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ALVENARIA

MANUAL DO PROCESSO CONSTRU-


TIVO POLI-ENCOL: EXECUÇÃO

JL
CONVÊNIO EPUSP/DCOL Rt. no. 27/9Í

CONVÊNIO EPUSP/CPqDCC - PROJETO


EP/EN-5

Desenvolvimento de Um Novo
P r o c e s s o C o n s t r u t i v o em A l v e n a r i a
Estrutural NSo A r m a d a de Blocos
de C o n c r e t o

Relatório Técnico R5-27/91

MANUAL DO P R O C E S S O CONSTRUTIVO
POLI-ENCOL : EXECUÇ20

OUTUBRO/1991

I
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CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EH-5

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SUMARIO

1. A P R E S E N T A C S O 6

2. INTRODUCSO 9

3. FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOS 10

3.1 ESCANTILHSO 10

3.1.1 FUNÇÕES 10
3.1.2 DESCRICSO 10
3.1.3 PRINCÍPIOS DE F U N C I O N A M E N T O 12
3 . 1 . 4 L O C A C S O NA O B R A 14

3.2. RÉGUA COM BOLHA 16


3.2.1. FUNÇÕES 16
3.2.2. DESCRICSO ' 16
3.2.3. PRINCÍPIO DE F U N C I O N A M E N T O 16

3.3 BISNAGA £2
3.3.1 FUNÇÕES 22
3.3.2. DESCRICSO 23
3.3.3. PRINCÍPIOS DE F U N C I O N A M E N T O 23

3.4 E S T I C A D O R DE L I N H A 25
3.4.1 FUNÇÕES 25
3.4.2. DESCRICSO 26
3.4.3. PRINCÍPIOS DE F U N C I O N A M E N T O 26

3.5. CAUALETE E PLATAFORMA PARA ANDAIME 27


3.5.1. FUNÇÕES 27
3.5.2. DESCRICSO 28
3.5.3. OPERACSO 29

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3.6 CAIXOTE PARA MASSA 33


3.6.1. FUNÇÕES 33
3.6.2. DESCRICSO 34
3.6.3. OPERACSO 34

3.7 C A R R I N H O P A R A T R A N S P O R T E DE A R G A M A S S A 35
3.7.1. FUNÇÕES 35
3.7.2. DESCRICSO 35
3.7.3. OPERACSO 36

3.8. CARRINHO PARA TRANSPORTE DE B L O C O S 36


3.8.1. FUNÇÕES 36
3.8.2. DESCRICSO 37
3.8.3. OPERACSO 38

4. SERVIÇOS UNITÁRIOS 4

4.1 C O L O C A C S O DE C O N T R A - M A R C O DE ARGAMASSA
ARMADA DA JANELA 4
4.1.1 EQUIPE E FERRAMENTAS 4
4.1.2 INSTALACSO 4

4.2 ADUELA ENVOLVENTE 4


4.2.1 EQUIPE E FERRAMENTAS 4
4.2.2 FIXACSO 4

4.3 A S S E N T A M E N T O DOS BLOCOS 5


4.3.1 EQUIPE E FERRAMENTAS 5
4.3.2 ASSENTAMENTO 5

4.4 R E V E S T I M E N T O S ARGAMASSADOS 5
4.4.1 EXECUCSO DO R E V E S T I M E N T O EXTERNO
ARGAMASSADO (PARA P I N T U R A E BASE PARA
CERÂMICA OU P E D R A ) 5
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4.4.2 REVESTIMENTOS INTERNOS ARGAMASSADOS


(PARA P I N T U R A , MASSA CORRIDA OU G E S S O ) 55
4.4.3 REVESTIMENTO COM A Z U L E J O S 60
4.4.4 REVESTIMENTO DO T E T O 60
4.4.5 DEMAIS REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS 61

4 5 JUNTAS DE D I L A T A C S O 61
4 . 5 . 1 J U N T A V E R T I C A L DE D I L A T A C S O ENTRE PRÉDIOS 61
4.5.1.1 EQUIPE E FERRAMENTAS 61
4.5.1.2 INSTALACSO 62
4.5.2 JUNTA HORIZONTAL DE D I L A T A C S O DA L A J E DE
COBERTURA 64

4.6 ESCADAS 66
4.6.1 ESCADA TIPO "JACARÉ" 66
4.6.1.1 EQUIPE E FERRAMENTAS 66
4.6.1.2 FIXACSO E MONTAGEM DA E S C A D A 67
4.6.2 ESCADA M O D U L A R EM P R é - M O L D A D O LEVE
(ALTERNATIVA) 74

4 7 COLOCACSO DE V E R G A S E C O N T R A - V E R G A S 74
4.7.1 VERGAS 74
4.7.1.1 COLOCACSO D A S V E R G A S EM ADUELAS
I N T E R N A S E P O R T A S DE S A C A D A S 75
4.7.1.2 EXECUCSO DA V E R G A PARA PORTA DO
ELEVADOR 75
4.7.2 CONTRA-VERGAS 77

4 8 EMBUTIMENTO DAS INSTALAÇÕES 77


4.8.1 EMBUTIMENTO DOS E L E T R O D U T O S DAS INSTALAÇÕES
ELÉTRICAS 77
4.8.2 EMBUTIMENTO DE I N S T A L A Ç Õ E S EM PAREDES
HIDRÁULICAS 81

5. EXECUCSO DA A L V E N A R I A 83

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5.1. DECOMPOSIÇÃO DO S E R V I Ç O 83
5.1.1. PRIMEIRA ETAPA. MARCACSO 83
5.1.2. SEGUNDA ETAPA: POSICIONAMENTO DE
REFERENCIAIS 90
5.1.3. TERCEIRA E T A P A : E L E V A C S O DA ALVENARIA
A T É A 7» FIADA 91
5.1.4. QUARTA E T A P A : E L E V A C S O DA ALVENARIA
ATÉ O TOPO DAS ADUELAS E JANELAS 97
5.1.5. QUINTA ETAPA. ALVENARIA ACIMA DAS
ADUELAS E JANELAS 100

5.2. SEQÜÊNCIA EXECUTIVA 101

5.3 CONTROLE DE A C E I T A C S O 102


5.3.1 RECEBIMENTO D O S B L O C O S DE C O N C R E T O 102
5.3.1.1 FABRICAÇÃO DOS BLOCOS 102
5 . 3 . 1 . 2 USINA LOCALIZADA FORA DO CANTEIRO
DA O B R A 105
5.3.1.3 USINA L O C A L I Z A D A NO PRÓPRIO
CANTEIRO DA O B R A 106
5.3.2 MARCACSO 107
5.3.2.1 COPLANARIDADE DAS PAREDES DOS
SUCESSIVOS PAVIMENTOS 108
5.3.2.2 ESPESSURA DO R E V E S T I M E N T O DA
FACHADA 108
5.3.2.3 F I A D A S S A L I E N T E S EM R E L A C S O A
BORDA DA L A J E 110
5.3.3 PRUMO DAS ALVENARIAS 111

6. EXECUCSO DAS LAJES 113

6 1 DETALHES CONSTRUTIVOS DO S I S T E M A DE F Ô R M A S 113


6.1.1 CRITÉRIOS ORIENTADORES 114
6.1.2 PROPOSICSO DO S I S T E M A 116
6.1.2.1 CONCEPCSO GERAL 117
6.1.22 ASSOALHO 118
1,

COHVèíIO EPUSP/EMCa Rt. no. E7/91 Projeto EP/EN-5

6.1.2.3 VIGAS TRANSVERSAIS 125


6.1.2.4 ESCORAS 1E7
6.1.2.5 SARRAFO LONGITUDINAL 129
6.1.2.6 SARRAFO TRANSVERSAL 130
6.1.2.7 MONTAGEM E DESMONTAGEM 132

6.2 CONCRETAGEM ("LAJE ACABADA") 138


6 . 2 . 1 L A J E S DE P I S O P A R A A N D A R E S TIPO 139
6.2.1.1 TOLERÂNCIAS QUANTO A ESPESSURA 139
6.2.1.2 LAJE ACABADA 143
6 . 2 . 3 L A J E S DE C O B E R T U R A 150

7. EQUIPE TÉCNICA 191

ANEXO A - MÉTODO RECOMENDADO PARA DOSAGEM DAS


A R G A M A S S A S DE A S S E N T A M E N T O E REVESTIMENTO 152

ANEXO B - EXEMPLO DE U M A S E Q Ü Ê N C I A EXECUTIVA DE


ELEVACSO DAS A L V E N A R I A S 161

ANEXO C - P L A N T A DO P R O J E T O DE F Ô R M A P R O T Ó T I P O 190
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1, APRESENTAÇÃO

O Processo Construtivo Poli-Encol em A l v e n a r i a Estrutural


Não Armada de Blocos de Concreto foi d e s e n v o l v i d o no âmbito
do c o n v ê n i o de p e s q u i s a celebrado entra a Escola Politécnica
da U n i v e r s i d a d e de São P a u l o e a Encol E n g e n h a r i a C o m é r c i o e
Indúst ria S . A . .

0 desenvolvimento deste novo processo construtivo veio


atender aos objetivos de substituir o antigo processo
construtivo em alvenaria estrutural utilizado pela Encol
(conhecido como Processo Girassol), trazendo em suas
características um aumento da racionalização construtiva,
nas fases de p r o j e t o , bem como de e x e c u ç ã o , aumentando a
produtividade e diminuindo desperdícios e custos. No
desenvolvimento procurou-se respeitar a "tradição
construtiva" da empresa em o b r a s de alvenaria estrutural,
incorporando técnicas e detalhes construtivos desenvolvidos
em c a d a regional, como • também considerando as caracte-
rísticas específicas de c a d a região.

Outro objetivo foi o de possibilitar a aplicação deste


processo a uma maior f a i n a de e m p r e e n d i m e n t o s , d a n d o a e l e
mais flexibilidade quanto a tipologia dos edifícios (através
de m e d i d a s como. aumento d o n ú m e r o m á x i m o de p a v i m e n t o s que
podem ser atingidos, utilização raciona1izada de pilotis,
e t c ) , bem como através do aumento da q u a l i d a d e d o produto
final, com a conseqüente eliminação ou diminuição de
problemas patológicos.

No d e s e n v o l v i m e n t o deste p r o j e t o , j u n t a m e n t e com a e q u i p e de
pesquisadores da EPUSP-CPqDCC, contribuíram efetivamente
para a sua e l a b o r a ç ã o diversos profissionais da E n c o l Pode-
se contar ainda, com a inestimável participação dos
consultores técnicos. Como resultado final, acredita-se que
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se t e n h a contribuído efetivamente para o desenvolvimento


tecnológico da A l v e n a r i a Estrutural no País.

A aplicação deste processo construtivo fica c o n d i c i o n a d a ao


respeito das recomendações feitas, neste e nos outros
documentos finais, que englobam desde a fabricação de
componentes, até o projeto e a execução dos edifícios.

Com a elaboração do p r e s e n t e manual técnico, procurou-se


consolidar o primeiro estágio de desenvolvimento
tecnológico, o qual deverá ser c o n t i n u a m e n t e aperfeiçoado,
na m e d i d a da a p l i c a ç ã o do processo ao longo do tempo,
incorporando os aprimoramentos que venham a ser
desenvolvidos .

Neste documento e nos demais documentos de c o n s o l i d a ç ã o do


processo construtivo, procurar-se-á registrar todas a
inovações propostas e peculíaridades do P r o c e s s o Poli-Encol.
Não é, entretanto, objetivo desta série de documentos
constituir um "manual geral sobre alvenaria estrutural".
Assim as informações sobre assuntos relativos a Alvenaria
Estrutural ou Processos Construtivos não contemplados por
estas publicações deverão ser obtidas da bibliografia
técnica disponível sobre cada assunto.

D Processo Construtivo Poli-Encol em a l v e n a r i a estrutural


esta d e s c r i t o nos seguintes documentos básicos:

- Manual do P r o c e s s o Construtivo Poli-Encol: Projeto;

- Manual do P r o c e s s o Construtivo Poli-Encol: Execução,

- Manual do P r o c e s s o Construtivo P o l i - E n c o l . Usina de


B l o c o s de C o n c r e t o e Pré-moldados,

7
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- Manual do P r o c e s s o Construtivo Poli-Encol: Projeto


Est rut u r a l .

Os três primeiros documentos desta série foram elaborados


pela equipe de p e s q u i s a d o r e s da E P U S P / C P q D C C e o ultimo
deles pela Encol e seus consultores, supervisionados pelos
primeiros.

Recomenda-se ainda, que sejam observados na execução dos


vários sub-sistemas do e d i f í c i o (tais com r e v e s t i m e n t o s de
parede, revestimentos de piso e contra-piso), os
procedimentos especificados e desenvolvidos pelos demais
projetos de pesquisa executados no âmbito do Convênio
EPUSP/ENCOL.

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g. INTRQDUCSQ

O presente manual de e x e c u ç ã o é d e s t i n a d o aos profissionais


envolvidos com a construção dos e d i f í c i o s que e m p r e g a m o
Processo Construtivo Poli/Encol. Ele tem por objetivo
apresentar detalhadamente os principais procedimentos
recomendados para a produção e controle da execução dos
edifícios .

As i n f o r m a ç õ e s foram selecionadas e apresentadas da maneira


mais direta possível, sem muitas vezes, relacionar os
procedimentos recomendados com o s fundamentos pelos quais
foram elaborados. Foi dado maior destaque às inovações
propostas no âmbito do desenvolvimento do Processo
Construtivo. Quando da data de e l a b o r a ç ã o d e s t e documento,
alguns dos procedimentos descritos encontravam-se em fase de
verificação nos projetos pilotos. Assim, alguns destes
procedimentos estão sujeitos a alterações que os otimizem,
dependendo do r e s u l t a d o desta análise.

Algumas das informações contidas neste documento, figuram


também nos outros dois manuais (de projeto e de u s i n a de
blocos e p r é - m o l d a d o s ) , porém com o enfoque voltado às
decisões que d e v e m s e r t o m a d a s p a r a e x e c u ç ã o da obra.

Ao longo deste manual, estão indicadas uma série de


diretrizes através das quais se p r o c u r a d a r à e x e c u ç ã o dos
edifícios o mesmo nível de r a c i o n a 1 i z a ç ã o e produtividade
inerentes a o p r o c e s s o c o n s t r u t i v o c o m o um t o d o . A eficiência
do p r o c e s s o e os r e s u l t a d o s p o s i t i v o s e s p e r a d o s dependem em
grande p a r t e da a p l i c a ç ã o destas diretrizes.
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3 . F E R R A M E N T A S E EQUIPAMENTOS

Neste capítulo, não irá se t r a t a r de t o d a s a s f e r r a m e n t a s e


equipamentos passíveis de u t i l i z a ç ã o em o b r a s de alvenaria
estrutural e sim daqueles considerados menos conhecidos
pelos operários que a t u a r ã o n e s t e s e r v i ç o . Estes são fruto
da b u s c a de o t i m i z a ç ã o do p r o c e s s o c o n s t r u t i v o tradicional,
tendo sido c o n c e b i d o s com o i n t u i t o de a p r i m o r a r e agilizar
as v á r i a s atividades envolvidas. Embora já tenham sido
testados em algumas aplicações práticas em que se
demonstraram bastante s a t i s f a t ó r i o s , t a n t o as f e r r a m e n t a s e
equipamentos propostos, quanto os p r o c e d i m e n t o s envolvidos,
podem e devem ser p a u l a t i n a m e n t e aperfeiçoados.

-3.1 ESCANTILHSO

3.1.1 FUNÇSES

Equipamento que permite, simultaneamente, a consecução de


prumo, alinhamento e nivelamento das sucessivas fiadas que
irão c o m p o r uma alvenaria.

3.1.2 DESCRICSO

Confeccíonado em chapa de aço, o escantilhão possui o


formato e dimensões i n d i c a d o s na F i g u r a 3.1

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Figura 3.1. Característica» do t * c a n t i l h £ o .


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3 . 1 . 3 P R I N C Í P I O S DE FUNCIONAMENTO

O f u n c i o n a m e n t o d o e s c a n t i l h ã o b a s e i a - s e na i d é i a de que e l e
servirá como referência para a obtenção d e um e n c o n t r o de
duas paredes perpendiculares ( F i g u r a 3 . £ . a > ; as superfícies
externas das suas faces coincidirão com a superfície da
futura alvenaria em c o n t a t o , e n q u a n t o sua aresta será a
materialização prévia do encontro entre as duas paredes
ortogonais a serem construídas.

Pode ainda s e r u t i l i z a d o na e x t r e m i d a d e de u m a a l v e n a r i a , a
qual, fazendo-se a n a l o g i a com a e x p l i c a ç ã o a n t e r i o r , poderia
ser c o n s i d e r a d a a materialização prévia desta parede (Figura
3.E.b>

Figura 3,2. P r i n c í p i o d« f u n c i o n a m e n t o do c c c a n t i l h l o : (a)


u t o no c n c o n t r o dt d u a t p a r e d e » p e r p e n d i c u l a r e * i
(b) u s o na e x t r e m i d a d e de u m a p a r e d e .

E s t a n d o sua a r e s t a na vertical e fazendo-se com que a


d i r e ç ã o da f a c e c o i n c i d a com a da a l v e n a r i a a e x e c u t a r , tem-
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se u m a referência de prumo e direção (alinhamento) para a


mesma.

A existência de f u r o s n a s faces (e e s t r i a s na f a c e oposta),


d i s t a n t e s 2<b cm um do o u t r o , s e r v e m c o m o r e f e r ê n c i a para a
eqüidistância entre fiadas (nivelamento).

Estes furos servem para alojar extremidades de linhas a


serem esticadas a partir dos e s c a n t i l h õ e s para orientar a
execução da correspondente fiada de alvenaria (figura
3.3.a). A estna d a s c o s t a s , por sua v e z , s e r v e p a r a alojar
linhas que contornem o e s c a n t i l h ã o , isto é , as que servem
simultaneamente às duas paredes a s s o c i a d a s ao equipamento
(Fig. 3.3.b )

Figura 3.3. Alojamento de linha» no escantilhlo: (a)


nascendo no esctntilhio; (b) p a s s a n d o pelo
escant i1h£o.
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3.1.4 L O C A C S O NA OBRA

O escanti1 hão é assentado tendo-se como referência a fiada


de m a r c a ç ã o d a s a l v e n a r i a s , na s e g u i n t e seqüência:

- Antes da c o l o c a ç ã o do e s c a n t i l h ã o propriamente dito, é


necessário que se a s s e n t e a primeira f i a d a de marcação,
perfeitamente locada e nivelada. 0 nivelamento do
escantilhão irá tomar o nivelamento da primeira fiada
como referênc ia.

Coloca-se uma q u a n t i d a d e de a r g a m a s s a na região onde se


assentará a base (Fig. 3 . 4 . a ) , de forma a facilitar a
movimentação do escantilhão até sua perfeita locação,
observando-se que o primeiro nível das furações e estria
deve coincidir com a aresta superior, da fiada de
marcação (fig. 3.4.b>;

E s t a n d o o e s c a n t i l h ã o .bem e n c o s t a d o n o s b l o c o s do canto,
bem c o m o acertado o n i v e l a m e n t o da primeira linha de
f u r o s , p a s s a - s e a o a c e r t o dos p r u m o s d a s s u a s d u a s faces;

- A o se p r u m a r u m a face, a mesma é e s t a b i l i z a d a por meio do


braço associado à outra face, o qual deve-se apoiar na
l a j e a u m a d i s t â n c i a da o r d e m d e 4 5 c m (fig. 3.4.c>,

A outra face deve ser prumada de maneira análoga,


verificando-se a operação anterior para observar-se
possível variação do p r u m o conseguido;

- Encontradas a s p o s i ç õ e s de a p o i o d o s b r a ç o s p a r a garantir
o prumo das faces, suas extremidades em c o n t a t o com a
laje são afixadas à mesma por m e i o de argamassa (fig
3 . 4.d) ;

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CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura 3,4 C o l o c a ç ã o do e s c s n t i 1 hão; (a) m a s s a p a r a a p o i o


da bate; (b) a s s e n t a m e n t o sobre a massa e
n i v e l a m e n t o ; (c) p r u m o de uma d a s faces; (d)
afixação do brace à laje; <e>^ afixaçío
p r o v i s ó r i a do b r a ç o k fiada de m a r c a ç ã o .
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Para impedir que os braços se desloquem enquanto a


argamassa ainda estiver fresca, em f u n ç ã o de esforços
como por e x e m p l o o v e n t o , p o d e - s e p r e n d ê - l o s p o r m e i o de
"sargentos" ( f i g . 3 . 4 . e ) à f i a d a de marcação.

3 . S . RÉGUA COM BOLHA

3.8.1. FUNÇ8ES

Instrumento utilizável para verificação de alinhamento,


nivelamento e prumo de componentes, individualmente ou
relat ivament e.

3.S.S. DESCRICSO

C o n s i s t e de um p e r f i l de a l u m í n i o ao qual se associaram
b o l h a s de n í v e l , c o n f o r m e se i n d i c n na F i g u r a 3.5

3.8.3. PRINCÍPIO DE FUNCIONAMENTO

A régua com b o l h a possui todas as f u n ç õ e s das réguas de


alumínio tradicionais, tais como: verificar alinhamento
entre blocos consecutivos de uma fiada (fig 3 6.a),
conferir se os b l o c o s n ã o n e c e s s a r i a m e n t e pertencentes a uma
mesma f i a d a e s t ã o num m e s m o p l a n o (fig. 3.6.b).

Ao se acrescentar as bolha de nível à régua, conforme


i n d i c a d o na Figura 3.5, a mesma ganha a possibilidade de
indicar o p r u m o ou n ã o de uma d a d a s u p e r f í c i e , b e m c o m o o
nivelamento. Isto facilita a execução dos "castelos" de

í 6
Rt. no. 27/91 Projeto EP/EH-5

alvenaria (referências feitas com blocos em escada na


extremidade da parede utilizada para guiar o alinhamento no
r e s t a n t e da parede - ver figura 3.6.b.), dispensando-se o
uso de p r u m o de cordão. A régua pode servir a uma outra
s é r i e de serviços, tais como a c o l o c a ç ã o do marco de uma
porta ou e s c a n t i l h õ e s no prumo (fig. 3.7).

F i g u r a 3 . 5 . R é g u a com bolha

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CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura 3,6 UtilizacSts tradicionais d* r é g u a dt a l u m í n i o :


(a) a l i n h a m e n t o de b l o c o s ; (b) c o p 1 a n a r i e d a d e de
blocos.

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CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 2 7 m Projeto EP/EN-5

Observe-se que, em função das bolhas serem do tipo


cilíndrico, a régua pode ser u s a d a d e independentemente em
qualquer posição (por e x . de " p o n t a - c a b e ç a " ) , s e m prejuízo
q u a n t o às s u a s i n d i c a ç õ e s . O b s e r v e - s e a i n d a que a l o c a ç ã o de
bolhas em níveis distintos procura permitir uma fácil
utilização para a p r u m o de blocos com diferentes desníveis
relativos; isto é, enquanto a bolha inferior é mais
facilmente visualizada para aprumar-se um b l o c o da segunda
fiada, a superior utilizável ao a p r u m a r - s e componentes em
maiores alturas. A bolha central é utilizada para a
v e r i f i c a ç ã o do nivelamento.

Figura 3 . 7 . U t i l i z a c X o da r é g u a com b o l h a p a r a c o n s e c u ç l o do
p r u m o no a s s e n t a m e n t o de m a r c o de p o r t a .

í?
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A régua c o m b o l h a p o d e a i n d a ser u t i l i z a d a c o m o referencial


para a execução d a s f i a d a s da a l v e n a r i a a c i m a d a s a d u e l a s e
m a r c o s de janela. Fazendo-se uso de um sargento (Fig.
3.8.a), pode-se prendê-la à a l v e n a r i a já levantada (Fig.
3 . 8 . b ) de maneira a s e r v i r de referência para o prumo e
alinhamento das fiadas que r e s t a m a s s e n t a r . A o se r i s c a r na
régua as distâncias fiada a fiada, a mesma passa também a
fornecer o n i v e l a m e n t o para tais fiadas.

Figura 3.8. Régua com bolha • sargento: (a) vista em


perspectiva do sargento; (b) vista superior
mostrando o conjunto como referencial para
alvenaria.

£0
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Para a l o c a ç ã o da r é g u a c o m b o l h a faz-se uso de outra régua


para garantir o alinhamento de s u a a r e s t a com a b o r d a da
fiada a executar (Fig. 3.9.a); o p r u m o é v e r i f i c a d o por meio
da p r ó p r i a b o l h a e x i s t e n t e (Fig. 3.9.b>.

oa*trollzofio éa
I
I

Fiflur» 3 , 9 . L o c a c S o de r é g u a com bolha • sargento: (a>


alinhamento; (b> p r u m o ,
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3 - 3 BISNftGft

3.3.1 FUNCSE8

Ferramenta utilizada para aplicação de argamassas no


a s s e n t a m e n t o de b l o c o s ou e n c h i m e n t o d e vãos.

Figura 3,10. B i t n a g a : <a> bico «xtrutor d* a r g a m a n a ; <b)


r t c e p t á c u l o p a r a a r g a m a i t a ; <c> v i i t a l a t e r a l .

22
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3,3.2. DESCRIÇSO

C o n s t i t u i - s e no a c o p l a m e n t o de um b i c o de c h a p a metálica
(fig. 3.10.a) a um "funil" constituído p e l a c o s t u r a de um
tecido maleável e impermeabilizado internamente (tal como
"curvim"), adequadamente cortado (fig. 3.10b), cujas
d i m e n s õ e s u s u a i s p o d e m ser v i s t a s na F i g u r a 3.10.C.

Figurai 3 , 1 1 . Aplicado da j u n t a da a r g a m a t t a : (a) b i t n a g a ;


(b) c o l h a r

3 , 3 , 3 , P R I N C Í P I O S DE FUNCIONAMENTO

A utilização de b l o c o s vazados implica na existência de


pequenas áreas de a p l i c a ç ã o da a r g a m a s s a que constituir-se-
ão n a s j u n t a s . A l i a d a a e s t a b a i x a d i s p o n i b i l i d a d e de espaço
s o m a m - s e as v a n t a g e n s de se adotar filetes isolados de
a r g a m a s s a no assentamento dos blocos, como o aumento da
estanqueidade da parede à água de chuva, economia de
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argamassa e aumento de produtividade no assentamento.


Recomendam assim, o s e u u s o n o l u g a r da t r a d i c i o n a l colher
de p e d r e i r o (Fig. 3.11).

A utilização da b i s n a g a i m p l i c a no enchimento inicial da


b o l s a com argamassa por m e i o d e u m a c o l h e r de p e d r e i r o e a
posterior deposição do f i l e t e sobre o bloco através da
compressão e torção manual desta bolsa obrigando a extrusão
da a r g a m a s s a p e l o b i c o . C o n s e g u e - s e , n o r m a l m e n t e , um filete
com e x t e n s ã o de q u a t r o b l o c o s p o r o p e r a ç ã o , o que a g i l i z a a
e x e c u ç ã o da alvenaria.

MEDIDAS EM CM

F i g u r a 3 . 1 E . E a t i c a d o r da linha
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3.4 E S T I C A D Q R DE L I N H A

3.4.1 FUNC8ES

Ferramenta que, associada a uma linha esticada, permite o


a l i n h a m e n t o de uma f i a d a de b l o c o s em execução.

Figura 3.13, Proctdimtnto» para esticar uma linha da


r e f e r ê n c i a ; (a> p r e t a com b l o c o j (b> presa ao
est i c a d s r ; <c) L i n h a e s t i c a d a alinhada com a
a r e s t a do b l o c o .
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3.4.8. DESCRIÇSO

C o n f e c c i o n a d o em madeira, o e s t i c a d o r p o s s u i um f o r m a t o de
"c" c o n f o r m e se vê na F i g u r a 3.12.

3 . 4 . 3 . P R I N C Í P I O S DE FUNCIONAMENTO

A s s e n t a d o s os blocos entremos de u m a fiada a executar, o


passo seguinte, no p r o c e s s o convencional de execução de
alvenarias, seria o de esticar uma linha, presa a blocos,
coincidente com as arestas dos blocos extremos (Fig.
3.13.a). 0 esticador permite uma racionalízação deste
serviço (Fig . 3 . 1 3 . b ) .

A precisão no a l i n h a m e n t o com a a r e s t a do bloco é mais


facilmente conseguida c o m o e s t i c a d o r , na m e d i d a em q u e , ao
se e s t i c a r a linha, a f e r r a m e n t a g i r a p a r a o lado em que a
linha está presa e n c o s t a n d o - a à aresta do bloco (Fig. 3.14).

Figura 3,14. Linha aiticada a l i n h a d a com a a r a s t a do bloco


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3.5. CANALETE E PLATAFORMA PARA ANDAIME

3.9.1. FUNCSE8

Equipamentos que t o m a m p a r t e na c o n f e c ç ã o d e p l a t a f o r m a s de
t r a b a l h o em a l t u r a s que p e r m i t a m o t r a b a l h o d o s o p e r á r i o s na
parte superior das paredes do andar em execução
( a s s e n t a m e n t o da a l v e n a r i a a p a r t i r d a o i t a v a fiada).

Figura 3,19. Cavalata matálico

27
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3.5.8. DESCRIÇZO

O cavalete é metálico, apresentando a forma e dimensões


m o s t r a d a s na F i g u r a 3.15

As p l a t a f o r m a s s ã o c o n s t i t u í d a s p o r t e l a s m e t á l i c a s que s ã o
soldadas a cantoneiras também metálicas em suas bordas,
conforme se ilustra na Figura 3.16. Note-se que cada
plataforma é constituída p o r 3 p a r t e s a r t i c u l a d a s , que p o d e m
ser u s a d a s t o t a l ou p a r e i a 1 m e n t e .

Figura 3.16. Plataforma metálica


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3.3.3. 0PERAC20

No t r a n s p o r t e e montagem dos cavaletes, três movimentos


relativos entre suas p a r t e s são p o s s í v e i s ; para distingui-
los s u a s p a r t e s e s t ã o d e n o m i n a d a s na f i g u r a 3.17.

Figura 3.17. Distincio esquemática da* p a r t a s c o m p o n e n t e s do


cavalete.

Os p é s , a p e s a r de não p o d e r e m ser d e s t a c a d o s em r e l a ç ã o ao
quadro superior, p o d e m ser g i r a d o s em r e l a ç ã o a e l e , s e n d o
sua p o s i ç ã o final relativa definida pelo encaixe dentado
Durante o t r a n s p o r t e os p é s d e v e m ficar a l i n h a d o s d e n t r o do
plano definido pelo quadro superior (Fig. 3.18.a). Ao
assentar o c a v a l e t e p a r a u t i l i z a ç ã o , os p é s s ã o g i r a d o s 90°

£9
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em r e l a ç ã o a esta posição (Fig. 3.18.b) auxiliando na


estabilidade da p l a t a f o r m a final.

A s m ã o s - f r a n c e s a s , por sua v e z , p o d e m ou n ã o ser "acionadas"


em função, respectivamente, de ter-se um cavalete de
e x t r e m i d a d e ou i n t e r m e d i á r i o de um a n d a i m e (Fig. 3.18.c).

Q u a n t o às plataformas, possuindo l a r g u r a de 8 0 c m , p o d e m - s e
apresentar segundo dois tipos distintos quanto aos
comprimentos das partes componentes (Fig. 3.i9.a):

- t i p o I: 6 2 , 5 c m + 125c m + ó £ , 5 c m
- t i p o II: 3 5 , 0 c m + i i5cm + 5 0 , 0 c m

a Q
A devida conexão dos trechos (I + 2 " , ou 2" + 3°; ou i +
2° + 3"), exemplificada na figura 3.19.b, pode gerar
comprimentos t o t a i s da p l a t a f o r m a distintos que t a m b é m estão
apresentados na tabela 3.1, permitindo sua utilização em
a m b i e n t e s com d i f e r e n t e s dimensões

T a b e l a 3 . 1 , C o m p r i m e n t o s p o s s í v e i s p a r a as plataformas

+ +

I I TRECHDS ACOPLADOS I
I TRECHOS + r o o
+
I I 2" I i' ' + 2 I 2 + 3° I 1" + a 2 ° I
I I 1 I I + 3 I

I I I 125,0 I 187,5 I 187,5 I 250,0 I

I II I 115,0 I 150,0 I 165,0 I 200,0 I+


+

30
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Figura. 3 . 1 8 . M a n u s e i o doa c a v a l e t e s ; (a) p é s c o p l a n a r a t ao


q u a d r o s u p e r i o r para o o t r a n s p o r t a a e s t o c a g e m ;
<b> p á s o r t o g o n a i s ao p ó r t i c o a H na p l a t a f o r m a
final; (c) c a v a l e t e s com m S o - f r a n c e s a u t i l i z a d a
ou n a o .
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Figura 3.19. Plataforma»; (a) doa tipos distintos; <b>


a x a m p l o da a c o p l a m a n t o dos t r a c h o s .
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F i g u r a 3 . 2 0 . C a i x o t e p a r a m a s s a : <a) p e r s p e c t i v a ; <b) v i s t a s
ortográficas do recipiente para massa isolado.

3.6 CAIXOTE PARA MASSA

3.6,1. FUNCSES

Recipiente utilizado p a r a r e c e b e r a a r g a m a s s a em utilização


pelo pedreiro, o qual é periodicamente reabastecido pelo
serven t e.
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serviço. Este carrinho pode ser deslocado pelo próprio


p e d r e i r o , t r a z e n d o o caixote tão p r ó x i m o quanto desejar.

No trabalho sobre o andaime duas possibilidades podem


ocorrer: o caixote continuar depositado sobre outro suporte
de m a i o r a l t u r a , ou p o d e - s e d e i x a r o c a i x o t e s o b r e o p r ó p r i o
andaime .

3.7 C A R R I N H O PARA TRANSPORTE DE ARGAMASSA

Q3.7.1. FUNÇSES

Tendo-se adotado a centralização de p r o d u ç ã o de argamassa


para a obra, o carrinho permite o transporte deste material
do l o c a l da s u a produção até o andar em que se está
executando a alvenaria

3,7.2, DESCRICSO

F a b r i c a d o em c h a p a de aço, o carrinho para transporte de


argamassa possui o -Formato e dimensões i n d i c a d o s na figura
3 . EE .

3.7.3. OPERAÇaO

0 carrinho que p o s s u i c a p a c i d a d e n o m i n a l de aproximadamente


1E0 1, é enchido com a r g a m a s s a na central de produção,
e m p u r r a d o por 1 operário até a p l a t a f o r m a do elevador de
o b r a s , p o r m e i o do qual é e l e v a d o até o a n d a r o n d e se e s t e j a

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CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

executando alvenaria. Neste é retirado da plataforma,


ficando estacionado normalmente num ambiente de grandes
dimensões nas i m e d i a ç õ e s do s e r v i ç o de a l v e n a r i a (em geral
adota-se a sala para i s t o ) , de o n d e a a r g a m a s s a é retirada
pelos serventes do andar para abastecimento da caixa de
massa de cada pedreiro.

F i g u r a 3 . 2 2 . C a r r i n h o p a r a t r a n a p o r t a da argamaaaa

3 . 8 . C A R R I N H O P A R A T R A N S P O R T E DE BLOCOS

3,8.1, FUNÇÕES

Este c a r r i n h o , como o próprio nome indica, é utilizado para


se f a z e r o transporte dos blocos de concreto desde seu
e s t o q u e na obra até o ambiente o n d e se está executando a
alvenaria .

36
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3.6.8. DE8CRICS0

Confeccionado em aço, o carrinho para transporte de b l o c o s


encontra-se i l u s t r a d o na F i g . 3.23.

Figura 3 , 2 3 . Carrinho para tranaporta da bloco»


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3.8.3. 0PERAÇ80

O uso de carrinhos tradicionais para t r a n s p o r t e de b l o c o s


implica na necessidade das atividades de retirá-los
manualmente a p a r t i r de uma p i l h a e depositá-los sobre o
e q u i p a m e n t o de t r a n s p o r t e ; no descarregamento o processo
inverso é também obrigatório.

0 carrinho para transporte de blocos elimina estas


atividades a c a d a c a r r e g a m e n t o e d e s c a r r e g a m e n t o de b l o c o s .
Conforme se i l u s t r a na Fig. 3.24, após a f o r m a ç ã o de uma
Pilha de blocos, dispondo-se os m e s m o s com os furos na
horizontal, não é necessário mais o manuseio dos
c o m p o n e n t e s , na m e d i d a em que o próprio carrinho consegue
"pegar" a p i l h a de b l o c o s d i s p o s t a d e s t a forma.

Portanto, o t r a n s p o r t e de b l o c o s do e s t o q u e da obra até o


local d e u t i l i z a ç ã o se dá a t r a v é s d a s fases:

Carregamento do carrinho no estoque da obra e


descarregamento na plataforma do elevador (guincho de
o b r a ) c o m o n ú m e r o de v i a g e n s n e c e s s á r i o p a r a o c u p a r todo
o p i s o da mesma,

I ç a m e n t o d o s b l o c o s , a t r a v é s do e l e v a d o r de o b r a s , até o
p a v i m e n t o de utilização.

Carregamento do carrinho a partir da plataforma do


elevador e d e s c a r r e g a m e n t o no a m b i e n t e em que os b l o c o s
serão utilizados (eventualmente em local para estocagem
ín t e r m e d 1 á r í a ) .

oo
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FIGURA 3.24. Etapa» da m o v i m e n t a d o da b l o c o s com o


c a r r i n h o : (a) p i l h a com furoa h o r i z o n t a l ; (b)
a p r o x i m a d o do c a r r i n h o a i n í c i o do giro anti-
h o r á r i o para o c a r r e g a m e n t o ; (c) e n c a i x e doa
braços para carregamento da pilha; (d) giro
oposto horário para voltar a posicSo de
transporte;
COWsKIQ EPUSP/ENCOL Rt. «o. 27/?i Projeto EP/EM-5

FIGURA 3.£4 < c o n t i n u a ç l o > Etapas da m o v i m a n t a ç l o da bloco*


com o c a r r i n h o : (•) d a s l o c a m a n t o h o r i z o n t a l ) <f>
início do giro a n t i - h o r á r i o j <g> dascarra-
gam«nto, apoiando-sa pilha «obra a bata a
r a t i r a n d o - s a oa braços por r a c u o do carrinho;
(h) g i r o h o r á r i o para v o l t a r k p o s i ç l o normal do
carrinho.

40
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4, S E R V I Ç O S UNITÁRIOS

4 . 1 C D L Q C A C g Q DE C O N T R A - M A R C O DE A R G A M A S S A A R M A D A DA JANELA

4.1.1 EQUIPE E FERRAMENTAS

A colocação do c o n t r a - m a r c o da j a n e l a é simples e rápida.


Nesta operação necessita-se basicamente de d o i s operários,
tais como pedreiro-ajudante ou pedreiro-pedreiro.

A ferramentas u t i l i z a d a s na c o l o c a ç ã o do contra-marco são


(ver -Figura 4 . 1 ) .

- c u n h a s de m a d e i r a p a r a c o r r i g i r o p r u m o e o n í v e l .
- m a r t e l o de b o r r a c h a de 1 k g . de peso.
dois "sargentos" para sustentação provisória do
cont r a - m a r c o .
- r é g u a com b o l h a s p a r a nível e p r u m o .

4.1.8 INSTALAÇSO

A c o l o c a ç ã o e a j u s t e do c o n t r a - m a r c o da j a n e l a c o m p õ e - s e das
seguintes etapas:

E l e v a ç ã o da a l v e n a r i a até a fiada a c i m a do parapeito.


M u i t a s v e z e s m o s t r a - s e v a n t a j o s a a o p ç ã o de se l e v a n t a r a
alvenaria até a sétima fiada nesta fase, antes da
colocação dos contra-marcos, para que não haja uma
i n t e r r u p ç ã o no a s s e n t a m e n t o dos b l o c o s . Já a p ó s a s é t i m a
fiada esta i n t e r r u p ç ã o é i n e v i t á v e l , u m a v e z que a p a r t i r

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desta necessita-se de andaimes para a execução do


t rabalho.

Figura 4.1. Pecas utilizadas p a r a a c o l o c a c a o do contra-


m a r c o de a r g a m a s s a a r m a d a .

Posicionamento manual do c o n t r a - m a r c o d e p ô s í t a n d o - o nas


fiadas levantadas e ajustando a sua posição no local
c o r r e t o . Para i s s o , o local de p o s i c i o n a m e n t o do contra-
marco poderá ser m a r c a d o na f i a d a a n t e r i o r ou a i n d a , no
c a s o de se p r o s s e g u i r o assentamento até a sétima fiada,
deixando-se o vão correto nas f i a d a s a c i m a do nível do
parapeito para posicionamento da p e ç a , c o m i cm de folga
de c a d a lado (figura 4.2.a).

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- A f i x a ç ã o d o s s a r g e n t o s de s u s t e n t a ç ã o é r e a l i z a d a por um
dos operários, enquanto o outro permanecerá segurando o
contra-marco. Estes sustentadores permitem uma maior
segurança contra a queda da p e ç a , b e m c o m o o s e u acerto
geométrico (ver figura 4.£.b)j

A c e r t o do a l i n h a m e n t o da travessa inferior do contra-


m a r c o com a alvenaria, através de golpes leves com
m a r t e l o de b o r r a c h a (ver f i g u r a 4.2.c);

Nivelamento da travessa i n f e r i o r do c o n t r a - m a r c o através


de e n c u n h a m e n t o do seu lado m a i s b a i x o (ver fig. 4. 2.d);

Uerificação do p r u m o de um d o s montantes através do


ajuste em parafusos do sargento-sustentador, que
consegue-se levá-lo à posição c o r r e t a , bem como mantê-lo
na mesma.

E n c h i m e n t o , com b i s n a g a , das frestas finais entre o


contra-marco e a alvenaria (ver fig. 4.2.e);

- Retirada dos sargentos sustentadores,

Prosseguimento do assentamento da alvenaria usando o


contra-marco, o qual p o d e ser g a l g a d o , como referência
para o nível e prumo, no assentamento dos blocos
contíguos a s s e n t a d o s de f o r m a r á p i d a e p r e c i s a (ver fig.
4 . 2 . f) ,

Desta maneira, o contra-marco serve como referência na


obtenção do prumo, nivelamento e alinhamento das fiadas
sucess 1 vas.
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura 4.S. Seqüência dt c o l o c a c S o do contra-marco dt


argamiisi armada

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F i g u r a A.£. < C o n t i n u » c S o > S e q ü ê n c i a de c o l o c a d o do c o n t r a -


m a r c o de a r g a m a t t a a r m a d a

45
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4.5 A D U E L A ENVQLUENTE

4.S.1 EQUIPE E FERRAMENTAS

Para a fixação da aduela envolvente necessitam-se dois


operários, devidamente t r e i n a d o s na e x e c u ç ã o d o s e r v i ç o . As
ferramentas u s a d a s para a fixação da a d u e l a são.

escoramento metálico provisório que mantém a


integridade do pórtico;
- nível alemão
- nivelador metálico para o ajuste fino do nível
desejado do pórtico.
- régua de p r u m o e nível para ajustar a vertícalidade
- bisnaga para o preenchimento com a r g a m a s s a do espaço
entre a aduela e a alvenaria.
- grampos feitos de b a r r a s d e a ç o de d i â m e t r o d e 6 mm
para fixação dos portais que não atuem como
e n v o l v e n t es

4.8.S FIXAC20

A n t e s da colocação do p ó r t i c o na alvenaria, a fiada de


marcação deverá estar executada, deixando-se delimitadas as
posições e as a b e r t u r a s das portas (ver f i g u r a A.3. a ) .

Para permitir a fixação das aduelas, principia-se pela


elevação de c a s t e l o s de 3 fiadas ( d u a s a l é m da m a r c a ç ã o ) nas
posições que delimitam a a b e r t u r a do v ã o da aduela. (ver
figura 4.3.b). A própria e q u i p e de marcação pode levantar
estes castelos junto as posições da abertura.
Alternativamente, pode-se levantar toda a alvenaria até a

46
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terceira fiada para a colocação das aduelas. Este último


procedimento visa dar maior continuidade ao trabalho e vem
sendo empregado nos e d i f í c i o s p r o t ó t i p o s em Goiânia.

As o p e r a ç õ e s de colocação da a d u e l a m e t á l i c a constituem-se
dos s e g u i n t e s passos:

- Acoplamento d e um escoramento provisório intermediário


para manter a integridade do p ó r t i c o d u r a n t e o i n í c i o da
sua fixação na a l v e n a r i a (ver f i g u r a 4.3.c);

- Posicionamento do p ó r t i c o no vão c o r r e s p o n d e n t e , passando-


se e n t ã o , a seu a c e r t o g e o m é t r i c o . ( v e r figura 4 3.d);

- Nivelamento do p ó r t i c o a t r a v é s do n í v e l alemão, o acerto


fino do prumo e nível do pórtico (nas duas direções:
perpendicular e paralelo a o p l a n o de a l v e n a r i a ) , d e v e ser
garantido usando o nivelador metálico a c o p l a d o na parte
inferior das pernas do pórtico.(ver figura 4.3.e). Cabe
ressaltar, que d e v e - s e observar com m u i t o c u i d a d o a folga
a ser deixada entre o pé do b a t e n t e e a laje acabada,
prevendo-se a altura do vão-luz final da p o r t a , de forma
q u e se possa colocar a folha sem r e c o r t e s (ver m a n u a l de
projeto).

- 0 prumo do pórtico pode ser v e r i f i c a d o utilizando-se as


r é g u a s de alumínio com b o l h a , c o m o é m o s t r a d o na figura
4 . 3 . f,

- C h u m b a m e n t o , com a r g a m a s s a de a s s e n t a m e n t o , a p l i c a d a entre
a perna e a alvenaria. A aplicação da a r g a m a s s a deverá
ser r e a l i z a d a a cada fiada assentada de b l o c o s . N ã o deve
ser preenchido o espaço oco e n t r e a verga e a travessa
superior do p ó r t i c o (ver figura 4.3.g).

47
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/?i Projeto EP/EN-5

- Após 24 h o r a s do p r e e n c h i m e n t o com argamassa, pode-se


retirar o escoramento intermediário do p ó r t i c o pois este
já t e r á a resistência suficiente para ser u t i l i z a d o como
referência no p r o s s e g u i m e n t o da e x e c u ç ã o d a alvenaria;

- Continuação da e x e c u ç ã o da a l v e n a r i a até o respaldo da


1 aje;

- Quando a aduela não for envolvente na p a r e d e , ou seja,


quando a parede que c h e g a na aduela é lateral e não de
topo, a fixação é realizada de maneira semelhante a
descrita anteriormente, porém com o d e t a l h e adicional de
se u t i l i z a r grampos feitos de b a r r a s de a ç o d e 6 m m de
diâmetro, colocados a cada três fiadas juntamente com a
argamassa. Esta prática proporciona maior "agarre" na
h o r a de fixar a a d u e l a na parede, (ver fig. 4.3.h e
4.3.i).

A aduela de c h a p a d o b r a d a , de forma s e m e l h a n t e ao contra-


m a r c o de argamassa armada, pode ajudar no a s s e n t a m e n t o da
alvenaria. Quando devidamente galgada (pode ser riscada a
lápis com marcas a cada 20 cm), propicia referências de
prumo e nível às fiadas p o s t e r i o r e s . 0 u s o de um esticador
de linha completa a referência de alinhamento, (ver fig.
4 .3. j) .
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/?i Projeto EP/EN-5
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/?i Projeto EP/EN-5

F i g u r a 4.3 (Cont i n u a c ã o ) S e q ü ê n c i a de c o l o c a ç i o da aduela


met ál ica e n v o l v e n t e .
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

4,3 ASSENTAMENTO DQS BLQCQS

4.3.1 EQUIPE E FERRAMENTAS

Para o serviço de assentamento dos blocos, ou seja, o


levantamento da a l v e n a r i a , n e c e s s i t a - s e de d o i s o p e r á r i o s : o
p e d r e i r o e o a j u d a n t e . As f e r r a m e n t a s u s a d a s são:

- c o l h e r de pedreiro
- b i s n a g a com as c a r a c t e r í s t i c a s c i t a d a s em 3.3
- r é g u a de n í v e l com possibilidade de c o n f e r i r tanto o prumo
como o nível dos blocos.
- esticador de linha
- escantilhoes previamente finados

4.3.S ASSENTAMENTO

A n t e s de se p r o c e d e r ao a s s e n t a m e n t o d o s b l o c o s d e v e r á estar
executada a primeira fiada de m a r c a ç ã o c o m o s b l o c o s desta
fiada p e r f e i t a m e n t e distribuídos e nivelados (ver capítulo
5). Deverão ainda, estar p o s i c i o n a d o s os escantilhoes de
referência para o nível e o prumo das demais fiadas.

A execução do s e r v i ç o resume-se basicamente nos seguintes


passos:

Utí1isãndo-se os escantilhoes e e s t i c a d o r e s de linha,


estica-se a linha que s e r v i r á de r e f e r ê n c i a p a r a a fiada
de blocos;

E s p a l h a - s e , c o m a j u d a da b i s n a g a , d o i s c o r d õ e s contínuos
de a r g a m a s s a , um em c a d a uma d a s f a c e s de a s s e n t a m e n t o do
CONVÊNIO EPtISP/ENCOL Rt. no. S7/?l Projeto EP/EN-5

bloco, o c o r d ã o p o d e c o b r i r de 5 a 6 b l o c o s de uma única


v e z . (ver figura 4.4.a), os cordões d e v e r ã o ter a mesma
espessura e quantidade ao longo de toda sua e x t e n s ã o sem
perder a sua continuidade;

Coloca-se o b l o c o s o b r e os cordões e a j u s t a - s e seu nível


com ajuda da linha, previamente esticada e com a régua de
nível. 0 ajuste do nível deverá ser r e a l i z a d o com ajuda
da c o l h e r de p e d r e i r o a t r a v é s de p e q u e n a s b a t i d a s c o m o
c a b o da m e s m a (ver figura 4.4.b);

A j u s t a - s e o p r u m o d o b l o c o com a a j u d a d a r é g u a de nível
usando-se como referência as outras f i a d a s já assentadas.
0 ajuste do p r u m o é também realizado com a colher de
pedreiro (ver figura 4.4.c);

A espessura da j u n t a horizontal deverá s e r de 1 c m . e da


junta v e r t i c a l , não p r e e n c h i d a , deverá ser de 0.5 cm,

Continua-se este mesmo procedimento p a r a os o u t r o s 4 ou


5 blocos restantes que c a b e m no c o r d ã o de a r g a m a s s a já
espalhado. Depois repete-se toda a operação
sucessivamente p a r a as d e m a i s fiadas.
Rt. no. 87/91 Projeto EP/EH-5

Figura 4.4 S e q ü ê n c ia dc «sficrit tmcnt o do» blocos dc


concreto.
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura 4.4. (Cont inuacio> Seqüência dc assentamento do*


b l o c o s de c o n c r e t o .

54
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/9Í Projeto EP/EN-5

REVESTIMENTOS ARGAMASSADQS

4.4.1 E X E C U C 2 0 DE REVESTIMENTO EXTERNO ARGAMASSADO


(PARA PINTURA E BASE PARA CERÂMICA OU P E D R A )

Não é objetivo deste manual r e p e t i r a d e s c r i ç ã o da técnica


tradicional de execução d o r e v e s t i m e n t o e x t e r n o de paredes.
Recomenda-se consultar o Documento i.F do p r o j e t o EP/EN-i,
que contem a técnica detalhada da execução destes
revestimentos. 0 projeto EP/EN-i abordou temas como
controle e caraterizacão de materiais para argamassas de
assentamento e r e v e s t i m e n t o , m é t o d o de d o s a g e m controle de
produção, técnica e controle de execução destes
r e v e s t iment o s .

4.4.6 REVESTIMENTOS INTERNOS ARGAMASSADOS (PARA


P I N T U R A , MASSA CORRIDA OU GESSO)

A técnica tradicional de e x e c u ç ã o do revestimento interno


também encontra-se detalhada no Documento l.F do projeto
EP/EN-i. A seguir descreve-se a técnica de execução do
revestimento interno de m a s s a ú n i c a de 6 mm de espessura,
(técnica atualmente u s a d a na c o n s t r u ç ã o do p r é d i o s pilotos).

Cabe ressaltar, que para a utilização deste tipo de


revestimento as p a r e d e s d e v e m e s t a r p e r f e i t a m e n t e aprumadas,
isto é, n ã o se pode corrigir erros nas características
geométricas das p a r e d e s com um r e v e s t i m e n t o de t ã o pequena
espessura.
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/9Í Projeto EP/EN-5

As etapas a seguir para a execução deste tipo de


revestimento são:

Limpeza de todas as rebarbas deixadas pela argamassa de


assent ament o,

Colocação de t a l i s c a s , ( p e d a ç o s de s a r r a f o d e m a d e i r a de
6 mm de e s p e s s u r a ) , n a a l v e n a r i a a d i s t â n c i a m á x i m a d e 2
metros, a fixação é realizada usando-se pregos (ver
figura 4 . 5.a ) ;

Espalhamento da argamassa, com a ajuda de uma


desempenadeira de m a d e i r a de d i m e n s õ e s a p r o x i m a d a s 44 cm
p o r 22 cm, entre t a l i s c a s numa mesma v e r t i c a l , formando
guias. Esta argamassa deverá ser "cortada" com uma régua
de a l u m í n i o , logo após a sua secagem inicial (tempo
necessário para "puxar"), definindo as guias para o
r e s t a n t e do r e v e s t i m e n t o (figura 4.5.b);

Espalhamento d a a r g a m a s s a n o r e s t a n t e da a l v e n a r i a entre
as guias com ajuda da mesma desempenadeira de madeira
(ver figura 4.5.c),

- Sarrafeamento da a r g a m a s s a usando como referência o nível


das guias, nesta e t a p a pode ser u s a d o um p e r f i l (régua)
d e a l u m í n i o ou um s a r r a f o de m a d e i r a liso e u n i f o r m e , com
comprimento que permita ser apoiado em duas guias
consecutivas, o comprimento da régua depende ainda do
t a m a n h o do vão de parede que esteja sendo revestido.
Comprimentos de 0 80, i.50, 2.00 e 2.50 m podem ser
usados para tais fins. 0 sarrafeamento da a r g a m a s s a deve
ser realizado a p ó s 2 0 a 30 m i n u t o s da a r g a m a s s a ter sido
espalhada na p a r e d e , (ver figura 4.5.d).
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Este tempo de e s p e r a d e p e n d e da t e m p e r a t u r a e da umidade


relativa do ar e x i s t e n t e no lugar. R e c o m e n d a - s e começar o
sarrafeamento quando a argamassa se apresentar
superficialmente seca, ou s e j a , quando perder o brilho
s u p e r f i c ial .

Retirada das taliscas e preenchimento com a r g a m a s s a do


espaço deixado por elas;

Desempenamento, com movimentos circulares, usando uma


brocha umedecida e a desempenadeira de m a d e i r a ou uma
espuma umedecida, (de d i m e n s õ e s 30 x 18 c m ® - ver fig.
4.5.e>

R e q u a d r a ç ã o do r e v e s t i m e n t o nos c a n t o s com a j u d a de um
sarrafo fixado c o m p r e g o s , que s e r v e de g u i a p a r a deixar
o requadro bem a l i n h a d o , como é apresentado na figura
4.5.f (os vãos nos quais existem batentes ou contra-
marcos envolventes dispensam a necessidade de
requadração).

57
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/9Í Projeto EP/EN-5

F i g u r a 4.5 E x e c u ç l o d» r e v e s t i m e n t o i n t e r n o a r g a m a s s a d o de
pequena espessura.
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/9Í Projeto EP/EN-5

Fígur» 4.5. ( C o n t i n u a d o ) ExecuçSo dt r e v e s t i m e n t o interno


a r g a m a s s a d o de p e q u e n a e s p e s s u r a ,
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

4.4.3 REVESTIMENTO COM AZULEJOS

No P r o c e s s o Construtivo Poli-Encol, está se adotando a


t é c n i c a de a s s e n t a m e n t o de a z u l e j o s , com a r g a m a s s a colante
diretamente sobre a parede de blocos de concreto. Cabe
ressaltar que e s t a f o r m a de e x e c u ç ã o e s t á d i r e t a m e n t e ligada
a possibilidade d e se executar a alvenaria rigorosamente
dentro dos p a d r õ e s de precisão geométrica, pois não se
dispõe de camada de regularizacão para a correção de
eventuais erros.

A técnica executiva propriamente dita, segue os padrões


r e c o m e n d a d o s p a r a o a s s e n t a m e n t o de a z u l e j o s s o b r e emboço

Para detalhes a respeito deste e de outros tipos de


revestimentos cerâmicos recomenda-se consultar o Relatório
Técnico R6-06/90 "Recomendações para a Produção de
Revestimentos Cerâmicos para Paredes de Vedação em
Alvenaria" do p r o j e t o EP/EN-6.

4.4,4 REVESTIMENTO DO TETO

0 revestimento do t e t o , no caso particular do processo


POLI/ENCOL, limita-se ao recobrimento das rebarbas e
pequenas saliências que ficam a p ó s a r e t i r a d a d a s f o r m a s da
l a j e . A l a j e fica p r a t i c a m e n t e a c a b a d a , t o r n a n d o - s e possível
a utilização com p a s t a de g e s s o para o recobrimento das
salíênc ias.

60
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

4.4.5 DEMAIS REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS

Os demais revestimentos argamassados, inclusive o


revestimento das fachadas externas deverão seguir as
r e c o m e n d a ç õ e s c o n t i d a s n o s m a n u a i s da E n c o l e n o s relatórios
do P r o j e t o de P e s q u i s a EP/EN-i.

No A N E X O A, é apresentado resumidamente o m é t o d o de dosagem


das a r g a m a s s a s d e s e n v o l v i d o no â m b i t o d a q u e l e projeto.

4 5 J U N T A S DE DILATACSO

4,3.1 JUNTA VERTICAL DE D I L A T A C Í O ENTRE PRáDIOS

4.5.1.1 EQUIPE E FERRAMENTAS

A equipe para a instalação da junta vertical pode ser


constituída por um p e d r e i r o e um a j u d a n t e . As ferramentas
usadas são:

a ) m a r t e l o de b o r r a c h a de 1 kg de peso.
b) andaimes ou b a l a n c i n s <o p e r f i l é colocado na h o r a da
Pint u r a ) ,
c) cola para borracha ( c a s c o l a por exemplo).
d ) g r a m p o m e t á l i c o p a r a a c a b a m e n t o da b a s e do perfil

ói
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/9Í Projeto EP/EN-5

4.5.1,1 INSTALAÇÃO

Sao os s e g u i n t e s os p a s s o s para a e x e c u ç ã o deste serviço:

C o l o c a ç ã o da junta no encontro entre dois prédios, ao


longo de toda sua altura;

I n t r o d u ç ã o do primeiro tramo, (normalmente utilizam-se


t r a m o s de 6 m de c o m p r i m e n t o o que o b r i g a a se t e r emenda
d o s p e r f i s na m a i o r i a dos casos), a introdução deverá ser
realizada com b a t i d a s d o m a r t e l o d e b o r r a c h a d e i k g . em
sentido perpendicular ao plano do revestimento (ver
figuras 4.6.a e 4.6.b);

E m e n d a do primeiro tramo com o s e g u n d o , colando-o com


adesivo para borrachas, (cascola por exemplo),

Introdução do. segundo tramo da mesma forma que o


primeiro;

F i x a ç ã o do acabamento m e t á l i c o a 5 ou 10 cm da b a s e , no
caso do perfil ser c o l o c a d o a p a r t i r do t é r r e o , prendendo
a ponta inferior do mesmo (o perfil propriamente dito
deve ser colocado até a base). 0 acabamento é parafusado
à alvenaria (usar bucha e p a r a f u s o . Ver figura 4.6.c);

0 perfil p o d e ser p i n t a d o com l á t e x a c r í l i c o ou esmalte


s i n t é t i c o , de p r e f e r ê n c i a com c o r e s claras.
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/9Í Projeto EP/EN-5

Figura A.6 J u n t a d e d i l a t a ç a o e n t r e p r é d i o s : (a) D e t a l h e do


p e r f i l de b o r r a c h a ; (b) C o l o c a ç ã o do p e r f i 1 ; <c)
D e t a l h e da f i x a ç ã o i n f e r i o r ;
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL R t . no. 27/91 P r o j e t o EP/EN-5

4.5,2 JUNTA HORIZONTAL DE DILATAÇSO DA LAJE DE


COBERTURA

Para a execução desta junta, deve-se observar o seguinte


P roced imento:

Posicionar o perfil sobre o bloco "J" e deixando um


espaçamento entre 10 e 15 mm entre o perfil e a parede
i n t e r n a do bloco (ver figura 4.7.a). D e v e - s e a s s e g u r a r a
linearidade e continuidade da j u n t a em t o d a s u a extensão;

- E m e n d a r os t r a m o s d o p e r f i l com c o l a p a r a borrachas,

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Figura 4.7. Junta de m o v i m e n t a ç ã o entre a a l v e n a r i a e a laje


de c o b e r t u r a .

64
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/9Í Projeto EP/EN-5

Posicionar uma tira de isopor n o espaçamento deixado


entre parede i n t e r n a do bloco e o perfil (fig. 4.7.b);

Preencher com argamassa f r a c a de cal e a r e i a ou s a i b r o e


areia o espaço deixado entre o perfil de borracha e a
b o r d a da f ô r m a da l a j e (ver f i g u r a A. 7 . c ) ;

Após a concretagem da laje e a desforma, a argamassa


fraca colocada internamente deve ser raspada. 0
acabamento desta j u n t a p o d e ser f e i t o c o m um m a t a juntas
p r e s o ou no teto ou na p a r e d e , ou a i n d a d e i x a n d o - s e um
friso e n t r e a p a r e d e e o forro (ver f i g u r a A. 7. d ) .

Fiflura 4 . 7 , (Continuacío) Junta de movimentação entre a


a l v e n a r i a e a laje de c o b e r t u r a .
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Externamente recomenda-se u t i l i z a r um f r i s o no reves-


timento na p o s i ç ã o sobre a junta (ver f i g u r a 4 . 7 . d ) . Este
f r i s o , n o c a s o d o s u r g i m e n t o de uma f i s s u r a e x t e r n a nesta
posição, servirá para esconder tal fissura (que ficará
interna a ele) e a i n d a de local p a r a a colocação de
mastique caso haja i n f i l t r a ç ã o de á g u a de chuva;

Para aumentar-se a eficiência desta junta, recomenda-se


dividir a l a j e em d i f e r e n t e s p a r t e s , bem c o m o g a r a n t i r a
ventilação do á t i c o do t e l h a d o (ver m a n u a l de projeto).

4,6 ESCADAS

4,6,1 ESCADA TIPO "JACARÉ".

Esta escada caracteríza-se p o r ser c o m p o s t a por pré-moldados


l e v e s , que podem ser t r a n s p o r t a d o s m a n u a l m e n t e . A descrição
d e t a l h a d a de suas partes encontra-se no " M a n u a l do Processo
Construtivo Poli-Encol: Blocos e Pré-moldados.

4.6,1,1 EQUIPE E FERRAMENTAS

A fixação das vigas "jacaré" nas paredes e a fixação e


e n c a i x e do degrau pré-moldados são executadas por dois
operários um c a r p i n t e i r o e um ajudante

0 chumbamento, dos d e g r a u s p r é - m o l d a d o s , na v i g a " j a c a r é " é


r e a l i z a d a p o r um pedreiro.

66
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

As f e r r a m e n t a s u t i l i z a d a s são:

- Furadeira para p e r m i t i r a inserção dos p a r a f u s o s que


sustentarão a viga,
- Bisnaga para chumbamento;
- Nível de bolha,

4 . 6 . 1 . 2 F I X A C S O E M O N T A G E M DA ESCADA

- Marcação dos pontos onde serão f u r a d o s os blocos para


futura colocação dos parafusos fixadores da viga
"jacaré". 0 p r o c e s s o de m a r c a ç ã o s e r á r e a l i z a d o a p a r t i r
da laje superior à inferior e o seu nivelamento
horizontal é d a d o c o m a j u d a do n í v e l de bolha.

- A cada lance de e s c a d a c o r r e s p o n d e um p o s i c i o n a m e n t o das


vigas "jacarés" d i f e r e n t e , os detalhes e alturas destes
posicionamentos, assim como os d e t a l h e s de c a d a u m a das
pecas que f o r m a m a e s c a d a , s ã o m o s t r a d o s na f i g u r a 4.8.

- A f i x a ç ã o da v i g a "jacaré" é realizada mediante parafusos


inseridos na paredes e ajustados com porcas ou
estícadores .

0 carpinteiro fura o bloco, insere os parafusos e


posiciona a viga dentro deles, ajustando-os seguidamente
com a p o r c a ou esticador. Esta mesma operação segue-se
para a outra viga que v a i f i x a d a na p a r e d e o p o s t a , este
procedimento é válido para os p r é d i o s sem pilotis os
quais possuem a a l t u r a do p é - d i r e i t o constante.

Nos prédios construídos com pilotis existe uma variação


na a l t u r a do p é - d i r e i t o d e s t e , isto o b r i g a ao u s o de uma
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. S7/9Í Projeto EP/EN-5

viga "jacaré" mais comprida para permitir o ajuste da


alt u r a .

Seguidamente prossegue-se à colocação dos degraus,


operação executada pelo pedreiro. Os degraus são
assentados com f o l g a de 5 m m . a c a d a lado entre a parede
e o degrau, este espaço é chumbado pelo pedreiro.

No caso de que algum pré-moldado esteja balançando


utilizam-se calços para estabi1iza-1 os e chumba-se com
argamassa posteriormente, (traço 1:3).

Se o degrau estiver q u e b r a d o em a l g u n s de s e u s cantos,


c h u m b a - s e por baixo, onde encosta o d e g r a u com a viga
"jacaré".

- A seguir colocam-se os p r é - m o l d a d o s que formam a pré-lajes


dos patamares entre cada lance. Completam-se os três
l a n c e s da mesma forma até chegar ao p a v i m e n t o seguinte
o n d e se a c o p l a c o m a l a j e correspondente.

- Deve-se ficar atento para a saída da escada da laje


i n f e r i o r , bem como para a chegada na l a j e s u p e r i o r . Na
laje inferior, esta deve avançar s o b r e o p o ç o da e s c a d a 6
cm p a r a permitir a colocação do p r i m e i r o e s p e l h o (figura
4.8 d). Analogamente, a laje s u p e r i o r deve avançar sobre
o poço da e s c a d a também 6 c m , f o r m a n d o um e n c a i x e , para
completar o acabamento (figura 4.8.f>.

68
Figura 4 . 8 Escada "jacaré" (a) Yiga " j a c a r é " ; (b) D e t a l h a
do degrau> (c) D e t a l h e do d e g r a u a c a b a d o .
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura 4.8. E s c a d a " j a c a r é " (Continuaçfio>: (d) C o r t a es ue-


m á t i c o da s a í d a da laja e c h a g a d a no p a t a m a r ;
(a) C o r t e e s q u e m á t i c o da saída do p a t a m a r i; (f)
Corte e©quemátíco da s a í d a do p a t a m a r 2 e
c h e g a d a na laje s u p e r i o r .
Projeto EP/EN-5

Figura 4.8 Escada "jacaré' (Continuação): (g) Patamar 1


(h) P a t a m a r 2.
CONVÊNIO EPUSP/EHCOL Rt. no. 27/?i Projeto EP/EN-5

Figura 4.8, Escada "jacaré" (Continuacio): (i) P l a n t a gtral


CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura 4,8 Escada "jacaré" ( C o n t i n u a ç ã o ) : (j) E s q u e m a da


m o n t a g e m d o s degraus; (k) E s q u e m a da mont agem do
pat a m a r .
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

4 . 6 . 2 E S C A D A M O D U L A R EM P R á - M O L D A D O L E V E <ALTERNATIVA)

Recomenda-se consultar o relatório R5-15/90, "Proposta de


escada modular em p r é - m o l d a d o leve", do p r o j e t o EP/EN-5
para obter informações sobre a forma de e x e c u ç ã o e montagem
desta alternativa para a escada.

4 7 CQLQCACSO DE U F R G A S E CONTRA-VERGAS

4,7.1 VERGAS

A colocação das vergas é realizada na t e r c e i r a etapa de


execução da a l v e n a r i a , ou seja, quando as fiadas chegam ao
topo das aduelas e dos contra-marcos d a s j a n e l a s . No caso
específico das janelas dos prédios pilotos construídos em
Goiânia, o própio contra-marco suporta o peso das duas
fiadas restantes para chegar até o respaldo da laje,
portanto e s t a s n ã o p r e c i s a m de verga.

A verga deve ser instalada acima das aduelas i n t e r n a s e da


sacada e será pré-moldada. Suas d i m e n s õ e s devem seguir as
recomendações d o item 3 . 1 . 2 do M a n u a l de P r o j e t o d o Processo
POLI-ENCÜL .

Para a p o r t a do e l e v a d o r , pode ser a d o t a d a a execução da


verga no local (ver item 3.1.2 do Manual referido
a n t e r i o r m e n t e ) . Cabe ressaltar que, como a porta do elevador
é fornecida pela empresa responsável por e s t e , esta aduela
dificilmente irá obedecer a m o d u l a ç ã o da alvenaria. Mesmo
que i s s o ocorra, estas pecas não são d i s p o n í v e i s para a
colocação quando da elevação da alvenaria. Assim, o
procedimento para a colocação desta aduela é o

74
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL R t . no. 27/91 Projeto EP/EN-5

"tradicional", isto é , d e i x a - s e um v ã o m a i o r que o batente,


que p o s t e r i o r m e n t e será preenchido.

4.7.1.1 COLOCAÇSO DAS VERGAS EM ADUELAS INTERNAS E


PORTAS DE SACADAS

São os s e g u i n t e s os p a s s o s para a e x e c u ç ã o d e s t e serviço:

Coloca-se argamassa de a s s e n t a m e n t o (dois c o r d õ e s ) na


face dos blocos onde vai ser posicionada a verga, (ver
figura 4.9.a);

A.justa-se a a l t u r a da v e r g a c o m a j u d a da linha esticada


(ver figura 4.9.b) ,

Ajusta-se o nível e p r u m o da v e r g a c o m a j u d a da r é g u a de
nível conferindo-se a sua horizontalidade e prumo com
respeito a o r e s t o da alvenaria,

- Continua-se o a s s e n t a m e n t o da alvenaria.

4.7.1.2 EXECUCSO DA VERGA PARA PORTA DO ELEVADOR

Recomenda-se a u t i l i z a ç ã o d e um g a b a r i t o ( m e t á l i c o ou de
m a d e i r a ) para o apoio dos blocos canaleta,

Executa-se a verga do elevador assentando os blocos


canaleta com o posterior, preenchimento de g r a u t e (pode
ser u t i l i z a d o c o n c r e t o de r e s i s t ê n c i a 21 M P a com b r i t a 1
c o m o a g r e g a d o g r a d d o - ver figura 4.9.c);

75
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Deve-se posicionar uma barra de a ç o d e d i â m e t r o 10 m m ,


apoiada na canaleta com separadores, antes do
graut eament o.

Figura 4.9. ColocaçSo das vergas

76
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

4.7.8 C0NTRA-VERQA8

A contra-verga, será executada com o a s s e n t a m e n t o e blocos


canaleta preenchidos por graute (pode ser u s a n d o c o n c r e t o de
21 M P a d e r e s i s t ê n c i a c o m b r i t a 1 c o m o a g r e g a d o g r a ú d o ) . Sua
e x e c u ç ã o s e g u e os s e g u i n t e s passos:

A s s e n t a m - s e os blocos "canaletas" na fiada onde irá


d e s c a n s a r o c o n t r a - m a r c o da janela;

0 comprimento da verga d e v e ser do tamanho d o v ã o da


j a n e l a m a i s 30 cm a c a d a l a d o da m e s m a , (ver f i g . 4.9.d);

Pòsiciona-se uma b a r r a de a ç o de 10 mm de diâmetro


a p o i a d o na c a n a l e t a c o m o s r e s p e c t i v o s separadores;

- P r o c e d e - s e ao g r a u t e a m e n t o da contra-verga.

4,8 EMBUTIM ENTQ DAS INSTALAÇÕES

4.6.1 EMBUTIMENTO DOS ELETRODUTOS DA8 INSTALAÇÕES


ELáTRICAS

0 embutimento das instalações elétricas baseia-se na


u t i l i z a ç ã o dos vazados existentes internamente na parede
f o r m a d o p e l a s u c e s s ã o d o s f u r o s d o s b l o c o s de c o n c r e t o (pois
como não se u t i l i z a m c i n t a s a m e i a a l t u r a d a s p a r e d e s , este
v a z a d o s são c o n t í n u o s l i g a n d o laje a laje.

0 procedimento descrito a s e g u i r , foi elaborado visando a


e l i m i n a ç ã o da q u e b r a d o s b l o c o s d a s p a r e d e s e s t r u t u r a i s para
a passagem dos e l e t r o d u t o s (São proibidos os rasgos em

77
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

paredes estruturais), bem como se eliminar ao máximo a


interferência e n t r e o t r a b a l h o do e l e t r i c i s t a e do pedreiro.
Este procedimento b a s e i a - s e nos s e g u i n t e s passos:

0 pedreiro deve executar a alvenaria sem maiores


preocupacoes quanto a posição de c o l o c a c ã o das caixas de
interruptores e tomadas (quando se opta por utilizar
estas caixas já embutidas previamente nos blocos, o
pedreiro deve estar atento para aposição destes blocos,
bem como o eletroduto colocado a seguir interfere no
trabalho de assentamento). Uma outra hipótese é a
colocacão do bloco já cortado com o "nicho" para o
embutimento da caixinha elétrica. Este último
procedimento vem s e n d o a d o t a d o na o b r a p i l o t o (GO), pois
encontrou-se muita dificuldade em se cortar o bloco,
d e p o i s deste e s t a r a s s e n t a d o na parede.

A p ó s a e x e c u ç ã o d a s a l v e n a r i a s , na e t a p a de m o n t a g e m das
tubulações elétricas na l a j e , a n t e s da concretagem, o
eletricista deve identificar as posições nas quais vão
e x i s t i r as caixinhas de interruptores e tomadas. Nestas
posições ele deve furar o bloco canaleta ou j o t a colocado
no r e s p a l d o da p a r e d e (e a j u n t a de b o r r a c h a quando for a
l a j e de c o b e r t u r a ) e l a n ç a r n o v a z a d o formado pelos furos
dos blocos o eletroduto, no c o m p r i m e n t o adequado (ver
figura 4.10.a).

As c a i x a s elétricas de i n t e r r u p t o r e s e tomadas serão só


realmente colocadas após a concretagem da laje. Neste
ponto, o eletricista deve c o r t a r a p a r e d e no t a m a n h o da
caixa a ser colocada e de lá retirar a ponta do
eletroduto que deve ter sido deixado na fase de
p r e p a r a ç ã o da laje, passar este pela caixa e chumba-la
(ver figura 4.10b).

78
COWÈKIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EM-5

Quando existir uma tomada baixa isolada, recomenda-se que


esta seja que alimentada pelo piso. Neste caso, na
concretagem da laje anterior, o eletricista deve ter
deixado o a r r a n q u e do eletroduto. 0 pedreiro durante o
assentamento deverá encaixar os blocos da fiada de
marcação e demais fiadas dentro destes arranques deixados
(ver f i g u r a 4.10.c>;

P a r a o s d o i s c a s o s r e c o m e n d a - s e o u s o d e c o n d u í t e s de PUC
para o e m b u t i m e n t o das instalações;

Figurai 4 . 1 0 . E m b u t i m e n t o de i n t t a l a ç S e » elétrica*

79
^

CONVÊNIO EPUSP/EHCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EH-5

Figura 4.10. (Continuação) Embutimento d© i n s t a l a ç õ e s elt-


t ricas

80
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EH-5

N o s d o i s c a s o s , a c o l o c a ç ã o da c a i x a d o s i n t e r r u p t o r e s e
das tomadas deverá ser realizada posteriormente do
l e v a n t a m e n t o da alvenaria,

Recomenda-se o u s o de s e r r a c i r c u l a r ou e s m e r i l para o
corte dos b l o c o s no m o m e n t o da c o l o c a ç ã o d a s c a i x a s , m a s
como foi d i t o a n t e r i o r m e n t e , se e x i s t i r m u i t a dificuldade
de se c o r t a r os b l o c o s já a s s e n t a d o s n a s p a r e d e s , pode-se
optar por a s s e n t a - l o s com os " n i c h o s " para a colocação
d a s c a i x i n h a s e l é t r i c a s já cortados,

0 posicionamento das caixas deve estar referenciado


mediante m a r c a ç ã o p r e v i a da a l v e n a r i a n o s p o n t o s o n d e se
i n s t a l a r ã o os i n t e r r u p t o r e s e as tomadas.

4 . 8 . 2 E M B U T I M E N T O DE I N S T A L A Ç Õ E S EM P A R E D E S HIDRÁULICAS

Para a e x e c u ç ã o do embutimento das i n s t a l a ç õ e s em paredes


hidráulicas foi d e s e n v o l v i d o um componente que d i r e c i o n a o
corte p a r a e s t e embutimento-. o b l o c o hidráulico.

• c o r t e da p a r e d e h i d r á u l i c a p o d e ser e x e c u t a d o , s e m maiores
p r o b l e m a s , com f e r r a m e n t a s tais como t a l h a d e i r a s e martelos
Alternativamente, este corte poderá ser realizado por
i n t e r m é d i o de ferramentas elétricas como politrizes com
discos a b r a s i v o s ou s e r r a s com d i s c o diamantado.

A fixação das tubulações e fechamento dos cortes deverá ser


feito com argamassa e r e s t o s de blocos quebrados Deve-se
ter c u i d a d o p a r a se deixar bem p o s i c i o n a d o os pontos de
conexão e aparelhos hidráulicos.

8i
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EH-5

Recomenda-se, finalmente, q u e se u t i l i z e m kits hidráulicos,


seguindo as recomendações já e x i s t e n t e s na e m p r e s a , com o
objetivo de se r a c i o n a l i z a r a execução dos serviços, bem
como diminuir significativamente as p e r d a s de material por
cort e .
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

5. EXECUCgQ DA ALVENARIA

No p r e s e n t e capítulo será feita u m a d e s c r i ç ã o d a s e t a p a s e


operações l i g a d a s à e x e c u ç ã o da a l v e n a r i a , d a n d o - s e especial
ênfase para utilização dos equipamentos especiais abordados
ant e r i o r m e n t e .

Inicialmente, descrevem-se as e t a p a s de e x e c u ç ã o d o painéis


individualmente e posteriormente trata-se do p l a n e j a m e n t o da
execução de um a n d a r de um edifício como um todo. Cabe
ressaltar, que c o m o r e s u l t a d o das r e c o m e n d a ç õ e s feitas, ter-
s e - á um "projeto da seqüência executiva" da a l v e n a r i a , de
forma a otimizar os serviços.

F i n a l merit e , s ã o feitas recomendações q u a n t o ao c o n t r o l e de


qualidade destes serviços.

5.1. DECOMPQSICSO DO SERVIÇO

A fim de t o r n a r claro o entendimento das operações de


e x e c u ç ã o da a l v e n a r i a , se d i v i d i u a e x e c u ç ã o d a s m e s m a s nas
cinco etapas descritas na figura 5.1. Esta divisão tem
caráter meramente d i d á t i c o , sendo que a s e q ü ê n c i a executiva
em o b r a é d e s c r i t a n o item 5.2.

3,1.1 PRIMEIRA ETAPA; MARCACSO

Tende sido executada a laje de cobertura do andar "n", a


execucão da a l v e n a r i a do a n d a r "n + 1" p r i n c i p i a pela fiada
de m a r c a ç ã o , nome que será atribuído á primeira fiada de
t o d a s as a l v e n a n a s deste andar.

83
Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura 5.1. E t a p a * de e x e c u ç S o da a l v e n a r i a : (a) marcado;


(b> p o i i c i o n a m e n t o de r e f e r e n c i a » ;
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

F i g u r a 5.1 ( C o n t i n u a ç a o ) , Etapas de e x e c u c a o da a l v e n a r i a :
(c) a l v e n a r i a até a 7a fiada; (d) a l v e n a r i a até
o topo das a d u e l a s e j a n e l a s ; (e) a l v e n a r i a até
o respaldo.
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt.no.S7/91 Projeto EP/EN-5

Figura 5,S - Sistvmas d» c o o r d e n a d a » c o m o r t f t r ê n c i a par» a


l o c a ç l o da m a r c a ç l o : (a) v i s t a «uptrior; (b>
f i x a d o da» l i n h a » .

A marcação servirá de referência para todo o serviço


restantei sendo assim, a perfeição geométrica de todo o
conjunto é dependente da qualidade de sua locação
"p 1 a n i m é t r i c a " e "altimétrica".

A l o c a ç ã o " p 1 a n i m é t r i c a " da poligonal que d e f i n e a m a r c a ç ã o ,


deve-se ao sistema de coordenadas (Figura 5.2.a)
materializado fisicamente a t r a v é s de l i n h a s perpendiculares
presas a g a n c h o s de aço p r e v i a m e n t e s o l i d a r i z a d o s às bordas
da laje (Figura 5.2.b>

86
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. S7/91 Projeto EP/EN-5

P a r a que se t e n h a , andar a a n d a r , os e i x o s de r e f e r ê n c i a
respectivamente situados em um mesmo plano vertical,
procura-se garantir que as extremidades das linhas que
definem cada eixo situem-se s e m p r e em uma m e s m a vertical.
Para tanto procura-se adotar uma mesma referência a ser
utilizada para t o d o s os andares, afixados aos p i l a r e s do
andar térreo (Figura 5.3).

Figura 3,3, Rtftrincia para l o c a ç l o d» uma « x t r e m i d a d » d»


• i x o p a r a todo» o» a n d a r » » .

87
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

A cada andar o processo passa pelas seguintes etapas (Fig.


5.4).

Posicionamento dos g a n c h o s de fixação nas "prumadas"


correspondentes a cada g a n c h o c h u m b a d o no a n d a r térreo,

Concretagem de l a j e , com o conseqüente chumbamento dos


ganchos,

Posicionamento de um s e g m e n t o de b a r r a de a ç o s o b r e o
gancho chumbado, prendendo-se i n i c i a l m e n t e com a r a m e uma
de s u a s e x t r e m i d a d e s , d e i x a n d o - s e a o u t r a livre,

A c o p l a m e n t o , por m e i o de um l a ç o , de um fio de p r u m o à
b a r r a de aço,

A t r a v é s d o s m o v i m e n t o s de t r a n s l a ç ã o do laço ao l o n g o da
barra e rotação desta última em t o r n o da extremidade
fixada, vai-se buscando a p o s i ç ã o de a p r u m o com a m a r c a
de r e f e r ê n c i a do a n d a r térreo,

- A o se c o n s e g u i r aprumar o fio, fixa-se a outra o ponto de


sustentação do f i o , que será onde l i n h a que define um
e i x o d o p a v i m e n t o d e v e ser amarrada
c m m o EPUSP/DCOL Rt. no. 27/?i Projeto EP/EH-5

F i g u r a 5 . 4 . P r o c a a a o dc l o c a d o da a x t r a m i d a d a dt c a d a aixo;
(a) p o t i e i o n a m a n t o do g a n c h o ; <b> gancho
c h u m b a d o ; (c> a p r u m o com a r t f a r ê n c i a no a n d a r
t é r r a e por m a i o da t r a n s l a d o a© longo da
barra a r o t a d © da m n m i i < d) f i x a d o da
•xtramidada da linha qua dafina aixo da
marcado.

89
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. S7/91 Projeto EP/EN-5

3.1.S 8 E Q U N D A ETAPA: POSICIONAMENTO DE R E F E R E N C I A I S

A marcação representa a intersecção das paredes q u e se está


executando com o plano da l a j e . Para a continuidade da
execução, além desta aresta de r e f e r ê n c i a , n e c e s s i t a m o s de
referenciais que nos permitam conseguir paredes
geometricamente regulares q u a n t o a:

- prumo. as faces dos blocos de f i a d a s sucessivas


devem pertencer a uma mesma vertical;

- alinhament o : as faces laterais dos blocos de uma


mesma fiada d e v e m pertencer a uma mesma direção

- n ivel : as faces superiores dos b l o c o s de uma mesma


fiada devem e s t a r no mesmo n í v e l , além de apresentar
uma distância c o n s t a n t e às mesmas faces da fiada
ant e r i o r ,

A locação "altimétrica" destes blocos (nivelamento) é


conseguida por meio do nível alemão.

Os r e f e r e n c i a i s que s e r ã o instalados neste m o m e n t o são os


escantilhões e as a d u e l a s , no c a s o de a d o ç ã o de m a r c o s de
aço para as p o r t a s , se os marcos das portas forem de
m a d e i r a , as aduelas deverão ser substituídos por outros
referenciais para a execução da a l v e n a r i a . As técnicas de
instalação destas "-ferramentas" já foram discutidas
anteriormente.

Ressalte-se aqui também a e x i g ê n c i a de u m a p e r f e i t a locação


dos r e f e r e n c i a i s , já q u e orientarao o prosseguimento dos
serviços.

90
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

5.1.3. TERCEIRA E T A P A : E L E V A C S O DA A L V E N A R I A A T á A 7»
FIADA

As d i m e n s õ e s m o d u l a r e s dos blocos permitem a " a m a r r a ç ã o " dos


diversos panos de a l v e n a r i a . Nesta fase de elevação da
a l v e n a r i a , e s s e e n t r e l a ç a m e n t o d e v e ser o b t i d o continuamente
(Fig 5.5.a), ao i n v é s de ser o b t i d o de f o r m a descontínua
(Fig. 5 5.b ) .

Figura 5.5. Amarração entre panos de alvenaria que se


i n t e r c e p t e m : (a) c o n t í n u a ; (b) d e s c o n t í n u a .
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. S7/91 Projeto EP/EN-5

O p r o c e s s o c o n t í n u o p o d e ser c o n s e g u i d o de d u a s maneiras:

- pela execução simultânea das fiadas sucessivas dos


p a n o s que se i n t e r c e p t a m (Fig. 5 . ó . a ) ;
executando-se um dos panos e deixando,
s i m u l t a n e a m e n t e , um "castelo" na direção do outro
pano (Fig. 5 . 6.b).

Figura 3,6. A m a r r a d o c o n t í n u a : (a) por e l e v a d o s i m u l t â n e a


dos dois p a n o » que te i n t e r c e p t a m ; (b) d e i x a n d o -
se " c a s t e l o " p a r a um dos p a n o s ,

92
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. S7/91 Projeto EP/EN-5

Cada p a n o de a l v e n a r i a , i s o l a d a m e n t e , é e r g u i d o com b a s e em
dois referenciais verticais de extremidade, além da
referência fornecida p e l a m a r c a ç ã o , que p o d e m constituírem-
se pelos pares formados pela combinação dos seguintes
referenciais : escantilhão; aduela; castelo (Fig. 5.7).

Figura S . 7 . E x t m p l o t da p a r t a da r t f t r t n c i a i t v t r t i c a i t dt
txtrtmidadt para panoa da alvenaria: (a)
eecantilhto - ttcantilhlo.

93
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL R t . no. S7/91 Projeto EP/EN-5

Figura 5.7. ( C o n t i n u a d o ) E x e m p l o » d« p a r c a da r e f e r e n c i a i »
verticai» da extremidade para panoa da
a l v e n a r i a : (b) a d u e l a - e a t t e l o ; <c) a d u e l a -
aduela.

94
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL R t . no. S7/91 Projeto EP/EN-5

O uso dos escantilhoes e aduelas já foi discutido


anteriormente; q u a n t o a o c a s t e l o , sua e x e c u ç ã o p o d e se dar:

~ base em outros referenciais: Na F i g u r a 5 . 8 . a se vê


dois castelos nas e x t r e m i d a d e s do p a n o de a l v e n a r i a em
e x e c u ç ã o ; sua confecção pode ter s i d o o r i e n t a d a por uma
aduela e outro escantilhão associados aos dois
escantilhoes mostrados.

- Por ortogonalidade a um pano em execução: 0 castelo


mostrado anteriormente na F i g . 5.8.b p o d e ser executado
com o a u x í l i o de r é g u a com b o l h a , que p e r m i t e assentar
cada bloco na m e s m a vertical que os b l o c o s da fiada de
m a r c a ç ã o , que é considerada p e r t e n c e n t e ao p a n o que se
está executando.

O b s e r v e - s e que os r e f e r e n c i a i s s e r v e m de b a s e p a r a a f i x a ç ã o
de linhas (com ou sem o a u x í l i o do e s t i c a d o r de l i n h a ) ou
p a r a o a p o i o de r é g u a s p a r a a e x e c u ç ã o do p a n o de alvenaria.

m
Q u a n d o se alcança a 7 f i a d a d o s p a n o s que p o s s u e m janela,
os contra-marcos são assentados (conforme se descreveu
anteriormente), e passam a s e r v i r também c o m o referenciais
para a próxima etapa.

95
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. S7/91 Projeto EP/EN-5

Figura 5.8. Conftcçlo do» castelos; (») b a s » a n d o - s « «m


outro» r»f»rtnciais> <b) com u s o da r é g u a eom
bolha.

96
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

5.1.4. QUARTA ETAPA: ELEVACSO DA A L V E N A R I A A T i O T O P O


DA8 ADUELAS E JANELA!

E s t a q u a r t a e t a p a a d o t a , a l é m d o s r e f e r e n c i a i s c i t a d o s na 3a
etapa (escant11 hão, aduela, castelo, contra-marco da
j a n e l a ) , os "dentes" (Figura 5.9) originados na a d o ç ã o de
amarração descontínua em a l g u m a s i n t e r s e c ç õ e s de paredes.
Note-se que, a p e s a r de se p e r m i t i r e s t e t i p o de amarração
n e s t a e t a p a , fica a i n d a o b r i g a t ó r i a a amarração contínua nas
intersecções entre paredes externas.

F i g u r a 5 . 9 . O s " d e n t e s " o r i g i n a d o s na a m a r r a ç ã o descontínua,

A utilização dos "dentes" como referencial dá-se através do


assentamento de b l o c o s n o s " i n t e r s t í c i o s " , c o n f o r m e indicado
na F i g u r a 5 . 1 0 , g e r a n d o - s e com i s t o um castelo.
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. S7/91 Projeto EP/EN-5

Figura 5.10. Transformação dos "dentes" em castelo-, (a)


situação inicial; <b> a s s e n t a m e n t o do b l o c o no
interstícios; (c) preenchimento da junta
h o r i z o n t a l s u p e r i o r c o m b i s n a g a e a c o p l a m e n t o do
e s t i c a d o r de linha no castelo gerado.

P a r a se cumprir esta etapa, é necessária a montagem de


andaimes que permitam um acesso adequado do operário às
f i a d a s em execução.

Um a s p e c t o p a r t i c u l a r r e l a t i v o à f i a d a que c o n t é m o t o p o das
aduelas é q u e , ao i n v é s de confeccionar-se uma verga "in
loco" sobre as m e s m a s , o p t o u - s e p e l o u s o de p r é - m o l d a d o s de
c o n c r e t o , c o n f o r m e m o s t r a d o na (Fig. 5.11).

98
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Em -Função de n ã o se p o d e r usar diretamente a aduela como


r e f e r ê n c i a para o nível superior da verga, no caso da
inexistência de outros referenciais de extremidade que
s u p r a m esta n e c e s s i d a d e para o a s s e n t a m e n t o do pré-moldado,
recomenda-se que o correto posicionamento se dê com a
v e r i f i c a ç ã o do nível d o t o p o da v e r g a com b a s e n a s "galgas"
r i s c a d a s n a s p e r n a s da aduela.

FIGURA 5,11. P r á - m o l d » d o dt concrtto cumprindo o p*ptl do


verga sobre as aduelas.
CONVÊNIO EPUSP/EHCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EK-5

3.1,3. QUINTA ETAPA: ALVENARIA ACIMA DA8 ADUELA8 E


JANELAS

Em f u n ç ã o de se ter u l t r a p a s s a d o a altura das aduelas e


j a n e l a s , perde-se n e s t a e t a p a as referências p r o p i c i a d a s por
estas. Restam ainda os escanti1hões, os castelos e os
dent e s .

F i g u r a 5 . 1 S . R t f a r a n c i a i t a d i c i o n a i » ; <a> c a a t a l o ; (b) r é g u a
d» b o l h a , c o m a a r g a n t o , g a l g a d a .

Para a d e f i n i ç ã o de t o d o s os p a n o s de a l v e n a r i a s u r g e então
a necessidade de c r i a r - s e a l g u n s r e f e r e n c i a i s a d i c i o n a i s em
algumas intersecções de p a r e d e s i n t e r n a s . E s t e s podem ser
c o n s e g u i d o s , por e x e m p l o , a t r a v é s da (Fig. 5.12):

í<ò<ò
CONVÊNIO EPUSP/EHCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EK-5

- Confecção de c a s t e l o s fazendo-se uso da r é g u a com


bolha, associada a uma galga,
- Fixação de uma régua com bolha e s a r g e n t o , galgando-a
p a r a q u e c u m p r a um p a p e l a n á l o g o ao d o s escanti1hoes.

5.5. SEQÜÊNCIA EXECUTIUA

Para exemplificar a u t i l i z a ç ã o dos equipamentos propostos na


seqüência executiva das alvenarias dos edifícios, vamos
apresentar um possível caminho para o E m p r e e n d i m e n t o Barão
de D u a s Barras.

Uai-se tratar de um apartamento em p a r t i c u l a r , já que a


mesma idéia é aplicável aos demais apartamentos que compõem
os vários andares. Deve-se observar ainda que fica a
c r i t é r i o do executor a d e f i n i ç ã o pelo n ú m e r o de pedreiros
que t r a b a l h a r ã o em cada a n d a r já q u e , m e s m o n o c a s o de um
único apartamento, as alvenarias serio sub-divid idas em
"grupos", o que p e r m i t e eventual atribuição de cada "grupo"
a um determinado pedreiro, ou a atribuição de todos os
" g r u p o s " a um m e s m o pedreiro.

Frise-se também q u e a s e q ü ê n c i a p r o p o s t a é a p e n a s um exemplo


dentre vários caminhos que poderiam ser adotados para a
e x e c u ç ã o das a l v e n a r i a s de c a d a apartamento.

A seqüência executiva é apresentada no ANEXO B,


descrímmando-se as operações constantes de c a d a uma das
cinco etapas que c o m p õ e m a e l e v a ç ã o das alvenarias

íGí
CONVâtfO EPUSP/ENCOL Rt. no. £7/W Projeto EP/EM-S

5 . 3 C O N T R O L E DE ACEITAC250

5.3.1 R E C E B I M E N T O D O S B L O C O S DE C O N C R E T O

Sendo os blocos de concreto utilizados no processo


confeccionados pela própria ENCOL, considera»—se-à que todos
os ensaios para avaliação dos mesmos - tanto a nível do
c o n t r o l e do p r o c e s s o de p r o d u ç ã o quanto dos p r o d u t o s obtidos
- já foram d e v i d a m e n t e efetuados pela fábrica de blocos.
N e s t e c o n t e x t o , o c o n t r o l e de r e c e b i m e n t o d o s b l o c o s baseia-
se na " c o n f i a n ç a " quanto ao controle executado pela fábrica.
Mesmo assim, há que se definir algumas rotinas
administrativas para que s e minimizem as possibilidades de
f a l h a s no processo.

5.3.1.1 F A B R I C A Q S O DOS BLOCOS

A i n d a que muitas vezes a ad m i n i s t r a ç ã o da obra não tenha


nenhum envolvimento com a produção dos blocos, alguns
aspectos da mesma devem ser conhecidos para melhor
compreensão das rotinas pa ra recebimento posteriormente
descritas.

As v á r i a s f a s e s e n v o l v i d a s no p r o c e s s o de p r o d u ç ã o de blocos
de c o n c r e t o p o d e m s e r r e s u m i d a s c o n f o r m e i l u s t r a a Fig . 5 . 1 3
(para m a i o r e s detalhes pode-se consultar o Manual de Blocos
e Pré-moldados).

É importante destacar que, após a moldagem dos blocos, a


c u r a d o s m e s m o s p o d e - s e d a r a t r a v é s de d o i s caminhos-,

- c u r a ao ar livre;
- cura a vapor.

Í0£
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL R t . no. 27/91 Projeto EP/EN-5

+ +
I RECEBIMENTOS E ESTOCAGEM DOS INSUMOSI
+ +

I
v
+ +
I PROPORCIONAMENTO E MISTURA I
+ +

I
v
+ +
I
+ MOLDAGEM DOS BLOCOS I
+

I
v
+ +
I CURA I
+ +

i
v
+ +
I EXPEDIÇÃO I
+ +

Figura 5.13. Etapaa do p r o c t t a o d» f a b r i c a ç S o d t b l o c o s d*


concrtto

Salienta-se que os blocos d e v e m ser s u b m e t i d o s a t e m p o s de


c u r a q u e , a l é m de p r o p i c i a r um g a n h o d e r e s i s t ê n c i a mecânica
adequada, permitem a ocorrência da maior parte de sua
r e t r a ç ã o por secagem i r r e v e r s í v e l . é bom r e s s a l t a r que ainda
que se tenha alcançado a resistência mecânica desejada, os
b l o c o s não podem ser u t i l i z a d o s na confecção da alvenaria
antes dos prazos de:

- 14 d i a s p a r a o c a s o d e c u r a ao ar livre;

- 3 dias para cura a vapor.

No caso de c u r a ao ar l i v r e , a m e s m a tem l u g a r no próprio


p á t e o de estocagem dos blocos; quanto à cura a vapor, esta

103
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

se d á em c â m a r a s de c u r a , sendo que após o processo os


blocos são também levados para o mesmo páteo.

Na e s t o c a g e m os b l o c o s devem ser armazenados separadamente


divididos pelo d i a em que forem p r o d u z i d o s , isto é, a cada
dia de produção deve corresponder uma pilha fisicamente
isolada das outras. Deste m o d o , ao se f a z e r o s e n s a i o s de
avaliação da produção de um determinado dia, vai-se
consignando a l i b e r a ç ã o ou n ã o de cada pilha presente no
p á t e o de armazenamento.

Verificada a conformidade às e x i g ê n c i a s , a t r a v é s dos ensaios


d e v i d o s , da p r o d u ç ã o d e um d e t e r m i n a d o dia, deve-se proceder
ao p r e e n c h i m e n t o de um " d o c u m e n t o de l i b e r a ç ã o " , do qual
devem constar entre outros:

- d a t a de fabricação;
- p r o c e s s o de c u r a adotado,
- d a t a da liberação;
- n o m e do e x e c u t o r dos ensaios,
- "de a c o r d o " do c h e f e da usina.

Enquanto a " d a t a de fabricação" e o "processo de cura"


fornecem indicações q u a n t o ao prazo mínimo exigível para a
u t i l i z a ç ã o dos blocos, a "data da liberação", "nome do
executor" e o "de acordo" do chefe da usina permitem
localizar as responsabilidades pela l i b e r a ç ã o de tal lote,
fator importante na consecução de "confiabilidade" do
p r o c e s s o , na m e d i d a em que n ã o se f a r ã o n o v a s verificações.

Emitido o "documento de liberação" o l o t e já se encontra


apto a ser e x p e d i d o , ainda que nao n e c e s s a r i a m e n t e apto à
utilização imediata.

í 04
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Há que se distinguir duas possibilidades quanto à


l o c a l i z a ç ã o da u s i n a de blocos: d e n t r o ou fora do canteiro
da o b r a em e x e c u ç ã o . D i s c u t e - s e , a s e g u i r , a s peculiaridades
do p r o c e s s o de r e c e b i m e n t o dos blocos quanto a cada uma
destas situações.

5.3.1.2 USINA LOCALIZADA FORA DO C A N T E I R O DA OBRA

Neste caso pode-se nitidamente distinguir as etapas de


estocagem na f á b r i c a , e x p e d i ç ã o e transporte, recebimento na
obra, estocagem na o b r a e u t i l i z a ç ã o na alvenaria.

0 carregamento de um caminhão na f á b r i c a s ó d e v e ser feito


c o m b l o c o s de l o t e s liberados pelo controle.

No r e c e b i m e n t o de u m a c a r g a na o b r a , d e v e - s e e x i g i r (estes
d o c u m e n t o s devem t e r s i d o e n t r e g u e s a o c o n d u t o r do caminhão
a n t e s de s u a s a í d a ) d o i s d o c u m e n t o s . 0 p r i m e i r o d e l e s trata-
se do "documento de liberação" anteriormente citado,
devidamente preenchido, observe-se que, quando a carga se
compuser de blocos produzidos em d a t a s d i f e r e n t e s , s u r g e a
necessidade de um d o c u m e n t o referente a c a d a d i a de produção
i n c l u í d o no t r a n s p o r t e . Do segundo documento devem constar
pelo menos:

- tipos e quantidades respectivas de b l o c o s enviados,


- d a t a de f a b r i c a ç ã o dos blocos,
- número total de b l o c o s fabricados nesta data,
- somatória dos blocos já enviados desta data de
fabricação (envios acumulados por tipo e data de
fabricação),
- data e horário da c h e g a d a à obra,
- p. 1 a c a do c a m i n h ã o e n o m e d o condutor,

í 05
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

- assinatura do condutor;
- assinatura do recebedor.

Cumpridas e checadas todas as exigências quanto ao


r e c e b i m e n t o , os blocos podem ser d e s c a r r e g a d o s e devem ser
est o c a d o s .

Cada pilha será "lacrada" e distinguida das demais através


de m a r c a ç ã o em um b l o c o de cada lado do palete.

Cabe observar que quando em t o d a a o b r a se u t i l i z a m blocos


de m e s m a resistência, se forem cumpridas as e x i g ê n c i a s de
r e c e b i m e n t o , se t e r á g a r a n t i d o que t o d o s o s b l o c o s presentes
na o b r a p o d e r ã o s e r u t i l i z a d o s indistintamente

No c a s o de u t i l i z a ç ã o d e b l o c o s com d i f e r e n t e s resistências
em f u n ç ã o da a l t u r a dos pavimentes, torna-se imprescindível
a utilização de a l g u m a f o r m a de i d e n t i f i c a ç ã o que d e v e ser
i n c o r p o r a d a na f a b r i c a ç ã o d o s b l o c o s e que p e r m i t a a f á c i l e
rápida identificação destes componentes, mesmo quando estes
se e n c o n t r e m já assentados.

3,3.1,3 USINA LOCALIZADA NO PRÓPRIO CANTEIRO DA

OBRA

Neste caso a p r ó p r i a estocagem da u s i n a p o d e c o i n c i d i r com a


estocagem da obra. No entanto, procedimentos bastante
semelhantes são recomendados.

Ao se colocar os blocos na pilha correspondente a


determinado documento de produção, a mesma deve ser
identificada com uma p l a q u e t a , da qual devem constar no
m í n i m o as informações.

í 06
CONVÊNIO EPUSP/EHCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EK-5

- data de fabricação;
- quantidades totais por tipo produzido,
- tipo de c u r a adotado.

Quando ainda não verificada a conformidade do lote, esta


plaqueta será da cor vermelha. Ao se verificar a
conformidade às especificações de r e s i s t ê n c i a , tal plaqueta
deve ser substituída por o u t r a de cor azul c a s o se tenha
alcançado a resistência requerida, porém não transcorreu
ainda o p e r í o d o de c u r a e a m a r e l a c a s o e s t e p e r í o d o já tenha
sido respeitado. As informações constantes destas plaquetas
devem ser semelhantes às citadas no item anterior,
considerando-se apenas a distinção q u a n t o a n ã o ter havido
transporte de blocos.

Observe-se que a l i b e r a ç ã o para uso, neste c a s o , só pode ser


dada pelo encarregado da alvenaria o qual deve exigir o
"documento de liberação" correspondente à pilha em questão,
entregando-os à administração da obra.

3.3,2 MARCAÇSO

Considerando-se que os e i x o s orientadores da marcação são


precisamente transportados de p a v i m e n t o para pavimento, há
que se garantir que o eventual deslocamento da l a j e de um
pavimento quanto à sua posição perfeita não venha a
prejudicar significativamente o edifício. Pode-se distinguir
este controle quanto aos seguintes aspectos cop1anaridade
das paredes dos vários pavimentos; espessura de a r g a m a s s a de
fachada, fiadas "em balanço".
CONVÊNIO EPUSP/EHCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EK-5

5.3.2.1 COPLANARIDADE DAS PAREDES DOS SUCESSIVOS


PAVIMENTOS

Ao se executar a l a j e de um d e t e r m i n a d o p a v i m e n t o , p o r uma
s é r i e de razões ela pode ocupar uma posição um pouco
d i f e r e n t e , em termos dos e i x o s de m a r c a ç ã o , com r e l a ç ã o às
d e m a i s l a j e s já e x e c u t a d a s (Fig. 5.i4.a).

Visando-se a manutenção da c o p 1 a n a r i d a d e de p a r e d e s análogas


de a n d a r e s sucessivos, e considerando-se uma determinada
parede, admite-se um e r r o m á x i m o de i,5 cm na l o c a ç ã o do
eixo desta p a r e d e em r e l a ç ã o ao e i x o da o b r a (marcado nas
p a r e d e s ou p i l a r e s d o a n d a r térreo)

Com isto garante-se que o c a m i n h a m e n t o d a s c a r g a s de parede


para parede n ã o se afastará mais que i,5cm de um eixo
central (Fig 5.14.b).

5.3.2,2 ESPESSURA DO R E V E S T I M E N T O DA FACHADA

Ao se l i m i t a r a s i m p r e c i s õ e s na l o c a ç ã o da p a r e d e s conforme
se i n d i c o u no item anterior, garante-se que a v a r i a ç ã o no
m á x i m o de espessura do r e v e s t i m e n t o da f a c h a d a se l i m i t e a
3 cm (mais ou menos 1,5 cm associados da forma mais
des favoráve1) .

Há que se destacar que esta forma de verificação de


eventuais desacertos da superfície da fachada pode ser
utilizada também quanto à verificação de desaprumos de
outras superfícies v e r t i c a i s do edifício, como por exemplo
as p a r e d e s da c a i x a de e s c a d a s e do poço dos elevadores.
Neste último c a s o , em f u n ç ã o de e x i g ê n c i a s por v e z e s mais
rígidas, recomenda-se um acompanhamento simultâneo da
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL R t . no. 2 7 / ? i P r o j e t o EP/EK-5

consecução de p r u m o das paredes sucessivas a t r a v é s do uso


tradicional d e p r u m o s de face.

1
® LAJE 00 MWMEMTO

Vj IWWO NA DlEtçfc X
r~

k
LAJE 00 PAVIMEWrO *«'

MAX * 1,8 cw

fb)
PAREDE

LAJE

PAREDE

1 MAX * l,6cm

Figura 5,14. <a> P o s i c i o n a m e n t o d i s t i n t o d* l a j e s s u e t s s i v a s


(vistas cm planta) quanto aos eixos de
r e f e r i n e l a p a r a l o c a c S o ; (b> L o c a ç i o d a s p a r e d e s
c o m r e l a c l o a um e i x o c e n t r a l .

i<ò9
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. v m Projeto EP/EM-5

5.3.8.3 FIADAS S A L I E N T E S EM RELAÇKO A BORDA DA


LAJE

Na l o c a ç ã o das alvenarias de f a c h a d a do e d i f í c i o , ao se
atender as exigências expressas n o item 5.3.2.1, pode-se
d e p a r a r com a possibilidade de u m a parede ficar um pouco
s a l i e n t e c o m r e l a ç ã o à b o r d a da l a j e (Fig. 5.15).

v71
ÍÉ
® ®

t \
Afrt

Figura 5.15 Fiada saliente em r e l a c l o a b o r d a da laje: (a)


limite* para o assentamento convencional; (b)
n e c e s s i d a d e de e n c h i m e n t o com a r g a m a s s a .

i í 0
CONVÊNIO EPUSP/EHCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EK-5

Neste caso deve-se observar alguns requisitos adicionais:

- tolera-se um b a l a n ç o "b" l i m i t e de "b m á x = 5 m m " ,

- para v a l o r e s de "b" s u p e r i o r e s a "b máx" deve-se


preencher os vazios dos b l o c o s da f i a d a de marcação
da c o r r e s p o n d e n t e a l v e n a r i a com a r g a m a s s a , v i s a n d o o
a u m e n t o da s u p e r f í c i e de c o n t a t o da a l v e n a r i a com a
laje. Neste caso, esta saliência também é limitada a
i , 5 cm.

5.3.3 PRUMO DAS ALVENARIAS

Ao se e x e c u t a r c a d a p a n o de a l v e n a r i a p e r t e n c e n t e a um certo
p a v i m e n t o , há que se observar uma limitação individual
quanto à p e r d a de p r u m o . A p e r d a m á x i m a de p r u m o permitida
para uma p a r e d e é de m a i s ou m e n o s icm em t o d a a sua altura
(Fig. 5.16), tal verificação é feita pela face de
assentamento da a l v e n a r i a , s e n d o p o r t a n t o u m a m e d i d a interna
ao p a v i m e n t o , m e s m o no c a s o d a s p a r e d e s da fachada.

A verificação pode ser feita com p r u m o s de f a c e ou com a


r é g u a de bolha; recomenda-se que verificações quanto à
manutenção de tal precisão sejam feitas ao longo do
l e v a n t a m e n t o da alvenaria e não somente ao seu final,
servindo como o r i e n t a ç ã o p a r a um bom trabalho
Projeto EP/EN-5

Figura 5.16, L i m i t a d o q u a n t o ao d t t a p r u m o da cada parada

11E
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/7Í Projeto EP/EN-5

6, EXECUÇgQ DAS LAJES

0 processo construtivo POLI-ENCOL, em função do atual


estágio dos estudos quanto ao processo de cálculo dos
e d i f í c i o s , faz u s o d a s l a j e s de c o n c r e t o a r m a d o m o l d a d a s "in
1 oco".

Passa-se a seguir à d i s c u s s ã o de recomendações quanto à


e x e c u ç ã o de tais lajes, seja q u a n t o ao s i s t e m a de f ô r m a s ou
quanto aos c u i d a d o s na a p l i c a ç ã o do c o n c r e t o , bem como se
faz c o m e n t á r i o s q u a n t o a o c o n t r o l e do processo.

6.1 D E T A L H E S C O N S T R U T I V O S DO S I S T E M A DE FÔRMAS

Existem inúmeras soluções possíveis para a constituição do


sistema de fôrmas necessário à execução das lajes de
concreto armado.

Discute-se aqui um s i s t e m a de f ô r m a s de m a d e i r a , em função


da t r a d i ç ã o , da d i s p o n i b i l i d a d e de m a t e r i a i s por parte da
empresa e da p o s s i b i l i d a d e de utilização do sistema em
distintas regiões do p a í s . No entanto, quaisquer outros
sistemas, fazendo uso de m a d e i r a ou de o u t r o s materiais,
p o d e m ser a d o t a d o s , d e s d e que de c o m p r o v a d a eficiência.

Descreve-se, portanto, os p a s s o s do d e s e n v o l v i m e n t o de um
s i s t e m a , que pode ser a d o t a d o i n t e i r a m e n t e ou n ã o , podendo-
se f a z e r u s o de a l g u m a s d i r e t r i z e s e x p o s t a s p a r a c r i a ç ã o de
diversas outras soluções.

i 13
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

6.1.1 CRITÉRIOS ORIENTADORES

O estudo das fôrmas procurou seguir alguns critérios


considerados relevantes quanto à construção do edifício
entendido globalmente.

o
I ) Os componentes devem s e r de t a m a n h o e p e s o compatíveis
com o manuseio e o transporte através dos pequenos
ambientes e vãos que c a r a c t e r i z a m o edifício;

2°) 0 a c r é s c i m o de d u r a b i l i d a d e do s i s t e m a d e v e ser buscado,


na medida em que é possível um grande número de
r e u t i l i z a ç õ e s , em f u n ç ã o da r e p e t i v i d a d e d a s u n i d a d e s em
um c o n j u n t o habitacional;

3") Deve-se buscar um sistema que otimize a qualidade


superficial da face inferior da l a j e , p a r a que se p o s s a
prescindir de revestimentos encorpados para esconder
defeitos;

4") 0 sistema não deve causar danos à s u p e r f í c i e da laje


i n f e r i o r , na qual se a p o i a , já que se p r e t e n d e que n ã o se
utilize contrapisos p a r a sua r e g u l a r i z a ç ã o , isto é, a
concretagem das lajes deverá gerar base acabada para a
c o l o c a ç ã o do r e v e s t i m e n t o (carpete, cerâmica, etc).

5") Compatibi1ização com as técnicas construtivas e as


p r e c i s õ e s a s s o c i a d a s ao processo.

Quanto ao primeiro critério, procurou-se trabalhar com


l a r g u r a s de 60,5 cm, o r i g i n a d a s no corte longitudinal ao
m e i o de um c o m p e n s a d o de 122 cm x 244 cm o q u e , além de
gerar painéis manuseáveis e compatíveis com os vãos de
janelas, possibilita uma boa modulação q u a n t o ao n ú m e r o de

114
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

painéis que c o m p o r ã o um dado ambiente; em g e r a l ter-se-á a


menor dimensão d e um ambiente subdividida em um número
i n t e i r o de p a i n é i s , s e n d o a s o b r a c o m p l e m e n t a d a p o r u m a tira
de c o m p e n s a d o , a qual servirá ao r e e s c o r a m e n t o da laje.

Q u a n t o ao segundo critério, vários cuidados procuraram ser


buscados:

A não utilização de p r e g o s na montagem do sistema de


•Fôrmas, s e j a na montagem do cimbramento ou seja no
acoplamento dos painéis;
Procurar conceber detalhes que evitassem o contato que
u s u a l m e n t e se v e r i f i c a , do "pé-de-cabra" com a superfície
do painel em c o n t a t o com a laje concreto, quando da
des forma,
Evitar a queda livre dos painéis durante a desforma, o
que poderia vir a d a n i f i c á - l o s seriamente.

Quanto ao terceiro critério, foram analisadas diretrizes do


tipo.

E v i t a r - s e a fuga de nata de c i m e n t o do c o n c r e t o da laje,


que pudesse g e r a r b i c h e i r a s ou m e s m o r e s s a l t o s d e difícil
r e m o ç ã o em sua superfície inferior,
D a r - s e urna certa estruturação ao p a i n e l para torná-lo
menos deformável, seja tanto em função das solicitações
d o p e s o do c o n c r e t o fresco a p l i c a d o , quanto das variações
de t e m p e r a t u r a e u m i d a d e , às q u a i s se s u b m e t e d u r a n t e sua
u t i l i z a ç ã o , que p o d e r i a m gerar sua deformação.

Quanto ao quarto critério depara-se com os seguintes


aspectos:

.1. .15
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/?i Projeto EP/EN-5

V a z a m e n t o s d e n a t a d o c o n c r e t o da l a j e em m o l d a g e m podem
ficar muito aderidos à laje inferior, danificando-a na
remoção;
- A queda de p a i n é i s pode também danificar esta superfície;
Não se pode fixar p e ç a s do c i m b r a m e n t o à b a s e , já que
e s t a se trata de s u p e r f í c i e acabada.

Q u a n t o ao quinto a s p e c t o , fez-se as seguintes considerações;

A nata v a z a n d o na interface fôrma-alvenaria pode ficar


g r u d a d a à mesma no caso de não ser imediatamente limpa, o
que gerará a n e c e s s i d a d e futura de r e m o ç ã o , para permitir
o uso de r e v e s t i m e n t o s de p e q u e n a espessura previstos
para o processo;
D sistema não deve carecer de componentes afixados à
alvenaria durante a execução, pois seria uma atividade
adicional para o pedreiro, passível de erros e
prejudicial à produtividade;
0 sistema deve ser "adaptável" às variações máximas
previstas para os vãos de p r o j e t o d e um ambiente, que
podem ser de í 2 cm n a s d u a s direções;
Deve-se evitar detalhes que favoreçam impactos
localizados contra os c o m p o n e n t e s da ú l t i m a fiada da
alvenaria (J ou compensador).

6.1.S PROPOSIÇÃO DO SISTEMA

Ao invés de se definir detalhes ou recomendações


isoladamente compatíveis com cada um dos critérios
anter1ormente expostos, procurou-se conceber um p r o j e t o de
fôrmas aplicável a um cômodo executado em alvenaria
e s t r u t u r a l , com dimensões de projeto 270,5 cm x 3 3 0 , 5 cm,
possuindo uma porta e uma janela. Tal ambiente é
representatívo das situações apresentadas pelos edifícios em

í Í6
CONVÊNIO EPUSP/EHCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EK-5

estudo, tratando-se de um dos cômodos pertencente ao


Empreendimento Barão de Duas B a r r a s em G o i â n i a , e que será
a d o t a d o p a r a a p l i c a ç ã o p r á t i c a d o s i s t e m a de fôrmas.

Tal projeto incorpora várias idéias que poderão ser


futuramente adotadas, isoladamente ou em conjunto, em
p r o j e t o s de fôrma de madeira para e d i f í c i o s de alvenaria
estrutural. Carece o mesmo, no entanto, de avaliações
práticas para definição dos aspectos positivos e negativos
a s s o c i a d o s a cada detalhe previsto.

0 projeto de f ô r m a s a s e r t e s t a d o p o d e ser v i s t o na planta


do ANEXO C. Descreve-se, a seguir, alguns detalhes
a d i c i o n a i s quanto ao mesmo.

6.1.8.1 C0NCEPÇ80 GERAL

0 sistema foi c o n c e b i d o de m a n e i r a a propiciar o seguinte


caminhamento para os esforços devidos à concretagem (Fig.
6.1): o concreto f r e s c o e n t r a em c o n t a t o d i r e t o c o m painéis
estruturados (assoalho) ; estes se apoiam em vigas
transversais que, por sua vez, descarregam sobre escoras.

+ +
I painéis estruturadosI
+ +
I
v
+ +

+I v i g a s t r a n s v e r s a i s I+

I
v
+ +

+I e s c o r a s I+

Figura 6 . 1 . C a m i n h a m e n t o d o a e s f o r ç o s ao longo do s i s t e m a de
fôrmas

Ü7
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

O sistema é complementado por sarrafos dispostos ao longo do


p e r í m e t r o do ambiente, que p o d e m t e r as f u n ç õ e s de v e d a r o
encontro assoalho-parede, bem como o de propiciar folgas
para ajuste dimensional do sistema e até mesmo a j u d a r no seu
contraventamento.

Discute-se, a seguir, cada um d o s componentes utilizados,


para ao final indicar uma seqüência de montagem e
desmont agem.

6.1,8.2 ASSOALHO

0 assoalho é composto pela justaposição de painéis


estruturados e d e t i r a s de r e e s c o r a m e n t o , c o n f o r m e se vê no
ANEXO C ( P l a n t a de Fôrmas)

Cada painel é c o m p o s t o por uma chapa superior de compensado,


pregada a uma estruturação longitudinal composta por
pontaletes (inteiros ou m e i o s ) , à qual se a s s o c i a m sarrafos
transversais. 0 painel P - 0 1 p o d e s e r v i s t o na F i g u r a 6 . 2 , o
P-02 por sua v e z , possuindo a mesma secção transversal que
P-l, é representado na Figura 6.3; o P-03, mostrado na
Figura 6.4, possui a mesma seção longitudinal que P - 0 1 , P-04
E S Q . e P - 0 4 D I R . s ã o v i s t o s na F i g u r a 6.5.

i 18
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

® íS PRfR

I I
39 80 80 39
r*-
236

244

. Compensado !B mm

©
! C
50,5
-t-t-
60,5

Figura 6.2. Painel P - 0 1 : (a) e s t r u t u r a ç a o ; (b) corte


l o n g i t u d i n a l ; (c) c o r t e t r a n s v e r s a l .

í í 9
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

2,3 i cm

Figura 6 3. Painel P-CS: (a) estruturação; <b> corte


longitudinal .
COWÈNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura 6.4. Painel P-03: <a> estruturaçle; <b> corte


transversal

ÍSÍ
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

® (D
¥>*%Scm

1,1 > tfia»

• 5,5 Mg

3,t.a3 719

JO-,
H t —
s &

7,2

Figura 6,3. Estruturação t cortei longitudinal • t r a m v t r t a l


dot p a i n é i s : (a> P - 0 4 E S Q , ; (b> P - 0 4 D I R .

ÍSS
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. ao. 27/91 Projeto EP/EN-5

Os p a i n é i s P-01 e P-03 têm em c o m u m o c o m p r i m e n t o , já que


aproveitam a dimensão máxima d a s c h a p a s de c o m p e n s a d o (244
c m ) , e n q u a n t o o s c o m p r i m e n t o s de P - 0 2 , P - 0 4 D I R . e P - 0 4 ESQ.
são determinados em -função de se complementar o vão
longitudinal do ambiente. Quanto às m e d i d a s transversais,
t o d o s o s p a i n é i s p o s s u e m 6 0 , 5 cm (divisão ao meio das chapas
de 1 2 2 cm), sendo que o vão transversal do ambiente é
coberto por um n ú m e r o inteiro de p a i n é i s m a i s uma t i r a de
compensado (Figura 6 . 6 ) , c u j a l a r g u r a é d e f i n i d a de maneira
a complementar o vão.

F i g u r a 6.6. Tiras de reescoramento

í 23
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Os p a i n é i s P-01 e P-03 diferem q u a n t o a um d o s componentes


de s u a estruturação longitudinal: em P - 0 3 n o t a - s e a a d o ç ã o
de u m pontalete saliente c o m r e l a ç ã o à b o r d a do compensado
(vide Fig. 6.4), que servirá de apoio à tira de
reescoramento (Fig. 6.7)

. A Ü. A

F i g u r a 6.7. A p o i o • e n c u n h a m e n t o d a s t i r a s dt r e e s c e r a m e n t o
na e s t r u t u r a d o d o s p a i n é i s a d j a c e n t e s .

Quanto a P-02 e P-04 (ESQ. e D I R . ) , o c o r r e uma diferenciação


análoga à citada para P-0Í e P-03. Nota-se ainda (vide
Figura 6.3 e 6.5), q u e um dos sarrafos transversais fica
s a l i e n t e c o m r e l a ç ã o a o c o m p e n s a d o , o que f a v o r e c e a v e d a ç ã o
das j u n t a s de t o p o entre P-01 e P-02 e P-03 e P-04 (ESQ. e
D I R . ) , c o n f o r m e se p o d e v e r no A N E X O C.

As t i r a s de r e e s c o r a m e n t o , além de servir para o acerto da


modulação transversal do sistema serão utilizadas, como o
próprio nome indica, como base para escoras adicionais que
serão associadas a o s i s t e m a , de f o r m a a p e r m i t i r a d e s f o r m a
dos p a i n é i s m a n t e n d o - s e um e s c o r a m e n t o intermediár10. Sendo
a s s i m , p a r a c a d a j o g o de p a i n é i s s u r g e a n e c e s s i d a d e de dois
j o g o s de tiras. Note-se ainda (vide Fig. 6.6) a existência
de s a r r a f o s , acoplados à f a c e i n f e r i o r da tira por m e i o de

í £4
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

um p r e g o centralizado, que p o d e m g i r a r n o p l a n o horizontal,


permitindo o "encunhamento" da tira assentada contra a
estruturação dos painéis adjacentes ( v i d e F i g . 6 . 7 ) , o que
lhe p r o p i c i a uma f i x a ç ã o s e m a n e c e s s i d a d e de "apontamento"
de p r e g o s em s u a s u p e r f í c i e superior.

6.1.2.3 VIGAS TRAN8VER8AI8

Conforme citado a n t e r i o r m e n t e , os p a i n é i s se apoiam sobre


vigas transversais, constituídas por dois sarrafos
e n t r e m e a d o s por s e g m e n t o s de p o n t a l e t e s (Fig. 6.8)

A viga transversal apóia-se em escoras, sendo que o


posicionamento relativo está definido pela própria
l o c a l i z a ç ã o d o s s e g m e n t o s de p o n t a l e t e da v i g a . Na p l a n t a do
ANEXO C pode-se notar que a s d u a s e s c o r a s c e n t r a i s encaixam-
se n o s "alvéolos" formados; na F i g u r a 6 . 9 , por sua vez,
indica-se o "estroncamento" da v i g a c o m r e l a ç ã o às escoras
de e x t r e m i d a d e p o r m e i o de cunhas.
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

© 259

H H"*- T-l
11 pr- TT
il i i
úi I] í 1 _U l_L
7,2. .12] Í7.2 TJ
J*
73 73

Figura 6.8 ViS» t ransversal (a> v i s t a «m p e r s p e c t i v a ; (b)


vista lateral.

ÍE6
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. ao. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura 6.9. Apoio • "••troncamanto" da v i g a t r » n » v « r t a l na


• • c o r a da • x t r s m i d a d *

é . í . 2 . 4 ESCORAS

As e s c o r a s s ã o c o n s t i t u í d a s p e l a a s s o c i a ç ã o de s e g m e n t o s de
pontaletes, podendo-se notar ainda o acoplamento de duas
t a l a s de c o m p e n s a d o (Fig. 6.10).

0 nivelamento das escoras é conseguido batendo-se cunhas no


nível dos seus pés c o n f o r m e se vê na p l a n t a do A N E X O C.

í 27
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Compensado Bnvn

8
«vi
7,2 x 7,2 cm

- f
lli

F i g u r a 6 . 1 0 . V i t t a cm p a r t p t c t i v a dt u m a « « c o r a
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. ao. 27/91 Projeto EP/EN-5

ó.l.S.S 8ARRAF0 LONGITUDINAL

Acompanhando as paredes longitudinais do a m b i e n t e aparecem


os s a r r a f o s longitudinais ( F i g u r a 6 . 1 1 ) q u e , a l é m de prever
uma forma de v e d a ç ã o do encontro a s s o a l h o - p a r e d e , ajudam no
t r a v a m e n t o das e s c o r a s na direção l o n g i t u d i n a l , na medida em
que s ã o e n c u n h a d o s à s m e s m a s (Figura 6.12).

Figura 6.11, Vista do sarrafo longitudinal de vedado •


travamento

Note-se que ao s a r r a f o longitudinal são associadas t i r a s de


compensado que determinam a p o s i ç ã o de a p o i o c o m r e l a ç ã o às
escoras, seja q u a n t o à d i s p o s i ç ã o em p l a n t a q u a n t o ao nível
relativo. A s o l i d a r i z a ç ã o é conseguida b a t e n d o - s e uma cunha

í 29
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

(vide F i g . 6 . 1 2 ) , de cima para baixo (permitindo o posterior


desencunhamento batendo-se de baixo para cima),
"estroncando" o s a r r a f o c o n t r a a t a l a da escora.

Figura é.iS. Acoplamento etcora-»arrafo longitudinal

Ó.Í.S.Ó SARRAFO TRANSVERSAL

A c o m p a n h a n d o a s p a r e d e s t r a n s v e r s a i s do a m b i e n t e a p a r e c e m os
sarrafos transversais ( F i g . 6 . 1 3 . a ) os q u a i s , a l é m de v e d a r
o encontro assoalho-parede, permitem absorver variações
dimensionais q u a n t o ao v a o l o n g i t u d i n a l de projeto.

130
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Qs s a r r a f o s são "entroncados" e n t r e as e s c o r a s e a p a r e d e ,
fazendo-se uso do d i s p o s i t i v o em m a d e i r a i n d i c a d o na Figura
6 . 1 3 b , batendo-se uma cunha de c i m a para b a i x o , conforme
ilustrado na F i g u r a 6.14.

Figura 6.13. S a r r a f o t r a n s v e r s a l : (a) v i s t a em perspectiva;


(b> d i s p o s i t i v o p a r a f i x a ç ã o .

Í3Í
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/Vi Projeto EP/EN-5

Figurm 6 . 1 4 . F i x a ç í o do «mrrafo trantvirial.

6 , 1 . 2 . 7 M O N T A G E M E DESMONTASSEM

A seqüência de m o n t a g e m do s i s t e m a de -Fôrmas encontra-se


i l u s t r a d a na F i g u r a 6 . 1 5 , p a s s a n d o p e l a s s e g u i n t e s etapas:

Acoplamento das escoras ao sarrafo longitudinal


correspondente, serviço que p o d e ser e x e c u t a d o sobre a
base i

Encostar a "estrutura aporticada" formada contra as


paredes longitudinais,

Assentamento das vigas transversais das extremidades,


f o r m a n d o um " q u a d r o " em c o m p o s i ç ã o com as "estruturas
aportiçadas";

i 32
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

SAWtyQ LOWOITUCTMAL

T Tii T hX
T
VICA TRANSVERSAL
CSCOftA i! li
gc cjd .TC. X -it.
SAflRATO
TRANSVERSAL

PAI REIS

íI ab

!!

Figura 6.15. «tqüincia taqutmáfeica da m o n t a g e m do t i c t e m » da


fôrma»

Acerto preliminar d o s n í v e i s d a s e s c o r a s já a s s e n t e s com


b a s e em junta horizontal da a l v e n a r i a , fazendo uso de
c u n h a s sob seus pés;

Estroncamento das vigas transversais de extremidade


c o n t r a as e s c o r a s correspondentes;

Assentamento e estroncamento das demais vigas


t ransversais;

Assentamento das demais escoras e c o l o c a ç ã o das cunhas


sob seus pés;

133
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

- Fixação dos sarrafos transversais;

- Assentamento dos painéis;

Assentamento das tiras e seu e s t r o n c a m e n t o contra os


painéis adjacentes.

Recomenda-se que as e v e n t u a i s folgas e x i s t e n t e s nas direções


longitudinal e transversal sejam preferencialmente deixadas
sobre os sarrafos transversais e longitudinais
respectivamente. Com isto minimiza-se a probabilidade de
impactos dos painéis contra a fiada s u p e r i o r da alvenaria,
bem como melhora-se a estanqueidade do sistema. Note-se
ainda que folgas adicionais podem ser a b s o r v i d a s no apoio
das tiras de reescoramento ( d e s d e que s e p r e s e r v e um mínimo
d e 1 cm d e c a d a l a d o ) e n o e n c o n t r o de t o p o d o s p a i n é i s P-01
com P - Ô 2 e P - 0 3 com P-04 (ESQ. e DIR).

Para a consecução de um a s s o a l h o estanque, resta apenas a


confecção do enchimento das eventuais folgas deixadas
(assoalho-sarrafo longitudinal, assoalho-sarrafo transver-
s a l , t i r a - p a i n e l , P - 0 Í c o m P - 0 2 e / o u P - 0 3 c o m P - 0 4 ) , com uma
argamassa fraca, q u e e v i t a a p e r c o l a ç ã o da p a s t a d e cimento
oriunda do concreto fresco, sendo facilmente retirável após
a desforma.

Quanto à desmontagem do sistema (desforma), passa-se pelas


seguintes etapas.

- Reescoramento na r e g i ã o da tiras;

Retirada das escoras centrais (as não contíguas às


paredes) ;

134
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. ao. 27/91 Projeto EP/EN-5

- "Desencunhamento" e retirada dos sarrafos transversais;

- Retirada das escoras c o n t í g u a s às p a r e d e s t r a n s v e r s a i s à


exceção das de e x t r e m i d a d e (pois p e r t e n c e m às paredes
longitudinais);

"Desestroncamento" entre as vigas transversais e as


escoras correspondentes;

- Retirada das escoras i n t e r m e d i á r i a s a o s p a i n é i s P - 0 1 e P-


03;

- Rebaixamento do " c i m b r a m e n t o " por meio da r e t i r a d a das


c u n h a s sob os pés das escoras, e retirada da viga
transversal correspondente à s e s c o r a s r e t i r a d a s no passo
anterior, obtendo-se um "anteparo" para a queda dos
painéis (Fig . 6 . 1 6 ) ;

- "Descolamento" de um painel (por exemplo P-04 DIR.)


contíguo à tira de r e e s c o r a m e n t o , por m e i o de uma cunha
de madeira batida entre a tira e o pontalete de
estruturação do painel escolhido (Fig. 6.17 e 6.18);

- "Manobra" para "sacar" o painel descolado de sobre o


"anteparo" (Fig. 6.19); "descolamento" e "saque"
sucessivamente dos demais painéis;

- "Saque" das vigas transversais;

- Deita-se a estrutura aporticada sobre a base e desencunha-


s e as e s c o r a s d o sarrafo.

Observe-se que o encunhamento sob as e s c o r a s v a i propiciar


um abaixamento do sistema de aproximadamente 10 cm,
permitindo o saque dos painéis.

í 35
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. ao. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura é.ió, C i m b r a m e n t o r e b a i x a d o formando " a n t a p a r o " para


oi painéis

F i g u r a 6.Í7. D e t f o r m a do p a i n e l por meio de c u n h a de m a d e i r a

í 36
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura 6.18. Painel d o o f o r m a d e c a í d o «obra o " a n t e p a r o "

Figura 6.19. Manobra para n c i r o painal detformado.

137
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt.ao.27/91 Projeto EP/EN-5

6 2 CQNCRETAGEM ("LAJE ACABADA")

Genericamente, a laje de piso revestida entre pavimentos


s u c e s s i v o s de um e d i f í c i o p o d e a p r e s e n t a r , c o n f o r m e ilustra
a Figura 6.20, as s e g u i n t e s camadas.

15 - d e acabamento;
25 - de fixação;
35 - de regularização;
45 - d e contrapiso;
55 - i s o l a n t e térmica;
65 - d e impermeabilização;
75 - laje e s t r u t u r a l ; e
85 - r e v e s t i m e n t o de forro (pavimento inferior).

Quanto a cada uma destas c a m a d a s , sua f u n ç ã o , n e c e s s i d a d e de


estar presente e exemplos de utilização encontram-se
d i s c u t i d o s em documentos anteriores elaborados para a ENCOL
(R6-07/90). Discute-se aqui, portanto, algumas
particularidades quanto ao atual processo construtivo em
imp1ant ação.

Na d i s c u s s ã o adiante, distingue-se a laje entre pavimentos


s u c e s s i v o s da que i s o l a o último p a v i m e n t o do meio externo,
respectivamente denominados laje de p i s o (tipo e p i l o t i s ) e
de cobert u r a .

í 38
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL R t . no. E7/91 P r o j e t o EP/EN-5

6 . £ . 1 L A J E S DE P X 8 0 P A R A A N D A R E S TIPO

6,8.1,1 TOLERÂNCIAS QUANTO b E8PESSURA

D e n o m i n a n d o d e " r e v e s t i m e n t o s u p e r i o r da l a j e " as c a m a d a s il
a 65 anteriormente citadas, a Figura 6.2i ilustra as
restrições relativas entre a vedação horizontal, a alvenaria
e portais

•C FIXAÇÃO
«eauLAKiZApXo
COwrRAP)»Q
: TZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZZTZZZSj
ISOLAMENTO TÍHMICO
MP£»MgAaiUZACA0
LAJg tSTWUTUWAL
•çf Sr FORRO 00 PAV. INFERIOR

F i g u r a 6 , 2 0 . At c a m a d a s da laje da p i t o r e v e s t i d a e n t r e dois
pavimentos sucessivos.

O bloco "J" foi c o n c e b i d o de maneira a que sua borda mais


alta coincida com o nível s u p e r i o r de u m a l a j e com 8 cm de
e s p e s s u r a , que é considerada a situação básica para o
processo. Nada impede, no entanto, que o projetista
estrutural possa especificar espessuras m e n o r e s de laje em
regiões localizadas do pavimento, como por exemplo em
banheiros.

í 39
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

M! jsz:

ir # ; i
rfl ,-.r> - jo V, v a &

Ah = FOLGA ENTRE O *
PORTAL E A LAJE
N - NÍVEL FINAL MÁXIMO DA
CAMADA DE ACABAMENTO

Figura .., 2 1 . RestricSes relativas entra a vedado


horizontal, a alvenaria e portais.

Q nível máximo da camada de acabamento deve


preferencialmente ser i n f e r i o r ao da b a s e das pernas dos
portais, de forma a permitir o posicionamento do
r e v e s t i m e n t o da l a j e sob os portais (evitando recortes da
c a m a d a de acabamento).

A limitação máxima para posicionamento do nível do


r e v e s t i m e n t o da laje deve a d a p t a r - s e ao espaço definido
por h a c r e s c i d o de p a r t e da f o l g a d e i x a d a sob a f o l h a da
porta ( v a l o r "e" da f i g u r a 6.22).

140
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Supondo-se que os portais e as folhas de porta possuam as


d i m e n s õ e s p a d r o n i z a d a s e p r é - d e f i n i d a s , o v a l o r de h fica
basicamente definido pelo posicionamento relativo portal-
alvenaria. 0 limite máximo para h fica definido pela
interação portal-verga pré-moldada.

=
o LO

LIMITES MÁXIMOS PARA


DEFINIR VERSA
2,1 -ACABAMENTO - 1,6
- F O L G A DA FOLHA DA
PORTA : 0,5
á = 210 - PORTA
c = 0,3 - FOLGA PORTA / CHAPA
b* 0,1 - E S P E S . CHAPA
o - 1,0 - F O L G A CHAPA VERGA

T O T A L = 213,5

CAíXA PARA
. ACABAMENTO

F i g u r a 6 . £ 2 . L i m i t e s p a r a o n í v e l do p i s o acabado.

Na F i g u r a 6 . 2 2 indica-se que a c o n d i ç ã o e= 2 , i cm i m p l i c a na
existência de uma folga e n t r e a f a c e i n f e r i o r da v e r g a e a
face horizontal da t r a v e s s a da a d u e l a ( v a l o r "a" da fig
6.22) A a d u e l a n e s s e c a s o , p o d e r i a ter sua p o s i ç ã o relativa
e l e v a d a até o limite de z e r a r tal folga, a qual seria

i 4 i
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. ao. 27/91 Projeto EP/EN-5

a c r e s c i d a ao valor de "e", aumentando portanto o espaço


disponível p a r a o r e v e s t i m e n t o s u p e r i o r da laje.

Pode-se interferir mais substancialmente quanto ao valor da


espessura disponível para assent ament o do piso, conforme
ilustra a Figura 6.23, alterando-se a própria concepção da
verga pré-moldada.

Figura 6.13. C o n c e p ç l o da v e r g a p r á - m o l d a d a : (a) d e f i n i d o


básica do p r o c e s s o ; (b> f o r m a i n o v a d o r a v i s a n d o
o aumento do h.

Resta ainda comentar q u e , p a r a que u m a p a r c e l a da folga para


a s s e n t a m e n t o do piso não seja consumida por imprecisões na
e x e c u ç ã o da laje, adota-se um processo racionalizado de
execução buscando-se a c o n s e c u ç ã o do que se d e n o m i n o u "laje
a c a b a d a " , que pode ser considerada sinônimo de laje que
prescinde do contrapiso para apresentar nivelamento e
regularização superficial.

í 42
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. ao. 27/91 Projeto EP/EN-5

6.8.1,2 LAJE ACABADA

O processo recomendado para a consecução da l a j e acabada


v a r i a em função da existência ou não de alvenaria no
r e s p a l d o do pavimento inferior, que s i r v a c o m o b a s e p a r a o
assentamento de r e f e r ê n c i a s de nível. A c o n f e c ç ã o de uma
laje acabada é c o n s e g u i d a p o r m e i o do p o s i c i o n a m e n t o , prévio
à concretagem, de r e f e r ê n c i a s indeslocáveis e guias que
s i r v a m de base para o s a r r a f e a m e n t o do c o n c r e t o e garantam
um perfeito nivelamento da superfície superior (figura
6 . 2 4 . a ) . As g u i a s são c o n f e c c i o n a d a s com o próprio concreto
lançado a partir das referências constituídas por pré-
m o l d a d o s de concreto.

Os p r é - m o l d a d o s possuem formato cilíndrico e altura dois


centímetros menor que a espessura prevista para a laje. São
assentes sobre a r g a m a s s a e , p a r a que s u a s u p e r f í c i e superior
c o i n c i d a com a da laje a c a b a d a , o nível alemão é utilizado
no seu posicionamento.. Estes pré-moldados devem ser
posicionados preferencialmente s o b r e as p a r e d e s , p o i s estas
são indeslocáveis, entretanto algumas vezes faz-se
necessário a c o l o c a ç ã o dos mesmos sobre a fôrma de madeira.
A g a r a n t i a de s u a n ã o d e s 1 o c a b 1 1 i d a d e durante a concretagem,
neste último caso, é conseguida via a f i x a ç ã o c o m p l e m e n t a r às
f ô r m a s por m e i o d e a r a m e r e c o z i d o (Figura 6.24.b>.

A confecção da g u i a , durante a concretagem, é conseguida


a t r a v é s do s a r r a f e a m e n t o , do concreto lançado entre dois
pré-moldados, com uma régua de a l u m í n i o a p o i a d a s o b r e eles
( F i g u r a 6 . 2 4 . c ) . A c o n f e c ç ã o de d u a s g u i a s p a r a l e l a s permite
sua utilização, para posterior a p o i o da própria régua de
a l u m í n i o , no sarrafeamento do concreto lançado na região
intermediária (Figura 6.24 . d ) .

í 43
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/71 Projeto EP/EN-5

MOLDADO St eOXCDCTO

Figura 6.24. Laje acabada; <a> g u i a de c o n c r e t o e x e c u t a d a


com bate em p r é - m o l d a d o s na extremidade; (b)
A s s e n t a m e n t o d©» pré-moldados «obre fôrma de
m a d e i r a ; (c) C r i a ç S o da* " g u i a s " de concreto;
(d) S a r r a f e a m e n t o do c o n c r e t o e n t r e d u a s " g u i a s "
de c o n c r e t o .

í 44
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL R t . no. 27/71 Projeto EP/EN-5

A concretagem de toda a laje pode então ser imaginada como a


somatória de vários "retângulos" definidos pelos dois
segmentos que os limitam lateralmente (figura 6.25).

Figura 6,85. Vista em planta de um "retingulo" de


concret agem.

0 projeto do p r o c e s s o de e x e c u ç ã o da l a j e acabada consta


b a s i c a m e n t e da p r e v i s ã o da localização das referências de
guia ao longo do andar tipo, da definição dos vários
"retângulos" que comporão a laje t o t a l e da indicação da
seqüência de e x e c u ç ã o destes "retângulos".

Deve-se considerar os s e g u i n t e s aspectos para a elaboração


de tal p r o j et o:

- Os a p o i o s d a s g u i a s d e v e m e s t a r p r e f e r i v e l m e n t e localizado
sobre as alvenarias;

í 45
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/Vi Projeto EP/EN-5

- A distância entre r e f e r ê n c i a s n ã o dev/e n u n c a s u p e r a r 3 m ,


sendo favorável a a d o ç ã o de m e n o r e s espaçamentos;

- A distância entre guias é limitada a 2,5 cm;

A definição dos "retângulos" e da sua seqüência de


execução deve ser tal q u e o o p e r á r i o n ã o t e n h a de pisar
sobre um retângulo já sarrafeado na sucessão da
concret agem.

As Figuras 6.26 e 6.27 ilustram, respectivamente, uma


situação real a ser enfrentada e o projeto de concretagem
concebido segundo as r e s t r i ç õ e s citadas.

Na Figura 6.27 encontra-se ilustrado o posicionamento


"p1anímétrico" dos apoios das referências, em locais
identificáveis visualmente a t r a v é s da l e i t u r a d a planta.

A locação "altimétrica"/ isto é, a garantia de que t o d a s as


referências estarão posicionadas segundo um mesmo nível,
coincidente com o nível a c a b a d o da laje é feita com a
utilização do "nível alemão".

Neste caso, não é necessário utilizar-se o "nível alemão"


para acerto de t o d a s as r e f e r ê n c i a s , apenas parte delas
(chamadas de p r i m á r i a s ) . As d e m a i s r e f e r ê n c i a s (secundárias)
são n i v e l a d a s com base nas primárias através de linhas
esticadas a partir das primárias. A Tabela 6.1 mostra uma
seqüência possível para o nivelamento dos apoios descritos
na F i g u r a 6.27. Para utilizá-la basta verificar que as
referências secundárias ( c o l u n a da d i r e i t a ) só podem ser
checadas após o acerto das referências primárias (coluna da
esquerda) que a p a r e c e m a n t e s delas na Tabela.

i 46
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 87/91 Projeto EP/EN-5

"V

V • •'. 1 7T7~7 , 7"


^ V//// //////// s/^. ' / / / / / / / . / / / , / / /

tAMINHOS" PARA
CONCRETAGEM NO
SEU INICIO

z T

zj X "
ELEVADOR
D E OBRA

Figura 6.26. P l a n t a do r a i p a l d o da a l v e n a r i a da um a n d a r -
tipo com a 1ocalizaçlo d» torre do e l e v a d o r da
obra a o p o t i c i o n a m a n t o inicial do " c a m i n h o da
concret a g e m " .

i 47
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/Vi Projeto EP/EN-5

Figura 6 . £7 . P r o j a t o do proccsto de execuçlo da laja


acabad».

i 48
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

TibiU 6.1, 8ubdlvi*Io d» opiriclotf»nlv«l«Nnto.

1 Apoios Priiários 1 Apoios Secundários 1 Apoios Priiários Apoios Secundários 1


1 (nível aleiao) 1 (linha esticada 1 (nível aleiSo) (linha esticada 1
i
1 (í), (4) 1 (2), (3) (69), (87) (76), (81) 1
i i
1 (7), (26) 1 (14), (20) (86) (75), (80) I
I
1 (21) 1 (8), (15) (83) (71), (72), (78) 1
1 -1 (82) I
1 (17) 1 (5), (11),(12) 1 (73), (74) 1
1 1 (18), (19) (78) 1
1 1 (9), (10) (77) 1
i ! (6) 1
1 1 (13) (91) (79), (84) 1
1 -1 (85)
1 (28) 1 (16), (23) 1
1 1 (22) (9e) (88) 1
1 -1 1 (117), (120) (ÍÍ8), (119) i
1 (29) 1 (24) 1
! 1 (25) (114), (95) (107), (100) 1
1 -1 (89), (93) 1
1 (55), (58) 1 (56), (57). 1
1 -1 (99) (113), (106), (104)1
1 (54), (32) 1 (47), (42),(33) 1 1
1 -1 (182) (116), (110), (10951
1 (34) 1 (48), (43) (101) i
1 -1 (lil), (112) 1
1 (39) 1 (52), (51),(45) 1 (115) i
1 1 (40), (41) (108) 1
1 1 (49), (50) (105), (163), (97) 1
1 1 (53) (98) 1
1 1 (46) (96), (94) 1
1 1 (44), (38),(36) 1 (92) 1
1 1 (35) (63), (64) 1
1 1 (36), (37) 1
í 1 (31) (59) (61) 1
i
1 (65) (68) 1 (66), (67) (66) (62) 1

149
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

A laje do pavimento térreo, quando e s t e se apresenta em


"pilotis", carece do r e s p a l d o da a l v e n a r i a c o m o b a s e p a r a o
a s s e n t a m e n t o das r e f e r ê n c i a s das g u i a s . N e s t e c a s o , utiliza-
se basicamente o mesmo pré-moldado indicado no item
anterior, porém sempre posicionado sobre a fôrma de madeira

P a r a se c o n s e g u i r um c o n j u n t o e f i c i e n t e quanto a referenciar
o nível final da laje, recomenda-se a disposição de pré-
m o l d a d o s em quantidade suficiente para compor uma malha
q u a d r a d a de l a d o s 2 , 5 m s o b r e t o d a a laje.

6 . £ . 3 L A J E S DE COBERTURA

Aqui também, a p e s a r de inúmeras outras opções possíveis,


a d o t o u - s e a laje de c o n c r e t o a r m a d o c o m o s o l u ç ã o básica.

Na l a j e de c o b e r t u r a o revestimento superior é substituído


por um telhado. Discute-se aqui unicamente a laje
est rut ural .

As e x i g ê n c i a s de n i v e l a m e n t o e acabamento superficial da
laje de concreto não têm o mesmo rigor do c a s o discutido
q u a n t o às lajes de piso do p a v i m e n t o tipo e, p o r t a n t o , não
se c o n s i d e r a obrigatória a adoção do processo de laje
acabada.

Em f a c e da m e n o r solicitação estrutural, é muitas vezes


possível a a d o ç ã o de e s p e s s u r a s m e n o r e s de l a j e . Na Figura
6.28 ilustra-se a interação com a junta de movimentação
t é r m i c a da laje, compatibilizando a d i m i n u i ç ã o da espessura
com a m a n u t e n ç ã o da b o r d a m a i s a l t a do "J" c o m o coincidente
com o n í v e l s u p e r i o r da laje.

150
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL R t . n o . 87/91 P r o j e t o EP/EN-5

JUNTA 06 MOVIMENTAÇÃO
TÉRMICA

ISOPOft

COMPENSADO DA FORMA

AR6AMASSA FRACA

AROAMASSA

F i g u r a 6 . 2 8 . D e t a l h e d» laje de cobertura.

151
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

ANEXO A

MáTODO RECOMENDADO PARA DOSAGEM DAS ARGAMASSAS DE


ASSENTAMENTO E REVESTIMENTO

Cabe salientar que o s p a r â m e t r o s "E" e "D" que f o r m a m parte


do método de dosagem são válidos para argamassas de
revestimento i n t e r n o , c o m s a i b r o ou cal e p a r a a r g a m a s s a s de
assentamento para alvenaria estrutural de blocos de
concreto, a concepção destes parâmetros encontra-se
detalhada nos documentos do projeto EP/EN-i, citados
ant e r i o r m e n t e .

Al D O S A G E M DE A R G A M A S S A S C O M S A I B R O C O M O MATERIAL
p l a s t i f i c a n t e

1) E n t r a r com o parâmetro "E" c o r r e s p o n d e n t e ao tipo de


argamassa ( a s s e n t a m e n t o ou r e v e s t i m e n t o ) a s e r u s a d o e ao
t i p o de c o n t r o l e a s e r executado, (ver t a b e l a Al).
2) Procurar o parâmetro "D" que corresponde ao "E"
e s c o l h i d o , (ver t a b e l a A.2).
3 ) O b t e r o t r a ç o b á s i c o em m a s s a de m a t e r i a i s s e c o s expresso
na relação:
1 : p : q

As proporções "p" e "q" s ã o o b t i d a s m e d i a n t e as fórmulas


cit a d a s a s e g u i r :
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/Vi Projeto EP/EN-5

onde :

P = Quantidade em m a s s a de m a t e r i a i s s e c o s de saibro
correspondente a i K g . de cimento,
q = Quantidade em massa de materiais secos de areia
correspondente a i K g . de cimento,
x = Percentagem de finos ( f í l e r ) p a s s a n t e s da peneira
2 0 0 que p o s s u i o s a i b r o , d i v i d i d o p o r 100.

4) O b t e r a q u a n t i d a d e de água " H " e n t r a n d o com "E" e "x" na


tabela A.3. A q u a n t i d a d e d e á g u a v e m d a d a em percentagem
da soma dos m a t e r i a i s secos o b t i d o s no passo 3. Deve ser
corrigida descontando-se a água c o n t i d a no saibro e/ou
na areia.

5) Obter o t r a ç o b á s i c o em v o l u m e m a t e r i a i s ú m i d o s mediante
a relação:
i : a' : b'

onde .

a = p * d c i m
/ d „ « i b * (i00+h»)/i00
b '= q * d c i m
/ * <Í00 + h w ) / 1 0 0
p = q u a n t i d a d e d e s a i b r o em m a s s a d e m a t e r i a i s secos,
q = quantidade de a r e i a em m a s s a de m a t e r i a i s secos,
dcim = massa unitária do cimento.
d » K i t , = massa unitária do s a i b r o úmido.
d. r c l
, = massa unitária da a r e i a úmida,
h» = u m i d a d e d o s a i b r o em percentagem.
= umidade da areia em percentagem.

6) Obter o traço básico para a betoneira a ser u s a d a . Nesta


etapa deve-se dimensionar as p a d i o l a s a serem utilizadas
para a dosagem volumétrica. 0 cimento d e v e ser d o s a d o por

i 53
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

sacos (50 K g > , r e s t a n d o - s e d i m e n s i o n a r a s p a d i o l a s p a r a o


s a i b r o e a a r e i a c u j a d o s a g e m v e m em volume.

7) Corrigir a quantidade de água até obter a


trabalhabilidade adequada ao pedreiro. Recomenda-se
acrescentar a q u a n t i d a d e de água incrementando-a 0,5 X
d o "H" i n i c i a l .

8) C o r r i g i r a relação Areia/finos ("D") diminuindo esta em


0.5 unidades se a argamassa estiver muito fluída, com
muita e x s u d a c ã o , com p o u c a c o e s ã o . A u m e n t a r o "D" em 0.5
u n i d a d e s se a a r g a m a s s a e s t i v e r m u i t o p l á s t i c a (gorda).

9) Repetir os P a s s o s la 7 e avaliar novamente a argamassa,


se n e c e s s á r i o , repetir o passo 8 até obter a argamassa
a d e q u a d a em termos de trabalhabi1 idade e consumo de
mat e r i a i s .

Tabtla A.l. V a l e r a a da "E" par» argamatcat com aaibro,


caulim, tolo banaficiado, outroa.

c o m P C Q com P C Q
Tot al Pareíal

REVESTIMENTO

E m b o c o de t e t o (com c h a p i s c o ) 8 7
Emboco paulista p/gesso 12 10
Idem p/ p i n t u r a e m a s s a c o r r i d a 1i 10
Idem p/ a z u l e j o , c e r â m i c o e p e d r a 10 9
Emboço para reboco 13 12
Emboço para fórmica 7 6

ASSENTAMENTO

A l v . E s t r . B l o c o s de c o n c r e t o I 11
+ + +
Obs. P C Q - P r o g r a m a de C o n t r o l e de Qualidade

í 54
CONVÊNIO EPÜSP/QCOL Rt. no. 37/91 Projeto EP/EN-5

Tabala A.8 Valora» da "D" para argamaaaaa com aaibro,


caulim, aolo banaficiado, outroa.
-+ +

I % P a s s a n t e da P e n e i r a 2 0 0 I

I 2 0 a 40 % I 40 a é©% I I
< 20% + + + + + > 60% I
I A s s . I Rev.I Ass.I Rev. I I

7 1 4 7 1 2 8 4 3 0 3 5 1 4 2
8 1 5 2 1 3 5 4 3 3 2 3 7 1 4 5
9 1 5 6 1 4 2 4 6 3 5 4 0 I 4 8
10 1 6 1 4 4 4 9 3 6 4 1 1 5 1
11 1 6 3 1 4 7 5 1 3 8 4 3 ! 5 3
12 1 6 6 I 4 9 5 3 4 0 4 5 1 5 6
13 1 6 9 1 5 0 5 5 4 1 4 6 1 5 8
14 1 7 2 I 5 2 5 7 4 2 4 7 t 6

Tabala A.3. Valore© da "H'


+ + +
I I Finos de Solo - % passante # 200 I

I I < 20% i 20*/. I 40% I > 60% I


I I I a 40% I a 60% ! !
+ + + + + +
I 4 a 61 -- I -- I -- I -- I
I 7 a 91 24 I 22 I 23 1 22 I
I Í0ai2I 22 I 23 I 24 I 23 i
I i3aí4I 23 I 24 I 25 I 24 I

A.2 DOSAGEM DE A R G A M A S S A S COH CAL COMO MATERIAL


PLASTIFICANTE

1) E n t r a r com o parâmetro "E" correspondente ao tipo de


argamassa (assentamento ou r e v e s t i m e n t o ) a ser u s a d o e ao
t i p o de c o n t r o l e a s e r executado, (ver t a b e l a A.4).

2) Procurar o parâmetro "D" que corresponde ao "E"


escolhido, (ver t a b e l a A.5).

3 ) O b t e r o t r a ç o b á s i c o em m a s s a de m a t e r i a i s s e c o s expresso
na rei a ç ã o :
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL R t . no. 27/91 Projeto EP/EH-5

O b t e r as proporções mediante a fórmula


citada a seguir.
P = E - D / x * D = E - (i - x>

onde :
P = Quantidade em m a s s a de materiais secos de cal
correspondente a 1 K g . de cimento,
q = Quantidade em m a s s a de materiais secos de areia
correspondente a 1 K g . de cimento,
x = Percentagem de finos ( f í l e r ) p a s s a n t e s da peneira
£ 0 0 que p o s s u i a c a l , d i v i d i d o por 100.

4) Fazer a argamassa intermediaria usando-se o valor "p"


para a quantidade de cal e o valor "q" p a r a a quantidade
de areia. Estas quantidades correspondem ao peso seco
desses materiais para i K g . de c i m e n t o . Se se fizer, por
exemplo, argamassa mtermediaria para 1 saco de cimento,
o que n o r m a l m e n t e corresponde a uma betonada, multiplica-
se por 50 Kg. os valores da cal e da areia
respectivamente.

5) Colocar a quantidade de água inicial "Hi" para o


"curtimento" da argamassa intermediaria. 0 "Hi",
dependendo da u m i d a d e da a r e i a p o d e e s t a r e n t r e 18% a £ 0 %
da soma dos pesos (materiais secos) da cal e da areia.
Esta água acrescentada deve ser descontada da quantidade
de água final "Hf" recomendada na tabela A 6. Depois,
deixar curtir a argamassa intermediaria pelo menos por 24
horas.

A p ó s £4 horas, medir a quantidade de á g u a "Hi" mediante


ensaio rápido de c o n t e ú d o de u m i d a d e ( p o d e ser u s a d o o

i5ó
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

e n s a i o da frigideira) e expressar o v a l o r em percentagem


d o p e s o da a r g a m a s s a intermediaria.

6) Acrescentar a quantidade de cimento pré-determinada no


traço. Quando a dosagem da argamassa íntermediaria é
realizada em volume, deve-se c a l c u l a r o valor do "Fator
de empacotamento" para corrigir o volume da argamassa
intermediária à qual deverá ser adicionado o cimento. 0
v a l o r do f a t o r de e m p a c o t a m e n t o "k" v e m d a d o por:

k = (i + H i / 1 0 0 ) / d w ± * ( ( P + q) * d m h / q (1 + 0 . 0 i h w > )

Onde :

k = Fator de empacotamento
Hi = Umidade da a r g a m a s s a intermediária
dwi= Massa unitária da a r g a m a s s a intermediária
dwh= Massa u n i t á r i a da a r e i a úmida
hB= u m i d a d e da a r e i a , e x p r e s s a em percentagem
p = quantidade d e c a l , d a d o em p e s o d e m a t e r i a i s secos
q = quantidade de a r e i a , d a d o em p e s o de materiais
secos

Multiplicar o valor de "k" p e l o v a l o r c o r r e s p o n d e n t e ao


v o l u m e de areia úmida que c o r r e s p o n d e ao t r a ç o definido.
0 valor resultante será o volume de argamassa
intermediária à que se adicionará posteriormente o
ciment o.

7) Acrescentar a quantidade de água que corresponda à


diferença entre a água especificada na tabela A.6 e a
á g u a c o n t i d a na a r g a m a s s a íntermedíáría.

157
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

8) Obter o traço b á s i c o em v o l u m e m a t e r i a i s ú m i d o s mediante


a relação:
i : a' : b'

onde :

a'= P * d a ± m / dcma * (100+hc)/i00


b'= q * dc±m / d,r«i. * (i00+h«)/100
P = q u a n t i d a d e d e c a l em m a s s a d e m a t e r i a i s secos,
q = q u a n t i d a d e d e a r e i a em m a s s a d e m a t e r i a i s secos,
deim = massa unitária do cimento,
dc^i = m a s s a u n i t á r i a d o cal úmida.
= massa unitária da a r e i a úmida.
hc = u m i d a d e d a cal em percentagem.
h , = u m i d a d e d a a r e i a em percentagem.

9) Obter o traço básico para a betoneira a ser usada. Nesta


etapa deve-se dimensionar as p a d i o l a s a serem utilizadas
para a dosagem volumétrica. A dosagem do c i m e n t o deve ser
feita por saco (50 Kg). Resta portanto, dimensionar as
p a d i o l a s para o cal e a areia cuja dosagem é em volume,
ou d i m e n s i o n a r somente a s p a d i o l a s p a r a a a r e i a , se a cal
é d o s a d a em s a c o s (peso) junto com o cimento.

10) Corrigir a quantidade de água até obter a


trabalhabi1 idade adequada ao pedreiro. Recomenda-se
Acrescentar a quantidade de água increment ando-a 0 , 5 'A
do "H" o b t i d o na t a b e l a A.6.

11) Corrigir a relação Areia/finos ("D") diminuindo esta em


0 5 unidades se a argamassa estiver muito fluída, com
muita exsudaçao, com pouca c o e s ã o . Aumentar o "D" em 0.5
u n i d a d e s se a a r g a m a s s a estiver muito plástica (gorda).

i 58
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

12) Repetir os Passos 1 a 11 e avaliar novamente a


a r g a m a s s a , se n e c e s s á r i o , r e p e t i r o p a s s o 12 a t é o b t e r a
argamassa adequada em termos de trabalhabi1 idade e
c o n s u m o de materiais.

T a b e l a A . 4 . V a l o r a s d e "E" p a r a a r g a m a s t a s c o m cal
•+ + +

I c o m PCQI com PCQI Sem


t T o t a l I P a r e ialI PCQ
- + -

REVESTIMENTO I I
I I
E m b o ç o de t e t o (com c h a p i s c o ) 6 5 4
Emboço paulista p/gesso I 10 8 7
Idem p/pintura e m a s s a c o r r i d a I 9 8 7
I d e m p/ a z u l e j o , c e r â m i c o e p e d r a l 9 8 6
Emboço para reboco i+ 11 9 7
- + -

ASSENTAMENTO I I I
I I ;
+ Arg . p / A l v . Est . B l o c o s d e c o n c . +I 11 I+ i

Obs. P C Q - P r o g r a m a de C o n t r o l e d e Qualidade

T a b e l a A . 5 . V a l o r e » d e "D" pi com cal


.+
I T i p o d e C a l

I I Alto I Alto I I Baixo


IVirgem I Cálcio I cálcio I Baixo I cálcio
I + + + sem d e s c . I c á l c i o 1 sem
I lAss.I R e v . I I I descanso
+ _— - + + — _+ _+ + +

4 1 2 . 9 1 2.71 3 .E 1 2 .8 1 2 9 1 2 .7 i
5 1 £ . 9 1 2.91 3 .4 I 3 0 1 3 2 1 2 9 1
6 1 2 . 9 1 3.11 3 .6 1 3 .1 1 3 4 1 3 .1 1
7 1 2 . 9 1 3.31 3 8 1 3 2 1 3 6 1 3 2 I
8 1 2 . 9 1 3.4! 3 .9 1 3 .3 1 3 7 1 3 .3 1
9 1 2 . 9 i 3.51 4 .0 1 3 4 1 3 8 1 3 4 1
10 1 2 . 9 1 3.61 4 .1 1 3 .5 1 3 9 1 3 .4 1
11 1 2 . 9 1 3.71 4 .2 1 3 6 1 4 0 1 3 5 1
+ _— - + + — _+ _+ + +

í 59
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

T a b e l a A . 6 . V a l o r a » da "H"
+ + — +
I I VALORES PARA CAL H I D R A T A D A I

I I I Com I Sem I
I I IDescanso IDescanso I

I 4 a 61 I 19 I El I
I 7 a 9! ! 22 I 23 I
I 10al2l I 23 I 24 I
I 13al41 I — I — i

ÍÓ0
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/71 Projeto EP/EN-5

ANEXO B

E X E M P L O DE U M A BEQUfiNCIA E X E C U T I V A DE ELEUAC2SQ DAS


ALUFNARIAS

B.i INDIVIDUALIZAÇSO DAS PAREDES

Para permitir a descrição da e x e c u ç ã o , vamos considerar a


possibilidade teórica de i n d i v i d u a l i z a r , isto é , distinguir
isoladamente cada uma d a s p a r e d e s que c o m p õ e m o a p a r t a m e n t o
em estudo.

Figura B.i Extremidade* dt parada*: (a) livra; (b>


i n t e r a e c ç l o com o u t r a p a r a d a ,

iói
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Cada uma destas paredes ficará definida por suas duas


extremidades, isto é, pelos referenciais e x i s t e n t e s em suas
extremidades laterais. Observe-se que cada e x t r e m i d a d e pode
ser: livre, quando tem-se o c a s o de um início (ou término)
independente, que representa uma situação de pequena
i n c i d ê n c i a no e d i f í c i o ou i n t e r s e c c ã o c o m o u t r a p a r e d e , que
representa a situação dominante (Fig. B.i).

Os possíveis r e f e r e n c i a i s de extremidade para cada parede


são os s e g u i n t e s (Figura B.2);

- acastelamento T;
- acastelamento L;
- escantilhão inicial;
- escantilhão de canto;
- aduela longitudinal;
- aduela transversal;
- dentes T;
- dentes L;
- régua com sargento.

162
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figura B.S. R a f a r a n c i a i a da e x t r e m i d a d e da p a r a d a a : (a)


acaatelamanto T; (b> acaatalamanto L; (c)
eacantilhlo inicial; (d) a a c a n t i l h l o da c a n t o ;
(a) a d u a l a l o n g i t u d i n a l ; (f) a d u a l a t r a n a v a r a a l ;
(g) d a n t a a T; <h> dantaa L; (i) r é g u a com
aargant o.

163
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL R t . no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Os e s t i c a d o r e s de linha sao utilizados como auxiliares na


execução das alvenarias, que possuem como referenciais
várias das opções citadas quanto a suas intersecções. Serio
utilizados a c o p l a d o s a:

- a c a s t e l a m e n t o T e L;
- aduelas longitudinal e transversal;
- dentes T e L.

Os referenciais que podem prescindir do esticador são


aqueles que permitem o a l o j a m e n t o das linhas que i n d i c a r ã o a
p o s i ç ã o de cada fiada a ser e x e c u t a d a , d i s p e n s a n d o portanto
o uso do m e s m o . São eles:

- escantilhão inicial e de canto;


- r é g u a com sargento.

Para se poder distinguir cada parede que constitui o


a p a r t a m e n t o em estudo, mostra-se na figura B.3 a numeração
das extremidades de t o d a s a s p a r e d e s . A s s i m , a p a r e d e 16-17
vai da extremidade 16 à 17, enquanto a 2-4 vai da
ext r e m i d a d e 2 à 4 .

164
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91

* — . . .
10 II « II M
T
I - r
-4" I

mi Jit «•* V-
I I
f - é — 4 -é
ao sii u u V»V

é B

Figura. B.3. Numerado daa extremidade* da* paredes do


apart amant o

.165
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

B,8 PRIMEIRA ETAPA

As o p e r a ç õ e s envolvidas nesta etapa slo exatamente aquelas


citadas genericamente n o item 5.1.1.

B.3 SEGUNDA ETAPA

Os r e f e r e n c i a i s a serem a s s e n t a d o s nesta fase - escantilhões


e aduelas - serio localizados nas posições indicadas na
Figura B.4.

B.4 T E R C E I R A ETAPA

A elevação das alvenarias até a 7a f i a d a é feita sob a


p r e m i s s a de se c o n s t i t u i r amarração contínua em t o d a s as
i n t e r s e c c õ e s de paredes. Para facilitar a execução, no
e n t a n t o , em alguns pontos será adotada a amarração em
"dentes" ( d e i x a n d o - s e d e n t e s - ver item 5 . 1 . 1 ) . F i c a p o r é m a
orientação para que, sempre que se definir uma seqüência
executiva nesta etapa, qualquer caminho que leve à a d o ç ã o de
amarrações em dentes seja previamente acordado com o
projetista de estruturas.

166
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

•1

LJ H
1 J

--i i
i 1
1 ' i
L_L _!_ L Jt

j ' «= PORTAL OU A D U E L A
1
r ESCANTILH AO

FIGURA B.4. L o c a d o do« t»canfcilhSat • adutU*.

í 67
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

No n o s s o exemplo vamos d e f i n i r alguns " g r u p o s " de paredes,


o n d e c a d a u m d e l e s s e r á e x e c u t a d o de f o r m a s i m u l t â n e a , isto
é, todas as p a r e d e s p e r t e n c e n t e s a um m e s m o g r u p o t e r ã o suas
fiadas executadas concomitantemente. Distinguem-se dois
t i p o s de grupos:

os " i n d e p e n d e n t e s " , que não possuem relação de


dependência entre si, mas que d e v e m ser executados
anteriormente respectivamente aos grupos dependentes
de cada um deles;

os "dependentes", que serão executados após a


confecção do(s) grupo(s) independente(s) ao(s)
qual(is) está (ão) associado (s).

Os g r u p o s i n d e p e n d e n t e s , com suas respectivas paredes, são:

- grupo I - 1 1-26;
- grupo I - 2 : 23-34, 34-29;
- grupo I - 3 : 23-24, 24-4, 15-14, 4-2, 3-9, 2-7, 7-
8,
- grupo I - 4 : ii-i3.

Os g r u p o s d e p e n d e n t e s , com suas respectivas paredes, são:

grupo D - Í : 5-A,
grupo D - 2 : 5-6;
grupo D - 3 : 1 0 - 3 2 , 17 - 1 6
grupo D - 4 : 1 2 - 3 3 , 21 - 2 2
grupo D - 5 : 19-20
grupo D - 6 : 31-B

i 68
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

B . 4 .1 . O R U P O I - 1 ( F I O . B.5>

A confecção da parede 1-26 tem como referenciais de


ext r e m i d a d e :

- escantilhão inicial em ij
- aduela transversal em 26.

Na s u a confecção deixam-se os s e g u i n t e s referenciais para


grupos dependentes:

- castelo T (ainda que chegue somente a t é uma a l t u r a que


m
permita o andaime - que será u s a d o na 4 s etapas -
p a s s a r p o r s o b r e e l e ) em 5 p a r a a p a r e d e 5-6;
- dentes em 5 para a parede 5-A, pertencente ao outro
apart ament o.

Figura B . S , E x a c u ç l o da 3 " e t a p a d o g r u p o I-i.

í 6?
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

B.4.3 GRUPO Z - 3 (FIG. B.7)

Os r e f e r e n c i a i s para a execução simultânea das paredes do


grupo são:

- parede 23-24: aduela longitudinal em 2 3 e escantilhão


de c a n t o em 24;
- p a r e d e 2 4 - 4 : e s c a n t i l h ã o d e c a n t o em 24 e em 4;
- parede Í5-14: castelo T e m 15 e a d u e l a longitudinal
em 14 ;
- parede 4-2: escantilhão de c a n t o em 4 e 2;
- p a r e d e 3 - 9 : c a s t e l o T em 3 , a d u e l a longitudinal em 9;
- p a r e d e 2 - 7 : e s c a n t i l h ã o de c a n t o em 2 e 7;
- parede 7-8: escantilhão de canto em 7 e aduela
1ongit udinal em 8.

D e i x a - s e em 6 c a s t e l o T p a r a a f u t u r a e x e c u ç ã o da p a r e d e 5 -
6 .

m
F i g u r a B . 7 , E x e c u ç l o da 3 etapa do grupo 1-3

171
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

B.4.4 GRUPO I - 4 <FIG. B.8)

Para a execução da p a r e d e 11-13 tem-se aduelas longitudinais


em 11 e 1 3 .

D e i x a - s e em iE u m c a s t e l o T p a r a a f u t u r a e x e c u ç ã o da parede
18-33.

F i g u r i B . S . E x t c u ç l o d» 3» e t a p a d o g r u p o 1 - 4

B.4.3 GRUPO D - i <FIG. B.9)

P e r t e n c e n d o ao apartamento vizinho, a parede 5-A terá como


r e f e r e n c i a i s no trecho contíguo ao a p a r t a m e n t o em estudo
d e n t e s T em 5 e a aduela.

i 7c
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

B.4.6 GRUPO D - S (FZG, B.l«)

A parede 5-6 terá como referenciais. c a s t e l o T em 5 e em 6,


a l é m da a d u e l a intermediária.

m
F i g u r a B . 9 . E x a c u ç l o da 3 e t a p a do g r u p o D - i

B.4.7 GRUPO D - 3 (FIG. B.il)

Os r e f e r e n c i a i s para a execução simultânea das paredes do


grupo são:

- parede 10-32: aduela transversal em 10 e c a s t e l o T em


32;
- parede 1 7 - 1 6 : c a s t e l o T em 17 e a d u e l a t r a n s v e r s a l em
16,
- parede 18-30. aduela longitudinal em 18 e c a s t e l o T
em 30;

173
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/9Í Projeto EP/EN-5

D e i x a - s e , em 19, o referencial dente T para a futura


c o n f e c ç ã o da p a r e d e 19-20.

m
Figur* B.i®, Exacuçüo dl 3 e t a p a do g r u p o D-2.

m
F i g u r » B . i l , E x t c u ç l o d» 3 e t a p a do g r u p o D-3

174
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

B . 4 . 8 G R U P O D - 4 <FIG. B.18)

Os r e f e r e n c i a i s para a execução simultânea das paredes do


grupo são:

- parede 1 2 - 3 3 : c a s t e l o T em 12 e 33;
- parede 21-22. castelo T em 21 e a d u e l a longitudinal
em 22.

D e i x a - s e , em 20, o referencial dente T para a futura


c o n f e c ç ã o da p a r e d e 19-20.

Figun B : 1 8 , E x e e u e l o d» 3" e t a p a do g r u p o D-4

B.4.9 G R U P O D - 3 (FIG. B.i3>

T r a t a - s e , na v e r d a d e , de um g r u p o dependente de segunda
o r d e m , já que a parede 19-20 só pode ser e x e c u t a d a a p ó s a

175
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

execução dos grupos D-3 e D-4. Como referenciais tem-se


d e n t e s T em 19 e 2 0 .

m
F i g u r a B , i 3 . E x e c u ç l o da 3 e t a p a do g r u p o D-5.

B . 4 . 1 * G R U P O D - 6 < F I G , B,i4>

Pertencendo à área externa ao a p a r t a m e n t o , a parede 31-B


t e r á c o m o r e f e r e n c i a i s c a s t e l o T em 31 e em B

Note-se que, no c a s o dos apartamentos c o n t í g u o s aos lances


da e s c a d a , s e r á n e c e s s á r i a a c o n f e c ç ã o de um a n d a i m e p a r a se
ter a c e s s o m e s m o no caso da 3a etapa da execução das
a l v e n a r i a s do pavimento.

176
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. E7/9Í Projeto EP/EN-5

m
Figura B . 1 4 , E x e c u ç l o da 3 e t a p a do g r u p o D-6

B.3 QUARTA E QUINTA ETAPA8

A partir da 8* fiada, torna-se necessária a presença de


a n d a i m e s p a r a o p r o s s e g u i m e n t o do a s s e n t a m e n t o da a l v e n a r i a .

N e s t a s e t a p a s , a p e s a r de p e r m i t i r - s e a a m a r r a ç ã o descontínua
das paredes internas com relação às externas, continua
obrigatória a amarração contínua de todas as paredes
externas entre si. Qualquer exceção deve ser previamente
acordada com o projetista.

Estas 8 etapas serão abordadas conjuntamente na m e d i d a em


q u e , c o l o c a d o o a n d a i m e ao l o n g o de uma d a d a p a r e d e , a idéia
é de, na m e d i d a do p o s s í v e l , o p e d r e i r o só d e s c e r d e l e ao
1
executar a e 5 * e t a p a s da mesma.

í 77
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Quando temos escantilhões nas duas extremidades isto é


possível; as paredes 7-2, 2-4, 4-24 e 29-34 encontram-se
nesta situação.

Q u a n d o p e l o m e n o s em u m a d a s e x t r e m i d a d e s de u m a p a r e d e tem-
se c o m o referencial uma a d u e l a ou u m a j a n e l a , e s t e servirá
apenas até o final da 4~ etapa, conforme visto
anteriormente. Assim, paredes como a ii-i3 podem ser
m m
consideradas independentes até o final da 4 e t a p a ; na 5
e t a p a v ã o d e p e n d e r de o u t r o s referenciais.

D e s c r e v e - s e , a seguir, uma dentre várias possibilidades para


s e c o m p l e t a r a a l v e n a r i a d o a p a r t a m e n t o em estudo.

Figur» B . 1 5 . T é r m i n o da p a r a d a 4-24,

Vamos iniciar o trabalho pela parede 4-24 (Fig. B.15) Tendo


por r e f e r e n c i a i s e s c a n t i l h õ e s em 4 e £ 4 , p o d e - s e e x e c u t a r a
4^ e
5» e t a p a s da m e s m a . Na sua confecção deixam-se os

178
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

seguintes referenciais para paredes que a interceptam:


c a s t e l o L em 4 e £ 4 , e d e n t e s T em 15.

Em s e q ü ê n c i a à 4-24, passa-se à execução simultânea (pode


ser segmentada também) das paredes 4-2 e 2-7 (Fig. B.16),
com b a s e n o s e s c a n t i l h õ e s em £ e 7 , a l é m do c a s t e l o que foi
e x e c u t a d o em 4. Deixam-se como referenciais para futuras
p a r e d e s : d e n t e s T em 3 , c a s t e l o T em 6 e c a s t e l o L em 7.

Figura 1.16. Comp1amantaçlo d daa 4 - 2 a 2 - 7 ,

Q u a n t o ao conjunto formado pelas paredes 7-9, 3-i4 e 10-15,


devido à p r e s e n ç a de a d u e l a s , que criam uma "associação"
entre elas em função do assentamento das vergas pré-
1
moldadas, é conveniente que tenham suas 4- * etapas
executadas simultaneamente (Fig. B.17). Tendo por base o
c a s t e l o d e i x a d o em 7 e a a d u e l a longitudinal em 8 ( p a r e d e 7-
9), o dente T em 3 e a a d u e l a longitudinal em 9 ( p a r e d e 3-
14), o dente T em 15 e a a d u e l a longitudinal em 11 (parede
10-15), elevam-se as t r ê s alvenarias até o ponto de ser

1.79
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

possível o assentamento das A vergas pré-moldadas


necessárias a estas paredes. Deixam-se como referenciais
p a r a f u t u r a s p a r e d e s , c a s t e l o L em 10 e d e n t e T em 12.

F i g u r a B . 1 7 E x e c u c í o d a 4a e t a p a d a s p a r e d e s 7-9, 3 - 1 4 e í®
15.

A 5* etapa destas paredes pode ser f e i t a seqüencialmente.


Com a perda da orientação dada pelas aduelas, há a
n e c e s s i d a d e de c r i a ç ã o de um n o v o s i s t e m a de referências.
Uma p o s s i b i l i d a d e p a r a a e x e c u ç ã o do c o n j u n t o é

posicionamento de um novo referencial em 10,


c o n s t i t u í d o p e l a r é g u a com sargento;
- execução da p a r e d e 1 0 - 1 5 , com base na régua com
s a r g e n t o em 10 e no d e n t e T em 15, deixando um
c a s t e l o T em 14 e d e n t e T em 12 ( F i g . B.18);
- execução da p a r e d e 1 4 - 3 , com b a s e n o c a s t e l o em 14 e
no d e n t e T em 3, deixando um c a s t e l o T em 9 (Fig
B.19),

180
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 87/91 Projeto EP/EN-5

- execução d a p a r e d e 9 - 7 , c o m b a s e n o s c a s t e l o s em 9 e
7 (Fig. B.20).

Figurai B . 1 8 . S e m p 1 a m a n t a ç t o d» p a r a d a 10-15

Figura B,19, Comp1amantaçlo da p a r a d a 14-3

i8i
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

Figurai B . 20 C o m p 1 a m a n t a c S o dm p a r a d a 9-7

Figura B.21, Complamantaclo da p a r a d a 29-34

A parede 29-34 pode ser e x e c u t a d a , tanto em sua quarta


quanto quinta etapas, independentemente (Fig. B.21), tendo

182
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL I». no. 27/91 Projeto EP/EN-5

por base os escantilhões em 29 e 34. Deixam-se como


referenciais para f u t u r a s p a r e d e s , d e n t e s T em 3 0 , 3 2 e 3 3 ,
c a s t e l o T em 3 1 e c a s t e l o L em 3 4 .

m m
Pode-se então executar a parede 12-33, em s u a s 4 e 5
etapas (Fig. B . 2 2 ) , com base nos dentes T em 12 e 33.
Deixam-se os seguintes referenciais para as próximas
p a r e d e s : d e n t e s T em 20 e 2 1 .

Figura B,22, Complamantaclo da p a r a d a 12-33

Na s e q ü ê n c i a poder-se-ia confeccionar o conjunto formado


pelas paredes 21-24 e 23-34.

Q u a n t o à 4~ e t a p a (Fig. B.23) tem-se por referenciais:

- para 2 1 - 2 4 , d e n t e T em 2 1 , a d u e l a longitudinal em 22
e 2 3 , e c a s t e l o L em 24;

183
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. E7/9Í Projeto EP/EN-5

para 23-34, aduela transversal em 2 3 e c a s t e l o L em


34 .

m
F i g u r a B . 2 3 . E x a c u ç l o da 4 etapa das paredes 21-24 e 23-34

Figura B,24 . C o m p 1 t m t n t a c í o das paradas 21-24 a 23-34

í 84
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

m
Quanto à 5 etapa (Fig. B.24), pode-se procedê-la na
seguinte seqüência.

- parede 2 1 - 2 4 , com b a s e n o d e n t e T em 21 e c a s t e l o L
em 2 4 , d e i x a n d o - s e um c a s t e l o T e m 23;
- p a r e d e 2 3 - 3 4 , c o m b a s e n o s c a s t e l o s em 2 3 e 34.

Quando se alcançam condições suficientes para execução da


parede 12-33, também poder-se-ia partir para outra frente de
trabalho, iniciando-se pela parede 10-32. Esta pode ser
m m
executada (Fig. B . 2 5 ) , em suas 4 e 5 etapas, com base no
castelo L em 10 e d e n t e T em 3 2 , d e i x a n d o - s e d e n t e s T em 17
e 19 c o m o r e f e r e n c i a i s para as p r ó x i m a s paredes.

Figura B, £5. Comp1amantaçle da p a r a d a 1C-3S,

0 conjunto formado pelas paredes 17-16, 16-30 e 1 - 2 6 , apesar


m
de p o d e r e m ser e x e c u t a d o s independentemente quanto à 4
etapa, devem estar todos concluídos para permitir o

185
CONVÊNIO EPUSP/ENCQL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EH-5

assentamento das v e r g a s p r é - m o l d a d a s das a d u e l a s em 16-18 e


m
26-27. Assim, tem-se para a 4 etapa (Fig. B.26):

- parede 1 6 - 1 7 , c o n f e c c i o n a d a c o m b a s e no d e n t e T em 17
e aduela transversal em 16;
parede 16-30, confeccionada com base na aduela
longitudinal em 18 e d e n t e T em 30;
- parede 1-26, confeccionada com b a s e no escantilhão
inicial em 1 e na a d u e l a t r a n s v e r s a l em 26.

m
Figur» B,Ié E x t c u ç t o d» 4 etapa das paredes 17-16, 16-30 e
1-26

m
Quanto à 5 etapa, adota-se a seguinte seqüência.

- confecção simultânea das paredes 17-16 e 16-30, para


o que é necessária a locacao de uma régua com
s a r g e n t o em 16 ( F i g . B.27);
- o c o n j u n t o é e n t ã o c o m p l e t a d o com b a s e n e s t a r é g u a e
n o s d e n t e s T em 17 e 3 0 , d e i x a n d o - s e um c a s t e l o em 27

í 86
CONVÊNIO EPUSP/ENCQL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EH-5

(assentado com o uso de e s q u a d r o para garantir a


ortogonalidade a 16-30).
- após a confecção do conjunto de paredes análogo ao
a n t e r i o r no apartamento contíguo pode-se executar a
parede C-27, com base nos c a s t e l o s em C e 2 7 (Fig.
B.28), deixando-se um c a s t e l o em 26.
- comp1ementação da parede 1-26 com base no escantilhão
em 1 e no c a s t e l o em 26, deixando-se d e n t e s T em 5
(Fig. B . 29).

Figura B,27. Comp1ementaçío d*» p u r e d e t 17-16 e 16-30.

A comp1ementação da a l v e n a r i a do a p a r t a m e n t o se d á , então,
com a e x e c u ç ã o d a s paredes:

- 1 9 - 2 0 , c o m b a s e n o s d e n t e s T em 19 e 2 0 (Fig. B.30).
- 5-6, com base no dente T em 5 e n o c a s t e l o T em 6
(Fig. B.31)

í 87
CONVÊNIO EPUSP/ENCQL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EH-5

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j i _ j

- i_ J
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i—I
I —
1 .j
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F i g u r a B , 28 . C o m p l e m e n t a d o da p a r e d e c - 8 7,

F i g u r a B. 2 9 . C o m p l e m e n t a d o da p a r e d e 1 - 2 6 .

í 88
CONVÊNIO EPUSP/ENCQL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EH-5

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Figurai B . 3® , C o m p 1 ement a d o d» p a r e d e 19-80.

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Figura B.31. C o m p l e m e n t a d o da p a r e d e 3 - 6 ,

í 89
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. „ 0 . 87/91 Projeto

ANEXO C

P L A N T A DQ PRDilFTO DF FflRMA PRQTrfTTPn

í?e
CONVÊNIO EPUSP/ENCOL Rt. no. 27/91 Projeto EP/EN-5

7, EQUIPE TáCNIQÃ

Ptsquisadores Responsáveis

Prof. Luiz Sérgio Franco


P r o f . U b i r a c i E s p i n e l l i L e m e s de Souza
Prof. Dr. Fernando Henrique Sabbatini
Eng" Jonas Silvestre Medeiros
E n g ° Marcelo Giovanni Pallacios Solorzano
Eng" Neri Paulo Rockenbach
Eng° Valerio Paz Dornelles

Consultores Associados:

Prof. Dr. Márcio R. S. Corrêa (Tecsof)


Prof. Dr. Márcio A. Ramalho (Tecsof)
Ens • A m o l d o U! e n d 1 e r F i 1 h o

Colaboradores - Encol:

Eng. Uicente Ferrão Costallat


Eng. Eduardo Gray
S r . L u i z F r a n c i s c o de Azevedo
S r . F r a n c i s c o de A b r e u dos Santos
E q u i p e d e P r o d u t o e P r o d u ç ã o da R e g i o n a l G o i â n i a da Encol

Secretária:

Engracia Maria Bartuciotti

i?í

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