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BnCOi Por Dentro da Garaaem

DIPRO - Diretoria de Produto


x-rH-x::::::::^

Arq. Fadva Ghobar da Costa


Indice
APRESENTAÇÃO
5 5

INTRODUÇÃO 6

CONCEiTUAÇÃO 7

PROCEDiMENTOS METODOLÓGICOS 11

INFORMAÇÕES SOBRE VEÍCULOS NACIONAIS 13

DIMENSIONAMENTO DE VAGAS 14

Tipos de Vagas 14

Relação Largura da Vaga x Circulação x Entorno 15

Vagas na Circulação e Vagas em Baliza 17

Espaço para Carga e Descarga (Carros de Passeio e Utilitários) . . . . 17

Passagem para Pedestres (Interno/Externo) 17

Vagas para Motocicletas e Bicicletas 18

Vagas para Deficientes Físicos 19

Vaga de Segurança contra Assalto 19

Curvas de Giro dos Veículos Padrões 19

ELEMENTOS ARQUITETÔNICOS QUE INFLUENCIAM NA EFICIÊNCIA DA


GARAGEM 38

Rampas 38

Modulação da Estrutura 48

Paredes Laterais. Arrimos e "Cortinas" 49

Localização de Compartimentos de Uso Gerai 50

Pé Direito das Garagens 50

Elementos Externos 51
ACESSO DOS AUTOMÓVEIS AO EDIFÍCIO X VIA PÚBLICA 52

ILUMINAÇÃO E VENTILAÇÃO
j j
54

Iluminação 54
Ventilação 55

DIMENSIONAMENTO DA GARAGEM 61

Pré-Dimensionamento 61

Dimensionamento mais Preciso e Tipologia 62

INFORMAÇÕES GERAIS
•j
. . . 84

Equipamentos Opcionais 84

Interiores de Garagem 84

Sinalização Horizontal e Vertical 85

Localização de Equipamentos de Combate a Incêndio 88

Anexos para Auxilio Prático na Elaboração dos Projetos 88

FECHAMENTO CONCLUSIVO .94

CHECK-LIST .95

CURRICULUM/AGRADECIMENTOS 97
Apresentação

E inegável a importância do automóvel na sociedade contemporânea, muito


mais pela necessidade de otimizar o tempo do que pela própria vaidade. Dessa
forma, impõe-se a necessidade de abrigá-lo dando conforto e segurança ao
usuário.

Nos últimos anos, a demanda de veículos tem exigido que os IMÓVEIS


RESIDENCIAIS dimensionem corretamente o número de vagas de seus
edifícios, em função da faixa de mercado a que atendem. Com isto, tem surgido
para arquitetos e empreendedores um grande desafio: conciliar o número de
vagas necessário, no menor espaço possível, dentro do conforto admissível,
otimizando os espaços das garagens, a fim de torná-las eficientes tanto na sua
utilização quanto no resultado final de seus custos.

A E n c o l se l a n ç o u neste d e s a f i o , b u s c o u a m e l h o r e s t r a t é g i a , se
instrumentalizou, e o primeiro resultado é a elaboração deste Caderno, que visa
capacitar sua equipe e seus parceiros na busca de soluções que sejam
compatíveis com sua postura empresarial, envolvendo custo, prazo e qualidade.

Este trabalho não tem a pretensão de abordar amplamente todos os assuntos


deste tema tão rico, cheio de variações e combinações, onde se entrelaçam
outros componentes do projeto do edifício. Procuramos apresentar as
informações que julgamos necessárias para tirar as garagens do "Nível Subsolo"
das preocupações e trazê-la para o "Nível Superior" das atenções, ratificando a
idéia de que um projeto é bom quando todas as suas partes são boas. Isto só
e possível através de uma visão integrada do projeto, sem preconceitos,
resistências ou mitificações, mas sim com domínio dos conceitos e das
"técnicas", com arrojo nas concepções e eficiência nos resultados.

Ao final do Caderno, os profissionais terão subsídios para minimizar os


problemas com garagens, concluindo que sua solução é bastante importante,
tanto pela necessidade da abordagem integrada e consequente com outros
componentes do projeto (pavimento tipo, estrutura, instalações, pavimento de
uso comum, fachadas, etc.) quanto pelo grau de qualidade que imprime ao
resultado final do empreendimento.
Introdução
Todos sabemos que cada garagem, no seu todo, tem problemas e soluções específicas e
únicas, resultado de suas próprias características (área útil, distribuição estrutural, formato
do terreno, localização dos acessos, etc.), que provavelmente não servem para nenhuma
outra garagem. Porém, os conceitos básicos para uma boa garagem são comuns em todas
elas.

As informações aqui contidas buscam amarrar estes conceitos dentro de alguns dados
técnicos, mas, principalmente, no que a prática tem nos d e m o n s t r a d o , sempre
acompanhados de desenhos ou gabaritos. Justamente pela diversidade de soluções
possíveis é que a maioria das informações estão inseridas em "intervalos" que permitem
uma boa margem de variabilidade nas soluções. Desta forma, este Caderno será um
importante instrumento que possibilitará uma análise criteriosa sobre a implicação da
garagem no projeto global do edifício no momento do estudo preliminar, ou seja, na origem
do "desígnio", onde todas as proposições e soluções podem ser questionadas e redefinidas.

Abordaremos os itens mais importantes para uma boa adequação da garagem ao projeto
arquitetônico como um todo, se integrando a ele, na preocupação de torná-ia tão eficiente
e confortável quanto os outros componentes ao edifício, como, também, de adequá-la às
condições de viabilidade do próprio empreendimento.

Para melhor compreensão dos procedimentos mais adequados e seus resultados,


apresentaremos situações variadas e comparativas (antes e depois) em alguns projetos,
com o intuito de traçar perfis que nos possibilitem concluir o que é compatível ou não com
a atual postura da empresa.

É importante observar que o Caderno não aborda as legislações das cidades onde a Encol
atua, porém apresenta situações mínimas aceitáveis, cabendo aos profissionais e às
regionais adaptá-las às suas restrições. Enfocaremos, porém, algumas características
regionais no tocante às garagens.
Coíiceituação
Vamos mencionar aqui os principais conceitos
considerados por nós mais importantes para o
d e s e n v o l v i m e n t o de um b o m p r o j e t o de
distribuição e operacionalização de vagas em
garagens. Apesar de particularizados, alguns
desses conceitos se cruzam e se complementam.

Segurança

Quando faiamos de segurança em garagens, referimo-nos a:

« Segurança do usuário motorista - evitar situações perigosas que coloquem em risco


a segurança do motorista, propiciando boas condições de visibilidade dos espaços
de circulação e manobra, sinalização das situações de maior risco (curvas perigosas,
obstáculos, voículcs no contra fluxo, qualidade ambiental, prevenção contr.a
derrapagens, etc.), condições para prevenção contra assaltos (equipamentos
"^"espiciaís) e prevenção contra incêndio.
• Segurança do veículo - evitar situações que tragam d a n o s materiais aos veículos.
Isto implica em propiciar boa circulação e manobra para os acessos (entrada e saída)
da garagem, evitando que haja obstáculos ou veículos que "estrangulem" a passagem
repentinamente, sem prévia sinalização (passagens mínima de 2.40 m), como também
propiciar boas condições para o veículo ter acesso à vaga, sem precisar proceder a
mais de 3 manobras.

® Segurança do usuário pedestre nas


áreas o n d e haja c i r c u l a ç ã o de
veículos - evitar situações de risco
que venham a provocar acidentes.
Para tanto, devemos propiciar uma
boa sinalização dos acessos e dos
principais trajetos dentro das
g a r a g e n s . Os esjpjacos__paj;_a,
p a s s a g e m de_ (DedesIres^ejiUe^
obstáculos não poderá ser menor
que 0"70 m.
Conforto Físíco-Âmbiental

Boa iluminação; pé direito^(mínimo de 2.20 m livres);


. bom padrão de qualidade para as~;nanobras, tanto nas.
vagas como nos acessos; conforto nas circulações,
tanto em nível quanto nas rampas; boa ventilação para
os gases.

GARA6£

Conforto Visual

Soluções estéticas agradáveis que


propiciem ao usuário uma especial
relação com o espaço da garagem,
valorizando o empreendimento.
Eficiência

Desempenho da garagem como um todo, onde a eficiência é a somatória dos itens


anteriores aiiada à escoiha da melhor tipologia (subsolo, subsolo e térreo, só térreo,
elevadas, etc.), em função das condições gerais do empreendimento (briefing e períii do
terreno), compatibilizando a solução física à viabilidade econômica.
Procedimentos Metodológicos

O projeto da garagem, para que obtenha a eficiência desejada, deve travar um importante
"diálogo", tanto com o empreendimento como com o edifício.
® Características regionais - aspectos culturais e tradicionais que interferem na definição
do "valor" da garagem. Ou seja, o que o consumidor íocaí espera da garagem e como
se comporta se esta for em subsolo, térrea, elevada ou mista.

Em algumas regiões, onde o nível d'água é aflorado, recomendamos que se utilize ao


máximo o piso térreo e, se necessário, o piso elevado. Quando isto ocorrer, observar com
cuidado o que acontece com o PUC (Pavimento de Uso Coletivo) do edifício. Em outras
regiões, em que não há problemas com o lençol d'água, o terreno é de boa qualidade, as
cotas favorecem a utilização de subsolos com pouco movimento de terra. Porém, esta
situação, dependendo da região, pode ser uma qualidade ou um problema.

Em suma, é importante que o profissional tenha sensibilidade para adequar o projeto da


garagem às condições do terreno (dado objetivo) e às características regionais (dado
subjetivo).

C o m o pavimento tipo - o estudo do pavimento tipo, ao ser elaborado, deve manter estreita
troca de informações com a garagem. Deve-se manter um elo em que as informações do
tipo desçam para a garagem e as da garagem subam para o tipo quantas vezes forem
necessárias, para que o resultado final não seja conflitante e que sua solução traga
benefícios para a distribuição de vagas.

Esta integração é fundamental para que o resultado da modulação estrutural e da "torre"


de circulação (elevadores e escadaria) seja o melhor possível na conjugação com os outros
elementos do edifício e no aproveitamento dos espaços da garagem.

Dimensionamento Real

Uma vez cercadas todas as dificuldades e já negociadas as soluções com o resto do edifício,
devemos proceder ao dimensionamento mais preciso. Em primeiro lugar devem estar
definidos e dimensionados os compartimentos necessários (depósitos gerais e individuais,
casa de força, casa de bombas, vestiários, etc.), porém, não devem ser locados ainda, a
não ser os que precisam de local pré-estabelecido. Em segundo lugar, devemos ter o
quadro correto do número de vagas e seus tipos (todas livres ou livres e presas agrupadas)
de acordo com o número de vagas por apartamento. A partir daí procede-se à distribuição
como se fosse um jogo de quebra-cabeças. Quando percebemos que se obteve uma boa
solução, começamos a inserir os compartimentos para, então, recomeçar o quebra cabeça,
agora co m todas as peças, até a solução final.
Informações sobre Veículos Nacionais

T a h e í a de D i m e n s õ e s de Veículos

A 3 C 0
TAMANHO DO
Comprimento Lorgura Altura Curvo da giro
VEICULO (mm) (mm) (mm)
(mm)

PECUENO
4063 1601 1509 10200
VOYAGE

MEDIO
4366 1668 1358 11690
MONZA

GRANDE
4684 1754 1365 12300
CARAVAN

ESPECIAL
4856 2030 1820 14000
PICK U P / F 1000

Classificação dos Veículos:

1. Pequeno comporta os veículos: Fiat 147, Panorama, Fiorino, Oggi, Uno, Prêmio, Elba,
Chevette (Hatch), Gurgel G15/XEF, Later MP, Jeep, Escort, Gol, Brasília, VW
Sedan, Parati, Saveiro e Voyage.
2. Médio comporta os veículos acima e mais: Passat, Gurgel X12, Puma G I B / GTE,
Corcel II, Belina II, Pampa, Del Rey, Scala, Marajó, Chevy 500, Kadett, Apoilo,
Verona e Monza.

3. Grande comporta os veículos acima e mais: Kombi, Alfa Romeo, Maverick, Santana,
Quantum, Opala e Caravan.

4. Especial comporta os veículos acima e mais toda a linha F-1000, D-20 e suas
variações.
Dimensionamento c/e Vagas

Serão abordados aqui os critérios para dimensionamento de vagas procurando arrolar


várias possibilidades, inclusive analisando a diferença entre espaço d e m a r c a d o e espaço,
reai da vaga. Porém, é importante observar que não se pode criar regras fixas para o
dimensionamento de espaços, estipulando que esta ou aquela situação é a ideal. Não se
pode criar teorias a respeito, pois para cada garagem haverá uma forma mais adequada
de distribuição, ou mesmo várias formas a serem analisadas, para optarmos pela melhor
solução. Mas, é possível, como faremos aqui, o fornecimento de informações referenciais
colhidas na prática, que poderão orientar na elaboração e definição das melhores opções.

Quando se fala em dimensionamento, não se pode pensar em um espaço encerrado em si


mesmo. Pelo contrário, para defini-lo é necessário que se observe atentamente tudo o que
acontece à sua volta, tais como: circulações, passagem para pedestres, acessos a
compartimentos (depósitos, armários, escadarias, elevadores, etc.), que fazem parte deste
item.

As informações, em sua maioria, apresentam uma gama de dados que vai do mínimo ao
máximo aceitável. Os profissionais, dentro de suas regionais, devem se apropriar desses
dados de acordo com suas necessidades e da .legislação locai, levando em consideração
aquiio que seja possível e adequado às suas características e restrições.

Para as informações aqui arroladas, utilizamos o veículo médio como pareto. Nas
tabelas/gabaritos fornecidos estamos considerando razoáveis intervalos de conforto, onde
os veículos grandes podem ser inseridos.

Tipos de Vagas

Classificaremos as vagas em: livres e presas


(duplas ou triplas),conforme elucida o desenho abaixo.
Relação Largura da Vaga x Circulação x Entorno

Existe uma variabilidade nesta relação que consiste_basicamente em: sendo mais larga a
vaga, menor pode ser a circulação.

Existe uma compensação entre essas medidas que justifica esta relação, possibilitando que
haja uma significativa racionalização dos espaços, sem prejuízo do conforto, propiciando
um melhor aproveitamento das áreas e, portanto, resultando em economia de espaço. Ver
Figuras 1 a 20.

O gabarito 1 fornece urna importante relação entre o número de vagas e a distância entre
pilares (face a face) que orienta o melhor aproveitamento de vagas em função da modulação
estrutural a ser definida. O gabarito 2 fornece os intervalos satisfatórios em que podemos
trabalhar essa relação.

Gabarito 1
Gabarito 2
Abertura a e portas O parâmetro correto para o d i m e n s i o n a m e n t o de
vagas considera a abertura de porias no ponto
médio, valendo c o m o espaço c o m u m às duas

Vagas na Circulação e Vagas em Baliza

» Na circuiação - normalmente tem-se resistência para utiiizá-las mas mostraremos que


algumas das importantes soluções para a otimização de espaços está na correta
utilização de vagas em circulações, sem que isso implique no desconforto para outros
veículos. Os exemplos a seguir mostram.a correta utilização.
Ver figuras 5, 6, 9 e 1 6.

* Em baliza - para serem confortáveis, devem possuir uma cota que varie de 1.00 a 1.30
,....„mot r o s _a ma is qu e o compri m ento de seu ve ículo p a d r ã o E x e m píc s:
- vaga média em baliza - 4.50 m + 1.00 m = 5.50 m (mínimo)
- vaga grande em baliza - 4.70 m + 1.00 m = 5.70 m (mínimo)
Ver figura 2.

Espaço para Carga e Descarga (Carros de Passeio e Utilitários)

Sempre que possível é importante que exista, pois facilita ao usuário proceder ao
carregamento e descarregamento sem colocar em risco os veículos vizinhos, possibilitando
maior conforto. Essa vaga deve ser locada próxima ao elevador de serviço. Seu tamanho
ideal é de Z 6 0 m x 5.00 m e. preferencialmente, em cada piso de garagem.
Ver figura 19.

Passagem para Pedestres (Interno/Externo)

Externamente (a calçada), deve-se evitar mudanças., bruscas de níveis em função dos


acessos das garagens, É aconselhável a colocação de "cigarras" que avisem, previamente,
Tsãíc!ã~cie algum veículo. Esta cigarra estaria ligada a um detector de veículos localizado
a aproximadamente 3 m antes do início da rampa/acesso de saída.
Ver Figura 10. É aconselhável utilizar piso diferenciado na calçada, na direção dos acessos
das garagens.

Internamente,deve ser garantida a segurança da travessia e a passagem de pedestres para


os compartimentos de uso coletivo (elevadores, escadarias, hall social e hall de serviços),
bem como, para os compartimentos de uso gerai (depósitos, escaninhos, armários,
vestiários, banheiros, etc.), através de uma sinalização de piso bastante visível (faixa de
retenção, "zebrados" e faixas de travessia de pedestres - largura de 70 cm). Quando a
garagem possuir rnais de 150 vagas, aconsejha : se reforçar a sinalização com lombadas na
"região deTnaio71"íuxo"e placas indjcativas.

No acesso imediato aos compartimentos (em frente às portas), deve-se manter um espaço
de 80 cm, para conforto na colocação e retirada de materiais. Para a passagem de pedestres
em rampas, aconselha-se uma faixa de retenção de 60 cm.
Ver figuras 1, 2, 4, 7, 8, 9, 11, 13, 15, 16, 18. 19 e 20

V a g a s para Motocicletas e Bicicletas

Estas vagas devem ser localizadas nas regiões onde não podem ser aproveitadas por
veículos, equipamentos ou depósitos, tais como: "cantos" e espaços perdidos, resultantes
da distribuição de vagas ou da distribuição de pilares.

As vagas para motocicletas devem ter, basicamente

® Passagem mínima de 1.20 m


Vaga Mínima de 1 m x 2 m
• Circulação mínima de 2 m

Ver figuras 3 e 6.

As bicicletas podem ser agrupadas dentro de espaços fechados ou penduradas através de


ganchos especiais, fixados no teto ou nas paredes. Ver figuras 4, 6, 13 e 18.
Detalhes d e fixação para blcicletário

Vagas para Deficientes Físicos

Devem estar localizadas o mais perto possível do elevador e com rampa de acesso.
® Medidas mínimas de 3 m x 5 m
» Circulação mínima de 1 m

Ver figura 1 9.

Vaga de Segurança contra Assalto

_Deve estar localizada logo após o acesso de entrada, sem nenhuma sinalização especííica,
conhecida por todõsjõs condôminos. Esta vaga terá um detector de veículos no piso que,
ao serutilízada, "fará disparar um alarme, de som especial, na portaria do edifício ou em
algum outro local estratégico. Ver figura 19.

Esta vaga deverá ser prevista além do número de vagas estipuladas pelo empreendimento,

Curvas de Giro dos Veículos Padrões

Para contribuir no dimensionamento de vagas e melhor compreensão das manobras dos


veículos padrões, estamos apresentando alguns anexos com as curvas de giro desses na
escala 1:100, para utilização prática nos projetos.
Os desenhos abaixo apresentam os raios de giro dos veículos: Voyage, Monza e Caravan,
referências das vagas pequena, média e grande, respectivamente.
Modalo Opala

Obs.: Todas as figuras a seguir foram utilizadas para exemplificação dos itens deste
capitulo. Em muitos casos, uma mesma figura citará vários itens. Algumas vezes as
figuras deste capítulo serão chamadas para exemplificar outros itens de outros
capítulos. Todos os exemplos foram tirados de projetos reais, onde buscamos
abordar situações variadas, demonstrando o que é muito confortável, ideai e
inadequado.

Legenda para as figuras de 1 a 20 a seguir e para os desenhos utilizados neste Caderno.

Obs.- 0 e s p a ç o j ^ m a r c a d o t J e m _que ser c o n s i d e r a d o s e m p r e , IO c m a mais _do_gue. a cota interna indica,


pois, d e v e ser considerada pelo eixo da faixa demarcatória.
Obs.- A p e s a r de todas as circulações serem a c e i t a v é i s . a d i s t r i b u i ç ã o e indesejável, p o r é m f o r a m soluções
d e s t e t i p o que p o s s i b i l i t a m e s t a g a r a g e m a possuir t o d a s as vagas, por não t e r sido p r e v i a m e n t e
p l a n e j a d a , onde a estrutura ao pavimento tipo, naõ travou qualquer d i á l o g o " com a garagem.
£ aconselhável u t i l i z a r cotas ae l a r g u r a m e n o r e s p a r a vagas e m c i r c u l a ç ã o , p a r a exigir que o
veículo estacione corretamente.

esc. MOO

yf, loqai Iivrs »


Fíg. 8

S o l u ç ã o o p c i o n a l p a r a os a r m á r i o s da Fig. 7
M e l h o r i a no c o n f o r t o e s e g u r a n ç a da v a g a G.

Obs. A vaga pequena n ã o á p a r e t o , p o r t a n t o ,


mostra uma s i t u a ç ã o indesejável,
c o n s e q u ê n c i a da i m p o s s i b i l i d a d e de
melhor d i s t r i b u i ç ã o .

Acesso para arma'rios a elevadores

espaço d e m a r c a d o , p a r a
orientar o c o r r e t o porque-
aman t o .

/ Ir ^MmsÀ^mmm^mmmam^ma^^^.

!
1 M
{* K
)
^ L .
*
Sihrtíçchs. normal
4.SO
m) i
Fi<j. 1

S i t u a ç á b ideal para
evitar quinas —

2.95

Pasugwn d* padcstra

armorio armorio armdrio

e s c . 1: 1 0 0

E s t a s a r m á r i o s , a p e s a r da possuírem a c i r c u l a ç ã o n e c s s s á r i a , " a p a r t a m " a


v a g a G , e p o r t a n t o c o l o c a m em r i s c o o seu v e í c u l o ( p e q u e n a s batidas,
arranho~es na l o t a r i a , etc.)

Obs. A v a g a p e q u e n a náb 9 p a r g f o , p o r t a n t o , m o s t r a u m a sifuaçao


i n d e s e j á v e l , c o n s e q u ê n c i a da i m p o s s i b i l i d a d e de m s l h o r d i s t r i b u i r á s .
Espsiho curvo

San sor AutonwíHco<25

SamáYoro Bifoe

c o t a r®aI da vaga

a nao utilizaçao da áraa z a b r a d a ,


22 SUBSOLO. a u x i l i a o acssso das vagas à asqusrda.

Obs.
£ 31 s sistema poda sar usado,
t a n t o para avisar os motoristas,
onfrs os pisos do garagam , como
para avisar os padastres no tárreo
(calçada !.

Ao a c i o n a r o sansor(T), acands o
í«mdforo(2)( varraslho).
Ao a c i o n a r o «snscr acand» o
dforo©( vsrmalho).

O tampo de d u r s ç a o da luz do
s a m d f o r o d d» I S s s g u n d o s .
Apos ssts tampo o s a m d f o r o
v o l t a a luz vorda.

2.45

Semáforo BííocolO

:«fiior Automático
12 SUBSOLO

Espalho curvo

3SC. 1:100
t

ocal para carrinho


d« süfM»rm« rca do.

« g a s do
mszma apt®;

: o f a . a p a s u r d e naõ a t r a p a l h a r a
l a ç a õ , pod« » r m«nor, para m a i h o r Passagem da podastras
f a r o p o r q u a a m a n f c do v®i'culo.
1
I

Fig. 12

Os pilares naõ astao na


posição maia f a v o r d v<s I
para o a casso <3 manobra
dos vsfcuios.
Mas saõ vagas aSsoluta-
m»nt® vidvot3.

posição idaai:

A c o t a m í n i m a para v a g a s
Damarcaçao paro v a g a s próximas a parede é de 2,40m.
próximas as p a r e d e s Q u a n d o isto n ã o é possível,
p o d e m o s criar a l g u m a s
situações p a r a q u e isto
a c o n t e ç a s e m prejuízo d a s
:.70 vagas do entorno.

2.15 2 .15

1.80

i.ao 2-j'o:: iú.


-po3Íçao idoal
VA

r/l •m H

•Esta demarcação e utilizado para facilitar


o a c e s s o d o s dois veículos.

e s c . 1:100
Vagas do mesmo apartamento

.coto r®al

l a r g u r a adraissí
^agas inclinadas
c o t a d«m<

O e p o t i to
G«ral
«ICtV.
Oficina d«
3icicl« f círio o Manutsnçcio

passagara

esc. 1:100
Fîg. 14

6.00 .Vazio u t i l i z a d o para ventilação


permanente

passagem

M o
C J.
1 <NÍ.

Fig. 15

2.70

2.0 5 2.05

Espaço para
manobra

nao e a l a r g u r a ideal esc. 1:100


mas é aceitável.
DEPOSITO oara

pasaagsm
p 3tí®3 fi"3 3

r*giáb quo poà* %er ocupada


para o u í r a s f i n a l i d a d e s

esc. i:!00
Apesar da c o t a p e r m i t i r 0 3 vagas, a c i r c u l a ç o o
nao p e r m i t e , poi s p a r a vagas de 2.03 a c i r c u l a ç d o
d e v e r i a ser de 4.80 a s . o o m .

espaço real

espaço d e m a r c a d i x
m\ í

Foi em f u n ç ã o do nâb
aproveitamento desta
regia~o, o l o c a l a p r o v a i
t a d o para b i c i c l e t á r i o
elevado.

P o d e r i a ser u t i l i z a d o
t a m b é m para armários
elevados.

a grelha esta a
10cm do piso.

s t a d e m a r c a ç ã o o r d e n a o p a r q u e a m e n t o , p a r a f a c i l i t a r as m a n o b r a s dos dois veículos.


:SC. !•' 1 0 0

^ a h s r t u r a s para v a n t i l a ç a o
/
esc. i:!OG
Os c o m p a r t i m a n t o s de p e r m a n ê n c i a d«s p a s s o a s , f o r a m localizados
p r ó x i m o s ao " v a z i o " p a r a possibilitar boa ventilaçd"o
Elementos Arquitetônicos que
infiuenciam na Eficiência da Garagem

Rampas

O formato e a posição das rampas devem ser estudados com muito cuidado, para evitar
situações desconfortáveis ou mesmo de risco. Uma vez dimensionada incorretamente, a
rampa poderá inviabilizar toda a garagem. Enfatizamos que a rampa é o elemento
arquitetônico de maior importância, pois, uma vez executada, não se pode pensar em
remanejá-la.

M Dimensionamento

• Para garagens de até 50 vagas - aconselha-se a utilização de uma única rampa de


mão' ún]ci7cõnTlllJxo"ã u pio.

® Para garagens com mais de 50 vagas -- aconseiha-se 2 rampas independentes


(entrada/saída)~de mão única, ou uma única rampa de mão dupla. A opção por uma
das situações dêveêstar atrelada ao melhor aproveitamento dos pisos da garagem e
melhor orientação das circulações, bem como à implantação do edifício e do PUC.

Q u a d r o c o m r e s u m o das I n f o r m a ç õ e s básicas:
1/ l
L a r g u r a mini ma (m )
\J
Inclinação maxima (%} Raio de G i r o ideal 6
mão única mão dupla mão ú n i c a mão dupla mão única mão dupla

Rata 2.70 5.30 2 0 % 20 %

Curva 3.00 5.50 18 % 1 8 % 7.00 6.50

Quando as rampas respeitam as inclinações mínimas indicadas, não há necessidade de


rampas de transição no seu início e término, p o i s j ã o j i a v e r á risco de os veículos baterem
sua parte inferior ao subirem ou descerem.

Nota: O piso das rampas deve sempre ser tratado de maneira a evitar derrapagens, criando
ranhuras no seu piso.

Obs.: Apresentamos acima as situações ideais, cabendo a cada localidade adaptá-las às


restrições da legislação.
M Garagens em Meio Nívei

Uma solução bastante apropriada para minimizar as possíveis perdas de espaço com as
circulações e acessos internos entre pisos, através de rampas convencionais, é a utilização
de garagens em meio nível. Esta proposta se adequa a terrenos cuja cota de nívei do fundo
está mais abaixo que o alinhamento frontal. Também o projeto do PUC pode tirar partido
deste tipo de solução,

E d ifício

Subsolos em meio níve!

Os exemplos 1 e 2 a seguir mostram situações diferenciadas de rampas e suas


consequências. Em cada caso mostramos a situação inicial e a situação proposta com suas
melhorias.
Exemplo 1
Edifício Residencial Situação Inicial • f1. 0 1 / 0 2

03
O
o
o

<JJ

CO

s
01
JEÜ —™
o
WS
«a «
36 vagas

Ji

5.40
Si 2

1
i r 5.40

«jüC
2

<2 E desaconselhável a utilização de


rampas curvas para fluxo duplo em
3.00m de larg. (mão única) mesmo
3.00 que tenha menos de 50 vagas.

n JEsta situação impede o motorista <ie-


enxèrgãTas "pontas" dáTimpã^
_ ^podêndÕ^ti~prõvõcar acidentes^
Rua
Ex@mplo 1
Edifício Residencial • S l f u a ç o o Snicial , f!. 0 2 / 0 2

e~ O
S O
O ?
C3
a «

o
o
s
T3
CD
>

01
CSJ
Exemplo 1
Edifício Residencial Situação Proposta • f 1.01/02

Nosra região os pilaras 3oraõ dimensionados


de acordo com a nova distribuição.

Nesta situação foi possível obtermos um


acesso independente para o subsolo,
mantendo o outro acesso para o
1° e 2 o nível de garagem.
Inclusive, o n° total de vagas (116)
resultou nesta sc'ução.
5. 5 0 3.60 4 f .
1 o + 2 o nível = 79 vagas
Rua Subsolo = 37 vagas
o
E o
as Í\J
Cl
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u uiCU
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©>

•s

05
5
01
ey
Exemplo 2
Edäficäo Rastdencjoi • S i t u a ç ã o InSclGÎ • f1.01/02

Ie SUBSOLO esc. 1:200


Exemplo 2

Edífícs® Residencial • Sifuaçaõ Proposto • fl. 0 1 / 0 2

terreno natural

Com a retirada de uma das rampas melhorou-se o PUC do


térreo, sem qualquer prejuízo ao conforto da garagem.

ls SUBSOLO esc. 1:2 0 0


Exemplo 2
Edifício Residencial • Situação inicial • f 1.02/02
Exemplo 2

Edifício üasidancial • Situação Proposta • f 1.02/02

22 SUBSOLO esc. 1:200


Modulação da Estrutura

As garagens não podem e não devem direcionar o partido arquitetônico da torre ou do


pavimento tipo nem qualquer outro elemento do edifício, mas, como já dissemos, pode
estabelecer relações de equilíbrio com eles. A garagem é um importante elemento do
edifício, mas não o define.

Já o partido estrutura! pode ser direcionado para vir de encontro ao meihor aproveitamento
da garagem, através de dois procedimentos básicos:

» Estabelecer modulações dentro do maior espaço possível, considerando-se o gabarito


2, que apresenta as variações possíveis de modulação em função do número de vagas
que comporta;

» Locar os pilares da periferia (fora do corpo da torre) após a definição da garagem,


com suas vagas e compartimentos.

O desenho abaixo indica a meihor posição dos pilares em relação às vagas, de maneira a
facilitar o acesso dos veículos.
6.30 4.20

"1 ' ~
I
T -
; 4.00

Posição i d » a l dos piloros am ralaçao asvagas, principalmente para casos da espaços mínimos entra pilares.

As transições devem ser evitadas, porém devem ser feitas quando significam a obtenção
de vagas que não podem ser remanejadas para outro local.
poro de

o
o

6.50

~~11mm
1.00 ; 5.50

(2 vagas da 2.73) \
transição recomendável
para ganho de vagas
Observar sempre se pode ser interessante aspitlho
projetar uma laje invertida para o piso térreo (teto d'cigua jardirvoira

do s u b s o l o ) , c o n t r i b u i n d o para a i g u m a s
soluções do PUC e mesmo para uma melhor
distribuição das tubulações no subsolo.
ktk ' émáwr////M
; ., no» _ J
tubulaçs99

Subsolo

Viga invertida

Paredes Laterais, Arrimos e "Cortinas"

Jislo jjjmens]ongmento final das garagens, é importante que se considere as espessuras


finais (execução) das paredes laterais dos subsolos. A dêscõnsi de ração dessas medidas
pode provocar vários problemas na distribuição final das vagas. Muitas vezes chega a
inviabilizar algumas delas, que depois não conseguem ser remanejadas.

A seguir, uma relação de larguras das paredes laterais.

a) Subsolo fora do lençol freático:


\

* Com 1 subsolo - 0.15/0.20 m


a Com 2 subsolos - 0.25/0.30 m
n om 3 subsolos - 0.35/0.40 m

b) Subsolos dentro do lençol freático (solução convencional):


« Com 1 subsolo - 0.20 + 0.20 = 0.40 m
* Com 2 subsolos - 0.35 + 0.20 = 0.55 m
« Com 3 subsoios - 0.45 + 0.20 = 0.65 m

Detalhe das Paredes Laterais dos Subsoios

.IO

•Vazio para impermeabilização

P a r e d e de b i o c o r e v e s t i d a - O . IO c m

Solo
• Ore n a g e m

e
3olo
'Cortina
o) Subsolos dentro do lençol freático (parede diafragma):

« dependendo do tipo de solo, geralmente são usadas quando se tem 3 subsolos


(eventualmente 2 subsolos), sua espessura varia de 0,35 a 0.60 m.

Localização de Compartimentos de Uso Geral

Sempre que possível, localiza-los em regiões onde a modulação da estrutura ou ! 'caníos"


perdidos não permitem o aproveitamento de vagas.

\ Compartimentos normalmente utilizados em garagens:

» grupo gerador
* casa de força
» casa de bombas
« medidores
* depósitos gerais e individuais
» depósito de lixo
® caixa d'água
» armários
9 vestiários
* banheiros

A necessidade e o dimensionamento desses compartimentos devem estar adequados ao


briefing e à legislação local.

É aconselhável prever um local para carrinhos de supermercado próximo ao elevador de


serviço, com protetor na parede e demarcação no chão, a fim de evitar danos. _A

Ver figuras 1, 7, 8, 9, 10, 11, 14, 16, 18 e 20.

Pé Direito das Garagens


Nas garagens, deve-se utilizar um mínimo de 2.20 m livres, sem computar as tubulações.
Portanto, é muito importante que se íenha~o~dímensicnamcnío das instalações nos pisos
de garagem para correto dimensionamento do pé direito real. Respeitando-se essa cota,
os veículos mais altos (Kombi, F-1000 e D-20) não terão qualquer problema, mesmo-C-OiQ.
o_bagageiia_-—

dos pisos_dev5jser dim ensionada, também, para possibilitar uma boa dis si pagão,
dos gases. A altura real mínima deve ser de 2.50 m.
Entre pisos de rampas (sobreposições), a altura mínima livre deverá ser de 2.10 m.

Quando for realmente necessária a utilização do piso subsolo é importante definir


corretamente sua cota em relação à rua, buscando sempre a menor cota possível.através
da elevação do térreo. Isto minimiza sensivelmente o espaço utilizadcTpelas rampas de
"acesso, possibilitando maior otimização da garagem.

X - mater po^afvol
do ücorco c o m o l e g i s l a ç ã o local
Y - manor posaival

Elementos Externos

Observar com atenção para que não haja jardineiras mal dimensionadas ou mal locadas
que dificultem bs"acessos (entrada e s U d l ) dos veículos, bem como postes mal locados,
que exijam remanejamentos posteriores.

L1 t
•ir lt
3.00 3QÓ
J a rd insira Jardinai ra Jardineira Jardineira

KVjor
alinhamento •W» âft a iinhamontov NMO
•Xv.

^alçada _Q Calçada
Posta Posto afastado
Rua

D e s a c o n s e lha've I Aconselhável
Acesso dos Automóveis ao
Edifício x Via Pública
As entradas devem ser localizadas, preferencialmente, após a identificação do edifício,
^j^pnsiderando-se a^mão de direção da via pública. Quando a ruã for maodupTa, escolheria
situação menos conflitante, observando-se o s obstáculos visuais do entorno.

Para melhor dimensionamento das entradas e saídas, aconselhamos a observação da


relação dos acessos com a via pública de acordo com o número de vagas da garagem e
a intensidade de fluxo das vias.

Acesso para garagens ate 150 vagas em vias de pouco t r á f e g o

Acasso para g a r a g e n s com mais de 150 vagas em vias de pouco trafego e


A c e s s o para g a r a g e n s ate 150 vagas em via de t r a f e g o intenso

3.00 3.00

mt V ^ 4 v — l
6.00
V / - '

, \
V \
\
calç ada

I I. 50> , 150 i I I. 50 i 1.50,


-4— 5.00
Rua
9.00
V s b c i x a manto d© guia
A c 3 s 3 o p a r a g a r a g e n s com mais da 150 vagas em via de tráfego i n t e n s o

Obs: Para edifícios residenciais, a extensão para desaceleração (12.00 m) é suficiente, pois não há
rotatividade de vagas em suas garagens.

Os acessos às garagens devem ocupar os espaços mínimos necessários do PUC, a fim de


não prejudicá-lo. Em garagens térreas, a locação do acesso não deve provocar situações
de risco aos pedestres internos ao edifício. E aconselhável que estejam localizados nas
laterais do terreno, obsep/ando-se sua influência na fachada.

Os ace_ssos devem estar a, no mínimo, 6,00 rr^do eixo da curva da esquina. Dessa forma
evita-se situações dé"conflito e perigo na via pública.

Alinhamento

\ Calçada

Rua
5.0 O m - min.

-Travesia de pedestres
Iluminação e Ventilação

Iluminação

Artificiai - Para uma boa iluminação deve-se proceder ao cálculo do número de luminárias
em função do fluxo luminoso, conforme fórmula abaixo discriminada.

S x e
0 = -;~t , onde, rpara sqaraqens,
a teremos:
cu x f d

0 = Fluxo luminoso total


S = Área do locai
e = Nível de iluminação médio (lux) = 100 lux
cu = Coeficiente de utilização = 0.4
fd = Fator de depreciação = 0.8

N ú m e r o de luminárias = Fluxo luminoso total/-Fluxo luminoso de uma luminária.

Para garagens, adota-se, normalmente, luminária de duas lâmpadas de 40 Watts cada, com
reator duplo = 5600 lumens.

Como regra prática para iluminação de garagens, poderemos proceder a duas situações:

a) Para garagens de estrutura convencional pode-se adotar uma luminária (citada


anteriormente) dentro de cada "caixão:' formado entre vigas, buscando manter uma
distância média de 6.00 m entre elas.

b) Para garagens com qualquer tipo de modulação ou laje invertida, traça-se uma "malha"
com modulação média de aproximadamente 6,00 m, para alocar-se os pontos de
posicionamento das luminárias.

Qbs.: Para qualquer caso, é importante notar que é sempre preferível obter-se vários pontos
com pouca wattagem (2 lâmpadas), obtendo uma distribuição uniforme, do que
poucos pontos com maior wattagem (4 lâmpadas), resultando numa distribuição não
uniforme.
Situação E s q u e m á t i c a de Estrutura Convencionai - Distribuição d e Luminárias

Pi l a r e s

Projeção do Lumindria

Natural - Sempre que possível, utilizar alguns pontos de iluminação natural, obtida através
de "domus", intercalados aos pontos de luz. Isto permite uma sensível economia
de energia durante o dia.

Ver desenho de "Domus e Duto".

Essa solução tem que estar integrada com a solução do PUC e do Paisagismo do térreo
ou piso equivalente.
Iluminação externa (nos acessos) - Não trataremos aqui do seu dimensionamento, mas
chamaremos a atenção para que os pontos sejam
locados de maneira a não ofuscar a visibilidade de
* quem está na guaritajcõntroie).

Ventilação

As garagens, quando cobertas, deverão dispor de ventilação permanente garantida por


vãos distribuídos, pelo menos, em duas faces opostas que correspondam, no mínimo, a
6% da área útil. 1/3 dessa ventilação pode ser substituída por instalação de renovação de
ar com capacidade mínima de 30 m° por hora por veículo, distribuída uniformemente e
atendendo a NB e as especificações do fabricante.

Nos desenhos a seguir apresentaremos alguns cuidados e sugestões para _as_grejhas de


"ventilação oermanente. "

Obs.: As figuras 3, 4, e 17 mostram alguns inconvenientes que podem surgir com grelhas
mal localizadas e mal dimensionadas.
Grelha
veículo nao provoca e s f o r ç o na grelha

Cl

evitar grelha debaixo


das rodas

Modelo ideal de distribuição


de grelhas em subsolos

esc. 1:50
Greiha Modeio 1 e 2 - nas l a t e r a i s dos pisos subsolos

a - a o r o x . 3 cm
x- Iaje de piso da garagem

ò.-.o-Q-:

Parada / p][gr { corte)

Grelha (corte i

10
40

Laj» ( vista )
Laja ( corte)

. ' i-1 . • . A . . .• (1VJ-O.-


• . p,—

-!I 3
ri

.»'Qr-Cí., : O.y

V iga ( vista)

C o r t e 1 • Situaca"o i
Grelha Modelo 2

gralha corri t r a m a reforçada

Par»d* / Pilar ( cort s)


Acabamento
Laja í vistai f
10 40 r a
- ia í c o r t » )

-ps
aí / i

13 : —^ ^. ii i.

vigo:

». ••"••••. • a- T» -O a " <iga (vistal

Corte 2 • Situaçàb 2 e s c . í: 5

a = aprox. o c : n
x- laje de piso da g a r a g e m

jj

D E T . 2 - Modelo 2 -
esc. !• 5 cotos em mm.
Domus e Duto

A melhor solução dependera do p a r t i d o que se p o d a r a tirar, destas s i t u a ç õ e s , no p i s o térreo.

O o rn u 3

Sugestão I Domus de ventilação e iluminaçab

h- varidv•«i conformo soiuçoõ da l a j a do f s r r o o


Grelha Modsl© 3 - na círcutaçdo em subsolos

P l a n t a esc.MOO

a - aprox. 3 c m
x= laje de piso d-a g c r a q e m

D ET. 3
esc. i: 10

Acabam onf o Laje ( vi at a)


Gre lha ( c o r t a )
L a j e (corta)

m.

Corts 3 • Sifuaçao 3 aSc. i:5


Dimensionamento da Garagem

Pré-Dimensionamento

Uma vez definido o briefing do empreendimento, poderá ser utilizado o Gabarito de Área
Unitária de Garagem (gabarito 3), e rapidamente poderemos ter uma grandeza inicial de
area útil necessária para a garagem, sem levar em consideração profundas interferências
da estrutura.

Obs. sobre o gabarito 3 - este gabarito pode ser utilizado tanto no pré-dimensionamento
quanto na sua checagem final. Para tanto, é importante que sejam consideradas algumas
variáveis na análise desses dados. Normalmente, não é só a relação da área útil com o tipo
de vaga que define o aproveitamento da garagem, mas sim, e principalmente, sua
conformação estrutural. Assim sendo, se o índice ultrapassar esse número, pode ser
sintoma de que a estrutura ou algum outro aspecto do projeto podem estar prejudicando
um melhor aproveitamento da garagem. Muitas vezes, os terrenos estreitos ou de
dimensões e geometrias não favoráveis para uma boa distribuição de vagas podem elevar
o seu índice de aproveitamento.

Gabarito 3

Area Unitária de G a r a g e m ( m 2 / y e í c u i o }
Í9
«
Ti Ótimo Bom jR D esacons.
e
01 •
O ®
d ^ 20 23 24
a
> ._

de V a g a s

grupo3 com grupos com


duas presas uma presa

Ót imo Bom IR Desacons.

IS 22 23
Tipos

Ótimo [R Bom De3acons.


i:-
18 20 22

R= REFERÊNCIA
Dimensionamento mais Preciso e í i p o i o g i a

Os procedimentos básicos para o dimensionamento de vagas estão bem colocados no


capítulo 4. O objetivo principal desses procedimentos é obter uma garagem cujo espaço
atenda ao número de vagas necessário, sem desperdícios, dentro do conforto admissível.

Todos os dados até agora arrolados trazem contribuições para este dimensionamento,
principalmente os três gabaritos formulados, que condensam, em seus números,
importantes Informações.

Para discutirmos este assunto com mais eficiência, utilizaremos 3 modelos de garagens
reais adaptadas para este caderno, que tiveram, cada um deles, duas soluções
diferenciadas que chamaremos de solução inicial e solução proposta. A inicial é a original,
apresentada pelo autor do projeto, e a proposta é a nossa sugestão de intervenção para
melhoria do aproveitamento das áreas. Serão comparados os resultados físicos e
financeiros para obtermos uma conclusão crítica dessas soluções.

Edifícios residenciais
* Modelo 1 - térreo e subsolo
« Modelo 2 - térreo e 1 ° nível garagem
o Modelo 3 - 1 o e 2 o subsolos

Para cada modelo faremos uma abordagem sobre o tipo do empreendimento (faixa de
mercado, número de apartamentos, número de vagas por apartamento, regionaíidades,
restrições de prefeitura, etc.) e os dados físicos do terreno (qualidade do solo, perfil e área
do terreno). Com esses elementos em mãos observaremos as propostas de soluções para
as três garagens, verificando as implicações em PUC (Pavimento de Uso Coletivo). Serão
apresentados os desenhos e planilhas em anexo.

Antes de apresentarmos os modelos, anexamos, a título de exempio, uma situação de uma


garagem mal dimensionada e suas consequências, ao lado da solução que foi dada
(desenho 1 e 2).
Apresentação do Edifício - Model 1

Faixa de mercado: B+ Terreno plano com lençol d'água


aflorado: a -1.50 m da rua
Total de pavimentos: 17
As p r i n c i p a i s á r e a s de PUC se
(15 pavimentos tipo, térreo e subsolo)
encontram na cobertura
Número de apartamentos: 30
Ae inicial = 1.40 Proposta =1.28
Programa básico: 3Qsbv/1g Apt Apt

Área privativa: 111 m2


índice área útil de garagem/vaga:
Número de vagas por apto:
01 (total be 30 vagas) • Inicial = 29.05 m 2

Dimensões mínimas para as vagas, •> Proposta n° 1 = 15.74 m 2


pela legislação local: 2.20 x 4.50 m • Proposta n° 2 = 17.57 m 2
Dimensões do terreno:
20 x 50 = 1000 m 2
Obs.: E s t e m o d e l o a t e n d e as
Coeficiente de aproveitamento: 4 regionais próximas às praias, onde a
c o n s t r u ç ã o de s u b s o l o s é quase
Taxa de ocupação: 50%
impraticável, devido ao nível do lençol
Área de uso comum: térreo e cobertura d'água.
Planilha de Quantificação Custos do Piso Subsolo de Edifício
Residencial - Estimativa - Modelo 1

Avaliação c'o "quaníum" reduzido pela eliminação de um subsolo de estacionamento


possível de eliminar pela otimização no uso do 1 o sub-soio remanescente:

A - Redução no cronograma das obras em 6% do prazo inicial. Custo

8 - Redução nas escavações em 2230.51 m 3 de terra, medida no corte.

C - Redução nos arrimos em 49.68 m 3 de concreto estrutural. Custo d

D - Redução de 2 paradas nos elevadores (1 social e 1 serviço) - Custo de 500 OTE.

E - Redução no volume de concreto estrutural; para acabamento de garagem (dispensa


de preciosidade na qualidade e acabamento das formas) em 105.37 m 3 de concreto
estrutural. Custo de 770 OTE.

F- Redução nas alvenarias de vedação de blocos de concreto de 14 cm (vestiários,


depósito, medidores e casa de força), que serão redimensionados e relocados na
garagem remanescente (térreo), portanto, para esta estimativa, manteremos como
valores iguais.

G - Redução nos revestimentos das alvenarias em 329.01 rn 2 Custo de 135 OTE.

H - Redução nas pinturas das alvenarias em 329.01 m 2 . Custo de 112 OTE.

I - Redução nas portas corta-fogo em 2 unidades. Custo de 32 OTE.

J - RecujjÇãQ.QOs revestimentos dos pisos e suas impermeabilizações em 729.60 m 2 Custo


d</95Ò OTÈ.\

K - Redução nas rampas de acesso em 39 m 2 . Custo de 32 OTE.

L - Redução nas instalações elétricas - eliminação das luminárias de um pavimento de


garagens e fiação correspondente a 6% do total. Custo de 611 OTE.

M - Redução nas instalações sanitárias - pela eliminação do subsolo e adoção de uma


única garagem térrea, os condutores horizontais de esgotos, que conduzem à rede
coletora pública, ficam com a sua execução bem simplificada. Custo de 50 OTE.

N - Redução nas fundações em 6% no peso do_adifício, portanto, na descarga das


fundações. Custo de 61 OTE.

O - Redução na impermeabiliz^ç-ãa-s d r e n a g e m dos arrimos em 331.18 de


impermeabilização. Custo de 800 OTE?)

P - Redução nos projetos técnicos: arquitetura, instalações e estrutura em 6% dos custos


totais de projetos. Custo de 395 OTE.
Q - Acréscimo de 205 m 2 de cobertura de fibrocimento. Custo de 267 OTE.

Vaior Total Economizado = 9111 OTE.

Conclusão:

A área privativa da unidade e as condições da sondagem do terreno nos levaram a buscar,


insistentemente, uma solução que evitasse o subsolo, principalmente por se tratar de
poucas unidades de garagem - proposta n° 1.

A solução obtida possui regiões que estão dentro dos confortos mínimos viáveis, porém,
poderia melhorar suas condições caso fosse possível adquirirmos mais 55.00 m
(aproximadamente) no fundo do terreno.

Custo do m 2 em OTE = 16.80 = > Total = 55 x 16.80 = 924 OTEs.

A situação proposta n° 2 apresenta a solução possível caso tivéssemos este acréscimo de


área.
Modelo 1

Edifício Rasidanctai • Subsolo

Situaçcfo Inicial
/agas s e n d o :
!3 v a g a s 2 , 2 0 m x 4 , 5 0 m
12 v a g a s 2 , 7 0 m x 4 , 5 0 m
)5 v a g a s 2,C0m x 4 , 5 0 m
ia circulação

iilização de v a g a s na
ulação foi f u n d a m e n t a l
i a o b t e n ç ã o d o na total
/agas. Tanto as v a g a s
i o as c i r c u l a ç õ e s estão
tro d o s p a d r õ e s 2.30
lissíveis.

<» Para esta p r o p o s t a se


wiHiizar.IJinTTmJiu-ss d
recuo f T õ n t l T e m 1.50 m ,
~ para a u m e n t a r a área d e
veículos. Relocou-se o s
c o m p a r t i m e n t o s do
4.20
subsolo, baseados nas
3 vaga c o m largura
áreas m í n i m a s e x i g i d a s
O atirai t« u/na
p e l a legislação local.
culaçdo d« 3.50«
Existem outras s u g e s t õ e s
para os c o m p a r t i m e n t o s ,
m a s p r o c u r o u - s e não
avançar m u i t o n a área d e
play g r o u n d c o b e r t o .

9 Esta p r o p o s t a b u s c o u
explorar t o d a s as
s i t u a ç õ e s m í n i m a s viáveis.

® Num estudo mais


m i n u c i o s o , p o d e r á ser
estudada a possibilidade
de se intervir na e s t r u t u r a
d o p a v i m e n t o tipo d e
maneira a melhoras a
distribuição das vagas a
dos compartimentos.

co b 3 rto

Foi oiiminedo o piso subsolo

play ground

3 0 vagas

Edifício R e s i d e n c i a l • Pq.v. T é r r e o
Sltuacao P r o p o s t a ( s ó térrmo) - n- 1
solução i d e a l para
evitar quinas .

e s c . I- 2 0 0

Edifício R asSdsrscial Pav. T e r r a ©

Situação inicia!
4.20
u m a vaga c o m largura r
2.70 admite uma
c i r c u l a c ã o de 3 . 6 G m

C o m o a u m e n t o d a área, n ã o
seria necessário a l t e r a r m o s o
r e m o frontal d o edifício, e
p o d e r í a m o s relocar a l g u m a s
vagas, e l i m i n a n d o a l g u m a s
localizadas ao lado d a
circulação de acesso.
S u p o n d o q u e fosse possível
o b t e r m o s este a c r é s c i m o d e
4.00 ^
área, haveriam a l g u m a s
outras b o a s s u g e s t õ e s p a r a
o relocamento dos
compartimentos que
e s t a v a m no s u b s o l o .

Nesto caso nco ha nocsssidad©


da 30 mexer no recuo do prédio.

• Foi eliminado o piso subsolo

30 vagas

d
200
Edifício Rasidenciai • Pav. Tsrrao
Sltuaçao Proposta (so f ® r r a o ) - r i 2 2
Apresentação do Edifício - Modelo 2

Faixa de mercado: B+ Taxa de ocupação: 60%

Total de pavimentos: 17 Área de uso comum: Pilotis


(12 pav. tipo - 4 apartamentos/andar,
2 pavimentos para 4 coberturas Terreno plano de bom perfil geológico
duplex, 1 piso pilotis e 2 pisos de
garagem - 1 o e 2 o pavimentos)
Ae inicial = 1.16 Ae_ proposta =1.12
Número de apartamentos: 52, sendo Apt Apt
4 coberturas duplex

Programa básico: 2Qsd/1 g índice área útil de garagem/ vaga

s Inicia! = 29.03 m 2
Área privativa: 77.50 m 2
<9 Proposta = 18.60 m 2
Número de vagas por apartamento:
1 para cada apartamento e 2 para cada
cobertura (total de 55 vagas)
Obs.: Nestes municípios, por
Dimensões mínimas para as vagas, questões de legislação, evita-se o
pela legislação local: s u b s o l o , pois caso isto a c o n t e ç a
comprimento minimo de 4.50 m (movimento de terra/bota fora) não se
poderá utilizar o piso elevado, ou seja,
Dimensões do terreno: 1297.71 m 2 ou a garagem é toda em subsolo ou
toda elevada. Optou-se pela garagem
Coeficiente de aproveitamento: 3.4
elevada.
Pianilha de Quantificação Custos da Laje de Garagem de Edifício
Residencial - Estimativa - Modelo 2

Avaliação do "quantum" reduzido peia eliminação de uma parte da lage de garagem do


2 o pavimento:

A - Redução no cronograma das obra em 2% do prazo iniciai. Custo d

8 - Redução no volume de concreto estrutural, para acabamento de garagem (dispensa


de preciosidade na qualidade e acabamento das formas) em 34.47 m Custo de 252
OTE.

C - Redução nas fundações em 2% no peso do edifício. Custo de 80 OTE.

D - Redução nos revestimentos dos pisos e suas impermeabilizações em 287.23 m 2 Custo


de 375 OTE.

E - Redução nas alvenarias das muretas de 10 cm, em blocos de concreto, vedação em


2.40 rn 2 Custo de 4 OTE.

F - Redução nos revestimentos das alvenarias/muretas em 4.80 m 2 . Custo de 4 OTE.

G - Redução nas pinturas das alvenarias em 4.80 m 2 . Custo de 2 OTE.

H - Redução nas instalações elétricas pela eliminação das luminárias em 2% do total. Custo
de 200 OTE.

I - Redução nos projetos técnicos: arquitetura, instalações e estrutura em 2% dos custos


totais de projeto. Custo 50 OTE.

Valor Totai Economizado = 2067 OTE

Obs.:No item B foi considerado o redimensionamento dos pilares na área de intervenção


pelo aparecimento de condições negativas quantos as suas flambagens.

Conclusão:

O custo da laje que deixamos de executar não chega a ser significativo, mas este valor pode
ser utilizado para a melhoria de algum item da obra. Fica claro, também, os "ganhos" com
um meihor planejamento da garagem.
Modelo 2 • fl.Ot/02

Rampa soû* p / 2 ? Pav.


—CT
•O

4.30

Aroa
para
Carga «•
Oascar

O ' a g ua

Ta das as vagas possuam , no


2 . 2 0 X 4. 50 m.

Resorv.

D 'agua

25vagas esc. i:200

I 9 Pavimento • Edifício üeaidenclaä


Sltuaça'o in Ici g I
I t e r a 10- Desenho 2

Distribuiçóò aparentemente confusa,


pore'rn e f i c i e n t e na r g s a l u ç a b d o prg
b lema.

Obs: Nenhuma das duas situações é


recomendável, porém
demonstra os resultados de uma
garagem não planejada. Neste
caso a garagem poderia ter sido
melhor dimensionada, apenas
redimensionando a piscina, c o m
algumas soluções alternativas.

vaga tripla da cobertura

oliminaçoó da um f r s c h o dos rrsaidoros

2 4 vagas

esc. I : 2 0 0
Pav. i a r r e o • Edifício Rssidancial

Situaçáb Atuai
I t e m 10 - Desenho

D i s t r i b u i ç ã o de vagas aparentamsnta
r a c i o n a l e organizada, porém c o m s s r i o s
problemas.

£ Vagas da d i f i c i l Dificil manobra


estacionamanto

24 vagas

esc. h 2 0 0

Pav. Térrao • Edifício RaaãdancJü!


Si t u a ç r i o Anterior
Modelo 2 • fl. 0 2 / 0 2

s. s o

/ ' —
M M
i
/ —^
M M

M 1 M !

M
i
5.00
'a
- I
M M M M M KJ" M M M
M

H
M

wtB™
24 vagas esc. i:~200

22 Pavimento • Edifício Residencial


Situaçdb Proposta

Redução de 2 8 7 , 2 8 m 2 de l a j e
Apresentação do Edifício - Modelo 3

Faixa de mercado: A Área de uso comum: piso térreo

Totaí de pavimentos: 22 Terreno em desnível para o fundo, de


(17 pavimentos tipo, 2 pavimentos para boa qualidade para fundação
coberturas duplex, térreo e 2 subsolos) convencionai, propiciando condições
favoráveis (tanto físicas quanto
Número de apartamentos: 1S f i n a n c e i r a s ) p a r a e s c a v a ç ã o de
subsolos (de 0.50 a 2.70 m).
Programa básico: 4Q2sdv/3g
Ae iniciai = 1.43 Ae proposta = 1.40
Área privativa: 180 m
Apt Apt
Número de vagas: 3 vagas para cada
índice área útil de garagem/vaga
um dos 17 apartamentos tipo e 4 vagas
2
para cada cobertura (total de 55 vagas) ® Inicia! = 26 m

Dimensões min imas pa ra as vaqas^ ® Proposto = 23 m 2


pela legislação local: 2.40 x 4.50m

Dimensões do terreno: 30 x 38 m
Obs.: Devido à utilização de t o d o
Coeficiente de aproveitamento: 3 térreo para o PUC, foi necessário
utilizar-se 02 subsolos, cujo terreno
Taxa de ocupação: 50% colabora para tal.

.53 3 3.00 - 2.70

i-

t a i F ic A ç AO

fr-

Isipiantoçao Modelo 3
Planilha de Quantificação/Custos da Redução de Piso de Edifício
Residencial - Estimativa - Modelo 3

Avaliação do "quantum" resultante das intervenções nas plantas das garagens:

A - Redução no cronograma das obras em 1% do prazo inicial^Custo de 248

B - Reduções nas escavacões de 412.60 m° de terra, medidos no corte. Custo de 376


OTE.

C - Redução nos arrimos de 23.06 m 3 de concreto estrutural. Custo de 876 OTE.

D - Redução na impermeabilização e drenagem vertical dos arrimos de 134.93 m 2 . Custo


de 163 OTE

E - Redução na área de contrapisos impermeabilizados de 129.53 m 2 . Custo de 168 OTE.

F - Redução no volume de concreto das iajes de 0.68 m 3 de concreto estrutural. Custo de


21 OTE.

G - Redução nas instalações elétricas de um pavimento em 14% dos custos. Custo de


8 OTE.

H - Redução nas fundações, devido à redução dos arrimos de 42.84 m. Custo de 164.

! - Redução nos projetos técnicos em 1% dos custos totais. Custo de 90 OTE.

Valor totai economizado = 2469 OTE


Modelo 3

Edifício R e s i d e n c i a l • Situaçcsõ i n i c i a i • fl. 0 1 / 0 2

r
5. 0 0 G «
-

36 vagas Todas as vagas soo d e , esc. 1:200

l 2 SUB SOLO
!

M o d e So 2 • f l 0 2 / 0 2

2- Pavircv" " t o . E d i f í c i o Residencial

Situação Iniciai
Modsio 2 fl.01/02

l P a v i m e n t o • E d i f í c i o R®ssid®ncäaä
9

S f t u a ç á b Proposta
Modelo 3

Edifício Residencial • Situaçdo Proposta • f!.02/02

2- SUBSOLO
Informações
»2
Gerais

Equipamentos Opcionais

® Pailett para veículos - Pode ser utilizado, eventualmente, para uma situação
emergencial, para o ganho de algumas vagas que não foram possíveis de ser obtidas
convencionalmente. Consiste basicamente num par de canaletas que desliza
transversalmente ao seu eixo. Ver figura 17

® Sensor automático, semáforo


bifocal e cigarras - utilizados
p a r a s i n a l i z a r o a c e s s o de
veículos entre pisos, inclusive no
térreo, para segurança dos
pedestres. Ver figura 10.

g j n t e r f o n e - deve ser locado, no


m í n i m o , em u m p o n t o d a
garagem.

Interiores de Garagens

Faremos algumas sugestões para que a garagem receba um bom tratamento estético,
propiciando conforto visual aos usuários, de maneira a criar uma ambientação agradável,
com soluções simples, compatíveis com o padrão do edifício e com os custos do
empreendimento.

® Desenhos e cores nos pilares e paredes - tanto pilares quanto paredes devem receber
tratamento tipo "painel decorativo" numa faixa (barrado) de no mínimo 1.20 m a partir
do piso, modulados através de "máscaras" (moldes), que poderão ser repetidos
inúmeras vezes, apenas alterando-se as cores. O hábito de se utilizar o preto e amarelo
em faixas contínuas, que não é norma, pode ser substituído por soluções mais criativas
e mais bonitas.

* Criar texturas de baixo relevo nas paredes de concreto, com aplicação de ripas e
tarugos nas formas de concreto, formando um determinado desenho.
• Ern frente aos elevadores sociais, utilizar pisos diferenciados (cerâmica, paviílex, etc.).

» Usar luminárias de boa qualidade.

• Colorir as tubulações de acordo com a NB:


- amarelo - gás encanado
- verde - água pluvial
- azul - água potável
- vermelho - água dos hidrantes
- preto - esgotos

» Forro t i p o "colméia" para r e c o b r i m e n t o de f i a ç õ e s / t u b u l a ç õ e s indesejáveis


visualmente.

• Jardineiras próximas ao acesso das garagens no térreo, para minimizar os "paredões".

Sinalização Horizontal e Vertical

Horizontal:
« demarcação das vagas em tinta amarela de borracha clorada de 10 cm de largura,
tomadas pelo eixo da linha deiimitatória da vaga;
â marcação de fluxo em mão dupla através de tachões ou olho de gato;
• lombadas para redução de velocidade;
a indicação da vaga de deficiente físico.

Vertical:
• indicação de travessia de pedestre;
• pontos de conflito (cruzamento perigoso);
» parada obrigatória;
• indicação de equipamentos de segurança;
9 indicação de áreas especiais;
• indicação da vaga de deficiente físico.
Sinalização Horizontal - mts

*3p«*»ura da d«marcaçao
Faixa de Travesia de Pedestres

u
Tamanho r « a l
da vaga (2.10)

rhV
Vaga Demarcada .25 .25 .25
o b s . p a r a m o t o t a m b é m u t i l i z o u - s e f a i x a demarcatòria de lOcm.

Faixa ds deiimitaçao de fluxo

i 1.50 1.00 1.50 1 1.00 1.50 1.00 1.50

"Taxõss" ds d a l i m i t a ç ã o de fluxo
(Situaçóes da maior risco)

SO ! .20 .50 20 60 .20 .60 2p


f-

É imprescindível a pintura da
lombada ( z e b r a d o ) .

Lombada
]
ir piso
.60

-orte
Sinalização Vertical - M o d e l o d e Placas

R-19
Para da Va Ioci dad«
Obrigatória Máxm
i a Permitida

# - diârrwfro - 30cm

S-3
Ser»ti do
Proibida

CUIDADO
Saída de Veículos
Locaiização de Equipamentos de Combate a Incêndio

® Posição mais adequada


n o s p i l a r e s - deve ser
utilizado no sentido em
que a modulação (espaço
útil entre os pilares)
beneficie sua locação.
Ver figura 6.
.25. i I.25
No exemplo ao lado, caso a j S. 2 0 4.50
4—
posição fosse invertida,
inviabilizaria as três vagas.

Anexos para Auxílio Prático na Elaboração dos Projetos

A seguir apresentamos alguns anexos que poderão ser bastante úteis no desenvolvimento
dos projetos de garagem.

Sugerimos que estes anexos sejam transformados em "transparências" (acetato) para


melhor utilização.

Anexos apresentados:

« Curvas de giro dos veículos padrões - esc. 1:100

Vcyage (pequeno)
Monza (médio)
Opala (grande)

* Curvas ideais para rampas - esc. 1:100

• Projeção dos veículos padrões - esc. 1:200, 1:100, 1:50


Raios de giro de veículos

• M ode lo A / o y age
2574
h

IO
1406
899 I

o
<T
! t> !
aaáam -nTH—

r 1 i
4 366 :
—i -T-
aios de c u r v a no eixo da rampa

Rampas conn largura


de 3 . 0 0 m

ObS: Quando a rampa em c u r v a e usada


apenas para d e s c i d a , p o d a se utilizar
um m í n i m o d« S . O O r n p a r a o r a i o ds
c u r v a , p o r e m na l a r g u r a , a c o n s e l h a - s e
o mínimo de 3 . 5 0 m .

esc. I: 100

Rampas com largura


entre 5. 5 0 r n e 6 . 0 0 m

ObS: Apesar desses dados estarem de acordo


c o m as c o n d i ç o e s n o r m a i s da conforto.

Aconselha.se a ncío u t i l i z a r rampa curva


p a r a m a o d u p l a , pois q u a i q u e r pequeno dis
c u i d o do m o t o r i s t a , n e s t a s c o n d i ç o e s , po-
derei p r o v o c a r acidentes.
Modelo' Opala
Projeção dos veículos pedrosas !

1; M:

esc. 1.200

esc. 1:100

1 esc. 1 : 5 0
Fechamento Conclusivo

Sabemos que não esgotamos todo o assunto deste Caderno, mas trouxemos o que havia
de mais importante até o momento e nos comprometemos a atualizá-lo e complementá-lo
periodicamente.

Esperamos que este Caderno cumpra sua finalidade de instrumento colaborador na


resolução dos projetos de garagem, possibilitando novo enfoque no processo de
elaboração dos projetos residenciais.

Gostaríamos de aproveitar o desfecho para uma consideração polêmica mas necessária.


A maioria das legislações municipais de nosso território, no tocante à garagem, está muito
longe de refletir as solicitações de mercado, muito menos a necessidade de racionalização
e padronização das construtoras, afim de minimizar o custo do seu produto final, tornando-o
mais acessível.

A realidade, o mercado e os novos conceitos são forças capazes de gerar mudanças e


reavaliações, pois as legislações devem atender às novas necessidades e não as
necessidades atenderem a velhos códigos.
CHECK-LIST GARAGEM 1/1

EMPREENDIMENTO

Nome:

Endereço: Regional: F.M.:

D I R E T R I Z E S DE P R O J E T O

Projetar as circulações de acordo com o gabarito 2 e o código local


Não projetar rampas com inclinação superior a 20% (11,5) j^j

(IX 1

CHECK-LIST OK NÃO OK

R a m p a de m ã o única

Existência de largura mínima de 2,70 m - rampa reta


Existência de largura mínima de 3,00 m - rampa cur^a
Existência de inclinação máxima de 18% (10°) - rampa curva
Existência de raio mínimo de 6,50 m - rampa curva

R a m p a de m ã o dupla

Existência de iargura mínima de 5,50 m

R a m p a s e m Geral

Existência de espaço mínimo de 0,60 m para circulação de pedestres em rampas


Existência de distância livre m í n i m a d e 5,00 mjsntre o final dajampa e qualquer
'^~ÕDStacijlo (pilar, a r m á r i õ T v ã g a T e t c )

Existência de espaço mínimo de 5,50 m para circulação de veículos e pedestres


Acesso de pedestres em frente aos compartimentos/ambientes (escadarias,
depósitos, vestiários, etc), mínimo de 70 cm
N^JExistência de ventilação permanente com área mínima de 6% total da garagem
coberta
HECK-LIST IMPERMEABILIZAÇÃO l/l

EMPREENDIMENTO

Norrie:

Endereço: Regional: F. M.:

D I R E T R I Z E S DE P R O J E T O

Caso o subsolo, atinja o níve! de água, envolver o assistente técnico de


impermeabilização da regional
Não projetar caixão perdido
Evitar áreas permanentemente com águas, tais como fontes, espelhos d'água, etc
Não instalar tubulações horizontais sobre lajes
Isolar a estrutura da caixa d'água inferior e o fundo do poço de elevador da estrutura
do prédio
Criar suficiente desnível entre áreas internas e externas (observar espessuras do
acabamento final)
Criar desnível nas varandas (caimentos compatíveis)
Fazer platibanda, borda de varandas e floreiras em concreto aproveitando-as como
viga de borda invertida

Observação:

Compatibilizar com o Check-List de estrutura, arquitetura, PUC e fachadas


Curriculum

Fadva Ghobar da Cosia


1957 - Passo Fundo, RS

Graduada em 1988 pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Mackenzie.


CREA n° 232262/AP.

Dez anos de experiência em projetos de estacionamento e garagens - residenciais e


comerciais - abrangendo distribuição de vagas, sinalização e comunicação visual.

Agradecimentos

Aos incansáveis e dedicados colaboradores:

Eng. Otaviano T.da Costa F°


Arq. Cleide Hanan I. Yussuf
Arq. Khaled Ghoubar
Arq. Percival Deiman

Aos imprescindíveis contribuidores:

Arq. Antonio Caramelo


Arq. Benedito Abbud
Arq. Henrique Cambiagui
Arq. Tadeu Baptista
Arq. George Virgilio Rodrigues
Eng. José Carlos Gelber da Silva
Eng. José Carlos Gonçalves Goretti
Eng. Luiz Fernando do Valle
Eng. Luciano Ferraretto
Eng. Nelson Cordeiro

...... :•:*:•:«.;:: •:•:-:-'•:•::•:-:•:•: ::-:•:•:•::->:•::::•:•: :::•: íijíiííí íííiíí::v^::v:::::i ::v:v:™:-:


Modelo 3

E d i f í c i o Raaidamcial • Situação Proposta -fL 01/02

3Í9V.

â I O V.

33C.

77Z77À
o*c.

4.40

cond

v a g a t do mesmo a p t 3

aJJj) h j j m e n^o do torro nc

as vagas sao d e , no mínimo, , 2 . 4 0 x 4. 5 0 m

SUBSOLO
Modeio 3

Edifício Rasidanciai • Slfuaçdo inicial -fl 02/02

alinhamento do t s r r s n o

19 vagas • Todas as v a g a s s a o de , no m i n i m o , 2 . 5 0 x 5 . 0 0 m esc. I

22 SUBSOLO

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