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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..................................................................................... 4
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5.1 Principais Conflitos na Gestão de Pessoas na Construção Civil . 57
6 BIBLIOGRAFIA .................................................................................. 59
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1 INTRODUÇÃO
Prezado aluno!
Bons estudos!
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2 PROJETO DE ENGENHARIA
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Essa listagem poderia ser simplesmente ampliada; assim sendo, é
interessante perguntar: existem elementos comuns nas situações dos engenheiros
ou nas formas como realizam seus projetos? Na verdade, existem características
comuns tanto em suas situações como em seu trabalho de projeto e essas
características tornam possível delinear um processo de projeto e o contexto no
qual ele acontece (CLIVE L. et al., 2010).
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distinta com os clientes internos e externos, em qualquer caso é o cliente que exibe
um problema ou uma exibição de projeto a partir do qual tudo mais deriva. As
apresentações do projeto estrutural podem ser orais e repetidamente são muito
curtas. Essas duas qualidades insinuam que a primeira tarefa do projetista é
elucidar o que o cliente verdadeiramente quer e modificar isso em uma forma
favorável para ele, como projetista de engenharia (CLIVE L. et al., 2010).
O usuário é o terceiro agente ou envolvido no esforço de projeto. Nos
contextos mencionados anteriormente, os usuários são, respectivamente, os
consumidores que adquirem o novo suco de frutas, os motoristas que estão no novo
sistema viário interestadual, os motoristas da nova linha de automóveis e os alunos
com deficiências ortopédicas (e seus professores). Os usuários participam no
processo de projeto, pois um produto não seria vendido se seu projeto não
atendesse suas necessidades. Assim, o projetista, o cliente e o usuário formam um
triângulo, como mostrado na Figura 1.1. O projetista necessita compreender o que
o cliente quer, mas o cliente também carece entender o que seus usuários precisam
ou o que o mercado quer e comunicar isso ao projetista (CLIVE L. et al., 2010).
Além disso, existe um envolvido que ainda não mencionamos: o público.
Isso acontece em parte porque o público está implicitamente incorporado na noção
de usuário. É interessante incluir a noção de um público que é afetado por um
projeto tanto quanto (ou mais do que) os usuários que já identificamos, pois isso
sugere que podemos confrontar as questões éticas em tais projetos estruturais.
Também é relevante notar que, comumente, o cliente fala em nome dos usuários
almejados, embora nenhuma pessoa que tenha sentado na poltrona apertada da
classe econômica de um avião tenha perguntado às empresas de aviação e aos
fabricantes de avião quem eram seus clientes! Conforme descrito antes, os
projetistas de engenharia trabalham em diferentes tipos de ambientes, incluindo
pequenas e grandes empresas, empreendimentos em início de atividade, governo,
organizações sem fins lucrativos e firmas de serviços de engenharia (uma das quais
é a consultoria de projeto industrial). Sem considerar os salários e privilé
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Figura 1.1 O triângulo projetista-cliente-usuário. Existem três partes envolvidas em um
esforço de projeto: o cliente, que tem objetivos que o projetista precisa esclarecer; o usuário
do equipamento projetado, que tem seus próprios requisitos; e o projetista, que deve
desenvolver especificações de modo que algo possa ser construído para satisfazer a todos!
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Basta admirar os muitos tipos distintos de arranha-céus de nossas
principais cidades para ver como os arquitetos e engenheiros estruturais idealizam
distintas maneiras de alojar pessoas em escritórios e apartamentos. Diferenças
visíveis também nascem no projeto de aviões (Figura 1.2) e no projeto de cadeiras
de rodas (Figura 1.3). Cada um desses equipamentos pode resultar a partir de uma
exibição de projeto simples e comum: os aviões são “equipamentos que levam
pessoas e bens pelo ar” e as cadeiras de rodas são “equipamentos pessoais móveis
para conduzir pessoas inábeis de usar as pernas”. Contudo, os distintos produtos
que têm aparecido representam distintos conceitos do que os clientes e os usuários
desejavam (e do que os projetistas entenderam que eles ambicionavam!) desses
equipamentos. Os projetistas necessitam elucidar o que um cliente ambiciona e
transformar esses desejos em um produto de engenharia (CLIVE L. et al., 2010).
O triângulo projetista-cliente-usuário também nos induz (a) a reconhecer
que os interesses dos três participantes podem divergir e (b) a considerar que as
consequências dessa divergência podem significar mais do que problemas
financeiros resultantes do fracasso em atender as necessidades dos usuários. É por
isso que a interação de vários interesses gera uma interação de várias obrigações,
e essas obrigações podem estar em conflito. Por exemplo, o projetista de um
recipiente de suco de frutas poderia considerar latas de metal, mas latas
“esmagadas” facilmente podem ser um perigo se surgirem bordas afiadas durante
o esmagamento. Poderia existir compromissos entre as variáveis de projeto,
abrangendo o material do qual um recipiente é feito e a espessura do recipiente. As
escolhas feitas no projeto final poderiam refletir com facilidade distintas avaliações
dos possíveis perigos à segurança, os quais, por sua vez, poderiam pôr a base de
problemas éticos em potencial. Os problemas éticos, acontecem porque os
projetistas têm obrigações não somente com os clientes e usuários, mas também
com sua profissão e, conforme detalhado nos códigos de ética das sociedades de
engenharia, com o público em geral. Assim, os problemas éticos sempre fazem
parte do processo de projeto (CLIVE L. et al., 2010).
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Outro aspecto da prática de projeto de engenharia, cada vez mais comum
em projetos e empresas de todos os tamanhos, é o uso de equipes para fazer o
projeto. Muitos problemas de engenharia são inerentemente multidisciplinares (por
exemplo, o projeto de instrumentação médica); portanto, há necessidade de
entender os requisitos dos clientes, dos usuários e das
Figura 1.2 Alguns “equipamentos que transportam pessoas e bens com segurança pelo ar”;
isto é, aviões. Nenhuma surpresa aqui, certo? Já vimos muitos aviões (pelo menos em fotos
ou filmes), e mesmo estes, embora de épocas e origens diferentes, mostram que foram
projetados para cumprir missões muitos distintas.
tecnologias em vários ambientes distintos. Isso, por sua vez, ordena que
estejam montadas equipes para tratar desses distintos conjuntos de necessidades
ambientais. Claramente, o uso conquistado de equipes afeta o gerenciamento dos
projetos estruturais (CLIVE L. et al., 2010).
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2.2 Um vocabulário elementar para projeto de engenharia
Já está claro que a palavra projeto é utilizada como substantivo (s) e como
verbo (vb). O Webster’s New Collegiate Dictionary determina as duas utilizações
como:
projeto • s: um plano ou esquema mental no qual são esboçados meios
para atingir um fim; a organização de elementos que entram nas produções
humanas (como de arte ou maquinário).
projetar • vb: conceber e planejar na mente; criar para uma determinada
função ou fim.
Os pontos por trás dessas duas definições são claros: projetar está
relacionado a pessoas planejando e criando atitudes de produzir coisas que atinjam
algumas metas conhecidas (CLIVE L. et al., 2010).
Existem várias definições distintas para projeto de engenharia na literatura
e uma variação considerável nas maneiras pelas quais as ações e os atributos de
projeto são descritos pelos engenheiros. (CLIVE L. et al., 2010).
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Figura 1.3 Uma coleção de “equipamentos pessoais móveis que transportam pessoas incapazes de usar
as pernas”; isto é, cadeiras de rodas. Aqui, assim como acontece com os aviões, vemos algumas diferenças nítidas
nas configurações e nos componentes dessas cadeiras de rodas. Por que as rodas são tão diferentes? Por que as
cadeiras de rodas são tão diferentes?
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2.3 Nossa definição de projeto de engenharia
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relacionadas, contribuindo para uma ação maior Falando de modo simples, as
funções são as coisas que um equipamento ou sistema projetado deve fazer. As
funções de engenharia abrangem a transferência ou o fluxo de energia, informações
e materiais. Note também que concebemos a transferência de energia muito
vastamente: isso abrange forças de apoio e transmissão, o fluxo de corrente, o fluxo
de carga, etc (CLIVE L. et al., 2010).
meio • s: uma entidade, instrumento ou método usado para alcançar um
fim. Apesar de não ser reconhecido explicitamente em nossa definição de projeto
de engenharia, o meio é relevante, pois nesta situação se refere a um modo de fazer
uma função ocorrer (CLIVE L. et al., 2010).
objetivo • s: algo para o qual o esforço é dirigido; um propósito ou fim da
ação Em nosso contexto, objetivo está de acordo com sua utilização comum (CLIVE
L. et al., 2010).
restrição • s: o estado de ser examinado, restrito ou forçado a evitar ou dar
cumprimento a alguma ação. Esta definição também é o que esperaríamos do uso
padrão. É importante destacar que as restrições são muito importantes no projeto
de engenharia, pois impõem limites incondicionais que, se infringidos, significam
que um projeto proposto é simplesmente inaceitável (CLIVE L. et al., 2010).
Note que os alvos de um projeto são totalmente independentes das
restrições atribuídas ao projeto. Os objetivos podem ser inteiramente alcançados,
podem ser atingidos até certo ponto ou podem não ser atingidos. Por outro lado, as
restrições são binárias: ou são satisfeitas ou não são satisfeitas; são preto ou branco
e não existem estados intermediários. Assim, se ficássemos projetando um
debulhador de milho para fazendeiros nicaraguenses, para ser edificado de forma
não dispendiosa a partir de materiais nativos (locais), um objetivo poderia ser que
ele fosse o mais barato possível, enquanto uma restrição poderia ser que não
valesse mais de US$20.00. Fazer o debulhador a partir de materiais nativos poderia
ser um objetivo, fosse uma característica desejada, ou uma restrição, se fosse
definitivamente obrigatória (CLIVE L. et al., 2010).
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Nossa definição de projeto de engenharia diz que os projetos emergem a
partir de um processo inteligente e sistemático. Isso não é para negar que o projeto
é um processo criativo. Contudo, ao mesmo tempo, existem técnicas e ferramentas
que podemos usar para apoiar nossa criatividade, para nos ajudar a pensar mais
claramente e para tomar melhores decisões pelo caminho. Essas ferramentas e
técnicas, que compõem grande parte do Projeto assunto deste livro, não são
fórmulas ou algoritmos. Em vez disso, são maneiras de fazer perguntas e de
apresentar e examinar as respostas à medida que o processo de projeto se
desenrola. Também exibiremos determinadas ferramentas e técnicas para o
gerenciamento de um projeto estrutural. Deste modo, ao evidenciarmos modos de
pensar sobre um projeto à medida que ele se desenvolve em nossa mente, também
falaremos sobre modos de aplicar os recursos necessários para terminar um projeto
estrutural em tempo e dentro do orçamento (CLIVE L. et al., 2010).
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equipamentos cuja função é juntar os membros individuais de cada par. Contudo,
se fôssemos dar início com uma exibição do propósito de que aspiramos fixar uma
placa na outra, não existiria um vínculo ou inferência que pudéssemos utilizar para
criar uma forma ou feição de um dispositivo de fixação. Ou seja, saber que
almejamos arranjar a função de fixar duas placas não nos leva a (nem mesmo
sugere) uma das formas de emendas, grampos, rebites ou cola (CLIVE L. et al.,
2010).
A relação entre forma e função é relevante no entendimento dos aspectos
criativos do projeto. Se pudermos emitir sistematicamente todas as funções que um
equipamento deve dar cumprimento, então poderemos ser criativos no
desenvolvimento das formas dentro das quais essas funções podem ser cumpridas.
Nesse sentido, a utilização uso de processos pensados e organizados complementa
o lado criativo do projeto (CLIVE L. et al., 2010).
Existem comparativos disponíveis para aferir como almejamos que um
projeto se comporte e para medir de maneira implícita o progresso feito em direção
a um projeto bem-sucedido. Esses comparativos derivam de um processo de
questionamento que se inicia com o projetista:
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com nosso entendimento das “melhores práticas” de projeto de engenharia, de
acordo com o que é feito recentemente no setor. Assim:
Métrica s: um padrão de medida; no contexto do projeto de engenharia,
uma escala na qual o cumprimento dos objetivos de um projeto pode ser medido e
analisado A métrica fornece escalas ou réguas nas quais podemos medir até que
ponto os objetivos são alcançados. Para fornecer um exemplo verdadeiramente
simples, vamos supor o objetivo de ser capaz de saltar 10 metros. Uma métrica para
um salto daria 1 ponto para cada metro saltado, de modo que um salto de 2 metros
valeria 2 pontos, enquanto um salto de 8 metros valeria 8 pontos e assim por
perante. Nem todos os objetivos são quantificados com essa facilidade e nem todas
as medidas são feitas tão facilmente. Assim sendo, existem questões interessantes
que necessitam ser consideradas quando falamos sobre métrica em profundidade
(CLIVE L. et al., 2010).
requisito(s) s: coisa(s) almejada(s) ou necessária(s); coisa(s)
fundamental(is) para a existência ou ocorrência de algo; no contexto do projeto de
engenharia, as exibições de engenharia das funções que carecem ser expostas e
dos atributos que devem ser apresentados por um projeto. Os requisitos de projeto,
repetidamente chamados de especificações de projeto, são explanados de várias
formas, dependendo da natureza dos requisitos que o projetista escolhe para
enunciar. Os requisitos de projeto podem explicitar: valores para atributos de projeto
em particular, procedimentos usados para calcular atributos ou o comportamento
do projeto, ou níveis de desempenho do comportamento funcional que devem ser
adquiridos pelo projeto. Vamos explorar extensivamente a natureza dos requisitos
(ou especificações) de projeto (CLIVE L. et al., 2010).
A meta de um projeto próspero é um conjunto de planos para fazer o
equipamento projetado. Esse conjunto de planos, repetidamente chamado de
particularizações de fabricação, pode abranger desenhos, instruções de montagem
e listas de peças e materiais, assim como muito texto, gráficos e tabelas que
elucidam o que é o artefato, por que ele é o que é e como pode ser adquirido ou
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realizado. Isso ocorrerá seja o artefato um objeto físico, uma descrição de processo
ou alguma representação temporária (CLIVE L. et al., 2010).
Ao mesmo tempo, as especificações de fabricação devem ser claras,
óbvias, completas e transparentes. Isso porque as especificações de fabricação
precisam, por si só, consentir que alguém que não seja o projetista (ou outros
envolvidos no processo de projeto) faça o que ele ambicionava, de modo a executar
o que foi pretendido. Essa é uma face da prática de engenharia contemporânea que
representa um desvio em relação a um tempo (há muito tempo) quando comumente
os engenheiros eram artífices que faziam o que projetavam. Esses fabricantes-
projetistas podiam se permitir uma margem de manobra ou abreviações em seus
planos de projeto, pois, como fabricantes, conheciam justamente o que pretendiam
enquanto projetistas. Hoje em dia, é raro os engenheiros fazerem o que projetaram.
Às vezes os projetos são “lançados pelo muro” para um departamento de
manufatura ou para um fabricante que age totalmente de acordo com “o que está
nas especificações”. No entanto, cada vez mais os problemas de manufatura são
tratados durante o processo de projeto, o que significa que os engenheiros de
manufatura e até os fornecedores se tornam parte da equipe de projeto, o que
também significa que existem mais necessidades de que os projetistas sejam bons
comunicadores! (CLIVE L. et al., 2010).
Frequentemente acontece de a manufatura ou a utilização de um
equipamento sobressair deficiências que não foram antecipadas no projeto original.
Várias vezes os projetos produzem implicações não antecipadas que podem se
tornar critérios de avaliação ex post facto. Por exemplo, o automóvel apresenta o
transporte pessoal almejado. Por outro lado, alguns consideram o automóvel uma
falha, por causa de sua contribuição para a poluição do ar e para os
engarrafamentos de tráfego. Além do mais, a mudança nas expectativas sociais têm
imposto uma reestruturação importante de muitos atributos e comportamentos dos
automóveis (CLIVE L. et al., 2010).
Por fim, nossa definição de projeto de engenharia e das hipóteses conexas
que identificamos abertamente conta muito com o fato de que a comunicação é
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essencial para o processo de projeto. Determinado conjunto de linguagens ou
representações está inerente e de maneira inevitável envolvido em cada parte do
processo de projeto. Desde a comunicação original de um problema de projeto, até
a especificação de condições e de especificações de fabricação, o equipamento ou
sistema que está sendo projetado deve ser descrito e “discutido” de muitas
maneiras. Portanto, a comunicação é um problema-chave. Não que a solução e a
avaliação do problema sejam menos importantes; elas são muito importantes. Mas
a solução e a avaliação do problema são realizadas em níveis e em estilos – sejam
idiomas falados ou escritos, números, equações, regras, gráficos ou figuras – que
são apropriados para a tarefa imediata que está em mãos. O trabalho bem-sucedido
no projeto está inextricavelmente vinculado à capacidade de se comunicar (CLIVE
L. et al., 2010).
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Os padrões estabelecidos pela empresa são inspecionados
constantemente pelo controle de qualidade. Muitas vezes, é necessário inspecionar
o produto no momento de sua produção para que não haja nenhuma surpresa no
final do processo. O controle de qualidade é a inspeção constante que verifica se
os padrões estabelecidos pela empresa estão sendo respeitados. Quando se trata
mais especificamente da qualidade do produto, esse controle deve ser realizado na
linha de produção e deve avaliar se os produtos estão dentro dos parâmetros
determinados. Em suma, o controle de qualidade precisa testar os produtos e
serviços a fim de encontrar erros (LISBOA, 2015).
Já a garantia da qualidade, de forma sistemática, precisa avaliar se as
ações planejadas estão acontecendo de forma correta, sendo entendida como a
política de implementação da qualidade. A garantia tem como objetivo prevenir os
erros, buscando a melhoria dos processos por meio de ferramentas e treinamentos.
Dentro da garantia da qualidade, há as Boas Práticas de Fabricação (BPF), que
asseguram que os produtos sejam produzidos e controlados com padrões de
qualidade apropriados (LISBOA, 2015).
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Na Figura 1.4, a seguir, você pode verificar como a gestão da qualidade, o
controle de qualidade e a garantia da qualidade se relacionam. A gestão da
qualidade é o sistema maior, que engloba a garantia da qualidade, que por sua vez
engloba o controle de qualidade.
carta de controle;
diagrama de dispersão;
diagrama de Ishikawa;
diagrama de Pareto;
fluxograma de processos;
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folha de verificação;
histograma (LISBOA, 2015).
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por meio da proibição do consumo de alguns alimentos, pois não havia garantia de
que eles possuíam qualidade e de que não gerariam problemas de saúde para a
população. Assim, a qualidade não deve ser encarada como novidade, e muito
menos como moda. Esse conceito sempre esteve presente na história da
humanidade.
De acordo com Oakland (1994), somente no século XX as organizações
tiveram de tratar da qualidade com mais cuidado, devido ao aumento do consumo
de produtos e à ampliação dos mercados. A partir de então, surgiram diversos
estudiosos na área da qualidade, mas W. Edwards Deming, Philip Crosby, Joseph
M. Juran e Kaoru Ishikawa foram os mais influentes.
Segundo Avelino (2005), Crosby defendia que um produto de qualidade é
aquele isento de defeitos. Por sua vez, Deming entendia a qualidade como o
controle e a melhoria dos processos por meio do uso de técnicas estatísticas. Para
Ishikawa, a qualidade era definida pela capacidade de suprir as necessidades dos
clientes. E Juran definia a qualidade como a adequação ao uso do cliente.
Garvin (1992) caracteriza quatro diferentes “eras da qualidade”: era da
inspeção, era do controle estatístico da qualidade, era da garantia da qualidade e
era da administração estratégica da qualidade. No Quadro 1, a seguir, você pode
verificar que tanto o conceito de qualidade como a sua gestão não excluíram as
eras anteriores, no entanto é difícil delimitar o começo e o término de cada era.
A gestão da qualidade total (Total Quality Management — TQM) foi uma
prática de gestão criada entre as décadas de 1950 e 1960 no Japão, onde o
ambiente era perfeito para o seu desenvolvimento. Em 1980, devido ao sucesso
dos produtos japoneses com excelente qualidade e preços relativamente baixos, os
países ocidentais se viram ameaçados economicamente; por não haver muitas
alternativas, eles se viram obrigados a identificar as razões do sucesso dos produtos
japoneses para que pudessem competir com eles. A partir de então, verifica-se um
grande movimento mundial para se obter a gestão da qualidade, que se tornou
bastante popular nas décadas de 1980 e 1990 nos países ocidentais (CORDEIRO,
2004).
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Segundo Mikos et al. (2012), as demandas sociais pelo respeito tanto ao
meio ambiente quanto ao ambiente de trabalho fizeram com que as organizações
atentassem aos processos de produção. Tais processos não estão ligados somente
ao ambiente externo, mas o extrapolam, pois resultam da orquestração de
diferentes especialidades, envolvendo organizações distintas orientadas por um
objetivo comum. Com isso, a produção eficiente de resultados depende do
relacionamento harmônico entre organizações que compartilham não apenas
técnicas de produção, mas também valores e princípios.
Após todo esse tempo de evolução, hoje se vivencia a era do serviço, que
pode ser entendida como o momento de melhorar o setor de serviços. Porém, está
em jogo muito mais do que pensar nos serviços públicos, como serviço bancário,
turismo, ensino, etc. Na verdade, é necessário compreender o que é produto, pois
somente a partir dessa concepção pode-se fazer com que o consumidor perceba a
qualidade de um produto (LISBOA, 2015).
Não se pode separar produtos de serviços quando se planeja a qualidade
de um produto. Na verdade, deve-se adotar o conceito de produto ampliado,
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visando a facilitar a identificação das características desse produto, com enfoque
estratégico na produção. O produto ampliado pode consistir em um conjunto de
benefícios diretamente ligados ao produto, incluindo a marca, a embalagem (e
suas características), os serviços pós venda, etc (LISBOA, 2015).
Foco no cliente
Liderança
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A liderança vai muito além de cargos gerenciais e de chefi a; ela implica a
atitude de gerar mudanças, ações e resultados. É necessário ter uma liderança que
engaje as pessoas no projeto. Para isso, você deve divulgar a missão, a visão e a
política da empresa a todos os colaboradores, desenvolver comportamentos éticos
dentro da organização e melhorar a comunicação entre os diferentes níveis
hierárquicos. Além disso, incentive os colaboradores a se comprometerem com a
gestão da qualidade, ofereça treinamentos, envolva-os nas ações. Desse modo,
você vai obter apoio e melhoria nos processos, além de comunicação efi ciente e
colaboradores focados em melhores resultados (LISBOA, 2015).
Abordagem de processos
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Tomada de decisão baseada em evidências
Melhoria
Gestão de relacionamentos
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4 ISO 9001: QUALIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL
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empresa de gerenciamento, laboratórios de ensaio, proprietário, etc.; a
heterogeneidade dos bens e serviços que produz; o tradicionalismo significando que
o processo de produção e ocupação não sofreu mudanças tecnológicas
significativas; a inércia às alterações por utilizar mão de obra intensiva e pouco
qualificada com pouco acesso a um plano de carreira; nomadismo por executarem
as empresas obras em locais distintos; operários móveis em torno de um produto
fixo; a singularidade das obras; ambiente de trabalho exposto às intempéries;
especificações confusas e mal definidas; grau de precisão indefinido; baixa
qualificação e alta rotatividade da mão de obra. (SOUTO, SALGADO, 2003 apud
(FARIA; ARANTES, 2012).
Já que as normas da ISO não foram desenvolvidas mirando a indústria da
construção civil, é essencial empreender a discussão dos seus requisitos de forma
a viabilizar a sua fundação também nesse relevante setor produtivo (FARIA;
ARANTES, 2012).
Há um desafio extremamente grande para os gestores das organizações do
setor da construção civil, como também para as autoridades brasileiras, na medida
em que implica na urgência de se constituírem mecanismos que viabilizem o
aumento da competitividade da indústria da construção civil brasileira. Como
resposta a este desafio, o governo federal brasileiro fundou o denominado
“Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat” (PBQP-H), que foi
elaborado em 1991, pelo governo Collor mas foi aplicado em 1998 na construção
civil, cujo alvo primordial é aperfeiçoar a qualidade e produtividade das
organizações brasileiras que estão unidas ao setor (FARIA; ARANTES, 2012).
Juntamente com a ISO 9001:2008, as empresas estão adotando a
certificação do PBQPH, que é um programa que atende aos requisitos da norma,
mas que possui um deles relacionado a projetos, com especificidades para a
construção civil. Pelo fato deste programa ser semelhante a NBR ISO 9001:2008
as construtoras acabam solicitando umapós auditoria para obter os dois
certificados, e isso é aceito pois se a empresa possui o PBQP-H, automaticamente
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ela também estará atendendo aos requisitos da ISO 9001 (FARIA; ARANTES,
2012).
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A ISO não tem níveis de certificação, mas ordena a implantação de todos
as condições para solicitação de auditoria, já o SiAC possui os níveis de avaliação.
No programa PBQP-H a própria empresa coloca uma lista de serviços que
necessitarão ser controlados (mínimo de 25 serviços) e estes níveis estão
relacionados com a porcentagem de controle de serviços atingidos. Esse controle é
feito por meio de registros com fichas de inspeção que são organizados para a
auditoria (FARIA; ARANTES, 2012).
O Sistema nomeia a evolução dos patamares de qualidade do setor em
quatro níveis: D (Declaração de Adesão), C, B e A, conforme gráfico abaixo:
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O prazo de validade da certificação ISO dentro da empresa é de 3 anos,
enquanto no SiAC este prazo vence em apenas um ano para uma nova auditoria.
Trantando-se de uma certificação evolutiva, ou seja, à medida que são inseridos os
requisitos, solicita-se nova auditoria, até concluir a implantação, através da
certificação nível A, pode-se finalizar válido esse prazo menos extenso (FARIA;
ARANTES, 2012).
Com base no SiAC, que desenvolveu o programa para ser aplicado às
empresas com especialização em cumprimento de obras, não podendo ser aplicado
aos setores de projetos e serviços de engenharia, a busca pela certificação passou
a ser um grande objetivo dentro das construtoras, pois além de adquirir credibilidade
no mercado existe outra grande vantagem relacionada com as vendas junto às
instituições de crédito (Uso no Poder de Compras). Esta vantagem se relaciona com
o Programa da Carta de Crédito para aplicação do FGTS (Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço), onde o cliente apenas pode desfrutar deste melhoria quando
se tratar de uma empresa certificada com o programa PBQP-H (FARIA; ARANTES,
2012).
Os construtores estão dando mais destaque aos programas de qualidade
devido às cobranças do cliente com relação ao produto final e também por causa
da pressão pela diminuição dos custos e dos prazos dos empreendimentos. Mas a
ausência de recursos, sejam eles financeiros ou até mesmo administrativos, para
se investir em programas de qualidade e produtividade acaba dificultando o alcance
dessa vantagem competitiva, portanto esta concorrência acaba sendo favorável
para as empresas de maior porte (FARIA; ARANTES, 2012).
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criação do Programas de Qualificação Evolutivos que se fundamenta na
implantação gradativa do Sistema de Gestão da Qualidade, conforme as condições
da Norma ABNT NBR ISO 9001, consentindo que as organizações deste setor
incorporem de maneira gradual, os requisitos sistêmicos (FARIA; ARANTES, 2012).
Os benefícios dessa incorporação são a redução do desperdício,
acarretando menores custos e incremento da qualidade dos produtos e serviços,
além de padronizar as operações que envolvem o setor. Em nível Federal, foi criado
o PBQP-H (SiAC) (FARIA; ARANTES, 2012).
Seguindo a direção do Governo Federal, alguns Estados e Municípios
criaram Programas de Qualidade, como por exemplo:
QUALIOP – Programa de Qualidade de Obras Públicas do Governo do
Estado da Bahia que tem por objetivo aumentar a qualidade das obras estaduais,
através do melhoramento dos materiais, componentes, sistemas construtivos,
projetos e obras. Seguindo as direções do PBQP-H, no Qualiop estão previstos
ainda acordos setoriais com os segmentos da construção civil, a implantação de
processos de qualificação, homologação e certificação de produtos e serviços;
(FARIA; ARANTES, 2012).
QUALIPAV – Rio – Programa Municipal da Qualidade em Obras de
Pavimentação, Obras de Arte Especiais e Obras de Drenagem Urbana do Município
do Rio de Janeiro lançado em novembro de 1999 pela Secretaria de Obras da
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de melhorar continuamente
o processo de contratação e implantação de obras, além de assegurar a sua
qualidade; (FARIA; ARANTES, 2012).
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construídas pelo Estado por meio da CDHU (Companhia de Desenvolvimento
Habitacional e Urbano); (FARIA; ARANTES, 2012).
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Tabela 1: Metas de controle de qualidade
CONTROLE DE QUALIDADE
Metas do controle da qualidade a serem atingidas
atender às normas gerais de desempenho, do Código de Edificações do
Planejamento município e de regulamentos atender às normas específicas de
desempenho e às normas de documentos
Projeto prescritivos
Materiais produzir e receber de acordo com o especificado
Execução atender ao projetado e ao especificado
Uso assegurar a adequada utilização da edificação
4.3 Planejamento
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suas datas limites de término (due dates), iniciando o trabalho no último momento
possível (FARIA; ARANTES, 2012).
Outro exemplo é o sistema de planejamento e controle com programação
empurrada, em que as atividades são programadas através de um sistema central
de planejamento de operações, em que cada centro de trabalho empurras as
atividades; já em um sistema de planejamento e controle puxado, o passo e as
especificações são constituídos pela estação do trabalho do consumidor que puxa
as atividades da estação de trabalho antecedente (fornecedor), assim, a demanda
é transmitida para trás ao longo das fases (FARIA; ARANTES, 2012).
No planejamento operacional, as decisões de caráter estratégico/tático na
hierarquia da produção juntam as diretrizes de produção, equacionando os meios e
os processos utilizados para o cumprimento de uma obra e as principais
informações geradas para este nível de decisão são caracterizadas com dos
seguintes elementos (ASSUNÇÃO, J.F.P. 1988 apud FARIA; ARANTES, 2012) :
Cronograma físico dos principais serviços da obra;
Indicação de sequencias e dependências entre serviços, consentindo
análise sobre o plano de ataque da obra;
Programa de custeio da produção aberto por serviços;
Programa de alocação de mão de obra de produção aberto por
serviços;
Histogramas do recurso mão de obra, na unidade homens-hora
permitindo análises sobre nivelamento desse recurso;
Curvas de agregação de custos ou de insumos de produção – Curva
S, que permitem avaliar o desenvolvimento físico da obra.
4.4 Projeto
38
A etapa de projeto pode ser considerada com uma das mais relevantes no
processo da construção civil. Em primeiro lugar, por ser uma etapa decisiva na
definição dos custos da obra, apesar de representar um pequeno percentual do
custo global do empreendimento; não há como racionalizar ou diminuir custos na
fase de cumprimento do empreendimento de forma tão decisiva quanto no seu
projeto. Em segundo lugar, porque, nesta etapa, são definidos as condições de
qualidade de todos os insumos necessários e o desempenho potencial do
empreendimento; a qualidade e os padrões de qualidade dos materiais de
construção são determinados neste momento do processo (FARIA; ARANTES,
2012).
Dentro de uma visão mais moderna de gestão, deve-se pensar que o projeto
é algo muito complexo, que exige a participação de muitos profissionais de
diferentes especialidades e tem que ser conduzido de forma eficiente e integrada,
a partir de um processo de coordenação técnica e gerencial (FARIA; ARANTES,
2012).
Em alguns segmentos da construção civil, por exemplo, no segmento de
mercado relativo a empreendimentos imobiliários, as empresas atuam com grande
nível de risco, pois agem num cenário de elevada instabilidade. Isso sucede em
razão da não existência de um controle sobre a oferta de produtos, da
impossibilidade de identificação total da demanda, além do fato de os produtos, no
caso edifícios, serem comercializados a preço fechado normalmente antes do início
do ciclo de produção. Muitas vezes não existe um vínculo entre o ingresso de
receitas e o planejamento da produção. Em função desse elevado risco, em especial
nas fases iniciais do empreendimento, aliado à carência de recursos financeiros na
fase inicial do processo, muitos empresários, a despeito da influência do projeto no
desempenho competitivo da empresa, entendem o projeto como um ônus antes do
início da obra, sendo encarado como uma despesa a ser minimizada o quanto antes
for possível (FARIA; ARANTES, 2012).
Essa situação pode levar a uma série de problemas de incompatibilidade
entre elementos construtivos, com reflexos negativos na qualidade do produto final,
39
ou seja, do edifício e seu entorno, além de possibilidade de redução dos resultados
econômico-financeiros definidos ou esperados do empreendimento, a despeito da
qualidade intrínseca definida para os materiais de construção (FARIA; ARANTES,
2012).
Por outro lado, com o processo de reestruturação competitiva da indústria
da construção civil, começado a partir do final dos anos de 1980, alguns
empreendedores atentaram para a importância do projeto e da necessidade da
gestão e coordenação de seu processo de elaboração (FARIA; ARANTES, 2012).
Hoje em dia, pode-se analisar um movimento por parte das empresas
construtoras mais bem estruturadas no sentido de valorização dos aspectos de
ordem técnica, com a valorização do projeto e do processo de gestão e
coordenação, seja por meio da contratação de empresas ou profissionais
especializados, seja por meio da estruturação de departamentos e procedimentos
internos que miram, além de garantia da compatibilidade e qualidade dos projetos,
à aderência destes às estratégias competitivas da empresa (FARIA; ARANTES,
2012).
A certificação dos sistemas de gestão de qualidade através da NBR ISO
9001 (ABNT, 2009) também contribuiu para a valorização do projeto, na medida em
que resgata o conceito de “responsabilidade” da empresa certificada pelo produto
final entregue, em que o processo de projeto possui papel chave para a qualidade
final do produto e satisfação de seus clientes, particularmente quando os
procedimentos estabelecidos são extremamente aderentes aos objetivos e práticas
cotidianas da empresa certificada (FARIA; ARANTES, 2012).
Como o projeto é a imagem criada daquilo que se quer alcançar, sendo
melhorada e complementada durante o seu desenvolvimento, a fim de agregar valor
ao empreendimento, torna-se evidente a necessidade de envolvimento de toda
equipe de projetistas desde as primeiras fases do projeto, com o objetivo de
agregar-se o máximo de valor possível, além de evitar problemas de
compatibilidade entre o projeto executivo e o projeto legal. Além da possibilidade de
diminuição de problemas de incompatibilidade, ao abranger toda a equipe, em
40
especial o coordenador, desde o começo do desenvolvimento do projeto, uma
adequada sistemática de gestão e coordenação de projetos pode provocar ganhos
significativos de qualidade e performance para o empreendimento, pois é muito
mais conveniente simular ou testar opções nessa etapa. Os benefícios que se
podem conseguir após a comercialização e durante a etapa de construção do
edifício, quando o projeto já está acabado, são muito pequenos, pois as principais
decisões já foram tomadas (FARIA; ARANTES, 2012).
O esquema geral da Figura 10 representa um sistema de gestão e
coordenação de projetos, tendo como principal facilitador o coordenador, como
elemento gestor e difusor de todo o processo. O coordenador promove a integração
dos diversos intervenientes através da gestão do conhecimento e das ferramentas
disponíveis para gestão dos processos de análise de custos, planejamento e
controle, contratação, gestão do escopo, integração compatibilização, gestão da
qualidade e gestão da comunicação. Todo o processo é norteado pelo planejamento
estratégico da empresa e/ou do empreendimento (FARIA; ARANTES, 2012).
Como esta sistemática está fundamentada na gestão do saber e no
planejamento estratégico, sendo algumas ferramentas idealizadas para dar base às
decisões a partir de análises comparativas de dados históricos, muitas vezes
característicos da empresa e de seus métodos construtivos, é recomendável que o
coordenador de projetos seja integrante dos quadros da empresa, como
coordenador interno à empresa construtora, em razão da sua conexão com a
estratégia competitiva da empresa. Isso significa, essencialmente, que não possa
ser adotada outra forma, desde que possua o compromisso do coordenador (FARIA;
ARANTES, 2012).
41
Figura 1.5: Sistema de gestão e coordenação de projetos
(Fonte: FILHO, 2007).
42
b) Análise de terrenos, dirigida por um “Roteiro de Análise”, considera,
entre outros, itens como: consulta aos órgãos competentes e às concessionárias de
serviços públicos, verificação de condições adversas locais (como riscos de
enchentes, interferências com vizinhos), condições das vias de acesso, condições
geológicas, possibilidade de passivo ambiental entre outros (FARIA; ARANTES,
2012).
c) Definição do produto e das diretrizes para desenvolvimento do
projeto é orientada por instrumento do tipo “Roteiro para Definição de Atributos”,
contendo compôs para: registro das necessidades do cliente, identificação dos
atributos ou características a partir das necessidades identificadas, programa
definido a partir dos atributos, além de campo para análise de riscos (FARIA;
ARANTES, 2012).
d) Definição dos recursos e contratação dos projetistas é
concretizada com base em “ficha de qualificação de projetistas”, planilha contendo
dados do projetista, histórico de serviços anteriores (quando existentes),
impressões alcançadas durante entrevista preliminar (quando da primeira prestação
de serviço), e averiguação de alguns trabalhos desenvolvidos, bem como
informações alcançadas junto aos outros projetistas e clientes com relação a prazos
de entrega, qualidade dos projetos entregues e atendimento aos pedidos, entre
outros aspectos. Nesta fase, aplica-se o instrumento contratual, que contém, além
das condições comerciais, critérios técnicos, tais como escopo por fase (produtos e
informações produzidas e recebidas em cada fase), formas de envio da
documentação, critérios de nomeação de arquivos eletrônicos, critérios de
recebimento, forma de comunicação da equipe, auxílio durante o cumprimento da
obra, definição das visitas para verificação das dificuldades do cumprimento,
responsabilidades, avaliação final de comprometimento com a melhoria contínua
por parte do projetista (FARIA; ARANTES, 2012).
e) No Planejamento do desenvolvimento do projeto pode-se adotar o
“Cronograma de precedências com caminho crítico” (Critical Path Method –
CPM). Essa ferramenta, porém, deve ser resultado de um trabalho detalhado de
43
definição de responsabilidades, identificação de atividades e fluxo de informações,
estimativa de duração de cada fase e sequência adequada, com suas
interdependências. É um instrumento dinâmico e atualizado a cada evento, a fim de
se verificarem possíveis desvios e possibilitar a adoção de medidas corretivas em
tempo hábil (FARIA; ARANTES, 2012).
f) Gestão da comunicação em como ferramentas os chamados
“sistemas colaborativos”, que são ferramentas computacionais que unificam todos
os envolvidos na elaboração do projeto. Esses sistemas permitem a gestão em
tempo real de todo o ciclo do projeto, utilizando um único banco de dados
disponibilizado por um servidor, além de propiciarem reuniões virtuais, fóruns de
discussões e agendas partilhadas (FARIA; ARANTES, 2012).
g) Gestão de escopo e do desenvolvimento do projeto tem como
ferramentas: reunião inicial de discussão dos procedimentos da coordenação;
adoção do escopo de projeto sugerido pelas associações de classe;
acompanhamento periódico do cronograma elaborado em rede CPM; gestão da
comunicação através da adoção de sistema colaborativo; decisão sobre as
alternativas de projeto com auxílio de um roteiro contemplando análise econômica,
atendimento as necessidades do cliente e análise de riscos; verificação e análise
crítica dos projetos recebidos em cada fase, com auxílio de listas de verificação;
avaliação da etapa de projeto, levando em conta a qualidade do projeto e a
qualidade do atendimento do projetista, a fim de melhorar a etapa seguinte; e
reuniões de fechamento de cada etapa, com a participação de todos os
intervenientes para discussão das eventuais incompatibilidades e interfaces entre
os diversos projetos, além de consolidação das decisões conceituais para liberação
da execução da etapa subsequente (FARIA; ARANTES, 2012).
h) Validação e recebimento do projeto são concretizados a partir de
“planilhas de recebimento de projeto” ou “listas de verificação”, contendo roteiro
mínimo para análise crítica (FARIA; ARANTES, 2012).
i) Por fim, avaliação e retro-alimentação do sistema. A sistemática
exposta pode ser muito útil para coordenação e gestão de projetos no segmento de
44
j)
k) mercado de produtos imobiliários. Porém, para que seja alcançado um
bom resultado do processo, é desejável que exista um comprometimento da equipe
e, especialmente, que exista um nivelamento tanto dos saberes técnicos de cada
projetista, quanto das habilidades de planejamento e comunicação, a partir da
gestão do saber. A qualificação prudente da equipe com relação ao nível de
capacitação e empenho, engajamento na busca de novas tecnologias, motivação
para proporcionar alternativas de soluções para melhoria contínua, racionalização
de custo e facilidade de cumprimento deve ser priorizada para o sucesso do
processo. Pode-se dizer que tem a necessidade da adoção de procedimentos
formais para a coordenação e integração dos projetos, de forma a promover-se uma
evolução consecutiva do processo e dos produtos gerados. Esses procedimentos
devem ser dinâmicos, consentindo revisões e avanços a partir de sua auto-
avaliação ao final de cada fase de projeto, avaliação essa produzida por cada
interveniente no processo (FARIA; ARANTES, 2012).
45
canteiro, somente com base em uma inspeção visual ou em análises expeditas.
Várias características mecânicas, físicas e químicas dos materiais podem ser
verificadas somente mediante ensaios laboratoriais. Resta, então, para verificação
em canteiro de obras, apenas quantidades e algumas características visíveis dos
materiais, como dimensões principais, aspecto superficial, etc (FARIA; ARANTES,
2012).
Não seria razoável, assim sendo, que todo o material de construção
produzido carecesse ser ensaiado quando do seu recebimento em obra. Aliando o
controle da qualidade na indústria e o controle de recebimento em obra ou nos
pontos de distribuição dos materiais de construção, os processos de certificação de
conformidade viabilizam a demonstração anterior, por parte do produtor, da
qualidade ou da conformidade de seus produtos, sem necessidade de recorre-se a
domínios específicos ou especiais na aceitação desses produtos. A certificação de
conformidade proporciona, assim sendo, uma maior confiança de que o produto,
antecipadamente analisado e avaliado, atende ou está em consonância com
determinada especificação técnica, especialmente quando a certificação é dirigida
por instituições de terceira parte, na maioria das vezes organismos certificadores de
produtos. (FILHO, 2007 apud FARIA; ARANTES, 2012).
46
o “projeto de execução” dos diversos elementos construtivos, haverá também
redução de dúvidas sobre o como fazer (FARIA; ARANTES, 2012).
Os insumos humanos e qualidade da mão de obra estão relacionados coma
forma de gestão de empresa, incluindo a forma de contratação dos serviços durante
a execução da obra. A tendência da empresa construtora tem sido terceirizar
serviços, ou seja, contratar mão de obra de terceiros para a realização dos serviços
em canteiro, mantendo nos quadros próprios da empresa somente alguns oficiais,
como encarregados e mestres de obras, engenheiros e outros profissionais de nível
técnico ou administrativo que respondem diretamente à empresa construtora
(FARIA; ARANTES, 2012).
Pode-se analisar que a terceirização na construção civil ainda não se dá de
forma apropriada, pois nem sempre são contratados serviços especializados de
uma empresa, mas são contratados operários que são disponibilizados à
construtora por uma empresa fornecedora de mão de obra. A primeira circunstância
seria mais apropriada, pois verdadeiramente o serviço é terceirizado, em que a
empresa especializada contratada providencia não somente a mão de obra, mas
outros insumos, mesmo que não todos, de forma a alcançar o produto ou o processo
acabado segundo especificações pré-definidas. Nesse caso, a responsabilidade
pela implantação de sistemas de gestão da qualidade, concretização do controle da
qualidade do processo e do produto confiado é da empresa contratada,
especialmente se houver exigência da contratante, normalmente da empresa
construtora ou incorporadora, em razão de seu sistema de gestão, particularmente
se certificado. O treinamento e a qualificação da mão de obra são de
responsabilidade da empresa contratada. Na segunda ocasião, a empresa
construtora contratante geralmente tem que assumir e repassar toda metodologia
de controle da qualidade e mesmo os procedimentos de cumprimento dos serviços
à mão de obra contratada de terceiros, sendo de sua responsabilidade, até mesmo,
os processos de treinamento e qualificação. Em outras palavras, excetuando-se as
relações administrativas, de trabalho e financeiras, do ponto de vista operacional,
47
tudo se passa como se os profissionais contratados de terceiros fossem do quadro
da empresa contratante (FARIA; ARANTES, 2012).
https://www.fazfacil.com.br/
48
Esse aspecto, hoje em dia, tem sido objeto de debates em vários fóruns. Os
diversos setores produtores de materiais de construção, engajados em Programas
Setoriais da Qualidade, têm envidado empenhos no sentido da procura desse
diferencial de qualidade, ou seja, que empresas construtoras qualificadas ou
certificadas empreguem materiais qualificados ou certificados, mesmo porque tem
realizado investimentos consideráveis e requisitos das normas técnicas brasileiras
(FARIA; ARANTES, 2012).
A qualidade na etapa de execução da obra tem outras vertentes
organizacionais e operacionais, como estruturação do processo de recebimento do
projeto ou de desenvolvimento e coordenação do projeto, estabelecimento dos
procedimentos operacionais, incluindo procedimentos de execução, de inspeção e
recebimento de serviços, processos gerenciais e de planejamento, processo de
aquisição de insumos, análise de fornecedores de materiais e serviços, etc.
Todavia, no que se refere aos materiais de construção a grande interface está no
processo de aquisição, pressupondo-se, para que a qualidade seja atingida: a
existência de especificações adequadas de compra, considerando as exigências
técnicas previstas nas respectivas normas técnicas e as exigências específicas de
cada projeto; a aquisição de materiais pela qualidade e não simplesmente pelo
preço; e a aquisição, sempre que existir, no mercado, de produtos qualificados ou
certificados por entidades de terceira parte. No recebimento dos materiais em obra,
devem ser verificadas as especificações de compra e outros parâmetros ou
características dos produtos que comprometem a qualidade, de forma expedita.
Quando da aquisição de produtos não qualificados ou certificados, a construtora
deve prevenir algum outro tipo de controle de recebimento, determinando que o
fornecedor examine a qualidade do material fornecido, com ensaio de lote, por
exemplo, ou verificação contra protótipo comercial pré-avaliado. (FILHO, 2007 apud
FARIA; ARANTES, 2012).
De forma a garantir a qualidade dos materiais em uso, é importante também
o modo de execução ou instalação do produto em obra, pois a instalação imperfeita
pode levar a um comportamento inadequado do produto. Ressaltando que a
49
necessidade de qualificação de profissionais para cada tipo de serviço especifico,
introduzindo a questão da qualificação profissional especificamente e não para a
empresa prestadora de serviços. Nessa modalidade de certificação, normalmente a
mais adotada é a certificação por competência, que fornece certificados a
profissionais que, de alguma forma preestabelecida, evidenciam a competência
para realizar determinado tipo de serviço. (FILHO, 2007 apud FARIA; ARANTES,
2012).
50
tenha deterioração precoce do patrimônio e/ou riscos à sociedade usuária desses
bens. (FILHO, 2007 apud FARIA; ARANTES, 2012).
https://incopre.com.brs-em-obras-de-construcao-civil/
52
É constatável a dificuldade de encontrar textos científicos para a devida
sustentação de posições sobre a gestão de pessoas na construção civil. Gomez
(2009) reforça essa constatação ao realizar sua busca bibliográfica para
fundamentar seu texto apresentado no IX Simpósio de Excelência em Gestão e
Tecnologia – SEGeT, da Associação Educacional Dom Bosco, ao afirmar que uma
pesquisa bibliográfica constata a inexistência de textos metodologicamente
construídos para apoiar os gestores e estudiosos de pessoas voltados para
empresas de pequeno e médio porte na indústria da construção (TAVARES et al.,
2014).
Com base nesse acontecimento, pesquisando sobre os textos aprovados
nos últimos cinco anos, foi possível identificar três trabalhos exibidos em 2007, 2008
e 2009. Concomitantemente, o artigo intitulado Educação corporativa: principais
influências na gestão de pessoas na construção civil, produzido por Fausto de
Bessa Braga e Carlos José Guimarães Cova em 2007, tratando-se de:
53
Sistema de Gestão de Pessoas, composto pelas seguintes dimensões:
Planejamento Estratégico, Liderança, Atividades Básicas de Recursos
Humanos, Sistemas de Informação, Qualidade de Vida, Ética e
Responsabilidade Socioambiental, e Resultados. Para levantamento das
práticas gerenciais correspondentes àquelas dimensões, foi desenvolvida
pesquisa de campo junto a empresas representativas do setor. Como
resultado, este trabalho apresenta um conjunto de práticas para a gestão
de pessoas de empreendimentos da Construção Civil, que se propõe a
contribuir de forma inovadora para a qualidade de vida dos trabalhadores
e a lucratividade das empresas. (MOREIRA; SOARES; HOZUMI, 2008,
Resumo apud TAVARES, et al., 2014)
54
estabilidade organizacional. Pode-se concordar que o progresso institucional por
meio da gestão de pessoas precisa ir além dos protocolos das relações
interpessoais e criar mecanismos de perceber as necessidades dos trabalhadores
e com mais naturalidade contornar as conturbações próprias decorrentes do
cotidiano profissional (TAVARES et al., 2014).
Uma variável parece se destacar com mais frequência se referindo à
dimensão administrativa apontando para as condições de emprego adequado das
ferramentas de gestão. O caráter centralizador predominante no processo
administrativo das micro e pequenas empresas é notado nos resultados de estudos
já conhecidos e acaba por prejudicar mais a partir do crescimento dessas empresas.
Procurando uma análise nas empresas de construção civil, essa situação
parece não ser diferente. De acordo com Farah (1996) apud Tavares et al. (2014).
a utilização intensiva de mão-de-obra e o ritmo sempre acelerado da construção,
acabam por indicar problemas com relação à gestão de pessoas e a qualidade das
relações entre capital e trabalho. Uma premissa pode ser aceita ao se considerar
que a gestão de pessoas nas empresas de construção civil, com a prática
constatável de considerar seus trabalhadores como fatores de competitividade,
lançam sobre eles o estigma de indústria de resultados, levando dessa forma ao
alcance das metas pretendidas e consequente desenvolvimento da empresa
(TAVARES et al., 2014).
É possível, pelo menos empiricamente, perceber a distância entre as formas
adequadas de gestão de pessoas na construção civil. Tradicionalmente o
trabalhador da Construção civil possui uma margem reduzida de opções no
mercado de trabalho que para tal não lhe é exigida alta escolaridade. Têm-se
notícias, por meio de diversos documentários produzidos pelas emissoras de
televisão brasileiras, que a maioria desses trabalhadores se constitui de migrantes
de várias cidades ou da zona rural na busca de um emprego. Em geral suas
atividades não lhes exigem capacidade mental que por isso favorece uma forma de
acomodação em que aceitam atuar por longo tempo como ajudantes na construção
(TAVARES et al., 2014).
55
Observando com mais atenção, percebe-se que muitos deles se esforçam
aprendendo atividades afins para a aquisição de melhores salários como
ladrilheiros, por exemplo, e, com isso, tornando sua jornada de trabalho mais
determinada. É constatável o consumo de álcool muito possivelmente para suportar
as condições pesadas da atividade que realiza (TAVARES et al., 2014).
Essas características podem dificultar o entendimento sobre o
empreendimento no qual é importante integrante e a formação de uma consciência
profissional que faz dele um elemento corresponsável pela obra e pela manutenção
da empresa. Nessa situação deve-se pensar numa peculiar política de gestão de
pessoas que possa estimular a motivação acompanhada de um programa de
benefícios como fator desencadeador de produtividade. Pode ser que com essa
conduta de gestão diminua os desperdícios de toda natureza, elimine a alta
rotatividade entre os trabalhadores e desenvolva um espírito coletivo de
comprometimento por parte dos trabalhadores, que provavelmente fazem o que
fazem sem o necessário compromisso (TAVARES et al., 2014).
Desde 1999, segundo dados do Instituto Mc Kinsey, acredita-se que a
construção civil permanece sendo uma das forças da economia no Brasil,
correspondendo a 8% do PIB. Considerando a distribuição percentual de
assalariados brasileiros, em 2000, de acordo com o IBGE representava 3,7% de
assalariados. Importante pensar sobre a gestão de pessoas na construção civil com
vistas em encontrar uma atitude baseada para transformar o pensamento que se
tem sobre operários apenas, e passar a compreender os trabalhadores como capital
humano da empresa a fim de mantê-los estimulados a desenvolver capacidades e
competências que podem favorecer a obtenção de vantagens competitivas, de
acordo com formas planejadas de gestão de pessoas amparada em estratégias
(TAVARES et al., 2014).
56
5.1 Principais Conflitos na Gestão de Pessoas na Construção Civil
57
da ocorrência do evento entre a totalidade dos 94,12% dos respondentes. Isso se
esclarece por existir a concordância em ter passado por episódios de conflitos e
terem presenciado conflitos sucedidos com os outros respondentes. Ou seja,
94,12% dos engenheiros passaram por circunstâncias conflitivas e os mesmos
engenheiros presenciaram essas circunstâncias acontecerem entre outros colegas
de profissão ou entre eles mesmos (TAVARES et al., 2014).
Outra interpretação que se pode impetrar, com certeza reduziria o
percentual adquirido pelo levantamento. Trata-se do entendimento sobre o evento
conflitivo observado ter sido o mesmo conflito constatado por todos ou parte dos
respondentes. Mas, mesmo assim, não se pode concordar com a falta de
mobilização com vistas na tomada de decisão que permita formas de domínio sobre
a manifestação do conflito ou que o converta como evento positivo que extinga as
variáveis responsáveis pela sua motivação em prol de um relacionamento
profissional mais apropriado, aproximação pessoal entre os envolvidos e da
adequada manutenção do clima organizacional (TAVARES et al., 2014).
58
6 BIBLIOGRAFIA
59
FARIA, C. A. ARANTES, D. Análise da implementação do Sistema de Gestão de
Qualidade na Construção Civil, p. 42-58, 2012.
60