menores que
as mais antigas, devido a secagens incompletas dos solventes dos vernizes.
• Quedas bruscas na resistência de isolação indicam que o sistema está
comprometido. Se a resistência medida, após a correção, for menor que a indicada
pela fórmula e tabela, é indício de que esse motor deverá ser submetido a um
processo de recuperação do sistema de isolação.
Exemplo:
Num transformador de 10 kVA - 3200/220V - 60Hz, quais devem ser suas resistências
de isolação?
30 Enp 30 ⋅ 3,2 96
Risol = = = = 240MΩ
kVA 10 0,4
f 60
SENAI-SP - INTRANET 81
Eletricidade geral - Prática
Observações:
• Corrente de fuga é a corrente que, por deficiência do meio isolante, flui à terra.
• Com o aumento de temperatura, a resistência de isolação diminui.
• As medições com o megôhmetro devem ser feitas tomando-se medida durante 1
minuto.
• Essas regras são gerais. Para casos específicos, consulte a normas específicas da
ABNT.
82 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Medição de cabo
Quando, na medição de um cabo, a isolação está muito próxima da proteção metálica,
é preciso eliminar as correntes superficiais que provocam erros na medição. Isso é
conseguido conectando-se o borne G do aparelho à capa isolante.
SENAI-SP - INTRANET 83
Eletricidade geral - Prática
Ponte de wheatstone
84 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
B = bateria de pilhas
S1 = interruptor da bateria
S2 = interruptor do galvanômetro
Ra = valor da resistência da ponte do lado do resistor desconhecido
Rb = valor da resistência da ponte do lado do resistor padrão
Rp = valor da resistência padrão
Rx = valor da resistência desconhecida
Observe na figura a seguir um modelo com chaves seletoras para vários campos de
medição.
SENAI-SP - INTRANET 85
Eletricidade geral - Prática
Esse modelo R1 pode ser provido com conexão para cigarra de 800 Hz e adaptador
para fones.
86 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
SENAI-SP - INTRANET 87
Eletricidade geral - Prática
88 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Dicas de uso
É importante que conhecer essas dicas que o auxiliarão no uso de ponte de
Wheatstone.
SENAI-SP - INTRANET 89
Eletricidade geral - Prática
90 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Exercícios:
1. Responda:
a) Quando não se tem idéia do valor a ser medido, qual escala deve ser usada no
multímetro ?
c) Relacione :
1) Medição de tensão. ( ) Desconectar o componente do circuito.
2) Medição de corrente. ( ) Energizar o circuito.
3) Medição de resistência. ( ) Ligar o instrumento em série com o circuito.
( ) Ligar o instrumento, em paralelo com o circuito.
SENAI-SP - INTRANET 91
Eletricidade geral - Prática
92 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Fontes de alimentação
Fonte de CC
A fonte de CC é um equipamento que fornece tensão contínua para a alimentação de
circuitos elétricos e eletrônicos. Veja a seguir um modelo de fonte de CC.
SENAI-SP - INTRANET 93
Eletricidade geral - Prática
As características são dados sobre as fontes de CC que devem ser conhecidos para
que o equipamento possa ser utilizado corretamente.
Controles e dispositivos
Os controles e dispositivos são destinados à preparação e utilização da fonte. Veja
ilustração a seguir.
1. Chave liga-desliga
2. Indicador de tensão
3. Seletor tensão/corrente do indicador
- 4. Controle de ajuste da tensão de saída
5. Indicador luminoso
6. Bornes
94 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
A chave liga-desliga permite a ligação da fonte. Quando a chave está desligada não
há tensão presente na saída da fonte.
Os bornes são os terminais de saída da fonte (como os pólos de uma pilha). A tensão
CC é fornecida pela fonte nos bornes + (vermelho) e - (preto).
Escolha da fonte
Para escolher uma fonte a fim de alimentar uma carga (componente, circuito elétrico
ou eletrônico) deve-se conhecer:
• A tensão da rede em que a fonte será ligada,
• A tensão de que a carga necessita,
• A corrente que a carga solicita.
Tensão de entrada da
Rede indicada
fonte
110 V Apenas para redes de 110 V
220 V Apenas para redes de 220 V
Para redes de 110 V ou de 220 V (selecionando-se a
110/220 V
chave para a tensão adequada: 110 ou 220 V).
SENAI-SP - INTRANET 95
Eletricidade geral - Prática
A tensão de que a carga necessita, determina para qual tensão de saída a fonte
deverá ser ajustada.
Assim, para uma carga de 12 Vcc, por exemplo, pode-se utilizar fontes cujas tensões
de saída sejam 0 - 12 Vcc, 0 - 15 Vcc, 0 - 30 Vcc, com tensão de saída ajustada para
12 Vcc.
Com relação à corrente da carga, a fonte deve ter capacidade de corrente maior que a
necessária para a carga. Assim, por exemplo, para alimentar uma carga que solicite
0,8 A, a fonte deve ter capacidade de corrente superior a esse valor.
Simbologia
O símbolo utilizado para representar uma fonte de CC com tensão de saída fixa é, na
realidade, um agrupamento de símbolos de pilhas, indicando ao lado a tensão
fornecida.
As fontes com tensão de saída ajustável são representadas pelo mesmo símbolo,
acrescido de uma seta na diagonal.
A indicação dos limites de tensão fornecidos pela fonte é feita ao lado do símbolo.
96 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Fontes simétricas
Fontes simétricas são fontes de tensão contínua que fornecem duas tensões, uma
positiva (+) e outra negativa (-) em relação a um borne comum (0). A figura que segue
apresenta um modelo desse tipo de fonte.
SENAI-SP - INTRANET 97
Eletricidade geral - Prática
Por exemplo: ao variar o controle de ajuste da tensão de saída para que o indicador
marque 15 V, a tensão do borne positivo em relação ao borne 0 será +15 V, e a tensão
do borne negativo em relação ao borne 0 será -15 V.
98 SENAI-SP - INTRANET
Eletricidade geral - Prática
Isto significa que, em valor, a tensão no borne positivo é igual à do borne negativo,
diferindo apenas pelo fato de que uma é positiva e outra é negativa em relação ao
borne.
SENAI-SP - INTRANET 99
Eletricidade geral - Prática
12 Vcc
24 Vcc
Os três bornes de saída podem ser utilizados simultaneamente para alimentar circuitos
que necessitam de tensões positivas e negativas ao mesmo tempo.
Os critérios para a escolha de uma fonte simétrica são os mesmos de uma fonte
comum, ou seja:
• Tensão de funcionamento da fonte de acordo com a rede;
• Tensão de saída ajustável de acordo com a tensão da carga (entre bornes + e 0;
entre os bornes - e 0, ou entre os bornes + e -);
• A capacidade de corrente superior a da carga.
Para que uma fonte de CC seja utilizada como fornecedora de energia para qualquer
circuito, é necessário realizar a sua preparação, que se divide em duas etapas:
• Conexão à rede elétrica;
• Ligação e ajuste da tensão de saída.
As fontes de CC são alimentadas a partir da rede elétrica. Para que a fonte possa
fornecer tensão contínua, o cabo de alimentação deve ser conectado à rede elétrica.
Observação
Antes de conectar o cabo de alimentação à rede elétrica, deve-se verificar se a chave
seletora 110/220 (normalmente na parte posterior da fonte) está posicionada
corretamente, de acordo com a tensão da rede elétrica.
Ligação e ajuste
Os ajustes devem ser executados antes de ligar circuito nos bornes de saída da
fonte.
Exercícios
d) Qual (ou quais) da(s) fonte(s) cujas características são apresentadas abaixo,
poderia(m) ser usada(s) em cada uma das situações a seguir?
Fonte 1 - 110/220 V. 0-30 VCC, 1 A
Fonte 2 - 110 V . 0-15 VCC, 0,5 A
Fonte 3 - 220V. 0-18 VCC, 1,5 A
1. Necessita-se alimentar com uma fonte de CC, a partir da rede de 110 V, um
equipamento de 9 V - 0,5 A.
( ) Fonte 1 ( ) Fonte 2 ( ) Fonte 3
2. Necessita-se alimentar um circuito eletrônico que funciona com 10 VCC e
solicita 0,9 A da fonte. A rede disponível é de 220 V.
( ) Fonte 1 ( ) Fonte 2 ( ) Fonte 3
3. Necessita-se alimentar um equipamento, a partir de uma rede de 220 V.
O equipamento funciona com 15 V e solicita 1,2 A no máximo.
( ) Fonte 1 ( ) Fonte 2 ( ) Fonte 3
d) Que etapas devem ser cumpridas antes de conectar uma fonte a um circuito
eletrônico?
Lâmpadas incandescentes
Lâmpadas incandescentes
Por definição lâmpada incandescente é uma fonte de luz artificial, que tem a finalidade
de transformar energia elétrica em energia luminosa.
A luz emitida por esta lâmpada provem de um filamento metálico, montado dentro de
um bulbo de vidro, intensamente aquecido (aproximadamente 2700 °C) pela
passagem da corrente elétrica.
vácuo
Para evitar que o filamento entre em combustão e se evapore dentro do bulbo, cria-se
um vácuo em lâmpadas pequenas de até 25 W. Nas lâmpadas de maior potência,
além do vácuo pode-se também colocar um gás inerte, do tipo nitrogênio ou argônio.
A tabela a seguir é fornecida pela norma NBR 5121, e relaciona valores de tensão,
potência, tamanho de base, e acabamento do bulbo.
Tensão Potência
Base Acabamento do bulbo
nominal (em V) nominal (em W)
25
40
Entre 115 60 E 26
Foscado internamente,
e 75 ou
opalizado ou claro
240 V 100 E 27
150
200
E 26
E 27
300
E 39 Claro
500
ou
E40
E 39
1000
ou
1500
E 40
Exercícios
Luminárias para
lâmpadas fluorescentes
Essa substituição traz uma série de vantagens como será demonstrado a seguir.
Luminária fluorescente
A luminária é um conjunto para iluminação formado de calha, reator, starter,
receptáculos, lâmpada fluorescente e acessórios de fixação.
Calha
A calha é uma estrutura metálica (chapa de aço) esmaltada com rasgos para a
introdução de soquetes e furação para a fixação de reatores.
Reatores
Difusor
O difusor é um acessório da luminária que abriga a lâmpada evitando que a luz incida
diretamente nos objetos, difundido a iluminação de maneira uniforme, produzindo uma
sensação de conforto e dando à luminária um aspecto ornamental.
Starter
Receptáculos
Os receptáculos são responsáveis pela interligação das lâmpadas e do starter ao
circuito. As figuras que seguem ilustram esses componentes.
Funcionamento
Ao circular uma corrente elétrica pelo filamento, ele se aquece. Num espaço de tempo
muito curto, a lâmina bimetálica do starter esfria e se afasta do contato fixo abrindo o
circuito, provocando uma tensão mais alta, originária do reator. Essa tensão vai
encontrar os filamentos aquecidos e será suficiente para produzir dentro da lâmpada
uma descarga elétrica entre os filamentos por meio do gás existente dentro da
lâmpada.
Tipos de Lâmpada
Potências Fluxo luminoso
lâmpadas incandescente
(W) (lm)
Fluorescentes equivalente (W)
5 / 7 / 9 / 11 / 250 / 400 / 600 / 900 /
Simples 25 / 40 / 60 / 75 / 75
13 900
Dupla 9 / 18 / 26 600 / 1200 / 1800 60 / 100 / 150
Tripla 18 / 26 1200 / 1800 100 / 150
Exercícios
Dispositivos de manobra,
ligação e conexão
Para acender ou apagar uma lâmpada, fazer funcionar um ferro de passar roupas
elétrico ou qualquer eletrodoméstico, é necessária a utilização de dispositivos
construídos para esta finalidade. Esses dispositivos são indispensáveis em uma
instalação elétrica e são denominados de interruptores, tomadas, plugues e porta-
lâmpadas.
Interruptores
Os contatos são feitos de latão cadmiado, ferro cadmiado e ferro. Quando acionados,
eles têm a função de abrir, fechar ou comutar um circuito elétrico. Normalmente esses
contatos são construídos para suportarem uma corrente máxima de 10 ampères, valor
este que vem impresso no corpo do interruptor.
Tipos de interruptores
(comum)
c
a A C A C a
C C
b B D B D b
Estes interruptores são utilizados em corredores longos com várias portas no seu
percurso, como por exemplo em hospitais, onde é necessário o comando de um
circuito em vários pontos diferentes.
Tomadas e plugues
Quando o plugue possui o pino-terra, este normalmente diferencia-se dos outros pinos
pelo seu maior comprimento.
A tomada pode ser simples ou universal. O que diferencia uma da outra é o formato
dos pinos do plugue que podem ser encaixados. A tomada simples só pode receber
pinos redondos, enquanto que a tomada universal aceita pinos redondos e chatos,
conforme ilustrações que seguem.
Porta-lâmpadas
Alguns tipos de porta lâmpadas são mostrados nas figuras que seguem.
Exercícios
1. Responda às seguintes perguntas.
Dispositivos de proteção,
acionamento e sinalização
Dispositivos de proteção
Ele deve ser ligado de modo que todos os condutores do circuito, inclusive o neutro,
passem pelo interruptor. Isso permite a comparação entre as correntes de entrada e
de saída e o desligamento da alimentação do circuito em caso de fuga de corrente.
Há interruptores projetados para operar com correntes de fuga de 500 mA, porém eles
só protegem as instalações contra riscos de incêndio, não oferecendo segurança
contra riscos pessoais.
Fusíveis
Disjuntores
O fio fusível existente no interior do fusível, chamado elo fusível, ou lâmina fusível, é o
condutor que se funde dentro do fusível e interrompe a corrente do circuito quando há
sobrecarga de longa duração ou curto-circuito. Quando ocorrer a queima do elo
fusível, o dispositivo deverá se substituído por outro de mesma característica.
bimetal
eletroímã
alavanca de acionamento
(liga-desliga)
caixa moldada de
material isolante
relê
eletromagnético
mecanismo
de disparo
relê bimetálico
entrada saída
extintor de arco
Havendo uma sobrecarga de longa duração no circuito, o relê bimetálico atua sobre o
mecanismo de disparo abrindo o circuito. Da mesma forma, se houver um curto-
circuito, o relê eletromagnético é que atua sobre o mecanismo de disparo abrindo o
circuito instantaneamente.
Eles possuem disparo livre, ou seja, se a alavanca for acionada para a posição ligada
e houver um curto-circuito ou uma sobrecarga, o disjuntor desarma.
Observação
O disjuntor deve ser colocado em série com o circuito que irá proteger.
O tempo de disparo da proteção térmica (ou contra sobrecarga) torna-se mais curto
quando o disjuntor trabalha em temperatura ambiente elevada. Isso ocorre
normalmente dentro do quadro de distribuição. Por isso, é necessário dimensionar a
corrente nominal do disjuntor, de acordo com as especificações do fabricante, e
considerando também essa situação.
Relês térmicos
NBR 12523/92
Fusível Disjuntor Relê térmico
(item 3.21.1) (item 3.13.5) (item 3.15.21)
Observação
Antes de substituir ou rearmar qualquer dispositivo de proteção, deve-se sanar as
causas que provocaram a interrupção do funcionamento do circuito elétrico.
Dispositivos de acionamento
São considerados como dispositivos de acionamento aqueles direta ou indiretamente
responsáveis pelo acionamento de algum equipamento elétrico, como um motor por
exemplo. Nesse grupo de componentes estão as botoeiras, os contatores e as
chaves fim de curso.
Botoeiras
Botoeiras ou botões de comando, são chaves auxiliares de comando manual que
interrompem ou estabelecem um circuito de comando por meio de pulsos. A figura a
seguir ilustra um tipo de botoeira.
As chaves auxiliares tipo botoeira são constituídas por botão de acionamento, contatos
móveis e contatos fixos.
A norma NBR 12523/92 define o símbolo gráfico desse componente e a NBR 5280/83,
a letra para designação, conforme as ilustrações a seguir.
Contatores
contato
fixo
contato
móvel
bobina
núcleo
fios da bobina
A bobina, quando alimentada por um circuito externo, cria um campo magnético que é
concentrado no núcleo fixo e atrai o núcleo móvel.
Esse tipo de dispositivo é constituído por um elemento de acionamento, que pode ser
uma alavanca ou haste, que quando acionado permite abrir ou fechar internamente
contatos elétricos.
Dispositivos de sinalização
Sinalização é uma forma visual ou sonora de chamar a atenção do operador para uma
situação determinada em um circuito, máquina ou conjunto de máquinas.
A lente do sinalizador deve propiciar bom brilho e, quando a lâmpada está apagada,
deve apresentar-se completamente opaca em relação à luz ambiente.
A sinalização sonora pode ser feita por meio de buzinas ou campainhas.
Esse tipo de sinalização é usado normalmente em locais com ruídos, como por
exemplo na sinalização de ponte rolante, com a função de chamar a atenção em uma
emergência.
Exercícios
Diagramas elétricos
Para a execução de uma instalação elétrica, o eletricista deve ter à sua disposição,
uma série de dados importantes tais como: a localização dos elementos na planta do
imóvel, a quantidade e seção dos fios que passarão dentro de cada eletroduto, qual o
trajeto da instalação, a distribuição dos dispositivos e circuitos e seu funcionamento.
Todos esses dados estão contidos neste capítulo que falará sobre diagramas de
instalação. Nele você verá que existem diversos tipos de diagramas, conhecerá suas
características, simbologia e modo de utilização.
Diagrama elétrico
Diagrama elétrico é a representação de uma instalação elétrica ou parte dela por meio
de símbolos gráficos, definidos nas normas NBR 5259, NBR 5280, NBR 5444, NBR
12519, NBR 12520 e NBR 12523.
Esse tipo de diagrama não se preocupa com a posição física dos componentes da
instalação elétrica.
S1
H1
S1
X1
-1-
Os símbolos gráficos usados neste diagrama são definidos pela norma NBR 5444,
para serem usados em planta baixa (arquitetônica) do imóvel. Nesta planta é indicada
a loca- lização exata dos circuitos de luz, de força, de telefone e seus respectivos
aparelhos.
Continuação:
10 Condutor positivo no interior do
eletroduto
Condutor negativo no interior
11
do eletroduto
Indicar a seção utilizada;
12 Cordoalha de terra
em 50. significa 50 mm2
Leito de cabos com um circuito
passante composto de: três 25. significa 25 mm2
13 fases, cada um por dois cabos
de 25 mm2 mais cabos de 10. significa 10 mm2
neutro de seção 10 mm2
Indicar a altura e se
16 Caixa de passagem na parede necessário fazer detalhe
(dimensões em mm)
17 Eletroduto que sobe
18 Eletroduto que desce
No desenho aparecem
quatro sistemas que são
habitualmente:
I- Luz e força
Continuação:
24 Condutor seção 1,0 mm2,
retorno para campainha
Quadros de distribuição
29 Caixa de telefones
Interruptores
As letras minúsculas
32 Interruptor de duas seções indicam os pontos
comandados
As letras minúsculas
33 Interruptor de três seções indicam os pontos
comandados
Continuação:
36 Botão de minuteria
Botão de campainha na
Nota: Os símbolos de 31 a 38
37 parede (ou comando à
são para plantas; os de 39 a 46
distância)
são para diagramas.
Botão de campainha no
38 piso (ou comando a
distância)
Luminárias, refletores,
lâmpadas
Ponto de luz incandescente
A letra minúscula indica o ponto de
no teto. Indicar o no de
47 comando e o número entre dois
lâmpadas e a potência em
traços o circuito correspondente
watts
Continuação:
Ponto de luz fluorescente no A letra maiúscula indica o
teto (indicar o no. de lâmpadas ponto de comando e o número
50
e na legenda o tipo de partida e entre dois traços o circuito
reator) correspondente
Sinalização de tráfego
55
(rampas, entradas, etc.)
56 Lâmpada de sinalização
59 Lâmpada obstáculo
Diâmetro igual ao do
60 Minuteria
interruptor
Ponto de luz de emergência
61 na parede com alimentação
independente
62 Exaustor
Motobomba para
bombeamento da reserva
63
técnica de água para
combate a incêndio
Continuação:
Tomadas
Tomada de luz na parede,
64 baixo (300 mm do piso
acabado)
Tomada de luz a meio a
65 altura (1.300 mm do piso A potência deverá ser
acabado) indicada ao lado em VA
(exceto se for de 100 VA),
Tomada de luz alta (2.000 como também o número do
66
mm do piso acabado) circuito corresponden- te e
a altura da tomada, se for
67 Tomada de luz no piso diferente da normalizada;
se a tomada for de força,
indicar o número de W ou
Saída para telefone externo kW
68
na parede (rede Telebrás)
78 Cigarra
79 Campainha
Continuação:
Motores e Transformadores
Indicar as características
81 Gerador
nominais
Indicar as características
82 Motor
nominais
87 Retificador
Acumuladores
a) O traço longo representa o
pólo positivo e o traço
curto, o pólo negativo
b) Este símbolo poderá ser
Acumulador ou elementos usado para representar
88
de pilha uma bateria se não houver
risco de dúvida. Neste
caso, a tensão ou o no e o
tipo dos elementos
devem(m) ser indicado(s).
Bateria de acumuladores ou Sem indicação do número de
89
pilhas. Forma 1 elementos
Bateria de acumuladores ou Sem indicação do número de
90
pilhas. Forma 2 elementos
Exercícios
d) Qual é a norma da ABNT que define os símbolos gráficos para serem usados
em plantas baixas, em instalações elétricas prediais?
c) Telefone no teto
g) Campainha
h) Retificador
k. Motor
Noções de ergonomia
Quase tudo que está à nossa volta é fruto do trabalho dos homens, desde a sua
criação até a sua execução. De manhã, ao tomarmos café com leite e comermos pão
com manteiga, nem sempre somos capazes de imaginar quantas pessoas colaboraram
com seu trabalho físico e intelectual para termos esses produtos. Graças ao trabalho e
à capacidade dessas pessoas, conseguimos viver com maior conforto e saúde.
Também não somos capazes de imaginar sob que condições esse trabalho foi
realizado. Porém, isso é muito importante porque condições inseguras, insalubres ou
perigosas podem trazer ao trabalhador doenças profissionais que o tornarão incapaz
para uma vida produtiva.
O que é ergonomia
Por exemplo: você já viu como funciona uma guilhotina manual que serve para cortar
chapas de aço? A haste de movimentação da guilhotina, que tem contato com as mãos
do trabalhador, deve ter um formato adequado, de modo a permitir que todos os dedos
nela se apoiem, conforme mostra a ilustração abaixo. Esse formato respeita a
anatomia das mãos, proporcionando conforto ao trabalhador.
Norma Regulamentadora 17
• Mobiliário dos postos de trabalho que exige, por exemplo, que “Para trabalho
manual sentado ou que tenha de ser feito de pé, as bancadas, mesas,
escrivaninhas e os painéis devem proporcionar ao trabalhador condições de boa
postura, visualização e operação...( Fonte: Norma Regulamentadora 17, itens 17.1
e 17.3.2.);
• Condições ambientais do trabalho que exige, entre outras coisas, que “Nos
locais de trabalho onde são executados atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes”... “são recomendadas as seguintes condições de
conforto:
a) Níveis de ruído de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira
registrada no INMETRO;
b) Índice de temperatura efetiva entre 20 e 23o C;
c) Velocidade do ar não superior a 0,75 m/s;
d) Umidade relativa ao ar não inferior a 40% (Fonte: Norma Regulamentadora 17,
itens 17.1 e 17.2.( Fonte: Norma Regulamentadora 17, itens 17.1 e 17.5.2).
Organização do trabalho
Quando fazemos, com antecedência, um estudo de todos os fatores que vão interferir
no trabalho e reunimos o que é necessário para a sua execução, estamos
organizando o trabalho para alcançar bons resultados.
Posto de trabalho
Essa quantidade de músculos deve ser usada de acordo com a necessidade: nem
mais, o que seria desperdício de energia; nem menos, porque a sobrecarga de um só
músculo pode causar problemas sérios ao trabalhador.
Por exemplo: quando um pintor usa um pincel médio para pintar uma porta numa
determinada altura, ele deve usar os músculos dos dedos mais os músculos dos
punhos. Se utilizasse também o antebraço, estaria fazendo esforço desnecessário.
Mãos e braços
As mãos e os braços devem trabalhar juntos. Sempre que possível, deve-se organizar
o trabalho de modo que ele possa ser realizado com as duas mãos ou os dois braços
num mesmo momento e em atividades iguais.
Numa empresa, esse tipo de trabalho pode ser feito de modo rápido e eficiente pelo
trabalhador, desde que se façam as adaptações necessárias no posto de trabalho e
que o trabalhador passe por um treinamento.
Movimentos curvos
Os movimentos dos braços e das mãos devem ser feitos em curvas contínuas, isto é,
sem paradas e, se possível, de forma combinada. Um exemplo de movimento em
curvas é o de encerar que, em vez de vaivém, deve ser feito em círculos contínuos.
Lançamentos
Quando necessitamos transportar coisas, poderemos lançá-las em vez de carregá-las,
se a distância assim o permitir. Esse lançamento deve seguir uma trajetória chamada
balística porque descreve uma curva igual ao caminho que faz uma bala disparada de
uma arma de fogo. É o que fazem os pedreiros ao usarem pás para lançar areia de um
local para outro.
Ritmo
O trabalho deve ser feito com ritmo, ou seja, cadência. Quando andamos uma longa
distância, devemos manter um ritmo constante, de modo que não nos cansemos
andando muito rápido, nem demoremos andando muito devagar.
Mas é preciso lembrar que cada pessoa tem um ritmo próprio. Assim, o trabalhador
deve seguir o seu próprio ritmo e mantê-lo constantemente.
Ao serrar uma barra de aço de bitola fina, por exemplo, com uma serra manual, o
movimento de vaivém deve ter um ritmo normal. Um movimento excessivamente rápido,
além de cansar quem está serrando, pode resultar num corte malfeito, sem boa
qualidade. Também pode causar redução da produção pois o trabalhador, após
excessivo esforço, vê-se obrigado a parar por muito cansaço.
Zonas de trabalho
É preciso demarcar bem a zona de trabalho, que é a área da extensão das mãos do
trabalhador quando ele movimenta os braços, sem precisar movimentar o corpo.
A zona de alcance máximo dos braços corresponde à área denominada zona máxima.
Além desse limite, não é recomendável a realização de nenhuma tarefa.
Essas áreas também existem no plano vertical, que fica paralelo à frente da pessoa
como é o caso do professor, ao escrever na lousa.
A área de trabalho pode, ainda, estar em pleno perpendicular à frente do corpo, como
é o caso do músico que toca harpa.
Em cadeira alta, o trabalhador precisa ter um apoio para os pés, de modo que haja
facilidade de circulação do sangue pelas coxas, pelas pernas e pelos pés.
Objetos em ordem
Objetos em ordem facilitam o trabalho. Se, numa seqüência de operações, você usa
ferramentas ou outros objetos, procure colocá-los na mesma ordem da seqüência de
uso e na zona em que vai trabalhar. Os objetos de uso mais freqüente devem ficar
mais próximos de você.
Ferramentas
As ferramentas devem ser adequadas ao trabalho, tanto no tipo quanto no tamanho.
Por exemplo, para pregar pregos pequenos, devemos usar martelos pequenos e para
pregos grandes, martelos grandes. Devemos apertar uma porca com chave de boca
com tamanho e tipo apropriados, pois o uso da ferramenta inadequada pode causar
acidentes.
Fatores ambientais
Fatores como iluminação, barulho, temperatura etc., devem ser considerados para
aumentar a produtividade, assegurar a qualidade do produto ou serviço que está sendo
feito e garantir o conforto e a saúde ocupacional do trabalhador.
Já estamos chegando quase lá. Hoje, existem robôs que, manipulados por controle
remoto, descem ao fundo das crateras vulcânicas para colher amostras de solo e
registrar informações que permitirão prever a ocorrência de futuras erupções. Os
cientistas fazem a sua parte em locais mais seguros. Nas linhas de montagem, os
robôs se encarregam de atividades repetitivas e perigosas.
Riscos físicos
Ruído
Os especialistas no assunto definem o ruído como todo som que causa sensação
desagradável ao homem.
Você sabia?
Para 8 horas diárias de trabalho, o limite máximo de ruído estabelecido pela norma
regulamentadora do Ministério do Trabalho é de 85 decibéis. O ruído emitido por uma
britadeira é equivalente a 100 decibéis. Pela mesma norma, o limite máximo de
exposição contínua do trabalhador a esse ruído, sem protetor auditivo, é de 1 hora.
Temperatura
Nos ambientes onde há a necessidade do uso de fornos, maçaricos etc., ou pelo tipo
de material utilizado e características das construções (insuficiência de janelas, portas
ou outras aberturas necessárias a uma boa ventilação), toda essa combinação pode
gerar alta temperatura prejudicial à saúde do trabalhador.
Radiação
As radiações são uma forma de energia que se transmite da fonte ao receptor através
do espaço, em ondas eletromagnéticas. As radiações se movimentam no espaço em
forma de ondas. É dessa forma, em ondas, que o som chega até o seu radinho de
pilhas.
Os perigos que podem representar os raios laser têm sido motivo de estudos e
experiências, até agora não conclusivos. Daí as recomendações se limitarem mais
aos aspectos preventivos. O seu maior efeito no homem é sobre os olhos, podendo
causar grandes estragos na retina, que é a membrana sensível do olho, em alguns
casos irreversíveis, podendo provocar cegueira.
Radiações ionizantes
Os raios gama servem para analisar soldagem em tubos metálicos, cujo processo
chama-se gamagrafia.
Riscos químicos
No estado sólido, essas substâncias são representadas por poeiras de origem animal,
mineral e vegetal, como a poeira mineral de sílica encontrada nas areias para moldes
de fundição. No estado gasoso pode-se citar, por exemplo, o GLP (gás liqüefeito de
petróleo), usado como combustível nos fogões residenciais. Os ácidos, os solventes,
as tintas e os inseticidas domésticos são exemplos de substâncias químicas no estado
líquido.
• Via digestiva
Se o trabalhador comer ou beber
algo com as mãos sujas, ou que
ficaram muito tempo expostas a
produtos químicos, parte das
substâncias químicas será ingerida
junto com o alimento, atingindo o
estômago e provocando sérios
riscos à saúde.
• Epiderme
Essa via de penetração é a mais difícil, mas se o trabalhador estiver desprotegido e
tiver contato com substâncias químicas, havendo deposição no corpo, serão
absorvidas pela pele. A maneira mais comum da penetração pela pele é o
manuseio e o contato direto com os produtos perigosos, como arsênico, álcool,
cimento, derivados de petróleo etc. que causam câncer e doenças de pele
conhecidas como dermatoses.
• Via ocular
Alguns produtos químicos que permanecem no ar causam irritação nos olhos e
conjuntivite, o que mostra que a penetração dos agentes químicos pode se dar
também pela vista.
Riscos biológicos
Os riscos biológicos são causados por agentes biológicos na forma de microrganismos,
ou seja, reduzidíssimos seres vivos não vistos a olho nu, presentes em alguns ambientes
de trabalho, como hospitais, laboratórios de análises clínicas, coleta de lixo, indústria do
couro, fossas etc. Nessa categoria incluem-se os vírus, as bactérias, os protozoários, os
fungos, os parasitas e os bacilos.
Penetrando no organismo do homem por via digestiva, respiratória, olhos e pele, são
responsáveis por algumas doenças profissionais.
Riscos ergonômicos
Movimentos repetitivos dos dedos, das mãos, dos pés, da cabeça e do tronco
produzem monotonia muscular e levam ao desenvolvimento de doenças inflamatórias,
curáveis em estágios iniciais, mas complicadas quando não tratadas a tempo,
chamadas genericamente de Lesões por Esforços Repetitivos - LER (lê-se lér, com
e aberto).
Neste capítulo, você vai saber um pouco mais sobre esse tipo de doença.
Ao contrário do que se pensa, as LER (Lesões por Esforço Repetitivo) não são
doenças do século XX. Na verdade, esta síndrome é relatada desde 1700 quando
Ramazzini - o pai da medicina do trabalho - a descreve como "doença dos escribas e
notários". Mais tarde aparece como "doença das tecelãs" (1920) ou "doença das
lavadeiras" (1965). O problema se ampliou a partir de 1980, quando a doença - que
atinge várias profissões que envolvem movimentos repetitivos ou grande imobilização
postural - tornou-se um fenômeno mundial, devido à grande evolução do trabalho
humano e ao aumento do ritmo na vida diária.
As lesões por esforços repetitivos (LER) também chamadas de lesões por traumas
cumulativos (LTC) ou distúrbios ósteo-musculares relacionados com o trabalho
(DORT) são um grupo de doenças causadas pelo uso excessivo de determinada
articulação, principalmente envolvendo as mãos, os punhos, cotovelos, ombros e
joelhos.
Por serem doenças que envolvem determinadas profissões, elas são consideradas
doenças do trabalho. Por isso, as empresas estão cada vez mais preocupadas em
orientar seus funcionários no sentido de prevenir a ocorrência dessas lesões.
Causas da LER
Essas pessoas passam horas fazendo o mesmo movimento com as mãos e os braços,
provocando inflamações nas estruturas ósseas, nos músculos, nos tendões, obtendo
como resultado a compressão de nervos e interrupção da circulação sangüínea. Isso
leva à dor, fraqueza e fadiga das articulações. A realização do trabalho, por esse
motivo, torna-se muito dolorosa o que impede a pessoa de trabalhar normalmente.
Tipos de LER
Existem várias doenças que podem ser enquadradas no grupo das LER. Cada uma
delas tem características diferentes, mas, em geral, apresentam o mesmo tipo de
sintoma, ou seja, dor e fraqueza nas articulações. Os principais tipos de lesões por
esforços repetitivos são:
• Tendinite
Inflamação aguda ou crônica dos tendões. Os tendões são estruturas que se
parecem com cordões extremamente fortes e que são responsáveis pela fixação
dos músculos nos ossos. Toda vez que o músculo se contrai, os tendões se
esticam, dando-se assim o movimento desejado. O termo tendinite, significa
inflamação dessas estruturas, causada, geralmente, por dois fatores:
movimentação freqüente, e período de repouso insuficiente. Manifesta-se
principalmente através de dor na região que é agravada por movimentos
voluntários. Associados à dor, manifestam-se também edema e crepitação na
região.
• Tenossinovite
Inflamação aguda ou crônica das bainhas dos tendões. Assim como a tendinite, os
dois principais fatores causadores da lesão são: movimentação freqüente e período
de repouso insuficiente. Manifesta-se principalmente através de dor na região que
é agravada por movimentos voluntários. Associados à dor, manifestam-se também
edema e crepitação na região.
• Síndrome de DeQuervain
Inflamação dos tendões que passam pelo punho no lado do polegar. Estes tendões
têm uma característica anatômica interessante: correm dentro da mesma bainha;
quando friccionados, costumam se inflamar. O principal sintoma é a dor muito forte
no dorso do polegar. Um dos principais fatores causadores deste tipo de lesão está
no ato de fazer força torcendo o punho.
É importante notar que essas lesões vão se formando por processo cumulativo, isto é,
um pouco a cada dia e só são sentidas ao longo do tempo.
Os primeiros sintomas de uma lesão por esforço repetitivo são sensações de peso e
desconforto no braço afetado, normalmente o que é mais usado. Durante a jornada de
trabalho, essas sensações vão e voltam, porém não são suficientemente incômodas
para interromper a atividade. À medida que o caso se agrava, surge a dor,
acompanhada de formigamento e sensação de calor na área atingida. Ainda nesse
ponto, praticamente não existem sintomas clínicos, além de uma pequena nodulação
na área afetada.
Como essas doenças se instalam por uso repetitivo, a maneira mais fácil de evitá-las é
a prevenção.
Assim, para evitar a tendinite, é preciso tomar cuidado com a posição em que se está
sentado, observando a posição dos braços e das mãos, principalmente as pessoas
que trabalham com computadores e máquinas de escrever. Os punhos devem ficar
sempre em posição confortável, alinhados com os braços e o teclado. De tempos em
tempos, deve-se parar o trabalho para relaxar a musculatura e os tendões.
A medida mais importante para prevenir a síndrome do túnel do carpo é evitar usar
as articulações por muito tempo. Durante a realização do trabalho devem ser feitas
pausas para relaxar a musculatura das mãos e dos dedos. Para profissionais que
trabalham sentados usando computadores e máquinas de escrever, é muito importante
a posição em que se está sentado. Os pés devem ficar paralelos ao chão (use um
apoio para os pés, se necessário) e as pernas devem estar flexionadas na altura dos
joelhos de modo que a coxa forme um ângulo de 90o em relação às costas. A cadeira
deve ser confortável e as costas devem estar apoiadas no encosto. Os braços e mãos
devem ficar na mesma altura do teclado para não forçar os punhos. A tela do
computador deve estar a uma distância entre 40 e 60 centímetros dos olhos com um
ângulo de inclinação entre 15 e 30o.
Como já vimos, para a prevenção das LER, é muito importante que, ao longo do
período de trabalho, pequenas pausas para descanso sejam feitas. Embora a princípio
essas pausas possam parecer sem importância, paradas entre 5 e 10 minutos por
hora, causam um impacto extremamente positivo ao nosso corpo, impedindo que ele
entre em processo de fadiga e diminuindo em muito o risco de doenças ocupacionais.
Alongamento da mão
Fazer por dez segundos, repetindo cinco vezes.
Relaxamento
Para relaxar mãos e braços: soltar o braço sacudindo as mãos com o punho e dedos
relaxados. Esse exercício pode ser feito isoladamente durante o decorrer do trabalho.
Contra os males provocados pelos agentes ergonômicos, a melhor arma, como vimos,
é a prevenção na forma de:
• Rodízios e descansos constantes;
• Exercícios compensatórios freqüentes para trabalhos repetitivos;
• Exames médicos periódicos;
• Manutenção de postura correta sentado, em pé, ou carregando e levantando peso.
Observação
O texto desta lição foi elaborado com o auxílio de textos pesquisados na Internet. Se
você tem computador e acesso à Internet, faça sua própria pesquisa. Um endereço
interessante é o www.ergonomia.com.br no qual você encontra vídeos com ginásticas
que podem ser feitas nos locais de trabalho para prevenir as LER.
Prevenção de incêndios
Hoje em dia é muito fácil obter o fogo. Utilizamos o fogo o tempo todo e raramente ou
nunca nos damos conta do que estamos fazendo. Não há dúvida de que o fogo é um
elemento extremamente útil ao homem. Porém, ainda hoje, o fogo é um fenômeno
que, às vezes, escapa ao nosso controle e acarreta conseqüências desastrosas.
Mas, afinal, o que é o fogo? Como tê-lo do nosso lado, ao nosso serviço? Como evitar
que ele se torne sinônimo de perigo e destruição? O que cada um de nós pode fazer
para evitar que o fogo seja um risco fora de controle? Esses são alguns dos assuntos
analisados neste capítulo.
O que é o fogo
A prevenção
Grandes incêndios acontecidos nos últimos anos na cidade de São Paulo, ainda estão
na nossa memória: os dos edifícios Andraus, Joelma, CESP. Após cada um desses
grandes incêndios, a única certeza que ficou é a que todos eles começaram de um
pequeno foco iniciado com a formação do triângulo do fogo. Um pequeno foco pode
ser um fósforo aceso jogado por engano num cesto de lixo ou um curto-circuito num
aparelho de ar condicionado.
Episódios como os dos três edifícios podem ser evitados desde que se impeça a
formação do triângulo do fogo. Isso pode ser conseguido por meio de prevenção.
E prevenir incêndios é tarefa de todos nós.
A NR-23, que trata de Proteção Contra Incêndio, estabelece que todas as empresas
devem possuir:
• Proteção contra incêndios,
• Saídas para a rápida retirada do pessoal em caso de incêndio,
• Equipamentos para combater o fogo em seu início e
• Pessoas treinadas no uso desses equipamentos.
Para pesquisar!
Que tal conhecer melhor a NR-23? Procure-a na biblioteca mais próxima ou, se você
tem computador, faça a pesquisa na Internet.
Para ser bem sucedido na prevenção de incêndios, é preciso, antes de mais nada, ter
mentalidade prevencionista e espírito de colaboração. A melhor medida para prevenir
incêndios, como já foi dito, é evitar a formação do triângulo do fogo, o que pode ser
conseguido por meio de algumas medidas básicas, como por exemplo:
• Armazenamento adequado de material;
• Organização e limpeza dos ambientes;
• Instalação de pára-raios;
• Manutenção adequada de instalações elétricas, máquinas e equipamentos.
Armazenamento
Materiais inflamáveis devem ser guardados fora dos edifícios principais, em locais bem
sinalizados, onde a proibição de fumar deve ser rigorosamente obedecida.
Organização e Limpeza
Além de tornarem o ambiente de trabalho mais agradável, evitam que o fogo se inicie
e se propague por um descuido qualquer. Lixo espalhado geralmente é fonte
inflamável, podendo ter como conseqüência a ocorrência de incêndios.
Também o setor administrativo deve merecer muita atenção, pois o volume de material
combustível, representado por móveis, cortinas, carpetes e forros é muito grande,
possibilitando grande risco de incêndio.
Pára-raios
Os incêndios provocados pelos raios são muito comuns. Todas as edificações devem
possuir a proteção do pára-raios, cuja instalação e manutenção periódica devem ser
feitas por especialistas.
Cuidado com as instalações elétricas, que ocupam um dos primeiros lugares como
fonte causadora de incêndio. Elas devem ser projetadas adequadamente e receber
manutenção constante. Fios e componentes desgastados devem ser substituídos.
Devem ser evitadas, também, as improvisações ou “gambiarras”. Além disso, a
realização de serviços na área somente deve ficar a cargo de pessoas capacitadas.
Em qualquer incêndio, os cinco primeiros minutos são decisivos. Se o fogo não for
dominado nesse prazo, a tendência é ele escapar ao controle. Por essa razão é tão
importante evitar que os incêndios comecem ou, se começarem, que sejam
extinguidos rapidamente.
Do mesmo modo, toda empresa deve organizar sua brigada de incêndios, composta
por pessoas treinadas para:
• Verificar condições de riscos de incêndio ou explosão;
• Combater o fogo no seu início, buscando romper o triângulo do fogo;
• Isolar as áreas;
• Combater o incêndio usando hidrantes ou extintores e
• Coordenar e comandar toda ação de abandono da área de risco.
Parece difícil pensar que alguém vá se preocupar com teorias sobre tipos de incêndio,
quando estiver numa situação de risco. Entretanto, esse é um conhecimento muito
importante e útil porque somente conhecendo a natureza do material que queima,
poderemos descobrir a forma correta de extingui-lo e utilizar o agente extintor
adequado.
Agente
Classe Tipo de combustível Características
extintor
Incêndios envolvendo ma-
teriais sólidos que queimam
Água
A em superfície e profundidade
Espuma
e deixam resíduos. Ex.:
madeira, papelão, tecidos etc.
B.
Atenção:
• Nos fogos classe A, em seu início, poderão ser usados ainda pó químico seco ou
gás carbônico!
• A extinção de incêndios tipo D requer a utilização de pós especiais, de acordo com
o metal envolvido no incêndio.
Como já foi visto, todo o esforço deve ser feito para prevenir a ocorrência de
incêndios. Mas, se apesar de todos os cuidados, ainda assim um incêndio vier a
acontecer e você se encontrar no meio dele, alguns procedimentos poderão ajudá-lo a
sair-se dessa situação com um mínimo de conseqüências desagradáveis.
Exercícios
2. Baseado no que você aprendeu, pense, discuta com seus colegas e responda:
Um trabalhador acionou um motor elétrico que produziu uma fagulha que caiu num
monte de estopa, iniciando um pequeno incêndio que atingiu um recipiente com
gasolina, provocando uma pequena explosão e um grande susto.
a) Como você classificaria tal incêndio?
b) Que medida tomaria para extingui-lo?
c) O que teria feito para evitar que tudo isso acontecesse?
Analise a situação e compare-a com o que vimos até agora. É uma situação de risco
de incêndio? Se você acha que sim, liste abaixo as medidas de prevenção que você
acha que podem ser tomadas. Lembre-se do que falamos no tópico Como evitar
incêndios.
Descarte de materiais
Numa rua do Parque Palmas do Tremembé, São Paulo, um caminhão despeja entulho
e terra num terreno baldio. A sujeira é grande e ocupa um pedaço da calçada. Um
carro da Polícia Militar chega ao local e interrompe a operação, mas momentos depois
vai embora. Após a saída dos policiais, o resto da sujeira é despejado no terreno, e o
caminhão também sai de cena, como se nada tivesse acontecido.
O Estado de S. Paulo, 19/06/95.
(...) O sistema de coleta seletiva de lixo, inaugurado em São Paulo na gestão Luiza
Erundina, só não foi extinto porque existe uma lei municipal que o torna obrigatório. Os
sacos de lixo se amontoam ao lado dos contêineres coloridos, não há divulgação e a
coleta domiciliar é deficiente. Das 12 mil toneladas de lixo recolhidas por dia, apenas
10 toneladas vão para a reciclagem - menos de 0,09%. Agora a Prefeitura promete,
por meio de dois novos projetos, retomar e ampliar o programa.
O Estado de S. Paulo, 26/06/95.
Não se pode falar de descarte de materiais sem lembrar do problema maior que é o
acúmulo de lixo. Neste capítulo, você vai estudar o que acontece com o lixo das
grandes cidades e o impacto que o descarte de cada tipo de material causa no ambi-
ente.
Nos terrenos das casas que abrigavam quatro ou cinco pessoas, foram construídos
prédios de vinte andares, com dezenas de apartamentos, abrigando centenas de
pessoas. Isso fez com que aumentasse o número de carros, piorasse o trânsito,
houvesse mais barulho e mais lixo!
O acúmulo de lixo polui o ambiente. Mas há soluções para o problema do lixo, como
você verá a seguir.
Tratamento do lixo
O Brasil produz cerca de 90 mil toneladas de lixo por dia, o que corresponde a 30 mil
caminhões cheios de lixo. A grande quantidade de embalagens e produtos descartá-
veis agrava ainda mais o problema. Boa parte desse lixo é constituída de materiais
que podem ser reciclados; outra parte é constituída de material orgânico que pode ser
decomposto por microrganismos. No Brasil, quase todo o lixo ainda é jogado em
lixões. O quadro abaixo mostra os principais destinos do lixo no Brasil.
• Lixões
São terrenos comuns, onde o lixo é depositado diariamente a céu aberto, o que
provoca contaminação da água, do solo e do ar.
• Aterros sanitários
São áreas escolhidas com critério, geralmente terrenos não produtivos e que não
estão localizados em áreas de preservação ambiental. O fundo do aterro deve ser
preparado com camadas plastificadas resistentes, prevendo o escoamento do
"chorume" e o seu tratamento. É uma obra de engenharia complexa, executada
com todos os critérios técnicos, de acordo com a legislação antipoluição vigente.
Nos aterros sanitários, o lixo é disposto em camadas, cobertas com terra ou argila e
compactadas por tratores de esteiras. Após algum tempo, esse lixo é parcialmente
decomposto pelos microrganismos que se alimentam dele. Os resíduos de lixo vão se
acumulando, até lotar a capacidade do terreno. Em São Paulo existem, atualmente,
cinco aterros sanitários. Um deles é só para entulho da construção civil. Dos outros
quatro, dois já estão esgotados.
• Usinas de tratamento
Nessas usinas, o lixo não é acumulado. Ao chegar, o lixo é espalhado em esteiras
móveis, para que os materiais recicláveis possam ser separados, como vidros, pa-
péis, metais, plásticos etc., e vendidos às indústrias de reciclagem. O lixo restante
é colocado em grandes reatores chamados biodigestores. Por meio da ação dos
microrganismos, o lixo se transforma em um composto orgânico que pode ser usa-
do como adubo ou como componente de rações para animais. O lixo residual que
porventura sobrar é levado para um aterro sanitário.
• Incineração
O lixo incinerado é proveniente de hospitais, clínicas veterinárias, materiais tóxicos
etc. Os gases contidos na fumaça do lixo queimado podem ser poluentes, se não
forem corretamente tratados.
Reciclagem do lixo
Pense um pouco: será que você está colaborando para diminuir o lixo na sua cidade?
Que sugestões você faria para um programa de melhor aproveitamento do lixo?
Vamos conhecer os processos de reciclagem de alguns produtos mais comuns.
Papel
Inventado na China, por volta de 200 anos antes de Cristo, o papel chegou à Europa
somente no século XI da nossa era.
No Brasil, cerca de 30% do papel produzido vai para a reciclagem. O papel reciclado é
utilizado, principalmente, na fabricação de caixas de papelão.
Vidro
O vidro foi criado há cerca de 4000 anos antes de Cristo. É feito de matérias-primas
naturais, como areia, barrilha, feldspato, alumina etc. Algumas dessas jazidas já estão
se esgotando.
O vidro não é degradável, mas é 100% reciclável. Com 1.000 kg de vidro triturado são
produzidos praticamente 1.000 kg de vidro novo.
Um objeto de vidro pode ser usado infinitamente, desde que não se quebre. Por
isso, as indústrias alimentícias e de refrigerantes reutilizam os vidros, depois de
lavados e desinfetados. Uma tonelada de vidro reutilizado economiza cerca de 290
kg de petróleo e 1.200 kg de matéria-prima que seriam gastos em sua fundição.
Metal
Os metais têm sido utilizados pelo homem desde a Idade do Ferro, na confecção de
armas e ferramentas. A partir do final do século XIX, iniciou-se a fabricação de emba-
lagens para conservar alimentos, feitas de ligas metálicas como folha-de-flandres, aço
e alumínio.
O aço é uma liga de ferro com teor de carbono que varia entre 0,06% e 1,7%. Ele é
obtido do beneficiamento siderúrgico do ferro-gusa com adição de metais diversos
para a produção de ligas especiais. Atualmente, no Brasil, são consumidas 650 mil
toneladas de aço laminado, por ano, e 25% delas são destinadas à fabricação de
latas para a indústria alimentícia.
O Brasil consegue reciclar 27% do aço produzido e 50% das latas de alumínio. A
reciclagem é simples. A sucata é separada conforme o material predominante, lavada,
prensada e fundida novamente. A reciclagem do aço possibilita 74% de economia de
energia, e a do alumínio possibilita 95%. Uma latinha de alumínio reciclada poupa
meia latinha de gasolina.
Plástico
Cada cidadão brasileiro joga no lixo, anualmente, uma média de 10 quilos de plástico.
Só na cidade de São Paulo são recolhidas 670 toneladas de plástico diariamente!
O plástico pode ser reciclado na própria indústria que o fabrica. As peças defeituosas
ou as aparas são trituradas, derretidas e novamente colocadas na linha de produção.
Embalagens e outros plásticos usados também podem ser reciclados. Na reciclagem
do plástico a economia de energia chega a 90%.
Veja no quadro a seguir alguns tipos de resina, seus usos principais e os produtos
obtidos de sua reciclagem.
Você viu como é simples diminuir o volume de lixo de uma cidade, tornando nosso
ambiente mais saudável. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
apresenta as seguintes soluções para o problema de acúmulo de lixo.
• Reduzir: usar menos material, evitar desperdícios.
• Reutilizar: não jogar fora produtos usados, mas sim empregá-los de outras
maneiras ou encaminhá-los para fábricas de reciclagem.
• Reciclar: reprocessar a matéria-prima dos produtos usados, para a fabricação de
novos produtos.
• Incinerar: para aproveitar, pelo menos, parte da energia que foi gasta na confec-
ção dos produtos.
• Dispor em aterros: em último caso, acumular os resíduos em áreas especial-
mente preparadas, para evitar a contaminação do solo e de lençóis de água sub-
terrânea.
Para terminar esta lição, veja se as sugestões que você pensou para um programa de
melhor aproveitamento do lixo são parecidas com alguma destas:
• Sempre que possível, comprar bebidas em garrafas retornáveis.
• Separar o papel (branco, jornal, papelão) e os recipientes de vidro usados, para
vender ou doar para entidades assistenciais.
• Reutilizar embalagens. Por exemplo, as latinhas de cerveja ou refrigerante podem
guardar lápis e canetas.
• Quem mora em casa com quintal de terra pode separar as cascas de frutas e as
folhas de verduras para serem transformadas em adubo orgânico.
Exercício
b) Que podemos fazer para aumentar a vida útil dos aterros sanitários?
Emendar, soldar e
isolar condutores
Nesta atividade você vai executar várias emendas, de acordo com as informações
tecnológicas já estudadas, de modo que apresentem boa resistência mecânica, bom
contato elétrico e boa isolação.
Equipamentos e ferramentas
• Ferro de soldar;
• 2 alicates universais;
• Alicate decapador.
Material necessário
Faça a lista de materiais a partir dos passos 1 a 4 da sessão Procedimento desta
atividade prática. Consulte catálogos de fabricantes de fita isolante, ligas de solda e
condutores elétricos.
Procedimento
2
1. Execute a emenda do tipo prolongamento. Utilize fio de cobre 2,5 mm com
isolação de PVC.
prolongamento
Observação
O condutor deve ser desencapado numa extensão de aproximadamente 50 vezes seu
diâmetro.
50 D
metal de
adição
7. Isole a emenda com, no mínimo, duas camadas de fita isolante sem cortá-la,
procurando deixá-la bem esticada e com a mesma espessura do isolamento do
condutor.
2
8. Execute a emenda do tipo rabo de rato. Utilize fio de cobre de 2,5 mm e isolação
de PVC.
rabo de rato
9. Puxe as pontas dos condutores para fora da caixa e desencape-os como foi feito
no passo 2.
2
14. Execute a emenda do tipo derivação. Utilize fio de cobre de 2,5 mm com isolação
de PVC.
condutor derivado
o
17. Cruze o condutor em um ângulo de 90 em relação ao condutor principal,
segurando-os com o alicate universal.
condutor
principal
condutor
derivado
alicate
18. Com os dedos, enrole o condutor derivado sobre o principal. Mantenha as espiras
uma ao lado da outra. Faça, no mínimo, seis espiras.
19. Dê o aperto final e faça o arremate com o auxílio de dois alicates universais.
alicate
Nesta atividade você vai utilizar ferramentas manuais para executar curvas e desvios
em eletrodutos rígidos, metálicos e de PVC, tendo que serrar e abrir roscas conforme
especificações.
Equipamentos e ferramentas
• Metro;
• Arco de serra;
• Tripé ou dobra-tubos;
• Tarraxas com acessórios para ∅ ½”;
• Giz
Material necessário
Faça a lista de materiais a partir dos passos da sessão Procedimento desta atividade
prática. Consulte catálogos de eletrodutos e as normas NBR 5597 e
NBR 6150.
Procedimento
Observações:
• Use a serra em todo o seu comprimento.
• Ritmo do corte deve ser mantido em aproximadamente sessenta golpes por
minuto.
Precaução
Ao se aproximar do término do corte, diminua a velocidade e a pressão sobre a serra
para evitar acidentes.
abertura parafuso de
ajuste
espessura
50 mm
100 mm
o
9. Curve a outra parte do eletroduto, deixando-o com uma curva de 90 .
10. Para curvar o eletroduto no ângulo pedido, faça marcações no eletroduto. Elas
devem ser eqüidistantes e equivalentes a 12 vezes seu diâmetro.
12D
a a
1 marcação 2 marcação
12. Abra rosca com 50 mm de comprimento nas extremidades dos dois pedaços de
eletroduto. Utilize a tarraxa para eletroduto de PVC.
13. Para abrir a rosca, movimente a tarraxa no sentido horário. A cada meia volta de
avanço no sentido horário, volte duas vezes no sentido anti-horário.
o
14. Faça um desvio em um dos pedaços do eletroduto e uma curva de 90 no outro,
conforme ilustrações a seguir.
50 mm
100 mm
15. Para fazer o desvio, marque com dois traços a zona a ser curvada.
16 D faça topo
zona a curvar
D
17. Introduza a mola de maneira que coincida com a zona a ser curvada.
18. Aqueça a zona a ser curvada sobre uma fonte de calor suave para que o plástico
amoleça e desloque o eletroduto em um e outro sentido.
fonte de calor
19. Comece a curvar o eletroduto lentamente quando perceber que o material plástico
está cedendo.
Observação
Evite queimar ou amolecer o plástico demasiadamente.
Neste ensaio, você vai aprender a realizar as operações necessárias para a montagem
da rede de eletrodutos.
Material necessário
• Eletroduto metálico;
• Buchas e arruelas para eletrodutos;
• Caixas de passagem
Procedimento
Precaução
Use uma escada em bom estado e assegure-se de que ela está firme e não deslizará
quando você subir nela.
4. Desloque o fio de prumo até que coincida com o ponto marcado no piso e marque
o ponto no teto.
5. Para fazer o traçado vertical, determine o ponto de referência que coincida com a
localização do elemento a ser instalado.
6. Coloque o prumo de maneira que o cordão coincida com o ponto marcado
8. Com o auxílio de uma régua e um pedaço de giz, trace uma linha que passe pelos
dois pontos marcados.
9. Para fazer o traçado horizontal, inicialmente determine um ponto de referência na
altura desejada.
10. Coloque uma régua de maneira que a borda superior coincida com o ponto de
referência e coloque o nível sobre a régua.
Observação
Ao manusear o nível, tome cuidado para não derrubá-lo ou batê-lo.
11. Mova a régua até que o nível indique a horizontalidade e marque o segundo ponto.
12. Retire o nível e realize o traçado da linha.
1. Para fixar as caixas, abra os furos nas caixas forçando o disco com um toca-pino e
acabando de removê-lo com um alicate (figura 32).
Observação
Os topos dos eletrodutos devem ficar unidos dentro da luva.
11. Dê o aperto final através da arruela, usando-se alicate bomba d’água ou chave
apropriada.
Nota
As caixas de passagem para instalação exposta são do tipo condulete.
Nota
Quando as caixas forem do tipo condulete, primeiramente montam-se as caixas nos
eletrodutos e posteriormente fixa-se o conjunto no local da instalação.
Precaução
Para criar uma proteção contra ferimentos acidentais, dobre as pontas do fio pescador.
3. Introduza o fio pescador no eletroduto até que ele saia na outra caixa.
Observação
A estopa deve entrar justa no eletroduto.
5. Puxe o fio pescador até que a estopa saia do outro lado (caixa seguinte) deixando
o eletroduto internamente seco e limpo.
Precaução
Utilize luvas para não ferir as mãos.
10. Cubra a união dos condutores com a alça com fita isolante.
Puxe o fio pescador até que os condutores fiquem próximos da boca de entrada do
eletroduto.
13. Continue puxando até que os condutores tenham sobressaído o necessário para
sua utilização.
14. Corte os condutores no extremo da amarração com o fio pescador.
Neste ensaio, você vai usar um multímetro analógico. Para isso, vai inicialmente
estudar os manuais dos instrumentos. Em seguida, usando o multímetro, vai medir
valores ôhmicos de resistências elétricas.
Equipamentos
• Multímetro analógico;
Material necessário
• Manual do fabricante do multímetro e do volt-amperímetro alicate;
• Matriz de contatos;
• Após ler o ensaio, complete a lista de materiais necessários, de acordo com os
passos do item Procedimento. Consulte catálogos de fabricantes de resistores
elétricos e a norma NBR 5311.
Procedimento
6. Responda:
a) Você conhece o valor de resistência do material dos itens fornecidos?
( ) sim ( ) não
9. Registre as cores dos resistores fornecidos por seu professor e faça a leitura do
valor ôhmico e percentual de tolerância utilizando a tabela a seguir. Se o resistor
tiver menos cores que a tabela, ignore as colunas finais que ficarem sem
preenchimento.
Valor codificado
Resistor 1ª cor 2ª cor 3ª cor 4ª cor 5ª cor 6ª cor
(nominal) Vn
Resistor 1
Resistor 2
Resistor 3
Resistor 4
Resistor 5
Resistor 6
Resistor 7
Resistor 8
Resistor 9
Resistor 10
∆R% =
(Vn - Vm) x 100
Vn
11. O valor real de cada resistor está de acordo com o seu valor codificado?
(considere a tolerância admitida). Justifique.
( ) Sim ( ) Não
Neste ensaio, você vai usar um multímetro digital e um volt-amperímetro alicate. Para
isso, vai inicialmente estudar os manuais dos instrumentos. Em seguida, usando o
multímetro, vai medir valores ôhmicos de resistências elétricas, tensões elétricas, e
correntes elétricas.
Equipamentos
• Volt-amperímetro alicate;
• Multímetro digital;
• Fonte cc.
Material necessário
• Manual do fabricante do multímetro e do volt-amperímetro alicate;
• Pilha 1,5v;
• Bateria 9v;
• Matriz de contatos;
• Após ler o ensaio, complete a lista de materiais necessários, de acordo com os
passos do item Procedimento. Consulte catálogos de fabricantes de resistores
elétricos e a norma NBR 5311.
Procedimento
Medição de resistência
1. Estude o manual de instruções de uso do multímetro, principalmente na parte
referente à utilização como ohmímetro.
6. Responda:
a) Você conhece o valor de resistência do material dos itens fornecidos?
( ) sim ( ) não
Valor codificado
Resistor 1ª cor 2ª cor 3ª cor 4ª cor 5ª cor 6ª cor
(nominal) Vn
Resistor 1
Resistor 2
Resistor 3
Resistor 4
Resistor 5
Resistor 6
Resistor 7
Resistor 8
Resistor 9
Resistor 10
Vn - Vm x 100
∆R% =
Vn
6. O valor real de cada resistor está de acordo com o seu valor codificado?
(considere a tolerância admitida). Justifique.
( ) Sim ( ) Não
6. Peça ao seu instrutor que ajuste a fonte CC para que você efetue as medições 1 e
2 do passo 4.
9. Repita o passo 5.
Observação
Quando não for possível saber o valor aproximado a ser medido, deve-se selecionar
inicialmente a maior escala.
P1
R1
3. Peça para seu professor ligar um motor CA, e meça a corrente elétrica do motor
utilizando o alicate amperímetro.
condutor
Observação
Abrace somente um condutor por vez, pois se mais de um condutor for abraçado não
haverá indicação de corrente ou a indicação será incorreta.
I = .......................................
Você já estudou que a Lei de Ohm é a lei básica da eletricidade e eletrônica, uma vez
que você estabelece uma relação entre as grandezas elétricas, tensão, corrente e
resistência.
Neste ensaio você vai verificar essas relações, através da comparação entre os
valores medidos e os valores calculados da tensão e da intensidade da corrente em
circuitos CC.
Equipamentos
• Fonte de tensão contínua ajustável;
• Multímetro digital.
Material necessário
• Matriz de contatos;
• Componentes e resistores diversos a serem especificados a seguir, após a leitura
dos passos 1 a 19.
Procedimento
3. Desligue a chave.
7. Desligue a chave.
12. Ligue a chave, leia e anote o valor da intensidade de corrente medida pelo
multímetro P1.
I4 = ........................mA.
14. Com base nos valores de corrente elétrica medidos, valores de resistência
utilizados e valores da tensão de alimentação utilizados, preencha a tabela a
seguir, e calcule a intensidade de corrente utilizando a Primeira Lei de Ohm.
16. Por que é possível que o valor lido seja diferente do valor calculado?
c) Com base na resposta da questão anterior, o que pode se afirmar com relação
às grandezas elétricas resistência e corrente ?
18. Que valor de resistor deve ser usado no circuito 4, para que nele circule uma
corrente de 17 mA?
Observação
Pode existir uma pequena diferença no valor obtido, devido à tolerância do resistor.
Comprovar as leis de
Kirchhoff
Neste ensaio, você vai comprovar a Primeira e a Segunda Leis de Kirchhoff. Vai
também aplicar essas leis em circuitos mistos de resistores em corrente contínua.
Equipamentos
• Fontes de tensão contínua ajustável;
• Multímetro analógico;
• Multímetro digital.
Material necessário
• Matriz de contatos;
• Componentes e resistores diversos a serem especificados a seguir, após a leitura
do item procedimento.
Procedimento
5. Responda.
a) Qual é o instrumento que indica a corrente total?
( ) P1 ( ) P2 ( ) P3
10. Compare o valor de corrente medido no passo 8 com o valor calculado passo 9.
Justifique a igualdade dos valores.
Observação
Quando se efetua uma mesma medição com dois instrumentos distintos, pode haver
uma pequena diferença entre os valores indicados devido à característica interna de
cada instrumento.
5. Responda.
a) Em qual resistor ocorre a maior queda de tensão? Por quê?
17. Para verificar as Leis de Kirchhoff em circuitos mistos, monte o circuito a seguir.
20. Responda.
a) Qual o instrumento que indica a corrente que circula em R1?
( ) P1 ( ) P2 ( ) P3
21. Leia e anote o valor da intensidade de corrente que circula em cada resistor.
IR1 = ________
IR2 = ________
IR3 = ________
22. Responda.
24. Responda.
a) O valor da tensão sobre R2 é igual ao valor da tensão sobre R3? Por quê?
30. Responda.
a) valor da tensão sobre R2 é igual ao valor da tensão aplicada ao circuito? Por
quê?
32. Responda.
a) Qual o instrumento que indica a corrente total?
( ) P1 ( ) P2 ( ) P3
b) Qual é o instrumento que indica a corrente que circula em R2?
( ) P1 ( ) P2 ( ) P3
c) Qual é o instrumento que indica a corrente que circula em R1?
( ) P1 ( ) P2 ( ) P3
34. Responda.
a) Qual dos valores lidos corresponde ao valor da intensidade de corrente em R3?
Por quê?
Instalar tomada,
interruptor e lâmpada
Equipamento
• Multímetro digital
• Cinto porta-ferramenta
Ferramentas
• Metro • Alicate de corte
• Canivete • Alicate universal
• Guia de nailon • Chave de fenda 1/8” x 10”
• Alicate de bico • Chave de fenda 3/16” x 12”
Material necessário
Faça a lista de materiais necessários a partir dos passos da descrição do
procedimento deste ensaio. Consulte catálogos técnicos de fita isolante, condutores
elétricos, lâmpadas incandescentes, interruptores simples, porta-lâmpadas e as
normas NBR 5112, 5444, 5471, 6148, 12520 e 12523.
Procedimento
1. Faça um diagrama multifilar correspondente ao circuito mostrado a seguir.
Observação
Ao cortar os fios, não se esqueças de de,ixar sobras.
Instalar duas
lâmpadas incandescentes
Neste ensaio, você vai praticar leitura e interpretação de diagramas elétricos. Vai
também montar uma instalação elétrica com duas lâmpadas incandescentes
comandadas por interruptores simples em rede de eletrodutos.
Equipamentos e ferramentas
Material necessário
Faça a lista de materiais a partir dos passos da descrição do Procedimento deste
ensaio. Consulte catálogos técnicos de fita isolante, condutores elétricos, lâmpadas
incandescentes, interruptores de duas seções, porta-lâmpadas e as normas NBR
5112, 5444, 5471, 6148, 12520 e 12523.
Procedimento
Instalar luminária
Neste ensaio, você vai montar uma luminária para lâmpada fluorescente comandada a
partir de dois pontos diferentes por interruptores paralelos. Vai montar, também, uma
instalação elétrica em rede de eletrodutos para essa luminária.
Equipamentos e ferramentas
• Multímetro digital • Alicate de corte
• Metro • Alicate universal
• Canivete • Cinto porta ferramentas
• Guia de nailon • Chave de fenda 1/8” x 10”
• Alicate de bico • Chave de fenda 3/16” x 12”
Material necessário
Faça a lista de materiais a partir dos passos da descrição do Procedimento deste
ensaio. Consulte catálogos técnicos de fabricantes de lâmpadas fluorescentes e
respectivos receptáculos, reatores, starters, fita isolante, condutores elétricos,
interruptores paralelos e a norma NBR 5444.
Procedimento
1. Monte a luminária fluorescente, utilizando o esquema de ligação impresso na
carcaça do reator.
Observação
Se este diagrama não estiver coerente com a tubulação de sua bancada, refaça-o de
forma a atender às necessidades da sua instalação.
Indicações de normas
NBR 5453 - Sinais e símbolos literais para eletricidade (será substituída em breve).
NBR 5597 - Eletroduto rígido de aço carbono e acessórios com revestimento protetor.
NBR 6148 - condutores isolados com isolação extrudada de PVC para tensões até 750
V - sem cobertura.
Sede
0
Av. Treze de Maio, 13 - 28 Andar
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20003-900
Caixa Postal 1680
Tel: (021) 240-8249
(021) 532-2143
São Paulo:
Rua: Marquês de Itu, 88 - 40 andar
CEP 01223-000
São Paulo - SP
Tel: (011) 222-0966
Referências bibliográficas
SENAI-SP. Eletricidade básica. Por Airton Almeida de Moraes e Regina Célia Roland
Novaes. São Paulo, 1998.
SENAI-SP. Eletricidade geral. Por Airton Almeida de Moraes e Regina Célia Roland
Novaes. São Paulo, 2000.