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INSTITUTO FEDERAL DE MATO GROSSO – IFMT

CAMPUS CEL. OCTAYDE JORGE DA SILVA


DEPARTAMENTO DE INFRAESTRUTURA – DINFRA
CURSO INTEGRADO AO ENSINO MÉDIO EM EDIFICAÇÕES

MARCOS HENRIQUE DA CONCEIÇÃO SOUSA


STHEVAN LUIZ DE SOUZA
NICOLLE ESTER SOUZA LEITE

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA:


CONCRETO BOMBEÁVEL

CUIABÁ/MT
SETEMBRO/2023
MARCOS HENRIQUE DA CONCEIÇÃO SOUSA
STHEVAN LUIZ DE SOUZA
NICOLLE ESTER SOUZA LEITE

RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA:


CONCRETO BOMBEÁVEL

Relatório apresentado à disciplina de Materiais


de Construção II do Curso Integrado ao Ensino
Médio em Edificações, do Instituto Federal de
Mato Grosso – Campus Cuiabá, como
requisito parcial de avaliação, sob orientação
da Profª. Drª. Albéria Cavalcanti de
Albuquerque.

CUIABÁ/MT
SETEMBRO/2023
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 6
1.1. OBJETIVOS 7
1.1.1. Objetivo Geral 7
1.1.2. Objetivos Específicos 7
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 8
2.1. Importância do concreto 8
2.2. Características do concreto 8
2.3. Aplicação na construção civil 8
3. METODOLOGIA 10
3.1. Amostragem de concreto fresco (ABNT NBR 16886:2020) 10
3.1.1. Aparelhagem 10
3.1.2. Execução do ensaio 10
3.1.3. Registro da amostragem 12
3.2. Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone (ABNT
NBR NM 67:1996) 12
3.2.1. Amostragem 12
3.2.2. Aparelhagem 12
3.2.3. Execução do ensaio 13
3.3. Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova (ABNT NBR 5738:2015) 15
3.3.1. Aparelhagem 15
3.3.2. Amostragem e abatimento 16
3.3.3. Execução da moldagem 16
3.3.4. Cura 19
3.4. Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos (ABNT NBR 5739:2018) 20
3.4.1. Aparelhagem 21
3.4.2. Execução do ensaio 22
3.4.3. Resultados 23

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4. RESULTADOS 25
4.1. NBR 5739 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
4.2. NBR 9778 ENSAIO DE MASSA ESPECÍFICA
4.3. ENSAIO DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR COMPRESSÃO DIAMETRAL
25
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 26
REFERÊNCIAS 27

4
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Amostras sendo remisturadas 11


Figura 2 - Transporte da amostra 12
Figura 3 - Ensaio de abatimento 12
Figura 4 - Molde 13
Figura 5 - Preenchimento do molde 14
Figura 6 - Retirada do molde 15
Figura 7 - Concreto abatido 15
Figura 8 - Medição do abatimento 16
Figura 9 - Produção dos corpos de prova 18
Figura 10 - Adensamento dos corpos de prova 19
Figura 11 - Rasamento 20
Figura 12 - Cura dos corpos de prova 21

5
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Dimensões do corpo de prova e vão de ensaio 17


Tabela 2 - Número de camadas para moldagem dos corpos de prova 18
Tabela 3 - Classes de consistência 19
Tabela 4 - Tolerância para a idade de ensaio 24
Tabela 5 - Fator de correção h/d 25
Tabela 6 - Resultados de resistência à compressão 26
Tabela 7 - Resultados do ensaio de massa específica 27
Tabela 8 - Resultados do ensaio de resistência à tração por compressão diametral 27

6
1. INTRODUÇÃO

A construção civil sempre esteve presente na humanidade, desde os nômades, com


os abrigos temporários, até os dias atuais com as modernas construções, sendo possível
observar suas constantes evoluções para melhor atender o indivíduo sejam elas para
moradia, estoque, produção, transporte ou comércio. Assim, a sua importância e a
procura por benefícios estruturais e financeiros incentiva a pesquisa e a utilização de
novos métodos construtivos, principalmente com o crescimento dos núcleos urbanos de
forma vertical, pois conforme VIEIRA (2018) gerou a necessidade de transporte do
concreto em tempo hábil para sua aplicação. Desta forma, o Concreto Bombeável se
apresenta, trazendo praticidade principalmente na construção de grandes estruturas, como
edifícios, e um excelente custo-benefício devido a diminuição de mão de obra e a
velocidade de finalização do trabalho, pois suas características permitem locomover
concreto a longa distâncias e alturas, consequência da utilização da bomba junto às lanças
e seu processo de curta duração que pode ser feito por poucas pessoas.
Entendendo os benefícios da utilização do Concreto Bombeável, este relatório tem
a intenção de apresentar o ensaio de Slump Test, conforme a ABNT NBR NM 67:1996 -
Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone, visando
compreender a melhor consistência do concreto para uso das bombas, junto a ABNT
NBR 5739:2018 - Concreto - Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos para a
obtenção de dados sobre a resistência do concreto

7
1.1. OBJETIVOS

1.1.1. Objetivo Geral


A produção do Concreto Bombeado conforme as Normas ABNT para a obtenção de
dados sobre a resistência do concreto.

1.1.2. Objetivos Específicos

a) Produzir concreto de acordo com a norma ABNT NBR 16886:2020;


b) Moldagem do concreto para corpo de prova conforme a norma ABNT NBR
5738:2016;
c) Realização do Slump Test para concreto bombeado de acordo com a norma
ABNT NBR NM 67:1996;
d) Avaliar a resistência do concreto conforme a norma ABNT NBR 5739, ABNT
NBR 7222 E ABNT NBR 9778.

8
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Importância do concreto


O concreto é um dos materiais de construção mais utilizados dentro da construção civil
devido sua durabilidade, resistência e garantia. Composto por cimento, agregados e água, o
concreto também pode ser misturado com aditivos, melhorando a qualidade dependendo do
seu uso. Um exemplo de concreto bastante utilizado em construção é o bombeável, devido seu
uso que detém de ser transportado por meios de bombas de concreto.

2.2. Características do concreto


O concreto possui várias características que o torna necessário para construção civil,
como por exemplo, sua capacidade de resistência à cargas de compressão, o qual resulta em
boa durabilidade dependendo do ambiente e as condições climáticas, como temperatura e
umidade do local onde se encontra. O concreto bombeável é um tipo de material que pode ser
misturado, transportado e colocado, dependendo da sua utilização e aditivo que é inserido.
O concreto bombeável é uma mistura de concreto que pode ser usado em bombas de
concreto, o qual serve para levar o concreto a locais de difícil acesso ou em alturas altas,
como por exemplo um prédio. A diferença entre o concreto comum e o bombeável está na
fluidez, ao adicionar aditivo, o bombeado se torna permissível a ser usado por tubulações de
bombeamento, que mantém a resistência e velocidade dentro do processo. Um dos aditivos
mais usados para o concreto bombeado é o plastificante, tornando-o mais fluído.
Há vários meios de calcular a bombeabilidade do concreto, como por exemplo,
granulometria dos agregados (areia e brita), a quantidade de água, a utilização de aditivos
como plastificante e superplastificante e outros processos que resultam em um concreto
bombeável.

2.3. Aplicação na construção civil


O concreto bombeável é bastante utilizado na construção civil, o qual sua função é
atingir lugares altos e de difícil acesso, através da tubulação que permite a circulação do
concreto. Construções de edifícios altos é usado devido a construção de arranha-céus e outros,
o qual o concreto bombeado é ligado a ser levado para concretagem de lajes superiores ou
pilares. Construções de pontes o concreto bombeável é usado para preencher vãos das fôrmas
entre as vigas, garantindo conexão entre a viga e a estrutura estabelecida. Construções
9
Subterrâneas, em exemplo de túneis, o concreto bombeado é essencial pois possibilita a
colocação do concreto em difícil acesso e pequenos lugares, garantindo estabilidade e
resistência da estrutura subterrânea. E outros exemplos que também são aplicados, no qual
demonstram a importância desse material para utilização na construção civil.

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3. METODOLOGIA

O capítulo a seguir se trata dos métodos usados e equipamentos necessários para


realização dos ensaios previstos anteriormente .

3.1. Amostragem de concreto fresco (ABNT NBR 16886:2020)


A coleta de amostras para os ensaios com o concreto bombeável foram
regulamentadas conforme a metodologia apresentada pela ABNT NBR 16886:2020.

3.1.1. Aparelhagem
A norma recomenda a extração de amostra logo após o preparo do concreto e a
quantidade irá depender do ensaio a ser realizado, tendo seu volume no mínimo 1,5 vez a
quantidade necessária para a realização do ensaio, não podendo ser < 30 L.

3.1.2. Execução do ensaio


Primeiramente, as porções do concreto devem ser remisturadas (Figura 1) com um pá
ou concha metálica dentro de um recipiente limpo e não absorvente na intenção de ficarem
uniformes.

Figura 1 - Amostras sendo remisturadas

11
Logo, realiza-se o transporte das amostras (Figura 2) até o local para a moldagem dos
corpos de prova ou da realização dos ensaios.

Figura 2 - Transporte da amostra

No caso da realização do abatimento ou de teor de ar incorporado (Figura 3), a


duração do ensaio deve ser de 5 a 15 minutos.

Figura 3 - Ensaio de abatimento

No intervalo de tempo entre coleta e utilização, a amostra precisa ser protegida de sol,
vento, chuva, umidade ou qualquer outra fonte de contaminação.

12
3.1.3. Registro da amostragem
Conforme a norma, as amostras devem conter as seguintes informações:

● Referência a norma;
● Data e hora da amostragem;
● Responsável pela amostragem;
● Dados para identificar/descrever a amostra.

3.2. Concreto - Determinação da consistência pelo abatimento do


tronco de cone (ABNT NBR NM 67:1996)

3.2.1. Amostragem
A amostra coletada deve ser uma representação de todo o concreto produzido e deve
ser coletada de acordo com a NM 33, assim como citado no item 3.2.2.

3.2.2. Aparelhagem
● Molde
É um objeto feito de um tipo especial de metal resistente ao cimento. O molde tem a
forma de um cone oco e precisa ter certas dimensões internas, como o tamanho das bases e a
altura. As bases devem ser abertas e paralelas uma à outra, formando ângulos retos com o
eixo do cone. O molde também deve ter alças na parte de cima e na parte de baixo para ficar
estável. Se o molde estiver preso em uma placa, os suportes devem ser colocados de forma
que a placa possa ser removida sem mexer no molde (Figura 4).
Figura 4 - Molde

13
Fonte: Anexo A ABNT NM 67 (Pág. 6)
● Haste de compactação
‘ Possui formato cilíndrico, com pontas arredondadas, de diâmetro e comprimento
específico, podendo ser de aço ou qualquer outro material que não reaja com o concreto.

● Placa de base
Serve como apoio, podendo ser quadrada ou retangular de forma que o molde fique
com segurança em cima e com espessura igual ou maior que 3 mm.

3.2.3. Execução do ensaio


Antes de começar, é preciso molhar o molde e a placa base. Em seguida, coloque o
molde em cima da placa.. Durante o enchimento do molde com o concreto de teste, o
operador deve ficar em cima das aletas do molde para mantê-lo estável. Encha o molde
rapidamente com o concreto em três camadas, cada uma com cerca de um terço da altura do
molde compactado.

Figura 5 - Preenchimento do molde

Para compactar cada camada, da-se 25 golpes com a haste de socamento. Na camada
inferior, fizemos metade dos golpes em espiral até o centro. Compactamos toda a camada
inferior e, em seguida, compactar as camadas seguintes de forma que os golpes penetrem
apenas na camada anterior. Na camada superior, acumula-se concreto sobre o molde antes de
compactar. Se a superfície do concreto ficar abaixo da borda do molde, adicionar mais
concreto. Nivelar a superfície do concreto utilize um complemento tronco-cônico, se
necessário, para facilitar a compactação da última camada.
Após a compactação, limpe a placa de base e remova o molde do concreto com
cuidado, levantando-o na vertical. Esse processo de remoção deve ser feito de forma

14
constante, levando de 5 a 10 segundos. É importante ressaltar que toda a operação, desde o
início do preenchimento do molde até a sua remoção, deve ser feita sem interrupções e
concluída dentro de um intervalo de 150 segundos. O ensaio completo, desde a coleta da
amostra até a remoção do molde, não deve ultrapassar 5 minutos.

Figura 6 - Retirada do molde

Após remover o molde, meça o abatimento do concreto, que é a diferença entre a


altura do molde e a altura do corpo-de-prova desmoldado.

Figura 7 - Concreto abatido

15
Se houver colapso ou deslizamento do concreto durante o desmolde, descarte o ensaio
e faça uma nova medição em outra parte da amostra. Se ocorrer colapso ou deslizamento
novamente, o concreto pode não ser adequado para o ensaio de abatimento, indicando falta de
plasticidade e coesão.

Figura 8 - Medição do abatimento

3.3. Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova (ABNT


NBR 5738:2015)
A metodologia a seguir regulamentada pela ABNT NBR 5738:2015 determina o
procedimento de moldagem e a cura dos corpos de prova com concreto.

3.3.1. Aparelhagem
● Moldes resistentes de aço/material não absorvente, que não reaja com cimento
Portland e seja aberto para fácil desmoldagem - cilíndricos: altura igual o dobro do
diâmetro, sendo este de de 10 cm, 15 cm, 20 cm, 25 cm, 30 cm ou 45 cm e bordas
circulares extremas do molde perpendiculares ao eixo longitudinal do molde;
prismáticos: seção transversal quadrada, com superfícies lisas e livres de saliências e
dimensões conforme a Tabela 1.

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Tabela 1 - Dimensões do corpo de prova e vão de ensaio

Fonte: ABNT NBR 5738:2015 (pág. 2).

● Haste de adensamento de aço: cilíndrica, com superfície lisa, diâmetro = 16,0 ± 0,2
mm, comprimento = 600 mm a 800 mm, um ou dois extremos em forma semiesférica
com diâmetro igual ao da haste.

● Vibradores: internos (imersão) ou externos com aparelhagem para controle da


vibração.

3.3.2. Amostragem e abatimento


As amostras para o ensaio devem ser preparadas conforme a ABNT NBR NM 33
sendo também necessário o registro das informações de data, hora da adição de água e da
moldagem, local de aplicação do concreto e abatimento.
Determinar o abatimento das amostras de concreto conforme a ABNT NBR NM 67.

3.3.3. Execução da moldagem


Antes do processo de moldagem, precisa-se preparar os moldes, revestindo com uma
fina camada de e óleo mineral ou outro lubrificante que não reaja com o cimento.
Após, realizar uma remistura no concreto (Figura 1) para sua uniformidade e
utilizando um concha de seção U, adicionar o concreto nos moldes (Figura 9) conforme a
Tabela 2.

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Tabela 2 - Número de camadas para moldagem dos corpos de prova

Fonte: Fonte: ABNT NBR 5738:2015 (pág. 5).


Introduzindo o concreto (Figura 9), realiza-se seu nivelamento com a haste antes do
adensamento.
Figura 9 - Produção dos corpos de prova

Conforme as medidas dos moldes e a classe de consistência (Tabela 3), são realizadas
o número de camadas (Tabela 2), no caso, foram realizadas 3 camadas com adensamento
manual de 25 golpes conforme a Figura 10.

18
Tabela 3 - Classes de consistência

Fonte: ABNT NBR 5738:2015 (pág. 4).

Na primeira camada para o adensamento, deve-se inserir a haste até o fundo do molde,
na segunda, a haste deverá ser inserida sem encostar na base, na terceira e última, utiliza-se
concreto em excesso para o rasamento, este processo é realizado conforme a Figura 10.

Figura 10 - Adensamento dos corpos de prova

O excesso de concreto da superfície da última camada deve ser corrigido com o


rasamento, utilizando uma colher de pedreiro (Figura 11) ou uma régua metálica.

19
Figura 11 - Rasamento

Após o processo de produção, os corpos de prova devem ser encaminhados para o


local de armazenamento, se possível evitar o transporte ou qualquer tipo de movimento que
perturbe o estado do concreto nos moldes realizando o processo de moldagem no mesmo local
onde ficarão.

3.3.4. Cura
Os corpos de prova devem ser encaminhados a um local com superfície plana rígida,
livre de vibrações ou qualquer outra ação que perturbe o concreto (Figura 12), por no mínimo
24 horas para corpos de provas cilíndricos e 48 horas para prismáticos. Por questões de data,
os corpos de provas do ensaio ficaram por 72 horas.

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Figura 12 - Cura dos corpos de prova

Após o tempo da cura inicial, os corpos de prova precisam ser desmoldados e


identificados conforme as normas. Em seguida, devem ser encaminhados para o
armazenamento em uma solução saturada de hidróxido de cálcio a 23 ± 2°C ou em câmara
úmida com temperatura de 23 ± 2°C e umidade relativa do ar >95 %, conforme a Figura 13.

Figura 13 - Corpos de prova na câmara úmida

Não secar os corpos de provas após serem retirados da cura para a realização do
ensaio.

3.4. Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos (ABNT NBR


5739:2018)
Este ensaio estabelece o procedimento de teste utilizado para medir a capacidade de
resistência à compressão de amostras cilíndricas de concreto, que são moldadas conforme as

21
diretrizes da ABNT NBR 5738, bem como testemunhos extraídos de acordo com as
especificações da ABNT NBR 7680-1.

3.4.1. Aparelhagem

● Máquina de ensaio
A máquina deve atender aos valores máximos admissíveis da ABNT NBR ISO
7500-1. Para laboratórios de ensaio, a máquina deve ser classe 1 ou superior, enquanto
laboratórios em obras ou centrais de concreto podem utilizar máquinas classe 2. A estrutura
de aplicação de força deve ser compatível com os ensaios, permitindo aplicação controlada. O
corpo de prova deve ser posicionado corretamente, o acionamento deve ser estável, e a
máquina deve permitir ajuste da distância entre os pratos de compressão. O sistema de
medição de força pode ser analógico ou digital, com indicação da força máxima alcançada. A
calibração da máquina de ensaio deve seguir as diretrizes da ABNT NBR ISO 7500-1 e deve
ser realizada regularmente, em intervalos de até 12 meses, sob condições normais. No entanto,
é recomendado realizar uma calibração extraordinária em casos de suspeita de erros, após
operações de manutenção ou quando a máquina for deslocada. Isso garante a precisão e
confiabilidade dos resultados obtidos durante os ensaios.

● Pratos de compressão
De acordo com a norma, os pratos devem ser feitos de aço e ter superfícies de contato
com o corpo de prova que sejam 4% maiores que o maior diâmetro do corpo de prova. Além
disso, as superfícies dos pratos devem apresentar um desvio máximo de planicidade e uma
dureza superficial mínima de 55 HRC. O prato inferior deve ser removível e suas superfícies
superior e inferior devem ser paralelas, respeitando uma espessura mínima. O prato inferior
deve ter rigidez suficiente e pode ter círculos concêntricos de referência para auxiliar na
centralização do corpo de prova. O prato superior deve possuir uma articulação do tipo rótula
esférica, com diâmetro mínimo igual ao diâmetro do corpo de prova. O conjunto da rótula
esférica deve permitir movimentação livre e não deve sofrer deformações permanentes após
repetidos usos. A superfície de assentamento esférico da rótula deve ser mantida limpa e
lubrificada com óleo lubrificante mineral.

● Paquímetro

22
O paquímetro utilizado para medir as dimensões do corpo de prova deve ter uma faixa
nominal adequada à dimensão básica do corpo de prova. Sua resolução deve ser igual ou
superior a 0,1 mm. É recomendado que o paquímetro seja calibrado em intervalos de até 24
meses para garantir sua precisão. É importante observar que o uso frequente do paquímetro
pode causar desgaste na face de medição externa, levando a erros nas medidas. A calibração
regular dentro do intervalo recomendado ajuda a detectar e corrigir esse problema.

● Preparo dos corpos de prova


Os corpos de prova moldados devem estar em conformidade com as diretrizes da
ABNT NBR 5738, enquanto os testemunhos de concreto endurecido devem seguir as
orientações da ABNT NBR 7680-1. Até o momento do ensaio, tanto os corpos de prova
quanto os testemunhos devem ser mantidos em um processo de cura úmida ou saturada,
conforme recomendado pelas normas ABNT NBR 5738, ABNT NBR 7680-1 e ABNT NBR
9479. Antes de realizar o ensaio, é necessário preparar as bases dos corpos de prova e
testemunhos, seguindo as diretrizes estabelecidas nas normas ABNT NBR 5738 e ABNT
NBR 7680-1, respectivamente. Após a preparação das bases, é fundamental garantir que os
corpos de prova e testemunhos mantenham sua condição de cura. Além disso, os corpos de
prova e testemunhos a serem ensaiados devem atender à relação altura/diâmetro (h/d) não
superior a 2,06. Caso essa relação seja menor que 1,94, ajustes devem ser feitos. É
recomendável que o ensaio seja realizado o mais próximo possível da remoção do corpo de
prova ou testemunho do local de cura. Dependendo do tipo de capeamento utilizado, é
possível realizar a preparação antecipada das bases dos corpos de prova e testemunhos.

3.4.2. Execução do ensaio


Os corpos de prova ou testemunhos devem ter seu diâmetro determinado com precisão
de ± 0,1 mm, obtendo a média de dois diâmetros medidos na metade da altura. A altura deve
ser medida com exatidão de 0,1 mm, incluindo o capeamento. Se o controle geométrico dos
moldes for realizado conforme a ABNT NBR 5738, as medidas de diâmetro e altura podem
ser dispensadas, desde que a relação h/d esteja entre 1,94 e 2,06. Os corpos de prova devem
ser rompidos por compressão em uma idade específica, respeitando as tolerâncias de tempo

23
indicadas na Tabela 4. No caso de corpos de prova moldados de acordo com a ABNT NBR
5738, a idade é contada a partir da moldagem.

Tabela 4 - Tolerância para a idade de ensaio

Fonte: ABNT NBR 5739:2018 (pág. 8)

Antes do início do ensaio, é importante limpar e secar as faces dos pratos e do corpo
de prova ou testemunho. O corpo de prova ou testemunho deve ser centralizado
cuidadosamente no prato inferior, utilizando os círculos concêntricos de referência e levando
em consideração a orientação de moldagem. A escala de força escolhida para o ensaio deve
ser adequada para que a força de ruptura do corpo de prova ou testemunho ocorra dentro do
intervalo de calibração da máquina. Durante o ensaio, o carregamento deve ser aplicado de
forma contínua e suave, sem choques, com uma velocidade de carregamento de (0,45 ± 0,15)
MPa/s. Essa velocidade deve ser mantida constante ao longo de todo o ensaio.

3.4.3. Resultados
A resistência à compressão (fc) de um corpo de prova pode ser calculada usando a
fórmula:

Onde F é a força máxima aplicada durante o ensaio e D é o diâmetro do corpo de prova. No


caso de corpos de prova com uma relação altura/diâmetro (h/d) menor que 1,94, é necessário
aplicar um fator de correção à força F de acordo com a Tabela 5.
24
Tabela 5 - Fator de correção h/d

Fonte: ABNT NBR 5739:2018 (pág. 9)

O resultado da resistência à compressão deve ser expresso em megapascals (MPa)


com três algarismos significativos. Além disso, no Anexo B da ABNT NBR 5739 são
apresentados os níveis de classificação em relação ao coeficiente de variação obtido durante o
ensaio, visando avaliar a eficiência das operações e promover a melhoria dos processos de
ensaio do laboratório. A divulgação da classificação é opcional.

25
4.RESULTADOS

4.1. NBR 5739 RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO

Por meio do ensaio de determinação da resistência à compressão de corpos de provas


cilíndricos, observa-se os resultados:

Tabela 6 - Resultados de resistência à compressão


CP ø (mm) F (KN) At (mm²) T (N) Fcj CP ø (mm) F (KN)
2 98,32 272,77 7592,30 272770 35,9 2 98,32 272,77
12 100,61 269,87 7950,09 269870 33,9 12 100,61 269,87

Onde:
Cp = Corpo de prova;
ø (mm) = Símbolo de diâmetro em milímetros;
F(KN) = Força em kilo newton;
At (mm²) = Área transversal em milímetros cúbicos;
T (N) = Tonelada em Newton;
Fcj = É a resistência medida no corpo de prova na idade "j".

Observa-se que o maior valor em fcj é 35,9 do corpo de prova 2.

4.2. NBR 9778 ENSAIO DE MASSA ESPECÍFICA

Por meio do ensaio de determinação da massa específica, observa-se os resultados:

Tabela 7 - Resultados do ensaio de massa específica


Massa dsss ds
CP imersa Massa sss Massa seca Ab (%) Iv (%) (kg/m³) dr (kg/m³) (g/cm³)
3 2168,9 3736,3 3443,1 8,52 18,71 2384 2702 2197
6 2160,9 3719,9 3436,4 8,25 18,18 2386 2694 2204

Onde:

26
Ab = Absorção;
Iv = Índice de vazio;
ds = Densidade;
dsss = Massa específica do concreto saturado com superfície seca;
dr = Massa específica real;
ds = Massa específica do concreto seco.

4.3. NBR 7222 ENSAIO DE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO POR


COMPRESSÃO DIAMETRAL
Por meio do ensaio de resistência à tração por compressão diametral, observa-se os
resultados:

Tabela 8 - Resultados do ensaio de resistência à tração por compressão diametral


CP ø (mm) h (mm) F (N) Fct , sp (MPa)
4 100,93 201,55 87080 2,73
11 99,42 200,2 106270 3,40

Onde:
F = carga de ruptura;
d = diâmetro (mm);
h = altura (mm);
fct , sp = resistência à tração por compressão diametral (splitting stress).

Observa-se que além do fct , sp, existem outros dois tipos: Fct , K (resistência à tração
esperada) e Fct , f (Resistência à tração na flexão), porém usamos o Fct , sp para o ensaio do
concreto bombeável.

27
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O relatório tem como objetivo analisar o processo do concreto bombeado feito em sala
de aula e laboratório. Ao longo desse processo, foram destacados as normas usadas, cálculos e
outros pontos que abordam o concreto bombeado. O uso dele se tornou uma prática comum
em construções civis, oferecendo eficiência e garantia, no qual permite transportar o concreto
para difíceis acessos através de uma tubulação bombeável, reduzindo a mão de obra, tornando
a obra mais controlada.
Portanto, é importante destacar que o concreto e o concreto bombeado tendem a ter
funções fundamentais na construção civil na atualidade. Com o conhecimento acerca da
norma e como utilizar o concreto de forma adequada é essencial para garantir ótimos
resultados em projetos de construção, tornando-a mais segura, durável e moderna,
contribuindo para o avanço e desenvolvimento da indústria da construção como um todo.

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REFERÊNCIAS

VIEIRA, Fernando Luiz; HICKEL, Guilherme Cardoso. Contribuição ao estudo de


concretos bombeáveis. 2018.

Portal do Concreto. Concreto Bombeável. Disponível em:


https://www.portaldoconcreto.com.br/concreto-bombeavel. Acesso em: 22 de junho de 2023.

ARAMES, Belgo. Concreto bombeado: conheça as vantagens e os cuidados necessários


em sua aplicação. Blog da Belgo Engenharia, 2020. Disponível em:
https://blog.belgo.com.br/engenharia/construcao-civil/concreto-bombeado-conheca-as-vantag
ens-e-os-cuidados-necessarios-em-sua-aplicacao/. Acesso em: 22 de junho de 2023.

APL Engenharia. Entenda o que é e como funciona o bombeamento de concreto. APL


Engenharia, 2019. Disponível em:
https://blog.apl.eng.br/entenda-o-que-e-e-como-funciona-o-bombeamento-de-concreto/.
Acesso em: 22 de junho de 2023.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 16886: Concreto —


Amostragem de concreto fresco. Rio de Janeiro, 2020.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5738: Concreto —


Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova. Rio de Janeiro, 2015.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 5739: Concreto — Ensaio


de compressão de corpos de prova cilíndricos. Rio de Janeiro, 2018.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 67: Concreto —


Determinação da consistência pelo abatimento do tronco de cone. Rio de Janeiro, 1996.

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