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enCOl Por Dentro das Áreas Externas

DIPRO - Diretoria de Produto

Arq. Benedito Abbud


Arq. Elizabeth Miyazaki
Arq. Martha Gavião
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encol

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 1

CAP. I - DO PROGRAMA À IMPLANTAÇÃO DO EDIFÍCIO 2


1.1. Programa 2
1.2. Inventário 3
1.3. Implantação do Edifício no Terreno 4
1.4. Zoneamento 5
1.5. Volumetria 7

CAP. II - AS LAJES E OS CANTEIROS PARA O JARDIM 8

CAP. Ill - EQUIPAMENTOS DA ÁREA COMUM EXTERNA 13

3.1. Área de Recuo Frontal 13'


3.1.1. Calçada 13
3.1.2. Controle de Acessos (Guarita) 13
. 3.1.3. Acessos (portões) 16
3.1.3.1. Acesso Social 17
3.1.3.2. Acesso de Serviço 18
3.1.3.3. Acesso de Veículos 18
3.1.4. Barreiras 20
3.1.4.1. Gradil 20
3.1.4.2. Muro 20
3.1.5. Estacionamento de Cortesia 21
3.1.6. Equipamentos de Hidráulica, Elétrica e Gás 22

3.2. Circulação 22

3.3 Áreas de Estar 22


3.3.1. Praça de Acesso Principal 22
3.3.2. Praça de Apoio ao Salão de Festas 23
3.3.3. Pergulados 23
3.4. Áreas de Recreação e Lazer 25
3.4.1. Play Ground 25
3.4.2. Piscinas 26
3.4.3. Equipamentos Esportivos: 33
3.4.3.1. Quadras Esportivas 33
3.4.3.2. Quadras de Squash 35
3.4.3.3. Pistas de Skate 35
3.4.3.4. Pistas de Cooper 36
3.4.4. Ambientes de churrasqueiras 37

3.5. Perímetro do Terreno 38


3.5.1. Muros de Divisa 38
3.5.2. Empenas Cegas 40
3.5.3. Floreiras sobre Ventilação Permanente no Sub Solo . . . . 40

3.6. Mobiliário 42

CAP. IV - MATERIAIS 43
4.1. Materiais de Revestimento de Piso 44
4.2. Materiais de Revestimento de Muros e Muretas 46
4.3. Materiais de Revestimento de Piscinas e Espelhos D'água . 46

CAP. V - VEGETAÇÃO 47
5.1. Estrato Arbóreo 47
5.2. Estrato Arbustivo 48
5.3. Estrato de Forrações 50

CAP. IV - INSTALAÇÕES 52

6.1. Iluminação 52

6.2. Irrigação e Drenagem 56

6.2.1. Irrigação 56

6.2.2. Drenagem de Piso . 56

6.2.3. Drenagem de Floreiras 57

CAP. VII - FLOREIRAS DO ANDAR TIPO 58

CHECK LIST 60
INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, tem crescido cada vez mais a importância das áreas
externas dos edifícios residenciais, onde se concentram os
equipamentos de recreação, lazer e as áreas verdes.

À medida que morar em apartamentos é uma tendência na cidade que


cresce, o tratamento criterioso das suas áreas externas (a grande
vantagem das residências unifamiliares) torna-se imprescindível para o
sucesso do empreendimento.

O objetivo desse trabalho foi apontar e comentar os aspectos a serem


considerados na elaboração do projeto dessas áreas externas, cujo
processo tem seu início na visita de reconhecimento do terreno,
passando pela definição do programa, implantação da torre até o
detalhamento final.

O intuito não é limitar a criatividade do autor do projeto, pelo contrário,


é chegar a um resultado que tire partido dos potenciais e dos
problemas encontrados no processo do projeto.

A função do check-list, ao final do trabalho, é acima de tudo, lembrar


ao arquiteto projetista os pontos a serem verificados. Não é possível a
todos os pontos receber o conceito "ótimo", considerando-se que
alguns aspectos deverão ser sacrificados em função de outros.
Espera-se que, no cômputo geral, eles sejam abordados da melhor
forma e da maneira mais integrada possível.
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CAP. I - Do Programa à Implantação do Edifício ©


Esse capítulo pretende ressaltar a importância da área comum externa
ser projetada em conjunto (e de forma integrada) com todo o projeto
do edifício, ou seja, desde o programa (breefing) que define o produto
a ser lançado, passando pelo inventário, implantação da torre,
zoneamento até o projeto definitivo.

1.1. Programa

É o elenco (breefing) dos equipamentos e locais de atividades da área


comum externa. Como se constitui num elemento de vendas, deverá
ser definido conjuntamente com todo o empreendimento. O capítulo III
relaciona e detalha esses principais equipamentos, cuja seleção
dependerá:

• Do padrão do empreendimento (AA, A, B ou C).


Obviamente os produtos de padrão mais elevados poderão ter
um maior número de equipamentos, ou equipamentos tratados
com materiais mais sofisticados.

• Das dimensões e formas das áreas comuns externas.


Da implantação do edifício no terreno poderá resultar espaços
inadequados para determinados equipamentos. Quanto maior o
terreno, maiores as possibilidades do elenco do programa e da
sua disposição espacial.

• Quantidades de unidades/população do empreendimento.


A quantidade de moradores (e das respectivas faixas etárias)
demandarão o dimensionamento dos equipamentos.
É comum empreendimentos com grande quantidade de unidades
e de população (principalmente crianças) implantados em
terrenos relativamente pequenos. Nesse caso é importante
considerar aqueles equipamentos que atendam a maior
quantidade de pessoas e permitam usos múltiplos.

• Condições climáticas e cultura regionais.


Quadra de peteca, churrasqueiras e piscinas podem "ser mais
valor" em algumas regiões que em outras.

Em geral fazem parte do programa básico os seguintes equipamentos:

Elementos de segurança (guaritas, muros, gradis), piscinas,


principalmente nas regiões quentes, quadras (que além dos múltiplos
jogos e locais de festas também se prestam para uso de velocípedes,
bicicletas, patins e skate, áreas de recreação infantil), área para
churrascos, etc.

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( 3
Também são importantes aqueles espaços destinados a causar boa
impressão e conforto ao cliente morador: praça de entrada, praça de
apoio ao salão de festas, áreas ajardinadas, etc.

O dimensionamento dos equipamentos deverá ser compatível ao seu


bom funcionamento, mesmo que não seja "oficial" nos casos de quadra
por exemplo. O grande perigo é a tendência de se implantar
equipamentos em miniatura que causam no comprador a sensação de
ter sido enganado (principalmente quando o apto. foi comprado "na
planta" antes da construção), e desacredita a construtora no mercado.

1.2. Inventário

O inventário compreende a análise dos recursos e problemas


existentes na área do empreendimento e suas respectivas
potencialidades de projeto. Para tanto, é fundamental a visita do autor
do projeto à área.

Nesta visita será analisado o espaço existente, tanto aquele delimitado


pelo perímetro do terrenos, quanto, e principalmente o formado pelos
vazios adjacentes, pelos horizontes e visuais do entorno. Nesse
processo, o próprio programa estabelecido anteriormente poderá
sofrer alterações, em função dos problemas potenciais detectados.

Freqüentemente grandes potenciais de projeto são desperdiçados pela


falta de um bom reconhecimento das visuais do local.

O inventário considera a análise e o diagnóstico dos dados gráficos


(levantamento plani-altimétrico e cadastral, etc.), dados legais
(restrições da zona onde se localiza o terreno), o programa e também
os dados obtidos no local do terreno, que exemplificamos a seguir:

• Insolação
O norte (orientação), marcado em planta, indica o trajeto do sol e
o sombreamento causado pelo edifício projetado. O local
mostrará as edificações vizinhas, edículas construídas nos
alinhamentos, muros (que às vezes se tornarão mais altos após
os cortes de terra exigidos para a implantação da obra), etc., os
quais poderão influir nas áreas ensolaradas das áreas comuns
externas.

• Visuais
A análise das visuais é fundamental. Elas são as responsáveis
diretas pela boa qualidade do zoneamento do projeto (e
conseqüentemente pela implantação do edifício). A correta
utilização das visuais externas e internas a serem incorporadas,
valorizadas ou vedadas no projeto, poderá criar espaços muito
mais interessantes, ricos, amplos ou aconchegantes.
As visuais devem ser analisadas da área do projeto para o
entorno e do entorno para a área do projeto.

Os locais de visuais externas Interessantes (ou amplas) poderão


abrigar: áreas de estar, praça de entrada e equipamentos que
permitam a contemplação da paisagem (solarium de piscina,
etc.). As visuais desinteressantes (além das "feias" podemos
considerar também aquelas resultantes de "edificações
agressivas" como paredões, por exemplo, ou ainda as
devassadas que possam tirar a privacidade do uso pretendido no
local) deverão ser "vedadas" através de volumes vegetais ou
edificados.

As visuais de fora para o terreno mostrarão quais as áreas


devassadas e também como o projeto poderá contribuir na
melhoria da paisagem davizinhança.

• Vegetação Existente
Sempre que possível a arborização existente deve ser preservada.

Além do aspecto estético e da preocupação ecológica,


denotadas pela sua preservação, (que hoje em dia pode
constituir recursos de vendas), elas podem oferecer usos
interessantes (estar, play-ground) sob suas copas, além de
contribuírem decisivamente para a aparência inicial do jardim,
enquanto as árvores recém-plantadas ainda forem pouco visíveis
e,os arbustos não apresentarem o impacto visual desejado.

1.3. Implantação do Edifício no Terreno

A locação do edifício possibilitará a criação de espaços resultantes no


terreno cujas dimensões, localizações e proporções (relação entre
largura e comprimento) receberão, adequadamente ou não, os
equipamentos da área comum externa. Esses equipamentos, por sua
vez, deverão integrar-se com os ambientes internos do pavimento
comum, e relacionar-se com os compartimentos dos
apartamentos-tipo, e vice-versa. Como elementos importantes para a
implantação do edifício,devem ser considerados: a paisagem do
entorno, as visuais interessantes (agradáveis e amplas) e as *
desinteressantes (paredões, vistas devassadas, zonas "feias", etc.), as
ruas importantes, a insolação, os ruídos, a morfologia do terreno, a
relação com os equipamentos dos prédios vizinhos, etc...

Nos casos em que o perímetro do edifício resulta diretamente dos


recuos legais, os equipamentos da área livre do térreo têm que se
adaptar aos espaços resultantes, da forma mais compatível possível,
alterando e prejudicando, muitas vezes, o programa desejado.

Nos casos de torres, que podem "dançar" no terreno, permitindo várias


locações, são maiores as possibilidades de criação de espaços
externos que propiciem a "junção" de espaços interessantes da área de

A
encol

entorno ao projeto, a seleção das melhores visuais, a maximização do


potencial das áreas nobres e a organização de espaços com
proporções adequadas aos equipamentos pretendidos.

Em terrenos de declive acentuado, a opção de lajes escalonadas pode


ser.interessante, evitando-se paredões e "reconstituindo-se", de certa
maneira, a topografia do terreno original.

No exemplo a seguir (Fig. 1.1), o escalonamento do pav. térreo só foi


possível porque a área externa foi considerada conjuntamente com a
implantação do edifício e a planta do pav. tipo.

Fig. 1.1

Os paredões de fachadas de sub-solos, tanto os de frente, quanto os


de fundo, quando inevitáveis, devem apresentar o mesmo tratamento
da fachada.

O aclive e o declive do terreno influirão nos níveis finais da implantação


do pav. térreo e consequentemente nos desníveis de acesso. Nessa
situação é comum buscar-se a minimização das rampas de acesso de
veículos, em detrimento do acesso social que necessita de grandes
escadarias para ser vencido. Em alguns casos, principalmente quando
existe pouco recuo para se vencer os desníveis, é preferível que o Hall
de entrada esteja no sub solo (adequadamente tratado) do que muito
acima do nível da calçada. Escadas estreitas e altas podem cansar o
usuário, quebrar a "boa impressão" inicial e a imponência do
empreendimento.

A disposição da torre no terreno pode valorizar bastante a visual do


empreendimento, seja através de amplos recuos ou de rotações da
construção, permitindo que este ganhe um maior destaque entre as
edificações vizinhas, sobressaindo-se na paisagem.

1.4. Zoneamento

A distribuição dos elementos do programa nas áreas comuns externas,


deverá ser analisada antes da locação definitiva da torre no terreno.

Nesse processo deverão estar garantidos os elementos básicos para o


funcionamento dos equipamentos e locais de atividade: sol na piscina
e no play-ground, locais de sombra nas áreas de estar, dimensões
adequadamente amplas à prática de esportes, etc. assim como
analisadas as suas possíveis interferências: ruído da quadra e do play
ground nos dormitórios, fumaça da churrasqueira nos aptos, etc. - ver
Cap. III. Os caminhos de ligação deverão ser compatíveis com os seus
usos, sem cruzamentos entre o social e os serviços.

De preferência o hall de serviços deverá estar ligado diretamente às


piscinas, churrasqueiras e play ground.

O zoneamento não deve ser compreendido apenas como um


organograma de usos e funções. A locação de um equipamento
(principalmente aqueles destinados ao lazer passivo) requer do autor
do projeto uma previsão das características espaciais necessárias para
o seu bom desempenho. É importante que, entre o local da atividade e
o usuário, exista uma relação de escala (proporção tridimencional entre
o espaço e a pessoa), que propicie a sensação adequada ao seu uso
específico: área da piscina com sol e visuais protegidas, aconchego e
sombras nas áreas de estar, intimidade na área de recreação infantil,
etc.

A vegetação tem um papel importantíssimo na criação dessas


sensações (espaços áridos são bastante desagradáveis), assim as
dimensões do equipamento e suas respectivas áreas de canteiros já
devem estar definidas no zoneamento.

A vegetação também pode ser responsável pela criação das zonas de


transição entre um espaço e outro (por exemplo, a vedação parcial do
espaço subseqüente através de um estreitamento ou curva no
caminho, ou ainda uma área sombreada entre duas ensolaradas),
essas zonas dão ritmo ao percurso e enriquecem o desempenho dos
jardins.

A continuidade espacial e de utilização entre os ambientes internos e


externos das áreas comuns também deve ser considerada.
Continuidade essa, que pode existir em têrmos de circulação ou
apenas de acessibilidade visual.

Para que haja coerência de linguagem e harmonia de formas, espaços


e funções, em nenhum momento desse processo o aspecto estético
pode ser esquecido. As áreas externas, em geral, são visualizadas
superiormente, pelos apartamentos. As formas dos elementos
(piscinas, solarium, caminhos, áreas de pisos, canteiros, bancos fixos,
etc.) necessitam estar relacionadas, "ligadas" umas às outras formando
um conjunto plástico esteticamente agradável, compatível com os
materiais, cores e linhas arquitetônicas da torre. Especial cuidado deve
ser dado às formas da piscina (a tonalidade azul da água chama muito
a atenção), que precisa se harmonizar com as formas do solarium,
canteiros adjacentes, pisos, caminhos, etc...

Formas "fortes" e desvinculadas umas das outras sugerem elementos


"isolados" e prejudicam a harmonia do conjunto.
Em edifícios padrão AA, onde geralmente moram poucas pessoas em
grandes apartamentos, a ampla área externa do térreo acabará tendo
pouco uso efetivo, porém as visuais dos apartamentos e das entradas
devem ser cuidadosamente tratadas.

1.5. Volumetria da Área Comum Externa

Sempre que possível a área c o m u m externa deverá conter espaços


amplos, livres de barreiras edificadas. Porém são comuns as muretas
para os jardins, piscinas "elevadas", coberturas para churrasqueiras,
muros altos, telas de quadras, construções como vestiários, sanitários,
etc. Como esses elementos seccionam o espaço, quanto menor a área
externa mais deverão estar aglutinados, maximizando as áreas livres
abertas. 1

A vegetação plantada em canteiros escalonados ou taludes pode


contribuir para a continuidade espacial desejada, minimizando o
aspecto edificado da paisagem.

Foto 01 - Exemplo de escalonamento das piscinas e dos jardins,


ampliando o espaço (Ver pág. 12).

Foto 02 - Exemplo de muro "árido" de contenção da piscina, separando


os espaços (Ver pág. 12).
CAP. Il - As Lajes e os Canteiros para o Jardim

Para a sobrevivência da vegetação sobre lajes, é importante que o


canteiro tenha um mínimo de 40 cm de espessura de terra. Mesmo nos
canteiros onde se pretenda grama ou outra forração, não se
recomendam profundidades menores de terra, para que a umidade se
mantenha e a planta se apresente com bom aspecto, mesmo quando a
manutenção de rega seja interrompida por alguns dias. A altura do
canteiro ainda deve prever as espessuras para a drenagem (camada
mínima de 5 cm de pedra britada ou ãrgila expandida sob a manta de
bidim que separe a terra do dreno) e enchimentos para regularização,
impermeabilização e proteção mecânica da impermeabilização.

Mesmo mantendo essa espessura de terra, podemos através do


projeto obter situações com espaços e sensações bastante
diferenciadas. Abaixo apresentamos essas soluções separadas, mas
obviamente em um mesmo projeto elas podem aparecer conjugadas.

SITUAÇÃO I SITUAÇÃO II

Os jardins ficam em floreiras elevadas do piso. Os jardins ficam no nível do piso.


(ver foto 03 pág. 12) (ver loto 04 pág. 12)

/ —" \

0 pedestre caminha sobre a laje entre muretas 0 pedestre caminha sobre enchimento em cima
da laje.
VANTAGENS

- A vegetação no "chão" como nos jardins natu-


rais (no nível do pé do observador).
— Custo ~25% menor que a situação II — Espaços amplos sem interrupção
(principalmente nos pequenos espaços).
Pisos verdes (com juntas de grama).

— Vegetação elevada como nos vasos


DESVANTAGENS

— As muretas (barreiras) cortam a amplidão


espacial.
— As muretas estreitam psicológicamente e - Custo ~ 25% maior que a situação 1
os caminhos
— As muretas contribuem para a aridez do
espaço.
SITUAÇÃO I - Acontece em condições tradicionais quando a laje
externa é projetada pouco abaixo ( ± 1 7 cm) da laje
interna.

SITUAÇÃO II - Pode acontecer de quatro maneiras:

• Maneira A
A laje da periferia (área externa) "é normal", porém projetada
aproximadamente 55 cm abaixo da laje do "miolo" - (área interna).

Essa opção exige uma dimensão relativamente grande (mínimo


de 1 m) entre o piso interno acabado e o teto sob as vigas do
primeiro subsolo.

Vantagens:

• Nos casos de terreno em declive, onde o subsolo pode


estar bem abaixo do terreno, aproveita-se o desnível.

• As piscinas ficam praticamente embutidas, principalmente


se o fundo da piscina de adultos tiver laje com vigas
invertidas.

• Em relação à Maneira B apresentada a seguir: facilidade de


execução das formas, da estrutura, da impermeabilização e
também as vigas não atrapalham o plantio.
Desvantagens:

• Aumento da extensão da rampa ao 1 0 Sub Solo (caso não


se possa elevar o térreo em relação à rua), maior
escavação do terreno.

• Dificuldade nos casos de terreno com lençol freático alto


(escavações indesejadas).

• Construção de enchimentos ou sobrelajes para apoio dos


pisos, (principalmente nas áreas pavimentadas maiores).

Fig. 2.4
LAJES Pf?£ FABRJCACA3 OU
PLACAS MOLDADAS ">N LOCO"

• Dupla impermeabilização.

• Dupla drenagem: no piso (para escoamento de água) e na


laje (como prevenção).

Fig. 2.5

DUPLO RALO PARA


DRETNJAGETM

Maneira B
A laje da periferia é projetada com as vigas invertidas.

Fig. 2.6

Vantagem:

• Em relação à Maneira A, podem ser economizados 50 cm


de escavações do terreno.

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gaga*

Desvantagens:

• Construção das formas e concretagem mais trabalhosas d o


que na Maneira A.

• A viga trabalha de maneira menos eficiente, podendo exigir


dimensões maiores e mais ferragens.

• Necessidade de furos nas vigas para interligação entre os


panos de laje (escoamento de água): pontos frágeis na
impermeabilização, se não forem t o m a d o s os cuidados
devidos (ver caderno de recomendações para projetos de
impermeabilização).

Maneira C
Mesmo na Solução I (tradicional) é possível obtermos a qualidade
espacial e a sensação da Solução II, em situações específicas
nos casos em que é possível elevar os pisos sobre os canteiros
para caminhar ou instalar equipamentos (play ground por
exemplo).

Fig. 2.7 - Passagem no


recuo lateral onde a
inexistência de portas
permite que a terra externa
esteja acima do piso
interno.

Foto 05 - O piso eleva-se sobre o canteiro permitindo caminhar ao nível


da vegetação (Ver pág. 12).

• Maneira D
A laje da periferia é projetada de forma convencional, como na
Solução I, onde houver pisos e caminhos, ocorrendo a inversão
das vigas nas áreas de canteiro.
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Foto 01 - Exemplo de escalonamento das Foto 02 - Exemplo de muro "árido" de contenção


piscinas e dos jardins, ampliando o da piscina, separando os espaços
espaço

Foto 03 - SITUAÇÃO I Foto 04 - SITUAÇÃO II


Jardins elevados do piso por Jardim/canteiros no nível do piso
muretas/canteiros

Foto 05 - MANEIRA C
- O piso eleva-se ao nível do canteiro
CAP. li! - Equipamentos do Pav. Térreo

3.1. Área de Recuo Frontal

3.1.1. Calçada

O tratamento das calçadas revela os cuidados de projeto do


empreendimento.

Nas ruas de fluxo intenso de pedestres, recomenda-se a utilização de


pisos contínuos, sem interrupções. No caso de calçadas mais largas
podem existir trechos de vegetação arbustiva junto aos muros,
protegendo-os contra pichações, e árvores de porte junto às guias
quando não houver fiação aérea.

Foto 06 - Calçada com piso contínuo (Ver pág. 14).

No caso de ruas sem trânsito intenso de pedestres, pode-se obter


espaços mais "verdes", menos rígidos, com a composição de placas de
piso e juntas de grama, que facilitam a sua recomposição em função
dos serviços de infra-estrutura ã serem executados.

Existe porém, a desvantagem de que o trânsito de carrinhos de bebê,


carrinhos de feira, etc., será prejudicado.

Foto 07 - Calçada com piso com junta de grama (Ver pág. 14).

Em várias cidades do Brasil existem padrões para materiais e


"desenhos" de calçada, devendo ser considerado este aspecto no
projeto.

Em ambos os casos, a vegetação arbustiva junto aos muros deverá ser


tipo "cerca viva" atraente, resistente, com bom volume inicial, evitando
pichações.

Na escolha de espécies arbóreas cuidados devem ser tomados quanto


ao seu enraizamento (não superficial, que prejudique o piso da calçada
e rua), tipo de floração (que não provoque "manchas" em veículos,
escorregões de pedestres); porte, etc...

3.1.2. Controle de Acessos (Guarita)

Opções de localização:

• A - Integrada ao corpo do Edifício (Foto 08. Ver pág. 14).

• B - Junto à calçada (recuada do gradil) (Foto 09. Ver pág. 14).

• C - Junto à calçada, parcialmente fora do gradil


(Foto 10. Ver pág. 14).
Foto 06 - Calçada com piso contínuo Foto 07 - Calçada com piso com junta de grama

Foto 08 - Controle de acesso integrado ao corpo Foto 09 - Controle de acesso junto à calçada
do edifício (recuado do gradil)

Foto 10 - Controle de acesso junto à calçada, Foto 11 - Acesso com compartimento de


parcialmente fora do gradil identificação

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Srn^
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QUADRO I - Controle de Acessos (Guarita) 1$

OPÇÃO VANTAGENS DESVANTAGENS

- Integração completa com o edifício, obtendo-se melhor - Maior distância dos pedestres e motoristas, dificultando o
aspecto estético reconhecimento
A - Maior distância do gradil, dificultando assaltos
- Melhor controle no caso dos acessos serem distantes entre si
- Custo menor em relação às outras opções

- Visual oblíquo aos acessos (a escolha do gradil, seu desenho e


sua locação, deverão evitar a formação de "paredes" que
B - Proximidade para identificação de pedestres e motoristas prejudiquem a visão)
- Psicologicamente apresenta maior proteção - Proximidade ao gradil, facilitando assaltos, exigindo o uso de
vidro à prova de bala, elevando o custo do equipamento
- Elemento "solto", menos integrado, aspecto estético
prejudicado

- Melhor visibilidade aos acessos em relação às opções - Menor proteção do guariteiro


C anteriores - Necessidade de vidro à prova de bala, encarecendo o
- Controle visual total da calçada equipamento
- Integração com gradil, resultando em boa aparência

Para qualquer opção de guarita citada acima, cuidados devem ser


tomados quanto à:

• Dimensão
Compatível com o número de condôminos (para guarda de
volumes e correspondências), não ultrapassando os limites de
área permitidos por lei. -

• Forma
Integrada à linha arquitetônica do edifício.

B Visibilidade
• Preservada pelos elementos fixos (muros e gradis) e
vegetação (de porte baixo), que não prejudiquem a visão
dos acessos;

• Cuidados com visuais oblíquos aos gradis, que possam


impedir a visão do guariteiro;

• Em relação ao acesso de veículos, o aspecto mais


importante a ser considerado é que o guariteiro visualize o
motorista, o qual em geral, é o proprio condômino.

• A localização deve evitar que o guariteiro visualize apenas a


capota do carro (guarita muito elevada em relação ao
acesso);

• Quando possível, recomenda-se que a guarita esteja do


lado esquerdo do motorista, o que facilita o seu
reconhecimento.

8 Segurança
Uso de vidros à prova de bala, nas partes expostas da guarita,
para maior proteção do guariteiro e condôminos (custo ~ 53%
maior que vidro comum), exceto para o caso A.
• Acessibilidade
Existência de pisos, que permitam a comunicação de pedestres
(da área social e serviços) com o guariteiro.

• W.C.
Acoplado à guarita, possui a vantagem de reduzir o tempo que o
guariteiro se afasta do seu controle, tendo porém a desvantagem
de possibilitar a invasão do edifício nesses breves momentos de
ausência.

No caso em que o guariteiro se encontra em local distante da


guarita, seria necessária a existência de um funcionário à
disposição para substituí-lo nesses momentos (custo maior para
o condomínio).

• Cobertura
Sempre que possível, prever floreira sobre a laje da guarita, o que
melhora o aspecto visual (tanto da rua, quanto dos apartamentos)
e as condições térmicas. Recomenda-se a irrigação por
tubulações horizontais sobre a superfície da floreira (canos
furados envolvidos em manta de bidim para evitar entupimento)
com registro de controle, em local de fácil acesso.

A drenagem, sempre que possível, deverá ser embutida nas


paredes evitando-se buzinotes (aspecto estético prejudicado).

Havendo a necessidade de redução de custos, a floreira poderá


ser substituída por elementos mais baratos como pedriscos,
seixos, etc..

Laje + floreira - 4 8 % mais caro que a laje + pedrisco.

3.1.3. Acessos (Portões)

Considerações Gerais:

• Localizações com ampla visualização da guarita.

BI Utilização de luminárias (fontes de luz) e espécies vegetais


(baixas), que não prejudiquem a visão do guariteiro (ver Cap. VI).
@ Materiais de revestimento compatíveis c o m o edifício e
design/materiais do pavimento térreo (ver Cap. IV).

• Tipos de portões:

QUADRO II - Portões

TIPO DE PORTÃO VANTAGENS DESVANTAGENS

- Maior praticidade, ocupando menos espaço - Custo elevado, - 2 0 0 % mais caro que um portão
Deslizante - Maior durabilidade do equipamento manual com fechadura elétrica
o - Lentidão no funcionamento
T3
«
N -Aspecto estético prejudicado (para acesso social)
CS
E - Equipamento mais frágil, necessidade de
0
Pivotante - Aspecto estético bom, para acesso social manutenção constante
1 - Custo elevado, - 1 8 0 % mais caro do que um
portão com fechadura elétrica

Com fechadura elétrica - Baixo custo - Boa durabilidade - Funcionamento manual


- Aspecto estético bom - Fácil manutenção

3.1.3.1. Acesso Social

Opções de controle:

1. Acesso através de portão/gradil controlado através de interfone e


comando eletrônico.

2. Acesso através de portão (gradil) e porta do hall social, com


interfone e comando eletrônico.

3. Acesso com compartimento de identificação de pedestres


(padrão AA)

• Facilidade de acesso ao 1 o portão.

• Dentro do compartimento, o pedestre irá se identificar,


através de interfone, sem contato direto com o guariteiro,
para ter acesso ao segundo portão.

• Uso de vidro, à prova de bala, em toda a área exposta da


guarita.

• Custo maior em relação às opções anteriores.

• Maior segurança do guariteiro e dos condôminos.

Foto 11 -Acesso com compartimento de indentificação (Ver pág. 14).

O tratamento do acesso social deve ser compatível com o porte e o


padrão do edifício e do terreno. Espaços mais amplos e elaborados
tornam o acesso mais imponente e agradável, valorizando,
conseqüentemente, o empreendimento.

A marquise, além de enfatizar a entrada do edifício, é um elemento de


extrema utilidade, principalmente em dias de chuva, abrigando os
visitantes que aguardam permissão para entrada junto ao portão. Este
elemento pode ser a continuação do teto da guarita, quando a
localização desta se encontra junto aos portões de acesso de
pedestres.

Opções:

• Somente abrigando os portões de acesso.

• Abrigando o percurso entre a guarita e o hall social (prédio


padrão AA).

A marquise deverá, como a guarita, ser coerente com o caráter do


edifício quanto à volumetria, formas (em ângulos, cantos
arredondados), materiais para melhor integração do conjunto.

Fig. 3.2

No caso em que o pavimento térreo esteja mais elevado do que a


calçada, os degraus deverão ter o espelho com altura aproximada de
15 cm, pisos com dimensões mínimas de 35 cm de largura e patamares
intermediários mais amplos, quando possível (a cada ~ 1.00 m de
desnível).

A vegetação junto a este acesso deve gerar um impacto inicial, ser


viçosa, com bom volume inicial, por tratar-se de alvo de observação do
pedestre, enquanto aguarda permissão para entrada.

3.1.3.2. Acesso de Serviço

Quando houver necessidade de se vencer desnível entre a calçada e o


pavimento térreo, deve-se optar por utilização de rampas, em
detrimento de escadas, facilitando a circulação de carrinhos de feira,
etc. (quando o espaço permitir).

Alguns empreendimentos têm dispensado o acesso de serviço por


motivo de segurança, minimizando a quantidade de portões.

3.1.3.3. Acesso de veículos

Em geral, havendo necessidade da utilização de rampas,


recomendam-se materiais antiderrapantes como acabamento de piso
(ver Cap.IV), iluminação por balizamento lateral (nos muros
aproximadamente 30 cm acima do piso), evitando-se assim o
ofuscamento dos motoristas (ver Cap. VI).
Certos empreendimentos, geralmente padrão AA, têm utilizado porte
coohère, facilitando o acesso de veículos para o desembarque de

passageiros em local mais próximo ao hall social (abrigado ou não por


marquise). O que pode ser também um elemento de valorização do
edifício.

Opções:

Fig. 3.3

Fig. 3.4

GUIA REBAIXADA

Fig. 3.5

CANTElFiO PAQA
PLANTIO DE ÁRVORES
V
SAÍDA

GUIA REBAIXADA

3.1.4. Barreiras

3.1.4.1. Gradil

Recomendam-se cuidados com:


encol Por Dentro das Áreas

• Preservação da intimidade das áreas do pavimento térreo, interno


ou externo, que não devam ser devassados.

• "Desenhos" de gradil - que não sejam escalonáveis, permitindo a


invasão do edifício e que não prejudiquem a visão (frontal e
oblíqua) da guarita.

• Tratamento especial anticorrosivo ou utilização de alumínio,


principalmente em locais expostos à maresia.

QUADRO li! - Gradil

MATERIAL ASPECTO ESCALA DE % DE CUSTO


GRADIL TIPO : ESTÉTICO DURABILIDADE
Material Mão de Obra Total

Ferro redondo Diferenciado, Bom 100% 100% 100%


bom

Diferenciado, Cuidados p/ não


Tubo bom penetração de 137% 140% 138%
água

Ferro galvanizado Ferro chato Composições Bom 163% 171% 164%


d pintura variadas

Viga e perfil Composições Cuidados p/ não


laminado variadas penetração de 184% 171% 182%
água

Chapa perfurada Composições Bom 211% 145% 200%


variadas

Chapa expandida Composições Bom 221% 145% 210%


variadas

Tubo Diferenciado, Ótima 274% 145% 255%


bom

Alumínio Perfil dobrado e Composições Ótima 307% 140% 282%


anodizado extrudado variadas

Chapa perfurada Composições Ótima 337% 145% 300%


variadas

Chapa expandida Composições Ótima 354% 145% 323%


variadas

Vidro Temperado Valorizado Ótima 407% 171% 372%

3.1.4.2. Muro

Elemento totalmente intransponível, física e visualmente, possui a


vantagem de otimizar a locação dos equipamentos e espaços íntimos,
junto ao alinhamento da calçada, sem que estes sejam devassados.

Se o muro, porém, não estiver protegido por vegetação (na face


externa) possui a desvantagem de ser suscetível às pichações. Muros
de pedra são menos "convidativos" a essa prática, recomendados
portanto, para locais onde não seja possível a existência de vegetação
como proteção.
Fig. 3.6A- Barreira física
/acesso visual.
SR&DIL

Rg. 3.6B - Barreira física e


visual.

RUA

fia. 3-6A Fie. 3.6 B

Foto 12 - Muro "pichado" (Ver pág. 24).

• Dimensões
O local determina a necessidade de maior ou menor proteção
com estas barreiras. Recomenda-se altura mínima de 2,20m d o
ponto mais alto da calçada (para muro e gradil).

Quando houverem grandes desníveis, entre as extremidades do


terreno junto à calçada, a composição de elementos de vedação
escalonados evitam a conformação de "paredões" ou muros
inclinados.

FOTO 13 - Muros e floreiras escalonadas (Ver pág. 24).

• Custos Comparativos
Considerando-se, por exemplo, gradil de ferro chato com pintura
e muro de bloco de concreto e pintura, a primeira opção seria
aproximadamente 1.000% mais caro que a segunda.

3.1.5. Estacionamento de Cortesia

Geralmente é um espaço contíguo à calçada. Em alguns casos,


q u a n d o a área do terreno permitir e o padrão do edifício exigir, este
estacionamento poderá ser interno aos limites das vedações, com a
existência ou não de porte cochère, neste caso espaços internos
amplos fazem-se necessários, para a circulação de veículos e
manobras.

Havendo espaço disponível, estas vagas poderão estar localizadas nos


subsolos do edifício.

Cuidados devem ser tomados, quanto à preservação da visibilidade do


guariteiro para este estacionamento (no caso de se localizar na área
externa ao gradil).

FOTO 14 - Estacionamento de Cortesia (Ver pág.24).


Sugestões para Pisos:

• A - Recomenda-se o uso de pisos com juntas de grama,


minimizando a sensação de aridez característica desses espaços.
Poderão ser placas de pisos com junta de grama, ou elemento
vazado apropriado para piso com plantio de grama, resultando
em um piso "verde".

• B - Piso contínuo, com faixas demarcatórias de vagas, constitui


uma opção, que apresenta, porém a desvantagem de ser um piso
mais árido.

Custos : Considerando-se o "concregrama" (elemento vazado) na


opção "A" e paralelo miracema como revestimento (só o material) na
opção "B": "A" seria aproximadamente 200% mais caro que "B".

3.1.6. Equipamentos de Hidráulica, Elétrica e Gás

Elementos como poste de entrada de luz, hidrômetro, regulador de


pressão de gás, abrigo de botijões de gás e depósito de lixo, são
geralmente "encaixados" nos espaços que "sobram" do recuo frontal.
Para a harmonização total do pavimento térreo, recomenda-se que
estes equipamentos sejam considerados, no início do projeto da área
externa, locando-os em pontos menos visíveis às áreas nobres e
facilitando o acesso, a aqueles que os manipulam.

3.2. CIRCULAÇÃO

O zoneamento dos espaços e equipamentos do pavimento térreo,


define as circulações tanto interna quando externamente. Procura-se
evitar, na medida do possível, o cruzamento de circulações de serviço
com as áreas nobres como hall social, salão de festas, salão de jogos,
etc..

Considera-se como circulação de serviço, além do acesso de


funcionários às suas dependências ou ao hall de serviço, a circulação
de condôminos que utilizam as piscinas, vestiários (quando existirem
no pavimento térreo), quadras, churrasqueiras, etc...

O design da circulação pode ser um fator que integra e harmoniza as


demais formas dos elementos da área externa do pavimento térreo.

3.3. ÁREAS DE ESTAR

3.3.1. Praça de Acesso Principal

Por ser local de fluxo constante de pedestres, torna-se apropriado para


área de estar e uso de elementos decorativos.
i E
encol

Quando possível, poderão ser projetadas praças c o m bancos, mesas


(fixas ou móveis), ou elementos mais sofisticados como: espelhos
d'água, fontes, cascatas, esculturas, etc. (prédio padrão AA).

No caso de espaços exíguos, tratamentos de pisos com desenho mais


elaborado poderão enriquecer esses espaços.

Foto 15 - Praça de acesso principal (Ver pág. 24).

Área nobre, onde os pedestres (principalmente os visitantes dos


condôminos) obtém a primeira impressão do empreendimento, e o n d e
a vegetação deverá ser especialmente rica e elaborada (espécies
vegetais com folhagem e flores atrativas para serem apreciadas de
perto). •

3.3.2. Praça de Apoio ao Salão de Festas

Usualmente, o espaço d o salão de festas prolonga-se em direção à


área externa do edifício (existindo ou não um espaço projetado para
esta função). Portanto, é importante que se elabore um espaço c o m
elementos para atender a estas necessidades.

Deverão ser projetados espaços, com equipamentos de área de estar


c o m o bancos, mesas (fixas ou móveis, ver item mobiliário neste cap.),
elementos decorativos (bases para vasos ou esculturas), pisos c o m
tratamento especial (composição de materiais utilizando, q u a n d o
possíveis e compatíveis, materiais de pisos internos). Tal espaço p o d e
ser a entrada externa do salão de festas, principalmente nas festas
infantis.

Grande parte dos eventos, que aqui ocorrem são destinados às


crianças, tornando-se interessante portanto, a integração da praça de
apoio com o play ground.

Foto 16 - Praça integrada ao Play Ground (Ver pág. 24).

3.3.3. Pergulados

• Caráter estético
Utilizado para propiciar aconchego, enfatizar determinados
espaços, minimizar o efeito "corredor" em áreas de estar
localizadas junto as grandes empenas, ou para eliminar a
sensação de "fosso" entre altas edificações.

• Caráter funcional
Em áreas de estar que necessitam um "abrigo" para proteção
contra o sol (vigas + ripado, no caso de madeira) e contra a
chuva (vigas + ripado + vidro). Geralmente utilizados em locais
equipados com bancos (permanência prolongada), e áreas de
estar de churrasqueiras.
Foto 12 - Muro "pichado" Foto 13 - Muros e floreiras escalonadas

Foto 14 - Estacionamento de cortesia Foto 15 - Praça de acesso principal

Foto 16 - Praça integrada ao Play Ground Foto 17 - Pergulado sobre área de estar
A cobertura de vidro sobre o perguiado, quando necessária, deverá ser
utilizada somente em locais distantes das torres, evitando-se o perigo
de quebra do vidro por objetos atirados dos apartamentos e
consequente acúmulo de sujeira.

Foto 17 - Perguiado sobre área de estar (Ver pág. 24).

Caracterizando-se como um "teto vazado", pode ser executado c o m


vigas de madeira, concreto aparente, ou revestido. Não é aconselhável
o uso de massa com pintura ou pastilha c o m o revestimento, pois o
acúmulo de sujeira sobre a face superior da pérgula, quando lavado
pela chuva, pode manchar as laterais.

O perguiado pode servir como apoio para o desenvolvimento de


trepadeiras, criando espaços sombreados e aconchegantes.

3.4. Áreas de Recreação e Lazer

3.4.1. Play Ground

O play ground deve estar integrado às demais áreas do pavimento


térreo, entre elas a piscina infantil e a área de estar do salão de festas
(mais freqüentemente utilizados para festas infantis).

Recomenda-se localizá-lo, de modo a receber boa insolação durante


todo o dia, se isto não for possível, optar pelo sol da manhã.

Nas regiões de clima quente, o usuário precisa ter a opção de estar à


sombra, por exemplo sob pergulados c o m trepadeiras, ripados o u
árvores, principalmente na área de estar de mães e babás.

O acesso ao play ground não deve atravessar áreas de uso, c o m o


piscina de adultos ou acesso de veículos.

A diferença de níveis (degraus, taludes ou muretas) proporciona


ambientes mais ricos, e ao mesmo tempo possibilita às crianças o
desenvolvimento de parte de suas necessidades motoras.

Independentemente da modalidade, o posicionamento dos brinquedos


deve prever e evitar riscos de acidente, por exemplo no cruzamento de
saída de escorregador com trajeto de balança, ou brinquedos dos
quais a criança possa cair próxima a cantos vivos.

A integração dos equipamentos com elementos construídos (muretas,


bancos ou movimentos de terra) valoriza os próprios brinquedos e
enriquece o espaço do play ground.

Foto 18 - Brinquedo de madeira (Ver pág. 31)

Foto 19 - Brinquedo de ferro (Ver pág. 31)

Foto 2G - Brinquedo de fibra cie vidro (Ver pág. 31)


. È r
encol

QUADRO IV - Brinquedo para Play-Ground

EQUIPAMENTO CUSTO DURABILIDADE ASPECTO ESTÉTICO


(material)

Ferro Galvanizado 100% 5 a 7 anos - exige manutenção Bom


semestral

Madeira 187% 8 a 10 anos Muito Bom

Fibra de' Vidro 555% 10 a 15 anos - exige manuten- Regular


ção anual

Base para cálculo d o custo: escorregador c o m 2 m

• Materiais
Os pisos do play ground devem absorver impactos, nas áreas
que possibilitem riscos de quedas ou escorregões (próximos ao
escorregador, balanço, etc.). Um gramado se adapta
perfeitamente a estas exigências, embora seja prejudicado nas
áreas de pisoteio intenso (sob escorregador, gira-gira). O uso da
areia é infelizmente inviável, pois é difícil a manutenção de
condições sanitárias mínimas, como limpeza de feses de animais
domésticos, transmissoras de doença de pele, micoses, etc...

Prever, não apenas restritos a áreas de recreação infantil, pisos


que permitam atividadescomo andar de bicicleta, patins ou jogo
de amarelinha, ou seja, pisos lisos, homogêneos e duros.

A escolha dos materiais deve ser compatível com o padrão do


prédio. Ver Cap. IV - Materiais.

• Vegetação
Optar pela escolha de espécies, que não exponham as crianças a
algum tipo de risco, como espinhos ou venenos, que sejam
resistentes, para se possível, tornarem-se parte da "brincadeira".

A escolha de plantas frutíferas é um ponto a mais de atração para


a área.

3.4.2. Piscinas

As piscinas, em prédios residenciais, além de seu próprio uso, são um


grande fator de impacto visual, e a sua maior ou menor utilização
depende dos fatores climáticos. A água é, por si só, bastante atrativa,
mas principalmente em empreendimentos de padrão mais elevado (A,
AA), esta característica pode ser incrementada através de outros
elementos, entre os quais as cascatas (a água em movimento, para ser
vista e "sentida"), as arquibancadas ou escadarias que adentram a
piscina, pontes, etc...

As piscinas de adulto e infantil devem estar ligadas visualmente, mas


separadas funcionalmente, de modo a possibilitar ao adulto estar no
solarium da sua piscina e controlar a criança, na piscina infantil
simultâneamente. A previsão de um futuro cercamento da área é
importante, para que este, caso executado, não venha a prejudicar
esteticamente o projeto no futuro.

Foto 21 - Piscina adultos e infantil (Ver pág. 31).

Além da proximidade c o m a piscina de adultos,a infantil p o d e estar


próxima ao play ground (integração das áreas de recreação infantil) e
às áreas de estar (próximo ao salão de festas, funcionando c o m o
espelho d'água).

Por outro lado, devem ser analisados problemas decorrentes de u s o


simultâneo c o m o por exemplo, em dias de festa, q u a n d o um ambiente
poderá devassar o outro (principalmente em festas infantis).

• Insolação
Localizando-se a piscina, de m o d o a obter uma boa posição em
relação ao sol, as edificações (existentes ou futuras) d o s terrenos
vizinhos precisam ser consideradas. Na impossibilidade de
insolação ideal da piscina e do solarium, optar por sol no
solarium, e não na água.

• Posição em Relação a Torre (Prédio)


O conjunto aquático deve, preferencialmente, ser visualizado
pelas salas e dormitórios do andar tipo, e não por cozinhas, áreas
de serviço, banheiro, etc..

O trajeto do banhista, ao sair do hall de serviço no pavimento


térreo e se dirigir às piscinas, não deve atravessar áreas que
possam devassar a sua intimidade, como os acessos na entrada
do prédio. Recomenda-se que os sanitários e vestiários sejam
posicionados neste trajeto.

a Piscinas sobre Laje


As piscinas de adultos acabam sempre por ser elevadas, em
relação ao restante do pavimento térreo, pois do contrário,
haveria perda de espaço considerável no subsolo, devido à
profundidade mínima de água recomendada. Quando o subsolo
não ocupar a área máxima permitida no lote, optar pela
localização da piscina fora da laje de cobertura deste, se as
demais exigências de localização e insolação assim permitirem,
objetivando minimizar problemas de impermeabilização e carga
na estrutura.

Considerando-se, porém que o conjunto aquático encontra-se na


maioria dos casos diretamente na laje do pavimento térreo, e
elevado em relação a este, devem-se prever escadas de acesso
largas (2 a 3m) e dissimular o desnível com floreiras.
; 1 > , 1 í »

e n c o /

O p ç õ e s de Execução
• A- Moldadas "in loco" (piscina de concreto integrada a

estrutura do prédio).

• B- Pré-moldadas (fibra de vidro).

• C- Semi-pré moldadas (moldadas "in loco" com estrutura


de aço galvanizado - SISTEMA HIDROSPORT).

Q U A D R O ¥ - Piscina s o b r e Laje
O P Ç Ã O DE ; CUSTO EXECUÇÃO OBSERVAÇÕES
EXECUÇÃO

A 940 OTE Na própria obra Forma e dimensão da piscina não


limitadas

B 2.171 OTE Vem executada A curto prazo evita problemas c/


impermeabilização (futuramente
manutenção a cargo do condomínio)

C 3.149 OTE Por firma Disponível somente em algumas


especializada regionais ' •

• Variações de integração c o m a laje d o prédio para as piscinas da O p ç ã o A


M o l d a d a s "in loco".

CASCATA —
N. 0,80
Fig. 3.7 - Laje normal no
fundo da piscina infantil e
laje rebaixada na piscina
de adultos. Dissimulação
do desnível de 80cm, pois
o solarium infantil t a m b é m
está elevado (50cm) em
relação ao térreo.

Fig. 3.8 - Laje rebaixada no


fundo da piscina infantil e
laje normal na de adultos.
Por sua própria forma e/ou
dimensões nem sempre é
possível "encaixar" a
piscina de adultos na
estrutura do précio. Já a
infantil, por ser menor, é
facilmente localiza Ja entre
as vigas da estrutura.
Desnível maior entre o
solarium para adultos e o
piso do pav. térreo.
CASCATA

Fig. 3.9 - Laje normal em


ambas as piscinas.
Facilidade na definição da
estrutura (localização das
vigas independentemente
do desenho das piscinas).
Desnível maior entre o
solarium para adultos e
piso do térreo
(desvantagem).

N. 1,3Q
Fig. 3.10 - Piscina de JvCH
adultos e infantil no mesmo tz>/////
/
nível. O caixão perdido,
resultante desta solução,
não é recomendado, pois TzzzzétzzzzzzzzzL
TZZZZZZZZZZZZZZZi
não permite acesso para 8
manutenção (hidráulica e CA|!W PERDIDO -
SUJEITO A INFILTRAÇÕES PISCINA
impermeabilização). ~ ADULTOS

SOS-SOLO

r
2ZZZ^ZZZZZZZZZZZZZZZZZZ2Z^ZZZ^ZZZZZZZZZZZZZZZZZ^ZZ2ZZl

Dimensões
Para se chegar às dimensões ideais de uma piscina de adultos e
solarium com fins recreacionais, em prédio residencial, pode-se
utilizar c o m o parâmetro o índice 4 m /usuário, sendo 1,4 m 2 área
de água e 2,6 m 2 área de solarium. Para a quantificação dos
usuários, considera-se 30% da população estimada do edifício
(índices adaptados, Curso de Atualização Profissional em
Arquitetuta Esportiva, Prof. Luciano Bernini, set. 1985).

A profundidade usual da água é 1,2 m, considerada segura por


não permitir o afogamento de um adulto em pé. Recomenda-se
para o exercício ideal na natação 1,8 m, o que acarretaria
entretanto em carga demasiada na estrutura, e grande desnível a
ser vencido entre o piso do térreo e o solarium da piscina.

Na área do solarium, devem ser previstos espaços para mobiliário


móvel (espreguiçadeiras) e fixo (bancos com altura máxima 40 cm
e largura mínima 60 cm, o suficiente para que neles seja possível
se deitar para tomar sol). As espreguiçadeiras são vantajosas por
permitirem a locação na melhor posição em relação ao sol, os
bancos fixos, no entanto, são mais resistentes às intempéries.
\
Forma (desenho) da Piscina
V
Deve permitir a natação em linha reta por alguns metros (8 a
10m). Quando muito irregulares, dificultam a utilização da piscina
e são aproximadamente 26% mais caras que as convencionais.

Fig. 3.11 - Formas não


recomendadas.

Fig. 3.12 - Formas bem


resolvidas.

Fig. »>.-i-I F(6. 3.-12.

• Elementos de Atração:
• Bar - a sua localização deve considerar a distância da
piscina infantil e a não interferência nos trajetos de natação.
O funcionamento pode, no entanto, ser problemático em
edifícios residenciais, por falta de funcionários específicos.
Recomendado somente para prédios padrão AA.

Seu custo representa aproximadamente 7 % a mais no custo


de execução da piscina (bar com 2m de comprimento e 4
banquetas, em uma piscina de 4x8m).

• Arquibancadas e escadas, que adentram a piscina - assim


c o m o o bar - não devem interferir no trajeto da natação.
Recomenda-se a escolha de materiais antiderrapantes
(pedras, cerâmicas texturizadas) no patamar dos degraus.
O custo implica em 4% a mais no total do valor da piscina
(arquibancada com 3 degraus, comprimento 2m em uma
piscina 4x8m).

Foto 22 - Arquibancada na piscina (Ver pág. 31).

• Pontes - detalhadas, de m o d o a não permitir que se possa


nadar sob elas, para evitar que o nadador bata a cabeça,
ao voltar á tona da água. Bom recurso para integração da
piscina de adultos à infantil.

Foto 23 - Ponte na piscina (Ver pág. 31).

• Cascatas - de grande potencial atrativo, proporcionam


movimento à água, além de aumentar-lhe a percepção, por
ser possível ouví-la e sentí-la (quando se está sob a
cascata). Não é necessária uma bomba específica, para
Foto 18 - Brinquedo de madeira Foto 19- Brinquedo de ferro

Foto 20 - Brinquedo de fibra de vidro Foto 21 - Piscina adulto e infantil

Foto 22 - Arquibancada na piscina Foto 23 - Ponte na piscina

Ä'ÄVÄwXw^^
seu funcionamento, sendo usual a interligação com a
bomba da própria piscina. Recomenda-se, que não seja
porém, o único dispositivo de retorno de água, pois o ruído
(queda d'água) deve ser opcional e não obrigatório. Seu
custo é de aproximadamente 8,5% a mais, em relação ao
custo da piscina (cascata com 1 m de largura em uma
piscina de 4x8 m).

Hg. 3.13 - h: a altura de


(- SES£RVATOK?o
l ACtW
uma cascata deve ser
suficiente para a passagem
de pessoas sob ela. b: o y
' balanço deve ser mínimo
eoMSAS j
CASA o£
(10 cm) quando a altura
recomendada não for h rT f
possível, de modo a evitar (=1SCINA h Y
acidentes. /

Foto 24 - Cascata (Ver pág. 39).

B Instalações
O acesso à casa de bombas deve ser fácil (de preferência na
vertical, com porta de ventilação permanente) e próximo ao
conjunto aquático. As suas dimensões variam, de acordo com os
filtros e bombas especificados, devendo prever além destes, o
espaço para o material necessário à manutenção da piscina. A
ventilação permanente tembém deve ser prevista.

• Materiais de Revestimento
• Solarium - recomenda-se que sejam coerentes com o
padrão do prédio, antiderrapante e térmicarnente não
absorventes de calor, pelo contrário, refletores. Ou seja, os
pisos devem ser claros. As opções são várias, entre
cerâmicas, pedras e decks de madeira, todas oferecendo
suas vantagens e desvantagens (vide Cap. IV - Materiais).

O desenho dos decks de madeira, em conjunto com os


pisos de pedra deve ser considerado juntamente com as
formas das piscinas, formando um conjunto harmonioso a
ser apreciado principalmente do plano superior, dos
apartamentos.

• Piscina' - vantajosos ou não, com relação a custos e


durabilidade, podem ser azulejos, pastilhas, epoxi ou vinil
(vide Cap. IV - Materiais).
0 Vegetação
É importante prever a área destinada a vegetação, no ambiente
das piscinas, evitando assim, espaços muito áridos. Ao definir os
maciços vegetais, devem-se considerar futuras sombras que
possam ser causadas, prejudicando a insolação do solarium e d a
água. As espécies escolhidas devem ter folhas de grande
dimensão, por serem estas de fácil recolhimento (limpeza), não
causando entupimentos nas instalações hidráulicas.

3.4.3. Equipamentos Esportivos: Quadras, Pista de Cooper, Skate

Tanto quadras, c o m o pistas de skate e cooper devem estar distantes


d a área nobre do pavimento tipo do edifício (salas e dormitórios), de
m o d o a evitar incômodos decorrentes de barulho e porque são
elementos estéticamente menos agradáveis do que um belo jardim o u
uma piscina, ao serem visualizadas de um plano superior.

Por este mesmo motivo (estético), recomenda-se que em relação ao


conjunto d o pavimento térreo, eles não possam ser vistos d o acesso
social, das praças junto ao salão de festas, ou interferirem na fachada
d o prédio.

3.4.3.1. Quadras Esportivas

Posicionando-se a quadra paralelamente ao sentido norte sul, evita-se


que haja ofuscamento da visão do jogador pelo sol. Esta
recomedação, é no entanto, dificilmente seguida, pela dimensão da
própria quadra e pelo espaço não abundante no pavimento térreo.
Cada caso deve, no entanto, ser estudado separadamente.

Na realidade, as quadras resumem-se a áreas destinadas às


brincadeiras das crianças, pelas suas dimensões reduzidas. Estas
devem ser porém, proporcionais às de uma quadra poliesportiva oficial
(16 x 28 m), de m o d o a possibilitar jogos semelhantes aos reais. Não
esquecer os recuos laterais, pois, por exemplo no voleibol, o j o g o
passa dos limites da linha de demarcação. A posição, em relação a o
corpo do prédio, deve prever a interferência nos primeiros pavimentos,
pois a tela de fechamento (altura média de 4 m) é necessária e p o d e
prejudicar visuais.

Foto 25 - Tela próxima a varanda do tipo (Ver pág. 39).

As linhas demarcatórias para os jogos precisam estar recuadas, em


relação à tela, e a escolha da modalidade esportiva deve ser coerente
com a dimensão da quadra. Espaços pequenos, com muitas linhas se
cruzando no piso, acabam por ser confusos e atrapalham o jogo.

Os equipamentos mais usuais são as traves (dimensão proporcional à


quadra), os postes para rede de vôlei e cestas de basquete (em
pequenas áreas, uma só cesta já é suficiente para a brincadeira).
32,co- 35,oo
Fig. 3.14-Quadra T E L A

Poliesportiva.

Fig. 3.15 - Quadra de tênis. [


y
X Ç1 1 —
ai ]

flfo. 5.-14

TELA : ALTURA USUAL 4 M


Fig. 3.16 - Quadra de vôlei. T E L A : A L T U R A USUAL 4M

3P.OO - 3 6 . do 32. ca - 3 6 . 0 0

Fig. 3.17- Quadra de


futebol de salão.

I ^ 6.00
_ TRAVE P/GOL:
— LINHA DEMARCATORIA LINHA DEtAARCATORIA 1.5o x 3 . o o
ESPESSURA 5 CM ESPESSURA : B CM

FIO. ÒAb
Fifo. ÒA7

T E L A : A L T U R A USUAL 4 M T E L A : IDEM QUADRA TEN1S


Fig. 3.18-Quadra de
basquete. 3S-.CO - 36.CO 29. o o

Rg. 3.19 - Quadra de


mini-tênis.

^ 5.6o I 7. go j . LINHA OEMARCATCJR/A


ESPESSURA SOM
LINHA DEMARCATORIA

FI6. 3.-18 E S P E S S U R A 5" C M


Fie>. 3.11

Os materiais de revestimento dos pisos devem ser compatíveis com a


modalidade do esporte, e com o padrão do edifício. Ver Cap. IV -
Materiais'.

A vegetação, utilizada em floreiras dentro da área delimitada pela tela,


deve ser resistente e de folhagem perene, para facilitar a manutenção.
Este aspecto deve ser considerado também na escolha das trepadeiras
utilizadadas nas telas, recurso este interessante, por resultar em
paredões verdes muito agradáveis.

3.4.3.2. Quadras cie Squash

Por suas pequenas dimensões, se adaptam bem às exigências dos


edifícios residenciais, principalmente nas regiões de clima frio, pois
c o m o são cobertas, seu uso não é limitado por condições climáticas.
São recomendadas no entando desde que seja possível a utilização de
uma parte do subsolo, ou do pavimento térreo interno (se houver
mezzanino), pois a altura de 6 m acarreta em volume demasiado, a ser
construído no térreo externo.

O material de piso indicado é madeira clara, não sendo recomendadas


outras opções, e é este o fator mais relevante em relação ao custo da
quadra, pois em ambas as opções apresentadas a seguir, as paredes e
lajes fazem parte do conjunto construído. Para uma quadra são gastas
somente com o piso 940 OTE.

Fig. 3.21 - Quadra Rg. 3.22 - Quadra


utilizando parte do subsolo. integrada com o
corpo do edifício.

3.4.3.3, Pistas de Skate

Considerado o esporte "da moda" para os adolescentes, as pistas de


skate são um elemento de atração no pavimento térreo, interessantes
por serem de fácil execução, com materiais já existentes na própria
obra. As mini-pistas (para crianças e iniciantes) são as mais indicadas,
pois suas dimensões e custos se compatibilizam com os pavimentos
térreos usuais. Por estas mesmas razões (custo e dimensão), não são
recomendadas as pistas profissionais, que além disso, são restritas ao
uso de skatistas com muita experiência.

As mini-pistas são ideais para a ocupação de áreas de difícil acesso,


ou pouco interesse como por exemplo, recuos remanescentes de
terrenos em desníveis.

Fig. 3.23 - Exemplo de área


adequada para mini-pista
de skate.

• PISTA P/ S K A T E

Podem ser executadas em alvenaria, ou concreto e revestidas com


cimento queimado ou madeirit. A superfície final deve ser lisa e
homogênea. A pista n°1 custa aproximadamente 97,5 OTE (em
alvenaria revestida com cimento queimado).

Fig. 3.24 - Dimensões de


mini-pistas de skate.

3.4.3.4. Pistas de Cooper

O percurso mínimo adequado é de 200 m, que podem ser percorridos


no pavimento térreo inteiro, sem a necessidade de marcação específica
da pista na sua totalidade.

Trajetos com dimensão menor que a recomendada não são indicados,


pois são cansativos e acabam não sendo utilizados.

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Nestes casos, são preferíveis pistas para patins ou skate, ou áreas c o m ,
equipamentos de ginástica, muitos entre os quais podem ser
simultaneamente utilizados como complemento do play-ground, c o m o
por exemplo, barras, escada horizontal e obstáculos.

3.4.4. Ambientes de Churrasqueiras

A opção por áreas de churrasqueiras no pavimento térreo de edifícios


residenciais é motivo de freqüentes discussões, e deve ser analisada
em função do padrão e localização do edifício (bairro, cidade e cultura
regional).

& Localização no Pav. Térreo


Deve ter acesso fácil ao hall de serviço, evitando-se caminhos
longos ou escadas. Em relação ao andar tipo, deve estar distante
das áreas nobres (salas e dormitórios), pois além dos odores, a
fumaça é incômoda, principalmente aos primeiros pavimentos. A
locação do conjunto deve proporcionar a privacidade que o
ambiente exige.

^ Proteção de Vento, Sol e Chuva


A área deve ser protegida dos ventos dominantes, através de
muros ou maciços de vegetação, os quais simultaneamente
solucionam a questão da privacidade. Recomenda-se que não
apenas a churrasqueira e bancadas de trabalho sejam protegidas
do sol e da chuva, mas na impossibilidade da proteção de t o d o o
ambiente (estar, bancos e mesas), optar por estes dois elementos.

As coberturas podem ser de telha (barro, cimento amianto), lage


(com ou sem floreira), pergulados com trepadeiras e quiosques
de sape ou piaçava, prevendo distância .do corpo do prédio, para
evitar incêndios causados por cigarros jogados do andar tipo.
Pelo mesmo motivo, no caso de arremesso de objetos mais
pesados, não são recomendadas coberturas em vidro.

Foto 26 - Churrasqueira. (Ver pág. 39)

a Equipamentos
No mínimo devem fazer parte do ambiente a churrasqueira, uma
bancada com cuba suficientemente grande para trabalho, mesa e
banco ou balcão/bar e banquetas. Demais equipamentos, c o m o
geladeira e armários são opcionais, de acordo com o padrão d o
prédio.

A churrasqueira pode ser de alvenaria construída no próprio local


(exigindo do usuário grelhas e espetos portáteis para churrasco),
pré-fabricada fixa (estruturas de ferro galvanizado embutidas na
alvenaria) e pré-fabricada removível (churrasqueira com espetos
giratórios automáticos, tipo Giragrül), esta última recomendada
para prédios de alto padrão.
O mobiliário pode ser fixo ou móvel, sendo constituído por
bancos ou cadeiras e mesas. As vantagens e desvantagens das
diversas possibilidades devem ser consideradas, de acordo c o m
o padrão do prédio, sendo que uma solução mista (fixos e
móveis), é interessante devido à fácil manutenção de mesa e
banco fixo para uso normal, e o acréscimo de mesas e cadeiras
móveis de acordo com a quantidade de usuários, por exemplo
em dias de festa. Ver Cap. Ill, item mobiliário.

• Materiais
O revestimento do piso deve ser antiderrapante e não absorvente
(óleos, gorduras e molhos). Quando, em última hipótese for
absorvente, deve ser escolhido, de m o d o a disfarçar possíveis
manchas.

Exemplos : Pedras miracema, folhetim Santa Isabel, granitos,


cerâmicas, etc...

m Vegetação
Além de ter a função de anteparo visual e de ventos, a escolha
das espécies deve considerar que a permanência dos usuários
na área da churrasqueira induz à percepção daquelas com folhas
e flores notáveis.

Não são aconselhadas plantas com perfume muito forte.

3.5. Perímetro do Terreno

3.5.1. Muros da Divisa

Sempre que possível, o aspecto árido e construído desses elementos


deve ser minimizado com a complementação de espaço para
vegetação arbustiva (cercas vivas). As trepadeiras são desvantajosas,
por não proporcionarem impacto visual imediato, sendo indicadas, no
entanto, quando se pretende efeito estético a longo prazo, ou q u a n d o
não há espaço suficiente para um arbusto. Nestes locais seriam
indicados também os "muros ecológicos", compostos por elementos
cerâmicos com terra e plantas, que exigem porém, maior manutenção,
têm custo mais elevado (6,6 OTE/m 2 ), e encontram-se disponíveis
somente em algumas regiões.

Foto 27 - Muro com vegetação (Ver pág. 39).

Foto 28 - Muro sem vegetação (Ver pág. 39).

Foto 29 - "Muro Ecológico" (Ver pág. 39).

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Foto 24 - Cascata Foto 25 - Tela próxima a varanda do tipo

Foto 26 - Churrasqueira Foto 27 - Muro com vegetação

Foto 28 - Muro sem vegetação Foto 29 - "Muro ecológico"


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3.5.2. Empenas Cegas

São paredões resultantes de edificações vizinhas sem recuos. Podem


ser tratados com painéis de telas (o desenho do painel pode
proporcionar um aspecto visual interessante enquanto a trepadeira não
crescer), floreiras, painéis artísticos ou um conjunto destes elementos.
A possibilidade de demolição destas paredes, no futuro, precisa ser
analisada, evitando-se gastos desnecessários.

Neste sentido, o tratamento com telas e treliças para trepadeiras se


mostra vantajoso, pois é de baixo custo e fácil remanejamento, o que
não ocorre com muros de alvenaria, por exemplo.

Foto 30 - Empena com telas e floreiras (Ver pág. 41).

Na composição com floreiras, precisam ser consideradas sua


drenagem e irrigação. Buzinotes e ralos não devem ser visualizados
pelo observador, e a irrigação deve ser mecanizada, pois geralmente,
elas se encontram em locais de difícil acesso.

3.5.3. Floreiras s o b r e Ventilação Permanente no Subsolo

Usualmente, junto aos muros de divisa, recomenda-se a localização


nas áreas menos nobres do pavimento térreo (evitando acesso social,
piscinas, etc..), e que possibilitem ventilação cruzada no subsolo.

Os elementos vazados para fechamento do vão de ventilação podem


ser pré-moldados de concreto, venezinas de alumínio, ferro
galvanizado ou madeira. Todos devem evitar a entrada de águas
pluviais, que respinguem nos carros.

O dimensionamento da área de ventilação é definido pela legislação de


cada cidade. Em São Paulo por exemplo, as aberturas somam 0,06%
da área total do sub solo, sejam elas sob floreiras no térreo, paredes
laterais, rampas de acesso, ou a própria porta da garagem.

Foto 31 - Floreira sobre ventilação (Ver pág. 41).

Foto 32 - Ventilação com grelha no piso (Ver pág. 41).

Fig. 3.25 - Na
impossibilidade de A
existência de floreiras
sobre ventilação, utilizar
grelhas no piso, prevendo
no sub-solo uma canaleta
para captação das águas
pluviais, recurso este
utilizado, quando há falta
de espaço.

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Foto 30 - Empenas com telas e floreiras

Foto 31 - Floreira sobre ventilação Foto 32 - Ventilação com grelha no piso

Foto 33 - Floreiras sem manutenção


3.6. Mobiliário

Pode ser fixo ou móvel. O primeiro abrange bancos ou mesas


construídas na própria obra (de alvenaria, madeira, etc.); e o segundo é
constituído pelos móveis de jardins encontrados no mercado (de ferro,
madeira, alumínio, etc.). Ambos apresentam vantagens e
desvantagens, relacionadas a seguir.

QUADRO V I - Mobiliário
FATOR MOBILIÁRIO FIXO MOBILIÁRIO MÓVEL

Garantia de execução ou É executado no decorrer da obra pela própria A compra frequentemente depende da aprova-
compra construtora ção do condomínio após o término da obra, ou
seja, existe a possibilidade de não serem com-
prados

Conforto ergonométrico Relativo Confortável

Flexibilidade no uso, mo- É fixo, não passível de remanejamento Por ser móvel, pode ser remanejado de acordo
bilidade com o uso desejado. Importante para móveis de
solarium pois se ajustam à direção do sol. Pode
ser guardado enquanto não usado, aumentando
a durabilidade do móvel.

Custo Banco de pedra: 8,9 OTE/M' Variável de acordo com o material do móvel
Banco de madeira: 20,55 OTE/M' (31 OTEa 115 OTE- Banco 1,60m)

Múltipla função Pode ao mesmo tempo ser arrimo para floreira, Se presta unicamente a sua própria utilidade
degrau, etc. (banco, mesa)

Durabilidade Durável por ser frequentemente construído com Variável de acordo com o material, está porém
alvenaria e pedra, sendo os de madeira no en- mais sujeito às intempéries que o móvel fixo
tanto sujeitos a manutenção

Materiais Pedra (arenitos e granitos), concreto, madeira Madeira, alumínio, fibra de vidro, ferro, concreto,
plástico, cimento amianto

Design Umitado pela execução na própria obra Possibilidade de múltipla escolha pela oferta do
mercado
CAP. IV - MATERIAIS
s
Os materiais de revestimento da área externa deverão ser compatíveis
aos utilizados na torre (fachadas e pisos do pav. térreo interno).
Recomenda-se, quando possível, a repetição do mesmo material, por
exemplo, muretas de canteiros com o mesmo revestimento das
fachadas. No caso de se optar por outros materiais de acabamento,
cuidados devem ser tomados para ser mantida a harmonia do
conjunto, em termos de cores e texturas. Grande diversificação de
materiais pode acarretar espaços visualmente poluídos. Os custos dos
materiais de revestimento da área externa deverão ser adequados ao
padrão do edifício.
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Material Envelhecimento à Abrasão Observações

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Total I

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Pintura Prejudicado Prejudicado 100% 194% 100% Requer rodapés e encabeçamento (Ex. Com pintura
acrílica suvinil)

Tijolo aparente Bom, Bom 252% 150% 162% Evitar locais úmidos
I com manutenção

Cerâmica Bom Bom 219% 220% 165% (Ex. Cerâmica São Caetano 30x30cm)

Pastilha Bom Bom 262% 235% 190% (Ex. Vidrotil)

Massa com agrega- Bom Bom 338% 171% 209% Requer mão de obra especializada e cuidados na
dos minerais aplicação pl homogeneidade (Ex. Fulget)

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38
Pedra Bom Bom 458% 248% Menos convidativo às pichações (junto à calçada)
Sobre laje, cuidados com peso excessivo (Ex. Moledo)

Concreto aparente Bom, 582% 328% 369% Cuidados com formas, acabamento, polimento e
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com manutenção impermeabilização

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Composição de Manutençao/ Escala em % de Custo
Material Aspecto Estético Desenhos Limpeza Observações
Material Mão de Obra Total

Azulejo / Regular/ Restrito Fácil 100% 112% 100% (Ex. Azulejo Eliane 15x15cm)
Cerâmica Bom

Pastilha Bom Variados Regular 155% 100% 133% Maior quantidade de juntas dificultam
a limpeza (Ex. Pastilha NGK5x5cm)

Vidrotil Bom Formas orgânicas Regular 380% 110% 287% (Ex. Vidrotil)
variadas
CAP. V - Vegetação

Os maciços vegetais atenuarão a aridez causada pela dimensão e pela


sequência dos elementos construídos, compondo ambientes mais
agradáveis e contribuindo esteticamente para o conjunto. A sua
presença dependerá da localização e distribuição dos canteiros nas
áreas externas previamente estudadas pelo Arquiteto projetista. Assim,
é importante a existência de vegetação, recobrindo os elementos
verticais contínuos (muros e muretas), vedando as vistas
desinteressantes e devassadas e estruturando os espaços muito
amplos e contínuos.

Escolher e determinar a vegetação do jardim requer prática e


conhecimento das condições de adaptação das espécies utilizadas.
Por isso, recomenda-se a contratação de profissionais gabaritados
para essa função. Considerando-se que, se por um lado o Arquiteto
projetista, em geral, não detém esses conhecimentos, por outro lado a
sua competência é de organizar os espaços, passamos a relacionar os
principais volumes vegetais e suas potencialidades na estruturação
espacial. A intenção é que o Arquiteto sugira os volumes vegetais ao
responsável pelo plantio, para conjuntamente chegarem ao resultado
pretendido.

5.1. Estrato Arbóreo

A massa de folhagem está acima da linha visual do observador (verde


"aéreo") e não ocupa espaço de circulação, com exceção do caule.

Para serem posicionadas árvores de porte na área externa comum é


necessário que haja espaço para o desenvolvimento de sua copa e
profundidade de terra para o crescimento de suas raízes.

Em geral, o pav. térreo é ocupado por lajes do sub solo, com exceção
dos recuos. Arvoretas adaptam-se bem sobre canteiros de 50 cm de
profundidade de terra, assim como algumas espécies de Palmeiras
(consegue-se 50 cm de terra com pequena elevação do solo mesmo
que o canteiro tenha 40 cm).

Por problemas de custo não se recomenda o uso de grandes árvores


sobre laje, pois a estrutura precisaria suportar grande quantidade de
terra e mesmo assim, apenas algumas espécies poderiam sobreviver.
Nos recuos frontais a colocação de árvores é desejável desde que não
prejudique a visibilidade do guariteiro e o impossibilite de controlar os
acessos.

Palmeiras, por exemplo, (com fuste único e não entouceirado) podem


ser usadas nesta área sem atrapalhar a visão.
Árvores p o d e m ser plantadas junto a guia da calçada, desde que não
haja fiação aérea e fluxo demasiadamente intenso de pedestres.

5.2. Estrato Arbustivo

O estrato arbustivo é o mais utilizado nos jardins de edifícios


residenciais, na grande maioria dos casos.

Vamos considerar duas tipologias de arbustos, cujos volumes


estruturam espaços de maneiras diversas: Arbustos altos e Arbustos
baixos.

• Arbustos Altos:
A c o p a se forma na região da altura do olho do observador em pé
( ± 1,50 m), vedando sua visual.

Vantagens:

• Formam cerca vivas.

• Vedam muros e paredes tornando o espaço menos árido.


Podem segerir psicologicamente uma ampliação do espaço
(mesmo que fisicamente o volume do arbusto o diminua),
principalmente quando o verde vertical do arbusto une-se
ao verde horizontal do gramado.

Fig. 5.1

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Flö-B.'l- IMPEDE A CICHAÇÃD FI6.5-2. - A PRESENÇA DO M U R O E D I F I C A D O , VISUALÍZ-ENTE "VEM"


DE E N C O N T R O A O O B S E R V A D O R D I M I M U I N C O PSICOLO-
OOS MOROS
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• Pela sua forma praticamente vertical se adaptam a


canteiros relativamente estreitos.

• Sua condição de cerca viva, quando denso, permite que se


obstruam visuais desagradáveis e desinteressantes,
oferecendo proteção, aconchego e intimidade a esse
espaço.

• Pelo seu porte e raízes adaptam-se bem em solos rasos


(pelo menos 40 cm de terra), que é o caso dos jardins
sobre laje.
Arbustos Baixos (herbáceas): %
A folhagem encontra-se bem abaixo da altura do olho do
observador, não obstruindo o visual e permitindo ser apreciada
de cima.

Vantagens:

• Plantados nas áreas junto à guarita, não obstruem as


visuais.

• A freqüente situação de muretas acima do piso para


contenção da terra do jardim possibilita que muitas vezes o
arbusto baixo se eleve, e desempenhe o "papel" de arbusto
alto.

Fig. 5.3

• Tapam muretas, propiciando a continuidade visual do verde.

Fig. 5.4

ARBUSTO BAIXO MINIMIZA A


PRESENÇA ( ÃRioA) DA
MUf?ETA DA PÍ8CÍNA

• Exercem a função de guarda-corpo em áreas pouco


perigosas.

Fig. 5.5

• Apresentam grande gama de cores (de folhagem e de


flores) e texturas, constituíndo-se num grande potencial de
composição estética;

• Sua visualização do plano superior permite inclusive ao


observador no piso do jardim, a criação de desenhos com
cores e texturas variadas.
5.3. Estrato de Forrações

Forrações do Solo:

São as plantas rasteiras, que revestem aterra (chão). Podemos


subdividi-las em dois grupos: as que suportam e as que não suportam
pisoteio.

9 Espécies que suportam relativo pisoteio:


São as gramas. Necessitam de insolação praticamente direta
para sobreviver, o que dificulta sua utilização sob arbustos e
locais sombreados. Exigem manutenção constante de corte.

Os gramados se prestam às áreas de recreação infantil, desde


que se assuma que, em áreas mais pisoteáveis como por
exemplo sob gira gira ou sob escorredores, a grama ficará falha
(especificamente nessas áreas, é possível a colocação de piso).

S Rasteiras que não suportam pisoteio:


São espécies que forram o solo, não resistem a pisoteio, porém
apresentam grande variação de textura e colorido.

Algumas resistem ao sombreamento de outras espécies (ou


locais de pouca luz), o que possibilita sua utilização sob árvores e
arbustos. Muitas delas exigem pouca manutenção

Podemos considerar como forrações as herbáceas, que se


multiplicam com facilidade e apresentam baixo custo por m 2 de
plantio, o que o seu uso viabiliza em áreas relativamente grandes.

Deve-se usar forração sob arbustos, mesmo nos casos em que


estes futuramente cresçam e "fechem" o solo, para que no início,
o jardim não apresente a terra desnuda.

Algumas espécies quando usadas em canteiros elevados,


crescem debruçando-se sobre a mureta do canteiro, e
cobrindo-na verticalmente.

Trepadeiras

Consideramos as trepadeiras como forrações, pois elas podem forrar


praticamente qualquer tipo de superfície horizontal e verticalmente,
desde que haja um suporte adequado.

V.V.X-X.X.X.X.:.;-:^^^
Podemos subdividi-las em dois grupos:
m As que se agarram sozinhas 5 em superfícies relativamente lisas.
• As que necessitam de apoio c o m o tela, treliças, pérgolas o u fios para s u a
fixação.
No primeiro caso, as que não necessitam de cuidados especiais para
sua fixação, podem forrar muros, muretas, paredes, etc.. Não são
muitas as espécies, com este tipo de comportamento e praticamente
nenhuma apresenta floração significativa.

Podemos classificá-las como as que apresentam folhas perenes ou


caducas (que permitem a insolação da parede no inverno).

Na categoria das que necessitam de apoio especial, encontram-se a


maioria das trepadeiras existentes. Algumas, sem este apoio
adequado, crescem sobre si mesmas, formando verdadeiros arbustos.

R E P E R T Ó R I O B Á S I C O DE V O L U M E S V E G E T A I S

ÁRVORE D E C O P A HORIZONTAL

I 4 A 5m I

PLANTA
ELEVAÇÃO ELEVARÃO
ÁRVORE PEQUENA

ARVORE DE o o F A VERTlCAL

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ELEVAÇAO E LEYAÇ?0 ELEVAÇÃO


ARVORE GRANDE PALMEIRA MÉDIA PALMEIRA PEQUENA

ESTRATO A R B U S T I V O
( MUITO UTILIZADO -SOBRE LAJES)

S U L
EJ-EVAÇAO
E LEVARÃO

ARBUSTO ALTO ARBUSTO BAIXO

PASSÍVEIS D E PISOTEIO.- GRAMAS QUE N Ã O NECESSITA D E SUFT>RTE.


FORRAÇOES

TREPADEIRAS
NÃO PASSÍVEIS D E PISOTEIO QUE NECESSITA D E SOPORTE
encol

CAP. VI - Instalações

6.1. Iluminação

As possibilidades de iluminação externa podem ser agrupadas em três


tipos básicos: aérea (postes, arandelas), balizadores (facho de luz a
não mais do que 60 cm de altura do piso) e projetores (no piso, de
cima para baixo).

A definição de quantidade, locação é tipo das fontes de luz deve


permitir que o ambiente noturno seja vivido como tal, usufruindo dos
contrastes entre claros e escuros, e evitando a homogeneidade, que
procura imitar a luz do dia.

Não há regras para se projetar. Cada caso precisa ser estudado


diferenciadamente, pois até a cidade onde o prédio se localiza
influência a especificação dos aparelhos. Em São Paulo, por exemplo,
a claridade da abóboda celeste, implica em maior quantidade de
iluminação (reconhecimento por diferenciação de claro/escuro). Uma
pequena fonte de luz no campo proporcionaria o mesmo contraste.

Rg. 6.1. Não recomendado


- O uso de postes altos
com grande intensidade de
luz devem ser evitados,
pois homogeinizam o
ambiente.

Rg. 6.2. Recomendado - A


diferenciação da fonte
luminosa proporciona
"dramatização" e
valorização do ambiente
noturno.

Fio. 61 FIG. 6.2

• Iluminação Aérea
Indicada principalmente, onde é necessário o reconhecimento
das pessoas, como nos acessos ao prédio, ou nas áreas de
estar. O aparelho pode estar preso a postes (2,5 a 3 m de altura)
ou em paredes (arandelas).

Rg. 6.3. iluminação Aérea.


fcr
encol

9 Iluminação por Balizadores


V
O facho de luz é dirigido para o piso, a partir de alturas reduzidas.
Ideal para circulação, onde não há necessidade do
reconhecimento de pessoas ou demais elementos, mas apenas
do caminho a ser percorrido.

Fig. 6.4. Balizador

H iluminação de Baixo para Cima (projetores)


Recurso para valorização de determinadas áreas ou objetos,
principalmente a vegetação.

Fig. 6.5.

A fixação dos projetores de jardim, através de cilindros de embutir


ou espeto, é preferível à fixação por roseta em bases de concreto,
por possibilitar remanejamentos, em função do crescimento da
vegetação ou época de floração. O cilindro de embutir evita que a
direção de facho de luz seja desviada, durante a manutenção do
jardim, quando muitas vezes o projetor acaba por ficar
direcionado não às plantas, mas sim ao observador.

m Tipo de luminárias
Devem ser resistentes às intempéries, principalmente em áreas
sujeitas à maresia, e totalmente vedadas a infiltrações.

O design precisa ser compatível com o estilo do prédio. O facho


de luz pode resultar em maior ou menor ofuscamento,
dependendo do desenho e do material das luminárias. A visão
superior partindo dos apartamentos deve ser considerada, pois
freqüentemente acaba-se por visualizar somente os pontos de luz
e não a área iluminada.
Fig. 6.6. Não recomendado
- Postes com esferas de
vidro transparente,
St\
ofuscam, quando
visualizados,
principalmente a partir do
plano superior.

Fig. 6.7. Recomendado -


Tipo de luminária que evita
ofuscamento.

Custos
A flexibilidade de comando (vários circuitos) da iluminação
externa, possibilita que áreas junto a salão de festas, por
exemplo, sejam iluminadas somente quando em uso, assim como
play grounds, piscinas, etc., reduzindo gastos desnecessários
com energia. A utilização das paredes do próprio prédio como
fixação (arandelas), balizadores embutidos em muretas, e postes
como apoio para mais de uma luminária são recursos que
reduzem os gastos de instalação.

Recomendações específicas para determinados ambientes do pavimento


térreo:
• Iluminação junto ao acesso do prédio:

A posição da luminária deve evitar o ofuscamento da visão


da guarita, na qual devem ser previstas instalações de
comando eletrônico dos portões, interfones, telefone e
circuitos de televisão nos prédios de alto padrão. Um bom
reconhecimento das pessoas precisa ser garantido em
todos os acessos (social, serviço e garagem); para tanto as
luminárias em postes são as mais indicadas.

Fig. 6.8. Posição correta

Fig. 6.9. Posição errada do


poste, provoca
ofuscamento

x->xx-x-x-x-x-xx-x -x-x-x-x-x-x-x X-XX-X-X-X-X-X-X


Fig. 6.10. Junto as escadas,
a luminária deve estar na
parte inferior desta, ou nas
paredes laterais;
acompanhando os
degraus. O espelho é
iluminado
preferencialmente ao
patamar, evitando sombras
e facilitando a descida.

• Play Ground:

Prever a possibilidade de uso durante o período noturno.


Postes.com luminárias e balizadores são os tipos de
luminárias indicadas.

• Piscinas:

A iluminação no ambiente das piscinas abrange a área do


solarium, a qual pode ser iluminada somente por
balizadores, devido ao seu pouco uso noturno (exceto nas
regionais com clima mais quente). A iluminação
sub-aquática é mais estética do que funcional, e seu
posicionamento em relação ao corpo do prédio precisa
prever a visualização superior pelos apartamentos. O fato
da luz ser atração para insetos não deve ser esquecido.

Fig.6.11. A direção do
facho de luz dos projetores
sub-aquáticos deve estar
no sentido da visualização
do observador, e não
oposta a ela, para evitar
ofuscamento.

• Quadras Esportivas:

Não exigem os mesmos níveis das utilizadas em


competições esportivas, pois dificilmente são possíveis nos
edifícios residenciais quadras de dimensões oficiais. O
posicionamento dos postes precisa considerar as aberturas
e varandas do andar tipo, para serem evitados
ofuscamentos.

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Rg. 6.12. Não
recomendado. A posição
do poste ofusca a varanda
do primeiro pavimento.

• Ambientes de Churrasqueiras

A fonte de luz deve preferencialmente ser proveniente de


cima, presa à cobertura ou a paredes, iluminando a área de
trabalho (churrasqueiras e bancada), bancos e mesas.
Spots de facho dirigível são flexíveis, e em casos de festas
podem ser direcionados de acordo com a disposição do
mobiliário móvel. Prever tomadas para geladeiras,
eletrodomésticos em geral e churrasqueiras com espetos
giratórios (tipo Giragrill), em prédios de alto padrão.

6.2. Irrigação e Drenagem

6.2.1= Irrigação

Normalmente a irrigação dos jardins do pavimento térreo é efetuada


manualmente. Para torneiras de jardim, recomenda-se uma distância
aproximada de 15 m uma da outra, pois considera-se o uso de
mangueiras de 10 m (mangueiras maiores são de difícil manuseio e
podem "varrer" os jardins, prejudicando as plantas). Suas localizações
devem ser de fácil acesso, tomando-se o cuidado de abranger toda a
área externa do edifício tanto para a irrigação dos jardins como para a
lavagem de pisos. Evitar locais muito "visíveis" aos pedestres,
principalmente em áreas nobres, e junto aos muros de divisa
(tendência geral), onde normalmente se localizam os canteiros, que por
dificultar o acesso ao manuseio, causam a depredação da vegetação.

No caso de existirem floreiras em locais de difícil acesso para irrigação


(floreiras suspensas), prever o uso de mini aspersores ou
equipamentos similares de irrigação (canos furados enrolados em
manta de bidim para evitar entupimentos), com registros de controle
em pontos de fácil acesso.

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m
I r
encol

6.2.2. Drenagem de Piso

Opções: ralos ou canaletas

a A utilização de ralos é a forma mais usual, para se efetuar


drenagem de pisos sobre lajes normais.

Evitar a locação de ralos, próximos às portas de acesso do corpo


do edifício, pois quando estes entopem, acarretam o
impedimento da passagem.

m Canaletas (com ou sem grelhas dependendo do local), em geral


permitem acabamentos mais elaborados e esteticamente
interessantes.

Para a sua utilização, é necessário um espaço maior entre o piso


acabado e a laje, por exemplo, casos de lajes rebaixadas ou lajes
bem abaixo do nível do piso acabado. Poderão ser de concreto,
cimento, canaletas metálicas pré-fabricadas ou de pedras
(granitos, mármores, arenitos, etc.).

6.2.3. Drenagem de Floreiras

a Para melhor desempenho dos ralos nos canteiros sobre laje,


deve-se utilizar sobre a impermeabilização uma camada de brita
ou argila expandida (cinasita) de, no mínimo 5cm, e sobre esta
uma manta drenante (bidim). Esta manta deverá recobrir toda a
superfície interna da floreira (inclusive as laterais), retendo a terra
e permitindo o escoamento de água.

(ver caderno Encol de recomendações para projeto de


impermeabilização).

a Para drenagem de jardins ou floreiras elevadas (floreiras sobre


ventilação permanente dos sub solos, marquises, floreiras sobre
guarita, etc.), utilizar ralos, evitando-se ao máximo, o uso de
buzinotes (que além do aspecto estético negativo, podem
manchar paredes ou muretas, pela vazão de água com terra). Em
locais não visíveis, ou onde seja difícil o uso de ralos, pode-se
optar pelo uso de buzinote de cor próxima à cor do material da
parede, na qual se encontra.

v.v.v.v.^vv.x.v.x.y.:.^
fi;
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CAP VII - Floreiras do Andar Tipo

Além das orientações específicas para composição da fachada (ver


caderno de fachadas), as floreiras do andar tipo devem considerar
acessibilidade, plantio, execução e manutenção.

Pelos aspectos a seguir apresentados, a utilização das floreiras é


recomendada somente em casos especiais. Os terraços sim, deveriam
ter dimensões adequadas a recepção de vasos, cuja colocação estaria
a cargo do proprietário do apartamento. A manutenção futura é
garantida, pois a partir do momento em que opta por ter plantas, o
morador se dispõe a mantê-las.

Foto 33 - Floreiras sem manutenção (Ver pág. 41)

• Dimensões
As floreiras deverão ter no mínimo 50cm de profundidade e 40cm
de largura. Floreiras muito estreitas e rasas ressecam com
facilidade pela ação do sol (que incide lateralmente, aquecendo
t o d a a caixa) e dos ventos, comprometendo as plantas e o
aspecto final da fachada.

PLANTA
Fig. 7.1
Acessibilidade
Fácil acesso pelo andar
tipo, para a execução do
plantio e futura
manutenção (regas,
transplantes, etc.).

R g . 7.2

CORTE Compatibilidade com Esquadria


Preferencialmente a
esquadria deve ser de
correr. Nos casos, onde
abrem para fora, são
prejudicadas as plantas.

es
m Irrigação, Drenagem
Na impossibilidade ou dificuldade de irrigação manual (posição K
elevada, distância da torneira, piso de carpete, etc.), prever
irrigação automática ou com tubo de PVC furado.

A impermeabilização e drenagem são as mesmas recomendadas


para o restante do pavimento térreo.

ia Plantio
O plantio da floreira deve ser parte integrante do projeto de
plantio do térreo, ser homogêneo e harmonioso com a fachada,
valorizando-a além de não obstruir visuais interessantes. Ou seja,
deve ser executado pela própria construtora, e não deixado à
cargo dos futuros proprietários, os quais muitas vezes não
executam o plantio, ou plantam muitas espécies diferentes,
implicando na descaracterização da fachada como um todo.

A escolha das espécies precisa considerar a resitência aos


ventos e à insolação.

M Execução do plantio
Só é possível pelo próprio andar tipo. Por este motivo, deve ser
executada anteriormente a pintura final da unidade, pois é inviável
o controle do transporte de terra (mesmo ensacada) e das
plantas pelo apartamento sem que estes sujem paredes ou pisos.

^ Manutenção
Pela exigência da própria execução (antes da pintura final), a
manutenção inicial das floreiras se torna problemática, pois
justamente após o plantio, necessitam de irrigação constante,
época em que os moradores ainda não ocupam o prédio. É
necessário a indicação de um funcionário, que assuma a
responsabilidade pela irrigação, seja ela manual ou automática.
Em casos mais sofisticados, pode-se prever uma irrigação
automática interligada das floreiras, controlada pelo zelador no
pavimento térreo.
CHECKLIST Qn \
• Situação no estudo preliminar
x Situação no projeto definitivo

ESPAÇO/ AVALIAÇÃO
EQUIPA- FATOR
MENTO Ótimo Regular Prejud.

CAP. 1 - Do programa a implantação do edifício

Compatível com o padrão do empreendimento

Atendimento de todas as faixas etárias


Programa
Dimensão dos equipamentos compatível com os usos

Custos

Qualidade dos espaços do térreo externo resultante

Resolução das visuais interessantes

Resolução das visuais desinteressantes

Apartamento Resolução dos ventos


Tipo
Resolução dos ruídos

Resolução da insolação

Compatibilidade com equip. dos térreos vizinhos

Compatibilidade entre equipamentos do térreo externo c/ compartimentos do apto. Tipo


o
c Resolução das visuais interessantes
(D
e
to
® Resolução das visuais desinteressantes
c
o
N
[o Resolução de ruídos

"•D Resolução de ventos / fumaça da churrasqueira


O
O
x> Resolução da insolação
o
o
«
Compatibilidade entre equipamentos próximos
c
CL
£ Sequência espacial
Térreo
Externo Sequência formal

Sequência volumétrica

Compatibilidade entre área nobre e área serviço

Tratamento dos paredões de subsolo na fachada

Tratamento de térreo escalonado

Relação área ajardinada x pavimentada (Por Equipamento)

Compatibilidadde entre espaços internos/externos

Visual da rua para o empreendimento


encol Por Dentro das Áreas Externas
\

ESPAÇOS/ AVALIAÇÃO
EQUIPAMEN- FATOR
TOS Ótimo Regular Prejud.

CAP. Ill - Área do recuo frontal (item 3.1)

Calçada Resolução de Pisos

Custos

Localização

Dimensão

Design

Acesso social
Controle de
Acessos Visibilidade Acesso serviço

Acesso garagem

Segurança

Acessibilidade

Materiais

Custos

Localização

Tipo de controle

Tipo de portão
Social
Proteção à chuva

Materiais

Iluminação

Localização

Tipo de controle

Acessos Serviços Tipo de portão

Proteção à chuva

Materiais

Iluminação

Localização

Tipo de controle

Garagem Tipo de portão

Proteção à chuva

Materiais

Iluminação

Custos

Barreiras Segurança

Preservação de áreas íntimas

Aspecto estético

Proteção contra "pichações"

Materiais

Custos
ESPAÇOS/ AVALIAÇÃO
EQUIPAMEN- FATOR
TOS Ótimo Regular Prejud.

Área do recuo frontal (item 3.1) - cont. "

Localização

Visibilidade da Guarita
Estacionamento
de Cortesia Materiais

Iluminação

Custos

Locação poste entrada de luz

Equipamentos Locação hidrômetro


de Hidráulica,
Elétrica e Gás Locação regulador de gás

Locação medidores e abrigo gás

Circulação (item 3.2)

Distribuição Espacial

Materiais
Social
Iluminação

Custos

Distribuição Espacial

Materiais
Serviço
Iluminação

Custos

Áreas de estar (item 3.3)

Colocação de Elem. Func. (Bancos)

Locação de Elem. Decorativos

Praça de Acesso Materiais

Iluminação

Custos

Integração c/ Salão Festas

Equipamentos

Praça de Apoio Relação c/ Play-Ground


ao Salão Festas
Materiais

Iluminação

Custos

Localização

Pergulac(os Materiais

Custos
encol Per Dentro das Áreas

;\ O
y
ESPAÇOS/ AVALIAÇÃO
EQUIPAMEN- FATOR
TOS

Ótimo Regular Prejud.

Áreas de recreação e lazer (item 3.4)

Insolação
Locação em
Relação a Andar Tipo

Pav. Térreo

Área de Estar

Play- Estética
Ground
Equipamen- Durabilidade
tos
Custo

Materiais

Iluminação

Vegetação

Insolação
Locação em
Relação a Andar Tipo

Pav. Térreo

Relação en- Segurança


tre pis. adul-
tos/inf. Visualização

integração com estrutura

Acessibilidade

Dimensões

Atrações (cascata, arq., bar,...)


Piscinas
Instalações C. Bombas

Materiais Re- Solarium


vest.
Piscina

Iluminação Solarium

Piscina

Vegetação

Mobiliário Fixo

Móvel

Custos Solarium

Piscina
ESPAÇOS/ AVALIAÇÃO
EQUIPAMEN- FATOR
TOS Ótimo Regular Prejud.

Área de recreação e lazer (item 3.4) cont.

Insolação
Locação em
Relação a Andar Tipo

Pav. Térreo

Dimensão
Quadra

Múltipla Função

Materiais

Iluminação
V)
Vegetação

tb I Custo

1 Locação
.c
1 W
«J
Material

5" Iluminação
s
Custo

Locação
Skate
Pista

Material

Custo

Locação
coope
Pista

Material

Custo

Locação em Andar Tipo


Relação a
Pav. Térreo

Proteção ao Tempo

Área de Equipamentos
Churrasaueira
Materiais

Iluminação

Vegetação

Custo

Ventilação do Locação
Sub-solo
Perímetro do Quantidade
Terreno (Item 3.5)
Tratamento de Empenas Cegas

Vegetação
ESPAÇOS/ AVALIAÇÃO
EQUIPAMEN- FATOR
TOS Ótimo Regular Prejud.

Area de recreaçao e lazer (item 3,4) cont.

Conforto ergonométrico

Locação

Fixo Durabilidade

<o Compatib. com materiais térreo


m
E
® Custo

o conforto ergonométrico
-5
3 Locação s

Móvel Durabilidade

Compatib. com materiais térreo

Custo

Instalações (cap VI)

Distribuição das fontes de luz

Design
Iluminação
Luminárias Durabilidade

Custo

Tipos de equipamentos

Irrigação Localização

Cobertura de todo o terreno

Localização dos ralos de piso


Drenagem
Localização dos ralos de canteiro

CAP. VII - Floreiras do andar tipo

Acessibilidade

Integração com Fachada

Floreiras do Dimensão
Andar Tipo
Vegetação

Irrigação

Drenagem

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