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INTRODUÇÃO . 6
ARQUITETURA/PAPEL DO ARQUITETO . . . 7
METODOLOGIA DO TRABALHO 9
Procedimentos iniciais 9
Concepção do Projeto 13
PROJETOS COMPLEMENTARES 18
Projeto Estruturai 18
Instalações Hidráulicas/Elétricas (áreas comuns) 22
Instalações Hidráulicas/Elétricas (áreas privativas) 30
Elevadores 40
Ar Condicionado 41
Exaustão Mecânica 46
Lareiras/Churrasqueiras 47
Conforto Ambiental - 49
Aspectos Gerais 51
O ESPAÇO RESIDENCIAL 53
Mobiliário e Equipamentos/Dimensões e Áreas de Influência 53
Lay-outs/Dimensões Mínimas de Ambientes 57
APARTAMENTO DE COBERTURA . 58
CHECK-LIST : . . . .61
COLABORADORES 71
BIBLIOGRAFIA 72
CURRICULUM .73
Apresentação
Preparar este cadeno sobre pavimento tipo de Empreendimentos Residenciais
Verticais foi para nós um grande desafio.
0 finai dojrabalho contém um Check List elaborado pela DIPRO, que serve de,
instrumento para aferir se cada um de seus itens foi contemplado. Saber
privilegiar uns em detrimento de outros, em função das características de cada
projeto, de cada situação, é a nossa grande tarefa como arquitetos.
Henrique Cambiaghi
Tadeu Baptista
0utubro/90
Introdução
awl
Embora o tema deste trabalho se reporte a pavimento tipo, não pretendemos nos restringir
só a esta problemática. É preciso uma visão mais ampla.
O Papei do Arquiteto:
Pela natureza de seu ofício e pelo sentido de sua formação profissional, o ARQUITETO é o
indivíduo capacitado a PREVER e ANTECIPAR graficamente as soluções de organização
do ESPAÇO, baseando-se em dados técnicos precisos, em fatores físicos específicos e em
condicionantes econômicos fixados. A resposta gráfica, a nível plástico e formal, traduz uma
intenção política, a cultura de uma sociedade, a expressão de um poder, enfim, um
SIGNIFICADO.
Procedimentos Iniciais
Legislação
Cada Regional está sujeita a uma legislação específica. É preciso analisar sempre as Leis
de Zoneamento, Uso e Ocupação do Solo e Código de Obras e verificar se a área objeto
de estudo está sujeita a melhoramentos (alargamentos de vias ) ou desapropriações.
Em alguns casos, é preciso aferir junto a outras estâncias (ex.: patrimônio histórico, Marinha,
Aeronáutica, legislação estadual e federal).
Briefing iniciai
O briefing não pode ser encarado como camisa de força. Ao receber a solicitação de
elaboração do projeto, o arquiteto inicia o seu trabalho simulando o projeto através de
modelos. Muitas vezes o briefing desejável é incompatível com as características do terreno
ou com a legislação, ou ainda, o produto possível é inviável em função do valor do terreno.
Aquisição do Terreno
Levantamento Pianialtimétrico/Sondagens
Cultura Locai
A Encol é uma empresa em constante expansão atuando de norte a sul do país. Em cada
Regional vamos encontrar costumes, padrões e tipologias de edifícios característicos.
O que é valor para uma Regional não é concebível em outra: Já imaginaram apartamentos
com lareira em Goiânia e Manaus?
Por isso é importante que arquitetos parceiros, quando projetarem para outras Regionais,
dediquem um tempo para conhecer outros empreendimentos executados pela Encol e peia
concorrência para "sentir" o que está acontecendo e avaliar o mercado.
Sistema Construtivo
Sempre que houver intenção de desenvolver a obra através de sistema construtivo não
convencional, os arquitetos devem ser antecipadamente informados.
Não se deve primeiro elaborar o projeto para depois adaptar o sistema. O projeto deve
nascer também para atender ao método construtivo.
Visita ao Local
É fundamental que o arquiteto visite o terreno. Lá ele conhecerá a tipologia dos edifícios da
vizinhança, o padrão do bairro, o meio ambiente local (ventos, fontes de ruído, insolação);
verificará a presença de atividades indesejáveis (indústria, funilaria), o sistema viário
(movimento das ruas, mãos de direção) e a presença de áreas notáveis nas proximidades
(praça, parque); enfim, conhecerá toda a potencialidade do local: os aspectos positivos e
negativos.
\J
NORTE
Circ. v«rtico)
« T
D Salas
S«rviço K Tarroco
Dormiírfrios
RUA RUA
Após a visita ao locai foi verifica que o levantamento estava correto, mas a situação
particular do local induzia a uma o. . a solução.
Isto porque no terreno B se torna impossível a execução de um prédio, mas somando-se
os lotes C, D e E será possível implantar um edifício.
\ j
NORTE
Por isto, é importante uma análise criteriosa feita pelo arquiteto, autor do projeto.
O mesmo acontece quando a Encol compra terrenos com plantas aprovadas. É preciso
que os dirigentes e gerentes regionais primeiro analisem o terreno sob cada um dos itens
apontados neste capítulo, depois avaliem qualitativamente o projeto, verificando-o
criteriosamente, segundo as referências e gabaritos para projetos da Encoi.
Concepção do Projeto
Briefing/Programa do Edifício
É preciso que os arquitetos parceiros tenham plena compreensão das faixas de mercado
do produto desejado, assim como os superintendentes e gerentes de produto regionais
tenham consciência das restrições legais e eventuais limitações impostas pelas várias
formas, dimensões e características de cada terreno.
Um bom projeto é fruto de objetivos (briefing) claros. Um programa bem formulado facilita
o ato de projetar, resultando um produto adequado. Um projeto não deve ser impessoal, é
importante que atenda aos anseios dos compradores em potencial, daí a importância de
identificar claramente o perfii do cliente desejado.
"Seremos ineficientes quando, por falsa economia, negamos ao cliente o prazer e orgulho
de suas realizações".
Partido Arquitetônico
9 O Briefing
9 O Processo
9 Os Modelos
Após a análise de cada um dos "modelos", o arquiteto escolhe aquele que mostrou melhor
desempenho. Passa-se então para a fase de'desenvolvimento do projeto.
H Decomposição dG Problema
do Probtema Sob-Ccntrcie
Às vezes o arquiteto, dentro de seu processo de selecionar "modelos", escolhe uma diretriz,
e só vai perceber muito na frente que a escolha foi inadequada, isto é comum. Só que as
idéias não se apagam facilmente. É preciso um "tempo" para "desligar", isto é, um tempo
para romper com aquele "modelo". Muitas vezes isto não é compreendido.
Um projeto pode "acontecer" em alguns minutos, às vezes em segundos, mas pode demorar
dias e às vezes até semanas.
Saber controlar este tempo depende da vivência de cada profissional, mas depende,
também, de não insistir em querer fazer de cada projeto uma nova "concepção", um novo
"modelo" de arquitetura. É preciso ter a clareza de quando é o momento oportuno para as
"novas" idéias.
Para cada ambiente, é necessário verificar quais os móveis e equipamentos que se pretende
colocar, mas é de fundamental importância analisar a posição de janelas, portas e armários.
íííííû*-:^
É importante também saber dosar o tamanho dos ambientes para cada faixa de mercado.
Precisamos ter em mente que, um projeto para uma sala da faixa AA não pode ser iguai a
um da faixa B.
Projeto Estrutural
Pré-Dimensionamento
O partido estrutural deve nascer junto com o partido arquitetônico. Neste sentido
apresentamos algumas referências para o dimensionamento do sistema estrutural,
permitindo maior segurança ao arquiteto para desenvolver seus estudos.
S Vigas
Nos edifícios de estrutura de concreto convencional a Encol adota para os pavimentos tipo
a_altura média de 55 cm (variação de 50 a 60 cm conforme a Regional) para as vigas,
podendo ter até três variações na largura. A largura adotada varia regionalmente em função
do tipo de alvenaria utilizada. Em princípio, a largura da viga é 1 cm menor que a largura
da alvenaria.
Como exemplo estamos citando São Paulo, que adotou para as vigas as dimensões de 11
x 55 cm, 13 x 55 cm e 18 x 55 cm em função da largura das alvenarias (9, 14 e 19 cm)
encontradas com maior facilidade e que são atualmente as mais econômicas. Cada uma
das larguras permite os seguintes vãos:
ü Balanços
Sempre que for inevitável no projeto grandes balanços (maior que 2,5 m ) as vigas deverão
ter sua secção aumentada no sentido de absorver os momentos, dando maior rigidez e
evitando deformações excessivamente prejudiciais.
11 Lajes
As lajes nos Edifícios Residenciais em padrões B, C devem ter vãos entre 3,5 a 5 m.
Em casos especiais nos padrões AA e A é possível adotar soluções com lajes cogumelos,
permitindo uma flexibilidade maior para variantes do apartamento tipo. No entanto, esta
solução exige pilares maiores, para absorver o efeito do vento.
H Pilares
O espaçamento e posicionamento dos pilares deve ser adotado em função dos vãos das
vigas e dos espaços necessários para as vagas na garagem. Tendo em vista que a largura
das vagas variam regionalmente (2,20_rn_em São Paulo, 2,50 m em Goiânia, por exgmploi
o espaçamento deve ser compatível a estas premissas. Para vagas de 2,5 m o vão mais
econômico é de 5,0 m, excepcionalmente 7,5 m. Para vagas de 2,2 m o vão de 4,4 m ou
6,6 m é considerado econômico.
a = 0,7 (A x Np)
a = Área da secção do pilar (cm2)
A = Área de influência do pilar (m2)
Np = Número de lajes sob a influência do pilar
No exemplo teremos:
_ „ . A + B , , C+ D
P5 = 0,/ ( — ) x ( — ) sx N p
P7 = 0 , 7 ( | x - | ) x N p
Em edifícios muito altos (15 pavimentos) ou esbeltos, em que a influência do vento é mais
significativa, devem sofrer acréscimo da ordem de 15/20%. Pilares junto a elevadores e
escadas podem ter a secção aumentada para absorver o efeito do vento.
H Alvenaria Estrutural
Em edifícios padrão C com até 12 pavimentos, é possível adotar como sistema construtivo
o uso de alvenaria estrutural armada ou não armada (portante), a partir de uma malha do
modular de 15 x 15 cm em função dos blocos de concreto de 14,5 x 29,5 x 19 cm.
M Transições
Comentários Gerais
Nem sempre é possível conciliar largura de vigas, piiares e alvenarias entre si.
colocar a saliência do
lado externo tirando
partido arquitetônico da Dormittwio -
fachada, evitando-se
assim problemas no uso Sala Sala
interno.
lncompativ«( Compatível
Pilares internos
Dormitórios/
Armários
•1 •
b D
/
t — í l i
Incompatível Compatível
m
Banheiros O o-
I
Is
I X
" O
> O
Incompatlv»!
o
Ih
Compatível
o
Forro reboisGdo
• Verificar sempre a necessidade de prever furações nas vigas para saída de coifas,
aquecedores e passagem de tubulações, quando necessário.
B Hidrantes
PRUUCA CC
CAX
IA Cg N
I CgNOO
I
H Extintores
\
M Sprinkiers
Gás
Inicialmente deverá ser verificado se a área é sen/ida por rede pública ou se existe rede nas
proximidades, ou ainda, se há previsão de expansão da rede.
Caso não exista rede pública de gás, deverão ser previstas baterias de gás de bujão (GLP)
de 45 Kg ou 90 Kg no pavimento de acesso.
Dependendo das
distâncias, devem subir
pelas áreas comuns
derivando em cada
pavimento para cada
unidade.
Deverá ser previsto um medidor para cada apartamento do pavimento, dotado de duto de
ventilação até a cobertura com 4". ~
Módulo de Medidores:
T
2«
40-60 35
Medição Coletiva
A solução convencional é adotar uma prumada parcial (até a metade do edifício) para os
andares mais altos, uma prumada descendo direto até o teto do PUC ou garagem, onde
fica a válvula de redução, retornando até a metade inferior do Edifício.
Em geral é locada junto à prumada de incêndio ou nos cantos dos patamares da escada.
Águas Pluviais
» Observação - Deverão ser estudadas condições para que colunas de águas pluviais
desçam de forma retiiínea, evitando-se desvios tanto na cobertura como no térreo
(pontos de conflito).
Telefonia
9 Quadro de Distribuição
Deve ficar sempre no hall de serviço articulado à escada. Não pode ser embutido em parede
corta-fogo. ~ "
Para se saber a dimensão exata de cada caixa deverá ser efetuado um estudo sobre o
número de pontos acumulados.
Para efeito de previsão deverá ser adotada a caixa de 0,40 x 0,40 x 0,12 m (até 100 pares)
e de 0,60 x 0,60 x 0,12 m (acima de 100 pares). Em casos excepcionais, em edifícios altos,
será de 0,80 x 0,80 x 0,12 m.
Nos edifícios de padrão AA e A é sempre bom prever no subsolo local para gerador que
atenda áreas comuns, elevador de serviço, parada do elevador social no térreo e sistema
de bombas (água) e exaustão mecânica (se for o caso).
Uma caixa de medição tem condições de atender de diversas formas e conceitos um número
variável de apartamentos, podendo inclusive ficar em pavimentos alternados, como
mostramos a seguir:
Além da caixa de medição deverá ser previsto um espaço para a caixa de passagem para
derivação dos alimentadores.
Comentários Gerais
IO/ 12
INCOMPATÍVEL COMPATÍVEL
HPOTESE I
HSPÓTCSE II
Instalações Hidráulicas/Elétricas (áreas privativas)
Instalações Elétricas/Telefônicas
Elétrica
® Evitar a colocação de quadro de distribuição elétrica do apartamento em áreas de
difícil acesso e em locais onde possivelmente serão colocados equipamentos ou
móveis (daí a importância do lay-out)^ Não colocar^mjocais nobres. A preferêncja
j f e j y g s j j j f p o r ggzjj] ha S: áreas de serviço (nãs~árêã^da^Ccujação), vestíbulos
corredores, nunca em paredes sob/sobre vigas.
• O lay-out do mobiliário de apartamento tipo deve ser analisado sob diversas hipóteses
e usos. Deve também ser colocado o sentido de abertura de portas para que os pontos
de elétrica sejam posicionados da forma mais eficaz, sem provocar erros comuns
como interruptores atrás das portas, ou não permitir a colocação de armários
:
embutidos. ~
a a
Telefone
® Caixas Internas <g e
Cs. 4mx 4a
60 a 150 L 200a
«nlrgdg d« 300 Lern
' agua fria 150 L cm 225 Lern
/
fe A 60 70 80
/
Ni B 46 56 63
toda d« áquo gujnjj
C 55 65 70
s n t r a d a d« o q u o frig
H Aquecedor de Passagem
(Tipo Junkers)
Prumadas
Alternativa 1 Alternativa 2
Tubulogõa
.Tijolo mocyo
«n sspaiho
Tubulação
Vantagens Vantagens
Não perde área útil dos ambientes. Evita-se o risco de a tubulação ser
Fácil execução. furado.
Desvantagens Desvantagens
Recomendações
Deve-se evitar colocar as prumadas no centro de paredes que fazem divisa com outros
ambientes (dormitórios, salas), minimizando-se assim os riscos de furar tubulações.
Proj. armorio
Registros
O shaft é um poço vertical fechado que passa por todos os pavimentos, inspecionável em
toda a sua extensão, destinado a abrigar as prumadas principais da edificação sujeitas a
manutenção.
A idéia da utiiização do shaft não é absolutamente nova para a Encol. Tem sido em alguns
casos utilizada incorretamente, originando alguns problemas como poços sem qualquer
inspeção e tubulações inteiramente soltas, sujeitas aos mais variados esforços. Quando
surge vazamentos, fica impossível localizar em que trecho o mesmo ocorreu.
Os shafts devem ser localizados de modo a permitir o máximo de inspeção na sua extensão
vertical.
Quando posicionados nas áreas comuns, como circulações e halls dos pavimentos, são
utilizados para as seguintes prumadas:
© Prumadas elétricas
• Prumadas telefônicas
® Colunas de hidrantes
® Prumadas de esgoto secundário (máquina de lavar roupa e tubo de gordura das pias)
| V.F.
ESS.
VENT.
PAINEL REMOVÍVEL
M Inspeções
S Vantagens
Execução
Manutenção
A utilização do shaft permite uma manutenção preventiva e corretiva mais rápida e eficiente
para:
S Desvantagens
• A inspeção do shaft deverá estar sempre voltada para a sua face maior, de modo que
possamos ter acesso a todas as tubulações.
® Os shafts poderão ter eventualmente inspeções voltadas para saias, quartos, desde
que tratadas, mas não em locais com previsão, armários ou bancadas de cozinha.
® No pavimento mais baixo L onde estão os shafts, deverá ser previsto um dreno capaz )
" d e~propcTrcionar~õ e s g g t a m ê n t õ ~ d ¥ l ^ i ^ i j õ i ^ 1no3Isj3.-d_e.rvázãrnep,tc
1 'aé unriidas~
^ _ i ^ i .,,,. _ ^ ' ———— —— , —___ ^
prumadas ou cçlunas.
® O shaft deverá ter dimensões tais que permita a fácii montagem das conexões e
condição de fácil manutenção. Não colocar prumadas e colunas em duas camadas.
© Não colocar nos shafts tubos de alimentação de gás (GLP cu rua) bem como exaustão
de aquecedores de combustão.
Paredes Hidráulicas
As paredes divisórias das cozinhas, banheiros e áreas de serviço podem conter tubulações
destinadas à:
Chuveiros e Bacias
Lay-outs de banheiros que apresentarem bacias e chuveiros na fachada devem ser
revistos, procurajido deixar soJavalónos-voltadciS-para^Li
(parede dupla).
Ralos
Os ralos que coletam as ágjjas_deJavageiii_dos banheiros e das áreas de servigo
Tilõ^evemje^ocalizado^m^áreas-d^-ctfculação e-pefmanênciaL Preferencialmente^
licãrfTjuntõ^õ^cantos dasparedes, principalmente em_box de chuveiro.
Elevadores
É importante, principalmente em edifícios altos, proceder o cálculo de tráfego para
dimensionar corretamente a caixa de elevadores na fase de concepção de projeto, segundo
as normas da Ene
Visando o conforto dos clientes, deve-se atender as seguintes velocidades (conforme tabela
anexa).
N° Paradas Velocidade (m/min)
até 08 45 (*)
09 a 14 60
15 a 19 75
> 20 90
(*) Para faixa da mercado A ou AA, mínimo de 60 m/min
Ar Condicionado
Em regiões de ciima muito quente ou frio, soluções de controle do conforto ambiental
através de varandas, brises, janelas adequadas, e mesmo ventilação cruzada, nem sempre
são satisfatórias. Por isso a necessidade de condicionadores de ar.
Para minimizar o problema, apresentamos algumas alternativas de sistemas que podem ser
adotadas, as suas vantagens e desvantagens, bem como suas consequências no
pavimento tipo.
Briefing
A Regional deverá definir os ambientes que terão aparelhos de ar condicionado com base
no:
Após estas definições, o parceiro responsável pelo projeto das instalações elétricas deverá
proceder o cálculo da carga elétrica, para verificar se o sistema adotado, ou, no caso de
aparelhos de janelas, o número de pontos considerado, é economicamente viável.
Às vezes, com pequena diminuição do número de aparelhos ou mudança de sistema,
evita-se cabines de subestação.
São aqueles em que o resfriamento é feito diretamente por gás refrigerante (freon), que
evapora dentro da serpentina. Podem ser:
São de capacidade pequena, até 21.000 BTU/h, podendo chegar a 30.000 BTU/h (2,5 TR)
para o tipo mini-central. Atendem perfeitamente ambientes pequenos (dormitórios, salas).
Para sua aplicação, é necessário que a parte do condensador sempre fique do lado de fora,
preferivelmente em locai bem ventilado.
7000 BTUs
Observações » 1— 1
R ^
F WC)
O s a p a r e i h o s não devem_ser
"!Txados~~em caixiTTTõs7~põ]s~
( H
aumenta o ruioor ? R—
Vantagens
• Custo menor.
• Dispensa dutos.
o Controle de temperatura para cada ambiente.
Desvantagens
Localização
Alternativa 1 Alternativa 2
A alternativa 1 é a mais simples, mas em geral traz problemas para solucionar a fachada e
o dreno.
ü Air Spiit
Dimensões Básicas
Unidad« corcUrmadcra
Vantagens
Desvantagens
® Maior custo.
® Necessidade de ponto de dreno para unidade evaporadora.
H Spirt Sisíem
É constituído de uma unidade condensadora com necessidade de contato com área externa
e unidade evaporadora.
Vantagens
• Nível de ruído baixo no ambiente condicionado.
• Custo relativamente baixo.
• Não requer muita infra-estrutura.
Desvantagens
Obs. Dimensionar para cada caso com o parceiro responsável pelo projeto de ar
condicionado.
M Sistema "Self-Contained"
Podem ser por condensação a ar ou a água. Não é muito recomendável para apartamentos
pois apresentam níveis de ruídos e consumo de energia muito altos, sendo recomendável
para grandes áreas (lojas, escritórios).
• Fan Coii
É o sistema mais eficiente com melhor controle de temperaturas, porém de custo maior.
Seu uso é limitado a apartamentos da faixa AA.
É constituído de pequenas unidades "Fan Coii" para cada ambiente (1 a 2 TR) podendo
ficar no teto, em forro rebaixado; e no peitoril, possibilitando grande flexibilidade.
As unidades individuais são ligadas a uma unidade de água gelada (Chiiler), que pode ser
individual, em geral localizado em compartimento fechado junto a área de serviço, sendo
necessário porém, a troca de calor e ar com ambiente externo.
Em grandes sistemas é possível usar uma única unidade central (Chiiler) com torres de
arrefecimento e bombas lacalizadas na garagem^gsta soluçãojmplica em rateio de custos
a nível de condomínio que em geral causa grandes problemas.
Exaustão Mecânica
O sistema de ventilação mecânica para banheiros e até cozinhas é comumente adotado
nos países mais desenvolvidos (EUA/Europa), uma vez que permite soluções mais
compactas e flexívejSL Obtém-se, assim, um númerojgenoLde ambientes voltados para a
fachada, resultando_num índice melhor de compacidade^
H Sistemas
1. Axial
2. Centrífugo
® Ventilação coletiva.
® Duto de saída vertical.
Sistema individuai
O sistema individual apresenta uma grande inconveniência. Os dutos têm que cruzar outros
ambientes, através de forros rebaixados, e também a necessidade de furacões de vigas e
grelhas nas fachadas. É o menos recomendável.
Sistema Coletivo
No caso do sistema de dutos verticais coletivos, é necessário prever um local de fácil acesso
para os ventiladores (de preferência junto aos barriletes). Deve-se centralizar e unificar os
dutos verticais para se obter o menor número de ventiladores. É necessário preversempre__
dois ventiladores (um sempre de reserva).
Vantagens
Desvantagens
Observação:
Lareiras/Churrasqueiras
Para os apartamentos dotados de lareiras e churrasqueiras existem dois sistemas de dutos
verticais:
Dutos Individuais
São previstos dutos individuais para cada apartamento, geralmente com diâmetro de
20 /25 cm, exigindo assim um grande espaço vazio para acomodar todos os dutos verticais.
Recomendações:
• O dimensionamento da lareira é proporcional ao tamanho do ambiente e à altura do
edifício.
® É necessário consultar catálogos de fabricantes para maiores detalhes.
Loreirg/chufroaaueiro
Dutos Coletivos
Lareira /
Churrasqusira
Este sistema permite que o ar quente se desloque inicialmente por um dos dutos
secundários até atingir o andar superior, quando o ar quente é transferido para o duto
principal. No pavimento superior, o ar quente percorre o duto oposto, seguindo o mesmo
processo.
ü Ventilação
Garantir sempre a ventilação cruzada nos ambientes, possibilitando maior conforto aos
usuários, observando as seguintes disposições de aberturas conforme o fluxo do vento:
| v '
-
Q
•11111II
R f e n D
flBlllillH Ir b
11 U
Orientação dos Ambientes
Com base na latitude, e nas condições térmicas de cada região apresentamos a seguir um
quadro (1) de orientação para cada ambiente:
] Mio se necouspioA
Q = Quente
C = Confortável
F = Frio
D = Dia
N = Noite
Padronização de Esquadrias
Visando melhorar a qualidade das obras e obter um controle de custos mais eficiente, a
Encol está padronizando as esquadrias de alumínio, ferro, madeira e guarda corpos.
Detalhes Construtivos
O
DETALHE. PEITORIL TERRAÇOS
F T » « U U 04 LARGURA 00
LC = LP »"i I cm.
LC s LARGURA CORREDOR
LP = LARGURA PORTA
r 1
T I rr 1 1
4 - -
DET A
DET. A
PLANTA FLANTA
O Espaço Residencial
O rápido crescimento das grandes cidades tem provocado um aumento significativo nos
custos dos terrenos, tornando-se muito representativo no valor de venda dos imóveis.
Assim sendo, existe uma tendência a "compactar" cada vez mais os apartamentos,
permitindo maior número de unidades por terreno, otimizando desta forma o seu
aproveitamento.
Por outro lado, a vida moderna necessita de novos espaços para acomodar um número
maior de eletrodomésticos (geladeira, freezer, microondas, máquina de lavar roupa, louça,
máquina de secar). Podemos ainda notar, nas últimas décadas, o aparecimento de um
número maior de banheiros por unidade (suíte master, suítes, lavabos). Um dos motivos é
, o _^status^_Qutror_é-a-aecessidade de usos simuJtâneos nos horáriosJjgj3icc^^
para escola, trabalho, etc.).
Esta dicotomia tem exigido dos arquitetos um controle maior da organização do espaço
interno e principalmente das áreas gastas com circulação, não só de corredores, halls, mas
também nos espaços de utilização de cada ambiente,_Mos_casos_dos banheiros^sep.arar
asfunções é uma f o r m a t e resoiveLQ43TObieffla^e4empo T 4a^multa^idade, sem aumentar
custos.
Temos encontrado muitas vezes, nos "folders" de lançamentos, plantas com mobiliário em
dimensões totalmente incompatíveis. É bom lembrar que com a nova Lei de Defesa do
Consumidor este tipo de "erro" poderá trazer más consequências. Por isto, recomendamos
aos responsáveis por vendas, marketing e produto tomar os devidos cuidados quando da
preparação dos folhetos de venda.
Embora exista uma variação muito grande de dimensões dos mobiliários, fruto até de /
"estilos" dos móveis, apresentamos a seguir os mais usuais. Para banheiros, cozinhas e
J
áreas de serviço consulte os cadernos específicos. ~ "
Sofa d® 2 o 3 lugarsa
M e s a s - refeições/reuniões
Cama d e solteiro, c a s a l e b e l i c h e
1 1 Nk.
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Closet
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pratolsira
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CLOSET
Lay-outs/Dimensões Mínimas de Ambientes
• As aberturas de portas devem ser locadas de forma a não dificultar e impedir o uso
adequado de cada ambiente.
« As aberturas, principalmente de janelas, devem estar locadas de tal sorte que permita
distribuir o mobiliário sem dificultar o acesso à elas.
SALA DE ESTAR/JANTAR
SAU* DE ESTAR / JANTAR
560
90 210 220 .4°L
SALA DE ESTAR
SALA C€ ESTAR/JANTAR
390
5 60
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Apartamento de Cobertura
Os apartamentos de cobertura apresentam algumas complexidades e características que
os diferenciam fundamentalmente dos apartamentos tipo:
"Modelos"
São inúmeras as variáveis e "modelos" que podemos apontar. Basicamente, os
apartamentos são Duplex e o que os distingue são os tipos de acesso por elevador,
influenciando diretamente na distribuição física do programa do apartamento. Temos,
portanto:
Escadas
Um dos pontos mais críticos de um apartamento de cobertura é a escada que interliga os
pavimentos. Tendo em vista que a grande maioria das soluções adotadas conserva o
apartamento tipo no pavimento inferior do duplex, o "surgimento" de uma escada traz
problemas sérios.
Cuidados Especiais
® Procurar manter instalações hidráulicas no mesmo prumo das do pavimento tipo
® Estudar com muito cuidado os desvios das prumadas de água fria, esgoto, ventilador e
exaustão mecânica.
tlmaj^jsol^ o adotadjag^jLmimeiite^
inferior e superioj^jejinitindo^ assim promover os desvios necessáriosno íeícTcJõ~
pavimento inferior. E necessário prever forro em todcTo pavimenta
EMPREENDIMENTO
Nome:
CHECK-LIST OK NÃO OK
EMPREENDIMENTO
Nome:
DIRETRIZES DE P R O J E T O
CHECK-LIST OK NÃO OK
Geral
EMPREENDIMENTO
Nome:
CHECK-L1ST OK NÃO OK
Banheiros e lavabos
- Existência de espaços mínimos conforme recomendado pelos cadernos da dipro
- Existência de área íntima para box de 0,80 x 0,80 m
- Banca de lavatório com dimensões compatíveis e permitindo instalação de armário
- Existência de "Bits" (ressaltos) no box - mínimo 3 x 3 cm
i.pf-a^ar.ão de registros de chuveiro em locajj^esskel^-evitãndouiisihar o corpo
- Existência de espaço para a instalação de espelho
- Atendimento ao briefing quanto aos equipamentos
Instalação de bomba para banheira_de hidromassagem com fácil acesso e supressor
acóstteo-
Cozinha e área de ser/iço
- Existência de espaços mínimos conforme recomendado pelos cadernos da DIPRO
- Existência de espaço e instalações adequados para o aquecedor de acumulação
- Atendimento ao briefing quanto aos equipamentos,
Observação:
EMPREENDIMENTO
Nome:
DIRETRIZES DE PROJETO
CHECK-LJST OK NÃO OK
Existência de condições de contraventamento compatíveis com o índice de esbeltez
da torre
Inexistência de piiares interferindo nas vagas de garagem
Inexistência de transição na estrutura e escadaria
Existência de balanços inferiores a 2,50 m
Previsão de rebaixos em halls sociais revestidos com granito, mármore ou pedra
(cerca de 3 cm)
Alturas de vigas compatibilizadas com esquadrias
Existência de laje do subsolo sen/indo de fundo para a piscina
Existência de lajes com espessuras otimizadas e iguais para o pavimento tipo
Existência de compatibinzagáo entreestrutura da t o rre_ e_ carag em com cisterna e
simudouro ~ ~ ~ ~ ~ " " "
Observação:
EMPREENDIMENTO
Nome:
DIRETRIZES DE PROJETO
Não projetar coluna única de água fria para atender válvulas de descargas e demais
apareihosjgxceto W.C, de empregada e lavabo)
^^rojetarjgserva^^ com duas câmaras,
Nãg_eD2jfiíaJ^CQÍunas de esgoto de máquina de lavar roupas conectado com o rajoj
Srea^dejerviço
Prever uma só caixa sifonada para banheiro de empregada
Não colocar colunas em paredes de fachadas
Evitar tubulação e/ou peças sanitárias em paredes com vigas
Sempre que as medições se localizarem no subsolo ou térreo, devem ser
concentradas
Prever ponto de luz sobre os lavatórios
Não colocar prumadas em paredes de caixas de elevadores
Não colocar quadro elétrico de distribuição ou caixas de distribuição de telefone sob
vigas
Prever shafts (visitáveis ou não)
Localizar cordoalha de pára-raios nas fachadas secundárias
Utilizar mesma tubuiação/enfiação de iluminação normal de escadas para iluminação
de emergência
Prever pontos para antena coletiva de tv e de interfone
CHECK-LIST OK NÃO OK
EMPREENDIMENTO
Nome:
CHECK-LIST OK NÃO OK
Localização do hidrômetro de acordo com as determinações da concessionária
Existência de espaços suficientes para atender a proteção contra a chuva, operação
e manutenção de equipamentos de tratamento de água da piscina
Localizaçãode ralo_no boxj^óximo a parede (entre 15e 20 cm)
Existência de espaços suficientes para casa de bombas de recalque de água potável
^ Pédir^ojTOis_aito 20 cm nos pavimentqs_quecontenham passagemde tubulação
dêliguãe esgHõ~cisõs^e^partamentõ~dê^õ5êrtíj^ etc ~
Dimensionamento de raios e colunas de águas pluviais compatíveis com a área de
captação
Existência de coluna de águas pluviais para varandas
Existência de poço coletor de águas pluviais no subsolo, com espaços suficientes
para funcionamento e manutenção
Existência de espaços suficientes para colocação dos medidores e colunas de gás
(no térreo ou nos pavimentos tipo)
Existência de espaços suficientes para instalação da central de gás
Existência de uma caixa de telefone por ambiente íntimo ou social
Suficiência de pé-direito (25 cm mais alto) para instalação de ar condicionado central
Livre acionamento dos interruptores em relação a abertura das portas
Localização de quadro de distribuição em áreas de ser/iço ou cozinhas
Quantidade suficiente de tomadas por ambiente, atendendo a F.M.
Adequação ao briefing
Adequação à planta humanizada (pontos x equipamentos)
CHECK-LIST ELEVADORES
EMPREENDIMENTO
Nome:
DIRETRIZES DE PROJETO
CHECK-LIST OK NÃO OK
EMPREENDIMENTO
Nome:
DIRETRIZES DE PROJETO
Projetar peitoril de esquadria no box de banheiro com altura compatível com o uso
Conceito:
Esquadrias e guarda-corpos padronizadas são os que constam dos cadernos da
divisão de indústrias da Encol
CHECK-LiST OK NÃO OK
EMPREENDIMENTO
Nome:
DIRETRIZES DE PROJETO
Observação:
EMPREENDIMENTO
Nome:
DIRETRIZES DE P R O J E T O
Observação:
Contribuíram também:
Henrique Cambiaghi
1950-São Paulo-SP
« Sócio titular da CFA Cambiaghi Arquitetura Ltda, com projetos de edifícios para fins
Educacionais, de Saúde, Esportivos, de Transporte, Lazer, Administrativos, Industriais,
Comerciais e Residenciais. Para o mercado imobiliário já projetou 80 edifícios de
apartamentos (4 Fiats) e 20 edifícios de escritórios (8 edifícios sede/empresas). Em 20
anos de atuação profissional venceu 5 concursos, tem cerca de 350 projetos elaborados,
180 obras executadas com 1.800.000 m2 de área construída.
Tadeu Baptista
1952 - Rio de Janeiro-RJ